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Gripe Espanhola

Principais Sintomas,
forma de tratamento e agente etimiológico
A gripe espanhola foi a última pandemia global ocorrida antes da Covid-19. Tendo o
conhecido e temido H1N1, do tipo Influenza A, como agente etimiológico,
a gripe espanhola matou mais de 50 milhões de pessoas, o que representava cerca de
3% da população global, na época. Seus principais sintomas eram: Dores musculares e
nas articulações;
Intensa dor de cabeça;Insônia;Febre acima de 38º;Cansaço excessivo;Dificuldade para
respirar;Sensação de falta de ar; Inflamação da laringe, faringe, traqueia e
brônquios;Pneumonia;Dor abdominal;
Aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos;Proteinúria, que é o aumento da
concentração de proteína na urina;Nefrite. A forma de tratamento da gripe espanhola
era extremamente simples, sendo
baseada somente no uso de aspirinas. As aspirinas inclusive, segundo um artigo de
2009 publicado na revista Clinical Infectious Diseases, a pesquisadora Karen Starko
sugeriu que o salicismo
(envenenamento por aspirina) contribuiu para as fatalidades relacionadas à gripe
espanhola. De acordo com ela, a alta dosagem do medicamento causou hiperventilação
em 33% dos pacientes,
além de edema pulmonar em outros 3% dos pacientes, contribuindo para o aumento da
mortalidade. A hipótese de salicismo é bastante questionada, inclusive sendo
questionada a em uma carta
publicada em abril de 2010 por Andrew Noymer e Daisy Carreon, da Universidade da
Califórnia em Irvine, e Niall Johnson, da Comissão Australiana de Segurança e
Qualidade em Cuidados de Saúde.

Formas de transmissão
As principais formas de transmissão do vírus era por meio do contato direto, ou por
meio das gotículas de ar que ficavam no ar. Elas ficavam principalmente através da
tosse e espirros de contaminados.
Fazendo um comparativo entre as pandemias, podemos perceber a semelhança das formas
de contágio, sendo elas feitas principalmente por contato direto ou pelo ar. Um
fator que contribuía muito para a transmissão
do vírus era a falta de saneamento básico, principalmente nos países europeus que
ainda sofriam as consequências da Grande Guerra. A guerra inclusive, é citada como
um fator que contribuiu para a transmissão e letalidade
do vírus, uma vez que, os soldados estavam sempre aglomerados em locais inóspitos,
como as trincheiras, aglomerações em locais assim eram um grande facilitador para o
contágio e a mutação do vírus.

Período de
incubação e transmissão
O período de incubação do Influenza epidêmico comum em humanos varia entre 1 a 3
dias, mas o pandêmico, que é o que estamos falando, ainda há muitas dúvidas. Os
cientistas apesar de não precisarem consideram
o período de incubação bastante similar ao comum, mas ainda há uma certeza o
período de incubação e transmissão eram extremamente rápidos.

Taxa
de letalidade e mortalidade
Diferentemente de uma gripe comum, a alta taxa de mortalidade não se concentrava
nas crianças menores de 2 anos e o idosos acima de 65 anos, mas nos adultos entre
20 a 40 anos, totalizando 50% de todos os casos de
mortalidade. Esse número caiu em 10 vezes para os idosos acima de 65 anos. Um fato
curioso é que a gripe espanhola atacou na primavera, e não no inverno, época mais
comum em casos de gripe.
A taxa de letalidade mundial era de cerca de 2,5%, o que traduz algo em torno de
100 milhões de pessoas. O pico dessa pandemia no Brasil foi em outubro de 1918. A
população na época estava abatida pela influenza
e a mortalidade em seu auge. Em Recife, uma cidade que na época possuía cerca de
228 mil habitantes, foi registrado milhares de mortes por ano. Em números exatos,
em 1918, foram computadas 9163 mortes da população
em geral, sendo que dessas 9163 mortes, 2052 foram causadas pela gripe espanhola. O
coeficiente de mortalidade na região que era de 138 por 100 mil habitantes, passou
para 900 por 100 mil habitantes em 1918.

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