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a) Qual a técnica interpretativa utilizada?

Visto que os ministros basearam seus votos em consideração ao princípio da


proporcionalidade, interpretação conforme a constituição, harmonia e da Presunção de
Constitucionalidade das leis e atos, conclui-se que a maioria utilizou da técnica
interpretativa: Sistemática, Lógica e Finalística. Porém, dos votos majoritários, observa-
se que apenas os Ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso votaram pela
improcedência da Ação, onde os quais utilizaram-se da técnica literal em seus votos.

b) Que norma jurídica pode ser utilizada para fundamentar essa decisão?
Durante o julgamento, os ministros falavam a todo momento sobre um princípio
fundamental que se encontra no art 1º da nossa constituição, que é o princípio a
dignidade da pessoa humana, logo conclui-se que a Constituição de 1988 foi primordial
para a fundamentação da decisão da suprema corte diante da ADPF 54. Porém, não
podemos descartar os artigos 124, 126 e 128 do Código Penal Brasileiro, pois a
interpretação desses artigos os torna inconstitucional diante da interrupção de gravidez
de feto anencefálico.

c) Como explicar hermeneuticamente a polêmica decisão do STF?


Sabendo-se que a hermenêutica é um estudo de interpretação das normas, compreende-
se o surgimento da polêmica como decorrente da própria natureza sobre o aborto e das
repercussões que ele produz nas diversas camadas da sociedade.
Assim, a decisão do STF pode ser explicada pela necessidade de tornar cada vez mais
claro o entendimento e mais eficaz a aplicação das normas, mesmo que isso implique
acréscimos, tais como aquele relativo aos casos em que há a ocorrência de fetos
anencefálicos.

d) Você julgaria de outra forma? Com qual argumento? Qual a norma jurídica
fundamentaria sua decisão? Que técnica hermenêutica utilizaria?
Após uma visão analítica, não há o que discordar sobre a decisão do STF, visto que tal
decisão assegurou o Direito Fundamental expresso no art 1º da Constituição, que é o
princípio da dignidade humana
Julgá-lo de outra forma, iria contra o real objetivo da ADPF 54, pois a decisão da
maioria dos ministros foi a de proteger a minoria, permitindo à gestante o direito de
escolha, além de lhe garantir a dignidade em situação tão degradante.

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