Enfermagem Geral
1o Ano
Doenças Imunológicas
Nomes:
Melita Amiduna Mauca
Mariza Carlos
Turma: A
Docente:
Rashidi
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ÍNDICE
1.Introdução...............................................................................................................................3
2. Objectivos..............................................................................................................................3
3. Doenças Imunológicas...........................................................................................................4
Definição..................................................................................................................................14
Etiologia...................................................................................................................................14
Fisiopatogia..............................................................................................................................16
Quadro clínico..........................................................................................................................17
Tratamento de HIV..................................................................................................................19
Prevenção do HIV....................................................................................................................19
4. Conclusão.............................................................................................................................20
5. Referências Bibliográficas...................................................................................................21
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1.Introdução
O ambiente em que vivemos é povoado por muitas espécies de microrganismos onde uma
pequena parcela tem a capacidade de causar doenças. O sistema imune evoluiu no sentido de
promover ações que resultem na defesa contra estes microrganismos, contribuindo para a
recuperação e manutenção da homeostase. Os agentes infecto-parasitários diferem em sua
patogenicidade e virulência. A patogenicidade refere-se à capacidade de um organismo
causar doença, e a virulência é o grau de patogenicidade. Portanto, a patogenicidade depende
das características do agente, do estado imunitário do hospedeiro e dos determinantes
socioambientais. Em indivíduos com sistema imunitário normal, os agentes infecto-
parasitários devem ser suficientemente virulentos para se estabelecer e causar infecção. Por
outro lado, indivíduos com sistema imunitário debilitado, agentes pouco virulentos, tais como
os comensais, podem causar lesões graves.
Neste trabalho serão abordadas as doenças imunológicas, como o foco a alterações do sistema
imune, doenças autoimune, síndromes de deficiência imunológicas e a SIDA. Estes
conteúdos serão expostos de forma mais compressível possível.
2. Objectivos
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3. Doenças Imunológicas
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3.2. Doença autoimune
Existem muitas doenças autoimunes. Algumas das doenças autoimunes mais comuns incluem
a doença de Graves, artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto, diabetes mellitus tipo 1,
lúpus eritematoso sistêmico (lúpus) e vasculite. Outras doenças que se acredita serem
autoimunes incluem a doença de Addison, polimiosite, síndrome de Sjögren, esclerose
sistêmica progressiva, muitos casos de glomerulonefrite (inflamação dos rins) e alguns casos
de infertilidade.
Uma substância normal do organismo pode sofrer uma alteração provocada por um
vírus, um fármaco, a luz solar ou a radiação, por exemplo. A substância alterada pode
parecer estranha ao sistema imunológico. Por exemplo, um vírus pode infetar células
do organismo e, por conseguinte, alterá-las. As células infectadas pelo vírus
estimulam o sistema imunológico a atacar.
Uma substância estranha semelhante a uma substância natural do organismo pode
penetrar no corpo. O sistema imunológico pode atacar acidentalmente a substância
semelhante do organismo ao mesmo tempo que persegue a substância estranha. Por
exemplo, as bactérias que causam infecções na garganta têm um antígeno semelhante
a um antígeno encontrado em células cardíacas humanas. O sistema imunológico
raramente ataca o coração da pessoa após uma infecção na garganta (esta reação faz
parte da febre reumática).
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As células que controlam a produção de anticorpos, por exemplo, as células B (um
tipo de glóbulo branco), podem funcionar de forma incorreta e produzir anticorpos
anômalos que atacam algumas das células do corpo.
Uma substância do organismo que normalmente se encontra limitada a uma área
específica (estando, por conseguinte, oculta do sistema imunológico) é liberada na
corrente sanguínea. Por exemplo, um soco no olho pode levar o líquido do globo
ocular a passar para o fluxo sanguíneo. Esse líquido estimula o sistema imunológico a
identificar o olho como estranho e a atacá-lo.
Não se sabe porque algo desencadeia uma reação ou doença autoimune em uma pessoa e não
em outra. Entretanto, às vezes há causas hereditárias. Algumas pessoas têm genes que as
tornam um pouco mais suscetíveis a desenvolver uma doença autoimune. Esta suscetibilidade
ligeiramente aumentada para desenvolver uma doença autoimune é herdada, e não a própria
doença. Nas pessoas propensas a apresentar uma doença autoimune, um fator desencadeante,
como uma infecção viral ou uma lesão tecidual, pode dar origem a doenças.
Exames de sangue
Avaliação de um médico
Análises sanguíneas que indicam a presença de inflamação podem sugerir uma doença
autoimune.
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A velocidade de hemossedimentação (VHS): Este teste mede a velocidade com que os
glóbulos vermelhos (eritrócitos) se sedimentam no fundo do tubo com sangue. Na
presença de inflamação, a VHS encontra-se frequentemente aumentada, porque as
proteínas produzidas em resposta à inflamação interferem na capacidade dos glóbulos
vermelhos em permanecer em suspensão no sangue.
Hemograma completo (CBC): Este teste inclui determinar o número de glóbulos
vermelhos no sangue. Frequentemente este número está diminuído (anemia) porque
há uma menor produção de glóbulos vermelhos na presença de inflamação.
Visto que há muitas causas para uma inflamação (muitas das quais não são autoimunes), é
frequente que o médico também solicite exames de sangue para detectar anticorpos diferentes
que podem ocorrer em pessoas com doenças autoimunes específicas. Exemplos desses
anticorpos são
Porém, mesmo estes anticorpos às vezes ocorrem em pessoas que não apresentam uma
doença autoimune, portanto o médico geralmente usa uma combinação dos resultados das
análises e os sintomas da pessoa para determinar a presença de uma doença autoimune.
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3.2.5. Tratamento de doenças autoimunes
Tratamento medicamentoso
É frequente que administrem corticosteroides , como prednisona, geralmente por via oral.
Esses fármacos aliviam a inflamação e suprimem o sistema imunológico. A administração
prolongada de corticosteroides pode ter muitos efeitos colaterais. Se possível, os
corticosteroides são administrados durante pouco tempo: no início da doença ou quando os
sintomas se agravam. Contudo, por vezes, é preciso utilizar os corticosteroides
indefinidamente.
Algumas doenças autoimunes (como a esclerose múltipla e doenças da tireoide) também são
tratadas com fármacos que não são imunossupressores ou corticosteroides. O tratamento para
aliviar os sintomas pode revelar-se igualmente necessário.
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Certos fármacos novos visam especificamente os glóbulos brancos. Os glóbulos brancos
ajudam a defender o organismo contra a infecção e também participam das reações
autoimunes. Esses medicamentos incluem os seguintes:
Durante toda a vida do ser humano, seu sistema imunológico sofre continuamente mudanças
morfológicas e funcionais que atingem o pico da sua função imunológica na puberdade e um
declínio gradual no envelhecimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera
idoso o indivíduo com idade superior a 65 anos. Em seres humanos, a função imune parece
estar alterada, de modo geral, em indivíduos após os 60 anos de idade. Sabe-se que há uma
grande interação entre o sistema imune e o sistema nervoso e essa interação desempenha
papel na exacerbação de afecções de cunho
Além disso, a capacidade funcional dessas células fica alterada, como se evidencia pela baixa
resposta ao estímulo com mitógenos, por exemplo, a fitohemaglutinina (PHA) e ao estímulo
com IL-2.
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Essa diminuição na resposta se deve à deficiência e/ou diminuição na produção de IL-2 por
alterações ou defeitos na transdução de sinais mitogénicos vindos do receptor do linfócito T
(TCR). Essa alteração na sinalização pode ser a mais importante causa do declínio da
resposta imune celular mediada em idosos.
Eventos sequenciais levam a uma sinalização perfeita da célula T que se manifesta como
activação, diferenciação, apoptose, anergia e desenvolvimento de funções efectoras ou de
memória. Todas essas manifestações são moduladas por uma relativa proporção de
subpopulações de células T, de receptores co-estimulatórios, de composição da membrana
celular, de tipo de célula apresentadora de antígeno ou de equilíbrio entre as citocinas.
Quando há uma ruptura nessa cascata de sinalização causada por mudanças fisiológicas como
o envelhecimento, patológicas como o câncer ou ainda por doenças autoimunes, existe uma
alteração da resposta imune. Como os indivíduos idosos estão mais sujeitos a essas alterações
patológicas do sistema imune, somam se a isso alterações inerentes à idade, o que resulta em
um comprometimento importante das funções do sistema imunológico.
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As doenças decorrentes de imunodeficiência afetam a capacidade do sistema imunológico de
defender o organismo das células estranhas ou anômalas que o invadem ou o atacam (como
bactérias, vírus, fungos e células cancerígenas). Como resultado, infecções incomuns por
bactérias, vírus ou fungos, ou linfomas ou outros tipos de câncer podem se desenvolver.
Outro problema é que até 25% das pessoas com imunodeficiência também apresentam uma
doença autoimune (como trombocitopenia imune). Em uma doença autoimune, o sistema
imunológico ataca o tecido do próprio corpo. Algumas vezes, a doença autoimune se
desenvolve antes da imunodeficiência causar qualquer sintoma.
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As reações de DTH também se apresentam reduzidas porque estas dependem exclusivamente
da participação de células como os linfócitos T e, alterações nas regiões para-foliculares,
ricas em LT, dos órgãos linfoides periféricos podem ser encontradas. Isto resulta no aumento
da susceptibilidade a patógenos, em sua maioria de vida intracelular, como o Pneumocystis
carinii, muitos vírus, micobactérias e fungos. Os defeitos na maturação dos linfócitos podem
causar doenças como:
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3.4.2. Imunodeficiências adquiridas
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3.5. HIV e SIDA
Definição
Etiologia
Em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com SIDA pelos pesquisadores Luc Montaigner,
na França, e Robert Gallo, nos EUA, recebendo os nomes de LAV (Lymphadenopathy
Associated Virus ou Virus Associado à Linfadenopatia) e HTLV-III (Human T-
Lymphotrophic Virus ou Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll) respectivamente nos dois
países. Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico, também retrovírus, com
características semelhantes ao HIV-1, denominado HIV-2. Nesse mesmo ano, um comitê
internacional recomendou o termo HIV (Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da
Imunodeficiência Humana) para denominá-lo, reconhecendo-o como capaz de infectar seres
humanos.
Embora não se saiba ao certo qual a origem do HIV-1 e 2, sabe-se que uma grande família de
retrovírus relacionados a eles está presente em primatas não-humanos, na África subsaariana.
Todos os membros desta família de retrovírus possuem estrutura genómica semelhante,
apresentando homologia em torno de 50%. Além disso, todos têm a capacidade de infectar
linfócitos através do receptor CD4. Aparentemente, o HIV-1 e o HIV-2 passaram a infectar o
homem há poucas décadas; alguns trabalhos científicos recentes sugerem que isso tenha
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ocorrido entre os anos 40 e 50. Numerosos retrovírus de primatas não-humanos encontrados
na África têm apresentado grande similaridade com o HIV-1 e com o HIV-2.
O HIV é bastante lábil no meio externo, sendo inativado por uma variedade de agentes físicos
(calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído). Em condições experimentais
controladas, as partículas virais intracelulares parecem sobreviver no meio externo por até, no
máximo, um dia, enquanto que partículas virais livres podem sobreviver por 15 dias, à
temperatura ambiente, ou até 11 dias, a 37ºC. Recentemente, têm sido descritas, ainda,
variantes genómicas (subtipos), tanto de HIV-1 quanto de HIV-2, em pacientes infectados
procedentes de diferentes regiões geográficas. Classificam-se, assim, os isolados de HIV-1
em dois grupos, M (major) e O (outlier), com variabilidade genética de até 30%. No grupo M,
identificam-se nove subtipos (A, B, C, D, E, F, G, H e I), e no grupo O, apenas um. Em
relação ao HIV-2 descrevem-se cinco subtipos: A, B, C, D, e E. Embora ainda não conhecida,
especulasse a possibilidade de variantes virais possuírem diferentes índices de
transmissibilidade e/ou patogenicidade.
O HIV acopla-se e penetra nas células T do hospedeiro, a seguir libera RNA do HIV e
enzimas para o interior da célula do hospedeiro. A transcriptase reversa do HIV transcreve o
RNA viral em DNA proviral.
O DNA proviral penetra no núcleo da célula do hospedeiro e a integrasse do HIV facilita sua
integração do DNA proviral para o interior do DNA do hospedeiro. Em seguida, a célula do
hospedeiro produz RNA e proteínas de HIV.
As proteínas do HIV são agregadas aos vírions e enviadas para a superfície da célula. A
protease do HIV cliva as proteínas virais, convertendo o vírion imaturo em maduro, o vírion
infeccioso.
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Fig
ura 1: O ciclo de vida do HIV na célula humana.
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/figure/inf_hiv_life_cycle_pe_pt#
Fisiopatogia
O HIV geralmente entra no hospedeiro pela mucosa anogenital. A proteína do envelope viral,
a glicoproteína 120 (GP 120), liga-se à molécula CD4 nas células dendríticas. As células
dendríticas intersticiais são encontradas no epitélio cervicovaginal, bem como no tecido
tonsilar e adenoidal, que podem servir como células-alvo iniciais em infecções transmitidas
por sexo genital-oral.
A infecção por HIV recém-adquirida é mais comumente devido à transmissão de vírus com
tropismo para macrófagos do que com tropismo para células T CD4 +.
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As células infectadas pelo HIV se fundem com as células T CD4 +, levando à disseminação
do vírus. O HIV é detectável em linfonodos regionais dentro de dois dias da exposição da
mucosa e no plasma dentro de outros três dias. Assim que o vírus entra no sangue, ocorre
uma disseminação generalizada para órgãos como o cérebro, o baço e os gânglios linfáticos.
Quadro clínico
Na fase sintomática inicial (ou precoce) o portador de HIV pode apresentar sinais e sintomas
inespecíficos de intensidade variável, como sudorese noturna, fadiga, emagrecimento e
trombocitopenia, além de processos oportunistas de menor gravidade, principalmente na pele
e nas mucosas, como candidíase oral e, nas mulheres, vaginal. O aparecimento de infecções
oportunistas (tuberculose, neurotoxoplasmose, neurocriptococose) e algumas neoplasias
(linfomas não Hodgkin e sarcoma de Kaposi) define a AIDS em sua forma mais avançada.
Diagnóstico de HIV
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro
grupos:
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Além de serem menos dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial.
Detectam a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus.
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Tratamento de HIV
Por essa razão, a terapia anti-retroviral para o HIV deve ser prescrita por infectologista, ou
outro médico capacitado, que definirá, baseado nas recomendações do consenso vigente, o
momento de início e qual a melhor combinação a ser instituída.
Prevenção do HIV
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4. Conclusão
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5. Referências Bibliográficas
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