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A hepatite C é uma das principais causas de doença hepática crônica em todo o

mundo. Existe grande variação na prevalência da infecção pelo vírus da hepatite C


(HCV) de acordo com a região geográfica estudada, refletindo não só características
epidemiológicas distintas entre as populações, mas diferenças nas metodologias
utilizadas para a realização das estimativas. Apesar dos dados escassos, estimativas
indicam que o Brasil é um país com prevalência intermediária, variando entre 1% e 2%.
Os principais fatores de risco para a infecção pelo HCV são a transfusão de
hemoderivados de doadores não rastreados com anti-HCV, uso de drogas
intravenosas, transplante de órgãos, hemodiálise, transmissão vertical, exposição
sexual e ocupacional. Pela ausência de vacina ou profilaxia pós-exposição eficaz, o
foco principal da prevenção está no reconhecimento e controle desses fatores de risco.
(MARTINS; SHIAVON; SHIAVO, 2010).

O tratamento da hepatite C objetiva deter a progressão da doença hepática pela


inibição da replicação viral. A redução da atividade inflamatória costuma impedir a
evolução para cirrose e carcinoma hepatocelular, havendo também melhora na
qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos disponíveis até o momento,
entretanto, nos mais diversos esquemas em termos de doses, duração ou associações
conseguem atingir os objetivos propostos em menos da metade dos pacientes tratados.
Embora ainda desanimadora, a situação atual representa a melhor possível, se
comparada à atitude expectante de apenas 10 ou 15 anos atrás. A precocidade do
diagnóstico nos leva a tratar pacientes freqüentemente assintomáticos, impedindo que
quase a metade deles evoluam para fases sintomáticas da doença hepática, de mais
difícil controle. (STRAUSS, 2001).

Referencia

STRAUSS, Edna. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical


34(1):69-82, jan-fev, 2001. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v34n1/4321.pdf>.

MARTINS, Tatiana; SCHIAVON, Janaína Luz Narciso-; SCHIAVON, Leonardo


de Lucca. Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):107-112. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n1/v57n1a24.pdf>.

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