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1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
AL447h
ISBN 978-85-7141-430-3
ISBN Digital 978-85-7141-431-0
1. Higiene do trabalho. - Brasil. Centro Universitário Leonardo Da
Vinci.
CDD 363.110981
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS
AMBIENTAIS INERENTES À SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHADOR...............................................................................7
CAPÍTULO 2
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO
NA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR.........................55
CAPÍTULO 3
CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL...............101
APRESENTAÇÃO
Estimado pós-graduando, seja bem-vindo à disciplina de Higiene do Trabalho
I! Uma definição simples de higiene do trabalho é que ela é a ciência e a arte do
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos à saúde do trabalhador (SESI,
2007).
8
CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A higiene do trabalho trata sobre a prevenção das doenças oriundas do
trabalho de forma a se antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os agentes/riscos
ambientais (SESI, 2007).
2 INTRODUÇÃO À HIGIENE DO
TRABALHO
A segurança do trabalho sempre esteve presente na vida do homem desde
os tempos primórdios, muito embora ele mesmo não tivesse o conhecimento
exato sobre tais riscos a sua saúde e a sua vida. Deste modo, ela surge como
9
HiGiENE Do TrABALHo I
10
CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Outra definição ainda bem mais simples é que a Higiene do Trabalho visa
à prevenção da doença ocupacional por meio da antecipação, reconhecimento,
avaliação e controle dos agentes ambientais (SESI, 2007).
11
HiGiENE Do TrABALHo I
• Antecipação
Fase em que você deve desenvolver, com outras equipes, novos projetos
ou modificações ou até mesmo ampliações de projetos, objetivando à detecção
precoce de fatores de risco inerentes aos agentes ambientais e propondo
medidas de projeto que possam atenuar, controlar ou até eliminar estes riscos.
Uma boa forma de fazer valer a antecipação é desenvolver normas preventivas
para compradores, projetistas, contratadores de serviços, no intuito de evitar
exposições desnecessárias a agentes ambientais causadas pela má seleção de
produtos, materiais e equipamentos (SESI, 2007).
• Reconhecimento
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no
ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da
saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados,
disponíveis na literatura
técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Avaliação
• Controle
13
HiGiENE Do TrABALHo I
Vale ressaltar que nem todos os agentes agressivos têm limite de tolerância.
Na NR15 temos mais de 230 produtos químicos agressivos listados, enquanto na
ACGIH americana/2016 temos mais de 750.
14
CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
reduzir o ruído para evitar as doenças ocupacionais causadas por este agente
físico (BRASIL, 1978).
A NR9 define também o nível de ação (NA) como sendo 50% do valor
do limite de exposição ocupacional (LEO), ou seja, NA=0,5xLEO ou 50% da dose
no caso de ruído. Isto é, para o caso de a exposição do trabalhador ser maior do
que o “Nível de Ação”. Assim deve-se considerar o trabalhador como exposto e
adotar as medidas de controle. Em suma, podemos entender que: se o nível de
ação for excedido em um dia típico, existe uma probabilidade maior de 5% de que
o limite de exposição será excedido em outros dias de trabalho (BRASIL, 1978).
15
HiGiENE Do TrABALHo I
3 NR 15 – NORMA
REGULAMENTADORA 15
As normas regulamentadoras (NR) foram criadas pela Portaria nº 3.214, de
8 de junho de 1978, com a finalidade de regulamentar o Capítulo V, Título II, da
CLT, relativo à segurança e medicina do trabalho. Possuem extrema relevância
para o profissional da área de segurança do trabalho devido ao fato de tratar
sobre a prevenção de acidentes de trabalho nas mais diversas áreas (BARSANO;
BARBOSA, 2018).
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Periculosidade
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Adicional de Periculosidade
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HiGiENE Do TrABALHo I
Anexo 3 – Calor
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HiGiENE Do TrABALHo I
Anexo 10 – Umidade
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HiGiENE Do TrABALHo I
É citado no referido anexo que não fazem parte dessa relação os agentes
químicos mencionados nos anexos nº 11 e 12 da NR15.
b) OPERAÇÕES DIVERSAS
Insalubridade de grau máximo:
• Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento,
preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com
cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros,
como antioxidante, em revestimentos metálicos e outros produtos.
• Operações com manganês e seus compostos: extração, tratamento,
trituração, transporte de minério; fabricação de compostos de manganês,
fabricação de pilhas secas, fabricação de vidros especiais, indústria de cerâmica
e ainda outras operações com exposição prolongada à poeira de pirolusita ou de
outros compostos de manganês.
• Operações com as seguintes substância:
o Éter bis (cloro-metílico);
o Benzopireno;
o Berílio;
o Cloreto de dimetil-carbamila;
o 3,3' – dicloro-benzidina;
o Dióxido de vinil ciclohexano;
o Epicloridrina;
o Hexametilfosforamida;
o 4,4' - metileno bis (2-cloro anilina);
o 4,4' - metileno dianilina;
o Nitrosaminas;
o Propano sultone;
o Betapropiolactona;
o Tálio;
o Produção de trióxido de amônio ustulação de sulfeto de níquel.
25
HiGiENE Do TrABALHo I
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
NR16 – ANEXO 4:
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HiGiENE Do TrABALHo I
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
QUADRO I
ATIVIDADES ÁREA DE RISCO
I. Atividades, constantes no item 4.1, de a) Estruturas, condutores e equipamen-
construção, operação e manutenção de tos de linhas aéreas de transmissão,
redes de linhas aéreas ou subterrâneas subtransmissão e distribuição, incluin-
de alta e baixa tensão integrantes do do plataformas e cestos aéreos usados
SEP, energizados ou desenergizados, para execução dos trabalhos;
mas com possibilidade de energização b) Pátio e salas de operação de subes-
acidental ou por falha operacional. tações;
c) Cabines de distribuição;
d) Estruturas, condutores e equipamen-
tos de redes de tração elétrica, incluindo
escadas, plataformas e cestos aéreos
usados para execução dos trabalhos;
e) Valas, bancos de dutos, canaletas,
condutores, recintos internos de caixas,
poços de inspeção, câmaras, galerias,
túneis, estruturas terminais e aéreas de
superfície correspondentes;
f) Áreas submersas em rios, lagos e
mares.
II. Atividades, constantes no item 4.2, a) Pontos de medição e cabinas de dis-
de construção, operação e manutenção tribuição, inclusive de consumidores;
nas usinas, unidades geradoras, subes- b) Salas de controles, casa de máqui-
tações e cabinas de distribuição em ope- nas, barragens de usinas e unidades
rações, integrantes do SEP, energizados geradoras;
ou desenergizados, mas com possibili- c) Pátios e salas de operações de su-
dade de energização acidental ou por bestações, inclusive consumidoras.
falha operacional
III.Atividades de inspeção, testes, en-a) Áreas das oficinas e laboratórios de
saios, calibração, medição e reparos testes e manutenção elétrica, eletrônica
em equipamentos e materiais elétricos, e eletromecânica onde são executados
eletrônicos, eletromecânicos e de segu-testes, ensaios, calibração e reparos de
rança individual e coletiva em sistemasequipamentos energizados ou passíveis
elétricos de potência de alta e baixa ten-
de energização acidental;
são. b) Sala de controle e casas de máquinas
de usinas e unidades geradoras;
c) Pátios e salas de operação de subes-
tações, inclusive consumidoras;
d) Salas de ensaios elétricos de alta ten-
são;
e) Sala de controle dos centros de ope-
rações
IV. Atividades de treinamento em equi- a) Todas as áreas descritas nos itens
pamentos ou instalações integrantes do anteriores.
SEP, energizadas ou desenergizadas,
mas com possibilidade de energização
acidental ou por falha operacional.
FONTE: Brasil (1978, p.11-12)
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
4 RISCOS AMBIENTAIS
Antes de tudo, vamos ver a diferença entre perigo e risco. De acordo com a
Occupational Health and Safety Assessment Series – OHSAS 18.001 de 2007,
PERIGO é definido como “Fonte ou situação com potencial para provocar danos
em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local
de trabalho, ou uma combinação destes” e o RISCO é, segundo a mesma OHSAS
18.001 de 2007, definido como “Combinação da probabilidade de ocorrência e
da(s) consequência(s) de um determinado evento perigoso” (OHSAS, 2007, p. 4).
Simplificando, o perigo é um risco alto, que não é controlado, com ocorrência e
nocividade da lesão alta ou fatal.
Como exemplo, podemos citar uma pessoa dirigindo sem habilitação. Esta
situação é considerada um perigo, pois há um risco inaceitável.
4.2 CLASSIFICAÇÃO E
RECONHECIMENTO DOS RISCOS
AMBIENTAIS
Os riscos no ambiente de trabalho são classificados em cinco tipos, de acordo
com a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978, sendo eles:
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidente ou mecânicos (BRASIL,
1978).
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Os riscos são separados por grupos e cada um é representado por uma cor.
Segue um quadro de representação dos riscos:
FONTE: <https://www.google.com/search?q=tabela+de+riscos+
ocupacionais&tbm=isch&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEwj0oOPZzb_
iAhVbLLkGHVFzDcgQsAR6BAgHEAE&biw=1366&bih=667#imgrc=L6rkxkH
l2PZTfM:>. Acesso em: 10 ago. 2019.
33
HiGiENE Do TrABALHo I
FONTE: <https://www.google.com/search?q=mapa+de+riscos&source=
lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiOmIz-zr_iAhXgILkGHWjDAj4Q_
AUIDigB&biw=1366&bih=667#imgrc=fxcF6Nha49VAcM:>. Acesso em: 10 ago. 2019.
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados,
disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
existentes naquele local, desta forma podemos ter uma indicação do nível de
risco e assim definir a melhor forma de análise de risco, ou seja, qual seria o tipo
de análise aplicada (CARVALHO; MELO, 2013).
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
• A frequência sonora
Outra definição para ruído é que ele é um agente físico presente nos ambientes de
trabalho, em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Ele pode
causar diversos danos à saúde do trabalhador, inclusive danos irreparáveis (SESI,
2007).
• Efeitos auditivos
Quando o indivíduo fica exposto por um longo período a altos níveis de ruído,
acontece o que chamamos de fadiga auditiva, mas que após o descanso cessa
essa fadiga, ou seja, ele se recupera. Neste caso, temos a surdez temporária
(BREVIGLIERO; POSSEBON; SPINELLI, 2012).
• Ruído de impacto
Para ruído de impacto, a NR15 e a NHO 01 dizem que é aquele que apresenta
picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, e intervalos
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão
sonora, que vai de 20 μ Pa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a
construção de instrumentos para a medição da pressão sonora. Para contornar
esse problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de grandezas, o
decibel (dB). O decibel não é uma unidade, mas uma relação adimensional
definida pela seguinte equação:
L=
Sendo:
L = nível de pressão sonora (dB);
Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 μPa;
P = Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa).
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HiGiENE Do TrABALHo I
• Aspectos Práticos
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
• Dose
Em que:
Cn = tempo total de exposição a um nível específico;
Tn = duração total permitida a esse nível.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Avaliando o ruído
Dosimetria de Ruído
Sendo:
TM = tempo de amostragem (horas decimais);
CD = contagem da dose (porcentagem).
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HiGiENE Do TrABALHo I
Os fatores de riscos que você deve ficar atento aos LT são aqueles indicados
na NR15, item 15.1.1. Vá até lá e veja quais são.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Ou seja:
NPS = 98 dB
45
HiGiENE Do TrABALHo I
LT = 85 dB
98 dB - 85 dB = 18
FONTE: <http://www.centralbrasilinstrumentos.com.br/seguranca-do-trabalho/
dosimetros/dosimetro-de-ruido-digital---sonus-2>. Acesso em: 10 ago. 2019.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
obtiver um valor intermediário, ou seja, entre dois valores, deverá adotar o valor
da máxima exposição diária permissível, relativo ao nível imediatamente mais
elevado. Da mesma forma para ruído de impacto, se for encontrado um nível de
ruído intermediário, deve-se considerar a máxima exposição diária permissível
relativa ao nível imediatamente mais elevado (IFPR, 2013).
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1029072463-medidor-de-
nivel-de-presso-sonora-decibelimetro-_JM>. Acesso em: 10 ago. 2019.
47
HiGiENE Do TrABALHo I
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Caro estudante, neste capítulo vimos que a Higiene do Trabalho trata da
prevenção das doenças oriundas do trabalho de forma a se antecipar, reconhecer,
avaliar e controlar os agentes/riscos ambientais, e que os riscos podem ser
classificados em físicos, químicos ou biológicos.
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HiGiENE Do TrABALHo I
LT = 85 dB
NA = 80 dB
NP = NPS – NRRsf
NRRsf = NPS – NP
Em que:
NPS = Nível de Pressão Sonora em dB;
NP = Nível de Proteção no ouvido em dB;
NRRsf = atenuação do ruído em dB.
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5460 – Sistemas
Elétricos de Potência. Abr. 1992. Disponível em: https://www.normas.com.br/
autorizar/visualizacao-nbr/7989/identificar/visitante. Acesso em: 24 ago. 2019.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
51
HiGiENE Do TrABALHo I
NIOSH – National Institute for Occupation Safety and Health. 2019. Disponível
em: https://www.cdc.gov/niosh/about/default.html. Acesso em: 24 ago. 2019.
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CONHECENDO A HIGIENE DO TRABALHO E OS RISCOS AMBIENTAIS INERENTES
Capítulo 1
À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
54
C APÍTULO 2
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E
ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHADOR
56
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Quando falamos em vibração, pensamos logo em nosso corpo tremendo
todo, não é? Porém, devemos entender que quando falamos em vibrações
estamos nos referindo a uma grandeza vetorial, isto é, não é apenas a magnitude,
mas também devemos considerar a direção de propagação dessa vibração.
Dessa forma, é importante levarmos em consideração parâmetros ocupacionais,
tendo em vista que os movimentos oscilatórios acontecem em torno de um corpo
de referência, no nosso caso, o trabalhador. Por isso é necessário, ao avaliar
vibrações, atentar para o particular eixo de orientação medido, sua magnitude,
e, ainda, fazer a avaliação no ponto de transmissão da vibração ao corpo, o qual
deve ser o mais próximo possível (SESI, 2007).
57
HiGiENE Do TrABALHo I
58
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
Principais Fontes
Atividade Tipo de Vibração
de Vibração
agricultura corpo inteiro operação de tratores
fabricação de caldeiras localizada ferramentas pneumáticas
corpo inteiro operação de veículos pesados
construção civil
localizada perfuratrizes/marteletes
corte de diamantes localizada ferramentas manuais
corpo inteiro operação de trator/off-roads
florestagem
localizada motosserra
fundição localizada equipamentos pneumáticos
fabricação de móveis localizada cinzel pneumático
ferro e aço localizada ferramentas manuais
motosserras/ferramentas
serraria localizada
manuais
fabricação de máquinas
localizada ferramentas manuais
operatrizes
corpo inteiro veículos pesados/off-road
mineração
localizada perfuratrizes
rebitagem localizada ferramentas manuais
borracha localizada ferramentas manuais
estampagem localizada ferramentas manuais
estaleiro localizada ferramentas manuais
trabalhos em pedra localizada ferramentas manuais
têxtil localizada máquinas de costura/teares
veículos – motorista e passa-
transportes corpo inteiro
geiro
FONTE: Taylor e Pelmear (1975 apud SESI, 2007, p. 160)
59
HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
FONTE: <https://www.google.com.br/search?q=FAIXAS+DE+FREQU%C3%8
ANCIAS+DE+VIBRA%C3%87%C3%95ES+NO+CORPO+HUMANO&sxsrf=
ACYBGNTfaCdekO4ULB2TiZAOFV46DcGMSg:1572994362285&source=
lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj6icrRlNTlAhV6GbkGHYx
0CiwQ_AUIESgB#imgrc=P_Hj5a5UKP1bvM:>. Acesso em: 6 nov. 2019.
dB =
Em que:
a = aceleração avaliada;
a0= aceleração de referência (10-6 m/s2).
Você agora pode estar se perguntando como fazer para medir essa
aceleração, não é? Não se preocupe!
Vamos lá, existem diferentes sistemas que podem ser utilizados para
medições de vibrações dependendo do propósito do estudo, das características
e o conteúdo das informações desejadas. A medição é possível por meio da
61
HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
FONTE: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/
d5/Raynaud-hand2.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019.
70
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
Sabendo agora quais são os critérios para se realizar uma boa medição de
vibração, você deve se ater também aos parâmetros legais, como o Anexo 8 da
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, aprovada pela Portaria 3.214/78,
Lei nº 6.514/77, que diz que as atividades e operações que exponham os
trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo
inteiro, poderão ser caracterizadas como insalubres, a depender do resultado da
inspeção e avaliação quantitativa realizada no local de trabalho, tudo isso para
que você possa fazer a análise dos resultados obtidos e tomar as medidas de
controle necessárias (BRASIL, 1978a).
71
HiGiENE Do TrABALHo I
NR 15 – Anexo 8:
1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores,
sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de
corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através
de perícia realizada no local de trabalho.
2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição,
deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela
Organização Internacional para a Normalização - ISO, em suas
normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas.
2.1. Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia:
a) o critério adotado;
b) o instrumental utilizado;
c) a metodologia de avaliação;
d) a descrição das condições de trabalho e o tempo de
exposição às vibrações;
e) o resultado da avaliação quantitativa;
f) as medidas para eliminação e/ou neutralização da
insalubridade, quando houver.
3. A insalubridade, quando constatada, será de grau médio.
72
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Proteção do trabalhador
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
75
HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
• EXEMPLO
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HiGiENE Do TrABALHo I
FONTE: O autor
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
Se você parar um pouco para pensar, já deve ter percebido ou até passado
por situações em que ocorreram alterações no funcionamento do seu organismo,
como por exemplo, alterações de humor, apetite, algumas emoções diferentes,
então, tudo isso pode sim estar relacionado às cores, pois elas transmitem
mensagens e podem influenciar ou modificar nosso comportamento.
81
HiGiENE Do TrABALHo I
Temos visto, ao longo dos anos, inúmeras pesquisas sobre a atuação das
cores na espécie humana, não só pelo canal perceptivo da visão, mas também
na transmissão de mensagens aos quais atribui-se significados, através da luz,
pelas ondas de energia e, portanto, eletromagneticamente, o que chamamos de
cromoterapia (FOGLIA, 1987).
Ainda, segundo Foglia (1987), podemos dividir a cor em quatro planos: físico,
químico, sentidos e psíquico, estando cada um desses aspectos associados a leis
e fenômenos específicos.
82
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
FONTE: <https://www.google.com/search?q=Espectro+eletromagn%C3
%A9tico& source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi3n5X46ubjAhUQJLk
GHSnTDAoQ_AUIESgB&biw=1366&bih=664#imgrc=oCWUUBbbukKZ7M:>.
Acesso em: 25 out. 2019.
83
HiGiENE Do TrABALHo I
Ainda segundo Lacy (1989), a cor está muito ligada aos nossos sentimentos,
ajudando-nos em nossas atividades e influenciando em nossa sociabilidade,
introversão e extroversão.
Vermelho: é uma cor estimulante, associada a emoções explosivas, como paixão e raiva. É a cor
do sangue, por isso simboliza força, vitória e liderança. Por outro lado, por ser tão intensa, também
é associada à agressividade e aos conflitos.
Laranja: é símbolo de coragem, gentileza e otimismo. Costuma ser associada à gentileza e
equilíbrio de emoções.
Amarelo: transmite luz, energia e calor. É símbolo de criatividade e juventude, além de irradiar
alegria. Torna os ambientes leves e descontraídos. É culturalmente associada à prosperidade ma-
terial.
Verde: cor da esperança. Devido a sua inevitável associação com a natureza, simboliza vida, saú-
de e fartura. Fertilidade, crescimento e renovação também são significados atribuídos à cor verde.
Azul: é a cor dos sonhos, da imaginação. O azul é associado à sinceridade, tranquilidade, fideli-
dade e ternura. Também expressa conhecimento, cultivo do intelecto, segurança e paz de espírito.
Violeta: associada à magia, essa cor representa intuição e espiritualidade. Simboliza também
dignidade, respeito e nobreza.
Rosa: a cor rosa é uma espécie de vermelho atenuado pela presença do branco. Representa
beleza e romantismo. Culturalmente associada ao feminino, simboliza delicadeza.
Marrom: representa disciplina, obediência e responsabilidade. Também expressa maturidade,
segurança e consciência.
Cinza: por ser um misto de preto e branco, a cor cinza simboliza equilíbrio. Entretanto, seu exces-
so transmite indecisão e falta de vigor.
Preto: cor associada ao mistério. Culturalmente simboliza luto e introspecção, mas também ex-
pressa qualidades como sobriedade e sofisticação.
Branco: Expressa sinceridade. Também representa inocência, espiritualidade e paz.
FONTE: <http://www.tabeladecores.org/significado-das-
cores.php>. Acesso em: 6 nov. 2019.
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
85
HiGiENE Do TrABALHo I
Um fato bem importante que você deve saber, futuro engenheiro de segurança
do trabalho, é que em virtude dessas mudanças alguns profissionais vinculam
o estudo da iluminação apenas com a Higiene Ocupacional, apesar de ela ser
tratada num tópico da disciplina de Ergonomia relacionado ao estudo do conforto
ambiental. Mas como muitos profissionais da ergonomia são fisioterapeutas,
enfatizam mais os assuntos voltados à biomecânica e deixam de tratar da
iluminação. Então, este tópico continua sendo explicado por alguns Higienistas
Ocupacionais, por esse motivo vamos abordar a iluminação nesta disciplina. Mas
não se esqueça de que iluminação não é risco físico e sim ergonômico!
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
• Equipamentos de medição
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-107149557
1-luximetro-digital-c-certificado-de-calibraco-akrom-kr812-_JM?matt_
tool=60151816&matt_word&gclid=Cj0KCQjwhJrqBRDZARIsALhp1WTAZn
ibZ6A7fRc1cRhVSOMK4Tp_2qR4Z4v5LjrxX6SDfVLRMolUXXAaAjOBEALw_
wcB&quantity=1> e<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1244301230-luxi
metro-digital-mlm-1011-minipa-c-nf-e-original-_JM?matt_tool=60151816&matt
_word&gclid=Cj0KCQjwhJrqBRDZARIsALhp1WSRZh-P9VFQshwcuT315M7
D8XJXMCIiCd8W5rIb4DllO9ikLtVkkTEaAvBFEALw_wcB&quantity=1>.
Acesso em: 25 out. 2019.
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HiGiENE Do TrABALHo I
• Calibração
• Técnicas de medição
92
VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
Para buscar uma iluminação adequada e eficaz não devemos estar somente
fixados no aspecto de maior número de lâmpadas ou maior potência. A adequação
vai resultar da combinação dos seguintes fatores:
Reprodução de cores
Aplicações especiais
Tipo de lâmpada
Carga térmica
Eficiência luminosa
Difusão
Tipo de luminária Diretividade
Ofuscamento/reflexos
Quantidade de luminárias Valor adequado de iluminância
Homogeneidade
Distribuição Contrastes
Sombras
Reposição
Manutenção
Limpeza
Refletância
Cores
Ambiência
FONTE: Sesi (2007, p. 90)
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
• EXEMPLO
1) Aqui você verá um exemplo real, em que foi realizada uma avalição de
níveis de iluminamento num hospital.
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HiGiENE Do TrABALHo I
Identificação Nível de
Local/ Posto de Tra- Resul-tado
(Cód. Máquina / Ilumina-mento Conclusão
Pavimento balho / Setor Aferido (Lux)
Função ou Nome) Mínimo (Lux)
Recepção Cód. 7113 300² 460 Atende
Consultório 1 Cód. 10964 500¹ 302 Não Atende - Abaixo
11º andar Consultório 2 Cód. 10075 500¹ 345 Não Atende - Abaixo
Consultório 3 - 500¹ 358 Não Atende - Abaixo
Arquivo - 200³ 718 Atende
FONTE: Adaptado de Fundacentro (2018)
NOTA:
( 1 ) Limite estabelecido no Quadro 1 do item 9 da NHO 11 – Avaliação dos
níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho / item 22.Escritórios –
Escrever, teclar, ler e processar dados da Fundacentro.
( 2 ) Limite estabelecido no Quadro 1 do item 9 da NHO 11 – Avaliação dos
níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho / item 22.Escritórios –
Recepção da Fundacentro.
( 3 ) Limite estabelecido no Quadro 1 do item 9 da NHO 11 – Avaliação dos
níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho / item 22. Escritórios –
Arquivo da Fundacentro.
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
REFERÊNCIAS
AIRES, M. de M. Fisiologia Básica. São Paulo: Guanabara Koogan, 1986.
GEMNE, G. et al. The Stockholm Workshop scale for the classification of cold-
induced Raynaud's phenomenon in the hand-arm vibration syndrome (revision of
the Taylor-Pelmear scale). Scand J Work Environ Health. Aug 1987.
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HiGiENE Do TrABALHo I
ISO 16063-1: Methods for the calibration of vibration transducers, Part 1: Basic
concept. Geneva, 1998.
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VIBRAÇÕES E A INFLUÊNCIA DA COR E ILUMINAÇÃO NA SEGURANÇA
Capítulo 2 E SAÚDE DO TRABALHADOR
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HiGiENE Do TrABALHo I
100
C APÍTULO 3
CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO
INDUSTRIAL
102
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Prezado pós-graduando, damos início neste momento ao nosso terceiro
capítulo. Nele, abordaremos os conceitos e técnicas inerentes ao conforto térmico
e ventilação industrial.
2 CONFORTO TÉRMICO
De um modo geral, podemos dizer que conforto térmico pode ser entendido
como a sensação de bem-estar de um indivíduo, proveniente de uma combinação
satisfatória nesse ambiente, da temperatura, umidade relativa e velocidade
relativa do ar com a atividade realizada e a vestimenta utilizada (RUAS,
1999). Vejamos a seguir alguns conceitos e aspectos condizentes com o conforto
térmico.
103
HiGiENE Do TrABALHo I
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
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HiGiENE Do TrABALHo I
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Escala Sensação
+3 Muito quente
+2 Quente
+1 Levemente quente
0 Neutro
-1 Levemente frio
-2 Frio
-3 Muito frio
FONTE: Lamberts et al. (2005, p. 18)
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HiGiENE Do TrABALHo I
108
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Para SESI (2007), o organismo ganha ou perde calor para o meio ambiente
segundo a equação do equilíbrio térmico:
M±C±R–E=Q
Em que:
M = calor produzido pelo metabolismo, sendo um calor sempre ganho (+).
C = calor ganho ou perdido por condução/convecção.
R = calor ganho ou perdido por radiação (+/-).
E = calor sempre perdido por evaporação (-).
Q = calor acumulado no organismo (sobrecarga).
Q>0 = acúmulo de calor (sobrecarga térmica).
Q<0 = perda de calor (hipotermia).
109
HiGiENE Do TrABALHo I
Carga Umidade
Parâmetro Temperatura Velocidade
radiante do relativa do
troca do ar do ar
ambiente ar
Convecção xxx xxx ---------- ----------
Radiação ---------- ---------- xxx ----------
Evaporação xxx xxx ---------- xxx
Metabolismo (*) ---------- ---------- ---------- ----------
xxx = interfere na troca.
---------- = não interfere na troca.
(*) o metabolismo se relaciona diretamente com a atividade física da tarefa.
FONTE: SESI (2007, p. 36)
• temperatura do ar;
• velocidade do ar;
• carga radiante do ambiente;
• umidade relativa do ar;
• metabolismo, por meio da atividade física da tarefa.
110
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
1. Aumento da sudorese.
2. Diminuição da concentração de sódio no suor (4,0 g/l para 1,0 g/l),
sendo que a quantidade de sódio perdido por dia passa de 15 a 25
gramas para 3 a 5 gramas.
3. Diminuição da frequência cardíaca por meio do aumento do
volume sistólico, devido ao aumento da eficiência do coração no
bombeamento em valores mais aceitáveis. A aclimatação é iniciada
após quatro a seis dias e tende a ser satisfatória após uma a duas
semanas. É o médico que deve avaliar se a aclimatação está
satisfatória.
O afastamento do trabalho por vários dias pode fazer com que o trabalhador
perca parte da aclimatação, após três semanas a perda será praticamente total
(SESI, 2007).
111
HiGiENE Do TrABALHo I
112
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <https://areasst.com/wp-content/uploads/2016/06/img-header-protegildo-
calor-excessivo-504x510.jpg?x78714>. Acesso em: 31 nov. 2019.
Quando o indivíduo não ingerir água suficiente para compensar a perda pela
urina ou pelo suor e pelo ar exalado, ele desidratará (SESI, 2007).
• Cãibras de calor
113
HiGiENE Do TrABALHo I
e salina deve ser feita com orientação e acompanhamento médico (SESI, 2007).
114
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
115
HiGiENE Do TrABALHo I
Ainda de acordo com os estudos de Leite (2002), nos meses de julho, agosto
e setembro, na estação do verão europeu, a produtividade do trabalhador atinge
os menores valores, sendo que, à medida que a temperatura externa diminui, a
produtividade aumenta.
116
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
118
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <http://www.cursosegurancadotrabalho.net/2013/07/Calculando-temperaturas-
Instrumentos-de-medida-de-calor-e-umidade.html>. Acesso em: 31 nov. 2019.
119
HiGiENE Do TrABALHo I
De acordo com a NHO 06, item 5.3.3, o tempo mínimo de estabilização dos
termômetros é de 25 minutos.
Parâmetro
do ambiente
Sensor Princípio Peculiaridades e observações
que afeta sua
leitura
Estabiliza com a
Termômetro Temperatura
temperatura do
de bulbo seco do ar.
ar que circunda o bulbo.
A temperatura do tbn será
sempre menor ou igual à
Temperatura
temperatura do termômetro bulbo
A evaporação da água do ar;
Termômetro seco;
destilada velocidade
de bulbo será igual quando a umidade relativa
presente no pavio refrige- do ar;
úmido natural do ar for de 100%, pois o ar saturado
ra o bulbo. umidade
não admite mais evaporação de
relativa do ar.
água; Sem evaporação, não há
redução da temperatura.
A temperatura de globo
A absorção
será sempre maior que a
da radiação
Calor radiante temperatura de bulbo seco, pois
infravermelha
no ambiente sempre há uma carga radiante no
aquece o globo,
(fontes ambiente; quando muito pequena, a
que aquece o
Termômetro radiantes); diferença pode ser mascarada pela
ar interno, que
de globo temperatura precisão dos sensores,
aquece o bulbo;
do ar; podendo ser numericamente
Possui um tempo de
velocidade igual; a esfera perde calor por con-
estabilização
do ar. vecção; portanto,
de 20 a 30 minutos por
seu diâmetro deve ser
essa razão.
padronizado.
FONTE: Adaptado de SESI (2007)
120
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
A sobrecarga térmica pode ser avaliada, entre outros, pelo índice chamado
IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo), que também é o índice
legal, conforme previsto na NR-15 (SESI, 2007).
121
HiGiENE Do TrABALHo I
M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md = taxa de metabolismo no local de descanso.
Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
122
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Logo, faz-se uma avaliação do ponto de trabalho, que é o mesmo local físico
do ponto de descanso. Com os valores de Tbn e Tg, calculamos o IBUTG e,
considerando o tipo de atividade, verificamos como nos situamos no Quadro 4.
Pode ser possível trabalho contínuo ou um regime de trabalho – descanso, ou
não ser permitido trabalho sem medidas de controle. É importante esclarecer que,
utilizando-se a Tabela I do Anexo III da NR 15, temos (SESI, 2007):
124
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: A autora
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HiGiENE Do TrABALHo I
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
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HiGiENE Do TrABALHo I
Reposição de Líquidos:
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
tg = 35 ºC
tbn = 25 ºC
129
HiGiENE Do TrABALHo I
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
• Ventilação natural
FONTE: <https://sergionobre.files.wordpress.com/2013/07/
lanternim.jpg?w=584&h=236>. Acesso em: 31 nov. 2019.
132
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
133
HiGiENE Do TrABALHo I
FONTE: https://www.google.com/search?biw=1366&bih=664&tbm=isch&sxsrf=
ACYBGNSvJfg2A9F09otcK7s03MguXZs9gw%3A1570751918516&sa=1&ei=rs
WfXbKAH-HY5OUP-dOY0Aw&q=a%C3%A7%C3%A3o+do+vento+na+ventila
%C3%A7%C3%A3o+natural+em+galp%C3%B5es&oq=a%C3%A7%C3%A3
o+do+vento+na+ventila%C3%A7%C3%A3o+natural+em+galp%C3%B5es&gs
_l=img.3...37813.47017..47926...0.0..0.1365.8090.2-7j0j2j2j2j2......0....1..gws-
wiz-img.CecTgNY4-U8&ved=0ahUKEwiyj4jx8pLlAhVhLLkGHfkpBsoQ4dUDC
AY&uact=5#imgrc=F-OHs7S9dn1TkM:
• Ventilação geral
134
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
Ainda segundo Macintyre (1990), a ventilação geral pode ser fornecida pelos
seguintes métodos:
FONTE: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAhVfcAF-12.
jpg>. Acesso em: 31 nov. 2019.
135
HiGiENE Do TrABALHo I
FONTE: <http://exaustec-brasil.com.br/wp-content/uploads/2015/11/
sistemas-de-ventilacao-e-exaustao.jpg>. Acesso em: 31 nov. 2019.
FONTE: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAe9Y8AA-7.
jpg>. Acesso em: 31 nov. 2019.
136
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
137
HiGiENE Do TrABALHo I
FONTE: <https://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/higiene-e-
seguranca-livros-senai/14-ventilacao-local-exaustora>. Acesso em: 31 nov. 2019.
FONTE: <https://www.saudeesegurancanotrabalho.org/
ventilacao_industrial/>. Acesso em: 31 nov. 2019.
138
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
• vazão de controle;
• velocidade de controle;
• velocidade de fresta;
• velocidade de transporte nos dutos;
• velocidade de face;
• correntes cruzadas.
139
HiGiENE Do TrABALHo I
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Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
141
HiGiENE Do TrABALHo I
DATA:
PÁGINA:
FONTE: A autora
REFERÊNCIAS
ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists. Defining
the science of occupational and environmental health. 2019. Disponível em:
https://www.acgih.org/. Acesso em: 7 maio 2019.
142
Capítulo 3 CONFORTO TÉRMICO E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
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HiGiENE Do TrABALHo I
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