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UFPR

Universidade Federal do Paraná

3.2.1.1 Grandezas físicas: Conceito. Medidas. Operações. Ordens de grandeza. Algarismos


significativos. Sistemas correntes de unidades. Conversão entre unidades de diferentes sistemas.
Sistema Internacional de Unidades. Notação Científica. Múltiplos e Submúltiplos. Inter-relações entre
grandezas e leis físicas. Análise dimensional ........................................................................................... 1
3.2.1.2 Mecânica: Conceito de partícula. Cinemática escalar e vetorial. Movimento Retilíneo Uniforme
e Uniformemente Acelerado. Gráficos de movimentos. Queda livre e movimento de projéteis. Movimento
circular. Conceitos de massa, força e aceleração. Referenciais inerciais e não inerciais. Sistemas de
Forças. Leis de Newton e aplicações. Trabalho. Energia cinética. Energia potencial. Potência. Momento
linear (quantidade de movimento). Impulso. Conservação de momento linear. Colisões elásticas e
inelásticas. Lei de Conservação da Energia. Gravitação. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler.
Movimento de planetas e satélites em órbitas circulares. Movimento oscilatório. Lei de Hooke. Movimento
harmônico simples. Centro de massa. Estática dos sólidos. Momento de uma força. Momento resultante
e condições de equilíbrio de um corpo rígido. Massa específica e densidade linear, superficial e
volumétrica. Peso específico. Conceito de pressão. Pressão atmosférica. Lei de Stevin. Vasos
comunicantes. Princípio de Pascal. Prensa hidráulica. Princípio de Arquimedes. Flutuação de corpos.
Empuxo. Linhas de corrente. Vazão. Equação da continuidade ............................................................. 16
3.2.1.3 Termologia: Conceito de temperatura. Equilíbrio térmico. Escalas termométricas. Dilatação
térmica de sólidos e líquidos. Transmissão do calor. Calor específico. Capacidade térmica. Calorimetria.
Conceito de calor. Estados físicos da matéria. Mudança de estado físico. Transformação de energia
mecânica em térmica. Gases. Conceito de gás ideal. Leis dos gases ideais. Transformações gasosas.
Diagramas de processos gasosos. Diagrama de fases e de Clapeyron. Leis da termodinâmica. Máquinas
térmicas, rendimento de máquinas térmicas. Ciclos Termodinâmicos. Ciclo de Carnot .......................... 84
3.2.1.4. Ondulatória: Conceito de onda. Pulsos em cordas. Ondas transversais e longitudinais.
Amplitude. Comprimento de onda. Período. Frequência. Velocidade de propagação. Ondas periódicas.
Fenômenos ondulatórios. Princípio da superposição. Interferência. Reflexão. Refração. Ondas
estacionárias. Acústica. Som. Tubos sonoros. Harmônicos. Propagação do som. Velocidade do Som.
Fontes sonoras. Efeito Doppler ............................................................................................................ 119
3.2.1.5 Eletromagnetismo: Carga elétrica. Constituição atômica. Carga elétrica elementar. Processos
de eletrização. Condutores e isolantes. Campo elétrico. Linhas de campo. Lei de Coulomb. Potencial
elétrico. Superfícies equipotenciais. Campo elétrico uniforme. Campo e potencial elétrico de condutor
esférico. Diferença de potencial entre dois pontos de um campo elétrico. Movimento de cargas elétricas
puntiformes por ação de campo elétrico. Corrente elétrica. Geradores. Receptores. Força eletromotriz.
Resistência interna de geradores e receptores. Equação de gerador e de receptor. Potência em geradores
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e receptores. Rendimento. Resistores. Lei de Ohm. Energia e potência. Efeito Joule. Associação de
resistores. Circuitos elementares. Lei dos nós. Lei das malhas. Capacitores. Energia armazenada por
capacitores. Associação de capacitores. Campo magnético. Linhas de campo. Força magnética sobre
cargas elétricas e fios condutores. Campos magnéticos gerados por correntes elétricas. Magnetização.
Indução eletromagnética. Transformadores. Lei de Lenz e Lei de Faraday. Noções de corrente alternada
............................................................................................................................................................. 144
3.2.1.6 Óptica: Modelo ondulatório da luz. Velocidade de propagação da luz. Índice de refração. Óptica
geométrica. Leis da reflexão. Espelhos planos e esféricos. Leis da refração. Reflexão total. Lentes
delgadas. Formação de imagens. Equação dos focos conjugados aplicada a lentes delgadas e espelhos
esféricos. Ampliação. Óptica física. Dispersão. Interferência. Difração. Polarização da luz .................. 205
3.2.1.7 Física Moderna: Radiação do corpo negro. Efeito fotoelétrico. Dualidade onda-partícula .... 225

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3.2.1.1 Grandezas físicas

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

Para melhor interpretar o sistema internacional de unidades precisamos entender primeiro o que é
notação científica e ordem de grandeza.
Quando estamos trabalhando com números muito grandes, muitas vezes é mais fácil utiliza-los em
notação científica, ou ordem de grandeza. Para isso, devemos conhecer as potências de 10. Todo número
positivo pode ser escrito como em potência de 10. Vejamos alguns exemplos:

1=100
10=101
100=10²
1000=10³

Ordem de Grandeza

A ordem de grandeza de um número serve para termos uma noção da dimensão do número e onde
podemos localizá-lo. Nos exemples acima temos então a ordem de grandeza de maneira crescente, assim
a ordem de grande do número 10 é 101, do número 100 é 102 e assim por diante.

Notação Científica

Observe os exemplos:

1 - Qual a ordem de grandeza do número 25347 e como ele ficaria escrito em notação científica?

O número 25347 tem cinco casas, logo a ordem de grandeza dele é 104 que também possui cinco
casas (pois 104 = 10000). 25347 escrito em notação cientifica é: 2,5347 x 104.

2 - A distância do Sol a Terra é de 150 milhões de km (150.000.000 km), um número muito grande que
pode ser expresso por 150 x 106 ou 15 x 107 ou 1,5 x 108.

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3 - Quanto multiplicamos por 101 ,102 103, 104... estamos deslocando a vírgula quantas casas forem o
expoente da base 10, para a direita.

a) 2,53 x 101 = 25,3


b) 3,7589 x 102 = 37,589
c) 0,2567 x 103 = 256,7

Caso o expoente do 10 for negativo devemos deslocar a vírgula para a esquerda.


a) 2,53 x 10-1 = 0,253
b) 3,7589 x 10-2 = 0,037589
c) 0,2567 x 10-3 = 0,0002567
4 - Escrever o número 2014 em potência de 10.

201,4 . 101 ➔ 20,14 . 102 ➔ 2,014 . 103, observa-se que colocar um número na base 10, é o mesmo
que o dividir por dez, ou escrever o mesmo na forma decimal acrescido de vírgula. Para cada divisão
aumenta-se o expoente.

A notação científica chega a sua parte final, quando a mantissa tem seu módulo compreendido entre:
1≤ a ≤10
No exemplo acima, a = 2,014, logo esta compreendido entre os valores acima.

5 - 1.500.000.000 ➔ 1,5 x 109 ( deslocamos a vírgula 9 casas para esquerda);


6 - 0,000 000 000 256 ➔ 2,56 x 10-10 ( deslocamos a vírgula 10 casa para direita);

Algarismos Significativos

Os algarismos significativos são os que representam a exatidão de um número. Como por exemplo o
número 28,72 tem 4 algarismos significativos. Se caso o número fosse 28,7200 ele teria 6 algarismos
significativos, pois a adição de zeros à direita, aumenta a exatidão do número. Os seguintes exemplos
tem 5 algarismos significativos:

- 137,28
- 000000000000000467,96
- 0,51678
- 12.359
- 3,7589 x 10-2

Como observamos nesse último exemplo, é fácil determinar os algarismos significativos em números
escritos em notação científica. Todo o número com execção da potencia de dez são algarismos
significativos.

Erros e Desvios

Algumas grandezas possuem seus valores reais conhecidos e outras não. Quando conhecemos o
valor real de uma grandeza e experimentalmente encontramos um resultado diferente, dizemos que o
valor obtido está afetado de um erro. 1

ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da
mesma.

Matematicamente →Erro = Valor medido - Valor real

Entretanto, o valor real ou exato da maioria das grandezas físicas nem sempre é conhecido. Quando
afirmamos que o valor da carga do elétron é e = 1,60217738 x 10-19 C, este é, na verdade, o valor mais
provável dessa grandeza, determinado por meio de experimentos com incerteza de 0,30 partes por
milhão. Neste caso, ao efetuarmos a medida dessa grandeza e compararmos com e, falamos em
desvios e não erros.

1
https://bit.ly/2OHVIvI

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DESVIO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e um valor adotado
que mais se aproxima do valor real.

Na prática se trabalha na maioria das vezes com desvios e não erros.

Desvio Médio - Valor Médio


Quando um mesmo operador efetua uma série de medidas de uma grandeza x, utilizando um mesmo
instrumento, as medidas obtidas (x1, x2, ... , xN) terão valores que, na maioria das vezes, poderão não
coincidir. Isso ocorre devido aos erros experimentais inerentes a qualquer processo de medida. Pode
ser demonstrado que o valor que mais se aproxima do valor real da grandeza é a média aritmética dos
valores ( x ), denominado valor médio.
Suponha que um experimentador realize 10 vezes a medida do comprimento L de uma barra. Essas
medidas foram realizadas com uma régua cuja menor divisão era 1 mm, de modo que os décimos de
milímetro foram avaliados (é costume fazer estimativas com aproximações até décimos da menor
divisão da escala do instrumento).

Em qualquer das medidas efetuadas encontraram-se, como comprimento da barra, 5,3 cm


completos mais uma fração avaliada da menor divisão, de modo que as flutuações, neste caso, residem
nas diferentes avaliações da menor divisão. A tabela abaixo mostra os valores obtidos nas dez medidas
realizadas.

Calculando-se a média aritmética das medidas efetuadas tem-se:

Que é o valor mais provável para o comprimento da barra.


O valor médio é mais preciso e exato quanto maior for o número N de medidas.
Define-se o desvio de uma medida do conjunto pela diferença entre o valor medido ( Li ) e o valor
médio ( L ).

O desvio de cada medida, no caso do exemplo, está indicado na tabela. Desse conjunto deve- se
extrair a incerteza que afeta o valor adotado (valor médio). Considera-se, para esse fim, a média

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aritmética dos valores absolutos dos desvios denominada desvio médio (L):

Esse desvio significa que o erro que se comete ao adotar o valor médio ( L = 5,37 cm) é de 0,01 cm.
Em outras palavras, o valor real deve estar entre 5,36 e 5,38 cm. Dessa maneira, o comprimento da
barra pode ser expresso como:

Desvio Avaliado ou Incerteza


Se o experimentador realiza apenas uma medida da grandeza, o valor medido evidentemente será
o valor adotado, já que não se tem um conjunto de dados para ser analisado, como no caso anterior.
Aqui, também, o valor adotado representa a grandeza dentro de certo grau de confiança.
Não existe uma regra definida para determinar a incerteza de uma única medida, pois esta depende
de vários fatores como: o instrumento utilizado, as condições em que a medida se realiza, o método
utilizado na medida, a habilidade do experimentador, a própria avaliação do último algarismo (fração
avaliada da menor divisão da escala do instrumento) etc.
Contudo, é costume tomar a incerteza de uma medida como sendo a metade da menor divisão da
escala do instrumento utilizado, denominando-a desvio avaliado ou incerteza.
Convém salientar que a avaliação da incerteza da medida depende, sobretudo, do bom senso do
experimentador.

Desvio Relativo
O desvio relativo é igual ao quociente entre a incerteza e o valor adotado e é, freqüentemente
expresso em termos percentuais.

O desvio relativo percentual é obtido, multiplicando-se o desvio relativo por 100%. O desvio relativo
nos dá, de certa forma, uma informação a mais acerca da qualidade do processo de medida e nos permite
decidir, entre duas medidas, qual a melhor. Isto é, quanto menor o desvio relativo, maior a precisão da
medida.

Sistema Internacional de Unidades

O SI é um conjunto sistematizado e padronizado de definições para unidades de medida, utilizado em


quase todo o mundo moderno, que visa a uniformizar e facilitar as medições e as relações internacionais
daí decorrentes.

Básicas
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd

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Definiram-se sete grandezas físicas postas como básicas ou fundamentais. Por conseguinte,
passaram a existir sete unidades básicas correspondentes — as unidades básicas do SI — descritas na
tabela, na coluna à esquerda. A partir delas, podem-se derivar todas as outras unidades existentes.

Derivadas
Todas as unidades existentes podem ser derivadas das unidades básicas do SI. Entretanto,
consideram-se unidades derivadas do SI apenas aquelas que podem ser expressas através das unidades
básicas do SI e sinais de multiplicação e divisão, ou seja, sem qualquer fator multiplicativo ou prefixo com
a mesma função. Desse modo, há apenas uma unidade do SI para cada grandeza. Contudo, para cada
unidade do SI pode haver várias grandezas. Às vezes, dão-se nomes especiais para as unidades
derivadas.
É, tão somente, uma apresentação organizada, tabelada, das unidades do SI das principais grandezas,
acompanhadas dos respectivos nomes e símbolos. Na primeira tabela, unidades que não fazem uso das
unidades com nomes especiais:

Grandeza Unidade Símbolo


Área metro quadrado m²
Volume metro cúbico m³
Número de onda por metro 1/m
Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³
Concentração mol por metro cúbico mol/m³
Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg
Velocidade metro por segundo m/s2
Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s²
Densidade de corrente ampere por metro ao quadrado A/m²
Campo magnético ampere por metro A/m

Na segunda tabela, as que fazem uso na sua definição das unidades com nomes especiais.

Dimensional Dimensional
Grandeza Unidade Símbolo
Analítica Sintética
Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz
Aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s² 1/s² Hz²
Momento de força newton metro N•m kg·m²/s² ----
Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ ----
Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m)
Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K
Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg)
Condutividade térmica watt por metro por kelvin W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K)
Intensidade de radiação watt por esferorradiano W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr)

Unidades aceitas pelo SI


O SI aceita várias unidades que não pertencem ao sistema. As primeiras unidades deste tipo são
unidades muito utilizadas no cotidiano:

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI


Tempo minuto min 1 min = 60 s
Tempo hora h 1 h = 60 min = 3600 s
Tempo dia d 1 d = 24 h = 86 400 s
Ângulo plano grau ° 1° = π/180 rad
Ângulo plano minuto ‘ 1' = (1/60)° = π/10 800 rad
Ângulo plano segundo “ 1" = (1/60)' = π/648 000 rad
Volume litro l ou L 1 l = 0,001 m³
Massa tonelada t 1 t = 1000 kg
Argumento logarítmico ou Ângulo hiperbólico neper Np 1 Np = 1
Argumento logarítmico ou Ângulo hiperbólico bel B 1B=1

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A relação entre o neper e o bel é: 1 B = 0,5 ln(10) Np. Outras unidades também são aceitas pelo SI,
mas possuem uma relação com as unidades do SI determinada apenas por experimentos:

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI


Energia Elétron-volt eV 1 eV = 1,602 176 487(40) x 10−19 J
Massa Unidade de massa atômica u 1 u = 1,660 538 782(83) x 10−27 kg
Comprimento Unidade astronômica ua 1 ua = 1,495 978 706 91(30) x 1011 m

Por fim, tem-se unidades que são aceitas temporariamente pelo SI. Seu uso é desaconselhado.

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI


Comprimento milha marítima ---- 1 milha marítima = 1852 m
Velocidade nó ---- 1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600 m/s
Área are a 1 a = 100 m²
Área hectare ha 1 ha = 10 000 m²
Área acre ---- 40,47 a
Área barn b 1 b = 10−28 m²
Comprimento ångström Å 1 Å = 10−10 m
Pressão bar bar 1 bar = 100 000 Pa

Exceções
- Unidades segundo e radiano: é necessário dobrar o r e o s. Exemplos: milissegundo, decirradiano,
etc.
- Especiais: múltiplos e submúltiplos do metro: quilômetro (quilómetro), hectômetro (hectómetro),
decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro; também nanômetro (nanómetro), picômetro (picómetro)
etc..

Observações
- O k usado em “quilo”, em unidades como quilômetro (km) e quilograma (kg), deve ser grafado em
letra minúscula. É errado escrevê-lo em maiúscula.
- Em informática, o símbolo “K” que pode preceder as unidades bits e bytes (grafado em letra
maiúscula), não se refere ao fator multiplicativo 1000, mas sim a 1024 unidades da grandeza citada (para
correção a IEC definiu o chamado prefixo binário onde 1:1024 e o uso dos prefixos da SI passaram a
valer 1:1000).
- Em unidades como km² e km³ é comum ocorrerem erros de conversão.

1 km² = 1 000 000 m²,


porque 1 km × 1 km = 1 km², 1 km = 1000 m, 1000 m × 1000 m = 1 000 000 m².

Para fazer conversões nesses casos, devem-se colocar mais dígitos por casa numérica: em metros,
cada casa tem um dígito (exemplo: 1000 m = 1 km); em metros quadrados (2), cada casa numérica tem
dois dígitos (exemplo: 1000 m × 1000 m = 01 00 00 00 m² = 1 km²); em metros cúbicos (3), cada casa
numérica tem três dígitos (exemplo: 1000 m × 1000 m × 1000 m = 001 000 000 000 m³ = 1 km³).

Escrita correta de unidades SI - Nome de unidade


O nome das unidades deve ser sempre escrito em letra minúscula.
Exemplos:
- Correto: quilograma, Newton, metro cúbico.
- Exceção: quando o nome estiver no início da frase e em “grau Celsius”.

Somente o nome da unidade aceita o plural

É importante saber que somente o nome da unidade de medida aceita o plural. As regras para a
formação do plural (no Brasil) para o nome das unidades de medida seguem a Resolução Conmetro
12/88, conforme ilustrado abaixo:
Para a pronúncia correta do nome das unidades, deve-se utilizar o acento tônico sobre a unidade e
não sobre o prefixo.

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- Exemplos: micrometro, hectolitro, milissegundo, centigrama, nanômetro.
- Exceções: quilômetro, hectômetro, decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro.
Ao escrever uma unidade composta, não se deve misturar o nome com o símbolo da unidade.

Certo Errado
quilômetro por hora km/h quilômetro/h; km/hora
metro por segundo m/s metro/s; m/segundo

Símbolo de Unidade
As unidades do SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de símbolos.

Símbolo não é abreviatura


Símbolo não é abreviatura. É um sinal convencional e invariável utilizado para facilitar e universalizar
a escrita e a leitura de significados - no caso, as unidades SI; logo, jamais deverá ser seguido de "ponto".

Símbolo não admite plural


Símbolo não admite plural. Como sinal convencional e invariável que é, utilizado para facilitar e
universalizar a escrita e a leitura de significados, nunca será seguido de “s”.

Certo Errado
cinco metros 5 m 5 ms ou mts
dois quilogramas 2 kg 2 kgs
oito horas 8h 8 hs

Representação
O resultado de uma medição deve ser representado com o valor numérico da medida, seguido de um
espaço de até um caractere e, em seguida, o símbolo da unidade em questão. Exemplo:

Para a unidade de temperatura grau Celsius, haverá um espaço de até um caractere entre o valor e a
unidade, porém não se porá espaço entre o símbolo do grau e a letra C para formar a unidade “grau
Celsius”. Exemplo:

Os símbolos das unidades de tempo hora (h), minuto (min) e segundo (s) são escritas com um espaço
entre o valor medido e o símbolo. Também há um espaço entre o símbolo da unidade de tempo e o valor
numérico seguinte. Exemplo:

Exceções
Para os símbolo da unidade de ângulo plano grau (°), minuto(') e segundo("), não deve haver espaço
entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver um espaço entre o símbolo da unidade e o próximo
valor numérico.

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Conversão de Unidades
A conversão de medidas2 é importante para resolver questões de matemática, assim como de física.
Quando um problema apresenta diferentes unidades de medida, a conversão é necessária para
solucionar a questão. As unidades de medidas estão presentes no nosso cotidiano. Repare que muitas
vezes vemos escrito nas caçambas espalhadas pelas ruas “5 m³” ou, no final dos rótulos de xampus, “100
ml”. E até mesmo o bonito piso que gostaríamos de ter em nossas casas é vendido pelo “metro quadrado”.
Mas, afinal, o que significam essas medidas? Para facilitar, iremos tomar como base a unidade de
comprimento: metro. Depois, veremos os demais casos que completam o sistema métrico.

Unidades de Comprimento
Ao medirmos a altura de uma pessoa, usamos a unidade conhecida como “metro”: 1,60m, 1,83m etc.
Mas seria muito difícil se usássemos a mesma unidade para calcular a distância entre cidades ou países,
pois são longas distâncias, ou seja, números que podem ser muito grandes. Teríamos dificuldade também
ao escrever a espessura de um fio de cabelo ou a tampa de uma caneta: pequenas distâncias, pequenos
números. Logo, para resolver esse problema, criou-se uma convenção para as unidades de comprimento.
Do maior ao menor: quilômetro, hectômetro, decâmetro, metro, decímetro, centímetro e milímetro. Seus
símbolos são respectivamente: km, hm, dam, dam, m, dm, cm, mm.
Tomando o metro como referência, temos:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


km hm dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Unidades de Área
Mas e para medir o piso que gostaria de colocar na minha casa? Ou o terreno da minha casa? Lembre-
se de que para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar comprimento de seu lado duas vezes
(o que chamamos de elevar ao quadrado). Então a unidade de área é basicamente elevar ao quadrado a
unidade de comprimento. Portanto temos:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
1000m x 100m x 10m x 0,1m x 0,01m x 0,001m x
1m x 1m
1000m = 100m 10m = 0,1m = 0,01m = 0,001m
= 1m²
1.000.000m² =10.000m² 100m² 0,01m² 0,0001m² =0,000001m²

Unidades de Volume
Repare que, para descrever as unidades de área, multiplicamos as unidades duas vezes. O caso do
volume será muito parecido. Basta lembrar que para calcular o volume de um cubo, devemos fazer a
multiplicação do comprimento de suas arestas três vezes (elevar ao cubo), portanto, basta multiplicar
essa quantidade de vezes a unidade de comprimento.

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³
1000m x 1000m 100m x 100m 10m x 10m 1m x 0,1m x 0,01m x 0,001m x
x 1000m = x 100 x 10m = 1m x 0,1m x 0,01m x 0,001m x
1.000.000.000m³ =1.000.000m³ 1000m³ 1m 0,1m = 0,01m = 0,001m =
= 1m³ 0,001m³ 0,000001m³ 0,000000001m³

Unidades de Tempo
Juntamente com o metro, as unidades de medição do tempo são, talvez, as mais comuns. Segundo
(s). E as demais: minuto, hora, dia, ano, década, século e milênio.
1 milênio = 1000 anos ; 1 ano = 365 dias ; 1 dia = 24horas ; 1 hora = 60 min ; 1 minuto = 60 segundos.

22
http://educacao.globo.com/matematica/assunto/matematica-basica/sistemas-de-unidades-de-medidas.html

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Grandezas Escalares e Vetoriais

Vetores
Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados os vetores: entes matemáticos abstratos
caracterizados por um módulo, por uma direção e por um sentido. Representação de um vetor –
Graficamente, um vetor é representado por um segmento orientado de reta:

Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.

Em física, podem ser consideradas como grandezas ou quantidades somente as propriedades de um


fenômeno, corpo (física) ou substância. É necessário que essas propriedades possam ser expressas
quantitativamente:

No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude) mais uma referência
(sua unidade de medida);

No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude), de uma referência (sua
unidade de medida), de uma direção e de um sentido.

A partir dessa definição podemos, por exemplo, dizer que o comprimento, a quantidade de matéria e
a energia são grandezas físicas, enquanto as notas de uma prova, o preço de um objeto e a intensidade
de um sentimento não são.
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de unidade de
medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente definido, e é por meio de um
processo de comparação quantitativa (medição) com esse padrão unitário que se determina a magnitude
de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o tamanho unitário está contido na medida em que está
sendo feita. Podem, também, existir diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza
física; usa-se corriqueiramente a polegada como medida de comprimento em favor do oficial metro. A
união de determinadas unidades de medida dá origem a um sistema de medida.

Conceituação de grandezas vetoriais e escalares


Grandeza é um conceito fundamental na ciência. Mas o que é uma grandeza? O conceito científico
para grandeza é tudo o que pode ser medido. Assim, o comprimento é uma grandeza? Sim, você pode
medir o comprimento de uma mesa. A massa é uma grandeza? Sim, você pode medir a massa do seu
corpo. Amor é uma grandeza? Não, você não pode medir sentimentos. Não existe um “amorômetro”.
Vamos agora aprender a diferença entre uma grandeza escalar e uma grandeza vetorial.

Grandeza escalar - é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número
ou um número e uma unidade. A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada
quando conhecemos um número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg. A temperatura é uma
grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A temperatura da sala de aula é 27ºC. O volume é uma grandeza escalar porque fica
perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma unidade. O volume de uma caixa de
leite é um litro. O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado
quando conhecemos um número e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas. O índice de refração
absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas por um
número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica
perfeitamente caracterizada.

Grandeza Vetorial - é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma
direção, um sentido, um número e uma unidade. O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é
uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o deslocamento entre a sua casa e a sua

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escola precisamos conhecer direção (Leste-Oeste), um sentido (indo para Oeste), um número e uma
unidade (10 km).

Como representar uma grandeza vetorial


Sabemos, da Matemática, que um segmento de reta é um trecho limitado de uma reta.

Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe
sentido. Não esqueça que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao
segmento BA. Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um
segmento de reta orientado e pode ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.

Operações Básicas Com Vetores

Vetor Soma
João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.

João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.

Nesta história, podemos considerar que os deslocamentos de Maria formam um conjunto de vetores e
o deslocamento de João representa o vetor soma do conjunto de vetores, isto é, vetor soma de um
conjunto de vetores é o vetor capaz de produzir o mesmo efeito que o conjunto dos vetores.

Método Gráfico
Desejamos somar os vetores da figura abaixo.

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Devemos definir uma origem (ponto O). A seguir vamos transportar o vetor a→ de modo que sua
origem coincida com o ponto O.

Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do vetor
a→.

E assim, sucessivamente, até terminarem os vetores que devem ser somados. É como se você
estivesse encaixando os vetores.

O vetor soma s→ é obtido ligando-se a origem (ponto O) à extremidade do último vetor.

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Vetor em Sistema de Eixos Coordenados
Desejamos projetar o vetor a→ sobre o eixo x, mostrado na figura abaixo.

Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.

Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.

Procedendo de modo análogo podemos obter a projeção do vetor a→ sobre o eixo y (a→y). A figura
abaixo mostra as projeções do vetor a→ sobre o sistema de eixos coordenados.

a→x = projeção do vetor a→ sobre o eixo x


a→y = projeção do vetor a→ sobre o eixo y
a→x e a→y são as componentes do vetor a→.

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Subtração
Para subtrairmos dois vetores, vamos utilizar o conceito de soma.

Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.

Para fazer a subtração dos dois vetores, devemos ter (−𝑏⃗⃗)

Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.

Cinemática Vetorial

Na Cinemática Escalar, estudamos a descrição de um movimento em trajetória conhecida, utilizando


as grandezas escalares. Agora, veremos como obter e correlacionar às grandezas vetoriais descritivas
de um movimento, mesmo que não sejam conhecidas previamente as trajetórias.

Grandezas Escalares – Ficam perfeitamente definidas por seus valores numéricos acompanhados
das respectivas unidades de medida. Exemplos: massa, temperatura, volume, densidade, comprimento,
etc.
Grandezas vetoriais – Exigem, além do valor numérico e da unidade de medida, uma direção e um
sentido para que fiquem completamente determinadas. Exemplos: deslocamento, velocidade, aceleração,
força, etc.

Resultante de vetores (vetor-soma) – Considere um automóvel deslocando-se de A para B e, em


seguida, para C. O efeito desses dois deslocamentos combinados é levar o carro de A para C. Dizemos,
então, que o vetor é a soma ou resultante dos vetores e .

Regra do Polígono – Para determinar a resultante dos vetores e , traçamos, como na figura acima,
os vetores de modo que a origem de um coincida com a extremidade do outro. O vetor que une a origem
de com a extremidade de é o resultante .

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Regra do Paralelogramo – Os vetores são dispostos de modo que suas origens coincidam. Traçando-
se um paralelogramo, que tenha e como lados, a resultante será dada pela diagonal que parte da
origem comum dos dois vetores.

Componentes ortogonais de um vetor – A componente de um vetor, segundo uma dada direção, é a


projeção ortogonal (perpendicular) do vetor naquela direção. Decompondo-se um vetor , encontramos
suas componentes retangulares, x e y, que conjuntamente podem substituí-lo, ou seja, = x + y.

Questões

01. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – Júnior – CESGRANRIO) A chuva de vento ocorre quando
as gotas da água da chuva sofrem ação do vento enquanto caem. Em um determinado instante, uma das
gotas de uma chuva de vento possui componentes horizontal e vertical da sua velocidade iguais a 1,50
m/s e 2,00 m/s, respectivamente. Qual é, aproximadamente, em m/s, o módulo do vetor velocidade dessa
gota?
(A) 6,25
(B) 5,50
(C) 3,50
(D) 2,50
(E) 1,75

02. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO) Sultan Kosen, um turco de 31 anos que mede
2,51 metros, está no livro dos recordes como o homem mais alto do mundo. A ordem de grandeza,
em cm, da altura de Sultan é:
(A) 100
(B) 101
(C) 10²
(D) 10³

03. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia – FUNIVERSA) Todas as


grandezas físicas podem ser expressas por meio de um pequeno número de unidades fundamentais.
A escolha das unidades-padrão dessas grandezas fundamentais determina o sistema de unidades.
No caso, o sistema mundialmente utilizado na comunidade científica é o chamado Sistema
Internacional (SI). Nele a unidade fundamental para o comprimento é o metro (m), para o tempo é o
segundo (s) e para a massa é o quilograma (kg).

Acerca do Sistema Internacional (SI), assinale a alternativa correta.


(A) Os múltiplos e submúltiplos das unidades do SI podem ser obtidos por meio do uso de prefixos
das potências de 10. Desse modo, o prefixo “mega” representa 109.
(B) O sistema decimal com base no metro é chamado de sistema decimétrico.
(C) 1.000.000 de watts corresponde a 1 megawatt (MW)
(D) A unidade da grandeza física força, no SI, é expressa por kg.m/s.
(E) No SI, a unidade fundamental para temperatura é grau Celsius.

04. (EEAR – Sargento Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) Dois vetores 𝐴⃗𝑒 𝐵 ⃗⃗ estão
representados a seguir. Assinale entre as alternativas aquela que melhor representa a resultante da
operação vetorial𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗

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(A)

(B)

(C)

(D)

05. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Ao se fazer uma medida, do ponto de vista
científico, são necessárias regras de tal maneira que, em qualquer lugar do planeta, essa mesma
medida possa ser feita por outras pessoas, dentro dos mesmos critérios. Dentro desses critérios,
uma pessoa deve escrever o resultado da medida com todas as casas métricas que ela consegue
ler no aparelho, mais a primeira casa que ela consegue ainda avaliar. Por exemplo, ao usar uma
régua escolar, que é milimetrada, para fazer uma medida, uma pessoa poderia obter, do ponto de
vista de algarismos significativos (critérios científicos), a medida:
(A) 9mm
(B) 9,50mm
(C) 12,6 cm.
(D) 12,60cm

06. (SEE/AC – Professor de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias – FUNCAB)


Das grandezas apresentadas abaixo, aquela que se encontra no Sistema Internacional de Unidades
(SI) é:
(A) Tempo, hora.
(B) Força, newton.
(C) Comprimento, milha.
(D) Temperatura, fahrenheit.
(E) Área, polegada quadrada.

07. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Qual dos itens abaixo está
representando corretamente uma resistência elétrica no SI?
(A) 6W
(B) 6
(C) 6Hz
(D) 6N
(E) 6T

08. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Existem sete unidades básicas
no sistema internacional de unidades (SI) e que geram as unidades derivadas de medida. Das
alternativas indicadas, a única que não é uma unidade do SI é
(A) metro
(B) ampère
(C) mol
(D) polegada
(E) grama

Gabarito

01.D / 02.C / 03.C / 04.B / 05.D / 06.B / 07.B / 08. D

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Comentários

01. Resposta: D.

V²=2²+1,5²
V²=4+2,25
V²=6,25
V=2,5 m/s

02. Resposta: C.
2,51 m=251 cm
Portanto, a ordem de grandeza é de 10².

03.Resposta: C.

04. Resposta: B.

Temos que trocar o vetor B para virar –B.

05. Resposta: D.
Como tem que ser algarismos para a régua e um a mais que consegue identificar, ficamos com
12,60cm.

06. Resposta: B.
Tempo é em segundos
Comprimento: metro
Temperatura: ºC
Área: m²

07. Resposta: B.
A resistência elétrica é dada em ohm()

08. Resposta: D.
Polegada é uma unidade de medida de comprimento, mas não do SI que é o metro.

3.2.1.2 Mecânica

CINEMÁTICA ESCALAR

A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e


circulares, onde os objetos do nosso estudo costumam estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)
Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos saber das seguintes grandezas que são
chamadas de variáveis:
Deslocamento (ΔS)
Velocidade (V)
Tempo (Δt)
Aceleração (a)

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Velocidade

A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado


tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal) e um sentido (Ex.: para frente, para cima). Porém, para problemas elementares,
onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional, convém tratá-la
como uma grandeza escalar (com apenar valor numérico).
No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s), mas também é
muito comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é
equivalente a 3,6 km/h. Assim temos:

Exemplos:
1. Um carro viaja de uma cidade “A” a uma cidade “B”, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas,
pois decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1
hora e 20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a
viagem?
S=200km
t=4h
v=?

∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.

Antes da parada:

S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ

Depois da parada:

S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?

∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69,3 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66 ℎ

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Movimento Uniforme

Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em um
movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média vista nos
exemplos anteriores:
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 =
∆𝑡

Isolando o S, teremos:


S=.t

Mas sabemos que:


S=Sfinal-Sinicial

Então:
Sfinal = Sinicial + v.t

Exemplos:
1. O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.

Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.

v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
S = So+ v.t
S = 50 + 20.t

2. Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.

Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercício que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.

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3. Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:

(a) a posição inicial;


(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

Resolução:
Comparando com a função padrão: Sfinal = Sinicial + v.t

(a) Posição inicial= 20m


(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m

(e) 80= 20+5t


80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t


20-20= 5t
t=0

É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.

Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.

Movimento Uniformemente Variado

Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de


velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos
que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física,
acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no
cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então
como unidade teremos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚⁄𝑠 𝑚
= 2
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑠 𝑠

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As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente
variado são:

1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 (Torricelli)
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade V em um intervalo de tempo t, e esta média será dada pela razão:

∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, t → 0, tem-se a
aceleração instantânea do móvel.

Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡

Mas sabemos que:


𝑣 = 𝑣 − 𝑣0

Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡

Entretanto, se considerarmos t0 = 0 (t0 = tempo inicial), teremos a função horária da velocidade do


Movimento Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

Exemplos:
1. Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?

𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s

2. Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:

Carro:
1
S = S0 + v0.t + 2 𝑎 𝑡 2
1
𝑆 = 0 + 0 + . 5𝑡 2
2
5 2
S = 2𝑡

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Caminhão:

S = S0 + vt

S = 0 + 10t

S = 10t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


5
S = 2 𝑡 2 = 10t

10.2
t = 0s e t= 5
=4 s

1 𝑎 𝑡2
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 +
2
1 𝑎 52
𝑆 =0 + 0+
2
5𝑡 2
S=
2

Caminhão:

𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡

𝑆 = 0 + 10𝑡

S = 10 t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:

5𝑡 2
S= 2
= 10 t

10.2
t=0set= =4s
5

(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.

3. Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê uma
pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto tem
valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?

Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0 = (30)2+ 2aS
-900 = -16 S
56,25 = (S-S0)
56,25 m = S

A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.

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Movimento Vertical

Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:

g = 9,80665m/s²

No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:

g = 10m/s²

Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do


ar.

Funções Horárias do Movimento Vertical


Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
1 𝑔 𝑡2
ℎ = ℎ0 + 𝑣0 𝑡 +
2

𝑣 = 𝑣0 + 𝑔. 𝑡

𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑔∆𝑆
Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo

Exemplos:
1. Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:

Subida (t=3s)
1
h = ho + vot -2 gt2
1
15 = 0 + 3v0t -2 10.32
15 = 3vo - 45
15 + 45 = 3 vo
60
3
= v0

V0 = 20m/s

2. Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio,


com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 22


velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e
despreze as forças dissipativas.

Da sacada à altura máxima que o projétil alcançará.

V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10 / 10
t = 1s

Da altura máxima que o projétil alcançou ao solo.

V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30
t = 30 / 10
t = 3s

O tempo em que o projétil permanece no ar:


t = 3 + 1 = 4s

Gráficos

Um movimento uniformemente variado (MUV) tem aceleração escalar a constante. Portanto o gráfico3
de “a” em função do tempo deve ter um dos dois aspectos das figuras a seguir, conforme a aceleração
seja positiva ou negativa.

Velocidade Escalar Média (vm)

Movimento Uniforme

(v = constante 0)( = 0)

Gráficos do Movimento Uniforme

Progressivo: (v > 0)

3https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/fisica/mecanica_cinematica/aulas/graficos_do_muv_da_velocidade_escalar_e_do_espaco_em_funcao_do
_tempo

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 23


Retrógrado: (v < 0)

Aceleração Escalar Média (am)

Movimento Uniformemente Variado (MUV)


( = constante 0 )

Dizemos que um movimento é uniformemente variado quando a aceleração escalar é constante e


diferente de zero.

A equação horária da velocidade escalar:

Em certos casos, o problema é resolvido mais rapidamente usando a “Equação de Torricelli”:

(equação de Torricelli)

- movimento acelerado |v| aumenta -> v e -> mesmo sinal


- movimento retardado |v| diminui -> v e -> sinais contrários

Resumindo:
Acelerado Retardado
Progressivo v>0e v>0e
Retrógrado v<0e v<0e
Regra prática

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Gráficos do Movimento Uniforme Variado

Aceleração escalar

Positiva Negativa

Gráfico da velocidade escalar em função do tempo

Positiva Negativa

Gráfico do espaço em função

Positiva Negativa

CINEMÁTICA VETORIAL

O vetor representa, para efeito de se determinar o módulo, a direção e o sentido, da grandeza física.
Utilizando-se a representação através de vetores poderemos definir a soma, a subtração e as
multiplicações de grandezas vetoriais.
Ao longo do texto vamos estabelecer a distinção entre grandezas vetoriais e escalares, colocando uma
flechinha sobre as primeiras:
= vetor aceleração
= vetor velocidade
= vetor posição
= vetor força

Representação Gráfica de Vetores


Um vetor é representado graficamente através de um segmento orientado (uma flecha). A vantagem
dessa representação é que ela permite especificar a direção (e esta é dada pela reta que contém a
flecha) e o sentido (especificado pela farpa da flecha). Além disso, o seu módulo (indicado com v ou
) será especificado pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma convenção para a escala.
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As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo,
a direção e o sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.
O módulo de se indica por .

Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por: v + w = (a+c,b+d)

Propriedades da Soma de vetores

I) Comutativa:
Para todos os vetores u e v de R2 v+w=w+v

II) Associativa:
Para todos os vetores u,v e w de R2. u+ (v+w) = (u+v) +w

III) Elemento neutro:


Existe um vetor O(0,0) em R2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:
o+u=u

IV) Elemento oposto:


Para cada vetor v de R2, existe um vetor -v em R2 tal que: v + (-v) = 0

Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por: v - w = (a-c, b-d)

Produto de um número escalar por um vetor


Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como: c.v = (ca,cb)

Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

Movimento Oblíquo

Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.

Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.

Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.

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A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.

Formulário Movimento Oblíquo

Movimento Oblíquo

Função horária da posição horizontal

Componente horizontal da velocidade


inicial

Função horária da posição vertical

Componente vertical da velocidade inicial

Alcance máximo do projétil


horizontalmente

Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".

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Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.

Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:

Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?

(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10

𝑋 = 62,5 𝑚

2. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.

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Movimento Circular

Movimentos circulares (uniforme e variado).


Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa
trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente
aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada
para o centro da circunferência-trajetória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente
deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que não deixe
de ser circular a trajetória. O movimento circular classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença
de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente
variado (MCUV).

Propriedades e Equações

Deslocamento angular (Δφ)


Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença
entre a posição angular final e a posição angular inicial:

=-0

Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.

Velocidade Angular (ω)


Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:

m= 𝑡
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
=lim m
t→0

Aceleração Angular (α)


Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular média
como:
∆𝜔
αm= 𝑡

Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência (f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:

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1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠
Sabendo que 1rotação = 2πrad,

2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠

Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.

vA = vB
ωB = ωR

As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas lineares Grandezas angulares
v=vo+at =0+at
1 1 2
S-S0 +Vot + 2 𝑎𝑡 2 =0+0t+2 𝑎𝑡
∆𝑉 ∆𝜔
am= ∆𝑡 αm= ∆𝑡
v2=vo2 + aS 2=02 +2a

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E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração
centrípeta:

Exemplos:

1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s

(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s

(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s

2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?

O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)
acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s

(b)
acp= 𝜔ℎ2 .R
acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2

(c)
acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2

3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular igual
a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:

v=R
𝑣
= 𝑅

20
= 0,5= 40 rad/s

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A partir daí, apenas se aplica a função horária da velocidade angular:

=0+αt

20= 0+2t
20
t= 2

t=10s

4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
= 2

=12,5 rad

S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m

5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?

(a) Pela função horária da velocidade angular:

=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s

(b) Pela função horária do deslocamento angular:


1
=0+0.t+2α t2

1
=0+0+2.2.102
=100 rad

(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

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Centro de Massa

Usado para facilitar o estudo do movimento dos corpos rígidos, o centro de massa4 é um conceito da
física mecânica, área que estuda o movimento, de uma forma geral.
Quando estudamos o movimento, levamos em consideração diversos corpos em que as dimensões
podem ou não ser consideradas e, em algumas delas, são essenciais. No estudo da dinâmica do corpo
rígido, por exemplo, as informações da dimensão possuem papel importante.
O Centro de massa, trata-se de um ponto em que toda a massa do corpo pode ser considerada como
concentrada, facilitando o cálculo de vários efeitos. Esse não precisa coincidir com o centro geométrico e
sequer precisa estar dentro do corpo.
O centroide, o centro de gravidade e o centro de massa podem, no entanto, coincidir entre si, caso em
que podemos usar os termos de forma intercambiável apesar de se tratar de conceitos diferentes.
O centro de massa pode ser observado quando temos um brinquedo simples e bastante comum: o
joão-bobo. Esse boneco normalmente feito em plástico ou madeira, possui a base arredondada e, por
mais que seja empurrado ou inclinado, volta a ficar de pé, em sua posição inicial.
O seu centro de massa está localizado em sua base, ou seja, a maior parte de seu peso está na base,
ficando próximo ao chão fazendo com que se equilibre nela.

Importância do centro de massa


O conhecimento em torno do conceito, valores e localização do centro de massa são muito
importantes, e em diversas situações, fogem das áreas que imaginamos.
Exemplo: Em nosso corpo, o centro de massa fica na altura da coluna. Tendo conhecimento disso,
sabe-se que é recomendado, ao levantar coisas mais pesadas, que os joelhos sejam flexionados,
redistribuindo assim a massa e impedindo que o peso gere danos à coluna.
Para a física, ela ajuda a resolver a questão em torno dos corpos rígidos que possuem um número de
partículas infinitas, pois sem esse conceito haveriam várias equações, ou seja, uma para cada partícula.

Centro de massa de um conjunto de partículas


Quando buscamos calcular o centro de massa de um sistema, no caso um conjunto de partículas,
antes devemos realizar uma análise. Na imagem abaixo, o ponto C representa o centro de massa desse
sistema, cujas coordenadas são calculadas por meio de médias ponderadas.

4
https://www.estudopratico.com.br/centro-de-massa-o-que-e-importancia-e-tipos/

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Centro de massa de figuras planas
Uma figura plana homogênea possui um centro de massa localizado em seu eixo de simetria. Se
possuir dois eixos de simetria, o centro de massa está localizado na intersecção dos dois. Mas o que é
eixo de simetria? Trata-se de uma linha que divide um corpo em duas partes iguais. Confira:

Para calcular, é preciso dividir a altura e a base por dois.

Centro de massa de circunferência


O centro de massa de uma circunferência está exatamente no seu centro, pois seu eixo de simetria
(reta que vai de uma extremidade à outra) passa exatamente no centro:

Centro de massa de triângulo


O triângulo retângulo possui uma base mais larga e, por isso, a maior parte de sua massa encontra-
se na parte inferior. O centro de massa, portanto, conforme a imagem demonstrada abaixo, está
localizado a um terço de sua altura e a um terço de sua base.

Centro de massa de figuras planas compostas


A figura plana composta abaixo é formada por um quadrado e um triângulo retângulo. Tendo o sistema
de referência (x,y), devemos analisar de forma separada cada uma delas e encontrar os seus centros de
massa. É importante, para isso, usar os conceitos apresentados anteriormente.

Assim, tendo calculado os centros de massa de cada uma das imagens, basta somar as coordenadas
por meio da equação demonstrada a seguir.

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Equilíbrio de um Ponto Material5

Ao estudarmos a Primeira lei de Newton, também conhecida como a Lei da Inércia, vimos que se a
resultante das forças que atuam em um ponto material (corpo cujas dimensões podem ser desprezadas)
é nula, podemos dizer, portanto, que esse ponto material está em repouso ou está em movimento retilíneo
e uniforme.

De uma forma mais resumida, podemos dizer que:

Se a força resultante for igual a zero (), o ponto material analisado pode estar em equilíbrio estático
(repouso): ou dinâmico (MRU):
Os problemas físicos envolvendo conceitos de estática geralmente objetivam determinar as forças que
atuam sobre um ponto material em equilíbrio. A fim de resolvê-los de forma simples é necessário impor a
condição de que a força resultante sobre ele seja nula. Dessa forma, podemos utilizar o método das
projeções ortogonais dos vetores para resolver tais situações. O método das projeções é descrito a seguir.

Método das Projeções

Imaginemos um ponto material sujeito à ação de um sistema de forças coplanares F1, F2, F3...Fn.
Seja Oxy um sistema cartesiano de referência, situado no mesmo plano das forças. Se a resultante das
forças for nula (FR = 0), decorre que suas projeções nos eixos Ox e Oy são nulas.
Na figura abaixo temos um exemplo de um ponto material em equilíbrio sujeito à ação simultânea de
quatro forças.

Ponto material em equilíbrio sob a ação de quatro forças

Componentes cartesianas

- F1x= F1.cosθ e F1y= F1.senθ


- F2x= F2.cosβ e F2y= F2.senβ
- F3x= F3.cosα e F3y= F3.senα
- F4x= F4.cosγ e F4y= F4.senγ

No equilíbrio, F1x + F3x = F2x + F4x e F1y + F2y = F3y + F4y. Em geral, temos:

FR=0 ⇔ FRx= F1x+ F2x+⋯+Fnx=0


5
https://bit.ly/2VjLTqm

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Ou

FR=0 ⇔ FRy= F1y+ F2y+⋯+Fny=0

Se um ponto material sujeito à ação de um sistema de forças coplanares estiver em equilíbrio, as


somas algébricas das projeções dessas forças sobre dois eixos perpendiculares e pertencentes ao plano
das forças serão nulas.

Questões

01. (EAM – Aprendiz – Marinheiro – Marinha) Analise as afirmativas abaixo.


Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que move-se em linha reta, indica
um valor constante. Nesta situação:
I- a força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- a soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- a aceleração do veículo é nula.

Assinale a opção correta.


(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) Um veículo mantendo velocidade
escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se encontra
aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma desaceleração
constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma distância de 40 m.
Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo de tempo em que
esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.

03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.

Use π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.

A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de


(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.

04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a aceleração

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 36


da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma ordem de soltar uma
bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente. Desprezando os efeitos da
resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância horizontal, em metros, entre o avião e
o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.

05. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um ônibus de 8 m de


comprimento, deslocando-se com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de 12 m
de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos, para atravessar totalmente a ponte?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

06. (PETROBRAS- Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Ao retirar um equipamento de


uma estante, um operador se desequilibra e o deixa cair de uma altura de 1,8 m do piso.
Considerando-se que inicialmente a velocidade do equipamento na direção vertical seja nula e que g
= 10 m/s2, a velocidade de impacto do equipamento com o piso, em m/s, é
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Em um relatório da perícia, indicou-se que o corpo
da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação do
ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma velocidade,
em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.

08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.

I. A aceleração do móvel é de 1,0 m/s2.


II. A distância percorrida nos 10 s é de 50 m.
III. A velocidade varia uniformemente, e o móvel percorre 10 m a cada segundo.
IV. A aceleração é constante, e a velocidade aumenta 10 m/s a cada segundo.

São verdadeiras apenas as afirmativas


(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

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Gabarito

01.D / 02.D / 03.A / 04.C / 05.B / 06.C / 07.A / 08.A

Respostas

01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.

02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s

03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ

04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m

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05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s

07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s

08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
𝑎= = = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:

ℎ 10
𝐴=𝑏∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-A velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.

DINÂMICA

O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação dele com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando
um jogador de tênis bate em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Outro
exemplo é quando soltamos algum objeto de uma certa altura do solo e ele cai, isso é resultado da
interação da terra com este.
Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os princípios de dinâmica
foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que conhecemos
hoje.

Leis de Newton

As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais da Mecânica Clássica ou Newtoniana,


sendo eles o Princípio da Inércia, o Princípio da Dinâmica e o Princípio da Ação e Reação.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia


A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus.
Exemplo: Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia, tende a permanecer em repouso em
relação ao solo terrestre. Já a pessoa que não está se segurando, quando o ônibus vai para frente, ela
cai para trás.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 39


Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante. Em resumo,
podemos esquematizar o princípio da inércia assim:

Exemplo:

Um elevador de um prédio encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação exclusiva de duas forças
opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2000 N. O elevador está parado?

Resposta:
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica


Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um
corpo pela sua massa, ou seja:

A equação “F = m . a” é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a “kg.m/s²” (quilograma


metro por segundo ao quadrado) e “a” é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1º grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo, em
função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa a
massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 40


Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão.

Exemplo:

Quando uma força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=12N, m=2kg, a=?

F = m.a
12 = 2.a
a = 6 m/s²

3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação


Quando uma pessoa empurra um caixa com uma força F, podemos dizer que esta é uma força de
ação, mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção
iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Este é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:"As forças atuam sempre em pares, para toda
força de ação, existe uma força de reação."

Exemplo:

O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.

(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N

No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contrapeso, a tensão é igual T= mg (onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N

Força de Tração

Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, inextensível, flexível e tem massa
desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 41


Exemplo:

Dada a figura

Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.

Resolução:
- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

- Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substitua o valor da aceleração em uma das equações acima, para que seja possível calcular o valor
da força f.

F = 3.a
F = 3 . 4 = 12 N

Força Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que


sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

P = m.g

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 42


O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra. A massa de um corpo, por sua vez, é
constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão.
Por exemplo, qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:

(a) na superfície da Terra (g=9,8m/s²);


(b) na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

(a) P=mg
P=10.9,8=98 N

(b) P=mg
P=10.3,724=37,24 N

Força de Atrito

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.

É isto que caracteriza a força de atrito:


- Se opõe ao movimento;
- Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
- É proporcional à força normal de cada corpo;
- Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.

Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Vamos imaginar uma caixa bem grande, colocada no chão, e contendo
madeira. Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não
ocorre. Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto
no qual conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de
atrito Fatrito entre o solo e a caixa.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 43


Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):

Direção
As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais à
superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal. Por
exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.

Sentido
A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato. Assim, o
sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

Módulo
Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos. Enquanto a força que empurra
a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa. Ela anula o
efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:

Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico


Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que
se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.

a) Atrito Estático: É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito estático
máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo. Quando um corpo não
está em movimento a força de atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo
um coeficiente de atrito estático: µest. Então:

Fat = µest.N

b) Atrito Dinâmico: É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito
estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos a
considerar sua força de atrito dinâmico. A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada
e no cálculo é utilizado o coeficiente de atrito cinético: µd. Então:

Fat = µd.N

Força Elástica

Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).

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Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que
a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada
de Lei de Hooke, que é definida pela fórmula:
F = K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).

A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola


e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos
N/cm; kgf/m, etc.

Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:

F – P = 0, pois as forças têm sentidos opostos, logo F = P

K.x = m.g

150x = 100
x = 0,66m

Força Centrípeta

Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos de aceleração centrípeta, assim como visto no
MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante. Sabendo que:
𝑣2
acp = 𝑅

Ou

acp = 2.R

Então:

𝑣2
Fcp = m.acp = m 𝑅
= m2.R

A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.

Exemplo:

Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp= m 𝑅

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 45


202
Fcp= 800.
100
Fcp= 800.4
Fcp= 3200N

Força Centrífuga6

Imagine-se girando num carrossel. Você tem a sensação de que está sendo atirado para fora. Essa
sensação que o faz sentir-se compelido para fora, para fugir do centro, é o resultado da força centrífuga.
A força centrífuga surge sempre que nos movimentamos fazendo curvas (ao longo de trajetórias não-
retilíneas).

Para um indivíduo num sistema em rotação ou que se movimenta numa curva surge uma força, nesse
sistema, conhecida como força centrífuga. Ela tem as seguintes características:

Direção
Na direção perpendicular à curva por aquele ponto no qual o objeto está.

Sentido
No sentido de "fuga do centro" (para fora). Fuga do centro da circunferência osculadora (a
circunferência que tangencia a curva num dado ponto).

Módulo
O módulo de força centrífuga é dado por

Onde v é a velocidade escalar do corpo no ponto P e R é o raio da circunferência osculadora pelo


ponto P.

E R é a distância do objeto até o centro. Podemos então escrever

Para o indivíduo sobre a plataforma, o objeto está em repouso e ele escreverá para a aceleração na
direção normal

=0
Esse resultado é compatível com o anterior, desde que nos lembremos da força centrífuga. Levando
em conta a força centrífuga podemos escrever na direção normal

Donde concluímos que

6
https://bit.ly/2MrwnVb

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 46


Que é exatamente o mesmo resultado dado acima.

Consideremos, a título de exemplo, o movimento de um objeto de massa m sobre uma plataforma


circular em movimento de rotação em torno do seu eixo (um carrossel é um bom exemplo dessa situação).
O objeto está preso ao eixo da plataforma por um fio.

Consideremos agora o movimento desse objeto descrito por dois observadores. Um localizado sobre
o solo, em repouso (sistema S), e outro localizado sobre a plataforma (S').

Um indivíduo no solo escreverá

Na direção normal ao movimento ele escreverá

Onde acp é a aceleração centrípeta. De acordo com o resultado já conhecido, podemos escrever

Plano Inclinado

Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:

Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:

P: Força peso = P = m.g


Px = P.sen
Py = P.cos
N = Normal = Py

Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat


Se estiver descendo: Px - Fat = m.a

Exemplo:

Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem atrito.
Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.

Px = m.a
m.g.sen = m.a
a = g.sen
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 47


Sistemas

Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.

Corpos em contato

Quando uma força é aplicada aos corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F BA=mB.a
Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB = 3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F = (mA+mB).a
24 = (5+3).a
24
a=
8
a = 3m/s2

FBA = mB.a
FBA = 3.3
FBA= FAB= 9N

Blocos ligados por fio em superfície lisa


Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam
puxados por uma força F.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


(corpo A) T2 = mA.a
(corpo B) T1-T2 = mB.a
(corpo C) F-T1= mC.a
---------------------------------------
F = ( mA+ mB+ mC).a

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 48


Um dos corpos pendurados
Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente
para deslocar o conjunto.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

Trabalho

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no Sistema Internacional (SI) é o Joule (J).
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.

R = 1 + 2 + 3 + .......... + N
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:

 = F.S
Exemplo:

Qual o trabalho realizado por uma força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa uma
aceleração de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
 = F.S
 = m.a. S
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 49
 = 5.1,5.100
 = 750J
Força não-paralela ao deslocamento
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:
𝐹𝐼𝐼
cos = 𝐹𝐼

FII=F cos

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho. Logo:

 = FII.S
 = F cos.S
Exemplo:

Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
 = 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho da força Peso


Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre
o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.

Então:
P = P. h
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 50
P = m.g. h

Potência

A potência é o trabalho realizado em determinado período de tempo.

Exemplo: Dois carros saem da praia em direção a serra, com uma altitude de 600m (h=600m). Um dos
carros realiza a viagem em 1hora, o outro demora 2 horas para chegar. Qual dos carros realizou maior
trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W = 1𝑠

Além do watt, usa-se com frequência as unidades:

1kW (1 quilowatt) = 1000W


1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Pot M =
𝑡
Como sabemos que:
 = F. S
Então:
𝐹.𝑆 𝑆
Pot M = = 𝐹. =𝐹 vm
𝑡 𝑡

Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força, pela equação I:

Pméd = 𝑡

O trabalho de uma força constante é definido pela equação II:

 = F.d.cos
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd = 𝑡

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Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo: Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal
com intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi de
10s?

Pot M=
𝑡

𝐹.𝑆 12.30
Pméd = 𝑡
= 10
= 36 𝑊

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?

Pot = F.v = 12.2 = 24W

Rendimento7
Todas as vezes que uma máquina realiza um trabalho, parte de sua energia total é dissipada, seja por
motivos de falha ou até mesmo devido ao atrito. Lembrando que essa energia dissipada não é perdida,
ela é transformada em outros tipos de energia (Lei de Lavoisier). Assim sendo, considera-se a seguinte
relação para calcular o rendimento:

Onde:
η é o rendimento da máquina;
Pu é a potência utilizada pela máquina;
Pt é a potência total recebida pela máquina.

A potência total é a soma das potências útil e dissipada.

Pt= Pu + Pd

Por se tratar de um quociente de grandezas de mesma unidade, rendimento é uma grandeza


adimensional, ou seja, ele não possui unidade. Rendimento é expresso em porcentagem e ele é sempre
menor que um e maior que zero 0< η<1.

Energia Mecânica

Energia é a capacidade de executar um trabalho. Energia mecânica é aquela que acontece devido ao
movimento dos corpos ou armazenada nos sistemas físicos. Dentre as diversas energias conhecidas, as
que veremos no estudo de dinâmica são:

- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica.

Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento. Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S

7
https://bit.ly/2P07Asp

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Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:

v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎
Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

Teorema da Energia Cinética


Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


"O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética."

R=Ec= Ec - Eci
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2

Exemplo:

Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2

10.(10)2
R =
10.0
-
2 2

R =
−1000
= -500 J
2

Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-versa.

Energia Potencial Gravitacional


É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala...).

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 53


Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.

Energia Potencial Elástica


Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é obtido através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A= 2

Então:
Fel = Eel = 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜
2
𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎

𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel = =
2 2

Conservação de Energia Mecânica


A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética, o mesmo que acontece para a
conservação de energia mecânica.

Exemplo:

Uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser abandonada,
a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total. Quando a
pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1 1 1
mv2 inicial+ Kx2= mv2 final+ Kx2inal
2 2 2 2

Exemplo:

Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará ao
solo?
E M, inicial= E M, final
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 54
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
mv2 inicial + mgh inicial = mv2 final + mgh final
2 2

1 1
2
m.0+m.10.3=2 mv2 final = mg.0
1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final

Gráficos de Energias Para um Sistema Conservativo8

Seja um sistema de forças conservativo e os gráficos das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) em
função do tempo (t) ou em função de uma coordenada de posição (x).
Sabendo que a soma de Ep e Ec é constante, os gráficos serão simétricos em relação a um eixo paralelo

ao eixo dos tempos (ou das posições) e correspondente a uma energia igual a (metade da energia
mecânica total).

Onde:
E1 = Energia Cinética
E2 = Energia Potencial
Em = Energia Mecânica

Impulso

Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja uma interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:

- Módulo: I = F. t
- Direção: a mesma do vetor F
- Sentido: o mesmo do vetor F

A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s


No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo
de tempo de interação:

8
https://www.colegioweb.com.br/energia-mecanica/grafico-de-energias-para-um-sistema-conservativo.html

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 55


A = F.Δt = I

Exemplo:

Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica uma força de intensidade 6,0 · 10² N
sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da força
aplicada pelo jogador.

Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s

Quantidade De Movimento

Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:

- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s

Exemplo:

Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 56


Mas sabemos que: , logo:

Como vimos:

Então:

"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:

Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para
que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

Sistema de Partículas

Consideremos o caso mais simples de um sistema de partículas9. Aquele composto por apenas duas
partículas. Nesse caso as equações se reduzem a apenas duas:

No caso do sistema constituído por apenas duas partículas definimos além do centro de massa

A coordenada relativa

Definimos, além da massa total,

A massa reduzida

.
A utilidade das grandezas físicas assim definidas podem ser entendidas ao adicionarmos e subtrairmos
as equações. A adição nos leva a

9
http://efisica.if.usp.br/mecanica/avancado/multicorpo/sist_2_particulas/

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 57


Ao passo que a subtração nos leva, depois de dividirmos a primeira equação por m1 e a segunda por
m2, a

.
A primeira equação representa o resultado já conhecido de que o centro de massa se move de tal
maneira que tudo se passa como se todas as forças externas estivessem atuando sobre ele.
Para entendermos a relevância da coordenada relativa e de massa reduzida consideremos o caso em
que o sistema de duas partículas não está sujeito a forças externas. Nessas circunstâncias as equações
se escrevem agora

Uma vez conhecida a força (ou forças) de interação entre as duas partículas podemos determinar a partir
de ( ) e utilizando ( ). Uma vez conhecidos e podemos determinar e utilizando ( ).
Isto é

Colisões

Em Física, colisões10 entre dois corpos constituem uma interação rápida e violenta, pois as forças
trocadas são de grande intensidade. Nesse breve intervalo de tempo, os corpos trocam entre si forças de
intensidades muito maiores do que as ações externas, o que nos permite considerar que o sistema é
isolado.
Como consideramos o sistema mecanicamente isolado, a quantidade de movimento do sistema
conserva-se em toda colisão, ou seja, a quantidade de movimento antes da colisão é igual à quantidade
de movimento depois da colisão, isto independentemente do tipo de colisão. Portanto, podemos escrever:
Qantes= Qdepois
mA.vA+mB.vB= mA.vA'+mB.vB'

Tipos de choques
- Choque perfeitamente elástico – assim denominamos as colisões em que as forças agentes na fase
de interação são exclusivamente elásticas e, portanto, conservativas. Nesse tipo de colisão, toda a
energia cinética consumida na etapa de deformação reaparece na fase de restituição. O coeficiente de
restituição é, portanto, 100%, isto é, igual a 1.
|vafast |=| vaprox | ⇒ e=1
Ec i= Ec f

- Choque parcialmente elástico – colisão em que, além das forças elásticas, forças dissipativas
oriundas de atritos internos agem na fase de interação. Parte da energia cinética consumida na
deformação dos corpos é dissipada como energia térmica. A maioria das colisões do mundo
macroscópico é desse tipo.
|vafast |<| vaprox | ⇒ 0 <e<1
Ec i> Ec f</e<1

- Choque inelástico – toda energia cinética consumida na deformação é perdida em outras formas de
energia como a térmica e a sonora. Dessa forma, não ocorre restituição (e = 0), portanto os corpos
seguem juntos com a mesma velocidade. Assim, temos:
|vafast |=0⇒ e=0
Ec i>>> Ec f

10
https://alunosonline.uol.com.br/fisica/tipos-colisoes.html

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 58


Resumindo, temos:

Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco A. O
atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco B
exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.

04. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de 10 kg sobe com velocidade constante um plano inclinado. Outro bloco de
8,0 kg está conectado ao primeiro através de um fio e de uma roldana ideais, conforme mostra a Figura
abaixo.

O módulo, em N, da força de atrito entre o bloco de 10 kg e o plano inclinado é


Dados Aceleração da gravidade = 10 m/s2
sen 30° = 0,50
cos 30° = 0,87
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 59
(A) 70
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87

05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200

06. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) Um objeto está descendo um


plano inclinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção
do movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que
um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.

Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N

08. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Um bloco de madeira de massa M está em repouso sobre um plano inclinado de um
ângulo  em relação à horizontal, num local onde a aceleração da gravidade é g. Desprezando-se os
efeitos do ar, o módulo da força de atrito estático sobre o bloco é
(A) M g cos θ
(B) M g sen θ
(C) M g (sen θ / cos θ)
(D) M g (cos θ / sen θ)
(E) M g (sen θ + cos θ)

09. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO). Três cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente, M1

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 60


, M2 e M3 , sendo M1 > M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo 1
apoiado sobre o plano, o cubo 2 apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a
face superior do cubo 2. O conjunto está em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.

Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3) g
(B) (M2 - M3) g
(C) (M2 + M3) g
(D) (M1 - M3) g
(E) (M2 + M1 - M3) g

Gabarito

01. D / 02. A / 03. C / 04. B / 05. C / 06. C / 07. D / 08. B / 09. C

Comentários
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²

02. Resposta: A.

𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎

30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²

Voltando em B> F = 2x5 = 10N

03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²

04. Resposta: B.

T = Fat+Px
Px = Psen = 10.10.0,5 = 50N

A tração é igual ao peso do bloco pendurado

T = mg = 8.10 = 80N

Substituindo na equação:

80 = Fat+50
Fat = 80-50 =30N
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 61
05. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N

06. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px = Fat

07. Resposta: D.

Como está em equilíbrio:


T = Px
Px = P.sen

Podemos aplicar teorema de Pitágoras no triângulo

Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5

Portanto o sen  = 3/5


3
𝑇= 𝑃
5

08. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px = Fat
Fat = m.g.sen

09. Resposta: C.

N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3) g

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GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que


sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m sofre a aceleração da gravidade, quando aplicada a ele o princípio
fundamental da dinâmica poderemos dizer que:

A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

Ou em módulo: P = m . g

O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.

A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.

Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que
é o quilograma-força, que por definição é: 1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a
aceleração da gravidade de 9,8m/s².

A sua relação com o newton é:

P=m.g
1kgf = 1 kg . 9,8m/s2
1kgf = 9,8kg . m/s2 = 9,8N
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.

Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão.

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Aceleração Gravitacional

Aceleração da gravidade é a intensidade do campo gravitacional em um determinado ponto.


Geralmente, o ponto é perto da superfície de um corpo massivo. Um exemplo é a aceleração da gravidade
na Terra ao nível do mar e à latitude de 45°, (g) é aproximadamente igual a 9,80665 m/s². A aceleração
na Terra varia minimamente, devido à, principalmente, diferentes altitudes, variações na latitude e
distribuição de massas do planeta.
Para fins didáticos, é dito que a aceleração da gravidade é a aceleração sentida por um corpo em
queda livre. Primeiramente porque a rotação da Terra impõe uma aceleração adicional no corpo oposta
a aceleração da gravidade. O corpo atraído gravitacionalmente sente uma força centrífuga atuando para
cima, reduzindo seu peso. Este efeito atinge valores que variam de 9,789 m/s² no equador, até 9,823 nos
polos.
A segunda razão é a forma não totalmente esférica da Terra, também causada pela força centrífuga.
Essa forma faz com que o raio da Terra no equador seja ligeiramente maior que nos polos. Como a
atração gravitacional entre dois corpos varia inversamente ao quadrado da distância entre eles, objetos
no equador experimentam uma força gravitacional mais fraca do que os mesmos objetos nos polos.

Aceleração da Gravidade na Superfície da Terra


Segundo Galileu Galilei se deixarmos cair objetos de pesos diferentes do alto de uma torre, eles irão
cair com a mesma velocidade. Isto é, cairão com a mesma aceleração, que é uma medida da variação
da velocidade em relação ao tempo que passa. Existe ao redor da terra uma região conhecida como
campo gravitacional, que atrai os corpos para o centro da Terra, essa atração ocorre por influência de
uma força conhecida como, força gravitacional.
Todos os corpos sofrem influência desta força, segundo Newton o peso dos corpos está sempre no
sentido do centro da Terra. Quando o campo gravitacional age sobre os corpos faz com que eles sofram
variação em sua velocidade, adquirindo aceleração da gravidade. A trajetória de um corpo em queda livre
(exceto nos polos) não é uma reta que aponta para o centro da Terra, uma vez que a aceleração da
gravidade não é a resultante, há também a aceleração de Coriolis, a qual “empurra” o corpo no para leste
ou oeste, dependendo da posição de queda sobre a Terra. Todos os corpos que estão na superfície
terrestre sofrem influência da força peso, direcionando para o centro da Terra. Está força é representada
pela equação:

Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade

Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:

Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

A equação dada abaixo é capaz de calcular a aceleração da gravidade na superfície de qualquer


planeta.

Onde:
A = aceleração da gravidade
m = massa do astro
r = distância do centro do objeto

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G = constante universal da gravitação

Aceleração da Gravidade para Corpos Externos à Terra


Para calcularmos a aceleração da gravidade de corpos que estão entorno dos planetas, como a nossa
Lua, por exemplo, utilizamos a seguinte equação matemática:

Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.

Dedução Matemática
Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.

Lei da Gravitação Universal

A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.

Formulação da Lei da Gravitação Universal

Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2, proporcionais ao produto das duas massas e inversamente
proporcionais ao quadrado da distância (r) entre elas. G é a constante gravitacional.

A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:

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Onde

F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;

é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força,

m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e

r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;

o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.

A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os
fenômenos terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da
ciência moderna.
Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração destas “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.

Leis de Kepler

Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.

1ª Lei de Kepler - Lei das Órbitas


Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.

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2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas
O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos


O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma
constante k, igual a todos os planetas.

Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.

Movimentos de Corpos Celestes - Influência na Terra: Marés e Variações Climáticas11

Para estudar o movimento dos astros, é possível fazer uma analogia com o que ocorre quando fazemos
girar verticalmente um corpo preso a uma corda. Se o girarmos muito devagar, quando ele atingir o ponto
mais alto cairá devido a seu peso. Se o girarmos muito depressa, a corda se romperá e o corpo será
arremessado. Para que ele gire mantendo uma órbita fixa, é preciso que exista uma força que o mantenha
nessa órbita.
No Universo, os planetas, satélites, estrelas e outros corpos experimentam grandes forças de atração
entre si em virtude do elevado valor de sua massa. Se existissem apenas estas forças, os diferentes
corpos acabariam se chocando. No entanto, esses corpos têm um movimento perfeitamente ordenado.
Nos corpos que orbitam em torno de uma estrela, as forças de atração determinam trajetórias precisas e
conhecidas. Considerando isso tudo, vamos explicar alguns fenômenos que ocorrem em função das
forças gravitacionais e do movimento dos corpos celestes.

As Estações
A Terra demora um ano para dar uma volta ao redor do Sol e descreve uma órbita elíptica. O eixo da
Terra mantém certa inclinação em relação ao Sol, e é isso que determina as estações. Ao contrário do
que muitos pensam, o verão ou o inverno não chegam quando a Terra está mais próxima ou mais longe
do Sol, e sim quando a inclinação de seu eixo acarreta a incidência mais concentrada da energia solar
em um hemisfério. Quando a posição da Terra em seu movimento corresponde a uma inclinação do eixo
para dentro de sua órbita, é inverno no Hemisfério Sul. Quando o eixo está inclinado para fora, é verão.

11
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html

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O Fenômeno das Marés
A Lua exerce uma força de atração sobre a Terra. A parte líquida da Terra, especialmente os oceanos,
precisa variar de forma para compensar essa força. Na face voltada para a Lua, a água se eleva alguns
metros acima do nível médio. Na face oposta à Lua, o nível recua alguns metros. A força de atração que
a Lua exerce sobre a Terra faz a superfície do oceano se esticar. Um de seus extremos se aproxima da
Lua e o outro se afasta. Quando a água alcança a altura máxima, diz-se que há maré alta, ou preamar, e
quando se encontra no nível mínimo, fala-se de maré baixa, ou baixa-mar.
Esses fenômenos repetem-se uma ou duas vezes por dia. O Sol também influi nas marés, mas, como
se encontra mais longe da Terra do que a Lua, sua ação é menor. Somente quando o Sol, a Lua e a Terra
estão alinhados no espaço, o aumento do nível das marés é muito maior. Durante os quartos crescente
e minguante, o Sol forma um ângulo reto com a Lua, e as marés são menos pronunciadas do que o
normal: são as marés mortas, ou de quadratura.

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A Origem do Universo e Sua Evolução12

A origem do universo é um tema que sempre interessou a toda a humanidade. Em todos os povos, em
todas as épocas, surgiram muitas e muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que
conhecemos. No passado, a religião e a mitologia eram as únicas fontes de conhecimento. Elas
propunham certa visão de como um ou vários deuses produziram este mundo. Há mais de dois mil anos,
surgiu o pensamento filosófico. Ele propôs novas ideias, modificando ou mesmo abandonando a tradição
religiosa. Por fim, com o desenvolvimento da ciência, apareceu outro modo de estudar a evolução do
universo.
Atualmente, a ciência predomina. É dessa ciência que muitos esperam obter a resposta às suas
indagações sobre a origem do universo. Muitas vezes, lemos notícias em jornais e revistas apresentando
pesquisas recentes sobre a formação do universo. Na tentativa de chamar a atenção para uma nova
descoberta, os jornalistas às vezes exageram sua importância e publicam manchetes do tipo: “Acaba de
ser provado que o universo começou de uma explosão”. Mas foi provado, mesmo?
As notícias, quase sempre, dão a impressão de que acabaram todos os mistérios, que não há mais
dúvidas sobre o início e evolução do cosmo. Mas a verdade não é exatamente essa. Há dezenas de anos,
os jornais repetem as mesmas manchetes, com notícias diferentes. Quem se der ao trabalho de consultar
tudo o que já se publicou sobre o assunto, verá que os meios de comunicação revelam sempre um enorme
otimismo. O resultado de cada nova pesquisa é apresentado como se tivesse sido conseguida a solução
final. Mas se a notícia de trinta anos atrás fosse correta, não poderiam ter surgido todas as notícias dos
anos seguintes - até hoje - repetindo sempre que certo cientista ou grupo de pesquisadores “acaba de
provar” que o universo começou assim e assim.
A ciência tem evoluído, isso é inegável. Durante o século XX, nossos conhecimentos aumentaram de
um modo inconcebível. Entretanto, nem todos os problemas foram resolvidos. A ciência ainda não
esclareceu a maior parte das dúvidas. As teorias sobre a origem do universo ainda devem sofrer muitas
mudanças, no futuro. Por isso, ninguém deve esperar encontrar aqui a resposta final. A última palavra
ainda não foi dita.
A ciência não é o único modo de se estudar e tentar captar a realidade. O pensamento filosófico e
religioso possuem também grande importância. As antigas indagações ressurgem sempre: será possível
que esse universo tenha surgido sem uma intervenção divina? Até que ponto a ciência e a religião se
contradizem ou se completam?
Ao longo da história da humanidade, desenrolou-se - e ainda se desenrola - um enorme esforço para
descobrir de onde veio tudo aquilo que existe. É a história desse esforço que será descrita neste livro.
Apenas sabendo todas as fases pelas quais já passou o pensamento humano, podemos tentar avaliar
corretamente o estágio atual de nossos conhecimentos. Para isso, não podemos nos limitar apenas às
investigações mais recentes, nem apenas à ciência. Devemos recuar a um passado distante, e
acompanhar essa grandiosa aventura intelectual da humanidade: a tentativa de entender a origem do
universo, a sua própria origem e o seu próprio significado.
Em nossa viagem, encontraremos alguns dos maiores pensadores de toda a história. Muitas teorias
são difíceis ou obscuras. É preciso certo esforço para entendê-las. Mas vale à pena esse esforço de
elevar-se e poder dialogar com alguns dos maiores gênios da humanidade. Nossa viagem pela história
do pensamento humano nos mostrou muitas tentativas realizadas para se compreender a origem de
nosso universo. Essa busca existiu em todas as civilizações, em todos os tempos. Mas a forma de buscar
essa explicação variou muito. O mito, a filosofia, a religião e a ciência procuraram dar uma resposta às
questões fundamentais: O universo existiu sempre, ou teve um início? Se ele teve um início, o que havia
antes? Por que o universo é como é? Ele vai ter um fim?
Nosso conhecimento moderno sobre o universo está muito distante daquilo que era explicado pelos
mitos e pela religião. Nenhum mito ou religião descreveu o surgimento do sistema solar, do Sol, das
galáxias ou da própria matéria. Esperaríamos da ciência uma resposta às nossas dúvidas, mas ela
também não tem as respostas finais. Por que não desistimos, simplesmente, de conhecer o início de
tudo? Que importância pode ter alguma coisa que talvez tenha ocorrido há 20 bilhões de anos?
A presença universal de uma preocupação com a origem do universo mostra que esse é um elemento
importante do pensamento humano. Possuir alguma concepção sobre o universo parece ser importante
para que possamos nos situar no mundo, compreender nosso papel nele. Em certo sentido, somos um
microcosmo. O astrônomo James Jeans explicava o interesse dos cientistas por coisas tão distantes de
nossa vida diária, da seguinte maneira:

12
https://bit.ly/2H4e3Sg

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Ele quer explorar o universo, tanto no espaço quanto no tempo, porque ele próprio faz parte do
universo, e o universo faz parte do homem. Essa busca de uma compreensão do universo e do próprio
homem ainda não terminou. De uma forma ou de outra, todos participamos dessa mesma procura. Uma
procura que tem acompanhado e que ainda deverá continuar a acompanhar todos os passos da
humanidade.

Big Bang
O Big Bang, ou a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do
universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que o universo estava
originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado
pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por
explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De
acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de
13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo,
embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na
teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do
espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble
descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus
desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar
que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente
diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.
Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais
próximos no passado. Esta ideia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e
temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e
testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm
capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia.
Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big
Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve
e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos
leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de
processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica
e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949.
Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria
do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso
e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle
mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear
para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação
cósmica de fundo em micro-ondas em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade
de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas
ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria
do Big Bang devem ter ocorrido.
A importância da descoberta da radiação cósmica de fundo é que ela representa um “fóssil” de uma
época em que o universo era muito novo, sendo a maior evidência da existência do Big Bang. Ela é
proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação).

Questões

01. (AEB - Tecnologista Júnior - Desenvolvimento Tecnológico – CETRO) Um satélite A tem a


metade da massa do satélite B, mas orbita em torno da Terra a uma distância duas vezes menor que o
satélite B. Comparando a força gravitacional entre cada satélite e o planeta, usando a lei gravitacional de
Newton, é correto afirmar que
(A) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa.
(B) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
massa tem mais influência que a diferença na distância.
(C) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa

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(D) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
massa tem mais influência, fazendo com que a força seja menor em B.
(E) ambos os satélites experimentam a mesma força, porque a diferença na distância compensa a
diferença na massa.

02. (UNISINOS/RS) Durante o primeiro semestre deste ano, foi possível observar o planeta Vênus
bem brilhante, ao anoitecer.

Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é………………e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:

a) menor; menor
b) menor; igual
c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior

03. (UEMG/MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:

São feitas duas afirmações sobre esse movimento:


1. A velocidade da Terra permanece constante em toda a trajetória.
2. A mesma força que a Terra faz no Sol, o Sol faz na Terra.
Sobre tais afirmações, só é CORRETO dizer que
(A) as duas afirmações são verdadeiras.
(B) apenas a afirmação 1 é verdadeira.
(C) apenas a afirmação 2 é verdadeira.
(D) as duas afirmações são falsas.
(E) n.d.a

04. (MACKENZIE/SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?

05. (PUC/SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:

(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F

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Respostas

01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2
mA é a massa do satélite A.
mB=2mA
rB=2rA
𝑀 1 𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹𝐵 = 𝐺 ∙ 2𝑚𝐴 ∙ 2 =2
4𝑅𝐴 𝑅𝐴2

Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.

02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.

03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.

2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.

04 Resposta. 32²/1³ = 32².8² /R³ → R³=(2³)² → R=4u

05. Resposta. A

F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F

ESTÁTICA E HIDROSTÁTICA

Estática

A estática é a parte da física que se preocupa em explicar questões como:


Por que em uma mesa sustentada por dois pés, estes precisam estar em determinada posição para
que esta não balance?
Por que a maçaneta de uma porta sempre é colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
Por que um quadro pendurado em um prego precisa estar preso exatamente em sua metade?
Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais do que por suas extremidades?

Princípio da Transmissibilidade as Forças


O efeito de uma força não é alterado quando esta é aplicada em diferentes pontos do corpo, desde
que esta seja aplicada ao longo de sua linha de atuação.

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Nos três casos o efeito da força é o mesmo.

Estática de Um Ponto

Primeiramente vamos definir o que é Ponto Material, isto é:

Um corpo pode ser considerado um Ponto Material quando suas dimensões (comprimento, largura e
profundidade) podem ser desprezadas em um dado fenômeno em comparação as demais
grandezas físicas que estão sendo estudadas.

Agora, para entendermos a estática no ponto material é necessário que saibamos a condição necessária
para que esse ponto esteja em equilíbrio, isto é, para que possamos afirmar que um ponto material está
parado, em um dado referencial, temos que garantir que a sua velocidade vetorial seja constante com o
tempo, sendo assim a sua aceleração vetorial é zero (nula). Logo, como vimos na aula sobre as Leis de
Newton, a 2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) nos diz que , concluímos
então que a força resultante no sistema é zero.

Portanto, a condição necessária para afirmar que um ponto material está em equilíbrio quando a
resultante das forças aplicada nele for nula, isto é, .

Estudando a Força Aplicada em um Ponto Material:


Para verificar se a força resultante aplicada em um ponto material é nula utilizaremos o método da
decomposição de vetores, isto é:

Logo, para fazer o cálculo da força resultante deveremos decompor os vetores nos eixos x e y, e
verificar se a soma no eixo x é zero e a do eixo y, também, é zero.

Exemplos:

1. Um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três forças, conforme a figura abaixo.
Demonstre que isso é verdade.

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Resolução:

Para fazermos a demonstração é necessário provar que a resultante das forças no eixo x é zero e a
resultante das forças no eixo y também é zero.
Portanto, utilizaremos o que aprendemos na aula de decomposição de vetores, isto é, faremos um
esquema só com os vetores no sistema cartesiano, isto é:

Como mostra o esquema, podemos separar as forças que atuam nos dois eixos, isto é:

EIXO X:
FRx = F1 + F2x , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F1 = F2x . Mas como sabemos a F2X = F2 . cos , logo temos que:
F2X = F2 . cos F2X = 150 . cos 36,9º F2X = 150. 0,8 F2X = 120N
Provamos que a F2X = F1, isto é, F2X = F1 = 120N

EIXO Y:
FRY = F3 + F2Y, como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F3 = F2Y. Mas como sabemos a F2Y = F2 . sen , logo temos que:
F2Y = F2 . sen F2Y = 150 . sen 36,9º F2Y = 150. 0,6 F2X = 90N
Provamos que a F2Y = F3 , isto é, F2Y = F3 = 90N
2. Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?

Sendo:

Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
E, seguindo a condição de equilíbrio:

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Hidrostática

A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação
de uma força tangencial por menor que ele seja.

O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes:
“Líquidos é aquela substância que adquire a forma do recipiente que a contém possuindo volume definido
e, é praticamente, incompressível. Já o gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar
superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.

Ao se afirmar que a massa específica da água é de 1000 kg/m³ estamos informando que 1 m³ de água
possui uma massa de 1000 kg. Isto nos permite deduzir a definição de massa específica, que é a relação
entre a massa e o volume ocupado por essa massa:

A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:

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Exemplo:

1. Qual a massa de um corpo de volume 1m³, se este corpo é feito de ferro?


Dado: densidade do ferro=7,85g/cm³
Convertendo a densidade para o SI:

Pressão

Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.

Sendo:
p = Pressão (Pa)
F = Força (N)
A = Área (m²)

Exemplo:
1. Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área
0,3m², qual a pressão exercida por esta força?

Pressão Hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

Como:

A massa do líquido é:
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mas , logo:

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

Pressão Atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg

Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.

Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:
Po=1 atm =1 .105 Pa
Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:

P=P0+dgh
P= 105+(103.10.100)
P= 1100000 Pa

Ou
𝟏𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
P= 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
→ P=11 atm
13
Experiência de Torricelli
Em 1643, ano em que Torricelli realizou a sua experiência não se acreditava que o vácuo (ausência
de matéria) pudesse existir. Assim, naquela época, explicava-se que a água subia por um tubo quando a
ar era sugado por um dos lados, como uma tendência natural de se evitar a formação do vácuo - ou seja,
a água preencheria um tubo para ocupar o lugar do ar que foi retirado. Essa explicação até que é razoável,
mas não explica porque só é possível puxar água, por bomba de sucção, até uma altura de 10 metros…
Torricelli imaginou que talvez a água não subisse pelo cano para preencher o espaço vazio… mas que
subia empurrada pelo ar fora do cano. Aí vem o conceito de pressão. Segundo Torricelli, o ar exerce uma
força sobre tudo que está imerso no ar, e essa força distribuída por toda a parte se chama pressão. Pois
bem, em um tubo ou cano com uma ponta mergulhada na água e a outra ponta no ar temos que a pressão
do ar fora do cano e dentro dele são iguais e fica tudo em equilíbrio.
Mas quando uma bomba de sucção retira o ar dentro do tubo a pressão lá dentro fica menor do que a
pressão do ar fora do tubo. Aí o equilíbrio se desfaz e surge uma força sobre a superfície o líquido
empurrando a água para dentro do tubo. Bom, até aqui não parece muito diferente da explicação anterior
não é? Mas tem uma diferença fundamental… acontece que a pressão atmosférica tem um valor limite
(não vou dizer fixo, porque condições meteorológicas podem afetar em pequena escala). A pressão do
ar consegue empurrar a água para cima somente até a altura de 10 metros, e se no lugar de água usarmos
o mercúrio, o ar só vai conseguir empurrar para cima até 76 centímetros. Se o cano for até uma altura de
12 metros, a bomba vai puxar a água até 10 metros e teremos mais 2 metros de vácuo (ou quase) - ou
seja, a água não vai preencher o espaço vazio.

13
https://bit.ly/2LjsK2w

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A experiência que Torricelli fez demonstrou que estava certo - ele preencheu um tubo com mercúrio,
emborcou o tubo numa vasilha cheia de mercúrio, destampou o tubo e a coluna baixou até 76 centímetros,
restando vácuo no espaço acima. Percebeu até que a altura da coluna variava conforme a hora do dia ou
as condições do tempo.
Então Torricelli demonstrou que:
1 - o vácuo pode existir
2 - o ar exerce pressão
3 - é possível determinar o valor da pressão comparando com a coluna de um líquido.

Teorema de Stevin

Seja um líquido qualquer de densidade d em um recipiente qualquer.


Escolhemos dois pontos arbitrários R e T.

As pressões em Q e R são:

A diferença entre as pressões dos dois pontos é:

Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a
densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."

Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.

Teorema de Pascal

Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:

Então, considerando dois pontos, A e B:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 78


Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:

Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.

Assim:

Teorema:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."

Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆P = γ ⋅ ∆h
∆P = 10000. 4
∆P = 40000 Pa
Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.

Prensa Hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu interior
existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de pressão
sobre o líquido dado por:

Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a todos
os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da aplicada:

Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:

Exemplo:
1. Considere o sistema a seguir:

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Dados:

Qual a força transmitida ao êmbolo maior?

Princípio do Empuxo

Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e a
representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).

Exemplo:
1. Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo
de volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²

Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas
podemos usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
• densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
• densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
• densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 80


Exemplo:
1. Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0 . 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d
= 0,90 . 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido
pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.
d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N

Princípio de Arquimedes

Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical,
para cima, aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo.

E = Pfd = mfd . g E = df . Vfd . g

Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo
valor é igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele
recebe da água: E = P.

Aplicação
Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do
mergulhador para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na água?

Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água,
o volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjunto (V).

Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10
V = 8 x 10-2 m3

Equação de Bernoulli

A equação leva este nome em homenagem ao autor que a publicou, Daniel Bernoulli. Este foi um
excelente físico suíço que desenvolveu suas equações ao longo do século XVIII, que até os dias atuais
são referências e muito utilizadas no ramo da mecânica dos fluidos14.
A Equação de Bernoulli é aplicada para descrever o comportamento de um fluido ao longo de um
escoamento qualquer, que pode envolver elevações diferentes ou mudanças de área, que implicarão na
velocidade do escoamento estudado. Para dar início ao estudo da equação, vamos considerar a seguinte
situação de escoamento:

14
https://bit.ly/2S6O8M5

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 81


Note que o escoamento demonstrado possui as variações que são cobertas pela equação, tais como
a diferença entre alturas h1 e h2, além da diferença dimensional entre as áreas A1 e A2, resultando em
velocidades diferentes v1 e v2 e também diferentes pressões nas seções de análise, p1 e p2.
Para a obtenção da equação de Bernoulli são necessárias algumas considerações. Estas
considerações servem para delimitar as condições principais para o escoamento, uma vez que uma
grande gama de variáveis pode aumentar consideravelmente a complexidade do problema, sem
apresentar um ganho de precisão relevante. Deste modo, vamos considerar as seguintes situações:
Escoamento incompressível: Para um escoamento incompressível, as propriedades do fluido se
mantêm constantes durante todo o escoamento. Assim, a densidade do fluido escoante será a mesma
para ambos os pontos.
Ausência das forças de viscosidade: Essa consideração descarta as forças provindas da viscosidade
do fluido, principalmente as forças de atrito entre o fluido e a parede, que causariam um aumento na
complexidade do problema para incluir forças que não serão relevantes.

Escoamento irrotacional: A consideração de escoamento irrotacional implica na ausência de rotação


do fluido tanto na entrada e saída como ao longo do escoamento. Esta consideração é importante pois a
presença de um movimento de rotação do escoamento dificultaria (e muito!) a modelagem das equações.

Escoamento linear: Como consequência das considerações anteriores, quando retiramos o efeito da
viscosidade, aliado a ausência de rotação no escoamento, temos uma velocidade uniforme ao longo do
tubo. Note que a velocidade não é igual para o tubo, é igual apenas ao longo de uma seção transversal
do escoamento!

Com isso, podemos escrever a equação de Bernoulli através da energia mecânica entre os pontos 1
e 2, dadas por:

Sabemos também que a diferença entre as energias pode ser escrita como a multiplicação do volume
do fluido, que chamaremos V, pela diferença de pressão no escoamento

Então:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 82


Ainda podemos escrever a massa como sendo:

E substituindo novamente:

Como o volume é comum a todos os termos, pode ser retirado, e reagrupando:

Que é a equação de Bernoulli como conhecemos. Esta equação é considerada a principal equação da
mecânica dos fluidos e explica diversos fenômenos presentes em nossas vidas. Estudar essa equação é
um passo fundamental para compreender os fenômenos da mecânica dos fluidos.

Questões

01. (EBSERH-FISIOTERAPEUTA- AOCP) Após uma lesão, cirurgia ou imobilização, a hidroterapia


facilita o movimento por meio da redução das forças gravitacionais, devido aos efeitos combinados de
_______________, ____________ e ____________. Pacientes incapazes de realizar exercícios com
sustentação de peso podem começar a reabilitação mais cedo.
(A) flutuação/ atrito/ temperatura
(B)viscosidade/ volume/ arrasto
(C)viscosidade/ empuxo/ densidade
(D)temperatura/ volume/ densidade
(E)flutuação/ densidade/ empuxo

02. (PC/SP - PERITO CRIMINAL - VUNESP) Um cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido
suspenso por um fio na posição vertical, totalmente submerso em um tanque cheio de água, como mostra
a figura:

Nessas condições, é correto afirmar que


(A) o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua massa específica.
(B)a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em qualquer ponto dele.
(C)o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.
(D)a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa específica dele.
(E)a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.

03. (FCC) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com água,
ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical mínima
capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2

04. (UNIFOR/CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido, de
1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 83
(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15

Gabarito

01.E / 02.E / 03.A / 04.


D

Comentários

01. Resposta: E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.

02. Resposta: E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.

03. Resposta: A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N
FR = E - P = 80 - 48 = 32 N

04.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos: Po = 1 atm = 105 Pa; h =
10 m;
Calculemos a pressão hidrostática:

P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:
d'=80%.d
d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'

3.2.1.3 Termologia

TERMOLOGIA

Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao calor, aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 84


Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema.
Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso
cotidiano. Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja,
com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é aquele que tem baixa agitação das suas
moléculas.
Ao aumentar a temperatura de um corpo ou sistema pode-se dizer que está se aumentando o estado
de agitação de suas moléculas.
Ao tirarmos uma garrafa de água mineral da geladeira ou ao retirar um bolo de um forno, percebemos
que após algum tempo, ambas tendem a chegar à temperatura do ambiente. Ou seja, a água "esquenta"
e o bolo "esfria". Quando dois corpos ou sistemas atingem o mesma temperatura, dizemos que estes
corpos ou sistemas estão em equilíbrio térmico.

Escalas Termométricas

Para a construção de uma escala termométrica arbitrária de temperatura, devemos proceder da


seguinte maneira:
• Escolhe-se a substância termométrica, por exemplo: um líquido, e a grandeza termométrica
correspondente: a altura da coluna do líquido.
• Coloca-se o líquido em um reservatório (bulbo), ligado a um tubo capilar, cada estado térmico
corresponde a uma altura dessa coluna.
• Adotam-se dois estados térmicos, que se mantenham invariáveis por um determinado tempo e que
sejam de fácil reprodução. Geralmente os estados térmicos escolhidos são: ponto de fusão do gelo à
pressão normal (1 atmosfera) e ponto de ebulição da água à pressão normal (1 atmosfera). Estes estados
térmicos são, normalmente, chamados de pontos fixos.
• Em um recipiente contendo água no estado líquido e gelo se derretendo, introduzimos o termômetro,
aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente à temperatura de fusão
do gelo.
• Em um recipiente contendo água em ebulição, em presença de vapor d’água, colocamos o
termômetro, aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente ao estado
de vapor.

• Dividimos em partes iguais o intervalo delimitado entre as anotações e associamos valores numéricos
arbitrários. Cada parte em que fica dividido o intervalo é denominada grau de escala, e é sua unidade.
São 3 as escalas termométricas mais comuns:

- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin

Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de
paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação
fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está
associada uma temperatura. A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.

Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico
sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 85


congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão
normal (100 °C).

Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F).
Em comparação com a escala Celsius:
0 °C = 32 °F
100 °C = 212 °F

Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-
1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor
estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada apartir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0 K, lê-se zero kelvin e não zero grau
kelvin. Em comparação com a escala Celsius:
-273 °C = 0 K
0 °C = 273 K
100 °C = 373 K

Conversões

Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-
se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:

Pelo princípio de semelhança geométrica:

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Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100 °F?

Da mesma forma, pode-se estabelecer uma conversão Celsius-Fahrenheit:

E para escala Kelvin:

Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as
fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.

Escalas termométricas

Escala Fahrenheit

Escala Kelvin

Conversões entre escalas

Celsius para Fahrenheit

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Fahrenheit para Celsius

Celsius para Kelvin

Kelvin para Celsius

Lei Zero da Termodinâmica15

Imagine que temos dois corpos, de mesmas dimensões, de mesma massa e de mesmo material, mas
com temperaturas diferentes: um de temperatura mais alta (corpo quente) e outro de temperatura mais
(corpo frio). O que acontece quando colocamos esses dois corpos em contato?
A lei zero, ou anteprimeira lei, da termodinâmica estabelece como acontecem as trocas de calor entre
os corpos. Ela está relacionada de com a energia interna dos materiais expressa, indiretamente, pela
temperatura. Vejamos:
Quando um corpo é aquecido ou resfriado ocorrem mudanças em suas propriedades físicas: a maior
parte dos sólidos, líquidos e gases, aumentam seu volume quando aquecidos; um condutor elétrico tem
sua resistência elétrica aumentada quando aquecido enquanto alguns tipos de resistores tem resistência
diminuída. Assim e mais outras propriedades dos corpos indicam que houve variação de temperatura com
os mesmos. Agora imaginemos o seguinte: quando preparamos um tipo de molho branco, misturamos o
creme de leite no mesmo para dar a aparência branquinha e a consistência cremosa. Bem esse molho
deve estar a uma temperatura de 120oC e você deixa uma colher metálica no interior da panela, colher
esta que acaba de retirar do armário (temperatura aproximada de 20oC). O que acontecerá com a colher?
Se ela for deixada em parte imersa no molho a um tempo suficiente, a mesma estará entrando em
equilíbrio térmico com o molho, ou seja, a colher estará absorvendo parte da energia térmica cedida pelo
molho e variando algumas de suas propriedades, entre elas, a sua temperatura. Assim ela aumentará a
temperatura até que esta seja igual à do molho. O que aconteceu então fisicamente?
Os corpos de maior temperatura possuem maior energia térmica. Quando um corpo de menor energia
térmica é colocado em contato com este, a tendência é de que a energia térmica flua, em parte, do corpo
de maior temperatura até o corpo de menor temperatura. Quando os dois corpos atingem a mesma
temperatura, cessa a troca de energia. Mas é importante lembrar que cada material tem características
diferentes e, na maioria das vezes, a temperatura de equilíbrio não corresponde à média das
temperaturas.
Finalmente a definição da Lei zero é: "se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro,
estarão em equilíbrio térmico entre si."

Questões

01. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO) Um turista americano, ao desembarcar no


aeroporto do Rio de Janeiro para assistir à Copa do Mundo de Futebol de 2014, verificou que a
temperatura local era de 40 °C. O valor desta temperatura na escala Fahrenheit é:
(A) 32
(B) 40
(C) 72
(D) 104

02. (EEAR – Sargento- Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um indivíduo, na praia,


tem gelo (água no estado sólido) a -6ºC para conservar um medicamento que deve permanecer a
aproximadamente 0ºC. Não dispondo de um termômetro, teve que criar uma nova maneira para controlar
a temperatura. Das opções abaixo, a que apresenta maior precisão para a manutenção da temperatura
esperada, é

15
https://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/lei_zero.htm

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 88


(A) utilizar pouco gelo em contato com o medicamento.
(B) colocar o gelo a uma certa distância do medicamento.
(C) aproximar e afastar o gelo do medicamento com determinada frequência.
(D) deixar o gelo começar a derreter antes de colocar em contato com o medicamento.

03. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia – FUNIVERSA) Uma câmara


refrigerada utilizada em necrotérios possui, nas especificações técnicas a respeito do controle de
temperaturas, um termômetro digital, graduado de –40 ºC a +99 ºC, com posicionamento externo e bulbo
sensor remoto. As temperaturas indicadas de –40 ºC e 99 ºC correspondem, respectivamente e
aproximadamente, nas escalas Fahrenheit e Kelvin, a
(A) 36 ºF e 370 K.
(B) 24 ºF e 174 K.
(C) –20 ºF e 273 K.
(D) –36 ºF e 370 K.
(E) –40 ºF e 372 K.

04. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) A figura representa o botão
controlador da temperatura de um forno. Considere que na posição “LOW” a temperatura, no interior do
forno, atinja 300°F e na posição “HI” atinja 480°F e que ocorra um aumento contínuo da temperatura entre
esses dois pontos.

Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

05. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma expedição de pesquisa chega a um


local ermo. Os pesquisadores descobrem que levaram o termômetro errado para medir a temperatura
ambiente. Ele havia sido graduado em uma escala X que, em água fervente a 1 atm, indica 80 °X e que,
em gelo fundente a 1 atm, indica 30 °X. Qual a temperatura em °C que esse termômetro mede quando
indica 40 °X?
(A) 10
(B) 20
(C) 30
(D) 40
(E) 50

06. Um estudante de física criou uma escala (°X), comparada com a escala Celsius ele obteve o
seguinte gráfico:

a. Qual a equação de conversão entre as duas escalas?


b. Qual a temperatura do corpo humano (37°C) nesta escala?

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 89


07. (ITA-SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala linear
de temperaturas. Nessa nova escala, os valores de O (zero) e 10 (dez) correspondem, respectivamente,
a 37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas as escalas é aproximadamente:
(A) 52,9 ºC
(B) 28,5 ºC
(C) 74,3 ºC
(D) - 8,5 ºC
(E) - 28,5 ºC

08. Lorde Kelvin verificou experimentalmente que, quando um gás é resfriado de 0 ºC para -1 ºC, por
exemplo, ele perde uma fração de sua pressão igual a 1/273,15. Raciocinou então que na temperatura
de -273,15 ºC a pressão do gás se tornaria nula, ou seja, a energia cinética das partículas do gás seria
igual a zero. Kelvin denominou a temperatura de -273,15 ºC de zero absoluto.
Identifique a alternativa em que a conversão de unidades é incorreta:
(A)0 ºC é igual a 273,15 K.
(B100 ºC é igual a 173,15 K.
(C) 26,85 K é igual a 300 ºC.
(D) 500 k é igual a 226,85 ºC.
(E) 300 k é igual a 26,85 ºC.

Gabarito

01.D / 02.D / 03.E / 04.A / 05. A / 08.C

Respostas

01.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
02.Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.

03. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K

04. Resposta: A.
160 𝐹 − 32
=
5 9
329=F-32
288=F-32
F=320
480-300=180°F
Como são 9 pontos: 180/9=20, portanto de 20 em 20 muda a temperatura.
Como a temperatura é de 320, é a primeira posição 2.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 90


05. Resposta: A.

100 − 0 80 − 30
=
𝜃𝐶 − 0 40 − 30
100 50
=
𝜃𝐶 10
1000
𝜃𝐶 = = 20
50

06. Resposta:

a.

b.

07. Resposta: A.
Comparando as escalas, temos:

ϴC - 37 = ƟX – 0
40 -37 10 – 0
ϴC - 37 = ƟX
3 10
Se Ɵ é a temperatura de mesmo valor numérico em ambas as escalas, então podemos dizer que ƟX
– Ɵc = Ɵ. Logo, temos:
ϴ- 37 = Ɵ
3 10
10Ɵ – 370 = 3ϴ
7Ɵ = 370
Ɵ ≈ 52,9 ºC = 52,9 X

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 91


08. Resposta: C.
Na realidade, 26,85 K é igual a - 246,30 ºC e não 300 ºC. Veja:
TK = TºC + 273,15
26,85 = TºC+ 273,15
TºC= 26,85 – 273,15
TºC=- 246,30

DILATAÇÃO

Chama-se dilatação todo acréscimo às dimensões de um corpo por influência do calor que lhe é
transmitido. O fenômeno é explicado pela variação das distâncias relativas entre as moléculas, associada
ao aumento de temperatura. Normalmente, são estudadas em separado a dilatação dos sólidos, a dos
líquidos e a dos gases, distinguindo-se, no caso dos sólidos, a dilatação linear, a superficial e a
volumétrica.

Dilatação Linear dos Sólidos


Chamaremos de dilatação linear a dilatação de objetos cujo comprimento é muito maior do que as
outras dimensões. Nesses casos, a variação do comprimento tende a ser mensurável, enquanto a
dilatação das outras dimensões tende a ser desprezível quando comparada ao comprimento. É o caso
de uma barra ou fio
De forma empírica (ou seja, experimental), podemos verificar que a dilatação de uma barra é
proporcional a duas coisas:
-Ao seu comprimento inicial;
-À sua variação de temperatura.
Chamando de L0 o comprimento inicial da barra, L o seu comprimento final, T0sua temperatura inicial
e T sua temperatura final, teremos:

Dilatação = ΔL=L−L0ΔL=L−L0
Variação de temperatura = ΔT=T−T0ΔT=T−T0

Assim, temos que: ΔL=L0⋅α⋅ΔTΔL=L0⋅α⋅ΔT


Onde o coeficiente de proporcionalidade α é chamado de coeficiente de dilatação linear e é uma
característica do material. Ele não é, a rigor, constante, mas é costume utilizar o valor médio dessa
grandeza nas questões.

Note que: ΔL=L0⋅α⋅ΔT⇒α=ΔLL0⋅ΔTΔL=L0⋅α⋅ΔT⇒α=ΔLL0⋅ΔT


Assim, em termos de unidades, ao utilizarmos as mesmas unidades para o comprimento inicial e para
a dilatação, a unidade do coeficiente de dilatação linear é o inverso da unidade de temperatura. De forma
usual, utiliza-se o °C-1.Ainda podemos observar o seguinte: lembrando que ΔL = L - L0 podemos substituir
essa relação na equação da dilatação:
ΔL=L−L0=L0⋅α⋅ΔTΔL=L−L0=L0⋅α⋅ΔT
⇒L=L0+L0⋅α⋅ΔT⇒L=L0+L0⋅α⋅ΔT
⇒L=L0 (1+α⋅ΔT) ⇒L=L0 (1+α⋅ΔT)
Essa equação nos dá, de forma direta, o valor do comprimento final da barra. Visto que é uma equação
de 1º grau, sua representação gráfica será uma reta.

Representação gráfica
Podemos expressar a dilatação linear de um corpo através de um gráfico de seu comprimento (L) em
função da temperatura (θ), desta forma:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 92


O gráfico deve ser um segmento de reta que não passa pela origem, já que o comprimento inicial não
é igual a zero.
Considerando um ângulo φ como a inclinação da reta em relação ao eixo horizontal. Podemos
relacioná-lo com:

Pois:

DILATAÇÃO SUPERFICIAL DOS SÓLIDOS

Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões.
Considere, por exemplo, uma peça quadrada de lados que é aquecida uma temperatura , de forma
que esta sofra um aumento em suas dimensões, mas como há dilatação igual para os dois sentidos da
peça, esta continua quadrada, mas passa a ter lados .
Como exemplo, suponhamos que uma placa metálica, com temperatura inicial T0 e área A0, seja
submetida a uma fonte de calor. Sua temperatura aumenta para T, ocorre uma dilatação superficial ΔA e
a área ocupada passa a ser A:

Um corpo com área inicial A0 recebe energia térmica e sofre uma dilatação superficial ΔA
A dilatação superficial é diretamente proporcional à variação de temperatura ΔT e à área inicial A0,
porém ela também depende do material a partir do qual é construída. Essa dependência é expressa
matematicamente pela constante de proporcionalidade β, também chamada de coeficiente de dilatação
superficial da substância que compõe o corpo.
A variação de área sofrida pela placa pode ser determinada da seguinte forma:
ΔS = S – So (I)

Experimentalmente podemos mostrar que a variação da área sofrida pela placa é proporcional à
variação da temperatura sofrida pela mesma, matematicamente temos a seguinte relação que determina
a dilatação superficial, veja:
ΔS = SoβΔt (II)

Onde β é chamado de coeficiente de dilatação térmica superficial do material que constitui a placa,
ele é igual a duas vezes o valor do coeficiente de dilatação térmica linear (α), veja: β = 2α.
Para saber qual a área final da placa após ela ser aquecida podemos substituir a equação I na equação
II, temos:
S – So = SoβΔt

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 93


Isolando S do restante da equação surge: S = So(1 + βΔt).
Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões, ou seja,
por área.
∆𝐴 = 𝐴0 ∙ 𝛽 ∙ ∆𝜃
Exemplo:
(1) Uma lâmina de ferro tem dimensões 10m x 15m em temperatura normal. Ao ser aquecida 500ºC, qual

será a área desta superfície? Dado

DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA (sólidos)

A dilatação volumétrica ocorre quando um corpo, com dimensões de altura, largura e profundidade,
é submetido a um aumento de temperatura. Essa variação de temperatura causa aumento na agitação
das moléculas, ou átomos, que constituem o material, fazendo com que elas ocupem maior espaço,
elevando, assim, as dimensões desse corpo.
Observe a figura:

Esquema demonstrando a dilatação sofrida por um corpo após receber energia térmica (calor)
Na ilustração podemos ver que um corpo, com volume inicial V0 e temperatura T0, é submetido a uma
fonte de calor, recebendo energia térmica. Essa energia causa variação da temperatura ΔT, e o corpo
aumenta sua temperatura para T, elevando também o volume para V. A dilatação volumétrica ΔV é
calculada pela fórmula:
ΔV = V0 . γ . ΔT

O γ é o coeficiente de dilatação volumétrica, que possui valor específico para cada substância. Ele
corresponde ao triplo do coeficiente de dilatação linear α da mesma substância:
γ = 3α
A variação do volume, ou dilatação volumétrica, também pode ser calculada pela diferença entre o
volume final e o volume inicial do corpo:
ΔV = V – V0

Essa equação pode ser relacionada com a equação anterior e utilizada para calcular o volume final da
substância:
ΔV = V0 . γ . ΔT -----------> ΔV = V – V0
V – V0 = V0 . γ . ΔT
V = V0 + V0 . γ . ΔT
V = V0 (1 + γ . ΔT)

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 94


Assim como na dilatação superficial, este é um caso da dilatação linear que acontece em três
dimensões.
Assim:∆𝑉 = 𝑉0 𝛾 ∙ ∆𝜃

Exemplo:
O cilindro circular de aço do desenho abaixo se encontra em um laboratório a uma temperatura de -100ºC.
Quando este chegar à temperatura ambiente (20ºC), quanto ele terá dilatado? Dado que

Sabendo que a área do cilindro é dada por:

DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS LÍQUIDOS

Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não possuem forma própria: eles adquirem a forma do
recipiente que os contém. Isso porque as ligações moleculares dos líquidos são menos intensas do que
nos sólidos e eles possuem maior liberdade de movimento. Sendo assim, não faz sentido calcular a
dilatação linear e a superficial de substâncias líquidas, mas é muito útil conhecer a sua dilatação
volumétrica.
O cálculo da dilatação volumétrica dos líquidos é feito de forma semelhante ao dos sólidos e utiliza a
mesma equação. Porém, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior do que o dos sólidos,
por isso os líquidos dilatam-se mais.
Se o líquido está contido em um recipiente, quando ele for aquecido, haverá dilatação do recipiente e
do líquido. Considere a situação:
Um recipiente cilíndrico feito de plástico foi aquecido e a água que havia nele transbordou. A
quantidade de água derramada corresponde à dilatação aparente, pois o recipiente também se dilatou
com o aumento de temperatura. Para sabermos a dilatação real sofrida pela água, devemos considerar
também a dilatação do recipiente.

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Sendo assim, a dilatação real de um líquido é calculada a partir da equação:
Δvlíq = Δvap + Δvrec.
As dilatações da equação anterior são calculadas pelas fórmulas:
Δvlíq = V0 . γlíq . ΔT
Δvap = V0 . γap . ΔT
Δvrec. = V0 . γrec . ΔT

Substituindo na equação anterior, teremos a expressão:


V0 . γlíq . ΔT = V0 . γap . ΔT + V0 . γrec . ΔT

Sendo o volume inicial e a variação de temperatura iguais e estando eles presentes em todas as
parcelas da equação, podemos simplificá-la para obter a relação entre os três coeficientes de dilatação:
γlíq = γap + γrec

Como o líquido precisa estar depositado em um recipiente sólido, é necessário que a dilatação deste
também seja considerada, já que ocorre simultaneamente. Assim, a dilatação real do líquido é a soma
das dilatações aparente e do recipiente. Assim:
∆𝑉𝑟𝑒𝑎𝑙 = ∆𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 + ∆𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
Exemplo:
Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é
aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido.
É dado γVidro = 24. 10-6 ºC-1
Calcule:
a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap)
b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)

SOLUÇÃO:
a) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap = 40 cm3 .
Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC

Da expressão da dilatação aparente de líquidos, escreve-se .

Logo

b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ = 424 x 10-6 °C-1

Relações entre dilatações


Como uma dilatação linear é feita basicamente em uma dimensão (de crescimento), uma superficial
em duas dimensões e uma volumétrica em três, podemos concluir uma relação entre seus coeficientes
de dilatação.

Dessa maneira, podemos verificar resumidamente as fórmulas, através do quadro a seguir:

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Questões

01. (SEDUC/PI – Professor- Física – NUCEPE) Uma barra de aço possui um comprimento de 5,000
m a uma temperatura de 20°C. Se aquecermos essa barra até que sua temperatura atinja 70°C, o
comprimento final da barra, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do aço é α = 12.10-6 °C-1 será
de
(A) 0,003m.
(B) 0,005m.
(C) 5,005m.
(D) 5,003m.
(E) 5,000m.

02(SEDUC/PI-PROFESSOR - FÍSICA-NUCEPE) Quando colocamos um termômetro de mercúrio uma


chama, a coluna de mercúrio desce um pouco antes de começar a subir porque:
(A)o mercúrio que está dentro do vidro inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação o
vidro é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação maior do que o mercúrio.
(B)o vidro que contém o mercúrio inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação do
mercúrio é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação menor do que o do vidro.
(C)o mercúrio que está dentro do vidro inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação
do vidro é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação menor do que o mercúrio.
(D)o vidro que contém o mercúrio inicia seu processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação do
mercúrio é mais notável, porque este tem um coeficiente de dilatação maior do que o do vidro.
(E)o mercúrio quando é aquecido se contrai inicialmente para depois se dilatar.

03(SEDUC/PI-PROFESSOR - FÍSICA-NUCEPE) Uma placa retangular de alumínio tem 10 cm de


largura e 40 cm de comprimento, à temperatura de 40°C. Essa placa é aquecida até atingir a temperatura
de 70°C. Sabendo que o coeficiente de dilatação superficial do alumínio é βal = 46.10-6 °C-1, a área final
desta placa retangular, nesta temperatura, será
(A)0,522 cm2
(B)400 cm2
(C)400,552 cm2
(D)452,222 cm2
(E) 522,400 cm2

04. Um quadrado de lado 2m é feito de um material cujo coeficiente de dilatação superficial é igual a
1, 6.10-4. Determine a variação de área deste quadrado quando aquecido em 80°C.

05. (UNIC/MT) Uma chapa de alumínio tem um furo central de 100cm de raio, estando numa
temperatura de 12°C.

Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do alumínio equivale a 22.10-6°C-1, a nova área do
furo, quando a chapa for aquecida até 122°C, será equivalente a qual valor em metros?

06. (FUNREI/MG) A figura mostra uma ponte apoiada sobre dois pilares feitos de materiais diferentes.

Como se vê, o pilar mais longo, de comprimento L1 = 40 m, possui coeficiente de dilatação linear α =
18. 10-6°C-1.O pilar mais curto tem comprimento L2 = 30 m. Para que a ponte permaneça sempre na
horizontal, determine o coeficiente linear do material do segundo pilar.
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07. (UFPR/PR) Um cientista está à procura de um material que tenha um coeficiente de dilatação alto.
O objetivo dele é produzir vigas desse material para utilizá-las como suportes para os telhados das casas.
Assim, nos dias muito quentes, as vigas dilatar- se-iam bastante, elevando o telhado e permitindo uma
certa circulação de ar pela casa, refrescando o ambiente.

Nos dias frios, as vigas encolheriam e o telhado abaixaria, não permitindo a circulação de ar. Após
algumas experiências, ele obteve um composto com o qual fez uma barra. Em seguida, o cientista mediu
o comprimento L da barra em função da temperatura T e obteve o gráfico a seguir:

Analisando o gráfico, é correto afirmar que o coeficiente de dilatação linear do material produzido pelo
cientista vale:
(A) α = 2 . 10-5 °C-1.
(B) α = 3 . 10-3 °C-1.
(C) α = 4 . 10-4 °C-1.
(D) α = 5 . 10-5 °C-1.
(E) α = 6 . 10-4 °C-1.

08. (UFSC/SC) Um aluno de ensino médio está projetando um experimento sobre a dilatação dos
sólidos. Ele utiliza um rebite de material A e uma placa de material B, de coeficientes de dilatação térmica,
respectivamente, iguais a αA e αB. A placa contém um orifício em seu centro, conforme indicado na figura.
O raio RA do rebite é menor que o raio RB do orifício e ambos os corpos se encontram em equilíbrio
térmico com o meio.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


(01) Se αA > αB a folga irá aumentar se ambos forem igualmente resfriados.
(02) Se αA > αB a folga ficará inalterada se ambos forem igualmente aquecidos.
(04) Se αA < αB e aquecermos apenas o rebite, a folga aumentará.
(08) Se αA = αB a folga ficará inalterada se ambos forem igualmente aquecidos.

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(16) Se αA = αB e aquecermos somente a placa, a folga aumentará.
(32) Se αA > αB a folga aumentará se apenas a placa for aquecida.

09. (UNESP/SP) figura mostra uma lâmina bimetálica de comprimento Lo na temperatura Toque deve
tocar o contato C quando aquecida. A lâmina é feita dos metais I e II, cujas variações relativas de
comprimento ΔL/Lo em função da variação de temperatura ΔT=T – To encontram-se no gráfico.

Determine:
a) o coeficiente de dilatação dos metais I e II;
b) Qual dos metais deve ser utilizado na parte superior da lâmina para que o dispositivo funcione
como desejado? Justifique sua resposta.

10. (CESESP/PE) O tanque de gasolina de um carro, com capacidade para 60 litros, é completamente
cheio a 10 °C, e o carro é deixado num estacionamento onde a temperatura é de 30 °C. Sendo o
coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina iguala 1,1 10-3 °C-1 e considerando desprezível a variação
de volume do tanque, a quantidade de gasolina derramada é, em litros:
(A) 1,32
(B) 1,64
(C) 0,65
(D) 3,45
(E) 0,58

Respostas
01 Resposta: D.
L=L0.α. 
L- L0= L0.α. 
L-5=5.12.10-6. (70.20)
L=3000.10-6+5
L=0, 003+5
L=5,003m

02 Resposta: D
De acordo com os coeficientes de dilatação, podemos observar que primeiro o vidro, sólido cresce
pois tem o coeficiente de dilatação menor e o mercúrio parece diminuir, mas continua com o mesmo
volume. Depois, quando atinge o coeficiente de dilatação do mercúrio a expansão dele é passa a ser
notável por ser líquido.

03 Resposta: C
Cálculo da área inicial:
Si = 10. 40 = 400cm2
Calculo da dilatação superficial:
S = Sit S = 400.46.10-6. (50 - 20)
S = 0,522cm2

Cálculo da área final da placa:


Sf = Si + S Sf = 400 + 0,552
Sf = 400,552cm2

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04 Resposta:
ΔA = Ao.β.ΔӨ
ΔA = 4. 1,6.10-4.80
ΔA = Ao.β.ΔӨ
ΔA = 0,0512m²

05 Resposta:
A = Ao. (1 + β.ΔӨ)
A = π.r². (1 + β.ΔӨ)
A = π.1². (1 + 44.10-6.110)
A = π. (1 + 0,00484)
A = π.(1,00484)
A = 3,155 em valor aproximado.

06 Resposta:
Para que a ponte permaneça sempre na horizontal, os dois pilares devem sofrer a mesma dilatação
para a mesma variação de temperatura -- ΔL1= ΔL2
L01.α1.Δt= L02.α2.Δt
40.18.10-6=30.α2
α2=24.10-6 oC-1.

07 Resposta: E
Aplicando a fórmula de dilatação linear temos que:
α=ΔL/Lo Δt=0,24/2.200
α=0,24/400 -
α=0,0006 oC-1

08 Resposta
Quanto maior o coeficiente de dilatação mais o corpo se dilata quando aquecido e mais se contrais
quando resfriado.
(01) A se dilata mais que B --- Correta
(02) Falsa --- veja (01)
(04) A folga diminuirá --- Falsa
(08) Possuem diferentes Lo --- Falsa
(16) Apenas a placa se dilatará --- Correta
(32) Apenas a placa se dilatará --- Correta
R- (01 + 16 + 32) =49

09 Resposta
ΔL=Lo.α.ΔT --- α = ΔL/(Lo.ΔT)
Metal I --- αI=300.10-6/30 ---
αI=1,0.10-5oC-1 ---
Metal II --- αII=600.10-6/30
αII=2,0.10-5 oC-1

b) A lâmina II deve estar na parte superior que deve se dilatar mais para que o dispositivo se encurve
para baixo, pois ela tem maior coeficiente de dilatação.

10 Resposta: A
Através do enunciado temos que:
Vi = 60 L
ti = 10 °C

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 100


tF 30 °C
γgasol. = 1,1 10-3 °C-1

Usamos a fórmula:
ΔV = Vi . γ (tf – ti)
ΔV = 60. 1,1 10-3 (30 – 10)
ΔV = 66 . 10-3 . 20
ΔV = 1,320 L

CALORIMETRIA

A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.

Calor

Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que chamamos
calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:

1 cal = 4,186J

Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples

Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz
que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e
de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor
específico.
Assim:

Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
Q= c.m. ϴ
Q= 0,119.2000.(200-20)
Q= 0,119.2000.180
Q=42840 cal=42,84 Kcal

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 101


Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:
QL= m.L

A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a


quantidade de calor que 1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de
estado físico.
Por exemplo, para a água:

Calor latente de fusão 80cal/g


Calor latente de vaporização 540cal/g
Calor latente de solidificação -80cal/g
Calor latente de condensação -540cal/g

Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=𝑚
𝑉
m=d.V
m= d.V
m= 103g

Assim:

QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal

Curva de Aquecimento

Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:

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Trocas de Calor

Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:

Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0

(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)

Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.

Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.

Capacidade Térmica

É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 103


Sua unidade usual é cal/°C.
A capacidade térmica de 1g de água é de 1cal/°C já que seu calor específico é 1cal/g.°C.

Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Calculando a capacidade térmica
𝑄
C=
∆𝑇

300
C=
50

C= 6 cal/ºC

Propagação do Calor

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente
quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.

Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a
quantidade de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):

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Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).

Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?

Aplicando a equação do fluxo de calor:

Questões

01. (UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550

02. (Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 105


03. Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à temperatura de 80°C, ao
ser encostado em outro bloco do mesmo material, de massa 500g e que está em temperatura ambiente
(20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em contato? Considere que os blocos estejam em um
calorímetro.
(A)80
(B)75.
(C)70
(D) 60
(E) 55

04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?
(A)70
(B)65.
(C)90
(D)80
(E)35

05. (AFA-SP) Assinale a alternativa que define corretamente calor.


(A) Trata-se de um sinônimo de temperatura em um sistema.
(B) É uma forma de energia contida nos sistemas.
(C) É uma energia de trânsito, de um sistema a outro, devido à diferença de temperatura entre eles.
(D) É uma forma de energia superabundante nos corpos quentes.
(E) É uma forma de energia em trânsito, do corpo mais frio para o mais quente.

06. Qual é, em J °C−1, a capacidade calorífica do material no estado líquido?


(A) 20
(B) 30
(C) 50
(D) 100
(E) 200

07. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) Com base na calorimetria, pode-se medir o calor específico de uma substância. Para tal,
deve-se elevar a temperatura dessa substância, colocá-la em um calorímetro contendo água com massa
ma e temperatura Ta conhecidas e depois medir a temperatura da combinação após o equilíbrio.
Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que mx é a massa da substância,
cx é seu calor específico, Tx é sua temperatura inicial, ca é o calor específico da água e T é a temperatura
de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância cx a expressão:

𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐴)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
(𝐵)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐶)
2𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
(𝐷)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
(𝐸)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )

08. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma chaleira contendo um litro de água
à temperatura de 20 °C é colocada no fogão para ferver. A temperatura de ebulição da água no local é
de 100 °C. A densidade da água vale 1,0 g/cm³, e o calor específico vale 1,0 cal.g−1 °C−1. Cada 1 g de
gás é capaz de produzir 10 kcal ao queimar, e a eficiência do uso dessa energia é de 80%. A quantidade
de calor recebida pela água para elevar a temperatura de 20 °C a 100 °C e a massa de gás utilizada
valem, respectivamente,

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(A) 8 cal, 8 g
(B) 80 kcal, 10 g
(C) 100 kcal, 10 g
(D) 80 kcal, 8 g
(E) 80 kcal, 80 g

09. (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma
queda de temperatura de 8,0ºC. (Zero Horas –04/11/1994) Sabendo que o calor específico sensível da
água é 1,0 cal/gºC, a quantidade de calor liberada por 1000g de água, ao reduzir sua temperatura de
8,0ºC, em cal, é:
(A) 8,0
(B) 125
(C) 4000
(D) 8000
(E) 64000

10. (MACKENZIE) Um bloco de cobre (c = 0,094 cal/gºC) de 1,2kg é colocado num forno até atingir o
equilíbrio térmico. Nessa situação, o bloco recebeu 12 972 cal. A variação da temperatura sofrida, na
escala Fahrenheit, é de:
(A) 60ºF
(B) 115ºF
(C) 207ºF
(D) 239ºF
(E) 347ºF

Gabarito

01. E / 02. A / 03. D / 04. A / 05. C / 06. C / 07. D / 08. B / 09. D / 10. D

Comentários

01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.
Q1+Q2=0→ m1cT1+ m2cT2=0
→200(80-25)+m2 (80-100)=0
20 m2=11000
m2=550 g

02 Resposta: A
mcubo. mcubo = 10 g;LgeloLgelo = 80 cal/g;
mág. mág = 200 g;
T0T0 = 24°C;
TT = 20°C
cág cág = 1 cal/g.°C.
Módulo da quantidade calor liberada pela água para o resfriamento desejado:
∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.
Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo:
Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.
Como |Qág| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da
água.

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03 Resposta: D

04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.

05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.

06. Resposta: C.
Q=35000-25000=10000
Q=C
10000=C.(250-50)
10000
𝐶= = 50
200

07. Resposta: D.
Qa+Qx=0
maca(T-Ta) + mxcx(T-Tx)=0
maca(T-Ta)=-mxcx(T-Tx)
𝑚 𝑐 (𝑇−𝑇 )
=𝑐𝑥 = 𝑚𝑎 𝑎(𝑇 −𝑇)𝑎
𝑥 𝑥

08.Resposta: B.
1cm³-1ml-0,001L, portanto 1 litro tem 1000g.
Q=mc
Q=10001(100-20)
Q=80000 cal=80 kcal
Como a eficiência do gás é de 80%, a cada 1 grama de gás, produzirá 8kcal, ao invés de 10kcal.
1g de gás-----8 kcal
x---------80
x=10g

09. Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
A temperatura cai 8,0°C, ou seja, T - T0 = 8,0°C

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Q = 1000.1.8
Q = 8000 cal

10. Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
12 972 = 1200.0,094.(T-T0)
(T-T0) = 12972 / 112,8
(T-T0) = 115°C
Convertendo isso em Fahrenheit:
(C/5) = (F-32) / 9
(115 / 5) = (F-32) / 9
F - 32 = 9. 23
F = 207 + 32
F = 239 °F

TERMODINÂMICA

A Termodinâmica é a parte da Física que estuda principalmente a transformação de energia térmica


em trabalho. A utilização direta desses princípios em motores de combustão interna ou externa, faz dela
uma importante teoria para os motores de carros, caminhões e tratores, nas turbinas com aplicação em
aviões, etc. Portanto sua correlação com estudo dos gases é importante.

Energia Interna dos Gases

Um gás que possua uma temperatura diferente do zero absoluto (0 K) possui uma energia cinética
interna representada pela energia cinética de suas partículas em movimento:

Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá
da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja, quando houver aumento da temperatura absoluta
ocorrerá uma variação positiva da energia interna
.
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna
.
E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero
.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e
assim obteremos:

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Trabalho de Um Gás

Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo.
Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão
constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.

Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força
aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:

Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado
pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás. Quando:
O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se
encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um
trabalho do meio externo;
O volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.

Exemplo:
Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante igual
a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?

De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico.
Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.

O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume.


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U é a energia interna.
R é a constante dos gases perfeitos (um valor dado).
T é a temperatura.
n é o número de mols.

Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira
direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de
temperatura do sistema. Resumindo:

Agora vamos nos aprofundar nos estudos da termodinâmica por meio de suas leis.

1ª Lei da Termodinâmica

Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à


termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma
transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde
se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade
Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU, ou seja,
expressando matematicamente:

Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).


Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das grandezas
apresentadas:

Calor Trabalho Energia Interna Q/ /ΔU


Recebe Realiza Aumenta >0
Cede Recebe Diminui <0
Não troca Não realiza e nem recebe Não varia =0

Exemplo:
Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a
Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?

2ª Lei da Termodinâmica

Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de
Clausius e Kelvin-Planck:

Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo
de temperatura mais alta.

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Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a
mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho
sobre este sistema.

Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda
a quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%,
ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.

Ciclo de Carnot

Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma
máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um
ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:

Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de
aquecimento (L-M)
Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a
quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:

Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é:

e
Logo:

Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento

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Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de aquecimento
deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento deverá ser
0K. Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.

Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o
ciclo a 200ºC?

Maquinas Térmicas

Envolvendo os estudos de termodinâmica e calor, vamos analisar as máquinas térmicas. As máquinas


térmicas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala na indústria, por
volta do século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar água em vapor,
capaz de movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a energia mecânica
utilizável para as indústrias da época.
Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia
térmica se converta em energia mecânica (trabalho).

A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho
mais uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho . Assim é válido que:

Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o
resfriamento, por exemplo, estes valores serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da
Termodinâmica, este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho
externo, assim:

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Rendimento das Máquinas Térmicas
Podemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada como forma de
trabalho e a energia fornecida:
Considerando:

=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;
=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
=quantidade de calor não transformada em trabalho.

Mas como constatado:

Logo, podemos expressar o rendimento como:

O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se
fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não
é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.

Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de calor igual
a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho?

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Alguns Exemplos de Máquinas Térmicas16.

Máquina à vapor.

Cilindro e pistão da máquina a vapor. Vapor da caldeira empurra o pistão para a direita. O vapor de
exaustão escapa pelo cano de exaustão, E. A válvula deslizante se desloca então mudando a entrada do
vapor no cilindro; o pistão é empurrado novamente para a esquerda.

Locomotiva a vapor.

Os gases quentes da combustão do carvão passam por longos e finos, tubos envolvidos por água para
fervê-la. O vapor da caldeira entra no tubo de vapor e passa pelos cilindros, o vapor usado escapa por C,
junta-se com a fumaça saindo pela chaminé.

Motor a gasolina.

Os quatro tempos de um motor a gasolina. (A) Aspiração; (B) compressão; (C) explosão; (D) exaustão.
Cada cilindro deve passar por êsse ciclo de quatro tempos: aspiração, compressão, explosão,
exaustão. Observe que há um tempo de explosão para duas revoluções de um motor de um só cilindro.

16
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20041/Melissa/semnome6.htm

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Para a manutenção do movimento, a roda deve ser pesada. Um motor de quatro cilindros tem dois tempos
de explosão para cada revolução; um motor de oito cilindros tem quatro tempos de explosão para cada
rotação, ou um quarto de rotação para cada explosão. O motor de muitos cilindros dá um suave fluxo de
explosões. O rendimento do motor de um automóvel em boas condições pode variar de 22 a 28 por cento.

Turbina a vapor.

Turbina a vapor e gerador elétrico. Note que o capor passa por três estágios na turbina, de alta pressão
no primeiro estágio a baixa pressão no terceiro. As rodas da turbina são sucessivamente maiores porque
o vapor se expande à medida que passa pela turbina. Mostram-se claramente as lâminas girantes. Entre
cada conjunto de lâminas girantes há lâminas estacionárias, fixas. As lâminas estacionárias impelem o
vapor contra o próximo par de lâminas girantes.

Irreversibilidade e Limitações em Processos de Conversão Calor/Trabalho.

Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os
atritos ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará
a A e ficará oscilando entre A e B, pois não existe atrito.

Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não


teve nenhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação
reversível.

Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda
de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma
transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia
térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho

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Exemplo:
Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor da água e
derrete, mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais quente,
o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a conservação de
energia seria mantida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas
transformações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são
ditos irreversíveis.
Questões

01. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31
J/mol.K.
(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55

02. Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão
igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a
ser 1m³. Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?
(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000
(E)100

03.Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo:

Qual o trabalho realizado por este gás?


(A)9.106
(B) 3.105
(C)9.105
(D) 18.104
(E) 8.105

04. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de
500K e 300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500
(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600

05. (PETROBRAS-TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR- CESGRANRIO) Uma máquina térmica


opera com rendimento de 35%. A quantidade de calor que a máquina recebe da fonte de calor quente é
1.000 J. Qual é a quantidade de calor, em J, que a máquina cede à fonte de calor fria?
(A) 650
(B) 538

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(C) 350
(D) 286
(E) 186

06. (PETROBRAS- TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR-CESGRANRIO)

Um gás ideal sofre uma expansão reversível partindo do estado inicial A e evoluindo até o estado final
C. Esse processo pode ser realizado por meio de três caminhos diferentes, conforme mostrado no gráfico
acima. O caminho 1 consiste em uma expansão isobárica (AB), seguido de um processo isovolumétrico
(BC). O caminho 2 consiste na expansão AC e o caminho 3 em um processo isovolumétrico AD, seguido
de uma expansão isobárica (DC). Com relação à quantidade de calor recebido, afirma -se que,
(A) no percurso 1, ABC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(B) no percurso 2, AC, o gás recebe uma quantidade maior de calor.
(C) no percurso 3, ADC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(D) nos percursos 1 e 2, a quantidade de calor trocada é a mesma.
(E) nos percursos 2 e 3, a quantidade de calor trocada é a mesma.

Gabarito

01. B / 02. D / 03. D / 04. D / 05. A / 06. A

Comentários

01. Resposta: B.
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:

A partir daí basta aplicar os dados na equação da energia interna:

02. Resposta: D.
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:

Substituindo os valores na equação:

O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.

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03. Resposta: C.
O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área do trapézio azul.
Sendo a área do trapézio dado por:

Então, substituindo os valores temos:

04. Resposta: D.
Calculando o calor da fonte quente:
Q2 = T2
Q1 T1
2000 = 500
Q1 300
2000 = 1,67
Q1
Q1 = 2000
1,7
Q1 = 1198 J
Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1200 J.
Calculando o trabalho:
Q 2 - Q1 = T
2000 - 1200 = T
T = 800J

05. Resposta: A
O rendimento é: r = 1 - {Q2 / Q1}
35 % e' escrito como 35/100
35 / 100 = 1 - [Q2 / 1000]
Q2 = 1000 - 350
. : . Q2 = 650 J

06. Resposta: A.
Através do gráfico, verifica-se que quanto maior a distância, maior o espaço de expandir, maior será a
temperatura, consequentemente maior quantidade de calor.

3.2.1.4. Ondulatória

ONDAS

A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som. Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas
através de um meio, e este meio não acompanha a propagação.

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Conforme sua natureza as ondas são classificadas em:
Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo. Alguns exemplos são os que acontecem em molas e cordas,
sons e em superfícies de líquidos.
Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.

Quanto a direção de propagação as ondas são classificadas como:


Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;
Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;
Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.

Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:


Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:

Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.

Componentes de Uma Onda

Uma onda é formada por alguns componentes básicos que são:

Sendo A a amplitude da onda.


É denominado comprimento da onda, e expresso pela letra grega lambida (λ), a distância entre duas
cristas ou dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos
passem por um ponto e frequência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam
por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
Portanto, o período e a frequência são relacionados por:
𝟏
𝒇=
𝑻
A unidade internacionalmente utilizada para a frequência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à
passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo.

Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de:

frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.

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Ondas Periódicas17

Considere uma pessoa executando um movimento vertical de sobe-e-desce na extremidade livre da


corda indicada na figura, em intervalos de tempo iguais.

Esses impulsos causarão pulsos que se propagarão ao longo da corda em espaços iguais, pois os
impulsos são periódicos.
A parte elevada denomina-se crista da onda e a cavidade entre duas cristas chama-se vale.
Denomina-se período T o tempo necessário para que duas cristas consecutivas passem pelo mesmo
ponto.
Chama-se frequência f o número de cristas consecutivas que passam por um mesmo ponto, em cada
unidade de tempo.
Entre T e f vale a relação:

A distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos é denominada comprimento de onda,
representado por λ, e a é a amplitude da onda.
Como um pulso se propaga com velocidade constante, vale a expressão s = vt.
Fazendo s = λ, temos t = T. Logo:

Essa igualdade é válida para todas as ondas periódicas – como o som, as ondas na água e a luz.

Velocidade de Propagação das Ondas


Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com
velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão:
S= v. t
Podemos fazer que ΔS=λ e que Δt=T
Assim:𝜆 = 𝜈. Τ
1
𝑇=
𝑓
1
𝜆 = 𝜈.
𝑓
= 𝜆. 𝑓

17
https://bit.ly/2MsyjAR

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 121


Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)

Exemplo:
Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de onda
é de 1cm?
1cm=0,01m
 = 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆
195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01
𝐹 = 19,5 𝐻𝑧

Reflexão de Ondas

É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.

Reflexão em ondas unidimensionais


Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:

Com extremidade fixa:


Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição
original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela, pelo
princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da aplicação do
pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Assim como mostra a figura abaixo:

Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.

Com extremidade livre:


Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito.
Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do pulso,
apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação, mas com
sentido inverso. Como mostra a figura:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 122


Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.

Refração de Ondas

É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:

1ª Lei da Refração
O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio refratado estão contidos
no mesmo plano.

Lei de Snell
Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência de refração,
𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
sendo matematicamente expressa por: 𝑠𝑖𝑛𝜃2=𝑣2 = 2

ONDE:
1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular
2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.

Superposição de Ondas

A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.

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Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura,
mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas:

Situação 1: os pulsos são dados em fase.

No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:

Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.

Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.

Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude A1 é negativo em relação ao eixo vertical, portanto A1<0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:

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Numericamente:
A= -A1+A2
X= -x1+x2
Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.
Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.

Onda Senoidal

Qualquer livro de tabelas matemáticas inclui os valores dos senos18 naturais para ângulos até 90o.
Uma calculadora científica, mesmo as mais simples, dá diretamente o valor do seno de um ângulo até
com 9 casas decimais; esses valores podem ser empregados para traçar a curva. Na ausência de tabelas
e calculadoras ainda poderemos traçar uma curva aproximada se memorizarmos os seguintes valores:
sen 0o = 0; sen 30o = 0,50; sen 60o = 0,86 e sen 90o = 1.
Todavia, será bem mais instrutivo nesta etapa inicial desenvolver a curva senoidal mais simples, dada
pela função y = sen q, através da técnica indicada na ilustração abaixo, onde se usa da idéia de 'raio
girante':

18
http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_t03.asp

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O raio r da circunferência ABCD inicia seu movimento de rotação em torno de O, a partir da posição
OA, girando em sentido anti-horário. Na posição ilustrada acima, o raio está deslocado do ângulo q e o
sen qfica definido pela relação (razão) entre a perpendicular p e o raio r. Todavia, se r é tomado como a
unidade de medida linear, resultará que p será numericamente igual a sen q e poderá ser projetado para
obter um ponto da curva, como se ilustra acima, à direita da circunferência. Outros pontos poderão ser
obtidos de modo semelhante, girando r sempre no sentido anti-horário.
O ângulo q não precisa, necessariamente, ser medido em "graus"; como boa alternativa, a linha base
(eixo das abscissas, no gráfico) pode exibir medidas circulares, como é o caso do "radiano", como se
indica na ilustração. Sabemos que 2p radianos corresponde a 360o, logo 1 rad = 360o/2p = ~57,3o. Vale
lembrar: 0o = 0 rad; 30o = p/6 rad; 60o = p/3 rad; 90o = p/2 rad; 180o = p rad; 270o = 3p/2 rad; etc.
O uso do radiano para a medida de ângulo, além de ser a unidade oficial do Sistema Internacional,
tem a vantagem de simplificar muitas fórmulas de C.A.

Ressonância

A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:

Ao ser excitada periodicamente, por um vento de frequência:

A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:

Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.

Princípio de Huygens

O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior. Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de
frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.

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Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.
A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.
Desta forma:

Difração de Ondas

O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.

Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.

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Se esta propagação acontecesse em linha reta, os raios continuariam retos, e a propagação depois
da fenda seria uma faixa delimitada pela largura da fenda. No entanto, há um desvio nas bordas.
Este desvio é proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso onde esta largura é muito inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares, independente da forma
geométrica das ondas incidentes.

Experiência de Young

Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).

Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.

Ondas Estacionárias

São ondas resultantes da superposição de duas ondas de mesma frequência, mesma amplitude,
mesmo comprimento de onda, mesma direção e sentidos opostos.
Pode-se obter uma onda estacionária19 através de uma corda fixa numa das extremidades.
Com uma fonte faz-se a outra extremidade vibrar com movimentos verticais periódicos, produzindo-se
perturbações regulares que se propagam pela corda.

19
http://ww2.unime.it/weblab/awardarchivio/ondulatoria/ondas.htm#Ondas%20Estacion%C3%A1rias

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Em que: N = nós ou nodos e V= ventres.
Ao atingirem a extremidade fica, elas se refletem, retornando com sentido de deslocamento contrário
ao anterior.
Dessa forma, as perturbações se superpõem às outras que estão chegando à parede, originando o
fenômeno das ondas estacionárias.
Uma onda estacionária se caracteriza pela amplitude variável de ponto para ponto, isto é, há pontos
da corda que não se movimentam (amplitude nula), chamados nós (ou nodos), e pontos que vibram com
amplitude máxima, chamados ventres.
É evidente que, entre nós, os pontos da corda vibram com a mesma freqüência, mas com amplitudes
diferentes.

Observe que:
Como os nós estão em repouso, não pode haver passagem de energia por eles, não havendo, então, em

uma corda estacionária o transporte de energia.

- A distância entre dois nós consecutivos vale .

- A distância entre dois ventres consecutivos vale .

- A distância entre um nó e um ventre consecutivo vale .

Questões

01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) A mudança na direção de uma onda, ao atravessar a
fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento de onda,
mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.

02. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) De acordo com a sua natureza, as ondas podem ser classificadas em mecânicas ou
eletromagnéticas.
É um exemplo de ondas mecânicas:
(A) ondas de rádio
(B) micro-ondas
(C) raio X
(D) luz
(E) ultrassom

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03. (FUB – Físico – CESPE)

A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado

04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.

05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) Com relação às propriedades das ondas sonoras e
eletromagnéticas, julgue os itens a seguir Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado

06. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) As ondas eletromagnéticas possuem características como: amplitude, frequência,
comprimento de onda, velocidade de propagação, potência transmitida, etc. Quando se propagam no
vácuo, a única característica que assume o mesmo valor para todas as ondas eletromagnéticas é a(o)
(A) amplitude
(B) frequência
(C) velocidade de propagação
(D) potência transmitida
(E) comprimento de onda

07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ) Se houvesse uma explosão no Sol
certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
(A) o som não se propaga no vácuo.
(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 130


08. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) A onda representada a seguir
tem período de 0,25 s.

Sobre essa onda, é correto afirmar que


(A) sua amplitude é de 8 cm.
(B) tem frequência igual a 2,5 hz.
(C) sua velocidade é igual a 64 cm/s.
(D) tem comprimento de onda de 48 cm.

09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) A hélice de um determinado avião
gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180

10. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) Em um tanque com água, um mecanismo de vibração
produz ondas na superfície. Se a frequência de trabalho do mecanismo for dobrada, como consequência
a onda terá o (a)
(A) dobro da velocidade de propagação.
(B) seu período inalterado.
(C) metade do comprimento de onda.
(D) dobro do período.
(E) metade da velocidade de propagação.

Gabarito

01. B / 02. E / 03. Errado / 04. A / 05. Errado / 06. C / 07. A / 08. C / 09. A / 10. C

Comentários
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.

02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.

03. Resposta: Errado


Ondas eletromagnéticas não necessitam de meio físico para se propagar.

04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.

05. Resposta: Errado.


Como vimos, as ondas eletromagnéticas não requerem um meio para sua propagação, é possível ter,
mas não necessitam.

06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.

07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.

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08. Resposta: C.

(A) Amplitude é 4 cm.


1 1
(B) 𝑓 = 𝑇 = 0,25 = 4 ℎ𝑧
(C) v=.f
V=164=64 cm/s
(D) =16 cm

09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.

10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.
Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1
Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2

ACÚSTICA - ONDAS SONORAS

É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.

Som e Sua Propagação

O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:

𝑉 = . 𝑓

A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e as de ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 132


A velocidade do som na água é aproximadamente igual a 1450m/s e no ar, à 20°C é 343m/s.
A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do gás, é possível
inclusive demonstrar experimentalmente que a velocidade do som em gases é dada por:

𝑣 = 𝐾. 𝑇
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.

Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º
340=K.288 e V100º=K.373

Dividindo-se uma equação pela outra:

340 = 𝐾. 288


𝑉100º = 𝐾. 373

340 288
= √
𝑣100 373

340
𝑣100 =
√288
373
𝑣100 = 386,9 𝑚/𝑠

Intervalo Acústico
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a sua altura, intervalo
e timbre.
A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação entre grave
e agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:

𝑓1
𝑖=
𝑓2

Intensidade Sonora
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴

Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:

𝐸
𝑃=
∆𝑡

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 133


Então, também podemos expressar a intensidade por:

𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡

As unidades mais usadas para a intensidade são J/m² e W/m².


É chamada mínima intensidade física, ou limiar de audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível: Io=10-12 W/m2
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora suportável
pelo ouvido: Imáx=1 W/m2

Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:

𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0

A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.

Reflexão do Som

Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.

Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:

2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣

Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 134


Tubos Sonoros20

Ao soprar um tubo sonoro a coluna de ar vibra, havendo assim a produção de som.


Vejamos agora os tipos de tubos sonoros:

A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.

B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.

Ondas Estacionárias nos Tubos

A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico. Vejamos:

Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

20
http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 135


Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e fn, a frequência de um harmônico de ordem n, vem:

B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 136


Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f(2n – 1), a frequência de um harmônico de ordem (2n
-1), vem:

Pressão sonora

A pressão p é a tensão aplicada à superficie dum corpo. Corresponde à força por unidade de área. Em
repouso, as moléculas estão submetidas à pressão atmosférica. Quando o meio se altera, o movimento
das moléculas provoca variações locais de pressão, que é a pressão sonora. A pressão e a intensidade
do som estão relacionadas pela fórmula: I=p²/(ρ*c), em que I é a intensidade (W.m-2), p é a pressão
sonora num ponto expresso em Pascal (Pa), ρ é a densidade do meio (kg.m-3) e c a velocidade de
propagação da onda (m.s-1). Assim, quando a pressão sonora duplica a intensidade sonora multiplica por
4.

Efeito Doppler

O efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo observador em virtude do


movimento relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.

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Para ondas sonoras, o efeito Doppler constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe
frequências diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade relativa entre o a onda
sonora e o movimento relativo entre o observador e/ou a fonte.
Considerando:
f0= frequência aparente percebida pelo observador
f=frequência real emitida
v0= velocidade do observador
vf= velocidade da fonte
v= velocidade da onda sonora

Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1

Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:

Para o caso onde a fonte se afasta do observador, há um alongamento aparente do comprimento de


onda, nesta situação a dedução do cálculo da frequência observada será análoga ao caso anterior.
𝑣
𝑓0 =
2

No entanto:
𝑣 + 𝑣𝑓
2 =
𝑓𝑓

Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique parado,
se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.

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Supondo que a fonte esteja em repouso e o observador se movimente:
No caso em que o observador se aproxima da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
mais frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser maior que a
frequência emitida pela fonte. Neste caso, o comprimento de onda não é alterado, mas a velocidade de
propagação é ligeiramente aumentada.
𝑣1
𝑓0 =

Mas:
𝑣
v1= v+v0 e = 𝑓
1
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:

𝑣 + 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣2
𝑓0=

Mas:
𝑣
𝑣2=𝑣−𝑣0 e = 𝑓
𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.

Conhecendo estas quatro possibilidades de alteração na frequência de onda observada podemos


escrever uma fórmula geral para o efeito Doppler se combinarmos todos os resultados, sendo ela:

Sendo utilizados os sinais convenientes para cada caso.

Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.

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Obs.:

A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das pregas
vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já as pregas
vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.

b) Intensidade ou volume:
É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para sons de mesma frequência a
intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais intenso é o som produzido.

c) Timbre:
É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.

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Intensidade A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele
atravessa. Conforme a equação abaixo
𝑃
𝐼=
𝐴

Unidade no SI: w/m2

Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-12
w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.

Observa-se que a Intensidade é inversamente proporcional a quadrado do Raio da esfera.


Considerando que o Raio da Esfera representa a distância entre a fonte e o ouvinte, percebe-se que a
quanto maior a distância menor a intensidade do som.
Nível Sonoro
É a grandeza física que responsável pela medida da sensação auditiva do ser humano.

Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multiplicar o resultado
encontrado por 10.

Questões

01. (UFSM) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em repouso em relação ao paciente, com
uma frequência determinada. Essas ondas são refletidas por células do sangue que se .......... de um
detector de frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente. Ao analisar essas ondas refletidas,
o detector medirá frequências .......... que as emitidas pela fonte. Esse fenômeno é conhecido como ..........
.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) afastam - menores - efeito Joule
(B) afastam - maiores - efeito Doppler
(C) aproximam - maiores - efeito Joule
(D) afastam - menores - efeito Doppler
(E) aproximam - menores - efeito Tyndal

02. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sensação é de que o som é mais agudo, no
afastamento, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física como efeito Doppler. Considerando a
situação descrita, julgue os itens que se seguem.

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( ) As variações na totalidade do som da buzina percebidas pelo indivíduo devem-se a variações da
frequência da fonte sonora.
( ) Quando o automóvel se afasta, o número de cristas de onda por segundo que chegam ao ouvido
do indivíduo é maior.
( ) Se uma pessoa estiver se movendo com o mesmo vetor velocidade do automóvel, não mais terá a
sensação de que o som muda de totalidade.
( ) Observa-se o efeito Doppler apenas para ondas que se propagam em meios materiais.

(A) V,V,V,V
(B) V,F,V,F
(C) F,F,V,F
(D) F,V,F,V
(E) F,F,F,F

03.O grupo brasileiro Uakti constrói seus próprios instrumentos musicais. Um deles consiste em vários
canos de PVC de comprimentos variados. Uma das pontas dos canos é mantida fechada por uma
membrana que emite sons característicos ao ser percutida pelos artistas, enquanto a outra é mantida
aberta. Sabendo-se que o módulo da velocidade do som no ar vale 340 m/s, é correto afirmar que as
duas frequências mais baixas emitidas por um desses tubos, de comprimento igual a 50 cm, são:
(A) 170 Hz e 340 Hz
(B) 170 Hz e 510 Hz.
(C) 200 Hz e 510 Hz.
(D) 340 Hz e 510 Hz.
(E) 200 Hz e 340 Hz.

04.Um violinista deseja aumentar a frequência do som emitido por uma das cordas do seu instrumento.
Isto poderá ser conseguido:
(A) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(B) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(C) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(D) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(E) todas as sugestões são inadequadas para que o violinista consiga seu objetivo.

05. (EFEI-MG) Uma pessoa parada na beira de uma estrada vê um automóvel aproximar-se com
velocidade 0,1 da velocidade do som no ar. O automóvel está buzinando, e a sua buzina, por
especificação do fabricante, emite um som puro de 990 Hz.
O som ouvido pelo observador terá uma frequência de:
(A) 900 Hz
(B) 1 100 Hz
(C) 1 000 Hz
(D) 99 Hz
(E) Não é possível calcular por não ter sido dada a velocidade do som no ar

06 (UFCE) Você está parado, em um cruzamento, esperando que o sinal vermelho fique verde. A
distância que vai de seu olho até o sinal é de 10 metros. Essa distância corresponde a vinte milhões de
vezes o comprimento de onda da luz emitida pelo sinal. Usando essa informação, você pode concluir,
corretamente, que a frequência da luz vermelha é, em hertz:
(A) 6 106
(B) 6 108
(C) 6 1010
(D) 6 1012
(E) 6 1014

07. (Fuvest-SP) Um rádio receptor opera em duas modalidades: uma, AM, cobre o intervalo de 550 a
1 550 kHz, e outra, FM, de 88 a 108 MHz. A velocidade das ondas eletromagnéticas vale 3 108 m/s. Quais,
aproximadamente, o menor e o maior comprimentos de onda que podem ser captados por esse rádio?
(A) 0,0018 m e 0,36 m
(B) 0,55 m e 108 m
(C) 2,8 m e 545 m

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(D) 550 103 m e 108 106 m
(E) 1,6 1014 m e 3,2 1016 m

Gabarito

01. D / 02.C / 03. B / 04. C / 05. B / 06. E / 07.C

Comentários

01.Resposta:D

02.Resposta:C
FFVF
(1) Falsa --- a frequência da fonte é a mesma
(2) Falsa
(3) Verdadeira --- a distância fonte-observador é a mesma
(4) Falsa --- vale também para a luz que não necessita de um meio material para se propagar.

03.Resposta:B
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares
fn=nV/4L
f1=1X340/4X0,5
f1=11770Hz
f3=3X340/4X0,5
f3=510Hz

04.Resposta:C
Tracionando-se mais as cordas do violino e diminuindo o comprimento vibratória, aumenta a frequência
das ondas sonoras.

05.Resposta: B
Dados:
vf = 0,1 var
f = 990 Hz
Utilizamos a equação:
f0 = f (var + v0)/(var - vf)
f0 = 990 (var + 0)/ (var - 0,1var )
f0 = 990 . var/ 0,9 var
Simplificando var, temos: f0 = 1.100 Hz

06.Resposta: E
Sendo:
10=20.106→ =5.10-7m
Logo:
V=.f→3.108=5.10-7 f
f=6.1024 Hz

07.Resposta:C
Alternativa c. Lembrando que v =.f, onde v 3 108 m/s, concluímos que o comprimento de onda  é
o menor quando a frequência f é a maior, e  é o maior quando f é a menor.
Assim,
3.108
menor= → menor=2,8m
108106

3.108
maior= → maior=545m
550103

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3.2.1.5 Eletromagnetismo

ELETROSTÁTICA

A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.

Cargas Elétricas

Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos,
que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:

Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:

A carga elétrica é uma propriedade que está intimamente associada a certas partículas elementares
que formam o átomo (prótons e elétrons). O modelo do sistema planetário é o modelo simples mais
adotado para explicar como tais partículas se distribuem no átomo. De acordo com o modelo planetário,
os prótons e nêutrons localizam-se no núcleo, já os elétrons estão em uma região denominada eletrosfera.
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um
imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos
prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas com
cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). O próton e o
elétron, em módulo, possuem a mesma quantidade de carga elétrica. O valor da carga do próton e do
elétron é denominado quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de: e=1,6 .10-19 C

Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus
submúltiplos:
1 mC (milicoulomb)= 10-3 C
1 μC (microcoulomb)= 10-6 C
1 nC (nanocoulomb)= 10-9 C

A quantidade de carga elétrica total (Q) será sempre um múltiplo inteiro (n) vezes o valor da carga
elementar (e). Essa quantidade de carga pode ser determinada através da seguinte expressão:

Q=n . e
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Geralmente quando um corpo qualquer apresenta o número de prótons igual ao de elétrons dizemos
que esse corpo está eletricamente neutro, ou seja, o corpo possui carga total igual a zero. Portanto,
quando o corpo apresenta número de prótons diferente do número de elétrons, dizemos que o corpo se
encontra eletrizado, ou seja, o corpo apresenta carga elétrica diferente de zero.
Dessa forma, um corpo estará eletrizado quando perde ou recebe elétrons.

Corpo neutro np=ne


Corpo positivo npne Cedeu elétrons
Corpo negativo np ne Recebeu elétrons

Eletrização

Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons


(adicionando ou reduzindo o número de elétrons).
A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme
seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a
qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante,
ou seja, não há perdas.

Corpo eletrizado positivamente


Quando um corpo possui uma maior quantidade de cargas positivas, dizemos que perdeu elétrons, e
por isso está eletrizado positivamente. Obs.: Um corpo nunca ganha prótons, porque está localizado na
parte central do núcleo do átomo.

Corpo eletrizado negativamente


É quando um corpo possui mais cargas negativas que positivas, ou seja, quando ganha elétrons.

Atração dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais contrários, se atraem.

Repulsão dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais iguais, se repelem.

Processos de Eletrização

Eletrização por atrito


Quando dois corpos inicialmente neutros são atritados, se eletrizam e, em virtude do atrito ocasionado,
um corpo ficará com carga positiva e o outro com carga negativa.

Processo de eletrização por atrito ente o vidro e a lã

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Eletrização por contato
Quando dois corpos (um eletrizado e outro inicialmente neutro) entram em contato, o corpo neutro fica
com a mesma carga do eletrizado.

Processo de Eletrização por contato

Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual é
a carga em cada um deles após serem separados.

Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com carga
, após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo condutor
C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?

Ou seja, neste momento:

Após o segundo contato, tem-se:

E neste momento:

Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes
serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.

Eletrização por indução


É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (induzido) acontece por simples aproximação
de um corpo carregado (indutor), sem que haja contato entre os corpos. O induzido deve estar ligado a
Terra ou a um corpo maior que possa lhe fornecer elétrons ou que dele os receba num fluxo provocado
pela presença do indutor.

Processo de eletrização por indução

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Condutores e Isolantes

Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre,
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons
recebem o nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos.

Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos.

Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de
colisões através do metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão
firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.

Ponte de Wheatstone

A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir uma resistência desconhecida,
normalmente com valor próximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também para se
medir duas resistências que variam de maneira espelhada, enquanto uma aumenta seu valor, a outra
diminui o seu valor de forma proporcional.
O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura 1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode
ser um galvanômetro se a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte pode ser
alimentada por um sinal de áudio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta
impedância ou ainda um transdutor piezoelétrico.

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Figura 1 – O circuito básico da ponte.

Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)

Formula 1
Quando no equilíbrio:

R4 = (R1/R2) * R3

Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)

Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?

Dados: R1 = 100 ohms


R2 = 200 ohms
R3 = 300 ohms
R4 = ?

Usando a fórmula 1:

R4 = (100/200) * 300
R4 = 150 ohms

Lei de Biot-Savart

A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente que a gera. Isso ocorre de maneira
semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o campo
magnético resultante de uma corrente envolve o produto vetorial e é inerente a um problema de cálculo
quando a distância de uma corrente para um ponto está constantemente em movimento.
Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o
geram.

Na figura acima temos uma carga q positiva que se move com uma velocidade v. Vamos agora
considerar o plano determinado por v e P: através da regra da mão direita podemos determinar o campo
magnético (B), produzido pela carga em um ponto P a uma distância r dela. Pela figura, podemos ver que
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 148
o campo é perpendicular ao plano. Dessa forma, podemos achar o módulo do campo magnético (B)
através da equação:

Lei de Coulomb

Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e
repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com
sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido
para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:

Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

Onde: F → é a força elétrica entre as cargas k → é a constante eletrostática no vácuo (ko = 9 x 109
N.m2/C2)
Q → carga elétrica
d → distância

Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas,
ou seja:

Campo Elétrico

O campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou
íons) ou por um sistemas delas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas e provocam forças
elétricas.
A fórmula usada para se calcular a intensidade do vetor campo elétrico (E) é dada pela relação entre
a força elétrica (F) e a carga de prova (q):

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 149


E as unidades de campo elétrico se dão em:

Vale notar que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do mesmo com uma
carga de prova. Caso não haja interação com a carga, podemos dizer que o campo não existe naquele
local.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido de
afastamento

Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido de
aproximação.

A direção do campo elétrico é a mesma da força elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga
q0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força

Campo elétrico gerado por uma carga pontual21


Temos uma carga elétrica podendo ser negativa ou positiva, que está emanando um campo elétrico
por todo o espaço. Observando-a, veremos que uma carga q foi introduzida nas proximidades do campo
elétrico da carga Q, esta carga é chamada de carga de prova. Através da carga de prova podemos provar
a existência do campo elétrico, pois sua presença no campo elétrico da carga Q irá exercer uma força
elétrica sobre a carga de prova q.
Para provarmos de modo prático a existência do campo elétrico veja o que ocorre ao aproximarmos
os cabelos ou o braço na tela de um televisor.
Quando aproximamos os cabelos ou o braço na tela do televisor ligado, os pelos eriçam. Neste caso,
os pelos é a carga de prova que interagiu com as cargas elétricas da tela do televisor, provando a
existência de um campo elétrico formado na tela da televisão.

21
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/campo-eletrico-gerado-por-uma-carga-pontual/67278#

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Linhas de Campo22
Estas linhas são a representação geométrica convencionada para indicar a presença de campos
elétricos, sendo representadas por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em cada
ponto, logo, jamais se cruzam. Por convenção, as linhas de força têm a mesma orientação do vetor campo
elétrico, de modo que para campos gerados por cargas positivas as linhas de força são divergentes
(sentido de afastamento) e campos gerados por cargas elétricas negativas são representados por linhas
de força convergentes (sentido de aproximação).
Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as linhas de força são representadas
radialmente, de modo que:

Potencial Elétrico23

Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:

Logo:

22
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/campo3.php
23
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/potencial2.php

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A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta, e a unidade designa Joule por coulomb (J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um ponto P que está
sujeito a todas estes campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos os potenciais criados por cada
carga, ou seja:

Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.

Trabalho de uma força elétrica


O trabalho que uma carga elétrica realiza é análogo ao trabalho realizado pelas outras energias
potenciais usadas no estudo de mecânica, ou seja:
Se imaginarmos dois pontos em um campo elétrico, cada um deles terá energia potencial dada por:

Sendo o trabalho realizado entre os dois pontos:

Mas sabemos que, quando a força considerada é a eletrostática, então:

Diferença de Potencial

Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente
da carga geradora, ou seja, com potenciais diferentes.
Se quisermos saber a diferença de potenciais entre os dois devemos considerar a distância entre cada
um deles. Dessa maneira, teremos que sua tensão ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por
U e calculada por:

Exemplo:
Uma partícula com carga q = 2. 10-7 C se desloca do ponto A ao ponto B, que se localizam numa região
em que existe um campo elétrico. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho igual
a 4. 10-3 J sobre a partícula. Determine a diferença de potencial VA – VB entre os dois pontos considerados.
Como o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento é igual à carga vezes a diferença de
potencial, assim temos:

Como o exercício pede a diferença de potencial e nos fornece outros dados, temos:

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Superfície Equipotencial

Uma superfície equipotencial constitui uma região do campo elétrico em que todos os seus pontos
apresentam o mesmo potencial.
Chamamos uma superfície de equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial. Uma superfície equipotencial pode apresentar diversas formas
geométricas.
Ao colocarmos uma carga elétrica puntiforme em um ponto qualquer do espaço e longe de outras
cargas elétricas, calculamos o potencial elétrico em um ponto próximo a ela através da seguinte relação:

Onde k é a constante eletrostática, Q é o valor da carga puntiforme e d é a distância que separa as


cargas. Através dessa equação podemos afirmar que todos os pontos próximos da carga elétrica
geradora apresentam o mesmo potencial elétrico. Dessa maneira, também podemos dizer que as
superfícies possuem formas de esferas para cargas puntiformes isoladas do restante das cargas do
universo.
Num campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são paralelas entre si. Isso acontece pelo
fato de serem perpendiculares.

Uma superfície equipotencial é sempre interceptada perpendicularmente (90°) pelas linhas de força de
um campo elétrico. Dessa maneira, conhecendo-se as linhas de força de um campo elétrico, fica mais
fácil representar as superfícies equipotenciais. Já numa região onde o campo elétrico é uniforme, para
serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas.

Capacitor

O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando
se aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas
paralelas. A capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.

C = Q/V

Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas
paralelas, e quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= - k d

Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância entre as placas k = constante dielétrica do


material isolante

Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando
isto acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 153


Isso gera o seguinte gráfico Vc X t

Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição
do capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a
corrente inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t
= RC (resistência vezes capacitância).

No exemplo abaixo, o tempo de carga é: Tc= 5 x 1000 x 10-6 = 5ms

Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma "oposição à corrente" (na
verdade é oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).

Xc=1/2pfC

A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma
resistência em série com uma capacitância:

Z = (R22+Xc2) 1/2 ou Z = Ö R22+XC2

Podemos imaginar a impedância como a soma vetorial de resistência e reatância. O ângulo da


impedância com a abscissa é o atraso da tensão em relação à corrente.

Aplicações: Se temos um circuito RC série, a medida que aumentarmos a frequência, a tensão no


capacitor diminuirá e a tensão no resistor aumentará. Podemos então fazer filtros, dos quais só passarão
frequências acima de uma frequência estabelecida ou abaixo dela. Estes são os filtros passa alta e passa
baixa.

Energia eletrostática de um condutor24

Para podermos explicar a energia eletrostática de um condutor, vamos pensar em um condutor que
está carregado com uma carga representada por Q, e que esse condutor possui um potencial
representado por V. Para levar o condutor do estado neutro até o estado final, é gasto um trabalho, porém
ele não é perdido, pois ele está localizado no condutor, na forma de energia potencial elétrica.
Vejamos agora um gráfico do potencial em função da carga elétrica, que apresenta a quantidade de
energia potencial eletrostática que está armazenada no condutor. Lembrando que em função de , C =
Q/V V = Q/V, o gráfico se torna retilíneo.

24
https://www.colegioweb.com.br/condutor-em-equilibrio-eletrostatico/energia-eletrostatica-de-um-condutor.html

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Vejamos:

A área do gráfico que está pintada de amarelo, representa numericamente a energia armazenada.
Vejamos:

Lembrando que a unidade de medida no SI da energia eletrostática é joule (j).

Capacitor Plano25

Um capacitor plano é formado por duas placas de metal paralelas e entre elas é colocado um isolante
denominado dielétrico. A capacitância depende do tamanho das placas, da distância de separação entre
elas e da natureza do dielétrico. As fórmulas seguintes permitem calcular a capacitância em função
desses dados.

Fórmula 1

Onde:
C é a capacitância em picofarads (PF)
e é a constante dielétrica (ver almanaque)
S é a área da superfície ativa da menor placa (se forem diferentes) em centímetros quadrados
N é o número de placas
D é a distância entre as placas em centímetros

Fórmulas derivadas
Fórmula 2

25
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/matematica-para-eletronica/1976-m098.html

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Fórmula 3

Associação Capacitores26

Em Paralelo
Vamos analisar neste artigo as associações de capacitores em série e em paralelo.
Quando os capacitores são associados em paralelo, somamos suas capacitâncias, da mesma forma
que fazemos com resistores associados em série. Deste modo:

Ctot = C1 + C2 + … + Cn

Podemos pensar num arranjo de capacitores em paralelo como se fossem um único capacitor com
capacitância maior. Porém, a maior tensão que pode ser aplicada a um arranjo de capacitores em paralelo
com segurança é limitada pela tensão do capacitor com menos valor de tensão suportada.
Veja um exemplo a seguir de capacitores associados em paralelo:

Neste exemplo temos que Ctot = C0 + C1 + C2 = 10μF +10μF + 22μF = 42μF.

Em Série
Quando conectamos dois ou mais capacitores em série, a capacitância total obtida será sempre menor
do que o valor do menor capacitor do conjunto. Usamos uma fórmula para calcular a capacitância
equivalente em série que é similar à fórmula da resistência em paralelo:

Geralmente conectamos capacitores em série em um circuito para que o conjunto possa suportar uma
tensão elétrica maior do que as tensões individuais nos capacitores, pois a tensão elétrica será diferente
em cada capacitor. Veja um exemplo de associação em série de capacitores:

26
http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/associacoes-em-serie-e-em-paralelo-de-capacitores/

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Neste exemplo temos que 1/Ctot = 1/C0 + 1/C1 + 1/C2, ou seja:
1/Ctot = 1/10 + 1/10 + 1/22 = 4,07μF.

Já as tensões em cada capacitor podem ser calculadas individualmente com a fórmula (Ctot / Cn) *
Vin. Por exemplo, a tensão sobre os terminais de C1 será de (4,07 / 10) * 12 = 4,884V. Lembre-se de que
a tensão em um dado capacitor não deve nunca exceder seu valor nominal de tensão, pois isso acarretará
a destruição do componente.

Questões

01. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)

Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e a 3 estão, respectivamente:


(A) carregada negativamente, neutra e carregada positivamente
(B) neutra, carregada positivamente e carregada negativamente
(C) carregada positivamente, neutra e carregada negativamente
(D) carregada positivamente, carregada negativamente
(E) neutra

02. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.

Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5

03. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M

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(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula

04. (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente em nosso cotidiano. Um exemplo disso é o
fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos
corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir:
I. Se um corpo está eletrizado, então o número de cargas elétricas negativas e positivas não é o
mesmo.
II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado.
III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas.
IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas
opostas, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas.
V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados com quantidades diferentes de
cargas.
Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
(E) Apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras

05. (ESPM-SP) No centro do quadrado abaixo, no vácuo, está fixa uma carga elétrica +q. Nos vértices
do quadrado temos, também fixas, as cargas +Q,-Q, -Q e +Q. Para qual das direções aponta a força
elétrica resultante na carga central?

(A) A
(B) B
(C) C
(D) D
(E) E

06. (Ceetps-SP) Uma partícula de massa 1,0 .10-5 kg e carga elétrica 2,0 mC fica em equilíbrio quando
colocada em certa região de um campo elétrico. Adotando-se g= 10 m/s2, o campo elétrico naquela região
tem intensidade, em V/m, de:
(A) 500
(B) 0,050
(C) 20
(D) 50
(E) 200

07. (Esam-RN) Uma carga positiva é lançada na mesma direção e no mesmo sentido das linhas de
forças de um campo elétrico uniforme E. Estando sob ação exclusiva da força elétrica, o movimento
descrito pela carga, na região do campo, é:
(A) retilíneo e uniforme
(B) retilíneo uniformemente retardado
(C) retilíneo uniformemente acelerado
(D) circular e uniforme
(E) helicoidal uniforme

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08. (Unifor-CE) A figura abaixo representa uma partícula de carga q = 2.10-8 C, imersa, em repouso,
num campo elétrico uniforme de intensidade E= 3.10-2 N/C.

O peso da partícula, em newtons, é de:


(A) 1,5.10-10
(B) 2 . 10-10
(C) 6.10-10
(D) 12 10-10
(E) 15 10-10

Respostas

01. Resposta: C.
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.

02. Resposta: A.

03. Resposta: B.
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M

04. Resposta: B.
I. Verdadeira
Corpo eletrizado positivamente: n elétrons n prótons
Corpo eletrizado negativamente: n elétrons  n prótons
II. Falsa, pois todos os corpos possuem cargas elétricas.
III. Falsa, pois n prótons= n elétrons
IV. Verdadeira, pois ficam eletrizados com cargas de mesmo módulo mas de sinais contrários.
V. Verdadeira.

05. Resposta: C.
Representando os vetores que atuam na carga q, temos:

06. Resposta: D.
Dados: m=1.10-5kg; q= 2 µC = 2 .10-6 C; g= 10 m/s2
F=P → q . E- m. g
2. 10-6 E =1 .10-5 .10
E =50 V/m
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07. Resposta: C.
Se a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico E. Logo, o movimento
será retilíneo e uniformemente acelerado.

08. Resposta: C.
P= F → P= q E
P=2. 10-8 . 3 .10-2
P=6 .10-10 N

ELETRODINÂMICA

A eletrodinâmica é a parte da física que estuda o constantes movimento das cargas elétricas, ou seja,
estuda o aspecto dinâmico da eletricidade. Para melhor compreendermos esse conteúdo é importante
saber os conceitos de cada possível componente que possa aparecer.

Corrente Elétrica

A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (ddp / tensão). E ela é explicada
pelo conceito de campo elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, negativa, então
há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre as duas os elétrons livres
tendem a se deslocar no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negativas, lembrando
que sinais opostos são atraídos.
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é
chamado sentido real da corrente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo
sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus efeitos (com exceção para o fenômeno
chamado Efeito Hall), e este é chamado o sentido convencional da corrente.
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) na secção transversal de um condutor se considera
o módulo da carga que passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja:

Considerando |Q|=n e

Resistência Elétrica

Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de
intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais,
ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra.
Desta forma:

A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como a
natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor
de ôhmico, tendo seu valor dado por:

Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para condutores ôhmicos a intensidade da
corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.

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A resistência elétrica também pode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que haja
passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI a unidade
adotada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm

Gerador

Gerador é um dispositivo com função de transformar ou transferir energia. Transforma qualquer tipo
de energia em energia elétrica.
Exemplos:
Usina hidrelétrica transforma energia mecânica de uma queda de água em energia elétrica através de
um gerador, que é um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica e que possui um
eixo que é movido por uma turbina.
Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracterizados por seu princípio de
funcionamento, alguns deles são:

Geradores luminosos
São sistemas de geração de energia construídos de modo a transformar energia luminosa em energia
elétrica, como por exemplo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte a energia
luminosa do sol em energia elétrica.

Geradores mecânicos
São os geradores mais comuns e com maior capacidade de criação de energia. Transformam energia
mecânica em energia elétrica, principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores
encontrados em usinas hidroelétricas, termoelétricas e termonucleares.

Geradores químicos
São construídos de forma capaz de converter energia potencial química em energia elétrica (contínua
apenas). Este tipo de gerador é muito encontrado como baterias e pilhas.

Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por exemplo, a tensão e a corrente se
comportam da mesma forma como nas associações de resistores, ou seja:
- Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
- Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.
Sobre os geradores é importante saber que:
O gerador não cria energia elétrica, ele apenas transforma qualquer tipo de energia em energia elétrica
e as fornece às cargas elétricas que o atravessam. Mas, durante a passagem das cargas elétricas pelo
interior do gerador, ocorrem perdas energéticas.

Assim, esquematicamente tem-se:

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Onde Pt representa a potência total gerada (recebida de forma não elétrica), Pd a potência dissipada
ou perdida no interior do gerador e Pu a potência fornecida pelo gerador ao meio exterior (potência útil).
Como a energia não se perde nem se cria, apenas se transforma, pelo princípio da conservação da
energia tem-se Pt = Pu + Pd onde, Pt = E.i Pd = r.i2 Pu = U.i Pt =Pu + Pd
E.i = U.i + r.i2 cancelando i U = E – r.i (equação do gerador)

A equação característica de um gerador:

U = E – r.i

Onde:
U = tensão elétrica
E = força eletromotriz
r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica do gerador
Quando ligado a qualquer circuito, devido a sua diferença de potencial existente entre os dois pólos, o
gerador então irá ceder energia potencial elétrica para as cargas livres dos elementos do circuito, feito
isso as cargas irão percorrer todos os elementos do circuito criando assim um fluxo de cargas elétricas
que se denomina corrente elétrica.

Força eletromotriz
Chama-se força eletromotriz de um gerador ao quociente da energia que o gerador fornece ao circuito
durante certo tempo pela carga elétrica que atravessa uma secção transversal do circuito durante o
mesmo tempo.
Em geral se representa a força eletromotriz pela letra E (ou e), ou pelas iniciais f.e.m.. Sendo W a
energia que o gerador fornece ao circuito durante o tempo t, e Q a carga elétrica que passa por qualquer
secção transversal durante o mesmo tempo, temos, por definição:
Denomina-se força eletromotriz E (Ɛ) de um gerador ao quociente entre o trabalho (W) realizado no
transporte de uma carga q, contra a força do campo elétrico, e o valor absoluto dessa carga.

Do ponto de vista matemático, o gerador elétrico possui algumas características:

1 – A potência fornecida pelo gerador ao circuito elétrico:

P = U.i

Onde: P = potência fornecida


U = diferença de potencial entre os polos do gerador
i = corrente elétrica

2 – A potência elétrica dissipada pelo gerador:

Pd = r.i.i

Onde: Pd = potência dissipada pelo gerador


r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica

3 – Potência total fornecida pelo gerador:

Pg = E.i

Onde: Pg = potência total gerada


E = força eletromotriz
i = corrente elétrica

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4 – O rendimento do gerador:

N = P/Pg

Onde: N = rendimento, dado em porcentagem


P = potência fornecida
Pg = potência total gerada

Fazendo as substituições de equações, chega-se que o rendimento de um gerador elétrico é dado por:
N = U/E
Onde: U = tensão elétrica
E = força eletromotriz

Polo do gerador
Chamamos polos do gerador aos pontos por onde o gerador é ligado ao circuito externo.
Convencionamos chamar polo positivo ao polo por onde a corrente sai do gerador; negativo ao polo por
onde a corrente entra no gerador.
Esses nomes, polo positivo e polo negativo já eram usados em Eletricidade antes de se descobrir que
nos metais a corrente é constituída por elétrons em movimento. Naquela época os físicos admitiam que
a corrente elétrica fosse constituída de partículas positivas que se deslocassem do polo positivo para o
negativo do gerador. Atualmente sabemos que nos metais acontece exatamente o contrário: a corrente é
formada por elétrons, que são partículas com carga negativa e que se deslocam do polo negativo para o
positivo.
Mas apesar de sabermos que esse é o sentido verdadeiro da corrente, ainda hoje adotamos como
convenção que a corrente seja constituída por partículas positivas que se desloquem do polo positivo
para o negativo. Pois, para efeito de raciocínio é indiferente considerar-se uma carga positiva deslocando-
se num sentido ou uma negativa deslocando-se em sentido oposto.

Vale lembrar que: Se ligado a apenas um fio de resistência interna muito pequena, a tensão elétrica
existente tenderá para o valor nulo, logo criará no condutor uma corrente que seria a corrente máxima
que o gerador pode fornecer, essa corrente máxima é denominada como corrente de curto circuito e é
representada por icc.
É por isso que você não deve ligar geradores em apenas condutores de resistência baixas. Isso é
muito perigoso e pode danificar seu gerador e principalmente causar danos a sua saúde!

Corrente contínua e alternada

Corrente Contínua
A corrente contínua (CC ou DC, em inglês) é aquela que possui os dois polos, um positivo e outro
negativo. Como possui polos definidos, o sentido dos elétrons se torna definido também, ou seja, partindo
do polo positivo para o negativo por convenção, já que na realidade ocorre o contrário. Podemos encontrá-
la principalmente em pilhas e baterias, geralmente em tensões baixas. Ela não é usada em transmissões
de alta tensão e de grande distância porque como possui um sentido único, exigiria muita força pra
"empurrar" os elétrons. Isso ocasionaria grandes perdas de energia. Quando ela se alterna, fica mais
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 163
"leve" pra "empurrar". Observe no desenho abaixo como ela se comporta, e note que, nesse caso, não
há a grandeza da frequência.

Representação gráfica da corrente contínua

Corrente Alternada
A corrente alternada (CA ou AC, em inglês) é aquela que é gerada nas usinas e percorre grandes
distâncias até chegar nas tomadas de nossas casas. A característica dela é que não tem uma polarização,
ou seja, não possui um polo positivo e outro negativo definidos como ocorre na corrente contínua. Por
isso, seu sentido alterna, e seus polos são chamados de fases, porque cada um deles assume as duas
condições (ocorre quando a tensão for 220V, pois há a presença de 2 fases). Ela é usada na transmissão
em longa distância porque não ocorrem perdas de energia. No artigo anterior citado, nós vimos que a
tensão elétrica é a responsável por "empurrar" a corrente elétrica.
Na corrente alternada, podemos usar uma alta tensão para transmitir com velocidade a corrente
elétrica sem perder grande energia, por isso ela é usada pra essa finalidade. Observe no desenho abaixo
como se comporta uma fase em corrente alternada. Note a alternância da característica positiva e
negativa.

Representação gráfica da corrente alternada

Resistores

São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica
em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os filamentos que são aquecidos em uma estufa,
entre outros.
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência encontrada proveniente de
resistores, ou seja, são consideradas as ligações entre eles como condutores ideais (que não apresentam
resistência), e utilizam-se as representações:

Associação de Resistores
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de
resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus
possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.

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Associação em Série
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a
extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência
deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível
concluir que a resistência total é:

Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:

Tensão (ddp) (U) Se divide


Intensidade da corrente (i) Se conserva
Resistência total (R) Soma algébrica das resistência em cada resistor.

Características da associação série


1- Todos os resistores são ligados um em seguida ao outro.
2- A intensidade total da corrente elétrica i é a mesma em todos os resistores:
i = i1 = i2 = i3
3- A tensão total (U), na associação, é igual à soma das tensões em cada resistor.
U = U1 + U2 + U3
4- A resistência equivalente (Req) é igual à soma das resistências parciais.
Req = R1 + R2 + R3
De fato, se U = U1 + U2 + U3, em que U = Req . i
Assim:
U = U1 + U2 + U3
Req . i = R1 . i + R2 . i + R3 . i
como i = i1 = i2 = i3, então:
Req = R1 + R2 + R3

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Exemplo:
Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir.

Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.
Resolução
a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W

b) A corrente elétrica total que percorre os resistores é dada por:


U = Req . i
20 = 5 . i
i=4A
c) No resistor R1 tem-se:
U1 = R1 . i1
U1 = 2 . 4
U1 = 8 V

No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V

Associação em Paralelo
A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que,
todos possuem uma extremidade ligada em A e a outra extremidade ligada em B.

Características da associação série


1- Os resistores são associados pelos seus terminais.

2- A tensão total U de toda a associação (entre A e B) é a mesma para todos os resistores:

U = U1 = U2 = U3
3- A corrente total i é a soma das correntes parciais:

i = i1 + i2 + i3
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4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.

De fato, se i = i1 + i2 + i3, em que i = U/R

Exemplo:

Qual a resistência equivalente da associação a seguir?

1º. Processo:

2º. Processo
R1 com R2

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Efeito Joule

Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação
de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule.
Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as partículas do
condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética (energia de
movimento) do elétron é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação,
consequentemente sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor).

O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:

Q= i2.R.t
Onde:
i= intensidade da corrente
R= resistência do condutor
t= tempo pelo qual a corrente percorre o condutor

Esta relação é válida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de tempo
de ocorrência.

Exemplos de onde acontece o Efeito Joule


A descoberta da relação entre eletricidade e calor trouxe ao homem vários benefícios. Muitos
aparelhos que utilizamos no nosso dia-a-dia têm seus funcionamentos baseados no Efeito Joule, alguns
exemplos são:

Lâmpada: um filamento de tungstênio no interior da lâmpada é aquecido com a passagem da corrente


elétrica tornando-se incandescente, emitindo luz.

Chuveiro: um resistor aquece por Efeito Joule a água que o envolve.


São vários os aparelhos que possuem resistores e trabalham por Efeito Joule, como por exemplo, o
secador de cabelo, o ferro elétrico e a torradeira.
Outra aplicação que utiliza esta teoria é a proteção de circuitos elétricos por fusíveis. Os fusíveis são
dispositivos que têm como objetivo proteger circuitos elétricos de possíveis incêndios, explosões e outros
acidentes. O fusível é percorrido pela corrente elétrica do circuito. Caso esta corrente tenha uma
intensidade muito alta, a ponto de danificar o circuito, o calor gerado por ela derrete o filamento do fusível
interrompendo o fornecimento de energia, protegendo o circuito.

Potencia Elétrica
A potência é uma grandeza física que mede a energia que está sendo transformada na unidade de
tempo, ou seja, mede o trabalho realizado por uma determinada máquina na unidade de tempo. Assim,
temos:

A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, admitimos que a
energia transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo condutor. Ou
seja:

Mas, sabemos que:

Portanto;

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Logo,

Mas sabemos que , então podemos escrever que:

Em muitos exercícios deve calcular a potência elétrica dissipada em resistores, para resolver estes
exercícios deve-se utilizar a primeira lei de Ohm.

U= R. i

Aplicando a equação de potência elétrica e a equação da primeira lei de Ohm, temos duas equações
para a potência elétrica dissipada em um resistor.
Primeira equação: P = U . i sendo i = U / R

Temos,
P = U2 / R

Segunda equação: P = U . i sendo U = R.i


P = i2. R

Exemplo: Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na
rede elétrica é de 220V?

Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a potência
elétrica com a resistência.

Então se utilizando do exemplo anterior, qual a resistência do filamento interno da lâmpada?

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Consumo de energia elétrica
Saber calcular o consumo dos aparelhos pode ajudar a reduzir o valor da conta de energia e, ainda,
evitar o desgaste de eletrodomésticos. Além disso, cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar,
como por exemplo, o computador de onde você lê esse texto, consome uma quantidade de energia
elétrica. Confira abaixo alguns dos equipamentos que mais gastam energia nas residências e a maneira
para acompanhar e calcular esse consumo.

Chuveiro Elétrico
A potência do chuveiro varia de acordo com a posição da chave. Pode variar de 4.500 a 6.000 watts
no modo Inverno (quente) ou de 2.100 a 3.500 watts no modo Verão (morno). O consumo por hora (60
minutos) de uso é de 4,50 a 6,0 kWh (quilowatts-hora) na posição Inverno e de 2,10 a 3,50 kWh no Verão.
Para calcular o consumo do seu chuveiro, basta utilizar a regra abaixo:
Consumo = (potência em watt/1000) x (tempo) número de horas = total em KWh

Assim, se a potência for de 5.500 W e a utilização por determinado período for de 2 horas, o consumo
total expresso em kWh será de = 5.500w/1000 X 2 = 11 kWh.

Computador
Confira abaixo os equipamentos que integram um computador e a respectiva potência de cada um
deles:
Micro (CPU - Unidade Central) - 40 a 60 W
Monitor - 80 a 90 W
Impressora - 70 a 80 W
Scanner - 50 W CPU + vídeo (s/ impressora) - 120 a 150 W
Consumo CPU + Vídeo + Impressora = 0,19 a 0,23 kWh.
Consumo CPU/vídeo (hora) = 0,12 a 0,15 kWh
O computador ligado sem utilização consome 0,12 kWh por hora (com o vídeo ligado).
Desligar o vídeo economiza 0,08 KWh por hora de uso.

Exemplo:
Para calcular o consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:

Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).
Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade consideremos sua
potência em kW e o tempo de uso em horas, então teremos:

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O mais interessante em adotar esta unidade é que, se soubermos o preço cobrado por kWh, podemos
calcular quanto será gasta em dinheiro por este consumo.

Por exemplo:
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh,
então o consumo do chuveiro elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será:

Se considerarmos o caso da família de 4 pessoas que utiliza o chuveiro diariamente durante 15


minutos, o custo mensal da energia gasta por ele será:

Segunda lei de Ohm

Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um condutor, conforme cita
seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é proporcional ao seu
comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área de sua
secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
Sendo expressa por:

Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a resistividade
é .
Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor condutor for o material, menor será sua
resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material aumenta com o aumento da
temperatura.

Exemplo:
Calcule a resistividade de um condutor com ddp 100 V, intensidade de 10 A, comprimento 80 m e área
de secção de 0,5 mm2.
Os dados do exercício:
L=80m A=0,5mm2 U=100V I=10A
A = 0,5 . (10⁻³ m)²
A = 0,5 . 10⁻⁶ m²
A = 5 . 10⁻⁷ m²

Primeiramente devemos calcular a resistência do fio utilizando a fórmula da Primeira Lei de Ohm:
R=U/I
R=100/10
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R=10 Ω
Por conseguinte, através da Segunda Lei de Ohm podemos obter a resistividade do condutor:
R=ρL/A
10=ρ.80./(5 . 10⁻⁷)
ρ= (5 . 10⁻⁷) . 10 / 80

ρ= 6,25 . 10⁻8 Ω.m

Logo, a resistividade do condutor é de 6,25 . 10⁻8 Ωm.

Fontes de Energia Elétrica: Pilhas, Baterias, Geradores

No dia-a-dia usamos os termos pilha e bateria indistintamente.


Pilha é um dispositivo constituído unicamente de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira
a produzir energia elétrica.
Bateria é um conjunto de pilhas agrupadas em série ou paralelo, dependendo da exigência por maior
potencial ou corrente
Pilhas e baterias são geradores elétricos que compõem a classe de geradores químicos, porque são
capazes de transformar energia química em energia elétrica.
Além disso, também são dispositivos capazes de manter uma diferença de potencial entre os pontos
em que estão ligados (polos positivo e negativo).
A função básica desses dispositivos é aumentar a energia potencial das cargas que os atravessam, e
são chamadas fontes de força eletromotrizes.
Nas pilhas e baterias, estão ocorrendo transformações químicas que produzem energia elétrica, em
quantidade muito inferior à produzida nas usinas de geração de eletricidade.
As baterias e pilhas estão em todos os lugares, carros, computadores, controle remoto, MP3 players,
telefones celulares e etc . Uma bateria é essencialmente uma lata cheia de químicos que produz elétrons.
As reações químicas que produzem elétrons são chamadas de reações eletroquímicas.
Se você examinar qualquer pilha ou bateria, notará que ela tem 2 terminais. Um terminal está marcado
(+), ou positivo, enquanto o outro terminal está marcado (-), ou negativo. Em uma bateria tipo AA, C ou D
(baterias normais de lanternas), as pontas das baterias são os terminais. Em uma bateria grande de carro,
existem 2 terminais de chumbo.
Elétrons se agrupam no terminal negativo da bateria. Se você conectar um fio entre os terminais
positivo e negativo, os elétrons fluirão do terminal negativo para o terminal positivo o mais rápido que eles
puderem. Normalmente, você conecta algum tipo de carga para a bateria usando um fio. Esta carga pode
ser algo como uma lâmpada, um motor ou um circuito eletrônico, como um rádio.

A medida em que a pilha vai sendo utilizada, as quantidades das substâncias que reagem vão
diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo, então o desgaste da pilha.
As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto, mais energia.
Gerador elétrico é um equipamento que transforma em energia elétrica outras formas de energia.
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
Polo negativo corresponde ao terminal de menor potencial elétrico.
Polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial elétrico.
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece energia potencial elétrica para as cargas,
que entram em movimento, saindo do polo negativo para o polo positivo.

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A potência elétrica total gerada (Pg) por um gerador é diretamente proporcional à intensidade de
corrente elétrica. Ou seja:
Pg = fem . i
Onde:
fem é a constante de proporcionalidade, chamada de força eletromotriz.
i é a intensidade de corrente elétrica entre os terminais do gerador.

Rendimento elétrico de um gerador

Potência elétrica lançada: É a potência elétrica fornecida pelo gerador ao circuito externo.

Pl= U.i

onde U é a diferença de potencial ou tensão, entre os terminais do gerador.


A potência elétrica dissipada internamente é dada por:
Pd=r.i2

Onde: r é a resistência interna do gerador.


i é a intensidade de corrente elétrica.
O rendimento (η) do gerador é a razão entre a potência lançada e a potência total gerada, ou seja:

𝑷 𝑼.𝒊 𝑼 𝑼
ᶯ= 𝒍 = = → ᶯ=
𝑷𝒈 𝑬.𝒊 𝑬 𝑬
Equação característica e o símbolo do gerador elétrico
Quando o ligamos a um circuito, teremos a diferença de potencial U menor que a força eletromotriz E.
Isto acontece porque o gerador apresenta uma resistência elétrica que é definida como resistência interna
r.
U= E –ri

A diferença de potencial lançada no circuito será a diferença entre a força eletromotriz E pela diferença
de potencial que foi aplicada na resistência interna no gerador.

Um gerador elétrico é ideal quando sua resistência interna é nula (r = 0).


A tensão elétrica ou a ddp entre os polos de um gerador ideal é indicada por E e recebe o nome de
força eletromotriz (fem).
Abaixo está a representação de um gerador ideal. Note que a corrente elétrica convencional atravessa
o gerador no sentido do polo negativo para o polo positivo (Para lembrar: entra pelo – e sai pelo +).

Um gerador real, isto é, um gerador cuja resistência interna não é nula (r ≠ 0) é representado conforme
o esquema abaixo.

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A tensão U entre os polos de um gerador real é igual à tensão que teríamos se ele fosse ideal (E)
menos a tensão na resistência interna (ri).

Curva característica de um gerador


De U = E – r.i, com E e r constantes concluímos que o gráfico U x i é uma reta inclinada decrescente
em relação aos eixos U e i. O ponto A do gráfico tem coordenadas i = 0 e U = E e o ponto B tem
coordenadas U = 0 e i = icc = E/r.

Leis de Kirchhoff27

As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo
circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para estuda-las vamos
definir o que são Nós e Malhas:

Nó: é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados.


Malha: é qualquer caminho condutor fechado.

Analisando a figura 1, vemos que os pontos a e d são nós, mas b, c, e e f não são. Identificamos neste
circuito 3 malhas definidas pelos pontos: afed, adcb e badc.

27
https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 174


Primeira lei de Kirchhoff (lei dos nós).

Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas apontam para fora do nó) é igual
a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total
existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós.

Segunda lei de Kirchhoff (lei das malhas).

A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual à soma algébrica das
quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.

Aplicando as leis de Kirchhoff.

Exemplo 1: A figura 1 mostra um circuito cujos elementos têm os seguintes valores:

E1=2,1 V; E2=6,3 V; R1=1,7 Ώ; R2=3,5 Ώ. Ache as correntes nos três ramos do circuito.

Circuito com várias malhas e nós.

Solução: Os sentidos das correntes são escolhidos arbitrariamente. Aplicando a 1ª lei de Kirchhoff (Lei
dos Nós) temos:

i1 + i2 = i3

Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas): partindo do ponto a percorrendo a malha abcd no
sentido anti-horário. Encontramos:

Ou

Se percorrermos a malha adef no sentido horário temos:

Ou

Ficamos então com um sistema de 3 equações e 3 incógnitas, que podemos resolver facilmente:

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Resolvendo o sistema temos que:

i1 = 0,82A
i2 = -0,4A
i3 = 0,42A

Os sinais das correntes mostra que escolhemos corretamente os sentidos de i1 e i3, contudo o sentido
de i2 está invertido, ela deveria apontar para cima no ramo central da figura 1.

Exemplo 2: Qual a diferença de potencial entre os pontos a e d da figura 1?


Solução: Pela Lei da Malhas temos:

Observe que se não alterarmos o sentido da corrente i2, teremos que utilizar o sinal negativo quando
for feito algum cálculo com essa corrente.

Questões:

01. Um condutor metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante de intensidade
32 mA. Determine:
a) a carga elétrica que atravessa uma seção reta do condutor por segundo;
b) o número de elétrons que atravessa uma seção reta do condutor por segundo.
Dado: carga elétrica elementar e = 1,6.10-19 C.

02. Em um chuveiro com a chave ligada na posição inverno passa por segundo na secção transversal
da resistência, por onde circula a água, 12,5 10-19. elétrons. Determine a intensidade da corrente elétrica
na resistência sabendo que o valor absoluto da carga do elétron é 1,6.10-19 C.

03. (UFSM-RS) Analise as afirmações a seguir, referentes a um circuito contendo três resistores de
resistências diferentes, associados em paralelo e submetidos a uma certa diferença de potencial,
verificando se são verdadeiras ou falsas.
1. A resistência do resistor equivalente é menor do que a menor das resistências dos resistores do
conjunto;
2. A corrente elétrica é menor no resistor de maior resistência;
3. A potência elétrica dissipada é maior no resistor de maior resistência.
A sequência correta é:
(A) F, V, F
(B) V, F, F
(C) V, V, V
(D) V, V, F
(E) F, F, V

04.Sobre um resistor de 100 Ω passa uma corrente de 3 A. Se a energia consumida por este resistor
foi de 2Kwh, determine aproximadamente quanto tempo ele permaneceu ligado à rede.
(A) 15h
(B) 1,5h
(C) 2h
(D) 3 h
(E) 6h

05. (PUC- MG) Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0 V em um resistor de 3,0Ώ, podemos
dizer que a corrente elétrica fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente, são:

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(A) 1,0 A e 9,0 W
(B) 2,0 A e 18,0 W
(C) 3,0 A e 27,0 W
(D) 4,0 A e 36,0 W
(E) 5,0 A e 45,0 W

06 (Fatec-SP) Por um resistor faz-se passar uma corrente elétrica i e mede-se a diferença de potencial U.
Sua representação gráfica está esquematizada abaixo. A resistência elétrica, em ohms, do resistor é:

(A) 0,8
(B) 1,25
(C) 800
(D) 1250
(E) 80

07. (MACKENZIE) A capacitância de um capacitor aumenta quando um dielétrico é inserido


preenchendo todo o espaço entre suas armaduras. Tal fato ocorre porque:
(A) cargas extras são armazenadas no dielétrico;
(B) átomos do dielétrico absorvem elétrons da placa negativa para completar suas camadas eletrônicas
externas;
(C) as cargas agora podem passar da placa positiva à negativa do capacitor;
(D) a polarização do dielétrico reduz a intensidade do campo elétrico no interior do capacitor;
(E) o dielétrico aumenta a intensidade do campo elétrico.

08. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 5µF e C2 = 7µF estão associados em série e
ligados a uma fonte que fornece uma ddp constante de 6 V. Determinar:
(A) a capacidade eletrostática do capacitor equivalente;
(B) a carga elétrica de cada capacitor;
(C) a ddp nas armaduras de cada capacitor.

09. (Uneb-BA) Um resistor ôhmico, quando submetido a uma ddp de 40 V, é atravessado por uma
corrente elétrica de intensidade 20 A. Quando a corrente que o atravessa for igual a 4 A, a ddp, em volts,
nos seus terminais, será:
(A) 8
(B) 12
(C) 16
(D) 20
(E) 30

10. Um fio cilíndrico de comprimento L e raio de seção reta r apresenta resistência R. Um outro fio,
cuja resistividade é o dobro da primeira, o comprimento é o triplo, e o raio r/3, terá resistência igual a:
(A) R/54
(B) 2 R
(C) 6 R
(D) 18 R
(E) 54 R

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Respostas

01. Resposta:

02. Resposta:

03. Resposta: D.
As afirmações 1 e 2 estão corretas. Já a alternativa 3 é incorreta porque a potência elétrica é maior
para o resistor de menor resistência. Isso se deve ao fato de a corrente elétrica ser maior nesse resistor.
Como a potência dissipada é proporcional ao quadrado da corrente, haverá maior dissipação de energia
para a menor resistência.

04. Resposta: C.
Da equação da energia consumida temos que E = P x Δt
Potência pode ser definida como P = R.i2
Portanto: E = R.i2 . Δt
2000 w.h = 100 . 32 . Δt
2000 w.h = 900 w . Δt
Δt = 2,2h

05. Resposta: C.
A potência elétrica em função da tensão elétrica é dada por:

Substituindo os valores, temos:

E em função da corrente elétrica é P = V . i

06. Resposta: C

07. Resposta: D.

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08. Resposta:
a) Cálculo da capacidade equivalente:

Cs = C1 . C2 / C1 + C2

Cs = 5µF . 7µF / 5µF + 7µF

Cs = 35 / 12

Cs = 2,9 µF

b) A carga do capacitor equivalente é igual a carga de cada capacitor: Q1 = Q2 = Q

Q = Cs . U

Q = 2,9 µF . 6 V

Q = 17,4 µC

c) Como U = Q / C, temos:

U1 = Q / C1 = 17,4 µC / 5 µF = 3,5 V

U2 = Q / C2 = 17,4 µC / 7 µF = 2,5 V

09. Resposta: A.
Inicialmente, encontra-se o valor da resistência:
R=U
i
R = 40
20
R = 2Ω
U=R.i
U=2.4
U=8V

10. Resposta: E.
Retirando os dados fornecidos no texto, tem-se:
Resistor 1
L1 = L
r1 = r
r1 = r
R1 = R

Resistor 2
L2 = 3L
r2 = r/3
r2 = 2r
R2 = R

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Fazendo a razão entre as duas resistências, tem-se:

Ímãs e Magnetos

Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta e pode ser
natural ou artificial.
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a magnetita, e
um ímã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente
ou instantaneamente características de um ímã natural.
Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou eletroímãs.
Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades magnéticas mesmo após
cessar o processo de imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos.
Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra sob ação de outro
campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula corrente elétrica e um núcleo,
normalmente de ferro. Suas características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar
a passagem de corrente cessa também a existência do campo magnético.

Propriedades dos ímãs

Polos magnéticos: São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto
por dois polos magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando
estas não existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados
dipolos magnéticos.
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo centro de massa e ele se
alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta
forma, o polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o
polo sul geográfico.
Ao pegarmos dois ímãs e ao aproximarmos eles uns dos outros, eles podem atrair-se ou repelir-se. O
fenômeno do atração ocorre quando aproximamos dois ímãs e eles se unem devido a eles possuem polos
de nomes diferentes, ou seja, os polos magnéticos de nomes diferentes se atraem, sendo que estes
"nomes" são os polos norte ou sul. Já o fenômeno da repulsão acontece quando aproximamos dois ímãs
com polos magnéticos de nomes iguais, ou seja polos magnéticos de mesmo nome se repelem.

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(GUALTER; NEWTON; HELOU, Física, Vol.3, 1ªEd. São Paulo, Ed. Saraiva, 2010.)

Campo Magnético

Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto. James Maxwell criou a teoria do
eletromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração dos ímãs e também das correntes
elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o magnetismo.

As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.

Correntes Gerando Campos Magnéticos (Fios e Bobinas)


Um simples rolo de fios encontra diversos usos na eletrônica, desde o seus mais antigos
desdobramentos. A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a bobina num
ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas assim, como indutor, ou seja, um dispositivo elétrico
passivo que tem como utilidade armazenar energia em forma de um campo magnético.
Seu funcionamento parte do princípio de que, quando a corrente elétrica passa num enrolamento de
fios, gera-se um campo magnético e, inversamente, quando se interrompe um campo magnético, gera-
se eletricidade em qualquer enrolamento de fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido
ao fato de que o campo magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a este, uma maneira
fácil de amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio como uma bobina
Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em sua composição. Em
fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais
extenso, isso é claro, dependendo da potência que se deseja conseguir. No entanto, para as pequenas
correntes usadas nos casos habituais, o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais
comum para reforçar a potência da bobina é introduzir um peça de ferro macio em seu interior.

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Modelo Microscópico Para Ímas E Propriedades Magnéticas Dos Materiais

Existem dois modelos diferentes para ímãs: os polos magnéticos e correntes atômicas.
Embora para muitos propósitos, é conveniente pensar em um ímã como tendo norte distinta e polos
magnéticos sul, o conceito de polos não deve ser tomado literalmente: é

O campo de um ímã de barra cilíndrica calculado com modelo de Ampère.

Apenas uma maneira de se referir às duas extremidades diferentes de um ímã. O imã não tem norte
ou sul partículas distintas em lados opostos. Se um ímã de barra é dividido em duas partes, em uma
tentativa de separar os polos norte e sul, o resultado será dois ímãs de barra, cada um dos quais tem
tanto um polo norte e sul. No entanto, uma versão da abordagem magnético polos é usado por
magneticians profissionais para projetar ímãs permanentes.
Nesta abordagem, a divergência da magnetização ∇ • M dentro de um ímã e da superfície normal
componente M • n são tratados como uma distribuição de monopolos magnéticos. Esta é uma
conveniência matemática e não implica que há realmente monopolos no ímã. Se a distribuição de polos
magnéticos é conhecido, então o modelo de polo dá o campo magnético H . Fora o íman, o campo B é
proporcional à H , enquanto que no interior da magnetização devem ser adicionados a H . Uma extensão
deste método que permite cargas magnéticas internas é usada em teorias de ferromagnetismo.
Outro modelo é o Ampère modelo, onde todos magnetização é devido ao efeito de microscópicos, ou
atómicas, circulares correntes ligadas, também chamados correntes Ampèrian, em todo o material. Para
uma barra magnética cilíndrica uniformemente magnetizado, o efeito líquido de as correntes
microscópicas ligado é fazer com que os ímãs se comportam como se há uma folha macroscópica da
corrente eléctrica que flui ao redor da superfície, com a direção de fluxo local normal ao eixo do cilindro.
Correntes microscópicas em átomos no interior do material são geralmente cancelado por correntes em
átomos vizinhos, por isso, apenas a superfície faz uma contribuição líquida; raspar a camada exterior de
um ímã não destruir o seu campo magnético, mas vai deixar uma nova superfície de correntes não
cancelados a partir das correntes circulares em todo o material. A regra da mão direita indica a direção
que o fluxo de corrente.

Propriedades Magnéticas dos Materiais

Os materiais podem ser classificados, de acordo com as suas propriedades magnéticas, em três tipos:
ferromagnéticos, diamagnéticos e paramagnéticos.
O magnetismo é uma propriedade dos átomos que tem origem em sua estrutura atômica. É resultado
da combinação do momento angular orbital e do momento angular de spin do elétron. A forma como
ocorre a combinação entre esses momentos angulares determina como o material irá se comportar na
presença de outro campo magnético. É de acordo com esse comportamento que as propriedades
magnéticas dos materiais são definidas. Elas podem ser classificadas em três tipos: diamagnéticos,
paramagnéticos e ferromagnéticos.

Diamagnéticos:
São materiais que, se colocados na presença de um campo magnético externo, estabelecem em seus
átomos um campo magnético em sentido contrário ao que foi submetido, mas que desaparece assim que
o campo externo é removido. Em razão desse comportamento, esse tipo de material não é atraído por
imãs. São exemplos: mercúrio, ouro, bismuto, chumbo, prata etc.

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Paramagnéticos:
Pertencem a esse grupo os materiais que possuem elétrons desemparelhados, que, ao serem
submetidos a um campo magnético externo, ficam alinhados no mesmo sentido do campo ao qual foram
submetidos, que desaparece assim que o campo externo é retirado. São objetos fracamente atraídos
pelos imãs, como: alumínio, sódio, magnésio, cálcio etc.

Ferromagnéticos:
Quando esses materiais são submetidos a um campo magnético externo, adquirem campo magnético
no mesmo sentido do campo ao qual foram submetidos, que permanece quando o material é removido.
É como se possuíssem uma memória magnética. Eles são fortemente atraídos pelos imãs, e esse
comportamento é observado em poucas substâncias, entre elas estão: ferro, níquel, cobalto e alguns de
seus compostos.

Superfície Equipotencial

Uma superfície equipotencial constitui uma região do campo elétrico em que todos os seus pontos
apresentam o mesmo potencial.
Chamamos uma superfície de equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial. Uma superfície equipotencial pode apresentar diversas formas
geométricas.
Ao colocarmos uma carga elétrica puntiforme em um ponto qualquer do espaço e longe de outras
cargas elétricas, calculamos o potencial elétrico em um ponto próximo a ela através da seguinte relação:

Onde k é a constante eletrostática, Q é o valor da carga puntiforme e d é a distância que separa as


cargas. Através dessa equação podemos afirmar que todos os pontos próximos da carga elétrica
geradora apresentam o mesmo potencial elétrico. Dessa maneira, também podemos dizer que as
superfícies possuem formas de esferas para cargas puntiformes isoladas do restante das cargas do
universo.
Num campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são paralelas entre si. Isso acontece pelo
fato de serem perpendiculares.

Uma superfície equipotencial é sempre interceptada perpendicularmente (90°) pelas linhas de força de
um campo elétrico. Dessa maneira, conhecendo-se as linhas de força de um campo elétrico, fica mais
fácil representar as superfícies equipotenciais. Já numa região onde o campo elétrico é uniforme, para
serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas.

Blindagem Eletrostática

A blindagem eletrostática ocorre quando o excesso de cargas em um condutor distribui-se


uniformemente em sua superfície e o campo elétrico em seu interior fica nulo. A blindagem eletrostática
foi comprovada, em 1936, por Michael Faraday (1821-1867) através de um experimento que ficou

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conhecido como a gaiola de Faraday. Nesse experimento, esse estudioso entrou dentro de uma gaiola e
sentou-se em uma cadeira feita de material isolante. Em seguida, essa gaiola foi conectada a uma fonte
de eletricidade e submetida a uma descarga elétrica, porém nada aconteceu com ele. Com isso, Faraday
conseguiu provar que um corpo no interior de um condutor fica isolado e não recebe descargas elétricas
em virtude da distribuição de cargas na superfície.
Esse fenômeno é muito utilizado para proteger equipamentos que não podem ser submetidos a
influências elétricas externas, como é o caso de aparelhos eletrônicos. Se esses aparelhos forem
submetidos a um campo elétrico externo, os seus componentes poderão ser danificados. Além disso, é
também graças à blindagem eletrostática que, se um carro ou um avião for atingido por um raio, as
pessoas em seu interior não sofrerão nenhum dano, pois a estrutura metálica faz a blindagem eletrostática
de seu interior.

Devido à facilidade que os metais têm em fazer variar o campo elétrico dos objetos metálicos, estes
podem servir também como obstáculos para a propagação destas ondas. Depende da ordem do
comprimento de onda da radiação incidente, e do tamanho dos espaçamentos livres no objeto metálico,
de modo que a onda pode passar sem interagir. Ao efeito de blindagem da onda eletromagnética, dá-se
o nome de Gaiola de Faraday.

Poder das Pontas28

Relâmpago CéuO poder das pontas é o nome dado ao princípio físico que rege o funcionamento de
alguns objetos do nosso cotidiano, como os para-raios e as antenas. Ele foi utilizado por Benjamin
Franklin, em 1752, em sua famosa experiência da pipa, que deu origem ao para-raios. Ele pode ser feito
com um catavento elétrico ou um torniquete eletrostático.
Segundo esse princípio, o excesso de carga elétrica em um corpo condutor é distribuído por sua
superfície externa e se concentra nas regiões pontiagudas ou de menor raio. É nas pontas que a energia
é descarregada. Isso ocorre porque as extremidades são regiões muito curvas e, como a eletricidade se
acumula mais nessas áreas, um corpo eletrizado dotado de pontas acumula nelas sua energia. A
densidade elétrica de um corpo será sempre maior nas regiões pontudas em comparação com as planas.
Sendo assim, uma ponta sempre será eletrizada mais facilmente do que uma região plana. Isso
também explica o fato de um corpo já eletrizado perder sua carga elétrica, principalmente pelas
terminações, sendo difícil mantê-lo dessa forma. Além disso, essa extremidade eletrizada tem sobre os
outros corpos um poder muito maior do que as áreas que não são pontudas.
É devido a esse princípio que recomenda-se, em dias de tempestade, a não permanência embaixo de
árvores ou em regiões descampadas, porque a árvore e o corpo humano atuam como pontas em relação
à superfície do solo, atraindo os raios. Se estiver em um local sem proteção é recomendado ficar
abaixado, com os braços e pernas bem juntos, em forma de esfera, evitando que seu corpo funcione
como uma ponta.

Questões

01. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0.1013 elétrons . Considerando a carga elementar
e=1,6.10-19 C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda de elétrons?

28
https://bit.ly/2CPHPY0

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02. Um corpo possui 5,0.1019 e 4,0.1019 . Considerando a carga elementar e=1,6.10-19 C, qual a carga
deste corpo?

03. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)

Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e a 3 estão, respectivamente:


(A) carregada negativamente, neutra e carregada positivamente
(B) neutra, carregada positivamente e carregada negativamente
(C) carregada positivamente, neutra e carregada negativamente
(D) carregada positivamente, carregada negativamente
(E) neutra

04. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.

Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5

05. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula

06. (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente em nosso cotidiano. Um exemplo disso é o
fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos
corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir:

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I. Se um corpo está eletrizado, então o número de cargas elétricas negativas e positivas não é o
mesmo.
II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado.
III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas.
IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas
opostas, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas.
V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados com quantidades diferentes de
cargas.
Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
(E) Apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras

07. (ESPM-SP) No centro do quadrado abaixo, no vácuo, está fixa uma carga elétrica +q. Nos vértices
do quadrado temos, também fixas, as cargas +Q,-Q, -Q e +Q. Para qual das direções aponta a força
elétrica resultante na carga central?

(F) A
(G) B
(H) C
(I) D
(J) E

08. (Ceetps-SP) Uma partícula de massa 1,0 .10-5 kg e carga elétrica 2,0 mC fica em equilíbrio quando
colocada em certa região de um campo elétrico. Adotando-se g= 10 m/s2, o campo elétrico naquela região
tem intensidade, em V/m, de:
(A) 500
(B) 0,050
(C) 20
(D) 50
(E) 200

09. (Esam-RN) Uma carga positiva é lançada na mesma direção e no mesmo sentido das linhas de
forças de um campo elétrico uniforme E. Estando sob ação exclusiva da força elétrica, o movimento
descrito pela carga, na região do campo, é:
(A) retilíneo e uniforme
(B) retilíneo uniformemente retardado
(C) retilíneo uniformemente acelerado
(D) circular e uniforme
(E) helicoidal uniforme

10(Unifor-CE) A figura abaixo representa uma partícula de carga q = 2.10-8 C, imersa, em repouso,
num campo elétrico uniforme de intensidade E= 3.10-2 N/C.

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O peso da partícula, em newtons, é de:
(A) 1,5.10-10
(B) 2 . 10-10
(C) 6.10-10
(D) 12 10-10
(E) 15 10-10

11. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONAUTICA) Um imã em formato de


barra, como o da figura I, foi seccionado em duas partes, como mostra a figura II.

Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:

(A)

(B)

(C)

(D)

12. (PUC-RS) Três barra, PQ, RS e TU, são aparentemente idênticas.


Verifica-se experimentalmente que P atrai S e repele T; Q repele U e atrai S. Então, é possível concluir
que:
(A) PQ e TU são ímãs
(B) PQ e RS são imãs
(C) RS e TU são imãs
(D) as três são imãs
(E) somente PQ é imã

13. (ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo.
Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço?

(A) é o imã que atrai o ferro


(B) é o ferro que atrai o ímã
(C) a atração do ferro pelo ímã é mais intensa do que a atração do ímã pelo fero
(D) a atração do ímã pelo ferro é mais intensa do que a atração do ferro pelo ímã
(E) a atração do ferro pelo ímã é igual à atração do ímã pelo ferro

14. (Cesgranrio-RJ) a bússola representada na figura repousa sobre a sua mesa de trabalho. O
retângulo tracejado representa a posição em que você vai colocar um ímã, com os polos respectivos nas
posições indicadas. Em presença do ímã, a agulha da bússola permanecerá como em:

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15. Um elétron num tubo de TV está se movendo a ´ 7.2×106m/s num campo magnético de intensidade
83 mT.
(a)Sem conhecermos a direção do campo, quais são o maior e o menor modulo da força que o elétron
pode sentir devido a este campo?
(b) Num certo ponto a aceleração do elétron ´ e´ 4.9×1014 m/s2. Qual e o ângulo entre a velocidade do
elétron e o campo magnético?

16. Campos magnéticos são frequentemente usados para curvar um feixe de elétrons em
experimentos de física. Que campo magnético uniforme, aplicado perpendicularmente a um feixe de
elétrons que se move a ´ 1.3×106m/s, e necessário para fazer com que os elétrons percorram uma
trajetória circular de raio ´ 0.35 m?

17. (PUC-MG) Uma bússola pode ajudar uma pessoa a se orientar devido à existência, no planeta
Terra, de:
(A) um mineral chamado magnetita
(B) ondas eletromagnéticas
(C) um campo polar
(D) um campo magnético
(E) um anel magnético

18. A figura representa uma bússola situada 2,0 cm acima de um fio condutor retilíneo, L, muito
comprido. A agulha está orientada na direção do campo magnético terrestre local e ambos, agulha e fio,
são paralelos e estão dispostos horizontalmente.

O fio é ligado a uma fonte de tensão contínua e passa a ser percorrido por uma corrente elétrica
contínua de intensidade 3,0 A, no sentido sul-norte da Terra. Em consequência, a agulha da bússola gira
de um ângulo θ em relação à direção inicial representada na figura. Qual a intensidade do campo

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 188


magnético gerado pelo condutor, na altura onde se encontra a bússola e em que sentido ocorre o
deslocamento angular da agulha: horário ou anti-horário? Justifique.
Dado: permeabilidade magnética do ar, μ0 = 4π · 10–7 Tm/A.

19. Na figura abaixo temos a representação de uma espira circular de raio R e percorrida por uma
corrente elétrica de intensidade i. Calcule o valor do campo de indução magnética supondo que o diâmetro
dessa espira seja igual a 6πcm e a corrente elétrica seja igual a 9 A. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A.

(A) B = 6 . 10-5 T
(B) B = 7 . 10-5 T
(C) B = 8 . 10-7 T
(D) B = 4 . 10-5 T
(E) B = 5 . 10-7 T

20. Para a figura abaixo, determine o valor do vetor indução magnética B situado no ponto P e marque
a alternativa correta. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A, para a permeabilidade magnética.

(A) B = 4 . 10-5 T
(B) B = 8 . 10-5 T
(C) B = 4 . 10-7 T
(D) B = 5 . 10-5 T
(E) B = 8 . 10-7 T
Respostas

01. Resposta

02. Resposta
Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do que de elétrons, portanto
o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à diferença entre a quantidade de prótons
e elétrons.
Essa carga é calculada por:

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03. Resposta :C
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.

04.Resposta: A

05 Resposta: B
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M

06 Resposta: B
I. Verdadeira
Corpo eletrizado positivamente: n elétrons n prótons
Corpo eletrizado negativamente: n elétrons  n prótons
II. Falsa, pois todos os corpos possuem cargas elétricas.
III. Falsa, pois n prótons= n elétrons
IV. Verdadeira, pois ficam eletrizados com cargas de mesmo módulo mas de sinais contrários.
V. Verdadeira.

07 Resposta: C
Representando os vetores que atuam na carga q, temos:

08 Resposta: D
Dados: m=1.10-5kg; q= 2 µC = 2 .10-6 C; g= 10 m/s2
F=P → q . E- m. g
2. 10-6 E =1 .10-5 .10
E =50 V/m

09.Resposta:C
Se a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico E. Logo, o movimento
será retilíneo e uniformemente acelerado.

10 .Resposta: C
P= F → P= q E
P=2. 10-8 . 3 .10-2
P=6 .10-10 N

11. Resposta: C.
Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.

12. Resposta: A

13. Resposta: E

14. Resposta: B

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 190


15. Resposta:
(a) As forças máxima e mínima ocorrem para ϕ =90º e ϕ = 0o , respectivamente. Portanto
Fmax = qvB sen 90o
= (1.6 × 10−19)(7.2 × 106)(83 × 10−3)= 9.56 × 10−14 N.
Fmin = qvB sen 0o= 0 N.

(b) Como a = F/me = (qvB sen θ)/me temos que:

16. Resposta:
Sabemos que evB = mv2/r. Portanto r =mv/(eB), donde tiramos que:

17. Resposta: D
É possível uma bússola orientar-se graças à existência do campo magnético terrestre.

18. Resposta:

19. Resposta: B
Podemos determinar o valor do vetor indução magnética através da seguinte relação:

Da figura podemos retirar o raio e a intensidade da corrente elétrica. Assim, temos:


R= 5 cm = 0,05 m = 5 . 10-2 m e i = 20 A

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20. Resposta: A
Podemos determinar o vetor campo indução magnética no interior de uma espira circular através da
seguinte equação:

Retirando as informações fornecidas pelo exercício.


i = 9 A, μ = 4π.10-7 T.m/A e R = 3π . 10-2 m (o diâmetro é duas vezes o raio, portanto, basta dividirmos
o valor do diâmetro por 2). Para passar o valor do raio para metro dividimos por 100.

Campo Magnético Terrestre29

O campo magnético da Terra é como o campo magnético de um gigantesco ímã em forma de barra,
que atravessa desde o Polo Sul até o Polo Norte do planeta. Mas é importante lembrar que os Polos
Magnéticos da Terra tem uma inclinação de 11,5° em relação aos Polos Geográficos. Lembremos
também que o Polo Norte Geográfico também é inclinado em relação à linha perpendicular ao plano da
órbita da Terra.
É interessante salientar que os Polos Norte e Sul determinados geograficamente são na verdade os
pontos onde emergem as extremidades do eixo em torno do qual a Terra gira. O Polo Norte Magnético
considerado é o ponto de onde emergem as linhas de campo magnético mostradas na figura. E o Polo
Sul Magnético é na verdade o ponto para onde convergem as linhas de campo magnético que emergem
do Polo Sul Geográfico. No caso de um ímã, o norte é atraído pelo sul. Ou seja, o norte do ímã apontará
para o polo sul do campo magnético do interior da Terra.

Força Magnética

São quatro as características da força magnética que atuam sobre uma carga em movimento. Em
primeiro lugar, seu módulo é proporcional ao módulo da carga. Se uma carga de 1 C se move com a
mesma velocidade de uma carga de 2 C no interior de um campo magnético, a força magnética sobre a
carga de 2 C é duas vezes maior do que a força magnética que atua sobre a carga de 1 C. Em segundo
lugar, o módulo da força também é proporcional ao módulo, ou ‘intensidade’, do campo; se dobrarmos o
valor do módulo do campo (por exemplo, usando dois ímãs idênticos em vez de um) sem alterar o valor
da carga ou de sua velocidade, a força dobra. A terceira característica é que a força magnética também
depende da velocidade da partícula. Esse comportamento é bastante diferente da força elétrica, que é
sempre a mesma, independentemente de a carga estar em repouso ou em movimento. A quarta é que a
força magnética não possui a mesma direção do campo magnético 𝐵 ⃗⃗ porém atua sempre em uma direção
simultaneamente perpendicular à direção de 𝐵 e à direção da velocidade 𝑣⃗. Verifica-se que o módulo 𝐹⃗
⃗⃗
da força é proporcional ao componente da velocidade 𝑣⃗ perpendicular ao campo; quando esse
componente for nulo (ou seja, quando 𝑣 ⃗⃗ forem paralelos ou antiparalelos), a força magnética será
⃗⃗⃗⃗e 𝐵
igual a zero.
Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço onde existe
um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética, fica sujeita à ação de uma força que
atua lateralmente na carga, chamada força magnética 𝐹⃗ ou força magnética de Lorentz, como mostra a
figura.

29
https://bit.ly/2CpNmVq

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 192


Essa força magnética 𝐹⃗ tem:
Intensidade: proporcional à velocidade e à carga q, ou seja, sua intensidade pode ser determinada por:

Direção: perpendicular ao plano determinado pelos vetores 𝐵⃗⃗ e 𝑣


⃗⃗⃗⃗
Sentido: determinado pela "regra da mão esquerda" ou pela do "tapa".
Regra da mão esquerda: colocando o dedo indicador no sentido do vetor indução magnética e o dedo
médio no sentido da velocidade, o polegar determina o sentido da força 𝐹⃗ .

Regra do tapa: Na figura, posicionamos a mão direita para determinar o sentido da força magnética
sobre uma carga. Você deve orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os demais dedos
devem ficar estendidos no sentido do campo magnético. Feito isso, a palma da mão fica virada para cima,
como mostrado. O sentido da força magnética atuante na carga é obtido por meio de um tapa dado pela
palma da mão, se a carga for positiva. Para as cargas negativas, o tapa deverá ser dado com as costas
da mão.
Colocando o polegar no sentido da velocidade e os outros dedos no sentido do vetor indução
magnética, a força magnética tem o sentido de um tapa dado com a palma da mão.

Essa discussão mostra que a força sobre uma carga q que se desloca com velocidade em um campo
magnético possui módulo, direção e sentido dados por
Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que seria
se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalteradas a direção e a intensidade,
qualquer que seja a regra utilizada.

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Força magnética sobre um fio
A força magnética que age no fio condutor percorrido por uma corrente elétrica terá direção
perpendicular (a) ao plano que contém o fio considerado e (b) ao campo magnético.
Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse
positiva), quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação de
uma força magnética.
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo magnético, esta sofre uma interação
que pode alterar seu movimento. Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá uma
força agindo sobre a carga com intensidade, onde é o ângulo formado no plano entre os vetores
velocidade e campo magnético. A direção e sentido do vetor serão dadas pela regra da mão direita
espalmada.

Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste
caso, é o sentido real da corrente (tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-
se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que a
interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do fio, mas
como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo, então
podemos escrever a velocidade como:

Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação :

Mas sabemos que indica a intensidade de corrente no fio, então:

Sendo esta expressão chamada de Lei Elementar de Laplace.

Força magnética sobre uma espira retangular


Da mesma forma como um campo magnético uniforme interage com um condutor retilíneo pode
interagir com um condutor em forma de espira retangular percorrido por corrente.

Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
segmentos da espira, devido ao surgimento de . Nos segmentos onde o sentido da corrente é paralelo
ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência , tem mesma
direção do campo magnético.

Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido da
corrente e ao campo magnético causará rotação. À medida que a espira gira a intensidade da força que
atua no sentido vertical, que é responsável pelo giro, diminui, de modo que quando a espira tiver girado
90° não haverá causando giro, fazendo com que as forças de cada lado do braço de alavanca entrem
em equilíbrio.

No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido contrário,
passando a exercer um movimento oscilatório.

Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores de

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corrente contínua, e a inversão de corrente é obtida através de um anel metálico condutor dividido em
duas partes.
Em uma espira circular plana, as linhas do campo magnético são circunferências perpendiculares ao seu
plano, concêntricas com o condutor. O vetor indução magnética no centro O dessa espira tem as
seguintes características:
Quando ligamos as extremidades ou pontas de um fio condutor temos uma espira. De uma forma geral,
a espira é sempre representada por uma figura plana - como um retângulo, um triângulo, uma elipse ou
um círculo.
No caso da espira circular, o campo magnético associado a ela apresenta as seguintes características
no seu centro:
Direção: perpendicular ao plano da espira.
Sentido: é obtido utilizando-se a Lei de Ampère, regra da mão direita. Aqui, consideramos cada trecho
da espira como se fosse um pedaço de fio reto e longo.
Intensidade: pode ser calculada pela expressão:
- intensidade: a intensidade do vetor no centro da espira é dada pela expressão:

- direção: normal ao plano da espira;


- sentido: dado pela regra da mão direita.

Através da regra da mão direita podemos ver que o vetor B está na vertical.
As linhas de indução de um ímã saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por
uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao do ímã e, então, atribui-se a ela um polo
norte, do qual as linhas saem; e um polo sul, ao qual elas chegam.
Se considerarmos n espiras iguais justapostas, ou seja, uma do lado da outra, de modo que a
espessura do enrolamento seja muito menor que o diâmetro de cada espira, teremos a chamada bobina
chata. A intensidade do vetor indução magnética B no centro O da bobina chata é determinada através
da seguinte equação:

Onde:
B – é o campo magnético no interior da espira (ou bobina)
i – é a corrente elétrica
R – é o raio da espira (ou bobina)
µ – é a permeabilidade magnética
n – é o número de voltas da bobina
Resumindo: Uma espira circular percorrida por uma corrente i, cria em seu centro um campo magnético
retilíneo perpendicular ao seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dada pela regra da mão direita.

Questões
01. (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo magnético
é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Aponte abaixo a opção correta:
(A) Somente I está correta.
(B) Somente II está correta.
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(C) Somente III está correta.
(D) II e III estão corretas.
E) Todas estão corretas.

02. Qual das alternativas abaixo representa o gráfico da intensidade B do campo magnético em um
ponto do plano determinado por ele e um condutor retilíneo longo, percorrido por corrente elétrica, em
função da distância d entre o ponto e o condutor?

03. (PUC) Um elétron num tubo de raios catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 m/s. Aplicando-se um campo de indução magnética de 2T, paralelo ao eixo do tubo,
a força magnética que atua sobre o elétron vale:
(A) 3,2 . 10-12N
(B) nula
(C) 1,6 . 10-12 N
(D) 1,6 . 10-26 N
(E) 3,2 . 10-26 N

04. (PUC/RJ) Cientistas creem ter encontrado o tão esperado “bóson de Higgs” em experimentos de
colisão próton-próton com energia inédita de 4 TeV (tera elétron-Volts) no grande colisor de hádrons,
LHC. Os prótons, de massa 1,7x10–27 kg e carga elétrica 1,6x10–19 C, estão praticamente à velocidade da
luz (3x108 m/s) e se mantêm em uma trajetória circular graças ao campo magnético de 8 Tesla,
perpendicular à trajetória dos prótons.
Com estes dados, a força de deflexão magnética sofrida pelos prótons no LHC é em Newton:
(A) 3,8x10–10
(B) 1,3x10–18
(C) 4,1x10–18
(D) 5,1x10–19
(E) 1,9x10–10

05. (OSEC/SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente de 8,0 ampères
(veja figura). Seja mo = 4 π x 10-7 T.m/A. O vetor campo magnético no centro da espira é perpendicular
ao plano da figura e orientado pra:
(A) fora e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(B) dentro e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(C) fora e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
(D) dentro e de intensidade 4,0 π x 10-5 T

06(Fund. Carlos Chagas/SP) Uma espira circular é percorrida por uma corrente elétrica contínua, de
intensidade constante. Quais são as características do vetor campo magnético no centro da espira? Ele:
(A) é constante e perpendicular ao plano da espira
(B) é constante e paralelo ao plano da espira
(C) é nulo no centro da espira
(D) é variável e perpendicular ao plano da espira
(E) é variável e paralelo ao plano da espira

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07. (FEI/SP) Retomando o problema anterior, supõe-se que uma partícula de carga elétrica q = 2 μC
se desloca segundo um diâmetro da espira. Qual a intensidade da força magnética exercida sobre a
partícula quando ela passa pelo ponto O, sabendo-se que nessa posição sua velocidade é 1000 m/s?

08. Imagine que 0,12 N seja a força que atua sobre uma carga elétrica com carga de 6 μC e lançada
em uma região de campo magnético igual a 5 T. Determine a velocidade dessa carga supondo que o
ângulo formado entre v e B seja de 30º.
(A) v = 8 m/s
(B) v = 800 m/s
(C) v = 8000 m/s
(D) v = 0,8 m/s
(E) v = 0,08 m/s

Respostas
01.Resposta:D
A afirmação I está incorreta pelo fato de a carga elétrica nem sempre sofrer ação de uma força
magnética. Para uma carga elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força magnética será
nula.
A afirmação II está correta, pois cargas elétricas lançadas em campos elétricos sempre sofrem a ação
de uma força elétrica.
A afirmação III está correta, pois a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Essa comprovação pode ser realizada através da regra do tapa.

02.Resposta:D

03.Resposta:B
Se a direção do deslocamento da carga elétrica for paralela à direção do vetor indução magnética B,
o ângulo θ será tal que sen θ = 0, pois θ = 0º ou θ = 180º, a força magnética será igual a zero. Aplicando
a equação podemos provar:
Fmag=|q|.v.B.sen00
Fmag=0

04.Resposta:A
Aplicando a equação de força magnética, temos:
FM = q . v . B . senα
FM = 1,6x10–19. 3x108. 8 . sen 90°
FM = 3,84 x 10 – 10 N

05.Resposta:B
Sendo I igual a 8; R igual a 0,02 metros (Nunca esqueça de transformar de centímetros para metros);
e a constante igual a 4 π x 10-7
B= 4 π x 10-7 x8/2 x 0,02 = 800 π x 10-7 ou 8 π x 10-5.
Usando a regra da mão direita percebemos que o campo é para dentro.

06.Resposta:A
Como a regra da mão direita podemos definir o sentido do campo magnético, que neste caso é
perpendicular. E será constante por se tratar de uma corrente elétrica também com essa característica.
Veja o esquema a seguir:

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07.Resposta:
O módulo da força magnética, quando a partícula passa pelo ponto O,é dada por:
Fm= q v B sen ϴ
Já que a força magnética é perpendicular ao campo: ϴ =90º → sen ϴ=1
Substituindo os dados. Segue que:
Fm= 2.10-6 .103.4π.10-5.1
Fm= 8 π.10-8N

08.Resposta:
A equação que nos permite determinar a velocidade dessa carga é a equação que também fornece a
força magnética. Sendo assim, temos:

Indução Magnética

Consiste no surgimento de uma corrente elétrica em virtude da variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor. Inicialmente se conecta uma espira condutora, desconectada de uma fonte
de tensão, a um amperímetro (aparelho usado para medir corrente elétrica). Em seguida, aproxima-se
dessa espira um imã em forma de barra. O amperímetro, nesse momento, indica a passagem de uma
corrente elétrica pela espira. Quando o imã é afastado da espira, a corrente aparece novamente, porém,
em sentido contrário. Observe na figura:

Na experiência de Faraday, as linhas de campo magnético do imã geram uma corrente induzida na
espira

A partir desse experimento, é possível chegar às seguintes conclusões:


1. A corrente elétrica somente é observada no caso de haver movimento entre a espira e o imã. Se
o imã ficar em repouso, não surge corrente;
2. Quanto mais rápido o movimento do imã, maior a corrente;
3. O sentido da corrente elétrica dependerá do polo magnético e da direção do imã que está
interagindo com a espira. Se o polo norte do imã é aproximado da espira, a corrente tem sentido horário;
mas quando o polo norte afasta-se da espira, a corrente tem sentido anti-horário. Se o polo sul do imã é
aproximado da espira, a corrente tem sentido anti-horário; caso o polo sul esteja se afastando do imã, a
corrente tem sentido horário.
Denominamos a corrente gerada na espira de corrente induzida. O trabalho executado por unidade de
carga para produzir essa corrente é chamado de força eletromotriz induzida, e o processo utilizado para
produzir a corrente e a força eletromotriz recebe o nome de indução.
O desenvolvimento da teoria da indução eletromagnética foi responsável pelo surgimento de
instrumentos importantíssimos, como o motor elétrico, que serve como base para o funcionamento de
vários aparelhos (liquidificadores, bombeadores de água, ventiladores, motores de geladeira, entre
outros).

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Fluxo de indução
Para que se entenda o que é, e como se origina a indução magnética é necessário que definamos
uma grandeza física chamada fluxo de indução magnética. Esta grandeza é vetorial é simbolizada por Φ.
Então podemos escrever o fluxo de indução magnética como o produto do vetor indução magnética
(campo magnético) pela área da superfície A e pelo cosseno do ângulo θ, formado entre e uma linha
perpendicular à superfície, chamada reta normal. Assim:

A unidade adotada para se medir o fluxo de indução magnética pelo SI é o weber (Wb), em homenagem

ao físico alemão Wilhelm Webber, e caracteriza tesla por metro quadrado .


Se o vetor indução magnética e a área são valores constante e apenas o ângulo θ é livre para variar,
então podemos montar um gráfico de Φxθ, onde veremos a variação do fluxo em função da variação de

θ, em uma senoide defasada de (gráfico do cosseno).

Variação do Fluxo Magnético


Saber apenas calcular o fluxo magnético não resolve nossos problemas de indução, pois para que
esta exista, é necessário que haja variação no fluxo magnético.
Sabendo que o fluxo magnético é calculado por:

Como a equação nos mostra, o fluxo depende de três grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que Φ varie
é necessário que pelo menos uma das três grandezas varie.

Variação do fluxo devido à variação do vetor indução magnética


Imagine um tubo capaz de conduzir em seu interior as linhas de indução geradas por um ímã, por
exemplo. Se em um ponto do tubo houver uma redução na área de sua secção transversal, todas as
linhas que passavam por uma área A terão de passar por uma área A', menor que a anterior. A única
forma de todas as linhas de indução passarem, ou seja, de se manter o fluxo, por esta área menor é se
o vetor indução aumentar, o que nos leva a concluir que as linhas de indução devem estar mais próximas
entre si nas partes onde a área é menor. Como as secções transversais no tubo citadas são paralelas
entre si, esta afirmação pode ser expressa por:

Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo magnético mais intenso nas proximidades
de seus polos, já que as linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma forma
de fazer com que Φ varie é aproximar ou afastar a superfície da fonte magnética, variando

Variação do fluxo devido à variação da área


Outra maneira utilizada para se variar Φ é utilizando um campo magnético uniforme e uma superfície
de área A.
Como o campo magnético uniforme é bem delimitado, é possível variar o fluxo de indução magnética
movimentando-se a superfície perpendicularmente ao campo, entre a parte sob e fora de sua influência.
Desta forma, a área efetiva por onde há fluxo magnético varia.

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Variação do fluxo devido à variação do ângulo θ
Além das duas formas citadas acima, ainda é possível variar Φ fazendo com que varie o ângulo entre
a reta normal à superfície e o vetor . Uma maneira prática e possivelmente a mais utilizada para se
gerar indução magnética é fazendo com que a superfície por onde o fluxo passa gire, fazendo com que θ
varie.

Toda corrente elétrica induzida é originada devido a uma variação do fluxo magnético de indução.
Não há corrente induzida se não houver variação do fluxo magnético de indução

Indução Eletromagnética
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente, chamada
corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
A corrente induzida só existe enquanto há variação do fluxo, chamado fluxo indutor.

Lei de Lenz

Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera.
• Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o
mesmo sentido do fluxo;
• Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com
sentido oposto ao sentido do fluxo.
Se usarmos como exemplo, uma espira posta no plano de uma página e a submetermos a um fluxo
magnético que tem direção perpendicular à página e com sentido de entrada na folha.
• Se for positivo, ou seja, se a fluxo magnético aumentar, a corrente induzida terá sentido anti-horário;
• Se for negativo, ou seja, se a fluxo magnético diminuir, a corrente induzida terá sentido horário.

Importância desta lei


Tais afirmações nos conduzem a conclusão de que não é possível produzir energia elétrica sem que
seja realizado um trabalho. Isto é bastante evidente, pois pra mudar o movimento de uma carga elétrica
situada em um condutor, cada uma delas tem de receber um impulso, proveniente de uma força aplicada.

Correntes de Foucault

Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou
ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.
Quando um fluxo magnético varia através de uma superfície sólida, e não apenas delimitada por um
condutor como foi visto em indução eletromagnética, há criação de uma corrente induzida sobre ele como
se toda superfície fosse composta por uma combinação de espiras muito finas justapostas.
Devido à suas dimensões consideráveis, a superfície sofre dissipação de energia por efeito Joule,
causando grande aumento de temperatura, o que torna possível utilizar estas correntes como
aquecedores, por exemplo, em um forno de indução, que têm a passagem de correntes de Foucault como
princípio de funcionamento.
Em circuitos eletrônicos, onde a dissipação por efeito Joule é altamente indesejável, pois pode danificar
seus componentes. É frequente a utilização de materiais laminados ou formados por pequenas placas
isoladas entre si, a fim de diminuir a dissipação de energia.

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Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de automóveis.
Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de dois potentes eletroímãs. Estes
últimos são solidários à uma estrutura móvel cujo deslocamento é controlado por um dispositivo de mola.
O motor aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético fixo, que cria nos
discos em rotação as correntes de Foulcault.

Lei de Faraday-Neumann

Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de contribuições de Michael
Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução eletromagnética.
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os terminais de um condutor
sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um intervalo de
tempo em que esta variação acontece, sendo expressa matematicamente por:

O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, que diz que a corrente induzida
tem um sentido que gera um fluxo induzido oposto ao fluxo indutor.

Transformadores

São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados
na modificação de impedâncias em circuitos elétricos.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis do
eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente.
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes
de aumentar ou reduzir valores de tensão.
Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas
bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a
tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O seu funcionamento é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da
variação de fluxo gerada pelo primário.
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:

Onde:
é a tensão no primário;
é a tensão no secundário;
é o número de espiras do primário;
é o número de espiras do secundário.
Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a tensão se o número de espiras
do secundário for menor que o número de espiras do primário e vice-versa.
Se considerarmos que toda a energia é conservada, a potência no primário deverá ser exatamente
igual à potência no secundário, assim:

Questões

01. (Mackenzie/SP) As linhas de indução de um campo magnético são:


(A) o lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constante
(B) as trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético
(C) aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas no seu sentido
(D) aquelas que partem do polo norte de um ímã e vão até o infinito
(E) nenhuma das anteriores é correta.
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02. (UFMG) A corrente elétrica induzida em uma espira circular será:
(A) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante
(B) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo
(C) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético
(D) tanto maior quanto maior for a resistência da espira
(E) sempre a mesma, qualquer que seja a resistência da espira.

03.Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio 10cm, gerando
um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo magnético?

04. (UFRN) Um certo detector de metais manual usado em aeroportos consiste de uma bobina e de
um medidor de campo magnético. Na bobina circula uma corrente elétrica que gera um campo magnético
conhecido, chamado campo de referência. Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o
campo magnético registrado no medidor torna-se diferente do campo de referência, acusando, assim, a
presença de algum metal. A explicação para o funcionamento do detector é:
(A) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(B) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
(C) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(D) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.

05. (UFES) Um pequeno corpo imantado está preso à extremidade de uma mola e oscila verticalmente
na região central de uma bobina cujos terminais A e B estão abertos. Devido a oscilação do imã, aparece
entre os terminais A e B da bobina:
(A) uma corrente elétrica constante
(B) uma corrente elétrica variável
(C) uma tensão elétrica constante
(D) uma tensão elétrica variável
(E) uma tensão e uma corrente elétrica, ambas constantes.

06. (UFES) Uma espira gira, com velocidade angular constante, em torno do eixo AB, numa região
onde há campo magnético uniforme como indicado na figura:

Pode-se dizer que:


(A) Surge na espira uma corrente elétrica alternada.
(B) Surge na espira uma corrente elétrica contínua.
(C) Surge na espira uma força eletromotriz induzida constante.
(D) Surge na espira uma força eletromotriz, sem que corrente elétrica circule na espira.
(E) A força eletromotriz na espira é nula.

07. (UNICAMP) O princípio de funcionamento dos detectores de metais utilizados em verificações de


segurança é baseado na lei de indução de Faraday. A força eletromotriz induzida por um fluxo de campo
magnético variável através de uma espira gera uma corrente. Se um pedaço de metal for colocado nas
proximidades da espira, o valor do campo magnético será alterado, modificando a corrente na espira.
Essa variação pode ser detectada e usada para reconhecer a presença de um corpo metálico nas suas
vizinhanças.

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Considere que o campo magnético B atravessa perpendicularmente a espira e varia no tempo segundo
a figura. Se a espira tem raio de 2 cm, qual é a força eletromotriz induzida?

08. (UNIFESP/SP) A foto mostra uma lanterna sem pilhas, recentemente lançada no mercado. Ela
funciona transformando em energia elétrica a energia cinética que lhe é fornecida pelo usuário - para isso
ele deve agitá-la fortemente na direção do seu comprimento. Como o interior dessa lanterna é visível,
pode-se ver como funciona: ao agitá-la, o usuário faz um ímã cilíndrico atravessar uma bobina para frente
e para trás. O movimento do ímã através da bobina faz aparecer nela uma corrente induzida que percorre
e acende a lâmpada.

O princípio físico em que se baseia essa lanterna e a corrente induzida na bobina são,
respectivamente:
(A) indução eletromagnética; corrente alternada.
(B) indução eletromagnética; corrente contínua.
(C) lei de Coulomb; corrente contínua.
(D) lei de Coulomb; corrente alternada.
(E) lei de Ampere; correntes alternada ou contínua podem ser induzidas.

09. (UFSC/SC) A energia eólica pode ser uma excelente opção para compor a matriz energética de
uma nação como o Brasil. Um estudante construiu um modelo de gerador elétrico "eólico" colocando
ventilador na frente de pás conectadas a uma espira com 1,0.10-3 m2 de área, que está em um campo
magnético constante de 2,0.10-2 T.
O modelo do gerador está representado pelo esquema a seguir. Observe-o e assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).

(01) Com o ventilador ligado e a espira girando, a lâmpada brilha, e a corrente gerada é alternada.
(02) Enquanto a espira estiver girando, o campo magnético gera sobre ela um torque que se opõe ao
seu movimento de rotação.
(04) Correntes alternadas são normalmente usadas nas linhas de transmissão, pois podem ser
diminuídas ou aumentadas se utilizarmos transformadores.

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(08) Mesmo sem vento e com a espira parada teremos uma força eletromotriz induzida, pois um campo
constante sempre gera uma força eletromotriz sobre uma espira.
(16) O módulo do fluxo magnético na espira varia entre -2 .10-5 T m2 e o valor máximo de 2.10-5 T m2.

10. (ITA/SP) Quando uma barra metálica se desloca num campo magnético, sabe-se que seus elétrons
se movem para uma das extremidades, provocando entre elas uma polarização elétrica. Desse modo, é
criado um campo elétrico constante no interior do metal, gerando uma diferença de potencial entre as
extremidades da barra. Considere uma barra metálica descarregada, de 2,0 m de comprimento, que se
desloca com velocidade constante de módulo v = 216 km/h num plano horizontal (veja figura), próximo à
superfície da Terra. Sendo criada uma diferença de potencial (ddp) de 3,0.10-3 V entre as extremidades
da barra, o valor do componente vertical do campo de indução magnética terrestre nesse local é de
(A) 6,9.10-6 T
(B) 1,4.10-5 T
(C) 2,5.10-5 T
(D) 4, 2.10-5 T
(E) 5,0.10-5 T
Respostas
01 Resposta: C.

02 Resposta: A
A alternativa A diz que a corrente elétrica será nula se não houver variação do fluxo magnético que
atravessa a espira. Sendo assim, de acordo com a lei de Faraday, se o fluxo magnético através da espira
não variar com o passar do tempo, então, não haverá corrente elétrica induzida na espira. Portanto, a
alternativa A está correta.

03 Resposta: A
Sendo a área da espira:

Então a intensidade do campo magnético pode ser calculada por:

04 Resposta: A
Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o fluxo do campo magnético por ele gerado
cria nesse objeto uma fem induzida que, por sua vez, gera uma corrente induzida que origina um campo
magnético total diferente do campo de referência.

05 Resposta: D
Devido ao movimento do imã haverá uma variação de fluxo magnético que irá originar fem induzida
variável no decorrer do tempo. Como os terminais A e B da bobina estão abertos, a corrente elétrica será
nula, mas entre estes haverá uma tensão variável.

06.Resposta: A
Com a rotação da espira com a velocidade angular constante ω, surge uma variação de fluxo ∆Φ
através da espira, variação esta que irá gerar uma induzida alternada.

e = -∆Φ/∆t i = ∆Φ/ R . ∆t (alternada) i = e/R

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07.Resposta:
S=πR2=3.(2.10-2)2 — S=12.10-4m2
entre 0 e 5.10-2 s
ΔΦ=B.S – Bo.So=5.10-4.12.10-4 – 0=6.10-7Wb
ε= ΔΦ/Δt= 6.10-7/5.10-2
ε=1,2.10-5 V
ε=12Μv

08.Resposta: A
A corrente está sendo induzida (indução eletromagnética) e muda de sentido no “vai e vem” do imã,
tendo isso a resposta correta é a letra "a", trata-se de uma indução eletromagnética e a corrente induzida
na bobina é alternada.

09.Resposta:
01. Correta: quando a espira gira, o fluxo magnético através dela sofre variação e surge uma força
eletromotriz induzida que gera uma corrente elétrica induzida.

02. Correta: Lei de Lenz

O4. Correta.

08. Falsa: com a espira parada não ocorre variação de fluxo magnético.

16. Correta ---


Φ=B.S.cosα --- valor máximo --- Φ=B.S.cos0o=2.10-2.1.10-3.(+1)=+2,0.10-5 T.m2
valor mínimo --- Φ=B.S.cosα=2.10-2.1.10-3.cos180o=2.10-5.(-1)=-2,0.10-5 T.m2

S: (01 + 02 04 + 16) = 23

10.Resposta:
ε=BLV =3.10-3
3.10-3=B.2.60
B= 2,5.10-5 T

3.2.1.6 Óptica

ÓPTICA

A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.

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- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a
matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.

Modelo Corpuscular da Luz30

Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para
explicar a natureza da luz, hoje popularizado como "a teoria da natureza corpuscular da luz." Este modelo
sobre a luz baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes
luminosas. A ideia de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de
mundo, isto é, um modelo mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria
possível determinar diversas grandezas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular
sobre a natureza da luz, Newton conseguia explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já
conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que
conquistou perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra
de Newton é considerada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem
e, certamente, o modelo corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não
apenas fama e prestígio conquistou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo
Newton e sua teoria corpuscular, principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação
cientificamente conturbada com Hooke nasceu a discussão sobre a natureza da luz.

Luz - Comportamento e princípios


A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente
físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.
Energia radiante é aquela que se propaga na forma de ondas eletromagnéticas, dentre as quais se
pode destacar as ondas de rádio, TV, micro-ondas, raios X, raios gama, radar, raios infravermelho,
radiação ultravioleta e luz visível.
Uma das características das ondas eletromagnéticas é a sua velocidade de propagação, que no vácuo
tem o valor de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja:C=3.108 m/s

Podendo ter este valor reduzido em meios diferentes do vácuo.


A luz que percebemos tem como característica sua frequência que vai da faixa de 4.1014 Hz (vermelho)
até 8.1014 Hz(violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso os órgãos visuais de todos os
seres vivos estão adaptados a ela, e não podem ver além desta, como por exemplo, a radiação ultravioleta
e infravermelha.

Velocidade da luz. Princípio dos métodos ópticos31

Admitindo-se que a luz se propaga em movimento uniforme, sua velocidade c é o quociente da


distância percorrida D pelo intervalo de tempo Dt gasto em percorrê-la: c = D/Dt
É suficiente, portanto, medir D e Dt.
A velocidade da luz foi medida por diferentes métodos dos quais exporemos apenas os principais.

Método Astronômico
Baseado na observação dos eclipses dos satélites de Júpiter, por Olaus Roemer, em 1672 (1675
segundo outros autores), trabalhando no Observatório de Paris.
A Terra e Júpiter giram em torno do Sol, sendo as suas durações de revolução, respectivamente, um
e doze anos. A ilustração a seguir representa as órbitas da Terra (T) e de Júpiter (J) em torno do Sol (S)
assim como a órbita de um dos satélites de Júpiter (o mais próximo).

30
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm
31
https://bit.ly/2JXzfv5

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Em cada uma de suas revoluções este satélite entra no cone de sombra de Júpiter e desaparece para
o observador terrestre; ele gira com velocidade constante e pode-se medir o intervalo de tempo t entre
duas entradas consecutivas no cone de sombra.
Se a distância TJ fosse fixa, o desaparecimento do satélite seria observado sempre a intervalos de
tempo iguais. Ora, esta distância varia entre um mínimo e um máximo. Determina-se então t1, período
do satélite para a posição T1J1 (conjunção), e calculam-se as horas em que deveriam ser observados
todos os eclipses seguintes. Roemer observou que o início do eclipse ocorria cada vez mais tarde à
medida que T se afastava de J e encontrou um atraso máximo Dt = 996 s correspondente às posições
T2 e J2, isto é, na oposição da Terra e Júpiter.
Este atraso Dt é o tempo gasto pela luz para percorrer o diâmetro D da órbita terrestre.
O mesmo método foi retomado por Glasenapp que encontrou Dt = 1 002 s. O erro mais importante
vem do diâmetro da órbita terrestre (2,99.108 km com um erro da ordem de 0,5%).
Vê-se que a velocidade da luz no vácuo é cerca de 300 000 km/s.

Método da roda dentada - (H. I. Fizeau, em 1849)


A luz de uma fonte S refletida por um vidro sem espelhamento G, conforme ilustramos, passa entre
os dentes de uma roda dentada R e se reflete, a uma distância D da ordem de alguns quilômetros, em
um espelho plano M. Uma lente concentra o feixe luminoso sobre a roda dentada, uma outra fornece um
feixe de raios sensivelmente paralelos e, por fim, uma terceira concentra os raios sobre o espelho M.

Seja N o número de dentes da roda dentada, os quais apresentam a mesma largura que os intervalos
ou vazios. Façamos a roda girar lentamente, com uma freqüência n tal que:
1/N.n > 1/10 de segundo
sendo 1/10 de segundo a duração da persistência das impressões luminosas (persistência retiniana).
Em 1/10 de segundo a luz pode percorrer 30 000 km, em conseqüência, o observador colocado atrás do
vidro sem espelhamento G não percebe a luz de retorno senão periodicamente.
Aumentemos a freqüência (1/N.n < 1/10 de segundo) ; devido à persistência das impressões
luminosas, o observador vê a luz de retorno de maneira contínua. Aumentando ainda mais a freqüência
da roda, dando-se a n um valor tal que durante o tempo Dt, gasto pela luz para realizar a ida e a volta
2D, um dente assuma o lugar de um vazio: o feixe luminoso de retorno é interceptado, diz-se que há
eclipse. A velocidade procurada é portanto:

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c = 2D/Dt com Dt = 1/2N.n vem c = 4NnD
Nas experiências, quando se faz n variar, o clarão da imagem de retorno passa, em realidade, por um
mínimo, disto resultando alguma imprecisão quanto ao valor de n.
Sendo o erro relativo Dn/n tanto menor quanto maior for n, aumenta-se a freqüência a fim de obter
um outro eclipse correspondente à passagem de:
k dentes, k vazios e um dente,
em lugar de um dente. Por outro lado há interesse em aumentar a distância D para não ser necessário
dar à roda uma freqüência perigosa.
Nas experiências de Perrotin (1902) utilizou-se k = 32 e D = 46 km.

Método do espelho girante


Um delgado feixe de raios de luz, saído de uma fenda S, atravessa um vidro sem espelhamento G e
uma lente (não representados na ilustração abaixo) sendo em seguida refletido por um espelho girante
msituado no centro de um espelho côncavo M, fixo.

Sejam S1 a imagem que se obteria da fenda S se o espelho não cortasse os raios luminosos e S’ a
imagem de S no espelho côncavo. Quando o espelho m não gira, o raio refletido pelo espelho côncavo
M volta segundo S’OS.
E.Mail-Autoremos por Dt o intervalo de tempo gasto pela luz para percorrer a distância 2D; teremos:
Dt = 2D/c
A seguir, dá-se ao espelho uma freqüência assaz grande para que ele tenha girado de um ângulo
aapreciável durante o intervalo de tempo Dt. A luz que se reflete em m no instante zero continua seu
caminho para M independentemente do movimento do espelho m, reflete-se em M e, na volta, não mais
encontrara no mesmo lugar o espelho m que terá girado de um ângulo a. Então o espelho m fornece de
S’ uma imagem S2 tal que S1OS2 = 2a, de acordo com uma propriedade bem conhecida dos espelhos
girantes ("para um raio incidente fixo, quando o espelho gira de a o correspondente raio refletido gira de
2a").
O raciocínio que terminamos de fazer para a posição inicial m do espelho girante permanece valida para
uma posição inicial qualquer; S' mudaria de posição, mas ainda encontraríamos a imagem S2 tal que
S1OS2 = 2a desde que, bem entendido, a freqüência do espelho seja mantida constante.
Em conseqüência, enquanto S' varre o espelho M, a imagem S" permanece fixa.
O feixe de raios OS” reflete-se no vidro sem espelhamento (ilustrado acima) e sua direção é marcada
por meio de uma luneta. Do ângulo 2a medido deduz-se a velocidade da luz c.
E.Mail-Autoremos por n a freqüência do espelho. O ângulo a descrito durante o tempo Dt tem o valor:
a = 2pnDt
de outro lado: Dt = 2D/c
vem, portanto:
2a = 8pnD/c
Nas experiências de Foucault os valores adotados eram n = 800 Hz, D = 20 m, donde 2a = 0,001 4
rad, ou seja, 4,8' (ângulo perfeitamente determinável).

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Fonte: www.profcordella.com.br
Divisões da Óptica

Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.

Óptica Geométrica: estuda os fenômenos ópticos em que apresentam interesse as trajetórias


seguidas pela luz. Fundamenta-se na noção de raio de luz e nas leis que regulamentam seu
comportamento.

Conceitos Básicos

Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.

Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:

Cônico convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

Cônico divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

Cilíndrico paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

Fontes de Luz

Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que

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nos cercam. Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes
primárias ou secundárias.

Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.

Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.

Quanto às suas dimensões, uma fonte pode ser classificada como:

Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.

Extensa: uma fonte com dimensões consideráveis em relação ao ambiente.

Meios de Propagação da Luz

Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:

Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.

Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.

Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.

Fenômenos Ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:

Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.

Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.

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Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os
raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.

Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.

Princípio da independência dos raios de luz

Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.

Princípio da propagação retilínea da luz

Todo o raio de luz percorre trajetórias retilíneas em meios transparentes e homogêneos.

Um meio homogêneo é aquele que apresenta as mesmas características em todos os elementos de


volume.

Um meio isótropo, ou isotrópico, é aquele em que a velocidade de propagação da luz e as demais


propriedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida.

Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.

Propagação Retilínea da Luz: Em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha


reta. Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz.

Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.

O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza
o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona.
Note a semelhança entre os enunciados do princípio e do problema).
A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da
refração luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto
que o segundo, tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia
fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente.
O conhecimento dos fenômenos ondulatórios culminou em várias pesquisas de importantes cientistas,
como Christiaan Huygens e Thomas Young, estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias
e não corpusculares como Isaac Newton acreditava, isso foi possível mediante a uma importante
experiência feita por Young, a da “Dupla fenda”, baseada no fenômeno de interferência e difração,
inerente às ondas. Mais tarde, outro cientista célebre chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape

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fotoelétrico que foi muito bem entendido e explicado pelo físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel
de Física.
Essa contradição permitiu à luz ter caráter dualista, ou seja, ora se comporta como onda ora como
partícula. Outro exemplo importante foi o de Gauss, no campo da óptica, com suas descobertas e teorias
sobre a reflexão da luz em espelhos esféricos e criador das fórmulas que permite calcular a altura e
distância de uma imagem do espelho com relação ao objeto.

Reflexão

Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente.
A reflexão, no entanto, não vale só para as ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja,
acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais
(pulsos) periódicas em um balde largo e comprido de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se
propagam no meio "batem" nas paredes do recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de
energia, esse fenômeno é chamado de reflexão.
Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza de
onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).

Quando são refletidos em uma superfície rugosa:

Refração

Leis da Refração
1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.
2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o
comprimento de onda variam na mesma proporção.
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Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Difração

Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.

Absorção

No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).

Interferência

É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.

Polarização

A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.

Dioptro

É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.

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A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios
homogêneos e transparentes.

Formação de imagens através de um dioptro


Considere um pescador que vê um peixe em um lago. O peixe encontra-se a uma profundidade H da
superfície da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme mostra a figura abaixo:

A fórmula que determina esta distância é:

𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração

Prisma

Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.

A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.

Funcionamento do prisma
Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.

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Tipos de prismas
- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.

- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.


- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.

Efeito Fotoelétrico32

O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de
frequência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica.
efeito fotoelétrico parece simples, mas intrigou bastantes cientistas, só em 1905 Einstein explicou
devidamente este efeito e com isso ganhou o Prêmio Nobel.
Uma das dúvidas que se tinha a respeito era que quanto mais se diminuía a intensidade do feixe de
luz o efeito ia desaparecendo e a respeito da frequência da fonte luminosa também intrigava muito os
cientistas, pois ao reduzir a frequência da fonte abaixo de um certo valor o efeito desaparecia (chamado
de frequência de corte), ou seja, para frequências abaixo deste valor independentemente de qualquer
que fosse a intensidade, não implicava na saída de nenhum único elétron que fosse da placa metálica.
Mais tarde Einstein com a teoria dos fótons explicou que, a intensidade de luz é proporcional ao número
de fótons e que como consequência determina o número de elétrons a serem arrancados da superfície
da placa metálica e, quanto maior a frequência maior é a energia adquirida pelos elétrons assim eles
saem da placa e abaixo da frequência de corte, os elétrons não recebem nenhum tipo de energia, assim
não saem da placa.

Placa metálica incidida por luz e perdendo elétrons devido o efeito fotoelétrico.

Espelhos Planos

Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual

Espelhos Esféricos

É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se
32
https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/

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a superfície refletora é a externa, o espelho é convexo. Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto
convexos, são muito utilizados em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das
lâmpadas de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas de
telescópios, etc., são utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos esféricos convexos são
utilizados, por exemplo, em retrovisores de automóveis.

Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota
esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a
superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.

Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:

Fonte:www.infoescola.com

Vamos analisar cada caso

Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real

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Objeto depois do centro de curvatura

Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real

Objeto no centro de curvatura

Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto

Objeto entre o foco e o vértice

Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto

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Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão

Fonte:www.infoescola.com

Características da imagem:
-virtual
-menor
-direita

Lentes esféricas convergentes

- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):

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Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas
espessas):

Lentes esféricas divergentes


Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas
como de bordas finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do
meio externo. O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração
do meio externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente
bicôncava (com bordas espessas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):

Fonte: www.brasilescola.com
Óptica da Visão

Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).

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Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.

Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com

Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.

Adaptação visual
Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de
cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina
de um possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de
até 10mm. Assim a incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais
ambientes.

Acomodação visual
As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.

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Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa
pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se
totalmente contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
1 1 1
𝑓
= 𝑝+𝑝′

Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15

1
= 0,0766
𝑓

𝑓 = 14,1 𝑚𝑚

Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente.

Ponto remoto
Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.

1 1 1
= +
𝑓  15
1
No entanto,  é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito
alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim,
teremos que:
1 1
=
𝑓 15
𝒇 = 𝟏𝟓𝒎𝒎

Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:

𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal

Ilusão de Óptica

Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.

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Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) O Distintivo da


Organização Militar (DOM) da EEAR está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o
objeto estão mostrados na figura abaixo.

De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?


(A) côncavo
(B) convexo
(C) delgado
(D) plano

02. (VUNESP) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente
esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm
da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente


utilizada pelo estudante é igual a
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(A) 5.
(B) 2.
(C) 6.
(D) 4.
(E) 3.

03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo
sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°

04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.

05. (SEE/AC – Professor de matemática e Física – FUNCAB) O ângulo de incidência de um raio


de luz em um espelho plano é 30. O ângulo entre o raio refletido e a superfície do espelho será,
portanto, de:
(A) 30º
(B) 50º
(C) 60º
(D) 80º
(E) 10º

06. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) A respeito da reflexão e da refração da luz, julgue
o item subsequente. Na reflexão difusa, os raios de luz incidentes em uma dada superfície são
refletidos obedecendo a diferentes orientações angulares.
( ) certo ( ) errado

07. (UFAL) A figura representa um feixe de raios paralelos incidentes numa superfície S e os
correspondentes raios emergentes.

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Esta figura ilustra o fenômeno óptico da
(A) dispersão.
(B reflexão difusa.
(C) refração.
(D) difração.
(E) reflexão regular.

Gabarito

01. C / 02. A / 03. E / 04. E / 05. C / 06. Certo / 07. B

Comentários
01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.

02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5

03.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.

04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.

05. Resposta: C.
90-30=60º

06. Resposta: Certo.


Como vimos, quando um raio encontra uma superfície difusa, os raios refletem com diferentes ângulos.

07. Resposta: B.
A reflexão é o fenômeno em que os raios de luz atingem determinada superfície e têm a sua direção
de propagação alterada. Quando os raios refletidos (emergentes) mantêm-se paralelos, a reflexão é
chamada de regular; porém, caso a superfície seja rugosa, os raios refletidos não serão paralelos, e a
reflexão será denominada de difusa.

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3.2.1.7 Física Moderna

FÍSICA MODERNA

História da Mecânica

A mecânica como ciência apareceu no período helenístico por médio de Arquimedes, quem descreveu
quantitativamente as leis da alavanca e outras maquina simples, as quais com seu uso deram origem às
primeiras noções de dinâmica e estática. Arquimedes estabeleceu os fundamentos da estática e foi o
fundador da hidrostática ao enunciar seu famoso princípio. de Arquimedes ao longo dos anos também
existiram vários estudiosos da física que pouco a pouco serviram como impulso ao contribuir valiosos
princípios para o desenvolvimento da mecânica entre eles podemos citar a Tartaglia, Galileu Galilei,
Newton, Euler, Einstein, entre outros.
O físico e astrônomo italiano Galileu reuniu as ideias de outros grandes pensadores de seu tempo e
começou a analisar o movimento a partir da distância percorrida desde um ponto de partida e do tempo
decorrido. Demonstrou que a velocidade dos objetos que caem aumenta continuamente durante sua
queda. Esta aceleração é a mesma para objetos pesados ou ligeiros, sempre que não se tenha em conta
a resistência do ar). O matemático e físico britânico Isaac Newton melhorou esta análise ao definir a força
e a massa, e relacionar com a aceleração. Para os objetos que se deslocam a velocidades próximas à
velocidade da luz, as leis de Newton foram substituídas pela teoria da relatividade de Albert Einstein. Para
as partículas atômicas subatômicas, as leis de Newton foram substituídas pela teoria quântica. Mas para
os fenômenos da vida diária, as três leis do movimento de Newton seguem sendo a pedra angular da
dinâmica (o estudo das causas da mudança no movimento).

Relatividade

A Teoria da Relatividade Especial constitui-se em uma ponte muito conveniente para se fazer a ligação
entre a Física Clássica e a Física Moderna. Seu estudo propicia uma visão dos sucessos e deficiências
do pensamento científico dominante no final do século 19, bem como de inconsistências que se tornaram
grandes desafios na passagem para o século 20. Também, compreender melhor a natureza dessa teoria
traz fundamento para a admiração que se cultiva pelo seu criador, cujo trabalho no chamado “ano
miraculoso” de 1905 hoje motiva a comemoração do Ano Mundial da Física.
A teoria da relatividade foi uma revolução para o século XX, pois ela provocou inúmeras
transformações em conceitos básicos como também proporcionou que fatos importantes, ainda não
explicáveis, pudessem ser explicados. Essa teoria surgiu com o físico alemão Albert Einstein.
Nascido em Ulm, Einstein foi físico e pesquisador muito conhecido por ter proposto a teoria da
relatividade, mas também foi ele quem explicou corretamente o efeito fotoelétrico, fato esse que
possibilitou o desenvolvimento da bomba atômica, mesmo sem ele saber para quais fins se destinava.
A teoria da relatividade é composta de duas outras teorias: Teoria da Relatividade Restrita, que
estuda os fenômenos em relação a referenciais inerciais, e a Teoria da Relatividade Geral, que aborda
fenômenos do ponto de vista não inercial. Apesar de formar uma só teoria, elas foram propostas em
tempos diferentes, no entanto ambas trouxeram o conhecimento de que os movimentos do Universo não
são absolutos, mas sim relativos.
A teoria da relatividade restrita foi construída por Einstein a partir de dois importantes postulados:

1ª – Postulado da Relatividade: as leis da Física são as mesmas em todos os sistemas de referência


inercial.
2ª – Postulado da Constância da Velocidade da Luz: a velocidade da luz no vácuo tem o mesmo
valor para qualquer referencial inercial, ou seja, c = 300 000 km/s.

Relatividade na Física Clássica


Na física clássica espaço e tempo fornecem, em cada teoria ou experimento, um alicerce absoluto e
imutável de qualquer processo físico, na teoria especial este alicerce depende do sistema de referência
no qual um processo físico particular ´e medido e, na teoria geral, ele depende até mesmo da distribuição

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de massa e energia no universo. Mas a mudança dos conceitos de espaço e tempo já na teoria especial
contradiz nossas experiências do dia-a-dia. No entanto, foi apenas através desta mudança que foi
possível a Einstein reconciliar dois princípios que, em função de uma longa história, haviam se mostrado
irrefutáveis: o princípio da relatividade e o princípio da constância da velocidade da luz.
O princípio da relatividade diz que toda lei física não muda quando se passa de um laboratório em
repouso para outro que se mova de maneira retilínea e uniforme com relação ao primeiro. O princípio da
constância da velocidade da luz ´e uma lei deste tipo; ela diz que a velocidade da luz ´e igual em todos
os sistemas inerciais, ou seja, um raio de luz emitido de um trem que se move com velocidade v terá, em
relação a uma pessoa parada na plataforma da estação, uma velocidade c e não uma velocidade v +c.
Só através de uma revolucionária mudança dos conceitos clássicos de espaço e tempo esta contradição
pode ser solucionada.
Problemas de fronteira da física clássica
Mas como teria sido possível que uma conversa entre Einstein e Besso naquele maio de 1905 possa
ter dado início a uma processo de consequências tão amplas para a mudança dos sistemas de
conhecimento? Naturalmente tal conversa representou apenas um ponto final de um longo processo.
Einstein havia se envolvido praticamente desde sua juventude com problemas da eletrodinâmica - afinal
sua família fabricava equipamentos elétricos. Já com dezesseis anos o jovem Albert escreve um texto
acerca do éter como intermediador dos fenômenos eletromagnéticos e ópticos. No ano seguinte ele se
pergunta como uma onda de luz pareceria para um observador que se movesse ele próprio com a
velocidade da luz na direção da propagação desta onda. Deveria se observar uma espécie de onda
estacionária, mas algo assim parecia não existir.
Este Gedanken experimento juvenil traz também `a tona a questão a respeito de qual seria a
velocidade da luz medida por tal observador. A resposta a esta pergunta parecia depender basicamente
do modelo adotado como base para o éter. Em um éter em repouso, ou seja, que não fosse arrastado
pelo sistema em movimento e pelo observador, a velocidade da luz relativa ao sistema em movimento
deveria sempre mudar.

A física clássica divide-se primordialmente em três áreas, cada qual com conceitos próprios: a
mecânica, a teoria do calor e o eletromagnetismo. Nas fronteiras entre estas ´áreas encontravam-se
aqueles problemas nos quais diferentes conceitos básicos se sobrepunham. Só através do estudo destes
problemas de fronteira ´e que se poderia saber até que ponto os diferentes conceitos das três diferentes
´áreas eram coerentes entre si.
Por outro lado, o descobrimento de incoerências conceituais quando associado a um problema
concreto funciona, tipicamente, como motor de inovações científicas, pois toda tentativa de resolver um
problema concreto obriga concomitantemente a que repensemos os conceitos envolvidos e pode, pela
transformação destes conceitos ou de teorias inteiras, abrir novos horizontes. Por este motivo os
problemas de fronteira da física clássica puderam se tornar os pontos de partida para a superação destas
mesmas fronteiras.
O problema da radiação térmica do corpo negro em equilíbrio, no qual Max Planck houvera trabalhado,
era um problema deste natureza por se encontrar na fronteira entre a teoria do calor e a teoria da radiação

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do eletromagnetismo. Este problema tornou-se um dos cernes da mecânica quântica em grande parte
devido estar ele no centro de um trabalho publicado por Einstein de 1905 além de seus outros três
trabalhos revolucionários O problema do movimento browniano, este também objeto de um trabalho de
Einstein no seu annus mirabilis encontrava-se na fronteira entre a mecânica e a teoria do calor e veio a
ser um ponto de partida da moderna mecânica estatística.
Finalmente a eletrodinâmica dos corpos em movimento, o brinquedo preferido de Einstein, engloba,
como já mencionado, problemas de fronteira entre a mecânica e o eletromagnetismo, e dela desenvolveu-
se a teoria da relatividade. Em outras palavras, todas as mudanças conceituais importantes da física do
início do século XX tiveram sua origem em problemas nas fronteiras da física clássica.
Do surgimento da teoria da relatividade especial pode-se vislumbrar um exemplo de como tal mudança
se concretiza como resultado da interação entre o conhecimento disponível da física de então com o
ponto de vista individual de um pesquisador. Independentemente do que a perspectiva de Einstein em
pontos específicos possa ter determinado, ela necessariamente contribuiu para que sua atenção fosse
desviada para aqueles problemas de fronteira da física clássica. Esta perspectiva se desenvolve, como
mostraremos a seguir, em três etapas:
• Fase da experimentação
• Fase da teorização
• Fase da reflexão
Em um certo sentido todas as três fases foram revolucionárias. As duas primeiras, no caso de Einstein
especialmente, foram na verdade apenas subjetivas, ao passo que somente a terceira fase, a fase da
reflexão, foi motivo de uma revolução na história do conhecimento na física.

Relatividade Galileana
Denomina-se "princípio de relatividade de Galileu" a afirmação de que é impossível detectar-se algum
efeito físico de um movimento uniforme de translação de um movimento físico, por experiências internas
a esse sistema, ou seja, para experiências realizadas dentro de um sistema, seu movimento de
translação, se for uniforme, não pode ser notado.
A evolução da descrição do movimento dos corpos em relação a outros, em movimentos uniformes
ou acelerados, teve seu início com o filósofo grego Zenão, de Eléia (500 – 451 a.C.), estendendo-se até
os trabalhos de Albert Einstein, em 1905, com a Teoria da Relatividade Especial. Zenão considerava que
se dois bastões (A e B) se deslocassem com velocidades iguais em intensidade, porém de sentidos
opostos em relação a um terceiro bastão C, mantido fixo, um observador em A (ou B) mediria a velocidade
do bastão em B (ou A) como duas vezes maior do que a medida por C. Zenão concluiu que este
movimento era impossível, passando a chamá-lo de paradoxo dos bastões em movimento.

Outro filósofo a procurar descrever o movimento dos corpos foi o grego Aristóteles, nascido
provavelmente em 384 a.C. Suas ideias permaneceram aceitas por mais de vinte séculos. Segundo
Aristóteles, a matéria era composta basicamente de quatro elementos terrestres: fogo, ar, água e terra.
Estes elementos tinham posições determinadas no Universo, chamadas lugares naturais.
O lugar natural do fogo era acima do lugar natural do ar que estava acima do lugar natural da água,
por sua vez acima do lugar natural da terra. Deste modo, explicava por que uma pedra e a chuva caem:
seus lugares naturais eram os da terra e água. Analogamente, a fumaça e o vapor sobem em busca de
seus lugares naturais acima da terra. Aristóteles também elaborou várias outras teorias sobre ciências
naturais, que foram aceitas até a Renascença.
Dentre elas, podemos destacar o modelo geocêntrico (Terra como centro do Universo). Somente nos
séculos XVI e XVII é que o pensamento aristotélico começou a ser contestado mais veementemente,
principalmente no que diz respeito à idéia do geocentrismo. A descrição dos movimentos passou a ser
analisada de maneira mais matemática, e não apenas filosófica como era a descrição aristotélica. Assim,
a dificuldade em entender o movimento dos corpos permaneceu até os séculos XVI e XVII com Giordano

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Bruno (1548 – 1600) e Galileu Galilei (1564 - 1642) que deram respostas ao paradoxo dos corpos em
movimentos relativos (Zenão), utilizando relações matemáticas e não apenas respostas filosóficas como
as dadas por Aristóteles.
Galileu Galilei foi o primeiro grande gênio da Ciência moderna e o primeiro homem que observou o
céu com um telescópio, aderindo entusiasticamente ao sistema heliocêntrico proposto por Copérnico, o
que, aliás, lhe custou muitos contratempos. Além da discussão do movimento planetário, Galileu
contribuiu muito para o desenvolvimento da Mecânica, estabelecendo as leis da queda livre de um corpo
e introduzindo o método experimental em Física. Galileu utilizou o princípio da relatividade dos
movimentos, ou princípio da independência dos movimentos, para demonstrar a trajetória parabólica dos
projéteis.
Consideremos o seguinte exemplo: um projétil lançado a partir do solo com um certo ângulo de
lançamento pode ter seu movimento decomposto em dois movimentos independentes: um horizontal e
outro vertical. No lançamento de um projétil verticalmente para cima, sobre uma plataforma em movimento
retilíneo e uniforme, um observador que esteja sobre a plataforma em movimento verá a trajetória do
projétil como retilínea de ida e volta.
Quanto a um observador que esteja parado no solo, onde a plataforma está em movimento, visualizará
a trajetória do projétil como parabólica. Assim, cada observador terá uma visão diferente do movimento.
Com isso, Galileu conseguiu resolver o paradoxo de Zenão, mostrando que a trajetória e velocidades são
dependentes do referencial de onde se observa o movimento.

Podemos citar o filósofo John Locke que escreveu há duzentos anos, em seu grande tratado “Sobre o
entendimento humano”, da importância do referencial: “Se encontrarmos as pedras do xadrez na mesma
posição em que as deixamos, diremos que elas não foram movidas, ou permanecem imóveis, mesmo
que o tabuleiro, nesse ínterim, tenha sido transportado para outro cômodo. Da mesma forma diremos que
o tabuleiro não se moveu, se ele permanece no mesmo lugar em que se encontrava na cabina, embora
o navio esteja andando. E diremos também que o navio se encontra no mesmo lugar, desde que se
mantenha à mesma distância da terra, embora o globo tenha dado uma volta completa. Na verdade, as
pedras de xadrez, o tabuleiro e o navio, tudo isso mudou de lugar em relação a corpos situados muito
mais longe”.
Então, para descrevermos o movimento dos corpos quantitativamente é necessário adotarmos um
referencial, como por exemplo, as paredes da sala de aula, onde podemos considerar que existam três
eixos imaginários que se cruzam ortogonalmente. Além do referencial, o observador necessita de um
relógio para poder descrever quantitativamente o movimento. A Relatividade galileana, termo utilizado
por Einstein, trata da descrição de movimentos em relação a um referencial inercial, ou seja, um

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referencial em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme (não acelerado) em relação a outro
referencial.

Modificações na Relatividade Galileana


Consideremos dois referenciais inerciais: um deles S, formado pelos eixos x, y e z, em repouso em
relação à Terra e outro, S’, formado pelos eixos x’, y’ e z’, paralelos a x, y e z, respectivamente, e com
velocidade V na direção do eixo x em relação ao sistema S, conforme a figura 4.

Consideremos que ocorra um evento em um ponto P, que pode ser identificado pelo conjunto de quatro
coordenadas em cada referencial: em S (x, y, z e t) e S’ (x’, y’, z’ e t’), sendo que as três primeiras
coordenadas de cada referencial localizam o ponto no espaço, enquanto a quarta coordenada indica o
momento da ocorrência do evento. Se considerarmos que inicialmente os referenciais S e S’ coincidem
em t = t’= 0, temos que x0 = x0’, y0 = y0’ e z0 = z0’, conforme a figura 5.
Agora, consideremos um instante posterior t = t’ > 0. O referencial S’ terá se deslocado de uma
distância V.t, em relação ao referencial S, de acordo com a figura 6.

Então, podemos relacionar as coordenadas dos dois referenciais da seguinte forma:

Note que estamos fazendo t = t’ (os relógios estão sincronizados). Isto, porque para Galileu o tempo é
absoluto, independente do referencial, o que chamamos de invariância do tempo.
Isto está de acordo com o nosso senso comum, pois se não fosse assim, teríamos que sincronizar os
nossos relógios constantemente. Uma consequência direta da invariância do tempo, segundo as
transformações galileanas, é a invariância do comprimento. Explicitando melhor, pelas transformações
de Galileu concluímos que o comprimento, assim como o tempo, é absoluto, independentemente do
referencial em que for medido.
Ainda com relação ao referencial, Galileu afirmou ser impossível determinar se um navio estava parado
ou em movimento uniforme, realizando uma experiência mecânica em um dos seus camarotes. Com esta
afirmação, podemos concluir que as leis da Mecânica são invariantes (não mudam) perante uma
transformação de Galileu.

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O Experimento de Michelson-Morley33

Os resultados de várias experiências científicas às vezes contrariam as expectativas de seus


idealizadores, mas essas mesmas conclusões inesperadas abrem perspectivas para novas teorias e
postulados. É o caso do experimento de Michelson-Morley.
Até o final do século 19, era inconcebível admitir a propagação das ondas luminosas no vazio absoluto.
Acreditava-se haver uma substância sutil e misteriosa, denominada éter, que, de alguma forma, penetrava
os poros de todos os corpos e enchia todo o espaço, através da qual a luz podia propagar-se.
Segundo a teoria, a luz proveniente do Sol e das outras estrelas conseguia nos atingir sob a forma de
vibração do éter. Esse incrível fluido ainda oferecia a resposta para a busca do centro imóvel do mundo,
agora substituído pelo éter onipresente, que se encontrava em repouso no espaço absoluto.
Havia discussão considerável, em fins do século 19, sobre como o movimento da Terra através do éter
afetaria a velocidade das ondas luminosas. Albert A. Michelson, físico americano, inventou um aparelho
(o interferômetro de Michelson) capaz de estabelecer a influência desse movimento sobre a velocidade
da luz.
Em 1887, Michelson e o químico Edward W. Morley conduziram uma experiência, minuciosamente
planejada, com o objetivo de demonstrar a realidade do éter. O experimento consistia em enviar dois
feixes luminosos que percorressem a mesma distância, um paralelo e outro perpendicular ao movimento
da Terra em órbita.
A idéia era demonstrar que, se a velocidade da luz se somasse à da Terra, o intervalo de tempo para
os dois feixes percorrerem essa mesma distância seria diferente e, portanto, isso comprovaria a presença
do éter.
Ambos esperavam, como praticamente todos os seus contemporâneos, encontrar essa diferença.
Entretanto o resultado foi uma surpresa! Apesar das inúmeras tentativas cuidadosas, realizadas em
épocas diferentes do ano, não foi observada nenhuma influência do movimento terrestre na velocidade
da luz.
Estava demonstrado experimentalmente que o éter não existia e que a luz se propagava com a mesma
velocidade em qualquer direção. Esses conceitos foram incorporados e ampliados, anos depois (1905),
por Einstein, ao apresentar a teoria da relatividade restrita, que revolucionou conceitos como tempo,
espaço, massa e energia.

Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de intensidades e alcances


A palavra interação está associada a tudo que possamos imaginar, desde o contato de nossa mão
com algum objeto até o movimento da Terra em torno do Sol. Em física, pode-se dizer que a causa de
qualquer equação, simples ou complicada, é uma interação. Na natureza, aparentemente tudo leva os
cientistas a acreditarem que todas as coisas podem ser explicadas a partir de quatro tipos de interações,
também chamadas de acoplamentos. Os nomes destas são: eletromagnética, gravitacional, fraca, e
nuclear ou forte.
O tipo de interação que talvez seja o mais conhecido de todos é o gravitacional, responsável pela órbita
dos planetas em torno do Sol, estando relacionada com todo corpo que possui a propriedade conhecida
como massa. Quando Newton escreveu sua teoria da gravidade, ele disse que suas ideias descreviam o
fenômeno, mas que não explicavam sua causa.
Também muito conhecido é o acoplamento eletromagnético, resultado da unificação do magnetismo e
da eletricidade. A teoria eletromagnética diz que as partículas interagem à distância, por meio do chamado
campo eletromagnético. Como consequência dessa interação, temos a atração entre dois imãs, as
correntes elétricas induzidas por campos magnéticos, entre uma infinidade de outros exemplos.
As outras duas interações, fraca e nuclear, não são tão conhecidas. A interação fraca é uma interação
que não é percebida no mundo macroscópico, pois ela atua em escala subatômica. Como exemplo de
acoplamento fraco, pode ser citado o decaimento beta, no qual um nêutron é convertido em um próton,
com a emissão de mais algumas partículas, como o elétron. A emissão de mais outras partículas além do
próton ocorre para se conservar a energia do nêutron inicial.
A força forte ou nuclear, é a força responsável pela união de dois prótons ou nêutrons. Em física
nuclear, prótons e nêutrons são chamados de núcleos. Essa interação não tem relação alguma com a
eletromagnética. Como dois prótons possuem cargas iguais, sua repulsão eletromagnética é muito
grande, entretanto a interação forte é tal que dois prótons formam um núcleo atômico sem a desintegração
deste, na maioria dos casos. Esses dois acoplamentos, fraco e nuclear, são conhecidos como sendo de
curto alcance, pois só são percebidos em escala de distâncias muito pequenas.

33
https://bit.ly/2HzTUUH

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 230


Todas essas quatro interações descritas acima podem parecer estranhas à primeira vista. Como
exemplo pode ser citado a eletromagnética, como dois prótons interagindo a uma certa distância. No
entanto, a teoria pressupõe a existência das chamadas partículas de interação, que são partículas que
fazem a interação entre os dois prótons mantidos a uma distância. Para cada tipo de interação ou
acoplamento, eletromagnético, fraco e nuclear, existe uma partícula de interação diferente, já detectada
experimentalmente. No caso gravitacional, tal partícula ainda não foi experimentalmente “vista”, mas sua
existência é prevista em teoria e ela já tem até nome, gráviton. Existe um grupo de pesquisa no Brasil
que desenvolve um aparato com vista a detectar esta partícula.

Existem apenas 4 forças, ou interações, fundamentais na natureza. São elas a interação gravitacional,
a interação eletromagnética, a interação forte e a interação fraca. A tabela mostra detalhes sobre estas
forças que serão logo explicados:

Força ou interação
intensidade teoria mediador
(fundamental)
Forte 10 Cromodinâmica quântica gluon
eletromagnética 10-2 Eletrodinâmica fóton
Fraca 10-13 flavordinâmica W± e Z0
gravitacional 10-42 geometrodinâmica graviton
Vamos explicar o conteúdo da tabela.

Intensidade:
Os valores acima atribuidos para as intensidade das forças não devem ser considerados de modo
absoluto. Voce verá valores bastante diferentes em vários livros, em particular no que diz respeito à força
fraca. O cálculo desta intensidade depende da natureza da fonte e a que distância estamos fazendo a
medição. O que importante notar é a razão entre elas: a força gravitacional é, de longe, a mais fraca entre
todas, porém é a de maior alcance, sendo a responsável pela estabilidade dinâmica de todo o Universo.
Teoria:
Vemos na tabela que cada força está associada a uma teoria física. Vejamos alguns detalhes:

Força gravitacional:
A teoria clássica da gravitação é a lei de Newton da Gravitação Universal. Sua generalização
relativística é a teoria da Gravitação de Einstein, também chamada de Teoria da Relatividade Geral de
Einstein. O melhor termo para ela seria Geometrodinâmica, uma vez que a relatividade geral geometriza
a gravitação. Para descrever os estágios iniciais da formação do Universo precisamos de uma teoria
quântica da gravitação, algo que os físicos ainda não possuem, apesar dos enormes esforços
desenvolvidos para isto.

Eletrodinâmica:
Esta é a teoria física que descreve os fenômenos elétricos e magnéticos, ou seja as forças
eletromagnéticas. A formulação clássica da Eletrodinâmica foi feita por James Clerk Maxwell. A teoria
clássica construída por Maxwell já era consistente com a teoria da relatividade especial de Einstein. O
"casamento" desta teoria com a mecânica quântica, ou seja, a construção de uma "Eletrodinâmica
Quântica", foi realizada por grandes nomes da física tais como Feynman, Tomonaga e Schwinger nos
anos que compõem a década de 1940.

Fraca:
As forças fracas são aquelas que explicam os processos de decaimento radiativo, tais como o
decaimento beta nuclear, o decaimento do pion, do muon e de várias partículas "estranhas". É
interessante notar que esta força não era conhecida pela física clássica e que sua formulação como teoria
é estritamente quântica. A primeira teoria das interações fracas foi apresentada por Fermi em 1933. Mais
tarde ela foi aperfeiçoada por Lee, Yang, Feynman, Gell-Mann e vários outros nos anos da década de
1950. Sua forma atual é devida a Glashow, Weinberg e Salam, que a propuseram nos anos da década
de 1960. A nova teoria das interações fracas, que é chamada de flavordinâmica por causa de uma das
propriedades intrínsecas das partículas elementares, é mais justamente conhecida como Teoria de
Glashow-Weinberg-Salam. Nesta teoria, as interações fraca e eletromagnética são apresentadas como
manifestações diferentes de uma única força, a força eletrofraca. Esta unificação entre a interação fraca
e a interação eletromagnética reduz o número de forças existentes no Universo a apenas 3: força
gravitacional, força forte e força eletrofraca.
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 231
Forte:
As forças fortes são aquelas responsáveis pelos fenômenos que ocorrem a curta distância no interior
do núcleo atômico. A estabilidade nuclear está associada à força forte. É ela que mantém o núcleo unido
evitando que os prótons que os constituem, por possuírem a mesma carga elétrica, simplesmente sofram
uma intensa repulsão e destruam o próprio átomo. Se a força forte não existisse a matéria que forma o
Universo, tal como o conhecemos, também não existiria. Prótons e nêutrons não conseguiriam se formar.
Nós, seres humanos, não poderíamos existir. O trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado por
Yukawa em 1934 mas até meados da década de 1970 não havia, realmente, uma teoria capaz de explicar
os fenômenos nuclear. Foi então que surgiu a cromodinâmica quântica.

Mediadores:
Após a física ter abandonado o conceito de "ação-a-distância", foi introduzido o conceito de "campo".
Cada partícula criava à sua volta uma perturbação, seu "campo", que era sentido pelas outras partículas.
A Teoria Quântica de Campos (TQC) introduziu o conceito de "mediadores". Segundo a TQC cada uma
das forças que existem na natureza é mediada pela troca de uma partícula que é chamada de "mediador".
Estes mediadores transmitem a força entre uma partícula e outra. Assim, a força gravitacional é mediada
por uma partícula chamada graviton. A força eletromagnética é mediada pelo fóton, a força forte pelos
gluons e as forças fracas pelas partículas W± e Z0, que são chamadas de bósons vetoriais intermediários.
Isto complica ainda mais o estudo das interações entre as partículas. Veja que antes descrevíamos a
interação entre dois prótons como sendo a interação entre duas partículas. Hoje, sabendo que os prótons
são partículas compostas por 3 quarks, vemos que a interação entre dois prótons é, na verdade, uma
interação entre 6 quarks que trocam gluons incessantemente durante todo o processo. Só para te avisar,
existem 8 tipos de gluons. Como voce pode ver, aqui não existe simplicidade.

Estrutura da Matéria - Modelo Atômico

Toda matéria é formada por partículas muito pequenas. Essas partículas chamamos de átomo.
ÁTOMO – É uma partícula indivisível.
Distinguimos duas regiões nos átomos:
a) uma com carga elétrica positiva, e muito pesada, que concentra quase todo o peso do átomo: é
chamada núcleo.
b) uma região ocupada por elétrons, que giram ao redor do núcleo.
c) O modelo proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos feitos em
relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por Planck em 1900 (Teoria Quântica),
segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de
energia. Foram propostos os seguintes postulados:
d) 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas
de camadas ou níveis de energia.
e) 2. Cada camada ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado
estacionário).
f) 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia, não
sendo possível ocupar estados intermediários.
g) 4. Ao saltar de um nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida de
energia (quantum de energia).

.
h) 5.Ao retornar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia (igual ao absorvido em
intensidade), na forma de luz de cor definida ou outra radiação eletromagnética (fóton).

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 232


i) 6. Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N, O,
P, Q. As camadas podem apresentar:
j) K = 2 elétrons
k) L = 8 elétrons
l) M = 18 elétrons
m) N = 32 elétrons
n) O = 32 elétronsP = 18 elétronsQ = 2 elétrons
o) 7. Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores
inteiros: 1, 2, 3, etc.

Nem toda a luz que uma estrela emite chega até nós. E a parte que não chega, nos permite inferir
sobre sua composição química e sua temperatura superficial
O que ocorre é que parte da luz que a estrela emite é absorvida pelo gás nas camadas mais frias da
estrela.
Muitos elementos absorvem e emitem mais luz em uma determinada temperatura; portanto, a essa
temperatura, suas linhas de absorção e de emissão são mais fortes. Daí, conhecendo as linhas de
absorção de cada átomo, podemos obter informação sobre a composição e a temperatura da estrela.

Leis de Kirchhoff do estudo dos espectros.


FONTE: astro.if.ufrgs.br

Então, com base em seu espectro de absorção, as estrelas são divididas em classes espectrais, que
também são classes de temperaturas.

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Agora que entendemos que a luz apresenta tanto características corpusculares quanto ondulatórias,
podemos estudar a interação da Luz com a matéria – algo que também tem implicações astronômicas.

Absorção da luz
Os fótons de luz incidente são absorvidos por átomos do meio em que a luz viaja, podendo ser
reemitidos ou não.
A absorção depende basicamente de dois fatores: o meio no qual a luz está viajando e a energia dos
fótons (lembrando que a energia está associada inversamente com o comprimento de onda e que, no
óptico, isso é um indicativo da cor).
No caso de não haver reemissão dos fótons absorvidos, a energia carregada pelos fótons é convertida
em outra forma de energia, que não luminosa.

Fótons absorvidos por uma nuvem. FONTE: Camila Debom.


Havendo reemissão, temos o fenômeno do espalhamento.

Espalhamento da luz
No espalhamento, os fótons que incidem em uma direção são espalhados ou desviados para outras
direções.
Geralmente ocorrem absorção e espalhamento concomitantemente, ou seja, parte da energia do fóton
é absorvida e parte é reemitida em outra direção.

Fótons espalhados por uma nuvem. FONTE: Camila Debom.

Raio de luz
Na verdade o raio de luz é uma abstração, uma figura teórica a partir do qual estudamos os feixes de
ondas eletromagnéticas que constituem a luz, os mesmos que podemos ver emitidos de qualquer
lanterna.
A lanterna, o sol e até mesmo os vagalumes são fontes primárias de luz, ou seja, corpos que geram
luz a partir de alguma transformação físico-química que ocorre neles mesmos. Há também os corpos que
não possuem luz própria mas são capazes de refletir a luz gerada por outros corpos. Estes corpos são
chamados defontes de luz secundárias. A lua cheia iluminando a noite é o exemplo mais comum de uma
fonte de luz secundária.

Meios de propagação
Uma vez que a fonte de luz emitiu um feixe luminoso, ele passa a se propagar à velocidade de 300.000
Km/s no vácuo. Só que a luz também se propaga por outros meios que não o vácuo. Esses outros meios
de propagação da luz são classificados de acordo com o modo como interagem com o feixe de raios de
luz que incide sobre eles.
Com base nisso, os meios de propagação da luz podem ser transparentes, translúcidos ou opacos.

Meio de propagação transparente


Transparentes são os meios de propagação que se deixam atravessar pelos raios de luz sem afetar a
ordenação de seus feixes. O ar atmosférico é transparente e, por isto, invisível, já que a luz o atravessa

Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 234


quase como se ele não existisse (note-se o quase: a rigor, o único meio totalmente transparente é o
vácuo, mas para todos os efeitos práticos podemos estender a definição para outros meios cujas
interações com a luz sejam pequenas demais para ser percebidas a olho nu).
A figura que segue mostra um feixe de raios de luz atravessando um meio de propagação transparente.

Meios transparentes são atravessados pelos raios luminosos sem afetar a orientação dos feixes. O
observador enxerga a imagem do objeto vista através do corpo sem distorções.

Meio de propagação translúcido


Os meios translúcidos também se deixam atravessar pelos raios de luz, mas, ao contrário do que
ocorre nos meios transparentes, esta passagem não se dá sem interações nas quais o meio afeta a
orientação dos raios, fazendo com que objetos vistos através de meios translúcidos pareçam deformados
A figura abaixo representa o comportamento dos raios de luz através dos corpos translúcidos:

Meios translúcidos são atravessados pelos raios luminosos, mas afetam a orientação dos feixes. O
observador enxerga uma imagem distorcida do objeto vista através do corpo.

Meio de propagação opaco


Meios opacos são impermeáveis à luz, o que significa que estes meios bloqueiam os raios luminosos,
que não conseguem atravessá-lo. Nesse caso, não é possível a um observador ver objetos através dele,
conforme a figura:

Os raios de luz não atravessam meios opacos e um observador não pode ver através deles.

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Estrutura Nuclear

Características Gerais do Núcleo O raio de um núcleo típico é cerca de dez mil vezes menor que o raio
do átomo ao qual pertence, mas contém mais de 99,9% da massa desse átomo. Constituição O núcleo
atômico é composto de partículas chamadas núcleos. Existem duas espécies de núcleos: os prótons, com
carga elétrica positiva, e os nêutrons, sem carga elétrica.

Estrutura Nuclear

Um átomo é constituído de um núcleo extremamente pequeno, carregado positivamente, rodeado por


uma nuvem de elétrons carregados negativamente. Embora tipicamente o núcleo seja menos de dez mil
vezes menor que o átomo, o núcleo contém mais de 99.9% da massa do átomo! Os núcleos são
constituídos de partículas carregadas positivamente chamadas prótons de outras eletricamente neutras,
chamadas nêutrons. Essas partículas são mantidas agrupadas por uma força chamada força forte ou
força nuclear. Esta força é muito maior que as forças familiares como a eletrostática que mantém os
elétrons ligados aos núcleos, mas tem alcance limitado a pequenas distâncias, da ordem do tamanho do
próton ou nêutron (cerca de 10-15 metros)
O número de prótons no núcleo, Z é chamado número atômico. Este número determina o elemento
químico do átomo. O número de nêutrons no núcleo é denominado N. O número de massa do núcleo, A,
é igual a Z+N. Um dado elemento químico pode ter vários isótopos, que diferem uns dos outros pelo
número de nêutrons contidos no núcleo. Num átomo neutro, o número de elétrons orbitando o núcleo é
igual ao número de prótons no núcleo. Como a carga elétrica do próton e do elétron são +1 e -1
respectivamente (em unidades da carga do elétron), a carga total do átomo é zero. Presentemente são
conhecidos 112 elementos, desde o mais leve, o hidrogênio até o recentemente descoberto e ainda sem
nome, elemento 112. Todos os elementos mais pesados que o urânio foram produzidos artificialmente
pelo homem. Entre esses elementos, há cerca de 270 isótopos estáveis e mais de 2000 instáveis.
O núcleo do elemento da tabela periódica de número atômico Z é constituído de Z prótons e N
nêutrons. No átomo neutro correspondente, existem, ao redor desse núcleo, Z elétrons. A = N + Z é o
número de núcleos ou, como também é chamado, número de massa. Um átomo de carbono 12 é
composto de 6 prótons, 6 nêutrons e 6 elétrons. As massas nucleares são convenientemente expressas
em unidades de massa atômica (u). Uma unidade de massa atômica é definida como sendo exatamente
um doze avos da massa de um átomo de carbono 12. Em outras palavras, a massa de um átomo de
carbono 12 é, por definição, exatamente 12 u.
As técnicas mais importantes para a determinação do raio nuclear estão baseadas no espalhamento
de feixes de nêutrons ou de elétrons. Como os nêutrons não têm carga elétrica, eles não são influenciados
pela interação coulombiana nem com os nêutrons nem com os prótons do núcleo. Contudo, como são
influenciados pela interação nuclear tanto com os nêutrons quanto com os prótons do núcleo, os nêutrons
espalhados sondam a distribuição de massa do núcleo. Por outro lado, os elétrons não são influenciados
pela interação nuclear nem com os nêutrons nem com os prótons do núcleo. Entretanto, como eles têm
carga elétrica não nula, são influenciados pela interação coulombiana com os prótons do núcleo e
sondam, portanto, a distribuição de carga do núcleo O volume do núcleo é proporcional ao número de
núcleos, de modo que o número de núcleos por unidade de volume, isto é, a densidade de núcleos, é
constante. Além disso, como a massa de um próton é muito próxima da massa de um nêutron, a
densidade de massa também é constante. E mais, como a interação nuclear forte é independente da
carga elétrica, os prótons e os nêutrons devem estar distribuídos mais ou menos uniformemente no núcleo
e disso conclui-se que a densidade de carga também é constante. Na verdade, nos núcleos com número
de massa A grande, a densidade de carga na região central aparece diminuída devido à repulsão
coulombiana entre os prótons. As formas de alguns núcleos afastam-se significativamente da forma
esférica e devem ser consideradas elipsoidais ou, mesmo, com a forma de uma pera.

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Radioatividade

Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de determinados tipos de elementos químicos


radioativos emitirem radiações, um fenômeno que acontece de forma natural ou artificial. A radioatividade
natural ou espontânea ocorre através dos elementos radioativos encontrados na natureza (na crosta
terrestre, atmosfera, etc.). Já a radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear,
através da união de átomos ou da fissão nuclear. A fissão nuclear é um processo observado em usinas
nucleares ou em bombas atômicas.
Em 1896, o francês Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio era capaz de sensibilizar um filme
fotográfico, mesmo quando este era recoberto com papel preto ou até mesmo por lâminas metálicas finas.
Becquerel, o descobridor do urânio, percebeu que esse material emitia radiações semelhantes aos raios
X, e essa propriedade ele chamou radioatividade.
Em 1897, Marie Sklodowska Curie (1867-1934) demostrou que a intensidade da radiação é
proporcional à quantidade de urânio na amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico.
Nesse mesmo ano, Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo
eletromagnético sobre as radiações:

O esquema mostra o comportamento das radiações α, β e γ em um campo eletromagnético.


Rutherford concluiu que, como os raios alfa (α) e beta (β) sofrem desvio no campo magnético, devem
apresentar carga elétrica, ao passo que os raios gama (γ) não a devem ter. Os raios β são atraídos pela
placa positiva; devem, portanto, ter carga negativa. Com o mesmo raciocínio pode-se deduzir que os raios
α têm carga positiva.
Os tipos de radiação que um elemento pode emanar são divididos, primeiramente, em duas formas:
partículas ou ondas. Partículas possuem massa e ondas são apenas energia. Isso é devido aos elementos
que compõem esses tipos de radiação. Na categoria das partículas, duas são as mais comuns: alfa e
beta.
Partículas α (alfa): são partículas formadas por 2 prótons e 2 nêutrons − a mesma composição do
Hélio – que são liberadas por elementos radioativos para fora de seu núcleo. Quando um átomo libera 2
prótons, muda seu número atômico e transforma-se em um novo elemento, além de diminuir sua massa
atômica em 4. Esse processo irá se repetir até que o núcleo do átomo esteja suficientemente estável,
transformando-se em um elemento que não é radioativo
- Partículas β (beta): são elétrons disparados para fora do átomo, em forma de radiação, quando um
próton se transforma em nêutron ou vice-versa. Com a conversão de um próton em nêutron há a mudança
do seu número atômico e, consequentemente, a transformação em outro elemento menos radiativo.
Quando o núcleo possui menos nêutrons do que deveria para ser estável, pode transformá-lo em um
próton ou mudar a relação n/p e diminuir a instabilidade nuclear até alcançar um elemento não radioativo.
Um átomo instável irá liberar partículas alfa ou beta como radiação, mas isso não é a única coisa emitida
por um elemento radioativo. Em qualquer um dos casos será emitido um terceiro tipo de radiação.
Raios γ (gama): este tipo de radiação não possui massa, é uma onda eletromagnética, como muitos
outros tipos de radiação, e é resultante do decaimento radioativo (liberação de partículas alfa ou beta).
Em outras palavras, quando um átomo dispara uma partícula alfa ou beta, ainda continua instável, pois a
emissão da partícula não foi suficiente para estabilizar o átomo. Esta instabilidade é reduzida pela
emissão de raios gama, ou seja, energia pura.
As partículas alfa, como são formadas por um agrupamento de partículas, têm uma dimensão maior
impedindo que ela atravesse mesmo materiais finos. As partículas beta conse-guem atravessar materiais
como o papel, mas são detidas pelo alumínio. E apenas as partículas gama conseguem atravessar boa
parte dos materiais, mas não aqueles muito densos como o chumbo, por exemplo.

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Para uma melhor compreensão segue o quadro abaixo:

Radiação Alfa Beta Gama


Poder de ionização Alto. A partícula alfa captura 2 Médio. Por possuírem carga Pequeno. Não possuem carga.
elétrons do meio, se elétrica menor possuem
transformando em átomo de menos poder de ionização.
Hélio. (He)
Danos ao ser humano Pequenos. São detidos pela Médio. Podem penetrar até Alto. Pode atravessar
camada de células mortas da 2cm e ionizar moléculas completamente o corpo
pele, podendo no máximo gerando radicais livres. humano, causando danos
causar queimaduras irreparáveis como alteração na
estrutura do DNA.
Velocidade 5%¨da velocidade da luz 95% da velocidade da luz Igual a velocidade da luz
3000000Km/s
Poder de penetração Pequeno. Uma folha de papel Médio. È 50 a 100 vezes mais Alto. Os raios gama são mais
pode deter penetrante que a alfa. São penetrantes que os raios São
detidos por uma chapa de detidos por uma chapa de
chumbo de 2mm. chumbo de 5cm

Benefícios da radioatividade
A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua
utilização na produção de energia, na esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e
no controle do câncer, através da radioterapia.
Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radiação iônica emitida sobre elas, permite
que a sua durabilidade aumente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas dos
alimentos.

Leis da Radioatividade
1ª Lei: Lei de Soddy
A primeira lei da radioatividade, também conhecida como primeira lei de Soddy, tem relação com o
decaimento alfa. Veja o que essa lei diz:
“Quando um átomo sofre um decaimento alfa (α), o seu número atômico (Z) diminui duas unidades e
o seu número de massa (A) diminui quatro unidades”.

Genericamente, podemos representar essa lei pela seguinte equação:


A
Z X → +24α + A-4 Z-2Y

Exemplo:
90Th
232
→+2α4+88Ra228

228 + 4 = 232
88 + 2 = 90

2ª Lei: Soddy, Fajans, Russel


Quando um átomo emite uma partícula β, o seu número atômico aumenta de 1 unidade e o seu número
de massa permanece inalterado.
90Th2
34
→ -1β0 + 91Pa234

Exemplo:
Dada a equação: 90X
204
→ xα + yβ + 92Y192

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Determinar x e y

Resolução:
90X
204
→ x+2α4 + y-1β0 + 92Y192

Montamos duas equações:


a) uma para os índices superiores:
204 = 4x + 0y + 192
x=3

b) uma para os índices inferiores:


90 = 2x + (-1y) + 92
90 = 2(3) -1y +92
y=8

90X
204
→ 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192

Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma partícula alfa, pois, conforme mostrado no
texto Emissão alfa (α), essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de forma
semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de hélio — e é representada por 24α.

Origens da Física Quântica

Há pouco mais de cem anos, o físico Max Planck, considerado conservador, tentando compreender a
energia irradiada pelo espectro da radiação térmica, expressa como ondas eletromagnéticas produzidas
por qualquer organismo emissor de calor, a uma temperatura x, chegou, depois de muitas experiências e
cálculos, à revolucionária ‘constante de Planck’, que subverteu os princípios da física clássica.
Este foi o início da trajetória da Física ou Mecânica Quântica, que estuda os eventos que transcorrem
nas camadas atômicas e subatômicas, ou seja, entre as moléculas, átomos, elétrons, prótons, pósitrons,
e outras partículas. Planck criou uma fórmula que se interpunha justamente entre a Lei de Wien – para
baixas frequências – e a Lei de Rayleight – para altas frequências -, ao contrário das experiências
tentadas até então por outros estudiosos.
Albert Einsten, criador da Teoria da Relatividade, foi o primeiro a utilizar a expressão quantum para a
constante de Planck E = hv, em uma pesquisa publicada em março de 1905 sobre as consequências dos
fenômenos fotoelétricos, quando desenvolveu o conceito de fóton. Este termo se relaciona a um evento
físico muito comum, a quantização – um elétron passa de uma energia mínima para o nível posterior, se
for aquecido, mas jamais passará por estágios intermediários, proibidos para ele, neste caso a energia
está quantizada, a partícula realizou um salto energético de um valor para outro. Este conceito é
fundamental para se compreender a importância da física quântica.
Seus resultados são mais evidentes na esfera macroscópica do que na microscópica, embora os
efeitos percebidos no campo mais visível dependam das atitudes quânticas reveladas pelos fenômenos
que ocorrem nos níveis abaixo da escala atômica. Esta teoria revolucionou a arena das ideias não só no
âmbito das Ciências Exatas, mas também no das discussões filosóficas vigentes no século XX.
No dia a dia, mesmo sem termos conhecimento sobre a Física Quântica, temos em nossa esfera de
consumo muitos de seus resultados concretos, como o aparelho de CD, o controle remoto, os
equipamentos hospitalares de ressonância magnética, até mesmo o famoso computador.
A Física Quântica envolve conceitos como os de partícula – objeto com uma mínima dimensão de
massa, que compõe corpos maiores – e onda – a radiação eletromagnética, invisível para nós, não
necessita de um ambiente material para se propagar, e sim do espaço vazio. Enquanto as partículas
tinham seu movimento analisado pela mecânica de Newton, as radiações das ondas eletromagnéticas
eram descritas pelas equações de Maxwell. No início do século XX, porém, algumas pesquisas
apresentaram contradições reveladoras, demonstrando que os comportamentos de ambas podem não
ser assim tão diferentes uns dos outros. Foram essas ideias que levaram Max Planck à descoberta dos
mecanismos da Física Quântica, embora ele não pretendesse se desligar dos conceitos da Física
Clássica.
A conexão da Mecânica Quântica com conceitos como a não-localidade e a causalidade, levou esta
disciplina a uma ligação mais profunda com conceitos filosóficos, psicológicos e espirituais. Hoje há uma
forte tendência em unir os conceitos quânticos às teorias sobre a Consciência.

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Físicos como o indiano Amit Goswami se valem dos conceitos da Física moderna para apresentar
provas científicas da existência da imortalidade, da reencarnação e da vida após a morte. Professor titular
da Universidade de Física de Oregon, Ph.D em física quântica, físico residente no Institute of Noetic
Sciences, suas ideias aparecem no filme Quem somos nós? e em obras como A Física da Alma, O Médico
Quântico, entre outras. Ele defende a conciliação entre física quântica, espiritualidade, medicina, filosofia
e estudos sobre a consciência. Seus livros estão repletos de descrições técnicas, objetivas, científicas, o
que tem silenciado seus detratores.
Fritjof Capra, Ph.D., físico e teórico de sistemas, revela a importância do observador na produção dos
fenômenos quânticos. Ele não só testemunha os atributos do evento físico, mas também influencia na
forma como essas qualidades se manifestarão. A consciência do sujeito que examina a trajetória de um
elétron vai definir como será seu comportamento. Assim, segundo o autor, a partícula é despojada de seu
caráter específico se não for submetida à análise racional do observador, ou seja, tudo se interpenetra e
se torna interdependente, mente e matéria, o indivíduo que observa e o objeto sob análise. Outro
renomado físico, prêmio Nobel de Física, Eugen Wingner, atesta igualmente que o papel da consciência
no âmbito da teoria quântica é imprescindível.

Radiação do Corpo Negro e a Constante de Planck


Na Física, um corpo negro é aquele que absorve toda a radiação eletromagnética que nele incide:
nenhuma luz o atravessa (somente em casos específicos) nem é refletida. Um corpo com essa
propriedade, em princípio, não pode ser visto, daí o nome corpo negro. Apesar do nome, corpos negros
produzem radiação, o que permite determinar qual a sua temperatura. Em equilíbrio termodinâmico, ou
seja, à temperatura constante, um corpo negro ideal irradia energia na mesma taxa que a absorve, sendo
essa uma das propriedades que o tornam uma fonte ideal de radiação térmica. Na natureza não existem
corpos negros perfeitos, já que nenhum objeto consegue ter absorção e emissão perfeitas.
Independente da sua composição, verifica-se que todos os corpos negros à mesma temperatura T
emitem radiação térmica com mesmo espectro. De mesmo modo, todos os corpos, com temperatura
acima do zero absoluto, emitem radiação térmica. Conforme a temperatura da fonte luminosa aumenta,
o espectro de corpo negro apresenta picos de emissão em menores comprimentos de onda, partindo das
ondas de rádio, passando pelas micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e radiação
gama. Em temperatura ambiente (cerca de 300K), corpos negros emitem na região do infravermelho do
espectro. À medida que a temperatura aumenta algumas centenas de graus Celsius, corpos negros
começam a emitir radiação em comprimentos de onda visíveis ao olho humano (compreendidos entre
380 à 780 nanômetros). A cor com maior comprimento de onda é o vermelho, e as cores seguem como
no arco-íris, até o violeta, com o menor comprimento de onda do espectro visível.
Um bom modelo de corpo negro são as estrelas, como o Sol, no qual a radiação produzida em seu
interior é expelida para o universo e consequentemente aquece o nosso planeta. A cor amarela do Sol
corresponde a uma temperatura superficial da ordem de 5000K. A primeira menção a corpos negros deve-
se a Gustav Kirchhoff em 1860, em seu estudo sobre a espectrografia dos gases. Muitos estudiosos
tentaram conciliar o conceito de corpo negro com a distribuição de energia prevista pela termodinâmica,
mas os espectros obtidos experimentalmente, ainda que válidos para baixas frequências, mostravam-se
muito discrepantes da previsão teórica, explicitada pela Lei de Rayleigh-Jeans para a radiação de corpo
negro. Uma boa aproximação dos valores para o máximo de emissão para cada temperatura era dado
pela Lei de Wien, porém foi Max Planck que, em 1901, ao introduzir a Constante de Planck, como mero
recurso matemático, determinou a quantização da energia, o que mais tarde levou à teoria quântica que,
por sua vez, rumou para o estudo e surgimento da mecânica quântica.

Constante de Planck
Dentre os vários experimentos realizados pelos cientistas até o final do século XIX, o que mais
despertou curiosidade foi o estudo da luz emitida por corpos aquecidos. Para estudar a luz emitida por
esses corpos aquecidos os cientistas tiveram que propor um modelo no qual a ideia era realizar os
cálculos apenas para a radiação produzida pela agitação térmica do corpo.
Para que esse estudo fosse realizado corretamente, o corpo deveria absorver toda radiação que nele
chegasse, sem refleti-la. Dessa forma, o corpo deveria ser totalmente negro, daí o nome do modelo:
radiação do corpo negro. Vários cientistas da época (final do séc. XIX) eram preocupados em tentar dar
uma explicação plausível de como a temperatura influenciava a energia emitida por um corpo negro.
Embora fossem muitos os dados experimentais, os cientistas chegaram à conclusão de que nem a
Termodinâmica ou as Leis de Newton eram capazes de demonstrar teoricamente os resultados obtidos.
Na época, para tentar explicar a radiação de corpo negro, eles utilizaram um modelo que propunha
que um corpo possuiria os átomos interligados por “molas”. Dessa forma, diziam que quando aumentava

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a temperatura de um corpo, aumentava também a amplitude de oscilação. Mesmo com base nessas
considerações, os cientistas não conseguiram reproduzir corretamente os experimentos. No ano de 1900,
Max Planck fez uma suposição na qual afirmou que a energia dos osciladores não poderia assumir
qualquer valor arbitrário, mas que sempre seria um múltiplo inteiro de um valor mínimo de energia.
Assim, Planck disse que existiria um valor mínimo para a energia que podia ser absorvida ou emitida
pelos osciladores. Este valor ficou conhecido como um quantum de energia. Dessa forma, Planck pôde
explicar corretamente a radiação do corpo negro através da ideia de quantização de energia. Podemos
entender melhor a ideia de quantização da energia proposta por Planck fazendo uma analogia com a
troca de moedas de 1 centavo entre duas pilhas de dinheiro. Suponhamos que cada moeda de 1 centavo
seja nosso quantum de dinheiro: assim, podemos trocar moedas à vontade entre as pilhas, mas é
impossível aumentar ou diminuir 0,5 centavo a qualquer uma das pilhas – o valor total de cada pilha
sempre será múltiplo de 1 centavo.
Baseando-se nesse raciocínio, Planck propôs o quantum de energia. Ele considerou que a quantidade
total de energia dos osciladores era dividida em “pequenos pacotes” de energia. Estes pequenos pacotes
de energia, ao serem somados, resultam na energia total dos osciladores:

Energia dos osciladores = n(hf) = n(6,6 x 10-34 f)

Onde:

hf é o quantum de energia para o oscilador de frequência f.


h é a constante de Planck.

Efeito Fotoelétrico
Efeito Fotoelétrico é a emissão de elétrons de um material, geralmente metálico, quando ele é
submetido à radiação eletromagnética. Ela tem larga aplicação no cotidiano como, por exemplo, a
contagem do número de pessoas que passam por um determinado local, como também na aplicação dos
exemplos dados anteriormente. A aplicação desse efeito acontece através das células fotoelétricas ou
fotocélulas, as quais podem ser de vários tipos como, por exemplo, a célula fotoemissiva e a célula
fotocondutiva.
Mas o que vem a ser célula fotoelétrica? São dispositivos que têm a capacidade de transformar energia
luminosa, seja ela proveniente do Sol ou de qualquer outra fonte, em energia elétrica. Essa célula pode
funcionar como geradora de energia elétrica ou mesmo como sensor capaz de medir a intensidade
luminosa, como nos casos das portas de shoppings.
Existem vários tipos de células fotoelétricas, dentre as quais podemos citar algumas que têm larga
utilização atualmente, como: Silício Cristalino, Silício Amorfo, CIGS, Arseneto de Gálio e Telureto de
Cádmio. Essas células são aplicadas tanto em painéis solares como também em monitores de LCD e de
plasma. Texto Adaptado de: Marco Aurélio da Silva.

Espectros Atômicos
Em 1859, Kirchhoff e Bunsen deduziram a partir de suas experiências que cada elemento, em
determinadas condições emite um espectro característico. Tal espectro é exclusivo de cada elemento.
Com isso foi possível desenvolver um novo método de análise, baseado nestas emissões. A parte da
ciência que estuda estas emissões é chamada de Espectroscopia e foi de fundamental importância no
estudo dos astros, uma vez que praticamente tudo o que se sabe a respeito da composição química deles
vem de estudos das suas emissões espectrais.
Quando se fornece energia a um elétron em um átomo de um determinado elemento, tal elétron pode
“saltar” para um nível superior de energia e ao retornar ao seu estado inicial emite radiação
eletromagnética. Toda radiação eletromagnética possui uma frequência e com isto pode-se determinar
seu comprimento de onda.
Entretanto, esta energia fornecida ao átomo para que ele altere o seu estado, não pode possuir
qualquer valor. Neste caso, cada átomo é capaz de emitir ou absorver radiação eletromagnética, somente
em algumas frequências específicas o que torna a emissão característica de cada material.
Para fornecermos energia aos elétrons de um determinado material, uma das formas de fazer é
aquecê-lo em sua forma gasosa. Assim, este elemento pode emitir radiação em certas frequências do
visível, o que constitui seu espectro de emissão.
De acordo com as leis de difração teremos padrões de interferência quando nλ = dsen θn, onde n
corresponde a ordem de difração que está sendo observada. Na prática realizada nos laboratórios, o
espectro de 1ª ordem pode se apresentar da seguinte forma (exemplo para o mercúrio).

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Linhas do espectro visível do Hg

COR λ(nm)
VERMELHA 690
VERMELHA 624
VERMELHA 611
VERMELHA 608
AMARELA 578
VERDE 548
VERDE-AZULADA 496
VERDE-AZULADA 492
AZUL 435
VIOLETA 408

Após os testes em laboratório, pode – se ver o seguinte espectro atômico:

Texto Adaptado dePAULA; Ricardo Normando Ferreira

Comprimento de Ondas de De Broglie e Ondas de Matéria34

Apesar de todas as limitações, a teoria de Bohr teve o mérito de contribuir para a aceitação da
dualidade onda-corpúsculo, rompendo assim com a Física Clássica. Perdida a imagem tradicional do
Universo logo se pensou que, se uma radiação se pode comportar como uma onda e como uma partícula,
porque não uma partícula a comportar-se também como uma onda?
Talvez então os elétrons ou os átomos, ou outras partículas, pudessem manifestar comportamento
ondulatório, sendo esta questão levantada pela primeira vez pelo físico francês Louis de Broglie, em 1923,
que admitiu que a uma partícula de massa m, que se move com velocidade escalar v, tendo, portanto,
um momento linear de valor p = m.v, se encontra associada uma onda de comprimento de onda λ, tal que
ℎ ℎ
𝜆= ⇔ 𝜆=
𝑚. 𝑣 𝑝

em que h é a constante de Planck.


Este comprimento de onda λ designa-se por comprimento de onda de de Broglie da partícula. A
generalização do conceito de onda-corpúsculo a todas as partículas serviu a de Broglie de fundamento
para a criação de uma nova mecânica, a Mecânica Ondulatória, continuada pelo físico-matemático
austríaco Erwin Schroedinger. Em 1927, os físicos americanos Davisson e Germer conseguiram que um
feixe monocinético de elétrons s, i.e., um feixe em que os elétrons tinham todos a mesma energia cinética,
atravessasse um cristal de níquel, tendo obtido imagens daquelas partículas, que revelaram
comportamento ondulatório, o que está na base do funcionamento do microscópio electrónico, que se
baseia nas propriedades ondulatórias dos elétrons
Mais tarde obtiveram-se resultados análogos por utilização de feixes de neutrões, protões, átomos de
hidrogénio e átomos de hélio, resultado da difração destes feixes corpusculares. O físico alemão Werner
Heisenberg, fundamentando-se na teoria dos quanta de Planck e Einstein, apresentou na mesma época
outra teoria, desenvolvida segundo um tratamento matemático diferente, a chamada Mecânica Quântica.
O físico inglês Paul Dirac demonstrou, todavia, que estas duas mecânicas eram fisicamente idênticas,
embora com formas matemáticas diferentes, passando a serem ambas conhecidas como Mecânica
Quântica.
Temos por base a descontinuidade da energia, emitida e absorvida, que a mecânica newtoniana,
como física do contínuo, não podia suportar. Tal como a óptica geométrica é uma boa aproximação da
óptica ondulatória quando o comprimento de onda é muito menor que as dimensões dos obstáculos ou
aberturas que a radiação encontra, também a mecânica clássica é uma boa aproximação da mecânica

34
Texto adaptado de: Materiais baseados em "Física" de Alcina do Aido, Maria Adélia Passos Ponte, Maria Aurelina Martins, Maria Gertrudes Abreu Bastos,
Maria Josefina Pereira, Maria Margarida Leitão e Rómulo de Carvalho, Livraria Sá da Costa Editora, Volume II, págs. 227 a 363.

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quântica sempre que o comprimento de onda de de Broglie da partícula em causa seja muito menor do
que as dimensões dos obstáculos ou aberturas que a partícula encontra.
Como o valor da constante de Planck é muito pequeno, o comprimento de onda de de Broglie é
extraordinariamente pequeno para qualquer corpo macroscópico, não sendo, por isso, de notar
fenômenos de difração com os corpos que utilizamos no dia-a-dia, podendo mesmo aplicar-se aos
elétrons, em certas condições, as leis da mecânica clássica.

Ondas de Matéria
Matéria está relacionada com energia pela relatividade especial. Energia está relacionada com ondas
pelas relações de Planck-Einstein, que mostram que a energia de um fóton é discretizada e diretamente
proporcional à sua frequência. Se matéria está relacionada com energia e se energia está relacionada
com ondas, é quase natural supormos que matéria relaciona-se, de alguma maneira, com ondas. Neste
pensamento, nascem as ondas de matéria. A assinatura das ondas de matéria é expressa pela relação

“𝑝 = 𝜆 ”, que significa “na mecânica quântica (h), partícula (p) se comporta como onda (λ) e vice-versa”.

O mapa a seguir ilustra esse raciocínio.

Texto adaptado de: Prof. Dr. Matheus P. Lobo

Princípio da Incerteza Heisenberg. Dualidade Onda-Partícula.

Para efetuarmos qualquer tipo de medição precisamos interagir com aquilo que queremos medir.
Durante a medida do tamanho de um tecido por exemplo, é necessário tocá-lo e compará-lo com uma fita
métrica; para medir a velocidade de um carro, o radar rodoviário emite ondas que atingem o carro e voltam
permitindo calcular sua velocidade; para simplesmente descobrirmos a posição de qualquer objeto,
geralmente precisamos enxergá-lo e se o enxergamos significa que a luz iluminiu este corpo e chegou
aos nossos olhos.
Por melhor que sejam os nossos aparelhos de medição, sempre haverá uma possível diferença entre
a medida que avaliamos e a medida real. Por exemplo, se usarmos uma régua graduada em apenas em
centímetros, nunca teremos certeza sobre os milímetros daquela medida. A possível diferença entre o
valor que medimos e o valor real é chamada de incerteza.

Quanto mede o lápis acima? Se dissermos 6,5 cm não podemos ter certeza sobre os 0,5 cm além dos
6 cm marcados na régua. Não existe qualquer indicação na régua que mostre esses 0,5 cm a mais. Por
isso dizemos que a incerteza dessa medida é + 0,5 cm.

O Princípio da Incerteza
Quando começamos a lidar com corpos muito pequenos, como os elétrons por exemplo, determinar
valores como posição e momento torna-se uma tarefa um pouco mais complicada. Como saber a posição

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de um elétron? Poderíamos lançar contra ele um feixe de luz com alguns fótons (partículas de luz) e ao
recebê-los novamente calcular onde estava.
Se tentarmos porém determinar a quantidade de movimento da mesma forma, alteraremos a
quantidade de movimento original com os fótons que lançamos. Podemos então criar uma cuidadosa
experiência para tentar calcular o momento do elétron. A Quantidade de Movimento da partícula
necessária para esse cálculo muda a posição do elétron de modo que não conseguimos descobrir a
posição com boa precisão. Resumindo, quanto maior a precisão com que medimos a posição menor a
precisão com que mediremos o momento e vice-versa. A isso chamamos de Princípio da Incerteza de
Heisenberg.
Essa incerteza não se deve aos aparelhos que usamos, mas a própria natureza das partículas.
Segundo as leis da Mecânica Quântica, quanto mais fácil for para encontrar uma partícula maior o
momento necessário para interagir com ela, o que torna mais difícil determinar a sua Quantidade de
Movimento. Algo parecido ocorre se conseguirmos determinar o Momento com precisão e tentarmos
descobrir a posição.
Como podemos perceber, muitos conceitos da Mecânica Quântica são bastante diferentes da
Mecânica Clássica. Porém a maior parte da Ciência desenvolvida antes do século XX encontra aplicações
em nossa vida diária e nas situações com que estamos acostumados. Esta mesma Ciência Clássica
começa a perder sua utilidade quando estudamos objetos extremamente pequenos, como átomos,
extremamente grandes, como estrelas ou extremamente rápidos, próximos da velocidade da luz.

Dualidade Onda-Partícula.
Ao longo dos tempos o ser humano e os animais evoluíram de forma a ter uma sensibilidade maior
para a luz visível. O estudo dos fenômenos ópticos é fascinante, pois os variados tipos de imagens podem
trazer diversos tipos de emoções ao ser humano e mesmo aos animais. Mas a evolução vem da
necessidade destes seres obterem informações do meio em que vivem. Na história da humanidade alguns
estudos resultaram em grandes descobertas. Primeiramente, com relação à luz, estudou-se a
possibilidade dela se propagar em linha reta. Mais tarde, Isaac Newton decompõe a luz em várias cores
e também consegue demonstrar que várias cores compõe a luz branca.
Muitas discussões foram feitas com relação à luz. Quando se fala em propagação automaticamente
considera-se um deslocamento com certa velocidade. Mas velocidade do quê? De uma onda ou de uma
partícula?
Primeiramente, faz-se necessário fazer algumas considerações: Uma onda é uma perturbação que se
propaga em um meio. No caso de uma onda eletromagnética a perturbação é do campo elétrico e do
campo magnético. É um argumento plausível pra explicar a luz. Mas alguns experimentos realizados no
fim do século XIX mudam um pouco essa concepção com relação a este importante ente físico. Entre os
mais relevantes, podem ser citados o efeito fotoelétrico, o espalhamento Compton e a produção de raios
X. Quando se faz um experimento com partículas em fenda única, observa-se uma região de máxima
incidência de partículas, conforme mostra a figura.

as partículas são colimadas por uma fenda e incidem no anteparo formando um padrão de interferência
com uma franja apenas.

Fica evidente o caráter ondulatório quando se faz um experimento com fenda de espessura da ordem
do comprimento de onda da luz incidente conforme a seguir.

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ao centro, apenas uma franja de intensidade luminosa máxima.

Nestes dois casos se observa a intensidade máxima em uma única região do anteparo.
Quando a onda incide em um colimador com duas fendas observa-se um padrão de interferência com
várias franjas. Isto ocorre devido ao fato de que há uma interferência construtiva quando a intensidade
máxima da onda da luz emergente de uma fenda coincide com o máximo da onda emergente da outra
fenda. Isso ocorre porque há uma diferença de caminho da luz emergente de cada fenda. O mesmo
acontece com os mínimos e forma o padrão de interferência.

várias franjas de intensidade luminosa máxima no centro.

Quando a mesma experiência é realizada com partículas, o padrão deve ser formado apenas por duas
raias de máxima intensidade. Mas não é isto que se observa se a mesma experiência for realizada com
prótons, nêutrons ou elétrons. O que se observa é um padrão de interferência! É isto que intriga os físicos:
a luz se comporta ora como onda, ora como partícula. E as partículas se comportam como onda em
determinadas situações. Texto adaptado: Glauber Luciano Kítor.

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