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todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br
Para melhor interpretar o sistema internacional de unidades precisamos entender primeiro o que é
notação científica e ordem de grandeza.
Quando estamos trabalhando com números muito grandes, muitas vezes é mais fácil utiliza-los em
notação científica, ou ordem de grandeza. Para isso, devemos conhecer as potências de 10. Todo número
positivo pode ser escrito como em potência de 10. Vejamos alguns exemplos:
1=100
10=101
100=10²
1000=10³
Ordem de Grandeza
A ordem de grandeza de um número serve para termos uma noção da dimensão do número e onde
podemos localizá-lo. Nos exemples acima temos então a ordem de grandeza de maneira crescente, assim
a ordem de grande do número 10 é 101, do número 100 é 102 e assim por diante.
Notação Científica
Observe os exemplos:
1 - Qual a ordem de grandeza do número 25347 e como ele ficaria escrito em notação científica?
O número 25347 tem cinco casas, logo a ordem de grandeza dele é 104 que também possui cinco
casas (pois 104 = 10000). 25347 escrito em notação cientifica é: 2,5347 x 104.
2 - A distância do Sol a Terra é de 150 milhões de km (150.000.000 km), um número muito grande que
pode ser expresso por 150 x 106 ou 15 x 107 ou 1,5 x 108.
201,4 . 101 ➔ 20,14 . 102 ➔ 2,014 . 103, observa-se que colocar um número na base 10, é o mesmo
que o dividir por dez, ou escrever o mesmo na forma decimal acrescido de vírgula. Para cada divisão
aumenta-se o expoente.
A notação científica chega a sua parte final, quando a mantissa tem seu módulo compreendido entre:
1≤ a ≤10
No exemplo acima, a = 2,014, logo esta compreendido entre os valores acima.
Algarismos Significativos
Os algarismos significativos são os que representam a exatidão de um número. Como por exemplo o
número 28,72 tem 4 algarismos significativos. Se caso o número fosse 28,7200 ele teria 6 algarismos
significativos, pois a adição de zeros à direita, aumenta a exatidão do número. Os seguintes exemplos
tem 5 algarismos significativos:
- 137,28
- 000000000000000467,96
- 0,51678
- 12.359
- 3,7589 x 10-2
Como observamos nesse último exemplo, é fácil determinar os algarismos significativos em números
escritos em notação científica. Todo o número com execção da potencia de dez são algarismos
significativos.
Erros e Desvios
Algumas grandezas possuem seus valores reais conhecidos e outras não. Quando conhecemos o
valor real de uma grandeza e experimentalmente encontramos um resultado diferente, dizemos que o
valor obtido está afetado de um erro. 1
ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da
mesma.
Entretanto, o valor real ou exato da maioria das grandezas físicas nem sempre é conhecido. Quando
afirmamos que o valor da carga do elétron é e = 1,60217738 x 10-19 C, este é, na verdade, o valor mais
provável dessa grandeza, determinado por meio de experimentos com incerteza de 0,30 partes por
milhão. Neste caso, ao efetuarmos a medida dessa grandeza e compararmos com e, falamos em
desvios e não erros.
1
https://bit.ly/2OHVIvI
O desvio de cada medida, no caso do exemplo, está indicado na tabela. Desse conjunto deve- se
extrair a incerteza que afeta o valor adotado (valor médio). Considera-se, para esse fim, a média
Esse desvio significa que o erro que se comete ao adotar o valor médio ( L = 5,37 cm) é de 0,01 cm.
Em outras palavras, o valor real deve estar entre 5,36 e 5,38 cm. Dessa maneira, o comprimento da
barra pode ser expresso como:
Desvio Relativo
O desvio relativo é igual ao quociente entre a incerteza e o valor adotado e é, freqüentemente
expresso em termos percentuais.
O desvio relativo percentual é obtido, multiplicando-se o desvio relativo por 100%. O desvio relativo
nos dá, de certa forma, uma informação a mais acerca da qualidade do processo de medida e nos permite
decidir, entre duas medidas, qual a melhor. Isto é, quanto menor o desvio relativo, maior a precisão da
medida.
Básicas
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Derivadas
Todas as unidades existentes podem ser derivadas das unidades básicas do SI. Entretanto,
consideram-se unidades derivadas do SI apenas aquelas que podem ser expressas através das unidades
básicas do SI e sinais de multiplicação e divisão, ou seja, sem qualquer fator multiplicativo ou prefixo com
a mesma função. Desse modo, há apenas uma unidade do SI para cada grandeza. Contudo, para cada
unidade do SI pode haver várias grandezas. Às vezes, dão-se nomes especiais para as unidades
derivadas.
É, tão somente, uma apresentação organizada, tabelada, das unidades do SI das principais grandezas,
acompanhadas dos respectivos nomes e símbolos. Na primeira tabela, unidades que não fazem uso das
unidades com nomes especiais:
Na segunda tabela, as que fazem uso na sua definição das unidades com nomes especiais.
Dimensional Dimensional
Grandeza Unidade Símbolo
Analítica Sintética
Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz
Aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s² 1/s² Hz²
Momento de força newton metro N•m kg·m²/s² ----
Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ ----
Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m)
Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K
Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg)
Condutividade térmica watt por metro por kelvin W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K)
Intensidade de radiação watt por esferorradiano W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr)
Por fim, tem-se unidades que são aceitas temporariamente pelo SI. Seu uso é desaconselhado.
Exceções
- Unidades segundo e radiano: é necessário dobrar o r e o s. Exemplos: milissegundo, decirradiano,
etc.
- Especiais: múltiplos e submúltiplos do metro: quilômetro (quilómetro), hectômetro (hectómetro),
decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro; também nanômetro (nanómetro), picômetro (picómetro)
etc..
Observações
- O k usado em “quilo”, em unidades como quilômetro (km) e quilograma (kg), deve ser grafado em
letra minúscula. É errado escrevê-lo em maiúscula.
- Em informática, o símbolo “K” que pode preceder as unidades bits e bytes (grafado em letra
maiúscula), não se refere ao fator multiplicativo 1000, mas sim a 1024 unidades da grandeza citada (para
correção a IEC definiu o chamado prefixo binário onde 1:1024 e o uso dos prefixos da SI passaram a
valer 1:1000).
- Em unidades como km² e km³ é comum ocorrerem erros de conversão.
Para fazer conversões nesses casos, devem-se colocar mais dígitos por casa numérica: em metros,
cada casa tem um dígito (exemplo: 1000 m = 1 km); em metros quadrados (2), cada casa numérica tem
dois dígitos (exemplo: 1000 m × 1000 m = 01 00 00 00 m² = 1 km²); em metros cúbicos (3), cada casa
numérica tem três dígitos (exemplo: 1000 m × 1000 m × 1000 m = 001 000 000 000 m³ = 1 km³).
É importante saber que somente o nome da unidade de medida aceita o plural. As regras para a
formação do plural (no Brasil) para o nome das unidades de medida seguem a Resolução Conmetro
12/88, conforme ilustrado abaixo:
Para a pronúncia correta do nome das unidades, deve-se utilizar o acento tônico sobre a unidade e
não sobre o prefixo.
Certo Errado
quilômetro por hora km/h quilômetro/h; km/hora
metro por segundo m/s metro/s; m/segundo
Símbolo de Unidade
As unidades do SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de símbolos.
Certo Errado
cinco metros 5 m 5 ms ou mts
dois quilogramas 2 kg 2 kgs
oito horas 8h 8 hs
Representação
O resultado de uma medição deve ser representado com o valor numérico da medida, seguido de um
espaço de até um caractere e, em seguida, o símbolo da unidade em questão. Exemplo:
Para a unidade de temperatura grau Celsius, haverá um espaço de até um caractere entre o valor e a
unidade, porém não se porá espaço entre o símbolo do grau e a letra C para formar a unidade “grau
Celsius”. Exemplo:
Os símbolos das unidades de tempo hora (h), minuto (min) e segundo (s) são escritas com um espaço
entre o valor medido e o símbolo. Também há um espaço entre o símbolo da unidade de tempo e o valor
numérico seguinte. Exemplo:
Exceções
Para os símbolo da unidade de ângulo plano grau (°), minuto(') e segundo("), não deve haver espaço
entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver um espaço entre o símbolo da unidade e o próximo
valor numérico.
Unidades de Comprimento
Ao medirmos a altura de uma pessoa, usamos a unidade conhecida como “metro”: 1,60m, 1,83m etc.
Mas seria muito difícil se usássemos a mesma unidade para calcular a distância entre cidades ou países,
pois são longas distâncias, ou seja, números que podem ser muito grandes. Teríamos dificuldade também
ao escrever a espessura de um fio de cabelo ou a tampa de uma caneta: pequenas distâncias, pequenos
números. Logo, para resolver esse problema, criou-se uma convenção para as unidades de comprimento.
Do maior ao menor: quilômetro, hectômetro, decâmetro, metro, decímetro, centímetro e milímetro. Seus
símbolos são respectivamente: km, hm, dam, dam, m, dm, cm, mm.
Tomando o metro como referência, temos:
Unidades de Área
Mas e para medir o piso que gostaria de colocar na minha casa? Ou o terreno da minha casa? Lembre-
se de que para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar comprimento de seu lado duas vezes
(o que chamamos de elevar ao quadrado). Então a unidade de área é basicamente elevar ao quadrado a
unidade de comprimento. Portanto temos:
Unidades de Volume
Repare que, para descrever as unidades de área, multiplicamos as unidades duas vezes. O caso do
volume será muito parecido. Basta lembrar que para calcular o volume de um cubo, devemos fazer a
multiplicação do comprimento de suas arestas três vezes (elevar ao cubo), portanto, basta multiplicar
essa quantidade de vezes a unidade de comprimento.
Unidades de Tempo
Juntamente com o metro, as unidades de medição do tempo são, talvez, as mais comuns. Segundo
(s). E as demais: minuto, hora, dia, ano, década, século e milênio.
1 milênio = 1000 anos ; 1 ano = 365 dias ; 1 dia = 24horas ; 1 hora = 60 min ; 1 minuto = 60 segundos.
22
http://educacao.globo.com/matematica/assunto/matematica-basica/sistemas-de-unidades-de-medidas.html
Vetores
Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados os vetores: entes matemáticos abstratos
caracterizados por um módulo, por uma direção e por um sentido. Representação de um vetor –
Graficamente, um vetor é representado por um segmento orientado de reta:
Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.
No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude) mais uma referência
(sua unidade de medida);
No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude), de uma referência (sua
unidade de medida), de uma direção e de um sentido.
A partir dessa definição podemos, por exemplo, dizer que o comprimento, a quantidade de matéria e
a energia são grandezas físicas, enquanto as notas de uma prova, o preço de um objeto e a intensidade
de um sentimento não são.
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de unidade de
medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente definido, e é por meio de um
processo de comparação quantitativa (medição) com esse padrão unitário que se determina a magnitude
de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o tamanho unitário está contido na medida em que está
sendo feita. Podem, também, existir diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza
física; usa-se corriqueiramente a polegada como medida de comprimento em favor do oficial metro. A
união de determinadas unidades de medida dá origem a um sistema de medida.
Grandeza escalar - é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número
ou um número e uma unidade. A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada
quando conhecemos um número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg. A temperatura é uma
grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A temperatura da sala de aula é 27ºC. O volume é uma grandeza escalar porque fica
perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma unidade. O volume de uma caixa de
leite é um litro. O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado
quando conhecemos um número e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas. O índice de refração
absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas por um
número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica
perfeitamente caracterizada.
Grandeza Vetorial - é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma
direção, um sentido, um número e uma unidade. O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é
uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o deslocamento entre a sua casa e a sua
Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe
sentido. Não esqueça que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao
segmento BA. Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um
segmento de reta orientado e pode ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.
Vetor Soma
João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.
João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.
Nesta história, podemos considerar que os deslocamentos de Maria formam um conjunto de vetores e
o deslocamento de João representa o vetor soma do conjunto de vetores, isto é, vetor soma de um
conjunto de vetores é o vetor capaz de produzir o mesmo efeito que o conjunto dos vetores.
Método Gráfico
Desejamos somar os vetores da figura abaixo.
Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do vetor
a→.
E assim, sucessivamente, até terminarem os vetores que devem ser somados. É como se você
estivesse encaixando os vetores.
Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.
Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.
Procedendo de modo análogo podemos obter a projeção do vetor a→ sobre o eixo y (a→y). A figura
abaixo mostra as projeções do vetor a→ sobre o sistema de eixos coordenados.
Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.
Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
Cinemática Vetorial
Grandezas Escalares – Ficam perfeitamente definidas por seus valores numéricos acompanhados
das respectivas unidades de medida. Exemplos: massa, temperatura, volume, densidade, comprimento,
etc.
Grandezas vetoriais – Exigem, além do valor numérico e da unidade de medida, uma direção e um
sentido para que fiquem completamente determinadas. Exemplos: deslocamento, velocidade, aceleração,
força, etc.
Regra do Polígono – Para determinar a resultante dos vetores e , traçamos, como na figura acima,
os vetores de modo que a origem de um coincida com a extremidade do outro. O vetor que une a origem
de com a extremidade de é o resultante .
Questões
01. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – Júnior – CESGRANRIO) A chuva de vento ocorre quando
as gotas da água da chuva sofrem ação do vento enquanto caem. Em um determinado instante, uma das
gotas de uma chuva de vento possui componentes horizontal e vertical da sua velocidade iguais a 1,50
m/s e 2,00 m/s, respectivamente. Qual é, aproximadamente, em m/s, o módulo do vetor velocidade dessa
gota?
(A) 6,25
(B) 5,50
(C) 3,50
(D) 2,50
(E) 1,75
02. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO) Sultan Kosen, um turco de 31 anos que mede
2,51 metros, está no livro dos recordes como o homem mais alto do mundo. A ordem de grandeza,
em cm, da altura de Sultan é:
(A) 100
(B) 101
(C) 10²
(D) 10³
04. (EEAR – Sargento Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) Dois vetores 𝐴⃗𝑒 𝐵 ⃗⃗ estão
representados a seguir. Assinale entre as alternativas aquela que melhor representa a resultante da
operação vetorial𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗
(B)
(C)
(D)
05. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Ao se fazer uma medida, do ponto de vista
científico, são necessárias regras de tal maneira que, em qualquer lugar do planeta, essa mesma
medida possa ser feita por outras pessoas, dentro dos mesmos critérios. Dentro desses critérios,
uma pessoa deve escrever o resultado da medida com todas as casas métricas que ela consegue
ler no aparelho, mais a primeira casa que ela consegue ainda avaliar. Por exemplo, ao usar uma
régua escolar, que é milimetrada, para fazer uma medida, uma pessoa poderia obter, do ponto de
vista de algarismos significativos (critérios científicos), a medida:
(A) 9mm
(B) 9,50mm
(C) 12,6 cm.
(D) 12,60cm
07. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Qual dos itens abaixo está
representando corretamente uma resistência elétrica no SI?
(A) 6W
(B) 6
(C) 6Hz
(D) 6N
(E) 6T
08. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Existem sete unidades básicas
no sistema internacional de unidades (SI) e que geram as unidades derivadas de medida. Das
alternativas indicadas, a única que não é uma unidade do SI é
(A) metro
(B) ampère
(C) mol
(D) polegada
(E) grama
Gabarito
01. Resposta: D.
V²=2²+1,5²
V²=4+2,25
V²=6,25
V=2,5 m/s
02. Resposta: C.
2,51 m=251 cm
Portanto, a ordem de grandeza é de 10².
03.Resposta: C.
04. Resposta: B.
05. Resposta: D.
Como tem que ser algarismos para a régua e um a mais que consegue identificar, ficamos com
12,60cm.
06. Resposta: B.
Tempo é em segundos
Comprimento: metro
Temperatura: ºC
Área: m²
07. Resposta: B.
A resistência elétrica é dada em ohm()
08. Resposta: D.
Polegada é uma unidade de medida de comprimento, mas não do SI que é o metro.
3.2.1.2 Mecânica
CINEMÁTICA ESCALAR
Exemplos:
1. Um carro viaja de uma cidade “A” a uma cidade “B”, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas,
pois decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1
hora e 20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a
viagem?
S=200km
t=4h
v=?
∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ
Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.
2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?
∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ
Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69,3 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66 ℎ
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em um
movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média vista nos
exemplos anteriores:
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 =
∆𝑡
Então:
Sfinal = Sinicial + v.t
Exemplos:
1. O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.
Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
S = So+ v.t
S = 50 + 20.t
2. Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.
Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercício que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Resolução:
Comparando com a função padrão: Sfinal = Sinicial + v.t
(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m
(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.
Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 (Torricelli)
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡
Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade V em um intervalo de tempo t, e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡
Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
Exemplos:
1. Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s
2. Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:
Carro:
1
S = S0 + v0.t + 2 𝑎 𝑡 2
1
𝑆 = 0 + 0 + . 5𝑡 2
2
5 2
S = 2𝑡
S = S0 + vt
S = 0 + 10t
S = 10t
10.2
t = 0s e t= 5
=4 s
1 𝑎 𝑡2
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 +
2
1 𝑎 52
𝑆 =0 + 0+
2
5𝑡 2
S=
2
Caminhão:
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡
𝑆 = 0 + 10𝑡
S = 10 t
5𝑡 2
S= 2
= 10 t
10.2
t=0set= =4s
5
(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.
3. Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê uma
pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto tem
valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0 = (30)2+ 2aS
-900 = -16 S
56,25 = (S-S0)
56,25 m = S
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g = 9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g = 10m/s²
𝑣 = 𝑣0 + 𝑔. 𝑡
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑔∆𝑆
Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo
Exemplos:
1. Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:
Subida (t=3s)
1
h = ho + vot -2 gt2
1
15 = 0 + 3v0t -2 10.32
15 = 3vo - 45
15 + 45 = 3 vo
60
3
= v0
V0 = 20m/s
V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10 / 10
t = 1s
V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30
t = 30 / 10
t = 3s
Gráficos
Um movimento uniformemente variado (MUV) tem aceleração escalar a constante. Portanto o gráfico3
de “a” em função do tempo deve ter um dos dois aspectos das figuras a seguir, conforme a aceleração
seja positiva ou negativa.
Movimento Uniforme
(v = constante 0)( = 0)
Progressivo: (v > 0)
3https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/fisica/mecanica_cinematica/aulas/graficos_do_muv_da_velocidade_escalar_e_do_espaco_em_funcao_do
_tempo
(equação de Torricelli)
Resumindo:
Acelerado Retardado
Progressivo v>0e v>0e
Retrógrado v<0e v<0e
Regra prática
Aceleração escalar
Positiva Negativa
Positiva Negativa
Positiva Negativa
CINEMÁTICA VETORIAL
O vetor representa, para efeito de se determinar o módulo, a direção e o sentido, da grandeza física.
Utilizando-se a representação através de vetores poderemos definir a soma, a subtração e as
multiplicações de grandezas vetoriais.
Ao longo do texto vamos estabelecer a distinção entre grandezas vetoriais e escalares, colocando uma
flechinha sobre as primeiras:
= vetor aceleração
= vetor velocidade
= vetor posição
= vetor força
Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por: v + w = (a+c,b+d)
I) Comutativa:
Para todos os vetores u e v de R2 v+w=w+v
II) Associativa:
Para todos os vetores u,v e w de R2. u+ (v+w) = (u+v) +w
Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por: v - w = (a-c, b-d)
Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:
Movimento Oblíquo
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.
Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.
Movimento Oblíquo
Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".
Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:
Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?
(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
𝑋 = 62,5 𝑚
2. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.
Propriedades e Equações
=-0
Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.
Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência (f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠
Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.
vA = vB
ωB = ωR
As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas lineares Grandezas angulares
v=vo+at =0+at
1 1 2
S-S0 +Vot + 2 𝑎𝑡 2 =0+0t+2 𝑎𝑡
∆𝑉 ∆𝜔
am= ∆𝑡 αm= ∆𝑡
v2=vo2 + aS 2=02 +2a
Exemplos:
1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s
(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s
(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s
2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)
acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s
(b)
acp= 𝜔ℎ2 .R
acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2
(c)
acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2
3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular igual
a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅
20
= 0,5= 40 rad/s
=0+αt
20= 0+2t
20
t= 2
t=10s
4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
= 2
=12,5 rad
S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m
5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s
1
=0+0+2.2.102
=100 rad
Usado para facilitar o estudo do movimento dos corpos rígidos, o centro de massa4 é um conceito da
física mecânica, área que estuda o movimento, de uma forma geral.
Quando estudamos o movimento, levamos em consideração diversos corpos em que as dimensões
podem ou não ser consideradas e, em algumas delas, são essenciais. No estudo da dinâmica do corpo
rígido, por exemplo, as informações da dimensão possuem papel importante.
O Centro de massa, trata-se de um ponto em que toda a massa do corpo pode ser considerada como
concentrada, facilitando o cálculo de vários efeitos. Esse não precisa coincidir com o centro geométrico e
sequer precisa estar dentro do corpo.
O centroide, o centro de gravidade e o centro de massa podem, no entanto, coincidir entre si, caso em
que podemos usar os termos de forma intercambiável apesar de se tratar de conceitos diferentes.
O centro de massa pode ser observado quando temos um brinquedo simples e bastante comum: o
joão-bobo. Esse boneco normalmente feito em plástico ou madeira, possui a base arredondada e, por
mais que seja empurrado ou inclinado, volta a ficar de pé, em sua posição inicial.
O seu centro de massa está localizado em sua base, ou seja, a maior parte de seu peso está na base,
ficando próximo ao chão fazendo com que se equilibre nela.
4
https://www.estudopratico.com.br/centro-de-massa-o-que-e-importancia-e-tipos/
Assim, tendo calculado os centros de massa de cada uma das imagens, basta somar as coordenadas
por meio da equação demonstrada a seguir.
Ao estudarmos a Primeira lei de Newton, também conhecida como a Lei da Inércia, vimos que se a
resultante das forças que atuam em um ponto material (corpo cujas dimensões podem ser desprezadas)
é nula, podemos dizer, portanto, que esse ponto material está em repouso ou está em movimento retilíneo
e uniforme.
Se a força resultante for igual a zero (), o ponto material analisado pode estar em equilíbrio estático
(repouso): ou dinâmico (MRU):
Os problemas físicos envolvendo conceitos de estática geralmente objetivam determinar as forças que
atuam sobre um ponto material em equilíbrio. A fim de resolvê-los de forma simples é necessário impor a
condição de que a força resultante sobre ele seja nula. Dessa forma, podemos utilizar o método das
projeções ortogonais dos vetores para resolver tais situações. O método das projeções é descrito a seguir.
Imaginemos um ponto material sujeito à ação de um sistema de forças coplanares F1, F2, F3...Fn.
Seja Oxy um sistema cartesiano de referência, situado no mesmo plano das forças. Se a resultante das
forças for nula (FR = 0), decorre que suas projeções nos eixos Ox e Oy são nulas.
Na figura abaixo temos um exemplo de um ponto material em equilíbrio sujeito à ação simultânea de
quatro forças.
Componentes cartesianas
No equilíbrio, F1x + F3x = F2x + F4x e F1y + F2y = F3y + F4y. Em geral, temos:
Questões
02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) Um veículo mantendo velocidade
escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se encontra
aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma desaceleração
constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma distância de 40 m.
Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo de tempo em que
esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.
03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.
Use π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a aceleração
07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Em um relatório da perícia, indicou-se que o corpo
da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação do
ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma velocidade,
em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.
08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.
Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.
02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s
03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ
04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m
07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s
08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
𝑎= = = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴=𝑏∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-A velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.
DINÂMICA
O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação dele com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando
um jogador de tênis bate em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Outro
exemplo é quando soltamos algum objeto de uma certa altura do solo e ele cai, isso é resultado da
interação da terra com este.
Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os princípios de dinâmica
foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que conhecemos
hoje.
Leis de Newton
Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante. Em resumo,
podemos esquematizar o princípio da inércia assim:
Exemplo:
Um elevador de um prédio encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação exclusiva de duas forças
opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2000 N. O elevador está parado?
Resposta:
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
A equação “F = m . a” é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.
Exemplo:
Quando uma força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=12N, m=2kg, a=?
F = m.a
12 = 2.a
a = 6 m/s²
Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.
(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N
No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contrapeso, a tensão é igual T= mg (onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, inextensível, flexível e tem massa
desprezível.
Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .
Dada a figura
Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
Resolução:
- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;
Substitua o valor da aceleração em uma das equações acima, para que seja possível calcular o valor
da força f.
F = 3.a
F = 3 . 4 = 12 N
Força Peso
P = m.g
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão.
Por exemplo, qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
(b) P=mg
P=10.3,724=37,24 N
Força de Atrito
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Vamos imaginar uma caixa bem grande, colocada no chão, e contendo
madeira. Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não
ocorre. Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto
no qual conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de
atrito Fatrito entre o solo e a caixa.
Direção
As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais à
superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal. Por
exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.
Sentido
A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato. Assim, o
sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies
Módulo
Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos. Enquanto a força que empurra
a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa. Ela anula o
efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:
Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)
a) Atrito Estático: É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito estático
máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo. Quando um corpo não
está em movimento a força de atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo
um coeficiente de atrito estático: µest. Então:
Fat = µest.N
b) Atrito Dinâmico: É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito
estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos a
considerar sua força de atrito dinâmico. A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada
e no cálculo é utilizado o coeficiente de atrito cinético: µd. Então:
Fat = µd.N
Força Elástica
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
K.x = m.g
150x = 100
x = 0,66m
Força Centrípeta
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos de aceleração centrípeta, assim como visto no
MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante. Sabendo que:
𝑣2
acp = 𝑅
Ou
acp = 2.R
Então:
𝑣2
Fcp = m.acp = m 𝑅
= m2.R
A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.
Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp= m 𝑅
Força Centrífuga6
Imagine-se girando num carrossel. Você tem a sensação de que está sendo atirado para fora. Essa
sensação que o faz sentir-se compelido para fora, para fugir do centro, é o resultado da força centrífuga.
A força centrífuga surge sempre que nos movimentamos fazendo curvas (ao longo de trajetórias não-
retilíneas).
Para um indivíduo num sistema em rotação ou que se movimenta numa curva surge uma força, nesse
sistema, conhecida como força centrífuga. Ela tem as seguintes características:
Direção
Na direção perpendicular à curva por aquele ponto no qual o objeto está.
Sentido
No sentido de "fuga do centro" (para fora). Fuga do centro da circunferência osculadora (a
circunferência que tangencia a curva num dado ponto).
Módulo
O módulo de força centrífuga é dado por
Para o indivíduo sobre a plataforma, o objeto está em repouso e ele escreverá para a aceleração na
direção normal
=0
Esse resultado é compatível com o anterior, desde que nos lembremos da força centrífuga. Levando
em conta a força centrífuga podemos escrever na direção normal
6
https://bit.ly/2MrwnVb
Consideremos agora o movimento desse objeto descrito por dois observadores. Um localizado sobre
o solo, em repouso (sistema S), e outro localizado sobre a plataforma (S').
Onde acp é a aceleração centrípeta. De acordo com o resultado já conhecido, podemos escrever
Plano Inclinado
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:
Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
Exemplo:
Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem atrito.
Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.
Px = m.a
m.g.sen = m.a
a = g.sen
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.
Corpos em contato
Quando uma força é aplicada aos corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:
Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F BA=mB.a
Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB = 3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F = (mA+mB).a
24 = (5+3).a
24
a=
8
a = 3m/s2
FBA = mB.a
FBA = 3.3
FBA= FAB= 9N
Trabalho
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no Sistema Internacional (SI) é o Joule (J).
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R = 1 + 2 + 3 + .......... + N
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por uma força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa uma
aceleração de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
= F.S
= m.a. S
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 49
= 5.1,5.100
= 750J
Força não-paralela ao deslocamento
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:
FII=F cos
= FII.S
= F cos.S
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Então:
P = P. h
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 50
P = m.g. h
Potência
Exemplo: Dois carros saem da praia em direção a serra, com uma altitude de 600m (h=600m). Um dos
carros realiza a viagem em 1hora, o outro demora 2 horas para chegar. Qual dos carros realizou maior
trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W = 1𝑠
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:
Pot M =
𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝐹.𝑆 𝑆
Pot M = = 𝐹. =𝐹 vm
𝑡 𝑡
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força, pela equação I:
Pméd = 𝑡
= F.d.cos
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd = 𝑡
Exemplo: Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal
com intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi de
10s?
Pot M=
𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd = 𝑡
= 10
= 36 𝑊
Rendimento7
Todas as vezes que uma máquina realiza um trabalho, parte de sua energia total é dissipada, seja por
motivos de falha ou até mesmo devido ao atrito. Lembrando que essa energia dissipada não é perdida,
ela é transformada em outros tipos de energia (Lei de Lavoisier). Assim sendo, considera-se a seguinte
relação para calcular o rendimento:
Onde:
η é o rendimento da máquina;
Pu é a potência utilizada pela máquina;
Pt é a potência total recebida pela máquina.
Pt= Pu + Pd
Energia Mecânica
Energia é a capacidade de executar um trabalho. Energia mecânica é aquela que acontece devido ao
movimento dos corpos ou armazenada nos sistemas físicos. Dentre as diversas energias conhecidas, as
que veremos no estudo de dinâmica são:
- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica.
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento. Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S
7
https://bit.ly/2P07Asp
v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎
Substituindo no cálculo do trabalho:
R=Ec= Ec - Eci
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
10.(10)2
R =
10.0
-
2 2
R =
−1000
= -500 J
2
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-versa.
Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é obtido através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A= 2
Então:
Fel = Eel = 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜
2
𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎
𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel = =
2 2
Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética, o mesmo que acontece para a
conservação de energia mecânica.
Exemplo:
Uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser abandonada,
a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total. Quando a
pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final
Exemplo:
Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará ao
solo?
E M, inicial= E M, final
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 54
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
mv2 inicial + mgh inicial = mv2 final + mgh final
2 2
1 1
2
m.0+m.10.3=2 mv2 final = mg.0
1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final
Seja um sistema de forças conservativo e os gráficos das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) em
função do tempo (t) ou em função de uma coordenada de posição (x).
Sabendo que a soma de Ep e Ec é constante, os gráficos serão simétricos em relação a um eixo paralelo
ao eixo dos tempos (ou das posições) e correspondente a uma energia igual a (metade da energia
mecânica total).
Onde:
E1 = Energia Cinética
E2 = Energia Potencial
Em = Energia Mecânica
Impulso
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja uma interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:
- Módulo: I = F. t
- Direção: a mesma do vetor F
- Sentido: o mesmo do vetor F
8
https://www.colegioweb.com.br/energia-mecanica/grafico-de-energias-para-um-sistema-conservativo.html
Exemplo:
Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica uma força de intensidade 6,0 · 10² N
sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da força
aplicada pelo jogador.
Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s
Quantidade De Movimento
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:
- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s
Exemplo:
Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:
Como vimos:
Então:
"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."
Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para
que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?
Sistema de Partículas
Consideremos o caso mais simples de um sistema de partículas9. Aquele composto por apenas duas
partículas. Nesse caso as equações se reduzem a apenas duas:
No caso do sistema constituído por apenas duas partículas definimos além do centro de massa
A coordenada relativa
A massa reduzida
.
A utilidade das grandezas físicas assim definidas podem ser entendidas ao adicionarmos e subtrairmos
as equações. A adição nos leva a
9
http://efisica.if.usp.br/mecanica/avancado/multicorpo/sist_2_particulas/
.
A primeira equação representa o resultado já conhecido de que o centro de massa se move de tal
maneira que tudo se passa como se todas as forças externas estivessem atuando sobre ele.
Para entendermos a relevância da coordenada relativa e de massa reduzida consideremos o caso em
que o sistema de duas partículas não está sujeito a forças externas. Nessas circunstâncias as equações
se escrevem agora
Uma vez conhecida a força (ou forças) de interação entre as duas partículas podemos determinar a partir
de ( ) e utilizando ( ). Uma vez conhecidos e podemos determinar e utilizando ( ).
Isto é
Colisões
Em Física, colisões10 entre dois corpos constituem uma interação rápida e violenta, pois as forças
trocadas são de grande intensidade. Nesse breve intervalo de tempo, os corpos trocam entre si forças de
intensidades muito maiores do que as ações externas, o que nos permite considerar que o sistema é
isolado.
Como consideramos o sistema mecanicamente isolado, a quantidade de movimento do sistema
conserva-se em toda colisão, ou seja, a quantidade de movimento antes da colisão é igual à quantidade
de movimento depois da colisão, isto independentemente do tipo de colisão. Portanto, podemos escrever:
Qantes= Qdepois
mA.vA+mB.vB= mA.vA'+mB.vB'
Tipos de choques
- Choque perfeitamente elástico – assim denominamos as colisões em que as forças agentes na fase
de interação são exclusivamente elásticas e, portanto, conservativas. Nesse tipo de colisão, toda a
energia cinética consumida na etapa de deformação reaparece na fase de restituição. O coeficiente de
restituição é, portanto, 100%, isto é, igual a 1.
|vafast |=| vaprox | ⇒ e=1
Ec i= Ec f
- Choque parcialmente elástico – colisão em que, além das forças elásticas, forças dissipativas
oriundas de atritos internos agem na fase de interação. Parte da energia cinética consumida na
deformação dos corpos é dissipada como energia térmica. A maioria das colisões do mundo
macroscópico é desse tipo.
|vafast |<| vaprox | ⇒ 0 <e<1
Ec i> Ec f</e<1
- Choque inelástico – toda energia cinética consumida na deformação é perdida em outras formas de
energia como a térmica e a sonora. Dessa forma, não ocorre restituição (e = 0), portanto os corpos
seguem juntos com a mesma velocidade. Assim, temos:
|vafast |=0⇒ e=0
Ec i>>> Ec f
10
https://alunosonline.uol.com.br/fisica/tipos-colisoes.html
Questões
01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²
02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.
O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco A. O
atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco B
exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N
03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.
05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200
07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que
um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.
Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3) g
(B) (M2 - M3) g
(C) (M2 + M3) g
(D) (M1 - M3) g
(E) (M2 + M1 - M3) g
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
02. Resposta: A.
𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²
03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²
04. Resposta: B.
T = Fat+Px
Px = Psen = 10.10.0,5 = 50N
T = mg = 8.10 = 80N
Substituindo na equação:
80 = Fat+50
Fat = 80-50 =30N
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 61
05. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N
06. Resposta: C.
07. Resposta: D.
Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5
08. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px = Fat
Fat = m.g.sen
09. Resposta: C.
N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3) g
Ou em módulo: P = m . g
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que
é o quilograma-força, que por definição é: 1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a
aceleração da gravidade de 9,8m/s².
P=m.g
1kgf = 1 kg . 9,8m/s2
1kgf = 9,8kg . m/s2 = 9,8N
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão.
Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade
Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:
Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Onde:
A = aceleração da gravidade
m = massa do astro
r = distância do centro do objeto
Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.
Dedução Matemática
Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.
A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.
Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2, proporcionais ao produto das duas massas e inversamente
proporcionais ao quadrado da distância (r) entre elas. G é a constante gravitacional.
A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:
F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;
m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os
fenômenos terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da
ciência moderna.
Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração destas “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.
Leis de Kepler
Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.
Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.
Para estudar o movimento dos astros, é possível fazer uma analogia com o que ocorre quando fazemos
girar verticalmente um corpo preso a uma corda. Se o girarmos muito devagar, quando ele atingir o ponto
mais alto cairá devido a seu peso. Se o girarmos muito depressa, a corda se romperá e o corpo será
arremessado. Para que ele gire mantendo uma órbita fixa, é preciso que exista uma força que o mantenha
nessa órbita.
No Universo, os planetas, satélites, estrelas e outros corpos experimentam grandes forças de atração
entre si em virtude do elevado valor de sua massa. Se existissem apenas estas forças, os diferentes
corpos acabariam se chocando. No entanto, esses corpos têm um movimento perfeitamente ordenado.
Nos corpos que orbitam em torno de uma estrela, as forças de atração determinam trajetórias precisas e
conhecidas. Considerando isso tudo, vamos explicar alguns fenômenos que ocorrem em função das
forças gravitacionais e do movimento dos corpos celestes.
As Estações
A Terra demora um ano para dar uma volta ao redor do Sol e descreve uma órbita elíptica. O eixo da
Terra mantém certa inclinação em relação ao Sol, e é isso que determina as estações. Ao contrário do
que muitos pensam, o verão ou o inverno não chegam quando a Terra está mais próxima ou mais longe
do Sol, e sim quando a inclinação de seu eixo acarreta a incidência mais concentrada da energia solar
em um hemisfério. Quando a posição da Terra em seu movimento corresponde a uma inclinação do eixo
para dentro de sua órbita, é inverno no Hemisfério Sul. Quando o eixo está inclinado para fora, é verão.
11
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html
A origem do universo é um tema que sempre interessou a toda a humanidade. Em todos os povos, em
todas as épocas, surgiram muitas e muitas tentativas de compreender de onde veio tudo o que
conhecemos. No passado, a religião e a mitologia eram as únicas fontes de conhecimento. Elas
propunham certa visão de como um ou vários deuses produziram este mundo. Há mais de dois mil anos,
surgiu o pensamento filosófico. Ele propôs novas ideias, modificando ou mesmo abandonando a tradição
religiosa. Por fim, com o desenvolvimento da ciência, apareceu outro modo de estudar a evolução do
universo.
Atualmente, a ciência predomina. É dessa ciência que muitos esperam obter a resposta às suas
indagações sobre a origem do universo. Muitas vezes, lemos notícias em jornais e revistas apresentando
pesquisas recentes sobre a formação do universo. Na tentativa de chamar a atenção para uma nova
descoberta, os jornalistas às vezes exageram sua importância e publicam manchetes do tipo: “Acaba de
ser provado que o universo começou de uma explosão”. Mas foi provado, mesmo?
As notícias, quase sempre, dão a impressão de que acabaram todos os mistérios, que não há mais
dúvidas sobre o início e evolução do cosmo. Mas a verdade não é exatamente essa. Há dezenas de anos,
os jornais repetem as mesmas manchetes, com notícias diferentes. Quem se der ao trabalho de consultar
tudo o que já se publicou sobre o assunto, verá que os meios de comunicação revelam sempre um enorme
otimismo. O resultado de cada nova pesquisa é apresentado como se tivesse sido conseguida a solução
final. Mas se a notícia de trinta anos atrás fosse correta, não poderiam ter surgido todas as notícias dos
anos seguintes - até hoje - repetindo sempre que certo cientista ou grupo de pesquisadores “acaba de
provar” que o universo começou assim e assim.
A ciência tem evoluído, isso é inegável. Durante o século XX, nossos conhecimentos aumentaram de
um modo inconcebível. Entretanto, nem todos os problemas foram resolvidos. A ciência ainda não
esclareceu a maior parte das dúvidas. As teorias sobre a origem do universo ainda devem sofrer muitas
mudanças, no futuro. Por isso, ninguém deve esperar encontrar aqui a resposta final. A última palavra
ainda não foi dita.
A ciência não é o único modo de se estudar e tentar captar a realidade. O pensamento filosófico e
religioso possuem também grande importância. As antigas indagações ressurgem sempre: será possível
que esse universo tenha surgido sem uma intervenção divina? Até que ponto a ciência e a religião se
contradizem ou se completam?
Ao longo da história da humanidade, desenrolou-se - e ainda se desenrola - um enorme esforço para
descobrir de onde veio tudo aquilo que existe. É a história desse esforço que será descrita neste livro.
Apenas sabendo todas as fases pelas quais já passou o pensamento humano, podemos tentar avaliar
corretamente o estágio atual de nossos conhecimentos. Para isso, não podemos nos limitar apenas às
investigações mais recentes, nem apenas à ciência. Devemos recuar a um passado distante, e
acompanhar essa grandiosa aventura intelectual da humanidade: a tentativa de entender a origem do
universo, a sua própria origem e o seu próprio significado.
Em nossa viagem, encontraremos alguns dos maiores pensadores de toda a história. Muitas teorias
são difíceis ou obscuras. É preciso certo esforço para entendê-las. Mas vale à pena esse esforço de
elevar-se e poder dialogar com alguns dos maiores gênios da humanidade. Nossa viagem pela história
do pensamento humano nos mostrou muitas tentativas realizadas para se compreender a origem de
nosso universo. Essa busca existiu em todas as civilizações, em todos os tempos. Mas a forma de buscar
essa explicação variou muito. O mito, a filosofia, a religião e a ciência procuraram dar uma resposta às
questões fundamentais: O universo existiu sempre, ou teve um início? Se ele teve um início, o que havia
antes? Por que o universo é como é? Ele vai ter um fim?
Nosso conhecimento moderno sobre o universo está muito distante daquilo que era explicado pelos
mitos e pela religião. Nenhum mito ou religião descreveu o surgimento do sistema solar, do Sol, das
galáxias ou da própria matéria. Esperaríamos da ciência uma resposta às nossas dúvidas, mas ela
também não tem as respostas finais. Por que não desistimos, simplesmente, de conhecer o início de
tudo? Que importância pode ter alguma coisa que talvez tenha ocorrido há 20 bilhões de anos?
A presença universal de uma preocupação com a origem do universo mostra que esse é um elemento
importante do pensamento humano. Possuir alguma concepção sobre o universo parece ser importante
para que possamos nos situar no mundo, compreender nosso papel nele. Em certo sentido, somos um
microcosmo. O astrônomo James Jeans explicava o interesse dos cientistas por coisas tão distantes de
nossa vida diária, da seguinte maneira:
12
https://bit.ly/2H4e3Sg
Big Bang
O Big Bang, ou a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do
universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que o universo estava
originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado
pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por
explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De
acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de
13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo,
embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na
teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do
espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble
descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus
desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar
que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente
diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.
Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais
próximos no passado. Esta ideia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e
temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e
testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm
capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia.
Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big
Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve
e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos
leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de
processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica
e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949.
Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria
do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso
e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle
mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear
para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação
cósmica de fundo em micro-ondas em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade
de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas
ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria
do Big Bang devem ter ocorrido.
A importância da descoberta da radiação cósmica de fundo é que ela representa um “fóssil” de uma
época em que o universo era muito novo, sendo a maior evidência da existência do Big Bang. Ela é
proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação).
Questões
02. (UNISINOS/RS) Durante o primeiro semestre deste ano, foi possível observar o planeta Vênus
bem brilhante, ao anoitecer.
Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é………………e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) menor; menor
b) menor; igual
c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior
03. (UEMG/MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:
04. (MACKENZIE/SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?
05. (PUC/SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:
(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F
01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2
mA é a massa do satélite A.
mB=2mA
rB=2rA
𝑀 1 𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹𝐵 = 𝐺 ∙ 2𝑚𝐴 ∙ 2 =2
4𝑅𝐴 𝑅𝐴2
Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.
02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.
03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.
2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.
05. Resposta. A
F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F
ESTÁTICA E HIDROSTÁTICA
Estática
Estática de Um Ponto
Um corpo pode ser considerado um Ponto Material quando suas dimensões (comprimento, largura e
profundidade) podem ser desprezadas em um dado fenômeno em comparação as demais
grandezas físicas que estão sendo estudadas.
Agora, para entendermos a estática no ponto material é necessário que saibamos a condição necessária
para que esse ponto esteja em equilíbrio, isto é, para que possamos afirmar que um ponto material está
parado, em um dado referencial, temos que garantir que a sua velocidade vetorial seja constante com o
tempo, sendo assim a sua aceleração vetorial é zero (nula). Logo, como vimos na aula sobre as Leis de
Newton, a 2ª Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) nos diz que , concluímos
então que a força resultante no sistema é zero.
Portanto, a condição necessária para afirmar que um ponto material está em equilíbrio quando a
resultante das forças aplicada nele for nula, isto é, .
Logo, para fazer o cálculo da força resultante deveremos decompor os vetores nos eixos x e y, e
verificar se a soma no eixo x é zero e a do eixo y, também, é zero.
Exemplos:
1. Um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três forças, conforme a figura abaixo.
Demonstre que isso é verdade.
Para fazermos a demonstração é necessário provar que a resultante das forças no eixo x é zero e a
resultante das forças no eixo y também é zero.
Portanto, utilizaremos o que aprendemos na aula de decomposição de vetores, isto é, faremos um
esquema só com os vetores no sistema cartesiano, isto é:
Como mostra o esquema, podemos separar as forças que atuam nos dois eixos, isto é:
EIXO X:
FRx = F1 + F2x , como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F1 = F2x . Mas como sabemos a F2X = F2 . cos , logo temos que:
F2X = F2 . cos F2X = 150 . cos 36,9º F2X = 150. 0,8 F2X = 120N
Provamos que a F2X = F1, isto é, F2X = F1 = 120N
EIXO Y:
FRY = F3 + F2Y, como as duas forças estão em sentido contrários e estão em equilíbrio podemos concluir
que F3 = F2Y. Mas como sabemos a F2Y = F2 . sen , logo temos que:
F2Y = F2 . sen F2Y = 150 . sen 36,9º F2Y = 150. 0,6 F2X = 90N
Provamos que a F2Y = F3 , isto é, F2Y = F3 = 90N
2. Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?
Sendo:
Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
E, seguindo a condição de equilíbrio:
A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação
de uma força tangencial por menor que ele seja.
O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes:
“Líquidos é aquela substância que adquire a forma do recipiente que a contém possuindo volume definido
e, é praticamente, incompressível. Já o gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar
superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.
Ao se afirmar que a massa específica da água é de 1000 kg/m³ estamos informando que 1 m³ de água
possui uma massa de 1000 kg. Isto nos permite deduzir a definição de massa específica, que é a relação
entre a massa e o volume ocupado por essa massa:
A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:
Pressão
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.
Sendo:
p = Pressão (Pa)
F = Força (N)
A = Área (m²)
Exemplo:
1. Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área
0,3m², qual a pressão exercida por esta força?
Pressão Hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.
Como:
A massa do líquido é:
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 76
mas , logo:
Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.
Pressão Atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg
Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.
Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:
Po=1 atm =1 .105 Pa
Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:
P=P0+dgh
P= 105+(103.10.100)
P= 1100000 Pa
Ou
𝟏𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
P= 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
→ P=11 atm
13
Experiência de Torricelli
Em 1643, ano em que Torricelli realizou a sua experiência não se acreditava que o vácuo (ausência
de matéria) pudesse existir. Assim, naquela época, explicava-se que a água subia por um tubo quando a
ar era sugado por um dos lados, como uma tendência natural de se evitar a formação do vácuo - ou seja,
a água preencheria um tubo para ocupar o lugar do ar que foi retirado. Essa explicação até que é razoável,
mas não explica porque só é possível puxar água, por bomba de sucção, até uma altura de 10 metros…
Torricelli imaginou que talvez a água não subisse pelo cano para preencher o espaço vazio… mas que
subia empurrada pelo ar fora do cano. Aí vem o conceito de pressão. Segundo Torricelli, o ar exerce uma
força sobre tudo que está imerso no ar, e essa força distribuída por toda a parte se chama pressão. Pois
bem, em um tubo ou cano com uma ponta mergulhada na água e a outra ponta no ar temos que a pressão
do ar fora do cano e dentro dele são iguais e fica tudo em equilíbrio.
Mas quando uma bomba de sucção retira o ar dentro do tubo a pressão lá dentro fica menor do que a
pressão do ar fora do tubo. Aí o equilíbrio se desfaz e surge uma força sobre a superfície o líquido
empurrando a água para dentro do tubo. Bom, até aqui não parece muito diferente da explicação anterior
não é? Mas tem uma diferença fundamental… acontece que a pressão atmosférica tem um valor limite
(não vou dizer fixo, porque condições meteorológicas podem afetar em pequena escala). A pressão do
ar consegue empurrar a água para cima somente até a altura de 10 metros, e se no lugar de água usarmos
o mercúrio, o ar só vai conseguir empurrar para cima até 76 centímetros. Se o cano for até uma altura de
12 metros, a bomba vai puxar a água até 10 metros e teremos mais 2 metros de vácuo (ou quase) - ou
seja, a água não vai preencher o espaço vazio.
13
https://bit.ly/2LjsK2w
Teorema de Stevin
As pressões em Q e R são:
Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a
densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."
Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.
Teorema de Pascal
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:
Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.
Assim:
Teorema:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."
Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆P = γ ⋅ ∆h
∆P = 10000. 4
∆P = 40000 Pa
Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.
Prensa Hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu interior
existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de pressão
sobre o líquido dado por:
Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a todos
os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da aplicada:
Exemplo:
1. Considere o sistema a seguir:
Princípio do Empuxo
Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e a
representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).
Exemplo:
1. Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo
de volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²
Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas
podemos usá-la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
• densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
• densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
• densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido
Princípio de Arquimedes
Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical,
para cima, aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo.
Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo
valor é igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele
recebe da água: E = P.
Aplicação
Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do
mergulhador para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na água?
Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água,
o volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjunto (V).
Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10
V = 8 x 10-2 m3
Equação de Bernoulli
A equação leva este nome em homenagem ao autor que a publicou, Daniel Bernoulli. Este foi um
excelente físico suíço que desenvolveu suas equações ao longo do século XVIII, que até os dias atuais
são referências e muito utilizadas no ramo da mecânica dos fluidos14.
A Equação de Bernoulli é aplicada para descrever o comportamento de um fluido ao longo de um
escoamento qualquer, que pode envolver elevações diferentes ou mudanças de área, que implicarão na
velocidade do escoamento estudado. Para dar início ao estudo da equação, vamos considerar a seguinte
situação de escoamento:
14
https://bit.ly/2S6O8M5
Escoamento linear: Como consequência das considerações anteriores, quando retiramos o efeito da
viscosidade, aliado a ausência de rotação no escoamento, temos uma velocidade uniforme ao longo do
tubo. Note que a velocidade não é igual para o tubo, é igual apenas ao longo de uma seção transversal
do escoamento!
Com isso, podemos escrever a equação de Bernoulli através da energia mecânica entre os pontos 1
e 2, dadas por:
Sabemos também que a diferença entre as energias pode ser escrita como a multiplicação do volume
do fluido, que chamaremos V, pela diferença de pressão no escoamento
Então:
E substituindo novamente:
Que é a equação de Bernoulli como conhecemos. Esta equação é considerada a principal equação da
mecânica dos fluidos e explica diversos fenômenos presentes em nossas vidas. Estudar essa equação é
um passo fundamental para compreender os fenômenos da mecânica dos fluidos.
Questões
02. (PC/SP - PERITO CRIMINAL - VUNESP) Um cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido
suspenso por um fio na posição vertical, totalmente submerso em um tanque cheio de água, como mostra
a figura:
03. (FCC) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com água,
ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical mínima
capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2
04. (UNIFOR/CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido, de
1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 83
(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15
Gabarito
Comentários
01. Resposta: E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.
02. Resposta: E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.
03. Resposta: A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N
FR = E - P = 80 - 48 = 32 N
04.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos: Po = 1 atm = 105 Pa; h =
10 m;
Calculemos a pressão hidrostática:
P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:
d'=80%.d
d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'
3.2.1.3 Termologia
TERMOLOGIA
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao calor, aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Escalas Termométricas
• Dividimos em partes iguais o intervalo delimitado entre as anotações e associamos valores numéricos
arbitrários. Cada parte em que fica dividido o intervalo é denominada grau de escala, e é sua unidade.
São 3 as escalas termométricas mais comuns:
- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de
paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação
fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está
associada uma temperatura. A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico
sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de
Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F).
Em comparação com a escala Celsius:
0 °C = 32 °F
100 °C = 212 °F
Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-
1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor
estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada apartir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0 K, lê-se zero kelvin e não zero grau
kelvin. Em comparação com a escala Celsius:
-273 °C = 0 K
0 °C = 273 K
100 °C = 373 K
Conversões
Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-
se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:
Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as
fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.
Escalas termométricas
Escala Fahrenheit
Escala Kelvin
Imagine que temos dois corpos, de mesmas dimensões, de mesma massa e de mesmo material, mas
com temperaturas diferentes: um de temperatura mais alta (corpo quente) e outro de temperatura mais
(corpo frio). O que acontece quando colocamos esses dois corpos em contato?
A lei zero, ou anteprimeira lei, da termodinâmica estabelece como acontecem as trocas de calor entre
os corpos. Ela está relacionada de com a energia interna dos materiais expressa, indiretamente, pela
temperatura. Vejamos:
Quando um corpo é aquecido ou resfriado ocorrem mudanças em suas propriedades físicas: a maior
parte dos sólidos, líquidos e gases, aumentam seu volume quando aquecidos; um condutor elétrico tem
sua resistência elétrica aumentada quando aquecido enquanto alguns tipos de resistores tem resistência
diminuída. Assim e mais outras propriedades dos corpos indicam que houve variação de temperatura com
os mesmos. Agora imaginemos o seguinte: quando preparamos um tipo de molho branco, misturamos o
creme de leite no mesmo para dar a aparência branquinha e a consistência cremosa. Bem esse molho
deve estar a uma temperatura de 120oC e você deixa uma colher metálica no interior da panela, colher
esta que acaba de retirar do armário (temperatura aproximada de 20oC). O que acontecerá com a colher?
Se ela for deixada em parte imersa no molho a um tempo suficiente, a mesma estará entrando em
equilíbrio térmico com o molho, ou seja, a colher estará absorvendo parte da energia térmica cedida pelo
molho e variando algumas de suas propriedades, entre elas, a sua temperatura. Assim ela aumentará a
temperatura até que esta seja igual à do molho. O que aconteceu então fisicamente?
Os corpos de maior temperatura possuem maior energia térmica. Quando um corpo de menor energia
térmica é colocado em contato com este, a tendência é de que a energia térmica flua, em parte, do corpo
de maior temperatura até o corpo de menor temperatura. Quando os dois corpos atingem a mesma
temperatura, cessa a troca de energia. Mas é importante lembrar que cada material tem características
diferentes e, na maioria das vezes, a temperatura de equilíbrio não corresponde à média das
temperaturas.
Finalmente a definição da Lei zero é: "se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro,
estarão em equilíbrio térmico entre si."
Questões
15
https://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/lei_zero.htm
04. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) A figura representa o botão
controlador da temperatura de um forno. Considere que na posição “LOW” a temperatura, no interior do
forno, atinja 300°F e na posição “HI” atinja 480°F e que ocorra um aumento contínuo da temperatura entre
esses dois pontos.
Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
06. Um estudante de física criou uma escala (°X), comparada com a escala Celsius ele obteve o
seguinte gráfico:
08. Lorde Kelvin verificou experimentalmente que, quando um gás é resfriado de 0 ºC para -1 ºC, por
exemplo, ele perde uma fração de sua pressão igual a 1/273,15. Raciocinou então que na temperatura
de -273,15 ºC a pressão do gás se tornaria nula, ou seja, a energia cinética das partículas do gás seria
igual a zero. Kelvin denominou a temperatura de -273,15 ºC de zero absoluto.
Identifique a alternativa em que a conversão de unidades é incorreta:
(A)0 ºC é igual a 273,15 K.
(B100 ºC é igual a 173,15 K.
(C) 26,85 K é igual a 300 ºC.
(D) 500 k é igual a 226,85 ºC.
(E) 300 k é igual a 26,85 ºC.
Gabarito
Respostas
01.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
02.Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.
03. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K
04. Resposta: A.
160 𝐹 − 32
=
5 9
329=F-32
288=F-32
F=320
480-300=180°F
Como são 9 pontos: 180/9=20, portanto de 20 em 20 muda a temperatura.
Como a temperatura é de 320, é a primeira posição 2.
100 − 0 80 − 30
=
𝜃𝐶 − 0 40 − 30
100 50
=
𝜃𝐶 10
1000
𝜃𝐶 = = 20
50
06. Resposta:
a.
b.
07. Resposta: A.
Comparando as escalas, temos:
ϴC - 37 = ƟX – 0
40 -37 10 – 0
ϴC - 37 = ƟX
3 10
Se Ɵ é a temperatura de mesmo valor numérico em ambas as escalas, então podemos dizer que ƟX
– Ɵc = Ɵ. Logo, temos:
ϴ- 37 = Ɵ
3 10
10Ɵ – 370 = 3ϴ
7Ɵ = 370
Ɵ ≈ 52,9 ºC = 52,9 X
DILATAÇÃO
Chama-se dilatação todo acréscimo às dimensões de um corpo por influência do calor que lhe é
transmitido. O fenômeno é explicado pela variação das distâncias relativas entre as moléculas, associada
ao aumento de temperatura. Normalmente, são estudadas em separado a dilatação dos sólidos, a dos
líquidos e a dos gases, distinguindo-se, no caso dos sólidos, a dilatação linear, a superficial e a
volumétrica.
Dilatação = ΔL=L−L0ΔL=L−L0
Variação de temperatura = ΔT=T−T0ΔT=T−T0
Representação gráfica
Podemos expressar a dilatação linear de um corpo através de um gráfico de seu comprimento (L) em
função da temperatura (θ), desta forma:
Pois:
Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há dilatação linear em duas dimensões.
Considere, por exemplo, uma peça quadrada de lados que é aquecida uma temperatura , de forma
que esta sofra um aumento em suas dimensões, mas como há dilatação igual para os dois sentidos da
peça, esta continua quadrada, mas passa a ter lados .
Como exemplo, suponhamos que uma placa metálica, com temperatura inicial T0 e área A0, seja
submetida a uma fonte de calor. Sua temperatura aumenta para T, ocorre uma dilatação superficial ΔA e
a área ocupada passa a ser A:
Um corpo com área inicial A0 recebe energia térmica e sofre uma dilatação superficial ΔA
A dilatação superficial é diretamente proporcional à variação de temperatura ΔT e à área inicial A0,
porém ela também depende do material a partir do qual é construída. Essa dependência é expressa
matematicamente pela constante de proporcionalidade β, também chamada de coeficiente de dilatação
superficial da substância que compõe o corpo.
A variação de área sofrida pela placa pode ser determinada da seguinte forma:
ΔS = S – So (I)
Experimentalmente podemos mostrar que a variação da área sofrida pela placa é proporcional à
variação da temperatura sofrida pela mesma, matematicamente temos a seguinte relação que determina
a dilatação superficial, veja:
ΔS = SoβΔt (II)
Onde β é chamado de coeficiente de dilatação térmica superficial do material que constitui a placa,
ele é igual a duas vezes o valor do coeficiente de dilatação térmica linear (α), veja: β = 2α.
Para saber qual a área final da placa após ela ser aquecida podemos substituir a equação I na equação
II, temos:
S – So = SoβΔt
A dilatação volumétrica ocorre quando um corpo, com dimensões de altura, largura e profundidade,
é submetido a um aumento de temperatura. Essa variação de temperatura causa aumento na agitação
das moléculas, ou átomos, que constituem o material, fazendo com que elas ocupem maior espaço,
elevando, assim, as dimensões desse corpo.
Observe a figura:
Esquema demonstrando a dilatação sofrida por um corpo após receber energia térmica (calor)
Na ilustração podemos ver que um corpo, com volume inicial V0 e temperatura T0, é submetido a uma
fonte de calor, recebendo energia térmica. Essa energia causa variação da temperatura ΔT, e o corpo
aumenta sua temperatura para T, elevando também o volume para V. A dilatação volumétrica ΔV é
calculada pela fórmula:
ΔV = V0 . γ . ΔT
O γ é o coeficiente de dilatação volumétrica, que possui valor específico para cada substância. Ele
corresponde ao triplo do coeficiente de dilatação linear α da mesma substância:
γ = 3α
A variação do volume, ou dilatação volumétrica, também pode ser calculada pela diferença entre o
volume final e o volume inicial do corpo:
ΔV = V – V0
Essa equação pode ser relacionada com a equação anterior e utilizada para calcular o volume final da
substância:
ΔV = V0 . γ . ΔT -----------> ΔV = V – V0
V – V0 = V0 . γ . ΔT
V = V0 + V0 . γ . ΔT
V = V0 (1 + γ . ΔT)
Exemplo:
O cilindro circular de aço do desenho abaixo se encontra em um laboratório a uma temperatura de -100ºC.
Quando este chegar à temperatura ambiente (20ºC), quanto ele terá dilatado? Dado que
Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não possuem forma própria: eles adquirem a forma do
recipiente que os contém. Isso porque as ligações moleculares dos líquidos são menos intensas do que
nos sólidos e eles possuem maior liberdade de movimento. Sendo assim, não faz sentido calcular a
dilatação linear e a superficial de substâncias líquidas, mas é muito útil conhecer a sua dilatação
volumétrica.
O cálculo da dilatação volumétrica dos líquidos é feito de forma semelhante ao dos sólidos e utiliza a
mesma equação. Porém, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior do que o dos sólidos,
por isso os líquidos dilatam-se mais.
Se o líquido está contido em um recipiente, quando ele for aquecido, haverá dilatação do recipiente e
do líquido. Considere a situação:
Um recipiente cilíndrico feito de plástico foi aquecido e a água que havia nele transbordou. A
quantidade de água derramada corresponde à dilatação aparente, pois o recipiente também se dilatou
com o aumento de temperatura. Para sabermos a dilatação real sofrida pela água, devemos considerar
também a dilatação do recipiente.
Sendo o volume inicial e a variação de temperatura iguais e estando eles presentes em todas as
parcelas da equação, podemos simplificá-la para obter a relação entre os três coeficientes de dilatação:
γlíq = γap + γrec
Como o líquido precisa estar depositado em um recipiente sólido, é necessário que a dilatação deste
também seja considerada, já que ocorre simultaneamente. Assim, a dilatação real do líquido é a soma
das dilatações aparente e do recipiente. Assim:
∆𝑉𝑟𝑒𝑎𝑙 = ∆𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 + ∆𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
Exemplo:
Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é
aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido.
É dado γVidro = 24. 10-6 ºC-1
Calcule:
a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap)
b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)
SOLUÇÃO:
a) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap = 40 cm3 .
Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC
Logo
b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ = 424 x 10-6 °C-1
01. (SEDUC/PI – Professor- Física – NUCEPE) Uma barra de aço possui um comprimento de 5,000
m a uma temperatura de 20°C. Se aquecermos essa barra até que sua temperatura atinja 70°C, o
comprimento final da barra, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do aço é α = 12.10-6 °C-1 será
de
(A) 0,003m.
(B) 0,005m.
(C) 5,005m.
(D) 5,003m.
(E) 5,000m.
04. Um quadrado de lado 2m é feito de um material cujo coeficiente de dilatação superficial é igual a
1, 6.10-4. Determine a variação de área deste quadrado quando aquecido em 80°C.
05. (UNIC/MT) Uma chapa de alumínio tem um furo central de 100cm de raio, estando numa
temperatura de 12°C.
Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do alumínio equivale a 22.10-6°C-1, a nova área do
furo, quando a chapa for aquecida até 122°C, será equivalente a qual valor em metros?
06. (FUNREI/MG) A figura mostra uma ponte apoiada sobre dois pilares feitos de materiais diferentes.
Como se vê, o pilar mais longo, de comprimento L1 = 40 m, possui coeficiente de dilatação linear α =
18. 10-6°C-1.O pilar mais curto tem comprimento L2 = 30 m. Para que a ponte permaneça sempre na
horizontal, determine o coeficiente linear do material do segundo pilar.
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 97
07. (UFPR/PR) Um cientista está à procura de um material que tenha um coeficiente de dilatação alto.
O objetivo dele é produzir vigas desse material para utilizá-las como suportes para os telhados das casas.
Assim, nos dias muito quentes, as vigas dilatar- se-iam bastante, elevando o telhado e permitindo uma
certa circulação de ar pela casa, refrescando o ambiente.
Nos dias frios, as vigas encolheriam e o telhado abaixaria, não permitindo a circulação de ar. Após
algumas experiências, ele obteve um composto com o qual fez uma barra. Em seguida, o cientista mediu
o comprimento L da barra em função da temperatura T e obteve o gráfico a seguir:
Analisando o gráfico, é correto afirmar que o coeficiente de dilatação linear do material produzido pelo
cientista vale:
(A) α = 2 . 10-5 °C-1.
(B) α = 3 . 10-3 °C-1.
(C) α = 4 . 10-4 °C-1.
(D) α = 5 . 10-5 °C-1.
(E) α = 6 . 10-4 °C-1.
08. (UFSC/SC) Um aluno de ensino médio está projetando um experimento sobre a dilatação dos
sólidos. Ele utiliza um rebite de material A e uma placa de material B, de coeficientes de dilatação térmica,
respectivamente, iguais a αA e αB. A placa contém um orifício em seu centro, conforme indicado na figura.
O raio RA do rebite é menor que o raio RB do orifício e ambos os corpos se encontram em equilíbrio
térmico com o meio.
09. (UNESP/SP) figura mostra uma lâmina bimetálica de comprimento Lo na temperatura Toque deve
tocar o contato C quando aquecida. A lâmina é feita dos metais I e II, cujas variações relativas de
comprimento ΔL/Lo em função da variação de temperatura ΔT=T – To encontram-se no gráfico.
Determine:
a) o coeficiente de dilatação dos metais I e II;
b) Qual dos metais deve ser utilizado na parte superior da lâmina para que o dispositivo funcione
como desejado? Justifique sua resposta.
10. (CESESP/PE) O tanque de gasolina de um carro, com capacidade para 60 litros, é completamente
cheio a 10 °C, e o carro é deixado num estacionamento onde a temperatura é de 30 °C. Sendo o
coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina iguala 1,1 10-3 °C-1 e considerando desprezível a variação
de volume do tanque, a quantidade de gasolina derramada é, em litros:
(A) 1,32
(B) 1,64
(C) 0,65
(D) 3,45
(E) 0,58
Respostas
01 Resposta: D.
L=L0.α.
L- L0= L0.α.
L-5=5.12.10-6. (70.20)
L=3000.10-6+5
L=0, 003+5
L=5,003m
02 Resposta: D
De acordo com os coeficientes de dilatação, podemos observar que primeiro o vidro, sólido cresce
pois tem o coeficiente de dilatação menor e o mercúrio parece diminuir, mas continua com o mesmo
volume. Depois, quando atinge o coeficiente de dilatação do mercúrio a expansão dele é passa a ser
notável por ser líquido.
03 Resposta: C
Cálculo da área inicial:
Si = 10. 40 = 400cm2
Calculo da dilatação superficial:
S = Sit S = 400.46.10-6. (50 - 20)
S = 0,522cm2
05 Resposta:
A = Ao. (1 + β.ΔӨ)
A = π.r². (1 + β.ΔӨ)
A = π.1². (1 + 44.10-6.110)
A = π. (1 + 0,00484)
A = π.(1,00484)
A = 3,155 em valor aproximado.
06 Resposta:
Para que a ponte permaneça sempre na horizontal, os dois pilares devem sofrer a mesma dilatação
para a mesma variação de temperatura -- ΔL1= ΔL2
L01.α1.Δt= L02.α2.Δt
40.18.10-6=30.α2
α2=24.10-6 oC-1.
07 Resposta: E
Aplicando a fórmula de dilatação linear temos que:
α=ΔL/Lo Δt=0,24/2.200
α=0,24/400 -
α=0,0006 oC-1
08 Resposta
Quanto maior o coeficiente de dilatação mais o corpo se dilata quando aquecido e mais se contrais
quando resfriado.
(01) A se dilata mais que B --- Correta
(02) Falsa --- veja (01)
(04) A folga diminuirá --- Falsa
(08) Possuem diferentes Lo --- Falsa
(16) Apenas a placa se dilatará --- Correta
(32) Apenas a placa se dilatará --- Correta
R- (01 + 16 + 32) =49
09 Resposta
ΔL=Lo.α.ΔT --- α = ΔL/(Lo.ΔT)
Metal I --- αI=300.10-6/30 ---
αI=1,0.10-5oC-1 ---
Metal II --- αII=600.10-6/30
αII=2,0.10-5 oC-1
b) A lâmina II deve estar na parte superior que deve se dilatar mais para que o dispositivo se encurve
para baixo, pois ela tem maior coeficiente de dilatação.
10 Resposta: A
Através do enunciado temos que:
Vi = 60 L
ti = 10 °C
Usamos a fórmula:
ΔV = Vi . γ (tf – ti)
ΔV = 60. 1,1 10-3 (30 – 10)
ΔV = 66 . 10-3 . 20
ΔV = 1,320 L
CALORIMETRIA
A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.
Calor
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que chamamos
calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples
Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz
que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e
de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor
específico.
Assim:
Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.
Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
Q= c.m. ϴ
Q= 0,119.2000.(200-20)
Q= 0,119.2000.180
Q=42840 cal=42,84 Kcal
Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.
Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=𝑚
𝑉
m=d.V
m= d.V
m= 103g
Assim:
QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal
Curva de Aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:
Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0
Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.
Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.
Capacidade Térmica
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:
Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Calculando a capacidade térmica
𝑄
C=
∆𝑇
300
C=
50
C= 6 cal/ºC
Propagação do Calor
A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente
quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.
Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a
quantidade de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):
Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?
Questões
01. (UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550
02. (Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?
(A)70
(B)65.
(C)90
(D)80
(E)35
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐴)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
(𝐵)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 + 𝑇𝑎 )
(𝐶)
2𝑚𝑥 (𝑇𝑥 + 𝑇)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
(𝐷)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
𝑚𝑥 (𝑇𝑥 − 𝑇)
(𝐸)
𝑚𝑎 𝑐𝑎 (𝑇 − 𝑇𝑎 )
08. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma chaleira contendo um litro de água
à temperatura de 20 °C é colocada no fogão para ferver. A temperatura de ebulição da água no local é
de 100 °C. A densidade da água vale 1,0 g/cm³, e o calor específico vale 1,0 cal.g−1 °C−1. Cada 1 g de
gás é capaz de produzir 10 kcal ao queimar, e a eficiência do uso dessa energia é de 80%. A quantidade
de calor recebida pela água para elevar a temperatura de 20 °C a 100 °C e a massa de gás utilizada
valem, respectivamente,
09. (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma
queda de temperatura de 8,0ºC. (Zero Horas –04/11/1994) Sabendo que o calor específico sensível da
água é 1,0 cal/gºC, a quantidade de calor liberada por 1000g de água, ao reduzir sua temperatura de
8,0ºC, em cal, é:
(A) 8,0
(B) 125
(C) 4000
(D) 8000
(E) 64000
10. (MACKENZIE) Um bloco de cobre (c = 0,094 cal/gºC) de 1,2kg é colocado num forno até atingir o
equilíbrio térmico. Nessa situação, o bloco recebeu 12 972 cal. A variação da temperatura sofrida, na
escala Fahrenheit, é de:
(A) 60ºF
(B) 115ºF
(C) 207ºF
(D) 239ºF
(E) 347ºF
Gabarito
01. E / 02. A / 03. D / 04. A / 05. C / 06. C / 07. D / 08. B / 09. D / 10. D
Comentários
01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.
Q1+Q2=0→ m1cT1+ m2cT2=0
→200(80-25)+m2 (80-100)=0
20 m2=11000
m2=550 g
02 Resposta: A
mcubo. mcubo = 10 g;LgeloLgelo = 80 cal/g;
mág. mág = 200 g;
T0T0 = 24°C;
TT = 20°C
cág cág = 1 cal/g.°C.
Módulo da quantidade calor liberada pela água para o resfriamento desejado:
∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.
Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo:
Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.
Como |Qág| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da
água.
04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.
05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.
06. Resposta: C.
Q=35000-25000=10000
Q=C
10000=C.(250-50)
10000
𝐶= = 50
200
07. Resposta: D.
Qa+Qx=0
maca(T-Ta) + mxcx(T-Tx)=0
maca(T-Ta)=-mxcx(T-Tx)
𝑚 𝑐 (𝑇−𝑇 )
=𝑐𝑥 = 𝑚𝑎 𝑎(𝑇 −𝑇)𝑎
𝑥 𝑥
08.Resposta: B.
1cm³-1ml-0,001L, portanto 1 litro tem 1000g.
Q=mc
Q=10001(100-20)
Q=80000 cal=80 kcal
Como a eficiência do gás é de 80%, a cada 1 grama de gás, produzirá 8kcal, ao invés de 10kcal.
1g de gás-----8 kcal
x---------80
x=10g
09. Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
A temperatura cai 8,0°C, ou seja, T - T0 = 8,0°C
10. Resposta: D.
Q = mc(T-T0)
12 972 = 1200.0,094.(T-T0)
(T-T0) = 12972 / 112,8
(T-T0) = 115°C
Convertendo isso em Fahrenheit:
(C/5) = (F-32) / 9
(115 / 5) = (F-32) / 9
F - 32 = 9. 23
F = 207 + 32
F = 239 °F
TERMODINÂMICA
Um gás que possua uma temperatura diferente do zero absoluto (0 K) possui uma energia cinética
interna representada pela energia cinética de suas partículas em movimento:
Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá
da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja, quando houver aumento da temperatura absoluta
ocorrerá uma variação positiva da energia interna
.
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna
.
E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero
.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e
assim obteremos:
Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo.
Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão
constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.
Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força
aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:
Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado
pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás. Quando:
O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se
encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um
trabalho do meio externo;
O volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.
Exemplo:
Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante igual
a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?
De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico.
Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.
Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira
direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de
temperatura do sistema. Resumindo:
Agora vamos nos aprofundar nos estudos da termodinâmica por meio de suas leis.
1ª Lei da Termodinâmica
Exemplo:
Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a
Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?
2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de
Clausius e Kelvin-Planck:
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo
de temperatura mais alta.
Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda
a quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%,
ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma
máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um
ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:
Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de
aquecimento (L-M)
Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a
quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:
e
Logo:
Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o
ciclo a 200ºC?
Maquinas Térmicas
A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho
mais uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho . Assim é válido que:
Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o
resfriamento, por exemplo, estes valores serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da
Termodinâmica, este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho
externo, assim:
=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;
=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
=quantidade de calor não transformada em trabalho.
O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se
fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não
é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.
Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de calor igual
a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho?
Máquina à vapor.
Cilindro e pistão da máquina a vapor. Vapor da caldeira empurra o pistão para a direita. O vapor de
exaustão escapa pelo cano de exaustão, E. A válvula deslizante se desloca então mudando a entrada do
vapor no cilindro; o pistão é empurrado novamente para a esquerda.
Locomotiva a vapor.
Os gases quentes da combustão do carvão passam por longos e finos, tubos envolvidos por água para
fervê-la. O vapor da caldeira entra no tubo de vapor e passa pelos cilindros, o vapor usado escapa por C,
junta-se com a fumaça saindo pela chaminé.
Motor a gasolina.
Os quatro tempos de um motor a gasolina. (A) Aspiração; (B) compressão; (C) explosão; (D) exaustão.
Cada cilindro deve passar por êsse ciclo de quatro tempos: aspiração, compressão, explosão,
exaustão. Observe que há um tempo de explosão para duas revoluções de um motor de um só cilindro.
16
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20041/Melissa/semnome6.htm
Turbina a vapor.
Turbina a vapor e gerador elétrico. Note que o capor passa por três estágios na turbina, de alta pressão
no primeiro estágio a baixa pressão no terceiro. As rodas da turbina são sucessivamente maiores porque
o vapor se expande à medida que passa pela turbina. Mostram-se claramente as lâminas girantes. Entre
cada conjunto de lâminas girantes há lâminas estacionárias, fixas. As lâminas estacionárias impelem o
vapor contra o próximo par de lâminas girantes.
Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os
atritos ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará
a A e ficará oscilando entre A e B, pois não existe atrito.
Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda
de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma
transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia
térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho
01. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31
J/mol.K.
(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55
02. Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão
igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a
ser 1m³. Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?
(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000
(E)100
04. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de
500K e 300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500
(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600
Um gás ideal sofre uma expansão reversível partindo do estado inicial A e evoluindo até o estado final
C. Esse processo pode ser realizado por meio de três caminhos diferentes, conforme mostrado no gráfico
acima. O caminho 1 consiste em uma expansão isobárica (AB), seguido de um processo isovolumétrico
(BC). O caminho 2 consiste na expansão AC e o caminho 3 em um processo isovolumétrico AD, seguido
de uma expansão isobárica (DC). Com relação à quantidade de calor recebido, afirma -se que,
(A) no percurso 1, ABC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(B) no percurso 2, AC, o gás recebe uma quantidade maior de calor.
(C) no percurso 3, ADC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(D) nos percursos 1 e 2, a quantidade de calor trocada é a mesma.
(E) nos percursos 2 e 3, a quantidade de calor trocada é a mesma.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B.
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:
02. Resposta: D.
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:
O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.
04. Resposta: D.
Calculando o calor da fonte quente:
Q2 = T2
Q1 T1
2000 = 500
Q1 300
2000 = 1,67
Q1
Q1 = 2000
1,7
Q1 = 1198 J
Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1200 J.
Calculando o trabalho:
Q 2 - Q1 = T
2000 - 1200 = T
T = 800J
05. Resposta: A
O rendimento é: r = 1 - {Q2 / Q1}
35 % e' escrito como 35/100
35 / 100 = 1 - [Q2 / 1000]
Q2 = 1000 - 350
. : . Q2 = 650 J
06. Resposta: A.
Através do gráfico, verifica-se que quanto maior a distância, maior o espaço de expandir, maior será a
temperatura, consequentemente maior quantidade de calor.
3.2.1.4. Ondulatória
ONDAS
A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som. Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas
através de um meio, e este meio não acompanha a propagação.
Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.
frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.
Esses impulsos causarão pulsos que se propagarão ao longo da corda em espaços iguais, pois os
impulsos são periódicos.
A parte elevada denomina-se crista da onda e a cavidade entre duas cristas chama-se vale.
Denomina-se período T o tempo necessário para que duas cristas consecutivas passem pelo mesmo
ponto.
Chama-se frequência f o número de cristas consecutivas que passam por um mesmo ponto, em cada
unidade de tempo.
Entre T e f vale a relação:
A distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos é denominada comprimento de onda,
representado por λ, e a é a amplitude da onda.
Como um pulso se propaga com velocidade constante, vale a expressão s = vt.
Fazendo s = λ, temos t = T. Logo:
Essa igualdade é válida para todas as ondas periódicas – como o som, as ondas na água e a luz.
17
https://bit.ly/2MsyjAR
Exemplo:
Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de onda
é de 1cm?
1cm=0,01m
= 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆
195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01
𝐹 = 19,5 𝐻𝑧
Reflexão de Ondas
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.
Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.
Refração de Ondas
É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:
1ª Lei da Refração
O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio refratado estão contidos
no mesmo plano.
Lei de Snell
Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência de refração,
𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
sendo matematicamente expressa por: 𝑠𝑖𝑛𝜃2=𝑣2 = 2
ONDE:
1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular
2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.
Superposição de Ondas
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.
No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:
Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.
Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.
Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude A1 é negativo em relação ao eixo vertical, portanto A1<0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:
Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.
Onda Senoidal
Qualquer livro de tabelas matemáticas inclui os valores dos senos18 naturais para ângulos até 90o.
Uma calculadora científica, mesmo as mais simples, dá diretamente o valor do seno de um ângulo até
com 9 casas decimais; esses valores podem ser empregados para traçar a curva. Na ausência de tabelas
e calculadoras ainda poderemos traçar uma curva aproximada se memorizarmos os seguintes valores:
sen 0o = 0; sen 30o = 0,50; sen 60o = 0,86 e sen 90o = 1.
Todavia, será bem mais instrutivo nesta etapa inicial desenvolver a curva senoidal mais simples, dada
pela função y = sen q, através da técnica indicada na ilustração abaixo, onde se usa da idéia de 'raio
girante':
18
http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_t03.asp
Ressonância
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:
A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:
Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.
Princípio de Huygens
O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior. Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de
frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.
Difração de Ondas
O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.
Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.
Experiência de Young
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).
Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.
Ondas Estacionárias
São ondas resultantes da superposição de duas ondas de mesma frequência, mesma amplitude,
mesmo comprimento de onda, mesma direção e sentidos opostos.
Pode-se obter uma onda estacionária19 através de uma corda fixa numa das extremidades.
Com uma fonte faz-se a outra extremidade vibrar com movimentos verticais periódicos, produzindo-se
perturbações regulares que se propagam pela corda.
19
http://ww2.unime.it/weblab/awardarchivio/ondulatoria/ondas.htm#Ondas%20Estacion%C3%A1rias
Observe que:
Como os nós estão em repouso, não pode haver passagem de energia por eles, não havendo, então, em
Questões
01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) A mudança na direção de uma onda, ao atravessar a
fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento de onda,
mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.
A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado
04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) Com relação às propriedades das ondas sonoras e
eletromagnéticas, julgue os itens a seguir Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado
07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ) Se houvesse uma explosão no Sol
certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
(A) o som não se propaga no vácuo.
(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar
09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) A hélice de um determinado avião
gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180
10. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) Em um tanque com água, um mecanismo de vibração
produz ondas na superfície. Se a frequência de trabalho do mecanismo for dobrada, como consequência
a onda terá o (a)
(A) dobro da velocidade de propagação.
(B) seu período inalterado.
(C) metade do comprimento de onda.
(D) dobro do período.
(E) metade da velocidade de propagação.
Gabarito
01. B / 02. E / 03. Errado / 04. A / 05. Errado / 06. C / 07. A / 08. C / 09. A / 10. C
Comentários
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.
02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.
04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.
06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.
07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.
09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.
10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.
Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1
Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2
É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.
O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:
𝑉 = . 𝑓
A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e as de ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:
𝑣 = 𝐾. 𝑇
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.
Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º
340=K.288 e V100º=K.373
340 288
= √
𝑣100 373
340
𝑣100 =
√288
373
𝑣100 = 386,9 𝑚/𝑠
Intervalo Acústico
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a sua altura, intervalo
e timbre.
A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação entre grave
e agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:
𝑓1
𝑖=
𝑓2
Intensidade Sonora
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴
Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:
𝐸
𝑃=
∆𝑡
𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡
Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.
Reflexão do Som
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.
Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.
A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.
B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.
A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico. Vejamos:
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:
20
http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z
B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.
Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f(2n – 1), a frequência de um harmônico de ordem (2n
-1), vem:
Pressão sonora
A pressão p é a tensão aplicada à superficie dum corpo. Corresponde à força por unidade de área. Em
repouso, as moléculas estão submetidas à pressão atmosférica. Quando o meio se altera, o movimento
das moléculas provoca variações locais de pressão, que é a pressão sonora. A pressão e a intensidade
do som estão relacionadas pela fórmula: I=p²/(ρ*c), em que I é a intensidade (W.m-2), p é a pressão
sonora num ponto expresso em Pascal (Pa), ρ é a densidade do meio (kg.m-3) e c a velocidade de
propagação da onda (m.s-1). Assim, quando a pressão sonora duplica a intensidade sonora multiplica por
4.
Efeito Doppler
Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1
Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:
No entanto:
𝑣 + 𝑣𝑓
2 =
𝑓𝑓
Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique parado,
se utilizarmos:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.
𝑣 + 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:
No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣2
𝑓0=
Mas:
𝑣
𝑣2=𝑣−𝑣0 e = 𝑓
𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte se
afasta.
Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.
A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das pregas
vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já as pregas
vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.
b) Intensidade ou volume:
É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para sons de mesma frequência a
intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais intenso é o som produzido.
c) Timbre:
É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.
Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-12
w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.
Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multiplicar o resultado
encontrado por 10.
Questões
01. (UFSM) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em repouso em relação ao paciente, com
uma frequência determinada. Essas ondas são refletidas por células do sangue que se .......... de um
detector de frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente. Ao analisar essas ondas refletidas,
o detector medirá frequências .......... que as emitidas pela fonte. Esse fenômeno é conhecido como ..........
.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) afastam - menores - efeito Joule
(B) afastam - maiores - efeito Doppler
(C) aproximam - maiores - efeito Joule
(D) afastam - menores - efeito Doppler
(E) aproximam - menores - efeito Tyndal
02. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sensação é de que o som é mais agudo, no
afastamento, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física como efeito Doppler. Considerando a
situação descrita, julgue os itens que se seguem.
(A) V,V,V,V
(B) V,F,V,F
(C) F,F,V,F
(D) F,V,F,V
(E) F,F,F,F
03.O grupo brasileiro Uakti constrói seus próprios instrumentos musicais. Um deles consiste em vários
canos de PVC de comprimentos variados. Uma das pontas dos canos é mantida fechada por uma
membrana que emite sons característicos ao ser percutida pelos artistas, enquanto a outra é mantida
aberta. Sabendo-se que o módulo da velocidade do som no ar vale 340 m/s, é correto afirmar que as
duas frequências mais baixas emitidas por um desses tubos, de comprimento igual a 50 cm, são:
(A) 170 Hz e 340 Hz
(B) 170 Hz e 510 Hz.
(C) 200 Hz e 510 Hz.
(D) 340 Hz e 510 Hz.
(E) 200 Hz e 340 Hz.
04.Um violinista deseja aumentar a frequência do som emitido por uma das cordas do seu instrumento.
Isto poderá ser conseguido:
(A) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(B) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(C) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais intensamente a corda;
(D) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se menos intensamente a corda;
(E) todas as sugestões são inadequadas para que o violinista consiga seu objetivo.
05. (EFEI-MG) Uma pessoa parada na beira de uma estrada vê um automóvel aproximar-se com
velocidade 0,1 da velocidade do som no ar. O automóvel está buzinando, e a sua buzina, por
especificação do fabricante, emite um som puro de 990 Hz.
O som ouvido pelo observador terá uma frequência de:
(A) 900 Hz
(B) 1 100 Hz
(C) 1 000 Hz
(D) 99 Hz
(E) Não é possível calcular por não ter sido dada a velocidade do som no ar
06 (UFCE) Você está parado, em um cruzamento, esperando que o sinal vermelho fique verde. A
distância que vai de seu olho até o sinal é de 10 metros. Essa distância corresponde a vinte milhões de
vezes o comprimento de onda da luz emitida pelo sinal. Usando essa informação, você pode concluir,
corretamente, que a frequência da luz vermelha é, em hertz:
(A) 6 106
(B) 6 108
(C) 6 1010
(D) 6 1012
(E) 6 1014
07. (Fuvest-SP) Um rádio receptor opera em duas modalidades: uma, AM, cobre o intervalo de 550 a
1 550 kHz, e outra, FM, de 88 a 108 MHz. A velocidade das ondas eletromagnéticas vale 3 108 m/s. Quais,
aproximadamente, o menor e o maior comprimentos de onda que podem ser captados por esse rádio?
(A) 0,0018 m e 0,36 m
(B) 0,55 m e 108 m
(C) 2,8 m e 545 m
Gabarito
Comentários
01.Resposta:D
02.Resposta:C
FFVF
(1) Falsa --- a frequência da fonte é a mesma
(2) Falsa
(3) Verdadeira --- a distância fonte-observador é a mesma
(4) Falsa --- vale também para a luz que não necessita de um meio material para se propagar.
03.Resposta:B
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares
fn=nV/4L
f1=1X340/4X0,5
f1=11770Hz
f3=3X340/4X0,5
f3=510Hz
04.Resposta:C
Tracionando-se mais as cordas do violino e diminuindo o comprimento vibratória, aumenta a frequência
das ondas sonoras.
05.Resposta: B
Dados:
vf = 0,1 var
f = 990 Hz
Utilizamos a equação:
f0 = f (var + v0)/(var - vf)
f0 = 990 (var + 0)/ (var - 0,1var )
f0 = 990 . var/ 0,9 var
Simplificando var, temos: f0 = 1.100 Hz
06.Resposta: E
Sendo:
10=20.106→ =5.10-7m
Logo:
V=.f→3.108=5.10-7 f
f=6.1024 Hz
07.Resposta:C
Alternativa c. Lembrando que v =.f, onde v 3 108 m/s, concluímos que o comprimento de onda é
o menor quando a frequência f é a maior, e é o maior quando f é a menor.
Assim,
3.108
menor= → menor=2,8m
108106
3.108
maior= → maior=545m
550103
ELETROSTÁTICA
A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.
Cargas Elétricas
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos,
que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:
Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:
A carga elétrica é uma propriedade que está intimamente associada a certas partículas elementares
que formam o átomo (prótons e elétrons). O modelo do sistema planetário é o modelo simples mais
adotado para explicar como tais partículas se distribuem no átomo. De acordo com o modelo planetário,
os prótons e nêutrons localizam-se no núcleo, já os elétrons estão em uma região denominada eletrosfera.
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um
imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos
prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas com
cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). O próton e o
elétron, em módulo, possuem a mesma quantidade de carga elétrica. O valor da carga do próton e do
elétron é denominado quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de: e=1,6 .10-19 C
Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus
submúltiplos:
1 mC (milicoulomb)= 10-3 C
1 μC (microcoulomb)= 10-6 C
1 nC (nanocoulomb)= 10-9 C
A quantidade de carga elétrica total (Q) será sempre um múltiplo inteiro (n) vezes o valor da carga
elementar (e). Essa quantidade de carga pode ser determinada através da seguinte expressão:
Q=n . e
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 144
Geralmente quando um corpo qualquer apresenta o número de prótons igual ao de elétrons dizemos
que esse corpo está eletricamente neutro, ou seja, o corpo possui carga total igual a zero. Portanto,
quando o corpo apresenta número de prótons diferente do número de elétrons, dizemos que o corpo se
encontra eletrizado, ou seja, o corpo apresenta carga elétrica diferente de zero.
Dessa forma, um corpo estará eletrizado quando perde ou recebe elétrons.
Eletrização
Processos de Eletrização
Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual é
a carga em cada um deles após serem separados.
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com carga
, após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo condutor
C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?
E neste momento:
Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes
serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre,
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons
recebem o nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos.
Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos.
Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de
colisões através do metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são
maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão
firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.
Ponte de Wheatstone
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir uma resistência desconhecida,
normalmente com valor próximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também para se
medir duas resistências que variam de maneira espelhada, enquanto uma aumenta seu valor, a outra
diminui o seu valor de forma proporcional.
O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura 1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode
ser um galvanômetro se a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte pode ser
alimentada por um sinal de áudio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta
impedância ou ainda um transdutor piezoelétrico.
Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)
Formula 1
Quando no equilíbrio:
R4 = (R1/R2) * R3
Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)
Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?
Usando a fórmula 1:
R4 = (100/200) * 300
R4 = 150 ohms
Lei de Biot-Savart
A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente que a gera. Isso ocorre de maneira
semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o campo
magnético resultante de uma corrente envolve o produto vetorial e é inerente a um problema de cálculo
quando a distância de uma corrente para um ponto está constantemente em movimento.
Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o
geram.
Na figura acima temos uma carga q positiva que se move com uma velocidade v. Vamos agora
considerar o plano determinado por v e P: através da regra da mão direita podemos determinar o campo
magnético (B), produzido pela carga em um ponto P a uma distância r dela. Pela figura, podemos ver que
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 148
o campo é perpendicular ao plano. Dessa forma, podemos achar o módulo do campo magnético (B)
através da equação:
Lei de Coulomb
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e
repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com
sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido
para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:
Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:
Onde: F → é a força elétrica entre as cargas k → é a constante eletrostática no vácuo (ko = 9 x 109
N.m2/C2)
Q → carga elétrica
d → distância
Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas,
ou seja:
Campo Elétrico
O campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou
íons) ou por um sistemas delas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas e provocam forças
elétricas.
A fórmula usada para se calcular a intensidade do vetor campo elétrico (E) é dada pela relação entre
a força elétrica (F) e a carga de prova (q):
Vale notar que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do mesmo com uma
carga de prova. Caso não haja interação com a carga, podemos dizer que o campo não existe naquele
local.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido de
afastamento
Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido de
aproximação.
A direção do campo elétrico é a mesma da força elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga
q0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força
21
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/campo-eletrico-gerado-por-uma-carga-pontual/67278#
Potencial Elétrico23
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:
Logo:
22
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/campo3.php
23
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/potencial2.php
Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.
Diferença de Potencial
Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente
da carga geradora, ou seja, com potenciais diferentes.
Se quisermos saber a diferença de potenciais entre os dois devemos considerar a distância entre cada
um deles. Dessa maneira, teremos que sua tensão ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por
U e calculada por:
Exemplo:
Uma partícula com carga q = 2. 10-7 C se desloca do ponto A ao ponto B, que se localizam numa região
em que existe um campo elétrico. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho igual
a 4. 10-3 J sobre a partícula. Determine a diferença de potencial VA – VB entre os dois pontos considerados.
Como o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento é igual à carga vezes a diferença de
potencial, assim temos:
Como o exercício pede a diferença de potencial e nos fornece outros dados, temos:
Uma superfície equipotencial constitui uma região do campo elétrico em que todos os seus pontos
apresentam o mesmo potencial.
Chamamos uma superfície de equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial. Uma superfície equipotencial pode apresentar diversas formas
geométricas.
Ao colocarmos uma carga elétrica puntiforme em um ponto qualquer do espaço e longe de outras
cargas elétricas, calculamos o potencial elétrico em um ponto próximo a ela através da seguinte relação:
Uma superfície equipotencial é sempre interceptada perpendicularmente (90°) pelas linhas de força de
um campo elétrico. Dessa maneira, conhecendo-se as linhas de força de um campo elétrico, fica mais
fácil representar as superfícies equipotenciais. Já numa região onde o campo elétrico é uniforme, para
serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas.
Capacitor
O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando
se aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas
paralelas. A capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.
C = Q/V
Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas
paralelas, e quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= - k d
Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando
isto acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)
Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição
do capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a
corrente inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t
= RC (resistência vezes capacitância).
Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma "oposição à corrente" (na
verdade é oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).
Xc=1/2pfC
A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma
resistência em série com uma capacitância:
Para podermos explicar a energia eletrostática de um condutor, vamos pensar em um condutor que
está carregado com uma carga representada por Q, e que esse condutor possui um potencial
representado por V. Para levar o condutor do estado neutro até o estado final, é gasto um trabalho, porém
ele não é perdido, pois ele está localizado no condutor, na forma de energia potencial elétrica.
Vejamos agora um gráfico do potencial em função da carga elétrica, que apresenta a quantidade de
energia potencial eletrostática que está armazenada no condutor. Lembrando que em função de , C =
Q/V V = Q/V, o gráfico se torna retilíneo.
24
https://www.colegioweb.com.br/condutor-em-equilibrio-eletrostatico/energia-eletrostatica-de-um-condutor.html
A área do gráfico que está pintada de amarelo, representa numericamente a energia armazenada.
Vejamos:
Capacitor Plano25
Um capacitor plano é formado por duas placas de metal paralelas e entre elas é colocado um isolante
denominado dielétrico. A capacitância depende do tamanho das placas, da distância de separação entre
elas e da natureza do dielétrico. As fórmulas seguintes permitem calcular a capacitância em função
desses dados.
Fórmula 1
Onde:
C é a capacitância em picofarads (PF)
e é a constante dielétrica (ver almanaque)
S é a área da superfície ativa da menor placa (se forem diferentes) em centímetros quadrados
N é o número de placas
D é a distância entre as placas em centímetros
Fórmulas derivadas
Fórmula 2
25
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/matematica-para-eletronica/1976-m098.html
Associação Capacitores26
Em Paralelo
Vamos analisar neste artigo as associações de capacitores em série e em paralelo.
Quando os capacitores são associados em paralelo, somamos suas capacitâncias, da mesma forma
que fazemos com resistores associados em série. Deste modo:
Ctot = C1 + C2 + … + Cn
Podemos pensar num arranjo de capacitores em paralelo como se fossem um único capacitor com
capacitância maior. Porém, a maior tensão que pode ser aplicada a um arranjo de capacitores em paralelo
com segurança é limitada pela tensão do capacitor com menos valor de tensão suportada.
Veja um exemplo a seguir de capacitores associados em paralelo:
Em Série
Quando conectamos dois ou mais capacitores em série, a capacitância total obtida será sempre menor
do que o valor do menor capacitor do conjunto. Usamos uma fórmula para calcular a capacitância
equivalente em série que é similar à fórmula da resistência em paralelo:
Geralmente conectamos capacitores em série em um circuito para que o conjunto possa suportar uma
tensão elétrica maior do que as tensões individuais nos capacitores, pois a tensão elétrica será diferente
em cada capacitor. Veja um exemplo de associação em série de capacitores:
26
http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/associacoes-em-serie-e-em-paralelo-de-capacitores/
Já as tensões em cada capacitor podem ser calculadas individualmente com a fórmula (Ctot / Cn) *
Vin. Por exemplo, a tensão sobre os terminais de C1 será de (4,07 / 10) * 12 = 4,884V. Lembre-se de que
a tensão em um dado capacitor não deve nunca exceder seu valor nominal de tensão, pois isso acarretará
a destruição do componente.
Questões
01. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)
02. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.
Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5
03. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
04. (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente em nosso cotidiano. Um exemplo disso é o
fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos
corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir:
I. Se um corpo está eletrizado, então o número de cargas elétricas negativas e positivas não é o
mesmo.
II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado.
III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas.
IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas
opostas, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas.
V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados com quantidades diferentes de
cargas.
Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
(E) Apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras
05. (ESPM-SP) No centro do quadrado abaixo, no vácuo, está fixa uma carga elétrica +q. Nos vértices
do quadrado temos, também fixas, as cargas +Q,-Q, -Q e +Q. Para qual das direções aponta a força
elétrica resultante na carga central?
(A) A
(B) B
(C) C
(D) D
(E) E
06. (Ceetps-SP) Uma partícula de massa 1,0 .10-5 kg e carga elétrica 2,0 mC fica em equilíbrio quando
colocada em certa região de um campo elétrico. Adotando-se g= 10 m/s2, o campo elétrico naquela região
tem intensidade, em V/m, de:
(A) 500
(B) 0,050
(C) 20
(D) 50
(E) 200
07. (Esam-RN) Uma carga positiva é lançada na mesma direção e no mesmo sentido das linhas de
forças de um campo elétrico uniforme E. Estando sob ação exclusiva da força elétrica, o movimento
descrito pela carga, na região do campo, é:
(A) retilíneo e uniforme
(B) retilíneo uniformemente retardado
(C) retilíneo uniformemente acelerado
(D) circular e uniforme
(E) helicoidal uniforme
Respostas
01. Resposta: C.
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.
02. Resposta: A.
03. Resposta: B.
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M
04. Resposta: B.
I. Verdadeira
Corpo eletrizado positivamente: n elétrons n prótons
Corpo eletrizado negativamente: n elétrons n prótons
II. Falsa, pois todos os corpos possuem cargas elétricas.
III. Falsa, pois n prótons= n elétrons
IV. Verdadeira, pois ficam eletrizados com cargas de mesmo módulo mas de sinais contrários.
V. Verdadeira.
05. Resposta: C.
Representando os vetores que atuam na carga q, temos:
06. Resposta: D.
Dados: m=1.10-5kg; q= 2 µC = 2 .10-6 C; g= 10 m/s2
F=P → q . E- m. g
2. 10-6 E =1 .10-5 .10
E =50 V/m
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07. Resposta: C.
Se a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico E. Logo, o movimento
será retilíneo e uniformemente acelerado.
08. Resposta: C.
P= F → P= q E
P=2. 10-8 . 3 .10-2
P=6 .10-10 N
ELETRODINÂMICA
A eletrodinâmica é a parte da física que estuda o constantes movimento das cargas elétricas, ou seja,
estuda o aspecto dinâmico da eletricidade. Para melhor compreendermos esse conteúdo é importante
saber os conceitos de cada possível componente que possa aparecer.
Corrente Elétrica
A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (ddp / tensão). E ela é explicada
pelo conceito de campo elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, negativa, então
há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre as duas os elétrons livres
tendem a se deslocar no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negativas, lembrando
que sinais opostos são atraídos.
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é
chamado sentido real da corrente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo
sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus efeitos (com exceção para o fenômeno
chamado Efeito Hall), e este é chamado o sentido convencional da corrente.
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) na secção transversal de um condutor se considera
o módulo da carga que passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja:
Considerando |Q|=n e
Resistência Elétrica
Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de
intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais,
ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra.
Desta forma:
A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como a
natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor
de ôhmico, tendo seu valor dado por:
Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para condutores ôhmicos a intensidade da
corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.
Gerador
Gerador é um dispositivo com função de transformar ou transferir energia. Transforma qualquer tipo
de energia em energia elétrica.
Exemplos:
Usina hidrelétrica transforma energia mecânica de uma queda de água em energia elétrica através de
um gerador, que é um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica e que possui um
eixo que é movido por uma turbina.
Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracterizados por seu princípio de
funcionamento, alguns deles são:
Geradores luminosos
São sistemas de geração de energia construídos de modo a transformar energia luminosa em energia
elétrica, como por exemplo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte a energia
luminosa do sol em energia elétrica.
Geradores mecânicos
São os geradores mais comuns e com maior capacidade de criação de energia. Transformam energia
mecânica em energia elétrica, principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores
encontrados em usinas hidroelétricas, termoelétricas e termonucleares.
Geradores químicos
São construídos de forma capaz de converter energia potencial química em energia elétrica (contínua
apenas). Este tipo de gerador é muito encontrado como baterias e pilhas.
Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por exemplo, a tensão e a corrente se
comportam da mesma forma como nas associações de resistores, ou seja:
- Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
- Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.
Sobre os geradores é importante saber que:
O gerador não cria energia elétrica, ele apenas transforma qualquer tipo de energia em energia elétrica
e as fornece às cargas elétricas que o atravessam. Mas, durante a passagem das cargas elétricas pelo
interior do gerador, ocorrem perdas energéticas.
U = E – r.i
Onde:
U = tensão elétrica
E = força eletromotriz
r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica do gerador
Quando ligado a qualquer circuito, devido a sua diferença de potencial existente entre os dois pólos, o
gerador então irá ceder energia potencial elétrica para as cargas livres dos elementos do circuito, feito
isso as cargas irão percorrer todos os elementos do circuito criando assim um fluxo de cargas elétricas
que se denomina corrente elétrica.
Força eletromotriz
Chama-se força eletromotriz de um gerador ao quociente da energia que o gerador fornece ao circuito
durante certo tempo pela carga elétrica que atravessa uma secção transversal do circuito durante o
mesmo tempo.
Em geral se representa a força eletromotriz pela letra E (ou e), ou pelas iniciais f.e.m.. Sendo W a
energia que o gerador fornece ao circuito durante o tempo t, e Q a carga elétrica que passa por qualquer
secção transversal durante o mesmo tempo, temos, por definição:
Denomina-se força eletromotriz E (Ɛ) de um gerador ao quociente entre o trabalho (W) realizado no
transporte de uma carga q, contra a força do campo elétrico, e o valor absoluto dessa carga.
P = U.i
Pd = r.i.i
Pg = E.i
N = P/Pg
Fazendo as substituições de equações, chega-se que o rendimento de um gerador elétrico é dado por:
N = U/E
Onde: U = tensão elétrica
E = força eletromotriz
Polo do gerador
Chamamos polos do gerador aos pontos por onde o gerador é ligado ao circuito externo.
Convencionamos chamar polo positivo ao polo por onde a corrente sai do gerador; negativo ao polo por
onde a corrente entra no gerador.
Esses nomes, polo positivo e polo negativo já eram usados em Eletricidade antes de se descobrir que
nos metais a corrente é constituída por elétrons em movimento. Naquela época os físicos admitiam que
a corrente elétrica fosse constituída de partículas positivas que se deslocassem do polo positivo para o
negativo do gerador. Atualmente sabemos que nos metais acontece exatamente o contrário: a corrente é
formada por elétrons, que são partículas com carga negativa e que se deslocam do polo negativo para o
positivo.
Mas apesar de sabermos que esse é o sentido verdadeiro da corrente, ainda hoje adotamos como
convenção que a corrente seja constituída por partículas positivas que se desloquem do polo positivo
para o negativo. Pois, para efeito de raciocínio é indiferente considerar-se uma carga positiva deslocando-
se num sentido ou uma negativa deslocando-se em sentido oposto.
Vale lembrar que: Se ligado a apenas um fio de resistência interna muito pequena, a tensão elétrica
existente tenderá para o valor nulo, logo criará no condutor uma corrente que seria a corrente máxima
que o gerador pode fornecer, essa corrente máxima é denominada como corrente de curto circuito e é
representada por icc.
É por isso que você não deve ligar geradores em apenas condutores de resistência baixas. Isso é
muito perigoso e pode danificar seu gerador e principalmente causar danos a sua saúde!
Corrente Contínua
A corrente contínua (CC ou DC, em inglês) é aquela que possui os dois polos, um positivo e outro
negativo. Como possui polos definidos, o sentido dos elétrons se torna definido também, ou seja, partindo
do polo positivo para o negativo por convenção, já que na realidade ocorre o contrário. Podemos encontrá-
la principalmente em pilhas e baterias, geralmente em tensões baixas. Ela não é usada em transmissões
de alta tensão e de grande distância porque como possui um sentido único, exigiria muita força pra
"empurrar" os elétrons. Isso ocasionaria grandes perdas de energia. Quando ela se alterna, fica mais
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 163
"leve" pra "empurrar". Observe no desenho abaixo como ela se comporta, e note que, nesse caso, não
há a grandeza da frequência.
Corrente Alternada
A corrente alternada (CA ou AC, em inglês) é aquela que é gerada nas usinas e percorre grandes
distâncias até chegar nas tomadas de nossas casas. A característica dela é que não tem uma polarização,
ou seja, não possui um polo positivo e outro negativo definidos como ocorre na corrente contínua. Por
isso, seu sentido alterna, e seus polos são chamados de fases, porque cada um deles assume as duas
condições (ocorre quando a tensão for 220V, pois há a presença de 2 fases). Ela é usada na transmissão
em longa distância porque não ocorrem perdas de energia. No artigo anterior citado, nós vimos que a
tensão elétrica é a responsável por "empurrar" a corrente elétrica.
Na corrente alternada, podemos usar uma alta tensão para transmitir com velocidade a corrente
elétrica sem perder grande energia, por isso ela é usada pra essa finalidade. Observe no desenho abaixo
como se comporta uma fase em corrente alternada. Note a alternância da característica positiva e
negativa.
Resistores
São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica
em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os filamentos que são aquecidos em uma estufa,
entre outros.
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência encontrada proveniente de
resistores, ou seja, são consideradas as ligações entre eles como condutores ideais (que não apresentam
resistência), e utilizam-se as representações:
Associação de Resistores
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de
resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus
possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a
extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência
deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:
Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:
Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível
concluir que a resistência total é:
Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.
Resolução
a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W
No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V
Associação em Paralelo
A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que,
todos possuem uma extremidade ligada em A e a outra extremidade ligada em B.
U = U1 = U2 = U3
3- A corrente total i é a soma das correntes parciais:
i = i1 + i2 + i3
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 166
4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.
Exemplo:
1º. Processo:
2º. Processo
R1 com R2
Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação
de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule.
Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as partículas do
condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética (energia de
movimento) do elétron é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação,
consequentemente sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor).
O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:
Q= i2.R.t
Onde:
i= intensidade da corrente
R= resistência do condutor
t= tempo pelo qual a corrente percorre o condutor
Esta relação é válida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de tempo
de ocorrência.
Potencia Elétrica
A potência é uma grandeza física que mede a energia que está sendo transformada na unidade de
tempo, ou seja, mede o trabalho realizado por uma determinada máquina na unidade de tempo. Assim,
temos:
A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, admitimos que a
energia transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo condutor. Ou
seja:
Portanto;
Em muitos exercícios deve calcular a potência elétrica dissipada em resistores, para resolver estes
exercícios deve-se utilizar a primeira lei de Ohm.
U= R. i
Aplicando a equação de potência elétrica e a equação da primeira lei de Ohm, temos duas equações
para a potência elétrica dissipada em um resistor.
Primeira equação: P = U . i sendo i = U / R
Temos,
P = U2 / R
Exemplo: Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na
rede elétrica é de 220V?
Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a potência
elétrica com a resistência.
Chuveiro Elétrico
A potência do chuveiro varia de acordo com a posição da chave. Pode variar de 4.500 a 6.000 watts
no modo Inverno (quente) ou de 2.100 a 3.500 watts no modo Verão (morno). O consumo por hora (60
minutos) de uso é de 4,50 a 6,0 kWh (quilowatts-hora) na posição Inverno e de 2,10 a 3,50 kWh no Verão.
Para calcular o consumo do seu chuveiro, basta utilizar a regra abaixo:
Consumo = (potência em watt/1000) x (tempo) número de horas = total em KWh
Assim, se a potência for de 5.500 W e a utilização por determinado período for de 2 horas, o consumo
total expresso em kWh será de = 5.500w/1000 X 2 = 11 kWh.
Computador
Confira abaixo os equipamentos que integram um computador e a respectiva potência de cada um
deles:
Micro (CPU - Unidade Central) - 40 a 60 W
Monitor - 80 a 90 W
Impressora - 70 a 80 W
Scanner - 50 W CPU + vídeo (s/ impressora) - 120 a 150 W
Consumo CPU + Vídeo + Impressora = 0,19 a 0,23 kWh.
Consumo CPU/vídeo (hora) = 0,12 a 0,15 kWh
O computador ligado sem utilização consome 0,12 kWh por hora (com o vídeo ligado).
Desligar o vídeo economiza 0,08 KWh por hora de uso.
Exemplo:
Para calcular o consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:
Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).
Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade consideremos sua
potência em kW e o tempo de uso em horas, então teremos:
Por exemplo:
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh,
então o consumo do chuveiro elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será:
Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um condutor, conforme cita
seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é proporcional ao seu
comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área de sua
secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
Sendo expressa por:
Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a resistividade
é .
Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor condutor for o material, menor será sua
resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material aumenta com o aumento da
temperatura.
Exemplo:
Calcule a resistividade de um condutor com ddp 100 V, intensidade de 10 A, comprimento 80 m e área
de secção de 0,5 mm2.
Os dados do exercício:
L=80m A=0,5mm2 U=100V I=10A
A = 0,5 . (10⁻³ m)²
A = 0,5 . 10⁻⁶ m²
A = 5 . 10⁻⁷ m²
Primeiramente devemos calcular a resistência do fio utilizando a fórmula da Primeira Lei de Ohm:
R=U/I
R=100/10
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 171
R=10 Ω
Por conseguinte, através da Segunda Lei de Ohm podemos obter a resistividade do condutor:
R=ρL/A
10=ρ.80./(5 . 10⁻⁷)
ρ= (5 . 10⁻⁷) . 10 / 80
A medida em que a pilha vai sendo utilizada, as quantidades das substâncias que reagem vão
diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo, então o desgaste da pilha.
As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto, mais energia.
Gerador elétrico é um equipamento que transforma em energia elétrica outras formas de energia.
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
Polo negativo corresponde ao terminal de menor potencial elétrico.
Polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial elétrico.
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece energia potencial elétrica para as cargas,
que entram em movimento, saindo do polo negativo para o polo positivo.
Potência elétrica lançada: É a potência elétrica fornecida pelo gerador ao circuito externo.
Pl= U.i
𝑷 𝑼.𝒊 𝑼 𝑼
ᶯ= 𝒍 = = → ᶯ=
𝑷𝒈 𝑬.𝒊 𝑬 𝑬
Equação característica e o símbolo do gerador elétrico
Quando o ligamos a um circuito, teremos a diferença de potencial U menor que a força eletromotriz E.
Isto acontece porque o gerador apresenta uma resistência elétrica que é definida como resistência interna
r.
U= E –ri
A diferença de potencial lançada no circuito será a diferença entre a força eletromotriz E pela diferença
de potencial que foi aplicada na resistência interna no gerador.
Um gerador real, isto é, um gerador cuja resistência interna não é nula (r ≠ 0) é representado conforme
o esquema abaixo.
Leis de Kirchhoff27
As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo
circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para estuda-las vamos
definir o que são Nós e Malhas:
Analisando a figura 1, vemos que os pontos a e d são nós, mas b, c, e e f não são. Identificamos neste
circuito 3 malhas definidas pelos pontos: afed, adcb e badc.
27
https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/
Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas apontam para fora do nó) é igual
a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total
existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós.
A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual à soma algébrica das
quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.
E1=2,1 V; E2=6,3 V; R1=1,7 Ώ; R2=3,5 Ώ. Ache as correntes nos três ramos do circuito.
Solução: Os sentidos das correntes são escolhidos arbitrariamente. Aplicando a 1ª lei de Kirchhoff (Lei
dos Nós) temos:
i1 + i2 = i3
Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas): partindo do ponto a percorrendo a malha abcd no
sentido anti-horário. Encontramos:
Ou
Ou
Ficamos então com um sistema de 3 equações e 3 incógnitas, que podemos resolver facilmente:
i1 = 0,82A
i2 = -0,4A
i3 = 0,42A
Os sinais das correntes mostra que escolhemos corretamente os sentidos de i1 e i3, contudo o sentido
de i2 está invertido, ela deveria apontar para cima no ramo central da figura 1.
Observe que se não alterarmos o sentido da corrente i2, teremos que utilizar o sinal negativo quando
for feito algum cálculo com essa corrente.
Questões:
01. Um condutor metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante de intensidade
32 mA. Determine:
a) a carga elétrica que atravessa uma seção reta do condutor por segundo;
b) o número de elétrons que atravessa uma seção reta do condutor por segundo.
Dado: carga elétrica elementar e = 1,6.10-19 C.
02. Em um chuveiro com a chave ligada na posição inverno passa por segundo na secção transversal
da resistência, por onde circula a água, 12,5 10-19. elétrons. Determine a intensidade da corrente elétrica
na resistência sabendo que o valor absoluto da carga do elétron é 1,6.10-19 C.
03. (UFSM-RS) Analise as afirmações a seguir, referentes a um circuito contendo três resistores de
resistências diferentes, associados em paralelo e submetidos a uma certa diferença de potencial,
verificando se são verdadeiras ou falsas.
1. A resistência do resistor equivalente é menor do que a menor das resistências dos resistores do
conjunto;
2. A corrente elétrica é menor no resistor de maior resistência;
3. A potência elétrica dissipada é maior no resistor de maior resistência.
A sequência correta é:
(A) F, V, F
(B) V, F, F
(C) V, V, V
(D) V, V, F
(E) F, F, V
04.Sobre um resistor de 100 Ω passa uma corrente de 3 A. Se a energia consumida por este resistor
foi de 2Kwh, determine aproximadamente quanto tempo ele permaneceu ligado à rede.
(A) 15h
(B) 1,5h
(C) 2h
(D) 3 h
(E) 6h
05. (PUC- MG) Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0 V em um resistor de 3,0Ώ, podemos
dizer que a corrente elétrica fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente, são:
06 (Fatec-SP) Por um resistor faz-se passar uma corrente elétrica i e mede-se a diferença de potencial U.
Sua representação gráfica está esquematizada abaixo. A resistência elétrica, em ohms, do resistor é:
(A) 0,8
(B) 1,25
(C) 800
(D) 1250
(E) 80
08. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 5µF e C2 = 7µF estão associados em série e
ligados a uma fonte que fornece uma ddp constante de 6 V. Determinar:
(A) a capacidade eletrostática do capacitor equivalente;
(B) a carga elétrica de cada capacitor;
(C) a ddp nas armaduras de cada capacitor.
09. (Uneb-BA) Um resistor ôhmico, quando submetido a uma ddp de 40 V, é atravessado por uma
corrente elétrica de intensidade 20 A. Quando a corrente que o atravessa for igual a 4 A, a ddp, em volts,
nos seus terminais, será:
(A) 8
(B) 12
(C) 16
(D) 20
(E) 30
10. Um fio cilíndrico de comprimento L e raio de seção reta r apresenta resistência R. Um outro fio,
cuja resistividade é o dobro da primeira, o comprimento é o triplo, e o raio r/3, terá resistência igual a:
(A) R/54
(B) 2 R
(C) 6 R
(D) 18 R
(E) 54 R
01. Resposta:
02. Resposta:
03. Resposta: D.
As afirmações 1 e 2 estão corretas. Já a alternativa 3 é incorreta porque a potência elétrica é maior
para o resistor de menor resistência. Isso se deve ao fato de a corrente elétrica ser maior nesse resistor.
Como a potência dissipada é proporcional ao quadrado da corrente, haverá maior dissipação de energia
para a menor resistência.
04. Resposta: C.
Da equação da energia consumida temos que E = P x Δt
Potência pode ser definida como P = R.i2
Portanto: E = R.i2 . Δt
2000 w.h = 100 . 32 . Δt
2000 w.h = 900 w . Δt
Δt = 2,2h
05. Resposta: C.
A potência elétrica em função da tensão elétrica é dada por:
06. Resposta: C
07. Resposta: D.
Cs = C1 . C2 / C1 + C2
Cs = 35 / 12
Cs = 2,9 µF
Q = Cs . U
Q = 2,9 µF . 6 V
Q = 17,4 µC
c) Como U = Q / C, temos:
U1 = Q / C1 = 17,4 µC / 5 µF = 3,5 V
U2 = Q / C2 = 17,4 µC / 7 µF = 2,5 V
09. Resposta: A.
Inicialmente, encontra-se o valor da resistência:
R=U
i
R = 40
20
R = 2Ω
U=R.i
U=2.4
U=8V
10. Resposta: E.
Retirando os dados fornecidos no texto, tem-se:
Resistor 1
L1 = L
r1 = r
r1 = r
R1 = R
Resistor 2
L2 = 3L
r2 = r/3
r2 = 2r
R2 = R
Ímãs e Magnetos
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta e pode ser
natural ou artificial.
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a magnetita, e
um ímã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente
ou instantaneamente características de um ímã natural.
Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou eletroímãs.
Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades magnéticas mesmo após
cessar o processo de imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos.
Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra sob ação de outro
campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula corrente elétrica e um núcleo,
normalmente de ferro. Suas características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar
a passagem de corrente cessa também a existência do campo magnético.
Polos magnéticos: São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto
por dois polos magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando
estas não existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados
dipolos magnéticos.
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo centro de massa e ele se
alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta
forma, o polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o
polo sul geográfico.
Ao pegarmos dois ímãs e ao aproximarmos eles uns dos outros, eles podem atrair-se ou repelir-se. O
fenômeno do atração ocorre quando aproximamos dois ímãs e eles se unem devido a eles possuem polos
de nomes diferentes, ou seja, os polos magnéticos de nomes diferentes se atraem, sendo que estes
"nomes" são os polos norte ou sul. Já o fenômeno da repulsão acontece quando aproximamos dois ímãs
com polos magnéticos de nomes iguais, ou seja polos magnéticos de mesmo nome se repelem.
Campo Magnético
Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto. James Maxwell criou a teoria do
eletromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração dos ímãs e também das correntes
elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o magnetismo.
As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.
Existem dois modelos diferentes para ímãs: os polos magnéticos e correntes atômicas.
Embora para muitos propósitos, é conveniente pensar em um ímã como tendo norte distinta e polos
magnéticos sul, o conceito de polos não deve ser tomado literalmente: é
Apenas uma maneira de se referir às duas extremidades diferentes de um ímã. O imã não tem norte
ou sul partículas distintas em lados opostos. Se um ímã de barra é dividido em duas partes, em uma
tentativa de separar os polos norte e sul, o resultado será dois ímãs de barra, cada um dos quais tem
tanto um polo norte e sul. No entanto, uma versão da abordagem magnético polos é usado por
magneticians profissionais para projetar ímãs permanentes.
Nesta abordagem, a divergência da magnetização ∇ • M dentro de um ímã e da superfície normal
componente M • n são tratados como uma distribuição de monopolos magnéticos. Esta é uma
conveniência matemática e não implica que há realmente monopolos no ímã. Se a distribuição de polos
magnéticos é conhecido, então o modelo de polo dá o campo magnético H . Fora o íman, o campo B é
proporcional à H , enquanto que no interior da magnetização devem ser adicionados a H . Uma extensão
deste método que permite cargas magnéticas internas é usada em teorias de ferromagnetismo.
Outro modelo é o Ampère modelo, onde todos magnetização é devido ao efeito de microscópicos, ou
atómicas, circulares correntes ligadas, também chamados correntes Ampèrian, em todo o material. Para
uma barra magnética cilíndrica uniformemente magnetizado, o efeito líquido de as correntes
microscópicas ligado é fazer com que os ímãs se comportam como se há uma folha macroscópica da
corrente eléctrica que flui ao redor da superfície, com a direção de fluxo local normal ao eixo do cilindro.
Correntes microscópicas em átomos no interior do material são geralmente cancelado por correntes em
átomos vizinhos, por isso, apenas a superfície faz uma contribuição líquida; raspar a camada exterior de
um ímã não destruir o seu campo magnético, mas vai deixar uma nova superfície de correntes não
cancelados a partir das correntes circulares em todo o material. A regra da mão direita indica a direção
que o fluxo de corrente.
Os materiais podem ser classificados, de acordo com as suas propriedades magnéticas, em três tipos:
ferromagnéticos, diamagnéticos e paramagnéticos.
O magnetismo é uma propriedade dos átomos que tem origem em sua estrutura atômica. É resultado
da combinação do momento angular orbital e do momento angular de spin do elétron. A forma como
ocorre a combinação entre esses momentos angulares determina como o material irá se comportar na
presença de outro campo magnético. É de acordo com esse comportamento que as propriedades
magnéticas dos materiais são definidas. Elas podem ser classificadas em três tipos: diamagnéticos,
paramagnéticos e ferromagnéticos.
Diamagnéticos:
São materiais que, se colocados na presença de um campo magnético externo, estabelecem em seus
átomos um campo magnético em sentido contrário ao que foi submetido, mas que desaparece assim que
o campo externo é removido. Em razão desse comportamento, esse tipo de material não é atraído por
imãs. São exemplos: mercúrio, ouro, bismuto, chumbo, prata etc.
Ferromagnéticos:
Quando esses materiais são submetidos a um campo magnético externo, adquirem campo magnético
no mesmo sentido do campo ao qual foram submetidos, que permanece quando o material é removido.
É como se possuíssem uma memória magnética. Eles são fortemente atraídos pelos imãs, e esse
comportamento é observado em poucas substâncias, entre elas estão: ferro, níquel, cobalto e alguns de
seus compostos.
Superfície Equipotencial
Uma superfície equipotencial constitui uma região do campo elétrico em que todos os seus pontos
apresentam o mesmo potencial.
Chamamos uma superfície de equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus
pontos apresentam o mesmo potencial. Uma superfície equipotencial pode apresentar diversas formas
geométricas.
Ao colocarmos uma carga elétrica puntiforme em um ponto qualquer do espaço e longe de outras
cargas elétricas, calculamos o potencial elétrico em um ponto próximo a ela através da seguinte relação:
Uma superfície equipotencial é sempre interceptada perpendicularmente (90°) pelas linhas de força de
um campo elétrico. Dessa maneira, conhecendo-se as linhas de força de um campo elétrico, fica mais
fácil representar as superfícies equipotenciais. Já numa região onde o campo elétrico é uniforme, para
serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas.
Blindagem Eletrostática
Devido à facilidade que os metais têm em fazer variar o campo elétrico dos objetos metálicos, estes
podem servir também como obstáculos para a propagação destas ondas. Depende da ordem do
comprimento de onda da radiação incidente, e do tamanho dos espaçamentos livres no objeto metálico,
de modo que a onda pode passar sem interagir. Ao efeito de blindagem da onda eletromagnética, dá-se
o nome de Gaiola de Faraday.
Relâmpago CéuO poder das pontas é o nome dado ao princípio físico que rege o funcionamento de
alguns objetos do nosso cotidiano, como os para-raios e as antenas. Ele foi utilizado por Benjamin
Franklin, em 1752, em sua famosa experiência da pipa, que deu origem ao para-raios. Ele pode ser feito
com um catavento elétrico ou um torniquete eletrostático.
Segundo esse princípio, o excesso de carga elétrica em um corpo condutor é distribuído por sua
superfície externa e se concentra nas regiões pontiagudas ou de menor raio. É nas pontas que a energia
é descarregada. Isso ocorre porque as extremidades são regiões muito curvas e, como a eletricidade se
acumula mais nessas áreas, um corpo eletrizado dotado de pontas acumula nelas sua energia. A
densidade elétrica de um corpo será sempre maior nas regiões pontudas em comparação com as planas.
Sendo assim, uma ponta sempre será eletrizada mais facilmente do que uma região plana. Isso
também explica o fato de um corpo já eletrizado perder sua carga elétrica, principalmente pelas
terminações, sendo difícil mantê-lo dessa forma. Além disso, essa extremidade eletrizada tem sobre os
outros corpos um poder muito maior do que as áreas que não são pontudas.
É devido a esse princípio que recomenda-se, em dias de tempestade, a não permanência embaixo de
árvores ou em regiões descampadas, porque a árvore e o corpo humano atuam como pontas em relação
à superfície do solo, atraindo os raios. Se estiver em um local sem proteção é recomendado ficar
abaixado, com os braços e pernas bem juntos, em forma de esfera, evitando que seu corpo funcione
como uma ponta.
Questões
01. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0.1013 elétrons . Considerando a carga elementar
e=1,6.10-19 C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda de elétrons?
28
https://bit.ly/2CPHPY0
03. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)
04. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.
Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5
05. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula
06. (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente em nosso cotidiano. Um exemplo disso é o
fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos
corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir:
07. (ESPM-SP) No centro do quadrado abaixo, no vácuo, está fixa uma carga elétrica +q. Nos vértices
do quadrado temos, também fixas, as cargas +Q,-Q, -Q e +Q. Para qual das direções aponta a força
elétrica resultante na carga central?
(F) A
(G) B
(H) C
(I) D
(J) E
08. (Ceetps-SP) Uma partícula de massa 1,0 .10-5 kg e carga elétrica 2,0 mC fica em equilíbrio quando
colocada em certa região de um campo elétrico. Adotando-se g= 10 m/s2, o campo elétrico naquela região
tem intensidade, em V/m, de:
(A) 500
(B) 0,050
(C) 20
(D) 50
(E) 200
09. (Esam-RN) Uma carga positiva é lançada na mesma direção e no mesmo sentido das linhas de
forças de um campo elétrico uniforme E. Estando sob ação exclusiva da força elétrica, o movimento
descrito pela carga, na região do campo, é:
(A) retilíneo e uniforme
(B) retilíneo uniformemente retardado
(C) retilíneo uniformemente acelerado
(D) circular e uniforme
(E) helicoidal uniforme
10(Unifor-CE) A figura abaixo representa uma partícula de carga q = 2.10-8 C, imersa, em repouso,
num campo elétrico uniforme de intensidade E= 3.10-2 N/C.
Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:
(A)
(B)
(C)
(D)
13. (ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo.
Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço?
14. (Cesgranrio-RJ) a bússola representada na figura repousa sobre a sua mesa de trabalho. O
retângulo tracejado representa a posição em que você vai colocar um ímã, com os polos respectivos nas
posições indicadas. Em presença do ímã, a agulha da bússola permanecerá como em:
16. Campos magnéticos são frequentemente usados para curvar um feixe de elétrons em
experimentos de física. Que campo magnético uniforme, aplicado perpendicularmente a um feixe de
elétrons que se move a ´ 1.3×106m/s, e necessário para fazer com que os elétrons percorram uma
trajetória circular de raio ´ 0.35 m?
17. (PUC-MG) Uma bússola pode ajudar uma pessoa a se orientar devido à existência, no planeta
Terra, de:
(A) um mineral chamado magnetita
(B) ondas eletromagnéticas
(C) um campo polar
(D) um campo magnético
(E) um anel magnético
18. A figura representa uma bússola situada 2,0 cm acima de um fio condutor retilíneo, L, muito
comprido. A agulha está orientada na direção do campo magnético terrestre local e ambos, agulha e fio,
são paralelos e estão dispostos horizontalmente.
O fio é ligado a uma fonte de tensão contínua e passa a ser percorrido por uma corrente elétrica
contínua de intensidade 3,0 A, no sentido sul-norte da Terra. Em consequência, a agulha da bússola gira
de um ângulo θ em relação à direção inicial representada na figura. Qual a intensidade do campo
19. Na figura abaixo temos a representação de uma espira circular de raio R e percorrida por uma
corrente elétrica de intensidade i. Calcule o valor do campo de indução magnética supondo que o diâmetro
dessa espira seja igual a 6πcm e a corrente elétrica seja igual a 9 A. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A.
(A) B = 6 . 10-5 T
(B) B = 7 . 10-5 T
(C) B = 8 . 10-7 T
(D) B = 4 . 10-5 T
(E) B = 5 . 10-7 T
20. Para a figura abaixo, determine o valor do vetor indução magnética B situado no ponto P e marque
a alternativa correta. Adote μ = 4π.10-7 T.m/A, para a permeabilidade magnética.
(A) B = 4 . 10-5 T
(B) B = 8 . 10-5 T
(C) B = 4 . 10-7 T
(D) B = 5 . 10-5 T
(E) B = 8 . 10-7 T
Respostas
01. Resposta
02. Resposta
Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do que de elétrons, portanto
o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à diferença entre a quantidade de prótons
e elétrons.
Essa carga é calculada por:
04.Resposta: A
05 Resposta: B
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M
06 Resposta: B
I. Verdadeira
Corpo eletrizado positivamente: n elétrons n prótons
Corpo eletrizado negativamente: n elétrons n prótons
II. Falsa, pois todos os corpos possuem cargas elétricas.
III. Falsa, pois n prótons= n elétrons
IV. Verdadeira, pois ficam eletrizados com cargas de mesmo módulo mas de sinais contrários.
V. Verdadeira.
07 Resposta: C
Representando os vetores que atuam na carga q, temos:
08 Resposta: D
Dados: m=1.10-5kg; q= 2 µC = 2 .10-6 C; g= 10 m/s2
F=P → q . E- m. g
2. 10-6 E =1 .10-5 .10
E =50 V/m
09.Resposta:C
Se a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico E. Logo, o movimento
será retilíneo e uniformemente acelerado.
10 .Resposta: C
P= F → P= q E
P=2. 10-8 . 3 .10-2
P=6 .10-10 N
11. Resposta: C.
Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.
12. Resposta: A
13. Resposta: E
14. Resposta: B
16. Resposta:
Sabemos que evB = mv2/r. Portanto r =mv/(eB), donde tiramos que:
17. Resposta: D
É possível uma bússola orientar-se graças à existência do campo magnético terrestre.
18. Resposta:
19. Resposta: B
Podemos determinar o valor do vetor indução magnética através da seguinte relação:
O campo magnético da Terra é como o campo magnético de um gigantesco ímã em forma de barra,
que atravessa desde o Polo Sul até o Polo Norte do planeta. Mas é importante lembrar que os Polos
Magnéticos da Terra tem uma inclinação de 11,5° em relação aos Polos Geográficos. Lembremos
também que o Polo Norte Geográfico também é inclinado em relação à linha perpendicular ao plano da
órbita da Terra.
É interessante salientar que os Polos Norte e Sul determinados geograficamente são na verdade os
pontos onde emergem as extremidades do eixo em torno do qual a Terra gira. O Polo Norte Magnético
considerado é o ponto de onde emergem as linhas de campo magnético mostradas na figura. E o Polo
Sul Magnético é na verdade o ponto para onde convergem as linhas de campo magnético que emergem
do Polo Sul Geográfico. No caso de um ímã, o norte é atraído pelo sul. Ou seja, o norte do ímã apontará
para o polo sul do campo magnético do interior da Terra.
Força Magnética
São quatro as características da força magnética que atuam sobre uma carga em movimento. Em
primeiro lugar, seu módulo é proporcional ao módulo da carga. Se uma carga de 1 C se move com a
mesma velocidade de uma carga de 2 C no interior de um campo magnético, a força magnética sobre a
carga de 2 C é duas vezes maior do que a força magnética que atua sobre a carga de 1 C. Em segundo
lugar, o módulo da força também é proporcional ao módulo, ou ‘intensidade’, do campo; se dobrarmos o
valor do módulo do campo (por exemplo, usando dois ímãs idênticos em vez de um) sem alterar o valor
da carga ou de sua velocidade, a força dobra. A terceira característica é que a força magnética também
depende da velocidade da partícula. Esse comportamento é bastante diferente da força elétrica, que é
sempre a mesma, independentemente de a carga estar em repouso ou em movimento. A quarta é que a
força magnética não possui a mesma direção do campo magnético 𝐵 ⃗⃗ porém atua sempre em uma direção
simultaneamente perpendicular à direção de 𝐵 e à direção da velocidade 𝑣⃗. Verifica-se que o módulo 𝐹⃗
⃗⃗
da força é proporcional ao componente da velocidade 𝑣⃗ perpendicular ao campo; quando esse
componente for nulo (ou seja, quando 𝑣 ⃗⃗ forem paralelos ou antiparalelos), a força magnética será
⃗⃗⃗⃗e 𝐵
igual a zero.
Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço onde existe
um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética, fica sujeita à ação de uma força que
atua lateralmente na carga, chamada força magnética 𝐹⃗ ou força magnética de Lorentz, como mostra a
figura.
29
https://bit.ly/2CpNmVq
Regra do tapa: Na figura, posicionamos a mão direita para determinar o sentido da força magnética
sobre uma carga. Você deve orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os demais dedos
devem ficar estendidos no sentido do campo magnético. Feito isso, a palma da mão fica virada para cima,
como mostrado. O sentido da força magnética atuante na carga é obtido por meio de um tapa dado pela
palma da mão, se a carga for positiva. Para as cargas negativas, o tapa deverá ser dado com as costas
da mão.
Colocando o polegar no sentido da velocidade e os outros dedos no sentido do vetor indução
magnética, a força magnética tem o sentido de um tapa dado com a palma da mão.
Essa discussão mostra que a força sobre uma carga q que se desloca com velocidade em um campo
magnético possui módulo, direção e sentido dados por
Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que seria
se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalteradas a direção e a intensidade,
qualquer que seja a regra utilizada.
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste
caso, é o sentido real da corrente (tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-
se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que a
interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do fio, mas
como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo, então
podemos escrever a velocidade como:
Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação :
Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
segmentos da espira, devido ao surgimento de . Nos segmentos onde o sentido da corrente é paralelo
ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência , tem mesma
direção do campo magnético.
Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido da
corrente e ao campo magnético causará rotação. À medida que a espira gira a intensidade da força que
atua no sentido vertical, que é responsável pelo giro, diminui, de modo que quando a espira tiver girado
90° não haverá causando giro, fazendo com que as forças de cada lado do braço de alavanca entrem
em equilíbrio.
No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido contrário,
passando a exercer um movimento oscilatório.
Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores de
Através da regra da mão direita podemos ver que o vetor B está na vertical.
As linhas de indução de um ímã saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por
uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao do ímã e, então, atribui-se a ela um polo
norte, do qual as linhas saem; e um polo sul, ao qual elas chegam.
Se considerarmos n espiras iguais justapostas, ou seja, uma do lado da outra, de modo que a
espessura do enrolamento seja muito menor que o diâmetro de cada espira, teremos a chamada bobina
chata. A intensidade do vetor indução magnética B no centro O da bobina chata é determinada através
da seguinte equação:
Onde:
B – é o campo magnético no interior da espira (ou bobina)
i – é a corrente elétrica
R – é o raio da espira (ou bobina)
µ – é a permeabilidade magnética
n – é o número de voltas da bobina
Resumindo: Uma espira circular percorrida por uma corrente i, cria em seu centro um campo magnético
retilíneo perpendicular ao seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dada pela regra da mão direita.
Questões
01. (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo magnético
é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Aponte abaixo a opção correta:
(A) Somente I está correta.
(B) Somente II está correta.
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 195
(C) Somente III está correta.
(D) II e III estão corretas.
E) Todas estão corretas.
02. Qual das alternativas abaixo representa o gráfico da intensidade B do campo magnético em um
ponto do plano determinado por ele e um condutor retilíneo longo, percorrido por corrente elétrica, em
função da distância d entre o ponto e o condutor?
03. (PUC) Um elétron num tubo de raios catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 m/s. Aplicando-se um campo de indução magnética de 2T, paralelo ao eixo do tubo,
a força magnética que atua sobre o elétron vale:
(A) 3,2 . 10-12N
(B) nula
(C) 1,6 . 10-12 N
(D) 1,6 . 10-26 N
(E) 3,2 . 10-26 N
04. (PUC/RJ) Cientistas creem ter encontrado o tão esperado “bóson de Higgs” em experimentos de
colisão próton-próton com energia inédita de 4 TeV (tera elétron-Volts) no grande colisor de hádrons,
LHC. Os prótons, de massa 1,7x10–27 kg e carga elétrica 1,6x10–19 C, estão praticamente à velocidade da
luz (3x108 m/s) e se mantêm em uma trajetória circular graças ao campo magnético de 8 Tesla,
perpendicular à trajetória dos prótons.
Com estes dados, a força de deflexão magnética sofrida pelos prótons no LHC é em Newton:
(A) 3,8x10–10
(B) 1,3x10–18
(C) 4,1x10–18
(D) 5,1x10–19
(E) 1,9x10–10
05. (OSEC/SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente de 8,0 ampères
(veja figura). Seja mo = 4 π x 10-7 T.m/A. O vetor campo magnético no centro da espira é perpendicular
ao plano da figura e orientado pra:
(A) fora e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(B) dentro e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(C) fora e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
(D) dentro e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
06(Fund. Carlos Chagas/SP) Uma espira circular é percorrida por uma corrente elétrica contínua, de
intensidade constante. Quais são as características do vetor campo magnético no centro da espira? Ele:
(A) é constante e perpendicular ao plano da espira
(B) é constante e paralelo ao plano da espira
(C) é nulo no centro da espira
(D) é variável e perpendicular ao plano da espira
(E) é variável e paralelo ao plano da espira
08. Imagine que 0,12 N seja a força que atua sobre uma carga elétrica com carga de 6 μC e lançada
em uma região de campo magnético igual a 5 T. Determine a velocidade dessa carga supondo que o
ângulo formado entre v e B seja de 30º.
(A) v = 8 m/s
(B) v = 800 m/s
(C) v = 8000 m/s
(D) v = 0,8 m/s
(E) v = 0,08 m/s
Respostas
01.Resposta:D
A afirmação I está incorreta pelo fato de a carga elétrica nem sempre sofrer ação de uma força
magnética. Para uma carga elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força magnética será
nula.
A afirmação II está correta, pois cargas elétricas lançadas em campos elétricos sempre sofrem a ação
de uma força elétrica.
A afirmação III está correta, pois a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Essa comprovação pode ser realizada através da regra do tapa.
02.Resposta:D
03.Resposta:B
Se a direção do deslocamento da carga elétrica for paralela à direção do vetor indução magnética B,
o ângulo θ será tal que sen θ = 0, pois θ = 0º ou θ = 180º, a força magnética será igual a zero. Aplicando
a equação podemos provar:
Fmag=|q|.v.B.sen00
Fmag=0
04.Resposta:A
Aplicando a equação de força magnética, temos:
FM = q . v . B . senα
FM = 1,6x10–19. 3x108. 8 . sen 90°
FM = 3,84 x 10 – 10 N
05.Resposta:B
Sendo I igual a 8; R igual a 0,02 metros (Nunca esqueça de transformar de centímetros para metros);
e a constante igual a 4 π x 10-7
B= 4 π x 10-7 x8/2 x 0,02 = 800 π x 10-7 ou 8 π x 10-5.
Usando a regra da mão direita percebemos que o campo é para dentro.
06.Resposta:A
Como a regra da mão direita podemos definir o sentido do campo magnético, que neste caso é
perpendicular. E será constante por se tratar de uma corrente elétrica também com essa característica.
Veja o esquema a seguir:
08.Resposta:
A equação que nos permite determinar a velocidade dessa carga é a equação que também fornece a
força magnética. Sendo assim, temos:
Indução Magnética
Consiste no surgimento de uma corrente elétrica em virtude da variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor. Inicialmente se conecta uma espira condutora, desconectada de uma fonte
de tensão, a um amperímetro (aparelho usado para medir corrente elétrica). Em seguida, aproxima-se
dessa espira um imã em forma de barra. O amperímetro, nesse momento, indica a passagem de uma
corrente elétrica pela espira. Quando o imã é afastado da espira, a corrente aparece novamente, porém,
em sentido contrário. Observe na figura:
Na experiência de Faraday, as linhas de campo magnético do imã geram uma corrente induzida na
espira
A unidade adotada para se medir o fluxo de indução magnética pelo SI é o weber (Wb), em homenagem
Como a equação nos mostra, o fluxo depende de três grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que Φ varie
é necessário que pelo menos uma das três grandezas varie.
Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo magnético mais intenso nas proximidades
de seus polos, já que as linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma forma
de fazer com que Φ varie é aproximar ou afastar a superfície da fonte magnética, variando
Toda corrente elétrica induzida é originada devido a uma variação do fluxo magnético de indução.
Não há corrente induzida se não houver variação do fluxo magnético de indução
Indução Eletromagnética
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente, chamada
corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
A corrente induzida só existe enquanto há variação do fluxo, chamado fluxo indutor.
Lei de Lenz
Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera.
• Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o
mesmo sentido do fluxo;
• Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com
sentido oposto ao sentido do fluxo.
Se usarmos como exemplo, uma espira posta no plano de uma página e a submetermos a um fluxo
magnético que tem direção perpendicular à página e com sentido de entrada na folha.
• Se for positivo, ou seja, se a fluxo magnético aumentar, a corrente induzida terá sentido anti-horário;
• Se for negativo, ou seja, se a fluxo magnético diminuir, a corrente induzida terá sentido horário.
Correntes de Foucault
Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou
ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.
Quando um fluxo magnético varia através de uma superfície sólida, e não apenas delimitada por um
condutor como foi visto em indução eletromagnética, há criação de uma corrente induzida sobre ele como
se toda superfície fosse composta por uma combinação de espiras muito finas justapostas.
Devido à suas dimensões consideráveis, a superfície sofre dissipação de energia por efeito Joule,
causando grande aumento de temperatura, o que torna possível utilizar estas correntes como
aquecedores, por exemplo, em um forno de indução, que têm a passagem de correntes de Foucault como
princípio de funcionamento.
Em circuitos eletrônicos, onde a dissipação por efeito Joule é altamente indesejável, pois pode danificar
seus componentes. É frequente a utilização de materiais laminados ou formados por pequenas placas
isoladas entre si, a fim de diminuir a dissipação de energia.
Lei de Faraday-Neumann
Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de contribuições de Michael
Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução eletromagnética.
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os terminais de um condutor
sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um intervalo de
tempo em que esta variação acontece, sendo expressa matematicamente por:
O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, que diz que a corrente induzida
tem um sentido que gera um fluxo induzido oposto ao fluxo indutor.
Transformadores
São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados
na modificação de impedâncias em circuitos elétricos.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis do
eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente.
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes
de aumentar ou reduzir valores de tensão.
Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas
bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a
tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O seu funcionamento é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da
variação de fluxo gerada pelo primário.
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:
Onde:
é a tensão no primário;
é a tensão no secundário;
é o número de espiras do primário;
é o número de espiras do secundário.
Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a tensão se o número de espiras
do secundário for menor que o número de espiras do primário e vice-versa.
Se considerarmos que toda a energia é conservada, a potência no primário deverá ser exatamente
igual à potência no secundário, assim:
Questões
03.Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio 10cm, gerando
um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo magnético?
04. (UFRN) Um certo detector de metais manual usado em aeroportos consiste de uma bobina e de
um medidor de campo magnético. Na bobina circula uma corrente elétrica que gera um campo magnético
conhecido, chamado campo de referência. Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o
campo magnético registrado no medidor torna-se diferente do campo de referência, acusando, assim, a
presença de algum metal. A explicação para o funcionamento do detector é:
(A) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(B) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
(C) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(D) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
05. (UFES) Um pequeno corpo imantado está preso à extremidade de uma mola e oscila verticalmente
na região central de uma bobina cujos terminais A e B estão abertos. Devido a oscilação do imã, aparece
entre os terminais A e B da bobina:
(A) uma corrente elétrica constante
(B) uma corrente elétrica variável
(C) uma tensão elétrica constante
(D) uma tensão elétrica variável
(E) uma tensão e uma corrente elétrica, ambas constantes.
06. (UFES) Uma espira gira, com velocidade angular constante, em torno do eixo AB, numa região
onde há campo magnético uniforme como indicado na figura:
08. (UNIFESP/SP) A foto mostra uma lanterna sem pilhas, recentemente lançada no mercado. Ela
funciona transformando em energia elétrica a energia cinética que lhe é fornecida pelo usuário - para isso
ele deve agitá-la fortemente na direção do seu comprimento. Como o interior dessa lanterna é visível,
pode-se ver como funciona: ao agitá-la, o usuário faz um ímã cilíndrico atravessar uma bobina para frente
e para trás. O movimento do ímã através da bobina faz aparecer nela uma corrente induzida que percorre
e acende a lâmpada.
O princípio físico em que se baseia essa lanterna e a corrente induzida na bobina são,
respectivamente:
(A) indução eletromagnética; corrente alternada.
(B) indução eletromagnética; corrente contínua.
(C) lei de Coulomb; corrente contínua.
(D) lei de Coulomb; corrente alternada.
(E) lei de Ampere; correntes alternada ou contínua podem ser induzidas.
09. (UFSC/SC) A energia eólica pode ser uma excelente opção para compor a matriz energética de
uma nação como o Brasil. Um estudante construiu um modelo de gerador elétrico "eólico" colocando
ventilador na frente de pás conectadas a uma espira com 1,0.10-3 m2 de área, que está em um campo
magnético constante de 2,0.10-2 T.
O modelo do gerador está representado pelo esquema a seguir. Observe-o e assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
(01) Com o ventilador ligado e a espira girando, a lâmpada brilha, e a corrente gerada é alternada.
(02) Enquanto a espira estiver girando, o campo magnético gera sobre ela um torque que se opõe ao
seu movimento de rotação.
(04) Correntes alternadas são normalmente usadas nas linhas de transmissão, pois podem ser
diminuídas ou aumentadas se utilizarmos transformadores.
10. (ITA/SP) Quando uma barra metálica se desloca num campo magnético, sabe-se que seus elétrons
se movem para uma das extremidades, provocando entre elas uma polarização elétrica. Desse modo, é
criado um campo elétrico constante no interior do metal, gerando uma diferença de potencial entre as
extremidades da barra. Considere uma barra metálica descarregada, de 2,0 m de comprimento, que se
desloca com velocidade constante de módulo v = 216 km/h num plano horizontal (veja figura), próximo à
superfície da Terra. Sendo criada uma diferença de potencial (ddp) de 3,0.10-3 V entre as extremidades
da barra, o valor do componente vertical do campo de indução magnética terrestre nesse local é de
(A) 6,9.10-6 T
(B) 1,4.10-5 T
(C) 2,5.10-5 T
(D) 4, 2.10-5 T
(E) 5,0.10-5 T
Respostas
01 Resposta: C.
02 Resposta: A
A alternativa A diz que a corrente elétrica será nula se não houver variação do fluxo magnético que
atravessa a espira. Sendo assim, de acordo com a lei de Faraday, se o fluxo magnético através da espira
não variar com o passar do tempo, então, não haverá corrente elétrica induzida na espira. Portanto, a
alternativa A está correta.
03 Resposta: A
Sendo a área da espira:
04 Resposta: A
Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o fluxo do campo magnético por ele gerado
cria nesse objeto uma fem induzida que, por sua vez, gera uma corrente induzida que origina um campo
magnético total diferente do campo de referência.
05 Resposta: D
Devido ao movimento do imã haverá uma variação de fluxo magnético que irá originar fem induzida
variável no decorrer do tempo. Como os terminais A e B da bobina estão abertos, a corrente elétrica será
nula, mas entre estes haverá uma tensão variável.
06.Resposta: A
Com a rotação da espira com a velocidade angular constante ω, surge uma variação de fluxo ∆Φ
através da espira, variação esta que irá gerar uma induzida alternada.
08.Resposta: A
A corrente está sendo induzida (indução eletromagnética) e muda de sentido no “vai e vem” do imã,
tendo isso a resposta correta é a letra "a", trata-se de uma indução eletromagnética e a corrente induzida
na bobina é alternada.
09.Resposta:
01. Correta: quando a espira gira, o fluxo magnético através dela sofre variação e surge uma força
eletromotriz induzida que gera uma corrente elétrica induzida.
O4. Correta.
08. Falsa: com a espira parada não ocorre variação de fluxo magnético.
S: (01 + 02 04 + 16) = 23
10.Resposta:
ε=BLV =3.10-3
3.10-3=B.2.60
B= 2,5.10-5 T
3.2.1.6 Óptica
ÓPTICA
A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para
explicar a natureza da luz, hoje popularizado como "a teoria da natureza corpuscular da luz." Este modelo
sobre a luz baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes
luminosas. A ideia de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de
mundo, isto é, um modelo mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria
possível determinar diversas grandezas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular
sobre a natureza da luz, Newton conseguia explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já
conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que
conquistou perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra
de Newton é considerada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem
e, certamente, o modelo corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não
apenas fama e prestígio conquistou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo
Newton e sua teoria corpuscular, principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação
cientificamente conturbada com Hooke nasceu a discussão sobre a natureza da luz.
Método Astronômico
Baseado na observação dos eclipses dos satélites de Júpiter, por Olaus Roemer, em 1672 (1675
segundo outros autores), trabalhando no Observatório de Paris.
A Terra e Júpiter giram em torno do Sol, sendo as suas durações de revolução, respectivamente, um
e doze anos. A ilustração a seguir representa as órbitas da Terra (T) e de Júpiter (J) em torno do Sol (S)
assim como a órbita de um dos satélites de Júpiter (o mais próximo).
30
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm
31
https://bit.ly/2JXzfv5
Seja N o número de dentes da roda dentada, os quais apresentam a mesma largura que os intervalos
ou vazios. Façamos a roda girar lentamente, com uma freqüência n tal que:
1/N.n > 1/10 de segundo
sendo 1/10 de segundo a duração da persistência das impressões luminosas (persistência retiniana).
Em 1/10 de segundo a luz pode percorrer 30 000 km, em conseqüência, o observador colocado atrás do
vidro sem espelhamento G não percebe a luz de retorno senão periodicamente.
Aumentemos a freqüência (1/N.n < 1/10 de segundo) ; devido à persistência das impressões
luminosas, o observador vê a luz de retorno de maneira contínua. Aumentando ainda mais a freqüência
da roda, dando-se a n um valor tal que durante o tempo Dt, gasto pela luz para realizar a ida e a volta
2D, um dente assuma o lugar de um vazio: o feixe luminoso de retorno é interceptado, diz-se que há
eclipse. A velocidade procurada é portanto:
Sejam S1 a imagem que se obteria da fenda S se o espelho não cortasse os raios luminosos e S’ a
imagem de S no espelho côncavo. Quando o espelho m não gira, o raio refletido pelo espelho côncavo
M volta segundo S’OS.
E.Mail-Autoremos por Dt o intervalo de tempo gasto pela luz para percorrer a distância 2D; teremos:
Dt = 2D/c
A seguir, dá-se ao espelho uma freqüência assaz grande para que ele tenha girado de um ângulo
aapreciável durante o intervalo de tempo Dt. A luz que se reflete em m no instante zero continua seu
caminho para M independentemente do movimento do espelho m, reflete-se em M e, na volta, não mais
encontrara no mesmo lugar o espelho m que terá girado de um ângulo a. Então o espelho m fornece de
S’ uma imagem S2 tal que S1OS2 = 2a, de acordo com uma propriedade bem conhecida dos espelhos
girantes ("para um raio incidente fixo, quando o espelho gira de a o correspondente raio refletido gira de
2a").
O raciocínio que terminamos de fazer para a posição inicial m do espelho girante permanece valida para
uma posição inicial qualquer; S' mudaria de posição, mas ainda encontraríamos a imagem S2 tal que
S1OS2 = 2a desde que, bem entendido, a freqüência do espelho seja mantida constante.
Em conseqüência, enquanto S' varre o espelho M, a imagem S" permanece fixa.
O feixe de raios OS” reflete-se no vidro sem espelhamento (ilustrado acima) e sua direção é marcada
por meio de uma luneta. Do ângulo 2a medido deduz-se a velocidade da luz c.
E.Mail-Autoremos por n a freqüência do espelho. O ângulo a descrito durante o tempo Dt tem o valor:
a = 2pnDt
de outro lado: Dt = 2D/c
vem, portanto:
2a = 8pnD/c
Nas experiências de Foucault os valores adotados eram n = 800 Hz, D = 20 m, donde 2a = 0,001 4
rad, ou seja, 4,8' (ângulo perfeitamente determinável).
Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.
Conceitos Básicos
Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.
Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:
Fontes de Luz
Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que
Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.
Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.
Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.
Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:
Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.
Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.
Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.
Fenômenos Ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:
Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.
Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.
Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.
Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.
Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.
Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.
O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza
o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona.
Note a semelhança entre os enunciados do princípio e do problema).
A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da
refração luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto
que o segundo, tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia
fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente.
O conhecimento dos fenômenos ondulatórios culminou em várias pesquisas de importantes cientistas,
como Christiaan Huygens e Thomas Young, estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias
e não corpusculares como Isaac Newton acreditava, isso foi possível mediante a uma importante
experiência feita por Young, a da “Dupla fenda”, baseada no fenômeno de interferência e difração,
inerente às ondas. Mais tarde, outro cientista célebre chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape
Reflexão
Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente.
A reflexão, no entanto, não vale só para as ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja,
acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais
(pulsos) periódicas em um balde largo e comprido de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se
propagam no meio "batem" nas paredes do recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de
energia, esse fenômeno é chamado de reflexão.
Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza de
onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).
Refração
Leis da Refração
1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.
2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o
comprimento de onda variam na mesma proporção.
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 212
Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Difração
Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.
Absorção
No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).
Interferência
É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.
Polarização
A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.
Dioptro
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.
𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração
Prisma
Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.
A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.
Funcionamento do prisma
Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.
Efeito Fotoelétrico32
O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de
frequência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica.
efeito fotoelétrico parece simples, mas intrigou bastantes cientistas, só em 1905 Einstein explicou
devidamente este efeito e com isso ganhou o Prêmio Nobel.
Uma das dúvidas que se tinha a respeito era que quanto mais se diminuía a intensidade do feixe de
luz o efeito ia desaparecendo e a respeito da frequência da fonte luminosa também intrigava muito os
cientistas, pois ao reduzir a frequência da fonte abaixo de um certo valor o efeito desaparecia (chamado
de frequência de corte), ou seja, para frequências abaixo deste valor independentemente de qualquer
que fosse a intensidade, não implicava na saída de nenhum único elétron que fosse da placa metálica.
Mais tarde Einstein com a teoria dos fótons explicou que, a intensidade de luz é proporcional ao número
de fótons e que como consequência determina o número de elétrons a serem arrancados da superfície
da placa metálica e, quanto maior a frequência maior é a energia adquirida pelos elétrons assim eles
saem da placa e abaixo da frequência de corte, os elétrons não recebem nenhum tipo de energia, assim
não saem da placa.
Placa metálica incidida por luz e perdendo elétrons devido o efeito fotoelétrico.
Espelhos Planos
Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual
Espelhos Esféricos
É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se
32
https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/
Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota
esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a
superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.
Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:
Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real
Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real
Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto
Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto
Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-virtual
-menor
-direita
- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):
Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):
Fonte: www.brasilescola.com
Óptica da Visão
Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.
Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com
Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.
Adaptação visual
Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de
cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina
de um possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de
até 10mm. Assim a incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais
ambientes.
Acomodação visual
As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.
Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15
1
= 0,0766
𝑓
𝑓 = 14,1 𝑚𝑚
Ponto remoto
Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.
1 1 1
= +
𝑓 15
1
No entanto, é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito
alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim,
teremos que:
1 1
=
𝑓 15
𝒇 = 𝟏𝟓𝒎𝒎
Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:
𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal
Ilusão de Óptica
Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.
02. (VUNESP) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente
esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm
da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.
03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo
sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?
(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°
04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.
06. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) A respeito da reflexão e da refração da luz, julgue
o item subsequente. Na reflexão difusa, os raios de luz incidentes em uma dada superfície são
refletidos obedecendo a diferentes orientações angulares.
( ) certo ( ) errado
07. (UFAL) A figura representa um feixe de raios paralelos incidentes numa superfície S e os
correspondentes raios emergentes.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.
02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5
03.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.
04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.
05. Resposta: C.
90-30=60º
07. Resposta: B.
A reflexão é o fenômeno em que os raios de luz atingem determinada superfície e têm a sua direção
de propagação alterada. Quando os raios refletidos (emergentes) mantêm-se paralelos, a reflexão é
chamada de regular; porém, caso a superfície seja rugosa, os raios refletidos não serão paralelos, e a
reflexão será denominada de difusa.
FÍSICA MODERNA
História da Mecânica
A mecânica como ciência apareceu no período helenístico por médio de Arquimedes, quem descreveu
quantitativamente as leis da alavanca e outras maquina simples, as quais com seu uso deram origem às
primeiras noções de dinâmica e estática. Arquimedes estabeleceu os fundamentos da estática e foi o
fundador da hidrostática ao enunciar seu famoso princípio. de Arquimedes ao longo dos anos também
existiram vários estudiosos da física que pouco a pouco serviram como impulso ao contribuir valiosos
princípios para o desenvolvimento da mecânica entre eles podemos citar a Tartaglia, Galileu Galilei,
Newton, Euler, Einstein, entre outros.
O físico e astrônomo italiano Galileu reuniu as ideias de outros grandes pensadores de seu tempo e
começou a analisar o movimento a partir da distância percorrida desde um ponto de partida e do tempo
decorrido. Demonstrou que a velocidade dos objetos que caem aumenta continuamente durante sua
queda. Esta aceleração é a mesma para objetos pesados ou ligeiros, sempre que não se tenha em conta
a resistência do ar). O matemático e físico britânico Isaac Newton melhorou esta análise ao definir a força
e a massa, e relacionar com a aceleração. Para os objetos que se deslocam a velocidades próximas à
velocidade da luz, as leis de Newton foram substituídas pela teoria da relatividade de Albert Einstein. Para
as partículas atômicas subatômicas, as leis de Newton foram substituídas pela teoria quântica. Mas para
os fenômenos da vida diária, as três leis do movimento de Newton seguem sendo a pedra angular da
dinâmica (o estudo das causas da mudança no movimento).
Relatividade
A Teoria da Relatividade Especial constitui-se em uma ponte muito conveniente para se fazer a ligação
entre a Física Clássica e a Física Moderna. Seu estudo propicia uma visão dos sucessos e deficiências
do pensamento científico dominante no final do século 19, bem como de inconsistências que se tornaram
grandes desafios na passagem para o século 20. Também, compreender melhor a natureza dessa teoria
traz fundamento para a admiração que se cultiva pelo seu criador, cujo trabalho no chamado “ano
miraculoso” de 1905 hoje motiva a comemoração do Ano Mundial da Física.
A teoria da relatividade foi uma revolução para o século XX, pois ela provocou inúmeras
transformações em conceitos básicos como também proporcionou que fatos importantes, ainda não
explicáveis, pudessem ser explicados. Essa teoria surgiu com o físico alemão Albert Einstein.
Nascido em Ulm, Einstein foi físico e pesquisador muito conhecido por ter proposto a teoria da
relatividade, mas também foi ele quem explicou corretamente o efeito fotoelétrico, fato esse que
possibilitou o desenvolvimento da bomba atômica, mesmo sem ele saber para quais fins se destinava.
A teoria da relatividade é composta de duas outras teorias: Teoria da Relatividade Restrita, que
estuda os fenômenos em relação a referenciais inerciais, e a Teoria da Relatividade Geral, que aborda
fenômenos do ponto de vista não inercial. Apesar de formar uma só teoria, elas foram propostas em
tempos diferentes, no entanto ambas trouxeram o conhecimento de que os movimentos do Universo não
são absolutos, mas sim relativos.
A teoria da relatividade restrita foi construída por Einstein a partir de dois importantes postulados:
A física clássica divide-se primordialmente em três áreas, cada qual com conceitos próprios: a
mecânica, a teoria do calor e o eletromagnetismo. Nas fronteiras entre estas ´áreas encontravam-se
aqueles problemas nos quais diferentes conceitos básicos se sobrepunham. Só através do estudo destes
problemas de fronteira ´e que se poderia saber até que ponto os diferentes conceitos das três diferentes
´áreas eram coerentes entre si.
Por outro lado, o descobrimento de incoerências conceituais quando associado a um problema
concreto funciona, tipicamente, como motor de inovações científicas, pois toda tentativa de resolver um
problema concreto obriga concomitantemente a que repensemos os conceitos envolvidos e pode, pela
transformação destes conceitos ou de teorias inteiras, abrir novos horizontes. Por este motivo os
problemas de fronteira da física clássica puderam se tornar os pontos de partida para a superação destas
mesmas fronteiras.
O problema da radiação térmica do corpo negro em equilíbrio, no qual Max Planck houvera trabalhado,
era um problema deste natureza por se encontrar na fronteira entre a teoria do calor e a teoria da radiação
Relatividade Galileana
Denomina-se "princípio de relatividade de Galileu" a afirmação de que é impossível detectar-se algum
efeito físico de um movimento uniforme de translação de um movimento físico, por experiências internas
a esse sistema, ou seja, para experiências realizadas dentro de um sistema, seu movimento de
translação, se for uniforme, não pode ser notado.
A evolução da descrição do movimento dos corpos em relação a outros, em movimentos uniformes
ou acelerados, teve seu início com o filósofo grego Zenão, de Eléia (500 – 451 a.C.), estendendo-se até
os trabalhos de Albert Einstein, em 1905, com a Teoria da Relatividade Especial. Zenão considerava que
se dois bastões (A e B) se deslocassem com velocidades iguais em intensidade, porém de sentidos
opostos em relação a um terceiro bastão C, mantido fixo, um observador em A (ou B) mediria a velocidade
do bastão em B (ou A) como duas vezes maior do que a medida por C. Zenão concluiu que este
movimento era impossível, passando a chamá-lo de paradoxo dos bastões em movimento.
Outro filósofo a procurar descrever o movimento dos corpos foi o grego Aristóteles, nascido
provavelmente em 384 a.C. Suas ideias permaneceram aceitas por mais de vinte séculos. Segundo
Aristóteles, a matéria era composta basicamente de quatro elementos terrestres: fogo, ar, água e terra.
Estes elementos tinham posições determinadas no Universo, chamadas lugares naturais.
O lugar natural do fogo era acima do lugar natural do ar que estava acima do lugar natural da água,
por sua vez acima do lugar natural da terra. Deste modo, explicava por que uma pedra e a chuva caem:
seus lugares naturais eram os da terra e água. Analogamente, a fumaça e o vapor sobem em busca de
seus lugares naturais acima da terra. Aristóteles também elaborou várias outras teorias sobre ciências
naturais, que foram aceitas até a Renascença.
Dentre elas, podemos destacar o modelo geocêntrico (Terra como centro do Universo). Somente nos
séculos XVI e XVII é que o pensamento aristotélico começou a ser contestado mais veementemente,
principalmente no que diz respeito à idéia do geocentrismo. A descrição dos movimentos passou a ser
analisada de maneira mais matemática, e não apenas filosófica como era a descrição aristotélica. Assim,
a dificuldade em entender o movimento dos corpos permaneceu até os séculos XVI e XVII com Giordano
Podemos citar o filósofo John Locke que escreveu há duzentos anos, em seu grande tratado “Sobre o
entendimento humano”, da importância do referencial: “Se encontrarmos as pedras do xadrez na mesma
posição em que as deixamos, diremos que elas não foram movidas, ou permanecem imóveis, mesmo
que o tabuleiro, nesse ínterim, tenha sido transportado para outro cômodo. Da mesma forma diremos que
o tabuleiro não se moveu, se ele permanece no mesmo lugar em que se encontrava na cabina, embora
o navio esteja andando. E diremos também que o navio se encontra no mesmo lugar, desde que se
mantenha à mesma distância da terra, embora o globo tenha dado uma volta completa. Na verdade, as
pedras de xadrez, o tabuleiro e o navio, tudo isso mudou de lugar em relação a corpos situados muito
mais longe”.
Então, para descrevermos o movimento dos corpos quantitativamente é necessário adotarmos um
referencial, como por exemplo, as paredes da sala de aula, onde podemos considerar que existam três
eixos imaginários que se cruzam ortogonalmente. Além do referencial, o observador necessita de um
relógio para poder descrever quantitativamente o movimento. A Relatividade galileana, termo utilizado
por Einstein, trata da descrição de movimentos em relação a um referencial inercial, ou seja, um
Consideremos que ocorra um evento em um ponto P, que pode ser identificado pelo conjunto de quatro
coordenadas em cada referencial: em S (x, y, z e t) e S’ (x’, y’, z’ e t’), sendo que as três primeiras
coordenadas de cada referencial localizam o ponto no espaço, enquanto a quarta coordenada indica o
momento da ocorrência do evento. Se considerarmos que inicialmente os referenciais S e S’ coincidem
em t = t’= 0, temos que x0 = x0’, y0 = y0’ e z0 = z0’, conforme a figura 5.
Agora, consideremos um instante posterior t = t’ > 0. O referencial S’ terá se deslocado de uma
distância V.t, em relação ao referencial S, de acordo com a figura 6.
Note que estamos fazendo t = t’ (os relógios estão sincronizados). Isto, porque para Galileu o tempo é
absoluto, independente do referencial, o que chamamos de invariância do tempo.
Isto está de acordo com o nosso senso comum, pois se não fosse assim, teríamos que sincronizar os
nossos relógios constantemente. Uma consequência direta da invariância do tempo, segundo as
transformações galileanas, é a invariância do comprimento. Explicitando melhor, pelas transformações
de Galileu concluímos que o comprimento, assim como o tempo, é absoluto, independentemente do
referencial em que for medido.
Ainda com relação ao referencial, Galileu afirmou ser impossível determinar se um navio estava parado
ou em movimento uniforme, realizando uma experiência mecânica em um dos seus camarotes. Com esta
afirmação, podemos concluir que as leis da Mecânica são invariantes (não mudam) perante uma
transformação de Galileu.
33
https://bit.ly/2HzTUUH
Existem apenas 4 forças, ou interações, fundamentais na natureza. São elas a interação gravitacional,
a interação eletromagnética, a interação forte e a interação fraca. A tabela mostra detalhes sobre estas
forças que serão logo explicados:
Força ou interação
intensidade teoria mediador
(fundamental)
Forte 10 Cromodinâmica quântica gluon
eletromagnética 10-2 Eletrodinâmica fóton
Fraca 10-13 flavordinâmica W± e Z0
gravitacional 10-42 geometrodinâmica graviton
Vamos explicar o conteúdo da tabela.
Intensidade:
Os valores acima atribuidos para as intensidade das forças não devem ser considerados de modo
absoluto. Voce verá valores bastante diferentes em vários livros, em particular no que diz respeito à força
fraca. O cálculo desta intensidade depende da natureza da fonte e a que distância estamos fazendo a
medição. O que importante notar é a razão entre elas: a força gravitacional é, de longe, a mais fraca entre
todas, porém é a de maior alcance, sendo a responsável pela estabilidade dinâmica de todo o Universo.
Teoria:
Vemos na tabela que cada força está associada a uma teoria física. Vejamos alguns detalhes:
Força gravitacional:
A teoria clássica da gravitação é a lei de Newton da Gravitação Universal. Sua generalização
relativística é a teoria da Gravitação de Einstein, também chamada de Teoria da Relatividade Geral de
Einstein. O melhor termo para ela seria Geometrodinâmica, uma vez que a relatividade geral geometriza
a gravitação. Para descrever os estágios iniciais da formação do Universo precisamos de uma teoria
quântica da gravitação, algo que os físicos ainda não possuem, apesar dos enormes esforços
desenvolvidos para isto.
Eletrodinâmica:
Esta é a teoria física que descreve os fenômenos elétricos e magnéticos, ou seja as forças
eletromagnéticas. A formulação clássica da Eletrodinâmica foi feita por James Clerk Maxwell. A teoria
clássica construída por Maxwell já era consistente com a teoria da relatividade especial de Einstein. O
"casamento" desta teoria com a mecânica quântica, ou seja, a construção de uma "Eletrodinâmica
Quântica", foi realizada por grandes nomes da física tais como Feynman, Tomonaga e Schwinger nos
anos que compõem a década de 1940.
Fraca:
As forças fracas são aquelas que explicam os processos de decaimento radiativo, tais como o
decaimento beta nuclear, o decaimento do pion, do muon e de várias partículas "estranhas". É
interessante notar que esta força não era conhecida pela física clássica e que sua formulação como teoria
é estritamente quântica. A primeira teoria das interações fracas foi apresentada por Fermi em 1933. Mais
tarde ela foi aperfeiçoada por Lee, Yang, Feynman, Gell-Mann e vários outros nos anos da década de
1950. Sua forma atual é devida a Glashow, Weinberg e Salam, que a propuseram nos anos da década
de 1960. A nova teoria das interações fracas, que é chamada de flavordinâmica por causa de uma das
propriedades intrínsecas das partículas elementares, é mais justamente conhecida como Teoria de
Glashow-Weinberg-Salam. Nesta teoria, as interações fraca e eletromagnética são apresentadas como
manifestações diferentes de uma única força, a força eletrofraca. Esta unificação entre a interação fraca
e a interação eletromagnética reduz o número de forças existentes no Universo a apenas 3: força
gravitacional, força forte e força eletrofraca.
Apostila gerada especialmente para: kauany souza 095.822.709-85 231
Forte:
As forças fortes são aquelas responsáveis pelos fenômenos que ocorrem a curta distância no interior
do núcleo atômico. A estabilidade nuclear está associada à força forte. É ela que mantém o núcleo unido
evitando que os prótons que os constituem, por possuírem a mesma carga elétrica, simplesmente sofram
uma intensa repulsão e destruam o próprio átomo. Se a força forte não existisse a matéria que forma o
Universo, tal como o conhecemos, também não existiria. Prótons e nêutrons não conseguiriam se formar.
Nós, seres humanos, não poderíamos existir. O trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado por
Yukawa em 1934 mas até meados da década de 1970 não havia, realmente, uma teoria capaz de explicar
os fenômenos nuclear. Foi então que surgiu a cromodinâmica quântica.
Mediadores:
Após a física ter abandonado o conceito de "ação-a-distância", foi introduzido o conceito de "campo".
Cada partícula criava à sua volta uma perturbação, seu "campo", que era sentido pelas outras partículas.
A Teoria Quântica de Campos (TQC) introduziu o conceito de "mediadores". Segundo a TQC cada uma
das forças que existem na natureza é mediada pela troca de uma partícula que é chamada de "mediador".
Estes mediadores transmitem a força entre uma partícula e outra. Assim, a força gravitacional é mediada
por uma partícula chamada graviton. A força eletromagnética é mediada pelo fóton, a força forte pelos
gluons e as forças fracas pelas partículas W± e Z0, que são chamadas de bósons vetoriais intermediários.
Isto complica ainda mais o estudo das interações entre as partículas. Veja que antes descrevíamos a
interação entre dois prótons como sendo a interação entre duas partículas. Hoje, sabendo que os prótons
são partículas compostas por 3 quarks, vemos que a interação entre dois prótons é, na verdade, uma
interação entre 6 quarks que trocam gluons incessantemente durante todo o processo. Só para te avisar,
existem 8 tipos de gluons. Como voce pode ver, aqui não existe simplicidade.
Toda matéria é formada por partículas muito pequenas. Essas partículas chamamos de átomo.
ÁTOMO – É uma partícula indivisível.
Distinguimos duas regiões nos átomos:
a) uma com carga elétrica positiva, e muito pesada, que concentra quase todo o peso do átomo: é
chamada núcleo.
b) uma região ocupada por elétrons, que giram ao redor do núcleo.
c) O modelo proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos feitos em
relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por Planck em 1900 (Teoria Quântica),
segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de
energia. Foram propostos os seguintes postulados:
d) 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas
de camadas ou níveis de energia.
e) 2. Cada camada ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado
estacionário).
f) 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia, não
sendo possível ocupar estados intermediários.
g) 4. Ao saltar de um nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida de
energia (quantum de energia).
.
h) 5.Ao retornar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia (igual ao absorvido em
intensidade), na forma de luz de cor definida ou outra radiação eletromagnética (fóton).
Nem toda a luz que uma estrela emite chega até nós. E a parte que não chega, nos permite inferir
sobre sua composição química e sua temperatura superficial
O que ocorre é que parte da luz que a estrela emite é absorvida pelo gás nas camadas mais frias da
estrela.
Muitos elementos absorvem e emitem mais luz em uma determinada temperatura; portanto, a essa
temperatura, suas linhas de absorção e de emissão são mais fortes. Daí, conhecendo as linhas de
absorção de cada átomo, podemos obter informação sobre a composição e a temperatura da estrela.
Então, com base em seu espectro de absorção, as estrelas são divididas em classes espectrais, que
também são classes de temperaturas.
Absorção da luz
Os fótons de luz incidente são absorvidos por átomos do meio em que a luz viaja, podendo ser
reemitidos ou não.
A absorção depende basicamente de dois fatores: o meio no qual a luz está viajando e a energia dos
fótons (lembrando que a energia está associada inversamente com o comprimento de onda e que, no
óptico, isso é um indicativo da cor).
No caso de não haver reemissão dos fótons absorvidos, a energia carregada pelos fótons é convertida
em outra forma de energia, que não luminosa.
Espalhamento da luz
No espalhamento, os fótons que incidem em uma direção são espalhados ou desviados para outras
direções.
Geralmente ocorrem absorção e espalhamento concomitantemente, ou seja, parte da energia do fóton
é absorvida e parte é reemitida em outra direção.
Raio de luz
Na verdade o raio de luz é uma abstração, uma figura teórica a partir do qual estudamos os feixes de
ondas eletromagnéticas que constituem a luz, os mesmos que podemos ver emitidos de qualquer
lanterna.
A lanterna, o sol e até mesmo os vagalumes são fontes primárias de luz, ou seja, corpos que geram
luz a partir de alguma transformação físico-química que ocorre neles mesmos. Há também os corpos que
não possuem luz própria mas são capazes de refletir a luz gerada por outros corpos. Estes corpos são
chamados defontes de luz secundárias. A lua cheia iluminando a noite é o exemplo mais comum de uma
fonte de luz secundária.
Meios de propagação
Uma vez que a fonte de luz emitiu um feixe luminoso, ele passa a se propagar à velocidade de 300.000
Km/s no vácuo. Só que a luz também se propaga por outros meios que não o vácuo. Esses outros meios
de propagação da luz são classificados de acordo com o modo como interagem com o feixe de raios de
luz que incide sobre eles.
Com base nisso, os meios de propagação da luz podem ser transparentes, translúcidos ou opacos.
Meios transparentes são atravessados pelos raios luminosos sem afetar a orientação dos feixes. O
observador enxerga a imagem do objeto vista através do corpo sem distorções.
Meios translúcidos são atravessados pelos raios luminosos, mas afetam a orientação dos feixes. O
observador enxerga uma imagem distorcida do objeto vista através do corpo.
Os raios de luz não atravessam meios opacos e um observador não pode ver através deles.
Características Gerais do Núcleo O raio de um núcleo típico é cerca de dez mil vezes menor que o raio
do átomo ao qual pertence, mas contém mais de 99,9% da massa desse átomo. Constituição O núcleo
atômico é composto de partículas chamadas núcleos. Existem duas espécies de núcleos: os prótons, com
carga elétrica positiva, e os nêutrons, sem carga elétrica.
Estrutura Nuclear
Benefícios da radioatividade
A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua
utilização na produção de energia, na esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e
no controle do câncer, através da radioterapia.
Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radiação iônica emitida sobre elas, permite
que a sua durabilidade aumente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas dos
alimentos.
Leis da Radioatividade
1ª Lei: Lei de Soddy
A primeira lei da radioatividade, também conhecida como primeira lei de Soddy, tem relação com o
decaimento alfa. Veja o que essa lei diz:
“Quando um átomo sofre um decaimento alfa (α), o seu número atômico (Z) diminui duas unidades e
o seu número de massa (A) diminui quatro unidades”.
Exemplo:
90Th
232
→+2α4+88Ra228
228 + 4 = 232
88 + 2 = 90
Exemplo:
Dada a equação: 90X
204
→ xα + yβ + 92Y192
Resolução:
90X
204
→ x+2α4 + y-1β0 + 92Y192
90X
204
→ 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192
Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma partícula alfa, pois, conforme mostrado no
texto Emissão alfa (α), essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de forma
semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de hélio — e é representada por 24α.
Há pouco mais de cem anos, o físico Max Planck, considerado conservador, tentando compreender a
energia irradiada pelo espectro da radiação térmica, expressa como ondas eletromagnéticas produzidas
por qualquer organismo emissor de calor, a uma temperatura x, chegou, depois de muitas experiências e
cálculos, à revolucionária ‘constante de Planck’, que subverteu os princípios da física clássica.
Este foi o início da trajetória da Física ou Mecânica Quântica, que estuda os eventos que transcorrem
nas camadas atômicas e subatômicas, ou seja, entre as moléculas, átomos, elétrons, prótons, pósitrons,
e outras partículas. Planck criou uma fórmula que se interpunha justamente entre a Lei de Wien – para
baixas frequências – e a Lei de Rayleight – para altas frequências -, ao contrário das experiências
tentadas até então por outros estudiosos.
Albert Einsten, criador da Teoria da Relatividade, foi o primeiro a utilizar a expressão quantum para a
constante de Planck E = hv, em uma pesquisa publicada em março de 1905 sobre as consequências dos
fenômenos fotoelétricos, quando desenvolveu o conceito de fóton. Este termo se relaciona a um evento
físico muito comum, a quantização – um elétron passa de uma energia mínima para o nível posterior, se
for aquecido, mas jamais passará por estágios intermediários, proibidos para ele, neste caso a energia
está quantizada, a partícula realizou um salto energético de um valor para outro. Este conceito é
fundamental para se compreender a importância da física quântica.
Seus resultados são mais evidentes na esfera macroscópica do que na microscópica, embora os
efeitos percebidos no campo mais visível dependam das atitudes quânticas reveladas pelos fenômenos
que ocorrem nos níveis abaixo da escala atômica. Esta teoria revolucionou a arena das ideias não só no
âmbito das Ciências Exatas, mas também no das discussões filosóficas vigentes no século XX.
No dia a dia, mesmo sem termos conhecimento sobre a Física Quântica, temos em nossa esfera de
consumo muitos de seus resultados concretos, como o aparelho de CD, o controle remoto, os
equipamentos hospitalares de ressonância magnética, até mesmo o famoso computador.
A Física Quântica envolve conceitos como os de partícula – objeto com uma mínima dimensão de
massa, que compõe corpos maiores – e onda – a radiação eletromagnética, invisível para nós, não
necessita de um ambiente material para se propagar, e sim do espaço vazio. Enquanto as partículas
tinham seu movimento analisado pela mecânica de Newton, as radiações das ondas eletromagnéticas
eram descritas pelas equações de Maxwell. No início do século XX, porém, algumas pesquisas
apresentaram contradições reveladoras, demonstrando que os comportamentos de ambas podem não
ser assim tão diferentes uns dos outros. Foram essas ideias que levaram Max Planck à descoberta dos
mecanismos da Física Quântica, embora ele não pretendesse se desligar dos conceitos da Física
Clássica.
A conexão da Mecânica Quântica com conceitos como a não-localidade e a causalidade, levou esta
disciplina a uma ligação mais profunda com conceitos filosóficos, psicológicos e espirituais. Hoje há uma
forte tendência em unir os conceitos quânticos às teorias sobre a Consciência.
Constante de Planck
Dentre os vários experimentos realizados pelos cientistas até o final do século XIX, o que mais
despertou curiosidade foi o estudo da luz emitida por corpos aquecidos. Para estudar a luz emitida por
esses corpos aquecidos os cientistas tiveram que propor um modelo no qual a ideia era realizar os
cálculos apenas para a radiação produzida pela agitação térmica do corpo.
Para que esse estudo fosse realizado corretamente, o corpo deveria absorver toda radiação que nele
chegasse, sem refleti-la. Dessa forma, o corpo deveria ser totalmente negro, daí o nome do modelo:
radiação do corpo negro. Vários cientistas da época (final do séc. XIX) eram preocupados em tentar dar
uma explicação plausível de como a temperatura influenciava a energia emitida por um corpo negro.
Embora fossem muitos os dados experimentais, os cientistas chegaram à conclusão de que nem a
Termodinâmica ou as Leis de Newton eram capazes de demonstrar teoricamente os resultados obtidos.
Na época, para tentar explicar a radiação de corpo negro, eles utilizaram um modelo que propunha
que um corpo possuiria os átomos interligados por “molas”. Dessa forma, diziam que quando aumentava
Onde:
Efeito Fotoelétrico
Efeito Fotoelétrico é a emissão de elétrons de um material, geralmente metálico, quando ele é
submetido à radiação eletromagnética. Ela tem larga aplicação no cotidiano como, por exemplo, a
contagem do número de pessoas que passam por um determinado local, como também na aplicação dos
exemplos dados anteriormente. A aplicação desse efeito acontece através das células fotoelétricas ou
fotocélulas, as quais podem ser de vários tipos como, por exemplo, a célula fotoemissiva e a célula
fotocondutiva.
Mas o que vem a ser célula fotoelétrica? São dispositivos que têm a capacidade de transformar energia
luminosa, seja ela proveniente do Sol ou de qualquer outra fonte, em energia elétrica. Essa célula pode
funcionar como geradora de energia elétrica ou mesmo como sensor capaz de medir a intensidade
luminosa, como nos casos das portas de shoppings.
Existem vários tipos de células fotoelétricas, dentre as quais podemos citar algumas que têm larga
utilização atualmente, como: Silício Cristalino, Silício Amorfo, CIGS, Arseneto de Gálio e Telureto de
Cádmio. Essas células são aplicadas tanto em painéis solares como também em monitores de LCD e de
plasma. Texto Adaptado de: Marco Aurélio da Silva.
Espectros Atômicos
Em 1859, Kirchhoff e Bunsen deduziram a partir de suas experiências que cada elemento, em
determinadas condições emite um espectro característico. Tal espectro é exclusivo de cada elemento.
Com isso foi possível desenvolver um novo método de análise, baseado nestas emissões. A parte da
ciência que estuda estas emissões é chamada de Espectroscopia e foi de fundamental importância no
estudo dos astros, uma vez que praticamente tudo o que se sabe a respeito da composição química deles
vem de estudos das suas emissões espectrais.
Quando se fornece energia a um elétron em um átomo de um determinado elemento, tal elétron pode
“saltar” para um nível superior de energia e ao retornar ao seu estado inicial emite radiação
eletromagnética. Toda radiação eletromagnética possui uma frequência e com isto pode-se determinar
seu comprimento de onda.
Entretanto, esta energia fornecida ao átomo para que ele altere o seu estado, não pode possuir
qualquer valor. Neste caso, cada átomo é capaz de emitir ou absorver radiação eletromagnética, somente
em algumas frequências específicas o que torna a emissão característica de cada material.
Para fornecermos energia aos elétrons de um determinado material, uma das formas de fazer é
aquecê-lo em sua forma gasosa. Assim, este elemento pode emitir radiação em certas frequências do
visível, o que constitui seu espectro de emissão.
De acordo com as leis de difração teremos padrões de interferência quando nλ = dsen θn, onde n
corresponde a ordem de difração que está sendo observada. Na prática realizada nos laboratórios, o
espectro de 1ª ordem pode se apresentar da seguinte forma (exemplo para o mercúrio).
COR λ(nm)
VERMELHA 690
VERMELHA 624
VERMELHA 611
VERMELHA 608
AMARELA 578
VERDE 548
VERDE-AZULADA 496
VERDE-AZULADA 492
AZUL 435
VIOLETA 408
Apesar de todas as limitações, a teoria de Bohr teve o mérito de contribuir para a aceitação da
dualidade onda-corpúsculo, rompendo assim com a Física Clássica. Perdida a imagem tradicional do
Universo logo se pensou que, se uma radiação se pode comportar como uma onda e como uma partícula,
porque não uma partícula a comportar-se também como uma onda?
Talvez então os elétrons ou os átomos, ou outras partículas, pudessem manifestar comportamento
ondulatório, sendo esta questão levantada pela primeira vez pelo físico francês Louis de Broglie, em 1923,
que admitiu que a uma partícula de massa m, que se move com velocidade escalar v, tendo, portanto,
um momento linear de valor p = m.v, se encontra associada uma onda de comprimento de onda λ, tal que
ℎ ℎ
𝜆= ⇔ 𝜆=
𝑚. 𝑣 𝑝
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Texto adaptado de: Materiais baseados em "Física" de Alcina do Aido, Maria Adélia Passos Ponte, Maria Aurelina Martins, Maria Gertrudes Abreu Bastos,
Maria Josefina Pereira, Maria Margarida Leitão e Rómulo de Carvalho, Livraria Sá da Costa Editora, Volume II, págs. 227 a 363.
Ondas de Matéria
Matéria está relacionada com energia pela relatividade especial. Energia está relacionada com ondas
pelas relações de Planck-Einstein, que mostram que a energia de um fóton é discretizada e diretamente
proporcional à sua frequência. Se matéria está relacionada com energia e se energia está relacionada
com ondas, é quase natural supormos que matéria relaciona-se, de alguma maneira, com ondas. Neste
pensamento, nascem as ondas de matéria. A assinatura das ondas de matéria é expressa pela relação
ℎ
“𝑝 = 𝜆 ”, que significa “na mecânica quântica (h), partícula (p) se comporta como onda (λ) e vice-versa”.
Para efetuarmos qualquer tipo de medição precisamos interagir com aquilo que queremos medir.
Durante a medida do tamanho de um tecido por exemplo, é necessário tocá-lo e compará-lo com uma fita
métrica; para medir a velocidade de um carro, o radar rodoviário emite ondas que atingem o carro e voltam
permitindo calcular sua velocidade; para simplesmente descobrirmos a posição de qualquer objeto,
geralmente precisamos enxergá-lo e se o enxergamos significa que a luz iluminiu este corpo e chegou
aos nossos olhos.
Por melhor que sejam os nossos aparelhos de medição, sempre haverá uma possível diferença entre
a medida que avaliamos e a medida real. Por exemplo, se usarmos uma régua graduada em apenas em
centímetros, nunca teremos certeza sobre os milímetros daquela medida. A possível diferença entre o
valor que medimos e o valor real é chamada de incerteza.
Quanto mede o lápis acima? Se dissermos 6,5 cm não podemos ter certeza sobre os 0,5 cm além dos
6 cm marcados na régua. Não existe qualquer indicação na régua que mostre esses 0,5 cm a mais. Por
isso dizemos que a incerteza dessa medida é + 0,5 cm.
O Princípio da Incerteza
Quando começamos a lidar com corpos muito pequenos, como os elétrons por exemplo, determinar
valores como posição e momento torna-se uma tarefa um pouco mais complicada. Como saber a posição
Dualidade Onda-Partícula.
Ao longo dos tempos o ser humano e os animais evoluíram de forma a ter uma sensibilidade maior
para a luz visível. O estudo dos fenômenos ópticos é fascinante, pois os variados tipos de imagens podem
trazer diversos tipos de emoções ao ser humano e mesmo aos animais. Mas a evolução vem da
necessidade destes seres obterem informações do meio em que vivem. Na história da humanidade alguns
estudos resultaram em grandes descobertas. Primeiramente, com relação à luz, estudou-se a
possibilidade dela se propagar em linha reta. Mais tarde, Isaac Newton decompõe a luz em várias cores
e também consegue demonstrar que várias cores compõe a luz branca.
Muitas discussões foram feitas com relação à luz. Quando se fala em propagação automaticamente
considera-se um deslocamento com certa velocidade. Mas velocidade do quê? De uma onda ou de uma
partícula?
Primeiramente, faz-se necessário fazer algumas considerações: Uma onda é uma perturbação que se
propaga em um meio. No caso de uma onda eletromagnética a perturbação é do campo elétrico e do
campo magnético. É um argumento plausível pra explicar a luz. Mas alguns experimentos realizados no
fim do século XIX mudam um pouco essa concepção com relação a este importante ente físico. Entre os
mais relevantes, podem ser citados o efeito fotoelétrico, o espalhamento Compton e a produção de raios
X. Quando se faz um experimento com partículas em fenda única, observa-se uma região de máxima
incidência de partículas, conforme mostra a figura.
as partículas são colimadas por uma fenda e incidem no anteparo formando um padrão de interferência
com uma franja apenas.
Fica evidente o caráter ondulatório quando se faz um experimento com fenda de espessura da ordem
do comprimento de onda da luz incidente conforme a seguir.
Nestes dois casos se observa a intensidade máxima em uma única região do anteparo.
Quando a onda incide em um colimador com duas fendas observa-se um padrão de interferência com
várias franjas. Isto ocorre devido ao fato de que há uma interferência construtiva quando a intensidade
máxima da onda da luz emergente de uma fenda coincide com o máximo da onda emergente da outra
fenda. Isso ocorre porque há uma diferença de caminho da luz emergente de cada fenda. O mesmo
acontece com os mínimos e forma o padrão de interferência.
Quando a mesma experiência é realizada com partículas, o padrão deve ser formado apenas por duas
raias de máxima intensidade. Mas não é isto que se observa se a mesma experiência for realizada com
prótons, nêutrons ou elétrons. O que se observa é um padrão de interferência! É isto que intriga os físicos:
a luz se comporta ora como onda, ora como partícula. E as partículas se comportam como onda em
determinadas situações. Texto adaptado: Glauber Luciano Kítor.