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REDAÇÃO - I UNIDADE
Você sabe o que é uma redação? Outra pergunta: será que você sabe o que
significa a palavra “redação”? Pois bem, vamos às respostas. O vocábulo tem
origem no latim redactio, -onis, que é proveniente do latim redigo, -ere. A redação
nada mais é do que o ato de redigir, isto é, escrever. Escrever é produzir e emitir
ideias por meio do código, no nosso caso, a língua portuguesa, representada pela
modalidade escrita. Quando escrevemos, elaboramos uma mensagem utilizando
canais de comunicação que têm como objetivo facilitar o entendimento do receptor.
São muitos os desafios a serem vencidos por aqueles que desejam escrever bem,
principalmente em uma língua que tem a fama de ser difícil. Embora sejamos
falantes habilidosos da língua portuguesa, infelizmente essa fluência nem sempre se
manifesta nos textos escritos, dificuldade que costuma acontecer quando o emissor
desconhece elementos básicos que facilitam sua elaboração. É preciso conhecer a
língua e seus diferentes registros, quando e como utilizar cada um deles – norma-
padrão e linguagem coloquial –, as regras gramaticais que garantem a escrita
correta dos vocábulos e outras questões fundamentais relacionadas com a sintaxe e
com a semântica, áreas da linguística que precisam ser estudadas quando a
intenção é tornar-se proficiente na modalidade escrita.
Além disso, é indispensável que você tenha domínio das técnicas de elaboração
textual, bem como é preciso conhecer as diferenças entre os tipos textuais e as
características discursivas dos variados gêneros. São muitos os fatores que
precisam ser levados em consideração no momento de transmitir para o papel as
ideias que surgem na cabeça. É um longo caminho, nós sabemos, mas que pode
ser percorrido sem maiores sobressaltos quando há dedicação e comprometimento
por parte de quem estuda. Para ajudar nesse percurso, o Mundo Educação criou
uma seção sobre Redação, onde você encontrará vários artigos que têm como
objetivo intermediar e facilitar o processo de aprendizado .
A argumentação da redação também tem que ser consistente. Mesmo sendo uma
narrativa ou descrição, as ideias que você apresentar precisam estar de acordo
umas com as outras, para que o texto faça sentido para quem lê.
E se você veio até aqui buscando saber como fazer uma redação para Enem,
precisamos começar nossa conversa falando sobre os diferentes tipos de redação,
pois cada um deles é composto de elementos distintos e pede algumas técnicas de
redação diferentes.
Tipos de redação
Como falamos no começo deste guia, a dissertação é um dos tipos de redação mais
comuns em provas e concursos. Mas isso não é necessariamente uma regra, ok?
Portanto, é preciso conhecer todos os tipos para não ser pego desprevenido na hora
da prova.
Cada tipo segue um modelo de redação, por assim dizer. Você não constrói uma
narração da mesma forma que uma dissertação. Portanto, precisa conhecer cada
um e entender a diferença entre eles para saber por qual caminho precisa seguir
para chegar à redação perfeita.
Redação dissertativa
Para que seja forte, sua argumentação tem que ser baseada em argumentos
sólidos, usando dados de conhecimento público ou estatísticas e estudos. Ela não
conta nenhuma história e você, quando escreve, também não pode ter uma posição
neutra.
Dissertar é defender um ponto. Você pode até apresentar um lado positivo e outro
negativo daquilo que está dizendo ser a solução, mas tem que se posicionar e
explicar por que acredita que, apesar de tudo, essa é a melhor opção.
Mas ainda que você esteja defendendo seu ponto de vista, não pode falar na
primeira pessoa, porque sua dissertação precisa ser impessoal. Então, não cabe
usar expressões como “eu acho que...”, “na minha opinião…”, “de acordo com meus
conhecimentos…”. Ao fazer isso, você estaria escrevendo uma dissertação
subjetiva, que não é bem-aceita na redação do Enem. Seu texto precisa ser
dissertativo objetivo, ou seja, imparcial.
Esse modelo é o mais utilizado como estrutura da redação Enem, já que ela é
dissertativa-argumentativa.
Quer saber como fazer uma redação dissertativa argumentativa perfeita para tirar
nota 1000 no Enem? Continue lendo e, em breve, nós vamos conversar sobre isso
também!
Redação narrativa
A redação narrativa é aquela que se baseia em uma sequência de fatos nos quais
um ou mais personagens estão envolvidos. Ela pode, inclusive, descrever o espaço
e o tempo em que os eventos que foram descritos acontecem. Todos esses pontos
são chamados elementos da narrativa.
Quem conta a história é chamado narrador. Ele pode ser um personagem e, nesse
caso, a narrativa é feita na primeira pessoa (eu ou nós). Também é possível que o
narrador seja um observador, ficando fora dos eventos e fazendo a narrativa em
terceira pessoa. Por último, também é possível que o narrador seja onisciente,
sabendo de tudo que acontece (no passado, presente e futuro) e conhecendo até os
pensamentos dos personagens.
Redação descritiva
Assim, um texto descritivo não tem ação, nem relação temporal entre as frases
(antes e depois). Ele usa predominantemente substantivos e adjetivos e pode
enumerar características e fazer comparações.
Artigo de opinião
Além dos modelos anteriores que são mais tradicionais, você também precisa
conhecer um outro gênero de redação, que é o artigo de opinião. Ele é semelhante a
uma dissertação argumentativa.
Nesse tipo de texto, você vai apresentar seu ponto de vista sobre um tema
específico, como se faz em um texto jornalístico, com a intenção de informar e
convencer o leitor da sua visão sobre o assunto.
1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Conclusão
Mas como se dá cada uma delas? O que é necessário que elas tenham?
Vejamos, separadamente:
1. Introdução
Não é por menos que o início do texto tem essa denominação, uma vez que é
responsável por fazer com que o leitor queira adentrar, fixar os olhos e ler o restante
do texto.
A introdução deve apresentar a ideia principal (tópico frasal) que será discutida não
só no primeiro parágrafo, mas ao longo do texto!
Por ser o primeiro contato que o leitor tem com o escrito, a forma como a introdução
é disposta é muito importante. Deve-se explorar o objetivo do texto em orações que
atraiam o público-alvo. Importante é não se delongar muito nesta etapa, três linhas
são o suficiente.
2. Desenvolvimento
Não queira demonstrar mais do que sabe sobre determinado assunto, pois poderá
cair no erro das repetições de ideias, exposto acima. E não é necessário “encher
linguiça”, uma vez que qualidade é essencial, mas quantidade de argumentos não,
tampouco de linhas: 18 a 22 linhas de desenvolvimento são suficientes!
3. Conclusão