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como um ser doente psíquico ou social. Mas considerações devem ser feitas acerca da
aplicação das medidas de segurança.
Nem todos os delinquentes estariam aptos a receber o tratamento, que pela
impossibilidade de melhora do paciente ou pelo próprio discernimento em aceitar o
tratamento que se aplicado de forma impositiva levaria ao desrespeito a dignidade humana,
esta não aceitação seria recorrente.
Também seria inviável aplicar medidas de segurança para pessoas punidas por
crimes de trânsito, ambientais, econômicos ou tributários, não podendo afirmar que tais
delinquentes sejam doentes psíquicos.
A terceira conclusão intermediária é que no futuro pode-se estender o campo de
aplicação das medidas de segurança, mas uma substituição do direito penal por um direito
de medidas de segurança não é possível e, em vários casos, sequer desejado.

3. Poder-se-á, futuramente, evitar sanções penais de modo considerável através da

descriminalização e da diversificação?

Para Roxin, a descriminalização está afeta a retirada de tipos penais que não afetem
diretamente a pacificação social, por não serem afetas ao direito penal, bem como a
subsidiariedade e a precípua aplicação do direito penal como ultima ratio, sendo aplicada
em crime de potencial lesivo, se a eliminação do distúrbio não puder ser obtida de outra
maneira.
A diversificação está relacionada a transação de penas alternativas à privativa de
liberdade, por exemplo, a prestação de serviço comunitário, que pode substituir a aplicação
de uma pena futura e abreviar todo um processo penal longo e sem uma finalidade para a
pacificação social relevante. Estes métodos de diversificação são utilizados já hoje na
Alemanha em quase metade de todos os casos, tendo reduzido consideravelmente a
quantidade de punições.
A quarta conclusão intermediária é que a descriminalização e a diversificação não
irão tornar supérflua a pena. Conduto podem e devem ser utilizadas para reduzir as punições
a um núcleo essencial de comportamentos que realmente precisam ser punidos.