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1. INTRODUÇÃO
Para empresa:
2. CONCEITO DE DEFICIÊNCIA
2.1 – Definição
“A deficiência é a não eficiência em alguma coisa. Nesse sentindo, todos nos encaixamos dentro
desse conceito, porque ninguém é capaz de ser eficiente em tudo ao mesmo tempo e não existe
uma pessoa que não seja eficiente em pelo menos alguma coisa”
Hilda Maria Aloisi; Psicóloga – PUC
solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar, neste caso, seria conveniente
procurar outra pessoa que possa ajudar.
Estado de Normalidade
SEQUELAS + DEFICIÊNCIA
3. LEGISLAÇÃO
A preocupação de reservar vagas para pessoas com deficiência é um compromisso internacional
que o Brasil e diversos outros países assumiram com a OIT (Organização Internacional do Trabalho),
no sentido de adotar medidas positivas que visam à superação, por parte dos deficientes, de suas
dificuldades naturais.
A regulamentação do Decreto 3.298/99, que complementa a Lei 8.213, garante a igualdade de
oportunidades no acesso ao trabalho para pessoas com deficiência, com adequação ambiental e
cumprimento da cota de vagas para empresa com 100 (cem) ou mais funcionários. Esta legislação
tem como objetivos principais, aumentar a contratação de pessoa com deficiência, minimizar
desvantagens e desigualdades dessa população no mercado de trabalho e eliminar qualquer tipo de
discriminação.
Para fins de proteção legal a deficiência é descrita como uma limitação física, mental, sensorial ou
múltipla, que incapacite a pessoa para o exercício de atividades normais da vida e que, em razão
dessa incapacitação, a pessoa tenha dificuldades de inserção social.
Logo, há que ser atendida a norma regulamentar, sob pena de o trabalhador não ser computado
para fim de cota. Assim, pessoas com visão monocular, surdez em um ouvido, com deficiência
mental leve, ou deficiência física que não implique impossibilidade de execução normal das
atividades do corpo, não são consideradas hábeis ao fim de que se trata.
A reserva de postos de trabalho para pessoas com deficiência está prevista em uma série de
dispositivos legais, conforme apresentados a seguir:
Art.93: prevê a proibição de qualquer ato discriminatório com relação a salário ou critério de
admissão do emprego em virtude de qualquer deficiência.
Art.2º: “Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de
deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal,
social e econômico”.
Deficiência Física:
É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "a", c/c Decreto nº
3.298/99, art. 4º, I).
Deficiência Auditiva:
Perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "b", c/c
Decreto nº 5.298/99, art. 4º, II).
A perda deve ser observada em cada uma das freqüências isoladamente, não se aplicando o
conceito de média.
Deficiência Visual:
De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência
visual:
Cegueira - na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica;
Baixa Visão - significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
óptica;
Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor
que 60°;
Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos a inclusão das
pessoas com baixa visão a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são
aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes
intraoculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter
sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da
patologia causadora da perda visual.
Deficiência Mental:
De acordo com o Decreto nº 3.298/99, alterado pelo Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como
deficiência mental o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como:
1. Comunicação;
2. Cuidado pessoal;
3. Habilidades sociais;
Deficiência Múltipla:
De acordo com o Decreto nº 3.298/99, conceitua-se como deficiência múltipla a associação de duas
ou mais deficiências.
4 TIPOS DE DEFICIÊNCIA
4.1.1 Paralisias
O sufixo “plegia” refere-se às paralisias completas e “paresia” às incompletas ou parciais, e sua
denominação varia de acordo com o membro afetado:
4.1.2 Ostomia
Determinadas doenças, tumorais ou não exigem, para seu tratamento, intervenções cirúrgicas que
destroem as estruturas de controle de eliminação de fezes, ou de urina.
A ostomia é um procedimento que visa criar, num outro lugar do corpo, uma estrutura para
eliminação, denominada “ostoma” ou “estoma” – palavra derivada do grego que significa bica. As
técnicas atuais ainda não permitem que se crie uma estrutura que funcionem como anéis
musculares esfíncteres, que abrem só quando é preciso. As pessoas submetidas a este
procedimento são denominadas de ostomizadas. Atualmente o conceito foi alargado a todas as
situações em que é criada, artificialmente, uma ligação para o exterior, permanente ou transitória.
Como exemplos de ostomia temos:
Colostomia: um tipo de ostoma intestinal que faz a comunicação do cólon com o exterior. As
colostomias podem ser permanentes ou temporárias.
Ileostomia: um tipo de ostoma intestinal que faz a comunicação de intestino delgado, com o
exterior. Podem ser também permanentes ou temporárias. Localizam-se sempre no lado direito do
abdômen.
Urostomia: ou desvio urinário, é decorrente da intervenção cirúrgica que consiste em desviar o
curso normal da urina. À semelhança das ostomias intestinais, podem ser permanentes ou
temporárias.
Traqueostomia: decorrente de uma incisão feita na traquéia seguida da introdução de uma cânula
no seu interior, com a finalidade de estabelecer uma comunicação como o meio exterior.
Para efeito de enquadramento, a perda parcial de parte óssea de um segmento equivale à perda do
segmento. A perda parcial de partes moles sem perda de parte óssea do segmento não é
considerada para efeito de enquadramento.
Homens e mulheres com paralisia cerebral podem ter filhos como qualquer outra pessoa. As
características dos óvulos e dos espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores
não são afetadas pela lesão cerebral.
Vale dizer que, de um modo geral, que as pessoas com deficiência tem, como qualquer pessoa,
desejos, aspirações, vaidades e sentimentos, que devem ser respeitados e entendidos.
4.1.5 Nanismo
Estado de um indivíduo caracterizado por uma estrutura muito pequena, decorrente de uma
deficiência do crescimento provocada por insuficiência endócrina ou má alimentação.
A baixa estatura é sua característica principal, com a altura abaixo do terceiro percentil. O nanismo
congênito típico PE normalmente acompanhado de acondroplastia, com as extremidades
relativamente mais curtas do que o tronco, cabeça grande e braquicefálica, espinha nasal afundada,
mãos atarracadas e, freqüentemente, cifose dorsal.
acompanhamento especializado. A pessoa com essa surdez, em geral, utiliza naturalmente a Língua
de sinais.
Situações:
NOTA 1 - Os graus de redução de movimentos articulares referidos neste quadro são avaliados de
acordo com os seguintes critérios:
Grau máximo: redução acima de dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau médio: redução de mais de um terço e até dois terços da amplitude normal do movimento
da articulação;
Grau mínimo: redução de até um terço da amplitude normal do movimento da articulação.
Grau 5 - Normal - cem por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra
grande resistência.
Grau 4 - Bom - setenta e cinco por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e
contra alguma resistência.
Grau 3 - Sofrível - cinqüenta por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade sem
opor resistência.
Grau 2 - Pobre - vinte e cinco por cento - Amplitude completa de movimento quando eliminada a
gravidade.
Grau 1 - Traços - dez por cento - Evidência de leve contração. Nenhum movimento articular.
Grau 0 (zero) - zero por cento - Nenhuma evidência de contração.
Grau E ou EG - zero por cento - Espasmo ou espasmo grave.
Grau C ou CG - Contratura ou contratura grave.
Fonte:
Livro: “A inserção da Pessoa com Deficiência no Mundo do Trabalho – O Resgate de um direito de
cidadania” (Lucíola Rodrigues Jaime e José Carlos do Carmo)
Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde) existem 610 milhões de pessoas com
deficiência no mundo, aproximadamente. Dessas, 386 milhões são economicamente ativas. Uma
estimativa de que 80% deste grupo vivam nos países em desenvolvimento, coloca o Brasil como um
dos países com maior população de deficientes.
Em 2ooo, pela primeira vez no Brasil, o Censo considerou as pessoas com deficiência como um
grupo a ser analisado em separado. Segundo esse levantamento, 14,5% da população do Brasil, ou
seja, 24,5 milhões de pessoas têm algum tipo de incapacidade. Claro que este número
assustadoramente alto não pode ser observado em termos absolutos, já que o censo considera a
declaração do próprio cidadão e não uma avaliação médica ou técnica sobre a deficiência, mas dá
uma idéia da dimensão dessa população. Como o Brasil tem um doa mais altos índices de acidentes
de trabalho e a violência urbana é elevada, a parcela de deficientes jovens no Brasil é uma das mais
altas no mundo. A cada mês, cerca de 8.000 brasileiros adquirem uma deficiência em consequência
de acidentes de trânsito (30%) ou arma de fogo (46%).
Pela nova metodologia adotada pelo censo, a população com deficiência física fica distribuída
assim:
Colunas1
Mental
8%
Auditiva
17%
Visual
48%
Física/Motora
27%
Pessoa com deficiência (PCD), considerando o destaque na pessoa, referindo-se a deficiência como
característica.
Diante da ampla quantidade de diferenças, as relações que envolvem pessoas com deficiência
devem estar sempre apoiadas no bom senso e levar em conta as particularidades de cada situação.
Expressões de conteúdo pejorativo ou depreciativo devem ser rigorosamente evitadas, tomando
cuidado para não utilizar uma linguagem na qual sugira que as PCD são sempre dependentes dos
outros, ou que os faça objeto de pena.
Segundo Sassaki (1999), foi a partir da década de 60 que se iniciou o movimento de inserção das
pessoas com deficiências no s sistemas sociais gerais.
De acordo com Mantoan (1998), os termos integração e inclusão são palavras que expressam
situações diferentes de inserção, que se posicionam em exclusões diferentes. Enfatiza-se que
integração é um termo compreendido de diversas maneiras, surgindo em função dos
questionamentos quanto “as práticas sociais e escolares de segregação, assim como as atitudes
sociais em relação às pessoas com deficiência intelectual”.
Wernneck (a997) explica que integração e inclusão são dois sistemas organizacionais que tem
origem no princípio de normalização, normalizar no sentido de atender ás necessidades e
reconhecer o direito de ser diferente. A semelhança é que ambos promovem a inserção da pessoa
com necessidades educativas especiais. A diferença é que a integração é a inserção parcial.
Questiona-se que nesta forma de inserção não ocorre à reestruturação da organização. A inclusão é
a inserção total e incondicional.
Na integração, a inserção depende da capacidade de cada indivíduo em adaptar-se à organização,
enquanto, na inclusão, a inserção focaliza as particularidades de casa um.
Segundo Mantoan (1997), a integração traz consigo a idéia de que a pessoa com deficiência deve
modificar-se segundo os padrões vigentes na sociedade, para que possa fazer parte dela de maneira
produtiva e conseqüentemente ser aceita. Já a inclusão traz o conceito de que é preciso haver
modificações na sociedade para que esta seja capaz de receber todos os segmentos que dela foram
excluídos.
Reabilitação profissional:
Valorização da liberdade e autonomia das pessoas com deficiência, a fim de ser tornarem
gestores de seu próprio progresso e responsáveis de maneira significativa pelo êxito do
mesmo;
Orientação das instituições de reabilitação profissional sobre como exercer seu papel de
facilitadores dos processos de reabilitação.
5.4 Preconceito
A falta de informação e convívio com pessoas com deficiência pode, facilmente, levar ao
preconceito, inerente à natureza humana. O importante, nesse caso, é reconhecer essa dificuldade
e encontrar caminhos para superá-la.
Se achar que ela está com dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve fazê-
lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo e, às vezes, uma tentava
de ajuda inadequada pode até atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá
como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.
Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos
involuntários com pernas e braços.
Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está
dizendo, peça para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir
quantas vezes seja necessário para que se façam entender.
Para iniciar uma conversa, acene para o surdo ou toque levemente em seu braço, não arremesse
objetos para chamar sua atenção.
Fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, sem exagero, não é necessário falar mais
alto.
Fale de frente para a pessoa surda para possibilitar a leitura labial, mesmo na presença de um
intérprete de Libras.
Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha vergonha de pedir que repita.
Se necessário, comunique-se por meio da escrita.
Seja expressivo ao falar.
Enquanto estiver conversando, mantenha sempre o contato visual . Se você desviar o olhar, a
pessoa surda pode achar que a conversa terminou.
Nunca segure o braço de uma pessoa para conduzi La, ofereça o seu braço.
Coloque a mão da pessoa na cadeira para indicar o assento e da mesma forma indique corrimãos
quando for subir uma escada.
Evite deixar barreiras físicas em áreas de circulação.
Em palestras, indique o posicionamento do público em relação ao palco.
Evite modificar o posicionamento de mobiliários e objetos.
Não deixe portas de armários abertas ou cadeiras no caminho.
Sempre que abordar uma pessoa cega, identifique-se.
Não se sinta constrangido ao utilizar termos como “ver” e “olhar”.
Seja específico ao indicar objetos e direções. Indicações como esquerda e direita são mais eficazes
que advérbios como “aqui” e “lá”, por exemplo.
Quando for deixar o ambiente avise a pessoa.
Mesmo quando a pessoa estiver acompanhada, dirija-se ao cego para se comunicar.
Não é necessário falar mais alto.
Não excluir as pessoas com deficiência visual das atividades. Deixe que elas decidam se querem e
como participar.
Não distraia, alimente ou acaricie um cão-guia. Tirar sua concentração pode colocar a pessoa cega
em risco.
DEFICIÊNCIA FÍSICA/MOTORA
Sinalização Internacional de Acesso nas áreas de circulação;
Passagens livres de obstáculos (escadas)para o acesso das pessoas que utilizam cadeiras de
rodas;
Largura mínima nas portas para o acesso das pessoas em cadeiras de rodas;
Portões laterais em locais de acesso com catraca;
DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
DEFICIÊNCIA VISUAL:
Áreas de circulação com faixa no piso, com textura e cor diferenciadas, para facilitar a
identificação do percurso;
Áreas de circulação desobstruídas;
Elevadores com botões em braile e comunicação auditiva;
Sinais sonoros no ambiente de trabalho.
6.1.4 Sensibilização
Dentro do programa de empregabilidade e o processo de inclusão de pessoas com deficiência no
ambiente de trabalho, deve levar em conta as dificuldades que as pessoas enfrentam nesse
relacionamento. Por isso, além das barreiras arquitetônicas, devemos pensar nas barreiras culturais
e atitudinais dentro do processo de inclusão de profissionais com deficiência no quadro de
funcionários da empresa.
A etapa de sensibilização precede a convivência e tem como principal objetivo trabalhar eventuais
possibilidades de resistência.
Sensibilização da liderança: Qualquer medida tomada pela empresa para incluir entre seus
funcionários pessoas com deficiência, só será eficaz se houver um compromisso firme da
direção com esse processo. Combater de forma explícita as manifestações de preconceito,
interferir em todos os níveis hierárquicos, acompanhar a adaptação e, principalmente,
demonstrar exigir respeito aos novos empregados são atitudes que expressam a
determinação em tornar a empresa inclusiva como um todo e reforça a premissa de que
essa função não é responsabilidade exclusiva da área de Recursos Humanos.
Sensibilização dos colaboradores internos: O Principal objetivo é sensibilizá-los quanto ao
potencial das pessoas com deficiência e ambientá-los quanto à questão da convivência
harmônica com a diversidade. Normalmente nessas sensibilizações são recomendadas
atividades vivenciais, nas quais os participantes têm a oportunidade de “sentir na pela” a
realidade das pessoas com deficiência.
Por exemplo:
Para a pessoa com paralisia cerebral que apresenta dificuldade no controle dos
movimentos, a utilização de testes de personalidade que avaliam o traço gráfico do
candidato não será o mais indicado.
Com um candidato surdo, é importante a forma como se apresentam as instruções para a
realização do teste. Mesmo que ele leia as instruções, é preciso certificar-se de que ele não
tenha dúvidas a respeito do que se espera que ele faça ou a respeito do conteúdo do
instrumento.
Para avaliar as pessoas com deficiência visual, a entrevista tem sido o instrumento mais
utilizado.
Na avaliação de pessoas com deficiência intelectual, é importante consultar as
organizações que ela já tenha freqüentado (escolas, entidades etc.), que poderão
favorecer o levantamento de informações longitudinais, permitindo melhor conhecimento
acerca de suas capacidades, habilidades e limitações.
6.2 Entrevista
Atende para a acessibilidade do prédio e da sala, segundo as necessidades do candidato: assentos
especiais, iluminação adequada, lugar para um acompanhante, caso seja necessário, etc. Oriente
CUIDADOS GERAIS
As dinâmicas em grupo devem ser inclusivas, integrando os PCD – desde que a proposta
não seja avaliar a agilidade, fluência na comunicação e rapidez na compreensão, ou demais
desvantagens das pessoas com deficiência;
O preenchimento de fichas e teste escritos podem requerer cuidados especiais,
dependendo do tipo de deficiência;
Certifique-se que o candidato é capaz de exercer sozinho, atividade do dia-a-dia, como se
comunica; como se locomove e que não usa da sua deficiência para justificar suas
fraquezas;
É importante perguntar ao entrevistado se ele é aposentado por invalidez, pois essas
pessoas podem possuir benefícios no INSS. Em caso positivo, esta pessoa não poderá ser
contratada sem abrir mão do benefício;
Confira a experiência profissional;
Experimente passear com o candidato pelas dependências da empresa, verificando se há
necessidade de alguma adaptação arquitetônica ou tecnológica fundamental para o bom
desempenho das funções no cargo pleiteado.
6.3 Contratação
A contratação de profissionais com deficiência ou reabilitados deve constituir vínculo empregatício
legal e constar no regime CLT. Não são considerados para fins de cota os estagiários, funcionários
terceirizados e os aprendizes. Os salários, bem como os direitos e os deveres devem ser idênticos
aos dos demais funcionários da empresa.
6.4 Demissão
Demissões ocorrem naturalmente, desde que a causa não seja a deficiência.
A lei prevê a contratação de um novo profissional com deficiência dentro de 90 dias, para qualquer
área da empresa.
MITO: Toda pessoa com paralisia cerebral possui um atraso no desenvolvimento cognitivo.
VERDADE: As pessoas com paralisia cerebral muitas vezes possuem dificuldades de comunicação
que são interpretadas erroneamente como atraso cognitivo.
oralmente, mas “fala” em sinais. Entretanto, o fonoaudiólogo pode ajudá-lo a desenvolver também
a fala oral.
VERDADE: Deficiência não é doença. Saúde é condição para se trabalhar e os deficientes podem
precisar de tratamento médico, tanto quanto qualquer pessoa.
VERDADE: Esse comportamento não é próprio de pessoas com deficiência. Como em toda
população, sempre há quem procure artimanhas para se beneficiar. Pessoas com deficiência não
vão necessariamente tirar proveito desta fraqueza em beneficio próprio.
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de
outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu
destino.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem
olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de
um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no
fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara
da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Mário Quintana