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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

RAVEL CARVALHO MONTE

MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA

Teresina - Piauí

2021
Sumário
1) Introdução..........................................................................................................................................3
2) Objetivos............................................................................................................................................4
3) Materiais Utilizados............................................................................................................................4
4) Procedimento Teórico........................................................................................................................5
Primeiro Circuito:...............................................................................................................................5
Segundo Circuito:...............................................................................................................................8
5) Resultados..........................................................................................................................................9
6) Conclusão.........................................................................................................................................11
7) Referências.......................................................................................................................................11
3

1) Introdução
A quantidade de potência que pode ser recebida de uma carga é importante para
análise elétrica e os dispositivos eletrônicos. Utilizando o Teorema de Thévenin é possível
determinar um circuito elétrico com uma fonte de tensão V TH, resistência RTH e uma segunda
resistência RL, associada em série, que necessita ser analisada. A figura 1 representa o resistor
a ser analisado ligado uma rede qualquer de pontes independentes e dependentes que pode ser
reduzida a um circuito equivalente de Thévenin.

Figura 1 – Refere-se ao circuito que detalha a máxima transferência de potência


A Figura 2 representa como o equivalente de Thévenin seria e a partir disso é possível
analisar a quantidade máxima de potência que é transferida pelo resistor R L (Que pode
representar um aparelho eletrônico qualquer como um chuveiro). A corrente que passa pelo
circuito pode ser determinada pela lei de Ohm ao reduzir o circuito a um único resistor
equivalente aos dois resistores em série, como mostrado pela equação 1.

Figura 2 – Refere-se ao circuito usado para calcular o valor do resistor RL.


V TH
I= ( 1)
R TH + R L

A partir disso é possível utilizar a corrente para determinar a potência que é dissipada
no resistor RL como mostrado na equação 2.
4

V TH 2
2
P=I R L =
RTH + R L (
RL (2) )
Sendo assim o valor da potência é equivalente a uma equação do segundo grau que
garante valor de máximo ou mínimo. Derivando essa função em relação a R L e igualando a 0
temos o resultado de PMAX representado pela equação 3. Nisso concluimos que quando a
resistência a ser analisada é igual a resistência do equivalente de Thévenin, a potência
dissipada será máxima.

2
V TH 2 ( RTH + R L ) ∗1−R L∗2∗( R TH + RL )
dP
= (
d R L R TH + R L )
RL =V TH ∗
[ ( RTH + R L )
4
] =0

2
( RTH + R L ) −2∗R L∗( RTH + R L )=0

RTH 2 +2∗RTH∗R L + R L 2−2∗R L∗RTH −2∗R L2 =0

RTH 2 =R L 2 ∴ RTH =R L

V TH 2 R L V TH 2
Pmax = 2
= (3)
( 2 RL ) 4 RL

2) Objetivos
Determinar a potência máxima transferida de circuitos utilizando cálculos teóricos e
depois comparar com os resultados práticos.

3) Materiais Utilizados
Os seguintes materiais foram utilizados nos testes práticos cujos resultados foram
disponibilizados:

1. 1 Protoboard;
2. 1 Fonte de tensão contínua;
3. 1 Multímetro;
4. 2 Resistores de 1k Ω;
5. 1 Resistor de 1,5k Ω;
6. 2 Resistores de 0,39k Ω;
7. 1 Resistor de 3,3k Ω.
5

4) Procedimento Teórico
Primeiro Circuito:
Para realizar o procedimento, utiliza-se o teorema de Thévenin para reduzir o sistema e
posteriormente poder modificar a resistência de interesse de forma prática. A Figura 3
representa o circuito a ser analisado.

Figura 3 – Primeiro Circuito a ser analisado


Queremos saber que circuito equivalente de Thévenin. Primeiro defin-se a tensão
VTH para o sistema. Nesse caso as resistências R4 e R5 não interferem e considera-se
apenas a associação em série de R1, R2 e R3. A tensão AB é a mesma que a tensão em
R3.

Req =1000+1000+1500=3500 Ω

25
I= =7,143 mA
3500

V AB=V 3=7,143∗10−3∗1000 ≅ 7,143 V

Ultilizando o software Multisim para veirficar o valor se confirma o resultado


como observado na figura 4.
6

Figura 4 – Confirmação do valor da tensão de Thévenin


Agora para determinar a Resistência RTH deve-se remover a fonte e encontrar a
resistência para os pontos A e B. Usando o software Falstad é possível usar um
Ohmímetro para determinar esse valor. O resultado é 1,494 kΩ como observado na
figura 5.

Figura 5 – Confirmação do valor da resistência de Thévenin


Agora é possível esquematizar o equivalente de Thévenin utilizando RTH e VTH que
pode ser visto na figura 6.
7

Figura 5 – Circuito equivalente de Thévenin


Para determinar a máxima transferência de potência é preciso inserir um reistor RL com
resistência igual a RTH nos pontos A e B para fechar o circuito. Então utiliza-se a equação 3
para determinar o valor da potência máxima transferível.

V TH 2 R L V TH 2 7,1432
Pmax = 2
= = =8,54 mW (3 )
( 2 RL ) 4 R L 4∗1494

A figura 6 também apresenta outras informações desse circuito como a corrente que
passaria por ele a tensão no resistor RL.

Figura 6 – Informações sobre o resistor RL no Circuito equivalente de Thévenin


Também deve-se calcular o rendimento que é é determinado pela equação 4
8

V L∗I
Rendimento= (3)
V TH ∗I

2,3906∗3,5715 3,5715
Rendimento= = =0,5=50 %
7,143∗2,3906 7,143

Segundo Circuito:
Para o segundo circuito um sistema ainda mais simples será montado e o valor
de RL irá mudar. Para cada situação o valor da corrente, tensão e potência serão
calculados. A Figura 7 apresenta a composição do circuito com a primeira situação
onde RL é igual a 0,390kΩ.

Figura 7 – Configuração do seugndo circuito a ser analisado quando RL é igual a


0,390kΩ.
A potência máxima esperada para o sistema é:
V TH 2 252
Pmax = = =156,25 mW
4 R L 4∗1000
A potência em cada também deve ser comparada usando a equação 2.
2
P0,390=I 2 R L =( 17,986∗10−3 ) ∗390=126,16 mW (2 )
A segunda situação tem RL igual a 1kΩ.
9

Figura 8 – Configuração do seugndo circuito a ser analisado quando RL é igual a 1kΩ.


2
P1=I 2 R L =( 12,5∗10−3 ) ∗1000=156,25 mW

A terceira situação tem RL igual a 1,5kΩ.

Figura 8 – Configuração do seugndo circuito a ser analisado quando RL é igual a 1,5kΩ.


2
P1=I 2 R L =( 10∗10−3 ) ∗1500=150 mW

A quarta situação tem RL igual a 3,3kΩ.

Figura 8 – Configuração do seugndo circuito a ser analisado quando RL é igual a 3,3kΩ.


10

2
P1=I 2 R L =( 5,814∗10−3 ) ∗3300=111,55 mW
5) Resultados

Agora que todos os cálculos e simulações foram realizados, compara-se com


resultados feitos experimentalmente. A Tabela 1 contém os dados teóricos e
experimentais para o primeiro circuito e a porcentagem de erro encontrado com
relação aos valores de tensão e de corrente encontrados.

TABELA 1: COMPARAÇÃO DE DADOS TEÓRICOS E EXPERIMENTAIS PARA O


PRIMEIRO MODELO

Variável Valor Teórico Valor Experimental Erro (%)


VTH (V) 7,143 7,160 0,23

RTH (kΩ) 1,494 1,477 1,15


Para a tabela temos os dados correspondentes a situação de transferência de potência
máxima

TABELA 2: COMPARAÇÃO DE DADOS TEÓRICOS E EXPERIMENTAIS PARA


TRANFERÊNCIA MÁXIMA DE POTÊNCIA

Variável Valor Teórico Valor Experimental Erro (%)


VRL (V) 3,5715 3,589 0,48
I (mA) 2,3906 2,327 2,73
Potência RL (mW) 8,54 8,352 2,25
Rendimento 0,5 0,4891 2,228

A tabela 3 contem os dados teóricos do segundo experimento, contendo a corrente,


tensão e potência para cada resistência que foi alterada.

TABELA 3: DADOS TEÓRICOS DE CORRENTE, TENSÃO E POTÊNCIA POR


RESISTÊNCIA DO SEGUNDO CIRCUITO
RL(kΩ) IL (mA) VL (V) PRL(mW)
0,390 17,986 7,0144 126,16
1 12,5 12,5 156,25
1,5 10 15 150
3,3 5,814 19,186 111,55
A Tabela 4 contêm os dados experimentais correspondentes as da tabela anterior.

TABELA 4: DADOS EXPERIMENTAIS DE CORRENTE, TENSÃO E POTÊNCIA POR


RESISTÊNCIA DO SEGUNDO CIRCUITO
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RL(kΩ) IL (mA) VL (V) PRL(mW)


0,390 17,768 7,107 126,27
1 12,46 12,48 155,62
1,5 9,897 15 148,45
3,3 5,795 19,15 110,97
Por fim a Tabela 5 registra o erro percentual entre os dados experimentais da Tabela 4 e os
dados teóricos da Tabela 3.

TABELA 5: ERRO PERCENTUAL ENTRE AS TABELAS 3 E 4


Variável RL(kΩ) = 0,390 RL(kΩ) = 1 RL(kΩ) = 1,5 RL(kΩ) = 3,3

Erro(%)
IL (mA) 1,22 0,32 1,04 0,32
VL (V) 1,30 0,16 0 0,1879
PRL(mW) 0,087 0,40 1,044 0,52
6) Conclusão

Os resultados tanto teóricos quanto experimentais foram muito próximos com


uma taxa de erro que praticamente não superou muito mais do que 1% na maioria dos
casos. Tais diferenças são facilmente explicadas por imprecisões no material de
medição, na natureza não ideal dos materiais usados para construir o circuito e nas
aproximações de valores nos cálculos teóricos, em especial da potência visto que está
não foi calculada diretamente utilizando o software, visto que sua versão online não
permite tal cálculo.

Sendo assim o teste para verificar a utilização teórica da máxima transferência


de potência foi um sucesso com seus resultados sendo coerentes com os testes
práticos.
7) Referências
MAXIMUM Power Transfer Theorem. [S. l.], 2021. Disponível em:
https://www.tutorialspoint.com/network_theory/network_theory_maximum_power_transfer_t
heorem.htm. Acesso em: 15 jul. 2021.

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