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UTFPR-DV – UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO

PARANÁ CAMPUS DOIS VIZINHOS


Gabriela Hartmann - RA 2272954
Lucas Amorim - RA 2272202
Augusto Moreira - RA 2272822
Mauricio Vansann- RA 1595822

Agrotóxico

Dois Vizinhos
2021
Gabriela Hartmann - RA 2272954
Lucas Amorim - RA 2272202
Augusto Moreira - RA 2272822
Mauricio Vansann- RA 1595822

Agrotóxico

Projeto de pesquisa apresentado ao curso


de graduação em Zootecnia da
Universidade Tecnológica Federal Do
Paraná, orientado pelo professor Celso
Eduardo Pereira Ramos.

Dois Vizinhos

2021
INTRODUÇÃO
Conhecidos também como agroquímicos ou defensivos agrícolas, os
agrotóxicos são produtos químicos utilizados, em especial, no setor de produção
agrícola, para proteger plantas e grãos de pragas e doenças que possam, em
questão de poucos dias, comprometer o desenvolvimento de plantações
inteiras. Essas substâncias são rigorosamente reguladas no Brasil e, para
liberação do registro, percorrem um longo caminho antes de chegar às
lavouras. Estes órgãos utilizam critérios e padrões internacionalmente validados
e são responsáveis por atestar não apenas a eficácia do produto para a
lavoura, mas também a segurança para o meio ambiente e para a saúde do ser
humano, seja de quem vai aplicá-lo como também de quem vai consumi-lo.
Por isso a importância para que os agrotóxicos sejam usados conforme
as recomendações descritas na bula, elaboradas especificamente de acordo
com cada tipo de produto. Os órgãos reguladores podem ainda promover a
reavaliação de um produto a qualquer momento, sempre que houver evidências
apontadas pelas organizações internacionais das quais o Brasil faz parte. No
Brasil, a comercialização deste tipo de produto só pode ser realizada mediante
apresentação de receituário agronômico, prescrito por engenheiros
agrônomos. Além disso, o produto deve conter em seu rótulo as indicações de
uso e segurança, entre outros cuidados.
TIPOS DE AGROTOXICOS
Os tipos de agrotóxicos estão associados à natureza da praga que será
combatida, ao grupo químico à qual pertence.
Se dividem em:

Fungicidas Controle de fungos


Inseticidas Controle de insetos pragas, os danos
causados são muito intensos,
destruindo tecido vegetal em alta
velocidade e em todas as fases de
desenvolvimento das culturas, com
queda vertiginosa da produção.
Herbicida Atuam na dessecação de culturas
para colheita ou formação de palhada
e no controle de plantas daninhas.
Bactericida Tem a função da matar as bactérias.

Acaricidas Combater ácaros

Nematicida Eliminar nematoides


Rodenticida Eliminar roedores

CLASIFICAÇÃO DE TOXIDADE
Anvisa classifica os agrotóxicos em quatro classes de danos à saúde
humana, pouco tóxicos, medianamente tóxicos, altamente tóxicos e
extremamente tóxicos, são identificadas pelas seguintes cores:

(Fonte: Hotifruti saber e saúde, 2019).


FISCALIZAÇÃO
A fiscalização federal de agrotóxicos é coordenada pela Coordenação-
Geral de Agrotóxicos e Afins – CGAA/DFIA/SDA-MAPA. Anualmente, são
estabelecidas metas para a realização da fiscalização de acordo com o
estipulado no Plano Plurianual – PPA. Essas metas abrangem a fiscalização de
estabelecimentos de produção/importação/exportação, produtos, coleta de
amostras, estações credenciadas de pesquisa, entre outras atividades.
VANTEGENS
O uso de agrotóxicos em doses recomendadas garante o controle de
possíveis pragas e doenças que podem afetar as produções agrícolas, esse
controle das doenças e pragas propicia o aumento da produtividade das lavouras
e melhora a qualidade visual dos produtos cultivados.
Normalmente os preços dos produtos cultivados com o uso dos
agrotóxicos são reduzidos em relação ao preço dos produtos orgânicos.

DESVANTAGENS
Doses acima do permitido podem contaminar alimentos e trazer riscos à
saúde. Essas intoxicação pode ocorrer de forma direta, aplicação, ou indireta,
ingestão de alimentos ou água contaminados, elas são classificadas em; aguda,
alta exposição de doses de agrotóxicos, os sintomas são quase imediatos,
sendo eles: dores de cabeça, náusea, sudorese, cãibra, vômitos, diarreia,
irritação dos olhos e pele, dificuldade respiratória, visão turva, tremores, arritmias
cardíacas, convulsões, coma e morte; crônica, quando a exposição é em doses
menores de agrotóxicos por um longo período de tempo, tem como
consequência: paralisia, esterilidade, abortos, câncer, danos ao
desenvolvimento de fetos, entre outros.
Utilizar o agrotóxico de maneira incorreta provoca danos ambientais,
como contaminação do solo e dos recursos hídricos, além de grande parte dos
agrotóxicos são bioacumulativos, ou seja, se um animal contaminado morrer e
outro se alimentar deste, também será contaminado, isso acontece porque o
composto permanece no corpo do animal após sua morte, acarretando assim um
maior alcance do problema.
Há riscos de intoxicação por parte dos trabalhadores que manuseiam os
agrotóxicos, por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é
indispensável, eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador.

MIB
O Manejo Integrado de Pragas é um conceito que foi instituído na década
de 1960 pela comunidade científica, para a otimização do controle de pragas
agrícolas .
O termo refere-se à integração de diferentes ferramentas de controle, tais como
os produtos químicos, agentes biológicos, extratos de plantas, feromônios,
variedades de plantas resistentes a pragas, manejo cultural, plantas iscas,
liberação de machos estéreis , dentre outras.
A junção de todas essas ferramentas, de maneira planejada e em harmonia, é a
base para solidez de um programa de MIP.
Em função da relevância deste trabalho é muito importante que os
responsáveis por esta tarefa, quer sejam os agricultores, seus funcionários ou
consultores, conheçam e saibam identificar corretamente as principais pragas
em cada cultivo. Recomenda-se que todos os profissionais envolvidos com a
tomada de decisão para o controle de pragas sejam treinados
periodicamente, pois a ocorrência de diferentes espécies pode ser muito
dinâmica em campo.
A preservação destes organismos contribuirá, de maneira significativa, para o
aumento da eficiência no manejo de pragas em qualquer cultura.
Uma das premissas do MIP é que a opção pela estratégia de controle leve
em consideração aspectos ecológicos, ambientais, sociais e econômicos. Dessa
forma os benefícios serão ampliados em cadeia, trazendo bons resultados do
campo à mesa do consumidor final.
O controle biológico tem sido uma importante ferramenta de manejo de
pragas em vários países, contribuindo efetivamente para a implantação de
programas de MIP em diversas culturas. O controle biológico aplicado, com o
uso de produtos biológicos contendo predadores, parasitoides, nematoides,
fungos, vírus, bactérias dentre outros, é muito útil para o incremento das
populações de organismos benéficos na área, trazendo resultados relevantes no
controle de pragas de difícil manejo.
O uso de produtos químicos seletivos aos inimigos naturais e agentes
polinizadores além de contribuir de maneira eficiente no controle de pragas-alvo,
também permite a preservação dos organismos benéficos em campo,
favorecendo o controle biológico natural. Diversas espécies de agentes
biológicos, que não são produzidas comercialmente, também podem exercer um
papel muito relevante em programas de MIP. Dessa forma, o uso de táticas que
contribuam para a manutenção destes organismos na área de cultivo é
fundamental.

Controle cultural
Preventiva e permanente na lavoura. Independentemente da presença ou
não de pragas. Consiste em reduzir a disponibilidade de alimentos para a praga,
evitando assim sua explosão populacional na entressafra.

Dentre os métodos de controle cultural temos; rotação de culturas;


escolha da época de plantio e colheita; destruição de restos de cultura anterior;
cultura no limpo; poda; controle da adubação e irrigação; plantio direto e outros
sistemas de cultivo.

Controle biológico
Preservar os inimigos naturais para controle das pragas, efetuar liberação
de predadores e/ou parasitoides ou utilizar inseticidas formulados com Bt ou
baculovírus.

Uma das formas de conservar os inimigos naturais é a utilização de


inseticidas químicos seletivos, que matam as pragas, porém têm pouco efeitos
sobre os inimigos naturais. Outra forma é a liberação ou pulverização desses
inimigos naturais no campo.

Controle comportamental
Consiste na exploração de sinais químicos entre os seres vivos. Dentre
esses, temos os feromônios, plantas repelentes, armadilhas e semioquímicos.
Os feromônios podem ser utilizados em conjunto com armadilhas para atrair
machos e realizar a coleta massal de insetos e podem também impedir encontro
entre machos e fêmeas, interrompendo, o acasalamento.

Armadilhas consistem na captura massal de insetos para controle


populacional. Podem ser luminosas, que atraem os insetos que possuem
atividade noturna e são atraídos pela luz (besouros, mariposas, percevejos,
cigarrinhas, moscas e etc). Existem também as adesivas, cartões amarelos
compostos por resinas e cera e prendem os insetos assim que ocorre o contato.

Controle genético
Esse método refere-se ao controle da população de praga mediante a
manipulação de seu genoma. Essa tática é seletiva e objetiva a redução da
população de pragas por meio da redução do potencial reprodutivo delas.

É o caso, por exemplo, do mosquito da dengue geneticamente


modificado (GM) para que os machos sejam estéreis e, uma vez liberados no
ambiente, concorram com os machos não transgênicos pelas fêmeas. O controle
genético, entretanto, ainda não é amplamente utilizado.

Controle varietal
Consiste no uso de variedades transgênicas que expressam proteínas
inseticidas (Bt) para o manejo eficiente da praga. A tecnologia Bt representa uma
importante ferramenta para o manejo integrado de pragas nas culturas
de soja, milho, algodão e cana. Entretanto, para que sua eficácia seja
alcançada, alguns pontos precisam ser levados em consideração.

O primeiro deles diz respeito à escolha de híbridos e cultivares que sejam


adaptados e recomendados para cada região. Um segundo ponto diz respeito à
aplicação de boas práticas agronômicas para manejo das culturas Bt. Dessa
forma, o risco de que insetos resistentes à essa tecnologia sejam selecionados
é reduzido.

Controle químico
Consiste na utilização de inseticidas seletivos que atingem somente as
pragas, mantendo vivos os inimigos naturais delas e polinizadores. No entanto,
para evitar o desenvolvimento de insetos resistentes a esses produtos, deve-se
também prestar atenção na rotação de ingredientes ativos e de modos de ação
desses produtos.
É fundamental utilizar apenas produtos registrados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e dispor de boa tecnologia de
aplicação.

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