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A ESCOLA DE FRANKFURT INDUSTRIA CULTURAL

Qual é a influência de meios de comunicação de massa, como a TV, sobre uma


sociedade? Como as pessoas são mobilizadas a acompanharem um noticiário como
se estivessem assistindo a uma telenovela, como ocorreu no recente caso da morte da
menina Isabella? Os primeiros filósofos que detectarem a dissolução das fronteiras
entre informação, consumo, entretenimento e política, ocasionada pela mídia, bem
como seus efeitos nocivos na formação crítica de uma sociedade, foram os
pensadores da Escola de Frankfurt.

Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor W. Adorno (1903-1969) são os principais


representantes da escola, fundada em 1924 na Universidade de Frankfurt, na
Alemanha. No local, um conjunto de teóricos, entre eles Walter Benjamin (1892-1940),
Jürgen Habermas (1929), Herbert Marcuse (1898-1979) e Erich Fromm (1900-1980),
desenvolveram estudos de orientação marxista.

Os estudos dos filósofos de Frankfurt ficaram conhecidos como Teoria Crítica, que se
contrapõe à Teoria Tradicional. A diferença é que enquanto a tradicional é "neutra" em
seu uso, a crítica busca analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua
aplicação, visando à transformação da realidade. Um exemplo de como isso funciona
é a análise dos meios de comunicação caracterizados como indústria cultural.

Indústria cultural
Em um texto clássico escrito em 1947, "Dialética do Iluminismo", Adorno e Horkheimer
definiram indústria cultural como um sistema político e econômico que tem por
finalidade produzir bens de cultura - filmes, livros, música popular, programas de TV
etc. - como mercadorias e como estratégia de controle social.

A idéia é a seguinte: os meios de comunicação de massa, como TV, rádio, jornais e


portais da Internet, são propriedades de algumas empresas, que possuem interesse
em obter lucros e manter o sistema econômico vigente que as permitem continuarem
lucrando. Portanto, vendem-se filmes e seriados norte-americanos, músicas (funk,
pagode, sertaneja etc) e novelas não como bens artísticos ou culturais, mas como
produtos de consumo que, neste aspecto, em nada se diferenciariam de sapatos ou
sabão em pó. Com isso, ao invés de contribuírem para formar cidadãos críticos,
manteriam as pessoas "alienadas" da realidade.

Como afirmam no texto: "Filmes e rádio não têm mais necessidade de serem
empacotados como arte. A verdade, cujo nome real é negócio, serve-lhes de
ideologia. Esta deverá legitimar os refugos que de propósito produzem. Filme e rádio
se autodefinem como indústrias, e as cifras publicadas dos rendimentos de seus
diretores-gerais tiram qualquer dúvida sobre a necessidade social de seus produtos."

Para Adorno, os receptores das mensagens dos meios de comunicação seriam


vítimas dessa indústria. Eles teriam o gosto padronizado e seriam induzidos a
consumir produtos de baixa qualidade. Por essa razão, indústria cultural substitui o
termo cultura de massa, pois não se trata de uma cultura popular representada em
novelas da Rede Globo, por exemplo, mas de uma ideologia imposta às pessoas.

Dominação política
E como a indústria cultural torna-se mecanismo de dominação política? Adorno e
Horkheimer vislumbraram os meios de comunicação de massa como uma perversão
dos ideais iluministas do século 18. Para o Iluminismo, o progresso da razão e da
tecnologia iria libertar o homem das crenças mitológicas e superstições, resultando
numa sociedade mais livre e democrática.

Mas os pensadores da Escola de Frankfurt, que eram judeus, se viram alvos da


campanha nazista com a chegada de Hitler ao poder nos anos 30, na Alemanha. Com
apoio de uma máquina de propaganda que pela primeira vez usou em larga escala os
meios de comunicação como instrumentos ideológicos, o nazismo era uma prova de
como a racionalidade técnica, que no Iluminismo serviria para libertar o homem,
estava escravizando o indivíduo na sociedade moderna.

Nas mãos de um poder econômico e político, a tecnologia e a ciência seriam


empregadas para impedir que as pessoas tomassem consciência de suas condições
de desigualdade. Um trabalhador que em seu horário de lazer deveria ler bons livros, ir
ao teatro ou a concertos musicais, tornando-se uma pessoa mais culta, questionadora
e engajada politicamente, chega em casa e senta-se à frente da TV para esquecer
seus problemas, absorvendo a mesmos valores que predominam em sua rotina de
trabalho. É desta forma que a indústria cultural exerceria controle sobre a massa.
Como resultado, ao invés de cidadãos conscientes, teríamos apenas consumidores
passivos.

Totalistarismo eletrônico
Posteriormente, entre os anos 70 e 80, os frankfurtianos foram muito criticados por
uma visão reducionista dos receptores, graças a pesquisas que demonstraram que as
pessoas não são tão manipuláveis quanto Adorno pensava na época. Além disso, nem
toda produção cultural se resume à indústria. Nas histórias em quadrinhos, por
exemplo, temos Disney e Maurício de Souza, mas temos também quadrinhos
alternativos e autorais.

Apesar disso, Adorno e Horkheimer tiveram o mérito de serem os precursores da


denúncia de um "totalitarismo eletrônico", em que diversão e assuntos importantes são
"mixados" num só produto; em que representantes políticos são escolhidos como se
fossem sabonetes. Neste sentido, a crítica permanece atual.

Obras consultadas: * José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário,


http://educacao.uol.com.br/filosofia/escola-de-frankfurt.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Frankfurt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural
http://emanuel-junior.blogspot.com/2007/09/escola-de-frankfurt-e-indstria-cultural.html
http://www.slideshare.net/guestb5c7bce5/escola-de-frankfurt-1423126

Indústria cultural (em alemão: KulturIndustrie) é um termo cunhado pelos filósofos e


sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973),
membros da Escola de Frankfurt. O termo aparece no capítulo Kulturindustrie -
Aufklärung als Massenbetrug na obra Dialektik der Aufklärung (em português:
Dialética do Esclarecimento), de 1947.

Neste capítulo os autores analisam a produção e a função da cultura no capitalismo.


Os autores criaram o conceito de Indústria Cultural para definir a conversão da cultura
em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas
ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante, para disseminação de suas
idéias conformistas e controle da população. A produção cultural e intelectual passa a
ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico com a mais abrangente face
capitalista.

O termo é discutido na Teoria Crítica da Comunicação (ver também: Teoria Crítica).

Obra consultada: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural

A Escola de Frankfurt e a Indústria Cultural


Mais uma matéria que escrevi para o Novo Metal. Agora compartilho com
vocês aqui no Blog.

A Escola de Frankfurt e a
Indústria Cultural

Escola de Frankfurt foi o nome


dado ao grupo de pensadores,
filósofos e cientistas sociais
alemães que se dedicaram aos
estudos de variados temas que
compreendiam desde os processos civilizadores modernos e o destino do ser
humano na era da técnica (ou tecnologia) até a política, a arte, a música, a
literatura e o cotidiano. Dentro desses temas, chamaram à atenção para a extrema
importância da mídia (meios de comunicação) como fomentador da cultura de
mercado e formadora do modo de vida contemporâneo. Dentre os grandes
pensadores desta Escola, podemos citar
Theodor Adorno, Max Horkheimer, Hebert
Marcuse, Erich Fromm e Walter Benjamin.
Destacamos os dois primeiros, Adorno e
Horkheimer, criadores de um conceito base
para os estudos culturais: a indústria cultural.

Adorno e Horkheimer no livro Dialética do


Iluminismo apontaram um novo conceito com
relação à cultura e a massificação da cultura.
Na visão deles a “cultura para a massa” não
passava de uma simples industrialização da
cultura, ou seja, haveria o uso da
racionalidade técnica (a tecnologia) a serviço da dominação ideológica. Apontavam,
assim, o conceito de Indústria Cultural, que seria, portanto, um mecanismo de
massificação da opinião, dos gostos e da necessidade de consumo. Na Indústria
Cultural tudo passa a ser um produto de mercado (inclusive o ser humano
[reificação, a coisificação do homem]), a verdadeira preocupação não é transmitir
informações ou conhecimento, mas sim vender, cada vez mais, produtos e idéias
homogeneizadas, a fim de se obter o lucro acima de (quase) tudo.

A cultura sob as regras da Indústria Cultural passa a ser apenas mercadoria, um


produto a ser vendido e explorado comercialmente. A arte, a música, a literatura se
transformam em meros produtos com o objetivo de serem difundidos
comercialmente e vendidos como se fossem um pacote de feijão em uma prateleira
de supermercado. Perde-se o valor e a essência da criação cultural, isto não é o
mais importante. O que realmente importa é enlatar, rotular e vender o "produto"
em um grande centro de compras.

Dentro da Indústria Cultural, para que o mercado atinja o seu principal objetivo (o
lucro), existe uma peça fundamental a ser explorada: a alienação do povo. É da
alienação que se aproveita a Industria Cultural para massificar os seus produtos. Ao
massificar e homogeneizar gostos e necessidades de consumo, o mercado
aprofunda a alienação, ao alimentar-se e alimentá-la em uma troca bilateral e
mútua. A passividade e o conformismo são frutos desta alienação.

Como diz o professor Francisco


Rüdiger, os pensadores
frankfurtianos criticavam a
cultura de massa não porque ela
é popular, mas sim porque esta
cultura mantém as marcas da
exploração e da dominação das
massas, fato que ocorre desde
as origens da história. E, como
também diz o citado professor,
os frankfurtianos não criticavam a tecnologia nem os avanços tecnológicos, mas
sim o seu emprego, ou seja, os objetivos por trás da utilização das novas
tecnologias. Podemos afirmar, então, que a Indústria Cultural é opressora,
determina até onde vai o livre arbítrio do indivíduo ao submetê-lo à dominação
ideológica que coloca frente a frente: classes dominantes > classes populares. A
cultura de massa é marca da imposição e exploração da dominação de classes.

A Música e as Gravadoras na Indústria Cultural

Walter Benjamin apontou, em A Obra de Arte na Era de Suas Técnicas de


Reprodução, para a perda da aura da obra de arte. Para Benjamin as tecnologias
que permitiram a fácil reprodutibilidade das obras de arte fizeram com que estas
perdessem sua aura de serem exclusivas e únicas. A música, que já no século XX,
tornou-se mais uma mercadoria a ser reproduzida e vendida em larga escala,
também perdeu a sua aura e, de certa forma, a sua essência.

"Na medida em que multiplicam a reprodução,


substituem a existência única da obra por uma
existência serial", afirmou Benjamin na supracitada
obra. Quem nunca reparou que o CDs de música
contêm um código de série? Ao se comprar um CD a
pessoa está adquirindo um produto em série. E o
código de série (que pode conter letras e números) serve de controle para o dono
da loja e, especialmente, para a gravadora que lançou o CD no "mercado", que tem
o grande cuidado em controlar as vendas e saber os números do "mercado
fonográfico". Em 1935 Walter Benjamin apontava para esta realidade, a reprodução
em série das obras de arte e a sua relação com a indústria.

Benjamin acreditava no poder de democratização da cultura e do conhecimento ,


ele via como positivo o controle da cultura por parte das massas. Adorno, por sua
vez, não negava o potencial democrático da tecnologia empregada a serviço da
cultura, porém sua análise crítica sempre apontou para o indevido uso das técnicas,
que rumavam no sentido inverso àquele que Benjamin acreditava ser possível.

Para Adorno não haveria a democratização da cultura porque simplesmente essa


democratização não servia aos interesses dos capitalistas (aí inseridas as
corporações do entretenimento, nas quais as gravadoras). A Indústria Cultural
como meio de controle das massas não permitiria que as massas assumissem o
controle da cultura, idéia na qual acreditava Benjamin.
As gravadoras são as empresas que
controlam o sistema do mercado da música.
São as gravadoras, entidades privadas e com
o objetivo de lucro, que se utilizam e se
beneficiam do poder da reprodução em série
e da difusão massiva da música. Como uma
empresa, a gravadora faz parte das
corporações do entretenimento, que têm
como objetivo tirar proveito comercial do
"seu produto". O músico/artista se torna
dependente da gravadora para poder mostrar
a sua obra, o seu trabalho; a população (que é o público alvo, o indivíduo massa)
se torna refém e alvo das campanhas publicitárias e da difusão em massa daquilo
que interessa às gravadoras, o que, em uma perspectiva de mercado de larga
escala, quase sempre não é sinônimo de qualidade musical.

A publicidade é uma das formas através das quais as gravadoras exercem a


manipulação da opinião e dos gostos, a massificação dos produtos. A publicidade
nada mais é que o instrumento através do qual se atinge o público alvo, o
consumidor; é através do seu poder de persuasão que se estabelece a
massificação. A persuasão é a principal arma para se atingir o conformismo e se
diluir a consciência. O Rádio, a TV e a imprensa escrita com a divulgação e a
veiculação de um determinado "produto" também são preponderantes no processo
de manipulação da opinião e na indução ao consumo.

A Música e os seus rótulos

Para se obter boas vendas e um bom


retorno no mercado é necessário que
se tenha claro qual o público a ser
atingido. As gravadoras fazem suas
pesquisas e análises de campo para
estudarem o mercado. Para se vender
bem é preciso saber a quem vender. E
para isso é preciso enlatar e rotular a
música, para que ela seja colocada na prateleira certa a fim de atingir diretamente
e eficazmente o seu consumidor.

Em relação ao mercado do Heavy Metal, temos os "rótulos". Os vários e incontáveis


sub-gêneros de Heavy Metal que podem ser encontrados. Para as gravadoras é
muito mais interessante dividir em sub-gêneros e rotular um determinado trabalho
musical para colocá-lo em uma prateleira, pois desta forma as vendas certamente
são facilitadas e as propagandas mais eficazes. Para a indústria não existe o
cidadão, nem o ser humano, o que existe é um público alvo, um mero consumidor,
um indivíduo massa a ser induzido ao consumo, a gastar dinheiro e alimentar a
Indústria e o mercado. E os rótulos são facilitadores da indução ao consumo.

Qual fã de Heavy Metal nunca se deparou diante de uma discussão quase


interminável sobre a determinação do "estilo" de uma certa banda? Para dar um
exemplo, quem nunca parou para explicar, ou tentar entender, as diferenças entre
o Death Metal, Technical Death Metal, Brutal Death Metal, Melodic Death Metal,
Black/Death Metal, Blackened Death Metal, Death/Thrash Metal, Doom/Death
Metal... Ufa! Quem não conhece pessoas que se deixam levar pelos rótulos ao invés
de se preocuparem exclusivamente em ouvir a música? Quem não procura em
revistas ou na internet informações sobre bandas e se preocupam sempre em saber
qual o "estilo" da tal banda? Qual banda iniciante que, antes mesmo de fazer o seu
primeiro show, não define qual o "sub-gênero" em que pretende ser inserida? São
os rótulos... E nós somos o indivíduo massa que se deixa levar pelos interesses das
gravadoras e todas as empresas envolvidas e interessadas na indústria do Heavy
Metal (que, acreditem, é rentável e movimenta milhões de dólares anualmente em
todo o planeta).

Existe banda "comercial" ou banda "vendida"?

Honestamente, qual é a banda (que pretende se


levar à sério) que dedica tempo e gasta dinheiro em
ensaios, instrumentos, etc., para apenas ficar na
garagem de casa ou no estúdio do bairro? Qual a
banda que se propõe a tocar em um show, gravar o
seu CD-demo se não é para divulgar o seu trabalho?
Qual integrante de banda não tem o interesse de um dia assinar com uma
gravadora e lançar o seu álbum?
A banda que não pretende nada do que está exposto no parágrafo acima, pode se
considerar "não-comercial" e "não-vendida". Todas as outras... Bem-vindas ao
mercado, ao comércio e às vendas. São todos uns vendidos e comerciais. Seja em
larga escala (milhares e milhões de cópias vendidas) ou em pequena escala
(dezenas ou centenas de cópias vendidas). A música posta à venda, está no
comércio, logo é comercial.

Contudo, é evidente que não podemos


comparar uma banda que apenas pretende
divulgar o seu trabalho (e o vender, claro)
com outra que é instrumento da indústria
fonográfica para vender de forma massificada.
É como se Adorno negasse a importância da
tecnologia, o que não era o caso. Ele apenas
criticava o emprego da tecnologia. O mesmo
se aplica às bandas que estão no mercado, no
comércio. Brincadeiras à parte, as bandas
"comerciais", em um sentido amplo são aquelas bandas que surgem como produto
das gravadoras ou se tornam produtos das gravadoras (em determinado momento
de suas carreiras) a serviço da massificação dos gostos e opiniões, são as bandas
"pop", que no Heavy Metal também existem. Quem vai negar o perfil "pop" de uma
banda como o Metallica ou o Iron Maiden? É evidente que eles fazem músicas e
lançam CDs pensando acima de tudo no mercado consumidor, até por exigência
de suas gravadoras, que investem muito em todo o processo que vai da gravação
até a venda e a divulgação dos álbuns.

Ou seja, em sentido mais restrito, todas as bandas são comerciais a partir do


momento em que se colocam no mercado (comércio), mas em um sentido mais
amplo, a banda "comercial" seria aquela que se preocupa acima de tudo com o
mercado e não obrigatoriamente com a qualidade da sua obra, uma vez que na
Indústria Cultural sucesso comercial não pressupõe qualidade artística ou musical.

MP3 e internet: a democratização da música?

Como já foi mencionado, Walter Benjamin acreditava no potencial da


democratização da cultura e do conhecimento, desde que o controle estivesse sob o
comando das massas. Adorno se opunha a esta idéia, não por negar o potencial da
tecnologia em democratizar a cultura, mas por não acreditar que as empresas
envolvidas na indústria cultural pemitissem esta democratização.

E o que seria a tecnologia do mp3 e o compartilhamento de músicas através da


internet? É inquestionável o poder revolucionário do mp3 e do compartilhamento de
músicas através da internet. Certamente Walter Benjamin ficaria muito contente ao
ver o uso desta tecnologia a serviço do controle das obras culturais por parte das
massas. Não há nada mais democrático do que dividir e partilhar uma música com
milhões de pessoas através da grande rede mundial de computadores.

Contudo, o combate das gravadoras aos


mp3 e aos usuários que compartilham
música através da internet é incansável! As
empresas do mercado fonográfico não se
deixam abater e mantêm uma luta
ininterrupta que já leva anos contra
usuários, tentando criminalizar aqueles que
dividem e partilham músicas através da
internet. E não é que Adorno tinha razão
em sua crítica?! As grandes empresas não
dão descanso às massas e não querem
perder o controle da cultura.

Benjamin estava certo ao acreditar na democratização da cultura através do


controle das massas sobre a mesma. Porém Adorno em seu ácido realismo estava
ainda mais certo: enquanto houver esta relação de poder e este sistema de
mercado, as empresas jamais permitirão que as massas se libertem das amarras
do controle da indústria cultural.

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