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Ensinos Espiritualistas
Spirit Teachings
1883
Jonh Constable
As Nuvens
█
Conteúdo resumido
Prefácio............................................................................................5
Traços biográficos...........................................................................6
Introdução......................................................................................17
Seção I...........................................................................................23
Seção II..........................................................................................29
Seção III........................................................................................35
Seção IV........................................................................................43
Apêndice à Seção IV.................................................................45
Seção V..........................................................................................51
Seção VI........................................................................................57
Seção VII.......................................................................................64
Seção VIII.....................................................................................69
Seção IX........................................................................................74
Seção X..........................................................................................86
Seção XI........................................................................................92
Seção XII.....................................................................................100
Seção XIII...................................................................................107
Seção XIV...................................................................................115
Seção XV.....................................................................................123
Seção XVI...................................................................................131
Seção XVII..................................................................................135
Seção XVIII.................................................................................141
Seção XIX...................................................................................148
Seção XX.....................................................................................155
Seção XXI...................................................................................160
Seção XXII..................................................................................163
Seção XXIII.................................................................................168
Seção XXIV................................................................................171
Seção XXV..................................................................................175
Seção XXVI................................................................................179
Seção XXVII...............................................................................182
Seção XXVIII..............................................................................186
Seção XXIX................................................................................195
Seção XXX..................................................................................205
Seção XXXI................................................................................217
Seção XXXII...............................................................................226
Prefácio
da edição comemorativa
Apêndice à Seção IV
Verdade
A bênção do Bem-aventurado esteja sobre vós. Temos hoje
uma ocasião, talvez única, para responder a algumas das vossas
perguntas e ensinar-vos uma verdade necessária. Segundo as
cartas que recebeis, vedes que os tempos de incômodo e de
angústia que anunciamos são também esperados por outros.
Preparai-vos para a dor, que virá certamente; as aflições são
indispensáveis. Jesus o sabia e o ensinava, como necessária à
educação da alma, do mesmo modo que a disciplina fisiológica o
é à conservação da robustez corpórea. Sem a prova, não haverá
profundo conhecimento algum, sem ela ninguém poderá escalar
os gloriosos cumes. A chave da ciência pertence ao espírito e
ninguém pode arrancá-la se a alma não se tornar ardente,
disciplinada pela dor. Não o esqueçais.
O bem-estar e o luxo são caminhos agradáveis, nos quais a
alma se retarda e deixa passar em sonho o dia da virilidade.
Abnegação pessoal e disciplina íntima são atalhos espinhosos
que a conduzem aos cimos e a fazem atingir o saber e o poderio.
Estudai a vida de Jesus e sede discretos.
Demais, atravessamos uma fase de difícil e amargo conflito
entre nós e os nossos inimigos; sentis o reverso dessa luta, que é
inerente a cada desenvolvimento da verdade divina. É, pode
dizer-se, a obscuridade que precede a aurora.
À medida que uma revelação de Deus se torna antiquada, é
sepultada sob os erros do homem e extingue-se gradualmente,
pois o que resta dela é de tal modo desfigurado, que o próprio
homem, querendo examiná-la, nada mais encontra e pergunta
como o velho Pilatos: “Onde está a verdade?” Então nasce uma
revelação nova, superior à precedente. As aflições desse
nascimento abalam a Terra, e os poderes do mundo espiritual
combatem ao redor do seu berço. O túmulo e o ruído do
refreamento são grandes!
Quando as nuvens começam a dissipar-se, os vigias, cujos
olhos estão espiritualmente abertos para discernir os sinais dos
tempos, eles que estão sobre as torres, percebem os primeiros
brilhos e estão prontos a desejar o alegre despontar da aurora. “A
alegria vem com a manhã!” “Cuidados e suspiros dissipam-se.”
Os terrores da morte e “os poderes das trevas” passaram, mas
não para todos. Há homens para os quais a luz só é visível
quando o Sol está no meridiano. Estes dormem, sem se
importarem com a claridade que brilha sobre o mundo.
Não espereis que o que é oferecido a todos seja aceito por
todos. Tal sonho de igualdade nunca se realizará em vosso
Globo e nem é desejável nem possível. Alguns homens, somente,
recebem o poder que lhes permite penetrar sem perigo os
mistérios que outros homens devem evitar. Aos iniciados
compete o cuidado de guiar os seus contemporâneos e o dever
solene de lutar sem cessar contra eles mesmos, de ser exemplos
de zelo e de preparação contínua. Não fiqueis desanimados,
porquanto há diferentes graus de verdade, e os médiuns
imperfeitos só trazem muitas vezes uma luz vacilante ou turva. A
verdade em seu esplendor não pode ser exposta publicamente;
apresentada à multidão, maculada pela aragem da Terra, perde a
sua pureza e disseca-se; nela o homem aprende, se ele é discreto,
que o orvalho de Hermon se destila no silêncio e na solidão da
alma; que a verdade santa e pura vai diretamente de espírito a
espírito e não pode ser proclamada ao mundo do alto dos
telhados.
Há ásperos fragmentos de verdade postos ao alcance de cada
um. São como as pedras dos alicerces, das quais cada operário
pode servir-se. Mas as pedras preciosas, sem máculas, são
conservadas em escrínios, para serem contempladas em silêncio,
na solidão. Assim, quando João, o Vidente, falava das muralhas
de jóias e das portas de pérolas da Cidade Celeste, designava as
verdades exteriores que todos podem ver, mas no interior do
templo ele só colocava a Presença e a Glória do Senhor.
O que é para vós a verdade divina representa apenas um
átomo ínfimo, do círculo inteiro intacto, que vos é dirigido em
resposta ao vosso apelo. Tínheis necessidade dele, e ele veio. O
que é para vós a perfeição e Deus, seria incompreensível para um
outro, não o consolaria e não seria aos seus olhos revestido de
nenhuma beleza. É para vós, e para vós somente, uma resposta
do Grande Espírito à aspiração apaixonada da vossa alma.
Essa verdade será sempre esotérica, pois só pode ser dada
àquele que está preparado; o seu perfume sutilíssimo é
unicamente reservado à própria essência do espírito. Lembrai-
vos disso como também de que é violência impor a verdade a
criaturas não preparadas, e é fazer-lhes grande e prolongado mal.
Lembrai-vos de que a pesquisa da verdade, por ela própria, é
ao mesmo tempo o objetivo mais afeiçoado, mais desejável e
mais elevado a prosseguir, no plano da vida em que vos achais.
Nada na Terra excede a essa nobre ocupação.
Não consideramos como servindo-lhe de obstáculo os
vulgares projetos que enchem a vida humana, as lutas e ambições
que apaixonam os homens, nascidas da vaidade, nutridas pela
inveja, pois acabam deixando só amargura e decepção e são tão
fáceis de reconhecer como as maçãs de Sodoma. Mas uma
tentação mais sutil desliza nas almas cândidas: a de proclamarem
com entusiasmo qualquer verdade que se apoderou da sua vida:
possuídas como estão do desejo de fazê-la conhecer, querem o
bem do seu próximo e falam.
Quando a sua nobre palavra está de acordo com as
necessidades da Humanidade, encontra eco em outras almas nas
mesmas disposições de ânimo que a recebem e a desenvolvem
até que os homens, elevados por ela, colham benefício. Mas o
contrário pode acontecer, sendo então melhor não bradar no
deserto e consagrar todas as energias à pesquisa da verdade, a
aprender com abundância antes de se dirigir à multidão.
É bom ensinar, melhor ainda instruir-se. Não é, por certo,
impossível fazer as duas coisas simultaneamente. Mas lembrai-
vos de que o estudo deve preceder a divulgação e que é preciso
estar certo de que a verdade que se quer demonstrar é a que a
Humanidade reclama. O discípulo da Verdade, que se submerge
profundamente nos mistérios que encobrem o seu brilho, não
violará imprudentemente a solidão na qual esta se encerra, dirá
de suas belezas e as proclamará àqueles que têm ouvidos para
ouvir as palavras de pacificação que o seu senso íntimo
descobriu no santuário da Verdade, mas, adorador respeitoso, ele
conservará sempre em si uma reserva sagrada, um santo silêncio,
uma revelação esotérica muito pura, muito íntima, muito querida
para ser expressa.
(Em resposta a uma pergunta pouco importante, escreveram:)
Não. Sereis informado oportunamente. Não podemos poupar-
vos o exercício que faz parte da disciplina à qual estais
submetido. Ficai satisfeitos de andar no caminho que conduz
diretamente à verdade e deveis segui-lo com cuidado e
dificuldade. É útil recolherdes a sabedoria do passado e aprender
daqueles que partiram antes de vós. Previmos desde muito tempo
que aqueles que prosseguissem com assiduidade o estudo das
revelações entre o nosso mundo e o vosso receberiam ásperos
choques, em razão das estultícias e falsidades que se acumulam
em torno do assunto apresentado sob o seu aspecto mais
esotérico. Esperamos com confiança o momento em que essas
demonstrações inferiores tomassem um lugar preponderante e
preparamo-nos para ela. É preciso saber que essa ciência tem e
deve ter sempre dois aspectos; tendo examinado um, deveis
penetrar o outro.
A esse respeito aprendei quem e quais são os que se
comunicam com os homens; de outro modo não poderíeis
decifrar o enigma que vos causa tanta angústia. Deveis saber
como e sob que condições pode obter-se a verdade e como evitar
o erro, a mentira, a frivolidade e a estultícia. O homem deve
conhecer tudo isso se quiser, sem perigo, entrar em relação com
o nosso mundo. E quando houver aprendido ou durante o tempo
em que aprender, deve perceber que dele depende o êxito.
Abata-se o homem, purifique ele o seu espírito
intimamente, expulse de si a impureza como uma peste, eleve
as suas vistas à maior altura possível; ame a Verdade como a
sua divindade, diante da qual tudo se deve inclinar; siga-a
sem se inquietar para onde a sua pesquisa pode conduzi-lo; e
ao redor dele os mensageiros do Altíssimo farão círculo e em
sua alma interior ele verá a luz.
† Imperator
Em 1874, deixaram de continuar regularmente as
comunicações. As séries estavam completas e o fim atingido. O
poder voltava às vezes sem nunca atingir o vigor sustentado e
que se manifesta nas instruções componentes deste volume.
Entretanto, muita coisa foi escrita com interrupções cada vez
mais freqüentes, até 1879, época em que esta forma de
comunicação foi praticamente abandonada para dar lugar a um
modo mais simples e mais fácil.
Eu poderia escolher, em meus inúmeros cadernos, outros
ensinos notáveis; mas, para o presente, esta série me parece
suficiente, apresentada como espécime da experiência de um só
homem.
As opiniões expostas podem ser repelidas ou aceitas pelo
leitor, mas afirmo que ele se enganará sobre a verdadeira
significação deste volume, se não reconhecer nele o esforço
contínuo e justificado de uma inteligência extra-humana, para
influenciar um homem que só se vangloria de ter sincera e mui
laboriosamente tentado chegar à Verdade.
– FIM –
Notas:
1
Robert Dale Owen - Debatable Land, obra editada em português pela
editora FEB, sob o título Região em Litígio. (Nota da Editora).
2
Atualmente, pelo menos no Brasil, à primeira é que se dá o nome de
psicografia. (N. E.)
3
Nessa época apareciam em nossas sessões habituais grande número de
clarões fosforescentes, claros e de um amarelo pálido, quando as
condições eram favoráveis; avermelhados e enfumaçados, quando alguma
coisa ia mal. Essas luzes eram semelhantes à lâmpada levada pelo Espírito
John King, e atingiam grandes proporções sob condições favoráveis.