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O sistema medieval de concepção no mundo religioso. Apos um longo processo o racionalismo propôs que o mesmo tomar por base os
seguintes postulados:
- Deve se afastar da positividade objetivo todo o estudo na realidade objetiva, toda a ideia preconcebida sobre os fatos que estudam;
- Investigar o objeto construído pela duvida metodológica e construtiva, que analisa e investiga ajustados os fatos a verdade revelada.
Teoria é uma descrição, explicação, interpretação dos fatos graças a procedimentos específicos, próprios do objeto a ser investigado.
A influência do pensamento conservador na profissionalização do Serviço Social no Brasil entre as décadas de 30 e 50.
A expansão do capitalismo monopolista e surgimento das perspectivas norte-americana e européia do Serviço Social.
O Positivismo e Funcionalismo como sistematização do quadro referencial teórico-metodológico do Serviço de Caso e do Serviço Social de
Grupo.
Positivismo foi à filosofia criada por Augusto Comte no século XIX, surge do declínio do antigo regime agrário para o regime capitalista. Que
visava à ordem e o progresso para garantir a civilização. Na ideia este implícito o conservadorismo, pois anseios individuais devem ter controle
estabilidade de dados para garantir uma harmonia social.
A racionalidade positivista:
- Defende uma separação entre teoria e prática para justificar um mundo eficiente, produtivista e consumista.
- Defende o conhecimento positivo da sociedade nos modelos das ciências da natureza.
- Transpor o método das ciências físicas para as sociais;
- Observa as ciências naturais com base na reforma política e social da sociedade.
- Afirma objetividade ao mundo físico.
- A lógica cientifica e dividida em dois elementos fundamentais: a descrição e a explicação.
Descrição: medir, quantificar, exprimir fenômenos com o objetivo de isolar acontecimentos variáveis.
Sujeito: conhece o objeto. O sujeito estabelece o nexo entre os fatos.
Na perspectiva positivista, não há questionamentos, e sim a procura por leis. Observa-se o mundo ao invés de inventa-lo.
Comte separa a humanidade em três estados que são incompatíveis entre si.
- Estado Teológico-físico: O espirito humano explica os fenômenos por meio de vontades ou agentes sobrenaturais. A imaginação se sobrepõe
a razão, inventando um ser absoluto que explica todas as coisas e soluciona problemas.
- Estado Metafísico ou abstrato: Explicações por meio de forças ou entidades ocultas e abstratas. Divindades foram substituídas por entidades
ou conceitos abstratos como essência, alma...
- Estado Positivo-Científico: São explicados por leis experimentadas.
Para Comte a sociedade e heterogênea, mas solidaria. Concebe a sociedade como forma harmônica, assim não se pode mudar bruscamente,
não se passa da infância para velhice de uma hora pra outra.
Bases do pensamento positivista:
- Integração; - harmonização;
- Adaptação - Conservação;
- Correção; - Racionalização;
- Controle; - Cientificismo;
- Organização; - Neutralidade Científica.
Nesta aula, vamos estudar o que foi o Positivismo e quais implicações para a prática profissional resultaram da apropriação deste paradigma de
conhecimento pelo Serviço Social.
O Positivismo, filosofia criada por Auguste Comte no século XIX, surge num contexto marcado pela queda do antigo regime de base agrária e
surgimento do Capitalismo. Constitui-se como um caminho contrarrevolucionário que visava à manutenção da ordem e progresso para garantir a
civilização. Na ideia de progresso, está implícito o conservadorismo, pois os anseios individuais devem ser controlados para garantir a “harmonia”
social.
Com a destruição revolucionária de sua própria alienação estatal, a sociedade se torna autoconsciente de seu protagonismo histórico, a ciência
adquire um sentido messiânico na hora de remediar a situação social: o padrão atual não é a decisão política, ética ou teleologicamente
fundamentada, mas a aplicação das leis científicas que regem a sociedade humana.
Deve-se, por conseguinte, construir positivamente a ciência social como ciência da vida coletiva. Uma fisiologia social, constituída pelos fatos
materiais que derivam da observação direta da sociedade, e uma higiene, que contenha os preceitos aplicáveis a tais fatos, são, portanto, as únicas
bases positivas sobre as quais se pode estabelecer o sistema de organização reclamado pelo estado atual da civilização (SAINT – SIMON, op.cit.58).
A Racionalidade Positivista
- O caráter pragmático da ciência instituído pelo Positivismo, baseado na eficácia e eficiência, defendeu a separação entre a teoria e a prática.
Para o pragmatismo, a separação entre a teoria e a prática é uma forma de justificar um mundo eficiente, produtivista e consumista que serve à
reprodução da acumulação de capital (FALEIROS, 1982, p.62).
- O Positivismo exprime uma intenção de um conhecimento positivo de sociedade baseado nos modelos das ciências da natureza.
- Observa-se uma tentativa de transpor o método das ciências físicas às ciências sociais.
- Para Comte, é com a observação das ciências naturais que se encontra o caminho a seguir, pela observação e experimentação descobrem-se
as relações permanentes que ligam os fatos, cuja importância básica está na reforma política e social da sociedade.
- A ciência pelo método positivo se baseia no estudo dos fatos e suas relações, e tais fatos são percebidos somente pelos sentidos exteriores.
Trata-se de um dogmatismo físico por afirmar a objetividade do mundo físico.
- A lógica científica é dividida em dois elementos fundamentais: a descrição e a explicação.
Descrição – medir, quantificar, exprimir fenômenos pela atribuição de números e medidas, reduzindo a realidade a aspectos quantificáveis e
mensuráveis.
“Uma das funções da quantificação, entre outras, é justamente padronizar os dados para obter o máximo de precisão e controle. O
saber vincula-se ao controle (FALEIROS, 1982, p. 63)”.
“A explicação faz-se no universo da aceitação e da contemplação, segundo uma “hipótese” formulada pelo investigador, para, em
seguida, buscar fatos que se relacionem com ela. Partindo-se da posição de observador isolado na realidade que observa – exterioridade
radical do observador “. (FALEIROS, 1982, p.64)
Isolam-se os acontecimentos em variáveis, particularizam-se as condições causais dos fenômenos, buscando o controle de determinada
relação . A descrição pretende-se restringir ao observável, sem questionar que os próprios sentidos são socialmente formados e que a observação
depende das relações sociais.
Sujeito – Conhece o objeto, segundo a ideia de o observador estar por cima do observado. É o sujeito que estabelece o nexo entre os fatos.
“Na perspectiva positivista, tanto a explicação como a descrição supõem uma representação das relações sociais de forma bastante parcializada,
empírica, tentado ordenar fatos sensíveis, mas submetendo-se a eles.” (FALEIROS, 1982, p.65)
Na perspectiva positivista, não havia questionamentos, e sim a procura de leis, observa-se o mundo ao invés de inventá-lo.
Para Comte, a humanidade passa por três estados que são incompatíveis entre si:
O estado teleológico – físico: em que o espírito humano explica o fenômeno por meio de vontades transcendentes ou agentes sobrenaturais.
Neste estágio, a imaginação se sobrepõe à razão, inventando um ser absoluto que explica todas as coisas e soluciona problemas.
O estado metafísico ou abstrato: os fenômenos são explicados por meio de forças ou entidades ocultas e abstratas. A imaginação ainda
predomina sobre a razão, as divindades foram substituídas por entidades ou conceitos abstratos como os de essência, alma etc.
O estado positivo – científico: os fenômenos são explicados por meio de leis experimentalmente demonstradas.
Para o Positivismo, o objeto da ciência é somente o positivo, ou seja, aquilo que está sujeito ao método de observação e da experimentação.
A sociedade compreendida por Augusto Comte era um organismo cujas partes constitutivas são heterogêneas, mas solidárias, pois se orientam
para a conservação do conjunto. Assim, a semelhança do organismo encontra-se na divisão das funções especiais em que se nota a presença de
espontaneidade, da necessidade, da imanência e da subordinação de todas as suas partes a um poder central superior (RIBEIRO JUNIOR, 1982).
Comte concebe a sociedade de forma harmônica, refletindo as diversas fases da vida de um homem. Assim, os organismos não podem mudar
bruscamente, não se passa da infância à velhice de forma abrupta. É a sociedade sendo incompatível com a revolução violenta, levando a
sociedade de um estado a outro, mas de forma paulatina, pois a sociedade está sujeita à mesma norma de evolução.
Positivismo no Brasil
No Brasil, o Positivismo foi divulgado aproximadamente no século XIX por Luiz Pereira Barros Pinto.
Os positivistas brasileiros eram os alunos da Faculdade de Direito, pertencentes à classe burguesa, e os alunos das escolas técnica e militar, que
defenderam que a burguesia deveria participar do comando político do país, substituindo os monarcas e os latifundiários.
Os militares que participaram da queda da república se basearam nos ideais comtistas.
Você sabia que o lema da bandeira nacional “Ordem e Progresso” foi inspirado no Positivismo?
A quinta e última bandeira do Brasil veio com a Proclamação da República.
A bandeira do Brasil foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. Ela é inspirada na
bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, com a esfera azul-celeste e a divisa positivista "Ordem e Progresso" no
lugar da coroa imperial. Benjamim Constant que a sugeriu a Raimundo Teixeira Mendes. A expressão foi extraída da fórmula máxima do
Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", que se decompõe em duas divisas usuais - Uma moral, 'Viver para
outrem' (altruísmo - termo criado por Comte), ou seja, colocar o interesse alheio acima de seu próprio interesse, e outra estética, 'Ordem e
Progresso', ou seja, cada coisa em seu devido lugar para a perfeita orientação ética da vida social. Dentro da esfera está representado o céu do Rio
de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8:30 horas de 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da República. As estrelas foram
inspiradas nas que, realmente, brilhavam no céu do Brasil, na histórica madrugada de 15 de novembro de 1889.
A Igreja Positivista do Brasil foi fundada no dia 11 de maio de 1881 por Miguel de Lemos, na atual rua Benjamin Constant, n. 74, no bairro da
Glória, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
“Dominado as consciências das classes privilegiadas, o Positivismo irá repercutir intensamente nas escolas, influenciando a mocidade,
cuja cultura intelectual era mais literária do que científica. Na época, só os militares, os médicos e os engenheiros entregavam-se aos
estudos científicos”
(RIBEIRO JÚNIOR, 1982, p.67)
Segundo Faleiros (182, p.65), "o objetivo desta prática era eliminar carências, disfunções, problemas de condutas desviadas. Buscava-se
melhorar a sociedade existente, sem, entretanto, colocá-la em questão".
Os profissionais, baseados no empirismo de ensaio e erro, tratavam cada uma das problemáticas de forma fragmentada. Além da
fragmentação, também se observa um formalismo, desenvolvido pela tecnocracia, no sentido de envolvê-lo em técnicas de planificação, controle e
administração. As técnicas utilizadas eram destinadas a reconduzir os desviados e marginalizados à sociedade, para a manutenção da ordem
através da utilização de esquemas de observação, medição e controle da vida cotidiana de indivíduos e grupos.
“A prática do assistente social usa a técnica de interpretação da conduta individual, considerando-a de acordo com os valores e
parâmetros estabelecidos. Essa interpretação se baseia numa série de pesquisas, dados, amostras, fichas e outros instrumentos descritivos.
Cada indivíduo passa a constituir um caso, que é enquadrado entre vários problemas classificados como econômico, psicológico, social,
religioso, moral, dividindo não só a realidade estrutural, mas o próprio indivíduo “(FALEIROS, 1982, p.66)
Serviço Social
O Serviço Social desenvolve uma abordagem focal, voltada para as possíveis causas dos desajustamentos ou problemas de indivíduos ou
grupos, para trazer a ordem a uma sociedade ou grupo em desordem.
Nesta perspectiva, a produção de conhecimento pelo Serviço Social destinava-se a uma compreensão da realidade para enquadrá-la em
parâmetros observáveis e não para transformá-la.
Conforme Pinto (1993, p.40):
“Os conhecimentos produzidos exclusivamente através de um método positivista, o método hipotético dedutivo, não são suficientes
e adequados para orientar o fazer profissional do assistente social. Por privilegiar o âmbito do imediatamente dado (observável) e,
consequentemente, por priorizar a quantificação e a formalização, tal método gera conhecimentos que, via de regra, não vão além do
meramente descritivo, excluindo uma visão crítico-compreensiva do social, que estimule e favoreça sua transformação”.
O Berço do Positivismo
Auguste Comte ( 1798 – 1857 ) é considerado o principal pensador dentro dessa abordagem sociológica.
O Positivismo ou a Física Social, “ considerava a sociedade, a exemplo dos fenômenos físicos, passível de ser controlada por leis sociais “
( MARTINELLI, 1989 p.103 )
Característica do Positivismo:
* Determinista e Evolucionista:
Propõe-se a apreender as instituições no movimento de seu devir, onde seu desenvolvimento harmonioso nas funções sociais.
* Crença dogmática na Ciência :
Aplicação metódica da razão e da observação empírica ao reino social. O questionamento do senso comum e suas representações e uma
constante ( des/re ) construção análitica do real.
Consequências do Positivismo na Profissão
* Defesa da autoridade, ordem e da Tradição
* Reproduz o preconceito e opõem-se à liberdade.
* Objetivação da questão Social
* As influências mais marcantes advirá das ramificações positivistas
K. Merton
Merton diz que ao lado do estudo das funções é preciso examinar as disfunções que atrapalham o sistema.
A função permite analisar certas situações e fornecer observações que a causalidade, no sentido de relações de necessidade entre causa e
efeito, não poderia fornecer.
Parsons enumera quatro funções que estão encarregadas de fazer face aos problemas que ocorrem com maior frequência em uma estrutura,
visando manter o seu equilíbrio.
Função de estabilidade normativa (a mais estática das funções).
Função de integração, que coordena os elementos do sistema.
Função dos objetivos e serem alcançados.
Função de adaptação de que o sistema dispõe para atingir os seus objetivos.
Emile Durkheim
“O método sociológico, tal como o praticamos, repousa inteiramente sobre o princípio fundamental de que os fatos sociais devem ser
estudados como coisas, isto é, como realidade exteriores ao indivíduo” (Durkheim,1930, p.9)
Para Durkheim, o indivíduo, como membro da sociedade, não é totalmente livre para tomar suas próprias decisões morais mas, num certo
sentido, “coagido” a aceitar as orientações comuns à sociedade da qual faz parte.
Educação tem um caráter integrador. A sociedade não pode sobreviver, a não ser que exista entre seus membros homogeneidade suficiente: a
educação perpetua e reforça essa homogeneidade, fixando de antemão, na alma da criança, as similitudes essências exigidas pela vida coletiva.
A visão Sistêmica
Aplica-se ao conjunto de instituições políticas, sociais e de trabalho. Ela permite a análise desses conjuntos institucionais sob o ponto de vista
descritivo, de seu funcionamento e de sua organização.
As instituições sociais existentes numa dada sociedade podem ser analisadas, quanto ao seu funcionamento e à sua organização.
É uma parte que tem uma função no todo.
De que forma esta perspectiva é apropriada pelo Serviço Social?
Os métodos usados na visão sistêmica do Serviço Social podem ser reduzidos a três opções básicas:
Estudo da situação do problema.
Diagnostico social.
Intervenção social e avaliação.
O Serviço Social de Caso, de Grupo e de Comunidade deve ser considerado como subsistema que funciona integradamente no Serviço Social.
As funções desempenhadas pelo assistente social visam desencadear a mudança social no seio de um dado sistema social. Isso se faz a partir
dos seguintes pressupostos funcionais:
ESTABILIDADE NORMATIVA
INTEGRAÇÃO SOCIAL
Segundo Montaño, nesta perspectiva teórica, “não se considera o papel que o Serviço Social representa na ordem social. Sua tarefa só é
considerada autonomamente na prestação de serviços a pessoas, grupos, comunidades particulares. Quer dizer, vê-se o assistente social e as
funções que desempenha na relação com os usuários, aos destinatários da sua intervenção. Não se consegue visualizar.” ( MONTAÑO, 2007, p.
29).
Leis da dialética:
- Quantidade a Qualidade;
- Interpretação dos contrários; Não existiria a classe proletária se não houvesse a classe burguesa, elas se opõem, mas só existem em função da
outra.
- Negação; contradição entre o senhor e o servo do feudalismo derivou a síntese do capitalismo gerando a contradição entre capitalista e
operário.
O fundamento da prática social é, pois, o trabalho social: atividade criadora, produtiva, condição da existência do homem e das formas da
sociedade. Na sociedade capitalista, à medida que o homem objetiva-se pelo trabalho, ele não só cria, como se perde, na relação mercantil, de
compra e venda da força de trabalho.
A Divisão do Trabalho e o Serviço Social
Estágio das forças produtivas do trabalho social:
- Produção Simples – a mercadoria tem como fonte o trabalho de seu possuidor.
- Produção Capitalista – O processo de trabalho pessoal é convertido em trabalho social, em valor de troca convertido em dinheiro.
Organizando o Estudo:
Materialismo histórico e dialético Trabalho
Dialética Divisão do trabalho
Leis da dialética Totalidade
O ideal marxista tem sua origem na Europa ocidental, na primeira metade do século XIX. Nesta década, consolida-se a sociedade burguesa, em
um contexto de profundas alterações na maneira de explorar a natureza e produzir bens – revolução industrial- com uma radical transformação
no controle dos sistemas de poder- a revolução burguesa, sob múltiplas formas. A economia e a sociedade são organizadas de modo particular,
submetidas ambas a uma lógica específica - a da valorização do capital, configurando-se, assim, um novo padrão de vida social, centralizado na
civilização urbano-industrial.
Em 1848, ocorrem as revoltas operárias, que são reprimidas pela burguesia. O movimento dos trabalhadores urbanos, que se iniciou no final
do século XVIII, avança por várias etapas, do protesto negativo e, face da exploração do capital para um projeto político de classes – a revolução
como sujeito histórico-político autônomo (NETTO, 1994,p.12).
Teoria Social de Marx
Neste momento, a evolução do pensamento sobre a sociedade burguesa apresenta um divisor de águas: configurando-se em dois campos
opostos, o que se vincula à revolução e o que se encontra com ela, delimitando, assim, o terreno das grandes matrizes da razão moderna.
- A teoria social de Marx.
- O pensamento conservador, produto da conjunção dos veios restauradores e românticos.
Marx passou para o lado do operário e sua construção teórica passa a ser componente significativo para a estruturação do movimento
operário.
Netto (1994) afirma que trata-se de um decisivo encontro do universo da cultura com o universo do trabalho, a cultura como conhecimento e
projetação da sociedade e os representantes do trabalho como agentes revolucionários. É nas condições dadas neste fenômeno que Marx ergue
sua obra. Com base na análise do movimento real da sociedade e partindo de pressupostos empiricamente comprovados nas condições de
existência material dos homens é que Marx estrutura os eixos da teoria social. Um projeto socialista e revolucionário constitui-se como um dos
traços pertinentes da teoria social de Marx. Sua obra resulta de um contexto sociopolítico determinado com uma reposta aos problemas colocados
pela sociedade burguesa e pensada a partir da perspectiva de revolução como prática política que possa permitir a ultrapassagem desta
sociedade. Tal perspectiva confere sustentação social ao caráter radicalmente crítico da teoria marxista.
Netto (1994) afirma que o pensamento de Marx se desenrola em um percurso que obedece a uma lógica com o objetivo de compreender a
sociedade burguesa, seus passos vão se alternando de acordo com um amadurecimento como teórico e dirigente revolucionário.
A sociedade burguesa se funda na exploração e na opressão da maioria pela minoria, tendo mecanismos que ocultam estes atributos, sendo a
alimentação e a reificação conectadas ao “fetichismo da mercadoria”. A sociedade burguesa não pode existir sem eles, que acabam por criar uma
aparência coisificada da realidade social. Esta aparência mistifica os fenômenos sociais: ela esconde que os fenômenos são processos, mostra-os
em forma de coisas, alheias aos homens e às suas relações (por exemplo: o capital, que é uma relação social, aparece como dinheiro,
equipamentos etc.)
A contradição é real: a sociedade burguesa, ao mesmo tempo que abre a possibilidade para tomar o ser social tal como ele é, bloqueia esta
apreensão.
Assim, uma teoria social que desvende a estrutura real da sociedade burguesa, revelando seus instrumentos de exploração, opressão e
reprodução, logicamente só interessa àqueles que têm o objetivo de superação da ordem vigente, significando, portanto, que uma teoria social
também é função de um ponto de vista de classe, com o objetivo de romper com as limitações do sistema ou da conservação da ordem social
(NETTO, 1994, p.17).
Dialética Marxista
A dialética é o movimento provocado por forças opostas, contraditórias, mas complementares.
O mundo material é dialético - tudo está sempre em constante movimento.
Historicamente as mudanças ocorrem em função das contradições das classes.
Processualidade - Dinâmica contraditória, histórica e que caracteriza uma determinada totalidade social.
Leis da Dialética
Lei da quantidade à qualidade – mudanças mínimas de quantidade vão se acrescentando e provocam, em determinado momento, uma
mudança qualitativa, o ser passa a ser outro.
Podemos ilustrar esta lei com o exemplo da água que, quando alcança 100ºC, entra em ebulição.
Na história das sociedades humanas, as ações dos indivíduos vão se somando até o ponto de ruptura em que a velha ordem é substituída por
uma outra ordem.
Lei da interpentração dos contrários – contradição, atrito, luta entre os contrários - dois polos contrários são também inseparáveis, isto é,
existe uma unidade nos contrários. Não existiria a classe proletária se não houvesse a classe burguesa, elas se opõem, mas só exitem em função da
outra.
Lei da negação – a ideia de que as coisas mudam, mas trazem elementos do que lhes deu origem, só que estes elementos estão modificados.
Da contradição entre o senhor e o servo do feudalismo derivou a síntese do capitalismo, o que por sua vez gerou a contradição entre
capitalista e operário.
Categoria de Totalidade
Representa o concreto, síntese e determinações. É um complexo constituído de outros complexos subordinados, ou seja, toda parte é também
um todo, um complexo de forças com relações diversas que agem em conjunto.
Na dialética entre o universal e o singular encontra-se a chave para desvendar o conhecimento do modo de ser social.
No mundo da imediaticidade, as demandas que se apresentam à ação profissional são aparências que precisam ser dissolvidas. É bom lembrar
que nesse plano o dado empírico singular já contém na sua complexidade relações com a universalidade e a particularidade.
A visão de conjunto proporciona uma totalidade e esta totalidade é mais que a soma das partes que a constituem.
Na maneira de se articularem e de se constituírem uma totalidade, os elementos individuais assumem características que não teriam caso
permanecessem fora do conjunto.
“Qualquer objeto que o homem possa perceber ou criar é parte de um todo. É necessário ter uma visão de conjunto, e tal visão é sempre
provisória e nunca se pode pretender esgotar a realidade a que ele se refere. A realidade é sempre mais rica que o conhecimento de que se tem
dela (KONDER, 1998, p.36)”.
Segundo Iamamoto(2001), o fundamento da prática social é, pois, o trabalho social: atividade criadora, produtiva, condição da
existência do homem e das formas da sociedade, mediatizando o intercâmbio entre homem e natureza e os outros homens, por meio do
qual realiza seus próprios fins.O trabalho muda não só o objeto, mas também o sujeito (homem) que, sob um ângulo objetivo, é processo
de criação e de acumulação de novas capacidades e qualidade humanas.
Na sociedade capitalista, à medida que o homem objetiva-se pelo trabalho, ele não só cria, como se perde, na relação mercantil, de compra e
venda da força de trabalho.
A Divisão do Trabalho e o Serviço Social
Divisão do Trabalho – a subsunção dos indivíduos por ramo aumenta na medida em que a satisfação das necessidades sociais se torna
mediatizada pelo mercado, isto é, pela produção, troca e consumo de mercadorias.
A divisão do trabalho na sociedade determina a vinculação de indivíduos em órbitas profissionais específicas. O trabalho assume, portanto, um
caráter social.
Com o desenvolvimento das forças produtivas, o processo de trabalho passa a ser efetuado sob a forma de cooperação entre trabalhadores
livres no interior da fábrica.
Trabalhador Parcial – atividade humana dentro de um contexto de alienação, parcelamento do próprio indivíduo no interior no ato da
produção. O produto final é a combinação dos trabalhos fragmentados.
O grau de desenvolvimento da divisão do trabalho expressa o grau de desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho. Com a
divisão dá-se, ao mesmo tempo, a distribuição quantitativa e qualitativa do próprio trabalho e dos produtos, isto é, da propriedade – do poder de
dispor do trabalho dos outros.
A cada estágio das forças produtivas do trabalho social corresponde uma forma de apropriação do trabalho.
Produção Simples – a mercadoria tem como fonte o trabalho de seu possuidor.
Produção Capitalista – O processo de trabalho pessoal é convertido em trabalho social, em valor de troca convertido em dinheiro.O valor de
uma mercadoria não é para quem a produz, mas para outros.
O valor de troca se converte em meio de subsistência para o seu produtor depois de ter revestido em dinheiro – cada um não é mais que meio
para o outro – os agentes sociais envolvidos na troca buscam unicamente seu próprio fim nessa transação. Embora a reciprocidade seja
necessária, os sujeitos da troca são indiferentes entre si; importam, apenas, como meio de satisfação de seus fins privados e egoístas. O coletivo -
dependência recíproca entre os indivíduos posta pela divisão do trabalho – não coincide com o interesse individual, sendo em geral uma forma
ilusória de coletividade.
O Estado, interesse coletivo, assume uma forma autônoma para garantir os interesses particulares e gerais.
A divisão manufatureira do trabalho – diferenciação do ofício manual nas suas diversas operações integrantes – caráter manual, dependendo
da destreza, segurança e rapidez do trabalhador no manejo de suas ferramentas.
Divisão do trabalho na grande indústria –indústrias das máquinas – a perícia do trabalhador tornar-se um fator secundário – o “maquinismo”.
Este quadro da divisão do trabalho, tal como exposto, adquire novas cores e tonalidades no âmbito da expansão monopolista, atribuindo
particularidades às manifestações da questão social.
Capitalismo monopolista e a questão social – queda do padrão de vida dos assalariados, agravamento da desnutrição, doenças infecciosas,
aumento da taxa de mortalidade infantil e dos acidentes de trabalho – ampliação da miséria absoluta e relativa de grande parcela da população
trabalhadora – dilapidação da força de trabalho coletiva.
Desarticulação dos organismos político-reivindicatórios da classe trabalhadora, com sua exclusão momentânea da arena política e com a
manutenção de uma política salarial comprimida – requisitos da solidificação da dominação burguesa e da expansão capitalista. A questão social
passa a ser tratada através da articulação entre repressão e assistência – esvaziamento dos canais de participação dos trabalhadores. São
intensificados os programas de cunho assistencial.
As medidas assistenciais ingressam como um dos componentes das relações autoritárias imprimidas à sociedade, passando a articular-se às
estratégias das relações do Estado com as classes trabalhadoras, como uma das áreas instrumentais do intervencionismo crescente do Estado na
sociedade civil.
O tratamento que o Estado vem dispensando aos segmentos mais pauperizados da força de trabalho deve ser apreendido no contexto
contraditório das mutações econômicas, sociais e políticas que vêm caracterizando o desenvolvimento capitalista no Brasil.
O serviço social afirmar-se como prática institucionalizada e legitimada na sociedade ao responder às necessidades sociais derivadas da prática
histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada.
O processo de institucionalização do Serviço Social, como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, está vinculado à criação das
grandes instituições assistenciais, estatais, especialmente na década de 40. O Serviço Social deixa de ser um mecanismo de distribuição de caridade
privada das classes dominantes para se transformar em uma das engrenagens da execução das políticas sociais do Estado e setores empresariais,
que se tornam seus maiores empregadores.
Baseando-se na perspectiva crítica, autores como Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Henrique de Castro, Vicente de Paula
Faleiros, Maria Lucia Martinelli, José Paulo Netto, entre outros,entendem o assistente social como um profissional que desempenha um papel
claramente político, tendo uma função que não se explica por si mesma, mas pela posição que o profissional ocupa na divisão sociotécnica do
trabalho.
A interlocução do Serviço Social é algo que se efetiva na década de 60, após três décadas de sua implantação. Esta tardia interlocução pode se
dever ao profundo conservadorismo que dominava a categoria profissional, o que começa a ser questionado com as mudanças sociopolíticas
resultantes da crise da ditadura e com o Movimento de Reconceituação.
A afirmação desta interlocução se dá na primeira metade da década de 1970, na escola de serviço social da Universidade Católica de Minas
Gerais.
A descoberta do marxismo pelo Serviço Social contribuiu decisivamente para um processo de ruptura teórica e prática com a tradição
profissional.
A aproximação do Serviço Social com a teoria marxista traz uma nova compreensão do que seja a profissão, ou melhor, procura-se buscar os
aspectos constitutivos de forma contextualizada, na realidade em que se inserem. Observa-se, entretanto, que inicialmente a apropriação de Marx
pelo Serviço Social era discutível.
No momento de sua emersão, o projeto de ruptura aproxima-se da tradição marxista especialmente pelo viés posto pela militância política –
no que recorde-se, conjuga-se o protagonismo oposicionista das camadas médias urbana e a mobilização estudantil do período de 1964-1968.
Todas as indicações disponíveis convergem no sentido de sugerir que a interação entre os profissionais originalmente envolvidos no projeto de
ruptura e a tradição marxista opera-se pela via política (frequentemente, político–partidária: mormente via os agrupamentos de esquerda
influenciados pela Igreja, situados fora do leito histórico do PCB. Dada as circunstâncias da época, esta aproximação padece de vícios óbvios:
instrumentalização para legitimar estratégias e táticas, pouca possibilidade de reflexão teórica sistemática. (NETTO,1991, p.268).
Nos dois primeiros momentos, a aproximação com a teoria marxista não se deu com as fontes originais. É somente com a sua consolidação é
que se opera uma referência cuidadosa às fontes clássicas.
A apropriação desta teoria crítica contribui para:
1. Introdução de discussões acerca da natureza do Estado, das classes sociais e dos movimentos sociais.
2. Análise crítica do lastro conservador do Serviço Social – revisão das práticas tradicionais.
3. Análise histórico-crítica do Serviço Social (materialismo histórico e dialético).
4. Percepção da questão social através de suas múltiplas expressões – (categoria da totalidade social).
Organizando o Estudo:
Materialismo histórico e dialético
Dialética
Leis da dialética
Trabalho
Divisão do trabalho
Totalidade
Método Fenomenológico
- Caraterística: Caracteriza-se pela exigência de rever as perspectivas sobre o sentido da existência humana.
- Em que consiste: Consiste, pois, em reconsiderar tudo que aparecer na consciência, isto é, os fenômenos.
- Ponto de partida: O ponto de partida de toda a doutrina fenomenológica é a imediata relação do ser com o mundo.
- Relevância: A consciência.
- No que pressupõe? A compreensão e a participação, pois visa, por meio do diálogo e do acolhimento do outro.
As medidas assistenciais ingressam como um dos componentes das relações autoritárias imprimidas à sociedade, passando a articular-se às
estratégias das relações do Estado com as classes trabalhadoras, como uma das áreas instrumentais do intervencionismo crescente do Estado na
sociedade civil.
O tratamento que o Estado vem dispensando aos segmentos mais pauperizados da força de trabalho deve ser apreendido no contexto
contraditório das mutações econômicas, sociais e políticas que vêm caracterizando o desenvolvimento capitalista no Brasil.
O serviço social afirmar-se como prática institucionalizada e legitimada na sociedade ao responder às necessidades sociais derivadas da prática
histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada.
O processo de institucionalização do Serviço Social, como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, está vinculado à criação das
grandes instituições assistenciais, estatais, especialmente na década de 40. O Serviço Social deixa de ser um mecanismo de distribuição de caridade
privada das classes dominantes para se transformar em uma das engrenagens da execução das políticas sociais do Estado e setores empresariais,
que se tornam seus maiores empregadores.
Baseando-se na perspectiva crítica, autores como Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Henrique de Castro, Vicente de Paula
Faleiros, Maria Lucia Martinelli, José Paulo Netto, entre outros,entendem o assistente social como um profissional que desempenha um papel
claramente político, tendo uma função que não se explica por si mesma, mas pela posição que o profissional ocupa na divisão sociotécnica do
trabalho.
O processo de institucionalização do Serviço Social, como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, está vinculado à criação das
grandes instituições assistenciais, estatais, especialmente na década de 40. O Serviço Social deixa de ser um mecanismo de distribuição de caridade
privada das classes dominantes para se transformar em uma das engrenagens da execução das políticas sociais do Estado e setores empresariais,
que se tornam seus maiores empregadores.
Baseando-se na perspectiva crítica, autores como Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Henrique de Castro, Vicente de Paula
Faleiros, Maria Lucia Martinelli, José Paulo Netto, entre outros,entendem o assistente social como um profissional que desempenha um papel
claramente político, tendo uma função que não se explica por si mesma, mas pela posição que o profissional ocupa na divisão sociotécnica do
trabalho.
No momento de sua emersão, o projeto de ruptura aproxima-se da tradição marxista especialmente pelo viés posto pela militância política –
no que recorde-se, conjuga-se o protagonismo oposicionista das camadas médias urbana e a mobilização estudantil do período de 1964-1968.
Todas as indicações disponíveis convergem no sentido de sugerir que a interação entre os profissionais originalmente envolvidos no projeto de
ruptura e a tradição marxista opera-se pela via política (frequentemente, político–partidária: mormente via os agrupamentos de esquerda
influenciados pela Igreja, situados fora do leito histórico do PCB. Dada as circunstâncias da época, esta aproximação padece de vícios óbvios:
instrumentalização para legitimar estratégias e táticas, pouca possibilidade de reflexão teórica sistemática. (NETTO,1991, p.268).
Nos dois primeiros momentos, a aproximação com a teoria marxista não se deu com as fontes originais. É somente com a sua consolidação é
que se opera uma referência cuidadosa às fontes clássicas.
A apropriação desta teoria crítica contribui para:
1 - Introdução de discussões acerca da natureza do Estado, das classes sociais e dos movimentos sociais;
2 - Análise crítica do lastro conservador do Serviço Social – revisão das práticas tradicionais;
3 - Análise histórico-crítica do Serviço Social - (materialismo histórico e dialético).
4 - Percepção da questão social através de suas múltiplas expressões – (categoria da totalidade social).
Organizando o Estudo:
Materialismo histórico e dialético
Dialética
Leis da dialética
Trabalho
Divisão do trabalho
Totalidade
Karl Marx
Entendia as relações Sociais pautadas na Categoria Trabalho, capacidade inerente ao Homem.
Pelo fato do capitalismo ter transformado o TRABALHO em mercadoria, criaram-se as classes sociais, originalmente representadas pelos
CAPITALISTAS e TRABALHADORES
Para compreender um fenômeno era necessário romper com a imediaticidade e buscar a essência dos fenômenos, sua gênese e as relações
que são mascaradas e por isso não estão na superfície.
Na Obra Marxiana, a história é apresentada como fundamental na construção de conhecimento, que aparece originado da perspectiva de
totalidade, ou seja, no movimento dialético das classes sociais e da produção social em suas múltiplas relações e determinações.
Marx inaugura uma nova concepção de mundo ao colocar o homem como o único e grande protagonista da história
Influências no Serviço Social
Três momentos:
1º- Sua emersão – Da elaboração do Método de BH até a demissão na Universidade Católica de Minas Gerais
2º- Consolidação acadêmica – recuperação do projeto de ruptura com o processo de redemocratização na América Latina
3o momento:
Atinge todos os órgãos representativos da profissão
O Código de 1993 inaugura um projeto profissional vinculado a um projeto social radicalmente democrático, intrinsicamente ligado à classe
trabalhadora e suas conquistas históricas
PROJETO ÉTICO POLÍTICO
É nesse contexto que o projeto profissional de ruptura começa a ser definido como projeto ético-político referenciado nas conquistas dos dois
Códigos ( 1986 e 1993 ), nas revisões curriculares de 1982 e 1986 e no conjunto de seus avanços teórico-práticos construídos no processo de
renovação profissional, a aprtir da década de 60 “( Barroco, 2007, p. 206 )
MATRIZ FENOMENOLÓGICA
Para Brandão (2007, p.36), a matriz fenomenológica é introduzida em um momento de transformação social e de necessidades crescentes de
produzir ações sociais transformadoras. Os paradigmas teóricos do Positivismo passam a ser questionados pelo Serviço Social, há uma busca por
alternativas metodológicas para a pesquisa e a ação que articulem a teoria e a prática e, neste contexto, a fenomenologia é inserida como uma
alternativa. Observe!
O homem é visto como um sujeito relacionado com o mundo, com significação para si e para os outros, é um ser de relação, sendo esta relação
o fundamento de sua existência. Reconhecer esta relação significa o estabelecimento de reciprocidade, de realização plena de uma relação. Para
isto, é necessário aceitar o outro na sua totalidade. Isto ocorre através do diálogo, do encontro, onde cada um se volta para o outro, percebendo e
aceitando reciprocamente.
Sob o ponto de vista etimológico, a palavra fenomenologia significa “estudo dos fenômenos”, e, por extensão, “ciência dos fenômenos”. Este
termo foi utilizado inicialmente por Hegel em 1807, dando título a uma de suas obras, “Fenomenologia do Espírito”. Posteriormente, foi a
denominação adotada por Husserl para caracterizar o movimento filosófico por ele iniciado na Alemanha, bem como a ciência, a doutrina e o
movimento decorrente de tal movimento.
A Fenomenologia propõe a compreensão do ser humano como sujeito, e não mais do objeto, isto é, compreender um comportamento e
percebê-lo do ponto de vista da intenção de quem o anima.
Humano e o distingue de um movimento físico. É exatamente o humano em sua essência que a fenomenologia procura perceber. É um
método voltado para uma descrição mais próxima da realidade, por meio do fenômeno da experiência. Nesta perspectiva, o homem deve ser visto
na sua totalidade, sendo que só assim poderá compreender a si mesmo. É na estrutura universal, na experiência concreta do vivido, que a
fenomenologia busca compreender o homem.
“A fenomenologia é uma ciência voltada para o vivido, propõe-se a estudar a realidade social concreta, compreensiva e interpretativa”.
Na fenomenologia, segundo Dartigues (1973), não há ponto de chegada que não seja também um ponto de partida em direção a horizontes
imprevisíveis, assim:
• O que parecia dever ser apenas descrições, torna-se por fidelidade ao dado, busca dos fundamentos.
• O que se orienta em direção a uma filosofia das essências converte-se em filosofia da existência.
• O que se definia como retorno à subjetividade e acaba em idealismo transcendental torna-se uma filosofia do ser.
Método Fenomenológico
Características
Caracteriza-se pela exigência de rever as perspectivas sobre o sentido da existência humana.
Em que consiste?
Consiste, pois, em reconsiderar tudo que aparecer na consciência, isto é, os fenômenos. Em vez de examinar se tais conteúdos são reais ou
irreais, ideais ou imaginários, passa-se simplesmente a examiná-los como aparecem. O ponto de partida de toda a doutrina fenomenológica é a
imediata relação do ser com o mundo, mundo este que neste método tem a realidade manifestada em toda sua plenitude, nele toda intuição
primordial é fonte legítima de conhecimentos, e tudo que se apresenta por si mesmo na instituição deve ser aceito simplesmente como o que se
oferece e tal como se oferece, ainda que somente dentro dos limites nos quais se apresenta. (PAVÃO, 1981, p.17).
Ponto de partida
O ponto de partida de toda a doutrina fenomenológica é a imediata relação do ser com o mundo, mundo este que, fenomenologicamente, é
um simples fenômeno, um significado.
Relevância
A consciência é o ponto relevante , pois é a origem de todo o significado – é doadora de significado do mundo. A consciência é sempre
consciência de algo.
“A fenomenologia não parte de fatos, mas de idealidades inteligíveis, de significados puros, os quais se apresentam como inteiramente
independentes das contingências e dos próprios fatos. Na perspectiva fenomenológica devemos abandonar todas as premissas, todos os princípio,
todos os hábitos de pensar e voltar às próprias coisas, como estas se apresentam na sua pureza original. Em outros termos, devemos prescindir do
caráter existencial das coisas, voltando nossa atenção para a essência das mesmas. Qual um rio que caminha para o oceano, o método
fenomenológico caminharia para a região das essências, até atingir o núcleo eidético, a estrutura invariante do fenômeno.” (MARTINELLI,1987,
p.32)
- O sujeito e o objeto dos problemas filosóficos tradicionais são colocados entre parênteses (epoché)
- INTENCIONALIDADE é que faz o mundo aparecer como fenômeno, é que faz perceber que o ser do mundo não é mais a sua realidade
existencial, e sim, o seu significado.
Método
Este método assume a tarefa de penetrar diretamente o fenômeno, entrando em contato efetivo com o mesmo, livre de preconceito e
pressuposições.
Fundamentação
Fundamenta-se numa concepção de homem que deve ser visto em sua totalidade, deve ser situado no mundo em sua totalidade de vida, só
assim poderá compreender a si mesmo totalmente.
Principal Busca
Esse método busca compreender o homem na experiência concreta do vivido.
No que pressupõe?
Pressupõe a compreensão e a participação, pois visa, por meio do diálogo e do acolhimento do outro, a uma interação entre sujeitos. Essa
interação evidencia a compreensão de que os fenômenos vivenciados se relacionam a diferentes níveis de interação que são historicamente
distintos, mas estão, no entanto, relacionados entre si e com o todo, sugerindo, assim, uma integração efetiva. Contudo, Brandão (2007) afirma
que a matriz fenomenológica é introduzida em um momento de transformação social e de necessidade crescente de produzir ações sociais
transformadas. Nos paradigmas metodológicos para a pesquisa e a ação social, há uma busca por alternativas metodológicas para a pesquisa e
ação que articulem teoria e prática e, neste contexto, a fenomenologia é inserida como uma alternativa.
DIÁLOGO
• Como ajuda psicossocial.
• Processo no qual o assistente social e cliente realizam uma experiência com todo o seu ser no contexto da história humana.
• Processo gerador da transformação social.
• Nesta concepção, a verdade só pode ser encontrada naquilo que dá sentido novo à realidade de suas vidas. Nela é uma exigência da ajuda a
ser pensada.
• A falta de conhecimento do saber do cliente no processo de diálogo, para a proposta, é considerada um erro profissional.
• O assistente social também sofre a mesma experiência > experiência que permite conhecer o desconhecido.
SEP – SITUAÇÃO EXISTENCIAL PROBLEMATIZADA
Estas colocações estarão no processo, dialetizadas numa dupla dimensão entre indivíduo e sociedade (na visão ser no mundo) e entre pessoa e
comunidade (visão ser sobre o mundo).
Conhecimento novo que, ao construir o projeto social, provoca uma nova forma de pensar o mundo natural.
• Conhecimento novo que os constrói, assistente social e cliente, e que provoca uma abertura maior para o mundo e para os outros.
• Conhecimento que dá sentido à vida humana.
• Conhecimento reflexivo de um sujeito concreto que se desenvolve na busca da verdade, dela participando.
PESSOA
• Homem total que é sujeito, logo livre e racional.
• Preocupação é com o sujeito, não determinado por antecipação, mas transformado numa relação dialetizante.
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• Capacitação – provocação desse esforço intencional para conhecimento do mundo, que exige a saída de si para aberturas de horizontes.
• Caracteriza-se por dois momentos.
A descoberta de um novo sentido - análise crítica.
• Trabalhar com o novo a partir dessa descoberta - projeto.
• É interação humana de singularidades que se enriquecem porque se transformam na relação dialetizante de exigência (provocação de
intenção) e sequência (resposta à provocação).
Agora você terá a oportunidade de identificar os aspectos constitutivos das metodologias propostas por Anna Augusta e por Anésia de
Carvalho.
- METODOLOGIA GENÉRICA
- METODOLOGIA DA ENTREVISTA
-------/-------
A ideia de tratar as múltiplas expressões das questões sociais de forma individualizada iniciou-se com o trabalho de assistência a pessoas
necessitadas. Dentre estes trabalhos, se destacam o trabalho de São Vicente de Paulo, nos séculos XVI e XVII e o de Ozanam, no século XIX,
através da arte de visitar os pobres que possibilitaram a individualização dentro da própria família.
Gordon Hamilton (1987:39) assinala que os sistemas usados na Alemanha, nos séculos XVIII e XIX, orientaram-se mais no sentido da repressão
à mendicância do que no estudo do problema individual; não obstante, forneceram dados sobre as condições sociais e sobre o comportamento
humano.
Acrescenta a autora, que foi Mary Richmond quem apresentou a primeira tentativa de trabalhar cientificamente o que na época se definiu
Serviço Social de Casos, isto é, casework, análise da situação social.
Mas quem foi Mary Richmond?
Mary Richmond é considerada uma precursora e pioneira do Serviço Social. Nasceu em Belleville, Estado de Illionois, Estados Unidos da
América, em 1861. Seus pais mudaram-se para Baltimore onde, pouco tempo depois, ambos morreram de tuberculose. Mary foi educada pela avó
e pela tia. Estudou até os dezesseis anos e, ao completar o curso secundário, mudou-se com a tia para New York. O ambiente onde viveu com sua
tia era composto de pessoas que professavam ideias liberais e agiam em favor de vários movimentos reivindicadores da época: votos das
mulheres, liberdades sindicais, igualdade de religião e raça, entre outros. Nem sempre Mary concordava com este extremismo e, por isso, era
considerada conservadora. Como sua tia adoeceu, Mary teve que retornar para Baltimore. Foi nesta época que conseguiu um emprego na
Sociedade das Caridades Organizadas, C.O.S, daquela cidade. Sua eficiência nos trabalhos desenvolvidos nesta instituição fez com fosse
promovida ao cargo de Secretária Geral da Organização. Nos seus trabalhos, Mary Richmond sentiu a necessidade de preparar pessoal para os
trabalhos sociais e, na Conferência Americana em Toronto, em 1897, sugeriu a criação de um curso que tivesse este objetivo. No ano seguinte, sua
proposta se concretizou através de um curso de verão, que deu origem à primeira escola de Serviço Social em Nova York. Em 1918 a Escola de
Filantropia passou a ser denominada como “Escola de Serviço Social” e Mary Richmond ocupou a cátedra de Serviço Social de Casos.
SMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social
CRAS - Centro de Referência da Assistência Social Mary Richmond
Trabalha-se com materiais que são o encadeamento e a trama da vida cotidiana e, sendo o assistente social o artífice das relações sociais, deve
ser capaz de descobrir os significados e as novas possibilidades dessas situações familiares, das quais todos participamos; deve encontrar os meios
de estímulo nas mentalidades reprimidas pelos costumes ou pelas circunstâncias; é necessário ver na pessoa no momento presente e captar o que
influi nela, para que seja como é. (Kisnerman, 1980:13).
Richmond indica que seu ponto de partida em suas produções teóricas é o estudo de centenas de “casos” realizados diretamente por ela ou
por outros profissionais. No prefácio do “Social Diagnostic”, a autora observa:
“Pareceu-me logo que não podia haver objetivo ou método que pudesse ser característico e exclusivo deste campo de trabalho, pois
que, em última análise, os objetivos e métodos de solucionar casos sociais eram ou deveriam ser os mesmos, qualquer que fosse o tipo
de necessidade a ser atendida, seja um paralítico sem moradia, uma criança abandonada ou uma viúva com filhos pequenos e sem
recursos” (RICHMOND,1917).
Casework - Trabalho De Casos (Trabalho Social com Indivíduos)
- Cada tipo de caso pedia procedimentos específicos, mas o que precisava descobrir era o que estes tinham em comum e concreto;
- Para estabelecer esta base genérica, Mary Richmond partia da realidade e não de ideias morais ou sentimentos emocionais. Apoiou-se sobre
as situações do momento.
- O êxito do método - a solução do problema – dependia em grande parte da primeira etapa – a compreensão da situação.
Os procedimentos empregados por Richmond para investigação devia observar os fatos – pensamentos ou eventos – que podem ser afirmados
com certeza, que podem ser comprovados e, para isso, procurar a “evidência”. Evidência social – todos os fatos relativos à história pessoal e
familiar do cliente que, tomados em conjunto, indicam a natureza da dificuldade e os meios de solucioná-la. A autora afirma que “uma evidência
pode não parecer importante, mas junto com outras tem um efeito cumulativo”. Ao examinar as evidências, surge, então, as “inferências”:
processo de raciocínio, no qual se dá a passagem de fatos conhecidos para os desconhecidos. A inferência pode ser considerada como uma
hipótese que surge imediatamente da própria experiência. O diagnóstico não é apenas um resumo ou um somatório de problemas; deve incluir
uma descrição geral da dificuldade, das circunstâncias e da personalidade que diferencia aquele caso de outros.
O método do case estudie ou “estudo de casos” é definido como “uma abordagem, ao mesmo tempo global e detalhada de uma situação, de
um indivíduo, ou seja, procura-se saber tudo o que é específico para depois generalizar e até prever. O primeiro cientista deste método foi
Frederic Le Play (1806 – 1882) ao estudar a vida dos trabalhadores europeus. O estudo de caso emprega grande número de técnicas, desde a
observação participante, à entrevista, à análise de documentos privados. Mary Richmond empregou o termo “case” para o estudo individual do
cliente.
Como reação aos médicos e juristas que referiam-se àqueles com quem mantinham uma relação profissional como “casos”, Richmond define o
CASO SOCIAL como:
Cliente - Termo designado para as pessoas com as quais se realizava o estudo de casos.
Caseworker - Designação proposta para os profissionais – trabalhadores de casos.
Personalidade
Neste método, a abordagem do assistente social vai ao indivíduo através do seu ambiente, e um ajustamento deve ser realizado de indivíduo
a indivíduo, entre este e seu ambiente social. Richmond denominou estes processos de: É nossa personalidade que aproxima os seres humanos,
não apenas nosso ‘socius’, nosso irmão - mas também de todas as comunidades e instituições que ele criou. Embora a personalidade não mude,
ela incluiu qualidades tantas e adquiridas que se encontram em constante mudança. O campo do “trabalho social de casos” é o “desenvolvimento
da personalidade” pelo ajustamento consciente e compreensivo das relações sociais. Neste campo, o assistente social tanto se ocupa com as
anormalidades do individual, como das de seu ambiente: não pode negligenciar nem um, nem outro. (Richmond, apud VIEIRA, 1984, p. 79).
Insight:
• Compreensão da individualidade.
• Compreensão do ambiente.
Atos
• Influência direta ou indireta sobre o cliente.
Segundo Vieira (1984:83), Mary Richmond achava que a sociedade não é apenas o espaço onde a personalidade se desenvolve, mas também a
sua origem; que a constituição mental do homem é a sede de suas qualidades e de suas experiências: tem vida, cresce e muda; é capaz de receber
influência de fora tanto do Bem como do Mal.
Técnicas
Como os clientes são diferentes um dos outros, o assistente social emprega técnicas diferentes. Quando o desajustamento é individual, um
tipo de técnica é utilizado, se for, no entanto, ambiental e social, outro será necessário, e ambas usadas ao mesmo tempo, quando se tratar de
uma personalidade perturbada numa situação desfavorável. “Quanto mais complicados forem os mecanismos da sociedade¸ quanto mais
organizado for o indivíduo, quanto mais delicado será, em qualquer circunstância, a tarefa do reajustamento. Para isso, é necessário o assistente
social descobrir os interesses mais importantes do cliente e utilizá-los para reconstruir a conexão com a sociedade. Partindo do seu próprio
interesse, o cliente não terá dificuldade em cooperar para encontrar a solução (RICHMOND, apud. VIEIRA, 1984 p. 83)”.
Entrevista
Técnica básica usada por Richmond. Para a realização da entrevista, Mary Richmond aponta as seguintes recomendações:
1) A entrevista deve ser uma conversa clara e paciente;
2) A construção de entendimento mútuo entre o assistente social e o cliente;
3) Fomentar o desenvolvimento da autoajuda e da confiança em si mesmo.
Embora assinale que “não é aconselhável tomar notas durante a entrevista, indica que isto depende da situação no qual ela transcorra”. Sobre
os questionários ou entrevista, Richmond assinala o perigo de se classificar as pessoas, incorrendo desta forma em padronizações.
Organizando o Estudo
SERVIÇO SOCIAL DE CASO, segundo Mary Richmond:
Relação íntima entre a adaptação do indivíduo e o melhoramento das condições sociais.
“A arte de ajudar as pessoas a ajudarem-se a si mesmas, cooperando com elas a fim de beneficiá-las e, ao mesmo tempo, à sociedade em
geral”. (RICHMOND, The long View, p. 374)
“Processo pelo qual se desenvolve a personalidade, através de ajustamentos realizados conscientemente entre os indivíduos e o seu meio”.
(RICHMOND, “What is Social Case Work?”, p. 98).
Gordon Hamilton, professora da Universidade de Columbia, assim como Mary Richimond também desenvolveu uma proposta para de Serviço
Social de Casos. Neste modelo foi revisto a partir do movimento de Reconceituação.
Serviço social e uso do relacionamento:
- A maioria dos problemas: Ocorre entre pessoas, o que significa que o tratamento do individuo abrange mais de uma pessoa uma família em
particular.
O Serviço Social se divide em três tipos de abordagem:
1 – Caso;
2 – Grupo;
3 – Comunidade.
O cliente/Usuário: E o responsável em todas as etapas de solução de seus problemas. Atualmente usa-se o termo usuário do serviço social.
A essência: É atingir os objetivos do tratamento.
Este sistema tem como base conhecimento da área de psicologia. Esta compreensão se fundamenta a partir da constatação de Hamilton
atestando ser a desvantagem do assistente social em tratar relações humanas, que são intangíveis e complexas. Porem atesta como vantagem o
fato dos clientes poderem exprimir suas necessidades devendo os assistentes sociais aprender a ouvi-los.
Um caso social não é determinado pela natureza do cliente, nem pode ser distinguido pela natureza do problema. Um caso social é um fato
humano no qual existem fatores econômicos, físicos, mentais, emocionais e sociais que atuam com maior e menor intensidade.
“O assistente social deve ser uma pessoa de natureza agradável com jeito de fazer amizades, deve estar disposto a entrar em
contato com a experiência emotiva de outrem, a ouvir o ponto de vista que tem a respeito dos seus problemas e de palmilhar
pacientemente com ele o caminho para solução de dificuldade”
“Não é possível restringir a função do Serviço Social de Casos à simples modificação das condições “externas”, pois o
problema é, geralmente, interpessoal, além de social. Não somente é impraticável separar fatores ambientais e emocionais, mas
é preciso que as reservas psicológicas de cliente sejam utilizadas na compreensão das situações reais”.
“O Serviço Social, portanto, não nega o seu interesse pela criança quer esteja no próprio lar, quer num lar substituto, pelo
adolescente-problema, pelo imigrante ou trabalhador inválidos; mas ao mesmo tempo, não pretende tratar dos casos e abstrair-
se de modificar a estrutura do ambiente que causou os desajustamentos”.
(HAMILTON, 1986).
Serviço é Psicologia?
Para ajudar eficientemente aos outros, é preciso respeitar a pessoa humana, isto é, o seu direito de viver a própria vida, usufruir de liberdade
pessoal e política, de buscar a felicidade e de procurar os valores espirituais que aspira.
A aplicação desse princípio significa que os assistentes sociais não devem impor aos clientes seus próprios ideais e padrões de comportamento,
com próprias soluções e princípios morais, mas sim conceder ao cliente o direito de ser ele mesmo e de tomar suas decisões.
A essência da verdadeira filantropia é a reciprocidade, através da qual todos os indivíduos poderão desenvolver sua capacidade e orientar suas
atividades para o bem comum.
O valor da alma humana e o papel do indivíduo na sociedade não são considerados superficialmente na cultura americana. A civilização
ocidental foi construída tendo por base certos valores, como justiça social, pesquisa científica da verdade, ou o conhecimento, segurança social,
deveres e responsabilidades de cada um e, mais ainda, a dignidade da pessoa humana. A ideia de que as relações entre assistente social e cliente
são importantes, para ajudar a pessoa a ajudar-se (um amigo e não uma esmola) é uma das mais remotas em serviço social de casos. Mas não é
verdade que se deva preferir a natureza ingênua da pessoa, nas relações humanas.
O Serviço Social de Casos tem por objetivo capital fazer com que o indivíduo participe plenamente do processo de sua própria socialização.
Perguntas de Hamilton:
- Que espécie de problemas e necessidades o serviço social abrange?
- Quais os métodos aplicados para a solução dos mesmos?
O que devem saber os estudantes do Serviço Social para serem bons profissionais?
Hamilton afirma que esses problemas podem ser objetos de dois campos principais do objetos do Serviço Social, que são:
1 – O bem estar físico
2 – O bem estar econômico
Ou seja
1 – vida digna
2 – vida confortável
Como você estudou na aula anterior, o Serviço Social de Casos foi o primeiro movimento racional e sistemático de análise da situação social
dos indivíduos. Compreendeu um processo pelo qual se buscava:
- Desenvolver a personalidade através de ajustamentos realizados conscientemente entre indivíduos e o seu meio;
- estimular as pessoas para que desejassem modificar-se;
- influenciar as pessoas para participarem ativamente na solução dos seus próprios problemas.
Gordon Hamilton, professora da Universidade de Columbia – New York School of Social Work, assim como Mary Richimond, também
desenvolveu uma proposta de Serviço Social de Casos. O modelo de Serviço Social de Casos é apresentado por esta autora em seu livro Teoria e
Prática do Serviço de Casos, cuja primeira edição foi publicada em 1940, num contexto marcado pelos ares da Segunda Grande Guerra e o advento
da Lei do Seguro Social. É necessário que você compreenda que este modelo, tal como o proposto por Mary Richimond, foi revisto e questionado
sobretudo a partir do Movimento de Reconceituação, ou seja, não apresentam o perfil de profissão que hoje buscamos consolidar através do
Projeto Ético Político do Serviço Social.
Como você pôde observar, trata-se, como a aula anterior, de um resgate histórico das primeiras tentativas de fundamentação teórico e
metodológica para a profissão. Vamos conhecer a proposta de Gordon Hamilton? Fique atento aos questionamentos em torno das definições e
concepções que a autora apresenta sobre o Serviço Social e o seu objeto de intervenção.
“O Serviço Social, sempre atento ao conceito de fato psicossocial, encontra sempre novas perspectivas e oportunidades terapêuticas
para sua missão tradicional de ajudar as pessoas na sua experiências da vida.(...) o cliente é estimulado a participar no estudo para resolver
sua situação, visando seus próprios recursos e os da comunidade de que sejam necessários ou favoráveis ao caso. Em circunstâncias
favoráveis o Serviço Social de Casos pode diminuir ou mesmo prevenir alguns aspectos deformantes da miséria ou das situações patológicas
ou acontecimentos traumatizantes que foram expostos. A interação da personalidade com o ambiente criou uma profissão cuja a finalidade
é auxiliar o indivíduo que tem problemas sociais (HAMILTON,1986:40).”
Você percebeu que este modelo pressupõe como base para a intervenção profissional conhecimentos da área da Psicologia?
Esta compreensão se fundamenta a partir da constatação do que Hamilton (1986:19) denomina como desvantagem do assistente
social em tratar com as relações humanas, que são inatingíveis e complexas, e com os sentimentos que cada um projeta nas mesmas.
Por outro lado, ressalta a autora, “o Serviço Social goza de uma vantagem, a de que os clientes possam exprimir por palavras os seus
problemas, devendo os assistentes sociais aprender a ouvi-los (HAMILTON, 1987:19).”
“O assistente social deve ser uma pessoa de natureza agradável com jeito de fazer amizades, deve estar disposto a entrar em contato
com a experiência emotiva de outrem, a ouvir o ponto de vista que tem a respeito dos seus problemas e de palmilhar pacientemente com
ele o caminho para solução de dificuldade”
(HAMILTON, 1986, 45).
“Não é possível restringir a função do Serviço Social de Casos à simples modificação das condições “externas”, pois o problema é,
geralmente, interpessoal, além de social. Não somente é impraticável separar fatores ambientais e emocionais, mas é preciso que as
reservas psicológicas de cliente sejam utilizadas na compreensão das situações reais” (HAMILTON, 1986:18).
Serviço é Psicologia?
Para ajudar eficientemente aos outros, é preciso respeitar a pessoa humana, isto é, o seu direito de viver a própria vida, usufruir de liberdade
pessoal e política, de buscar a felicidade e de procurar os valores espirituais que aspira.
A aplicação desse princípio significa que os assistentes sociais não devem impor aos clientes seus próprios ideais e padrões de comportamento,
com próprias soluções e princípios morais, mas sim conceder ao cliente o direito de ser ele mesmo e de tomar suas decisões.
A essência da verdadeira filantropia é a reciprocidade, através da qual todos os indivíduos poderão desenvolver sua capacidade e orientar suas
atividades para o bem comum.
O valor da alma humana e o papel do indivíduo na sociedade não são considerados superficialmente na cultura americana. A civilização
ocidental foi construída tendo por base certos valores, como justiça social, pesquisa científica da verdade, ou o conhecimento, segurança social,
deveres e responsabilidades de cada um e, mais ainda, a dignidade da pessoa humana. A ideia de que as relações entre assistente social e cliente
são importantes, para ajudar a pessoa a ajudar-se (um amigo e não uma esmola) é uma das mais remotas em serviço social de casos. Mas não é
verdade que se deva preferir a natureza ingênua da pessoa, nas relações humanas. O Serviço Social de Casos tem por objetivo capital fazer com
que o indivíduo participe plenamente do processo de sua própria socialização.
“O Serviço Social, portanto, não nega o seu interesse pela criança quer esteja no próprio lar, quer num lar substituto, pelo
adolescente-problema, pelo imigrante ou trabalhador inválidos; mas ao mesmo tempo, não pretende tratar dos casos e abstrair-se de
modificar a estrutura do ambiente que causou os desajustamentos” (HAMILTON, 1986:30).
O Serviço Social procura sempre levar em conta as diferenças e dessemelhanças, tanto na formação dos padrões, quanto na modificação dos
mesmos.
“O Serviço Social, nos primeiros tempos, levou demasiado em conta as causas íntimas de desajustamento, porém sabemos, por
experiência, que para compreender profundamente um conjunto de relação humanas temos de ir às causas longínquas, a fim de
chegarmos às próximas”(HAMILTON, 1986:24).
A personalidade ingênua deve disciplinar-se para o trabalho, para as necessidades sociais, para o casamento e para vida religiosa. Deve ser
disciplinada para ser eficiente integrada nos processos de grupo e individuais. As relações profissionais não são meras associações de amizade. O
contato não é sem objetivo. Os clientes trazem ao serviço social de casos seus sentimentos, atitudes e comportamentos que experimentaram com
outros. A família é importante, culturalmente falando, porque a pessoa tende a levar pelo mundo de atitudes adquiridas, em grande parte, através
do convívio familiar. “O cliente tende a reagir ao Serviço Social de Casos ou ao Serviço Social de Grupo de acordo com atitudes apreendidas no lar e
condicionadas profissional e orientada para os objetivos em vista – isto é, para compreender e entrar em contado com as necessidades dos
clientes. As técnicas empregadas sem esse objetivo profissional consciente de sanar uma determinada situação não seriam aceitáveis pela ética; e
o ideal democrático exige que não se imponham autoritariamente padrões à personalidade de outrem” (HAMILTON,1985:29).
Continuando com Hamilton, leia e reflita sobre os seguintes questionamentos da autora:
Que espécie de problemas e de necessidade o Serviço Social abrange?
Quais são os métodos aplicados na solução dos mesmos?
O que devem saber os estudantes do Serviço Social para serem bons profissionais?
Questão social: pobreza; desemprego; migrações; ajuda a imigrantes; doenças; desajustamento familiar, invalidez por incapacidade física e
mental, ou por velhice, acidentes industriais, salário baixo, falta de recreação e de habitação adequada e problemas de comportamento
antissocial.
Hamilton afirma que esses problemas podem ser objeto de dois principais campos ou dois principais objetos do Serviço Social, que são: O bem-
estar físico e econômico, ou em outras palavras, um nível de vida digno e confortável.
As palavras desajustamento familiar e conduta antissocial revelam a influência da perspectiva funcionalista no modelo de Serviço Social
proposto por Gordon Hamilton.
“Todas as profissões se interessam por esses objetivos, mas para a autora não há dúvidas de que o Serviço Social assume em relação a eles
uma posição de destaque, pois os fatores de segurança econômica e cultural estão indissoluvelmente ligados ao comportamento humano. Essa
relação estreita tem influenciado permanentemente o Serviço Social, dando-lhe um caráter próprio, porém não totalmente diferenciado; daí a sua
complexidade, suas limitações, fazendo-o ao mesmo tempo uma profissão difícil e fascinante” (HAMILTON, 1986:27).
“Os mais eficiente programas baseiam-se no conhecimento de cada cliente, individualmente considerados pelos técnicos, mas não
sendo impostos. A verdade é que sabemos, ou poderemos conhecer mais a respeito dos seres humanos do que sobre qualquer outro
assunto. E, no entanto, muitos programas são executados excluindo a reação individual” (HAMILTON,1986:27).
Você observou que a autora apresenta uma concepção de programas sociais focada no cliente, na reação individual, no comportamento
humano?
As questões sociais não se restringem a pessoa, mas devem ser compreendidas a partir das determinações concretas da totalidade da
realidade social.
“Sendo o relacionamento sempre presente no Serviço Social de Casos, quanto mais íntima a história e quanto mais perturbada a
pessoa, tanto mais essencial se torna que o relacionamento seja estreito, a fim de permitir o conhecimento da personalidade” (HAMILTON,
1986:49).
“Sabemos que o fato de saber-se compreendido não removerá todas suas dificuldades, porém tornará mais fácil, em vez de falar dos
acontecimentos do que dos sentimentos a respeito de si mesmo quanto àqueles mais profundo e íntimos a respeito de si mesmo e de
outros, que precisa analisar e reconhecer, a fim de reservar suas dificuldades” (HAMILTON,1986:49).
- A palavra é o meio essencial para as relações interpessoais.
- O domínio da técnica de entrevista é básico para o Serviço Social, tomado em seus aspectos.
Considerações éticas
“Toda assistente social está ligada à ética, a quatro espécies de obrigações: para com o cliente (assistido), para com a sua agência,
para com a comunidade e consigo mesmo. A responsabilidade do Serviço Social de Casos submete a aceitação do cliente e o respeito a
sua personalidade, como humano. Isto significa, entre outras coisas, que o cliente não é o problema, mas uma pessoa com um problema
(HAMILTON, 1986:56).
Nestas considerações se observa que Hamilton faz referência ao profissional como “a assistente social”, ou seja, relaciona a intervenção
profissional às mulheres, algo que ainda é presente, mas que gradativamente vem sendo superado.
Outros aspectos que merecem destaque é a associação do cliente à pessoa assistida, o que revela a presença ainda muito forte do
assistencialismo.
- O Serviço Social de Casos ou Casework pressupôs uma intervenção profissional focada no indivíduo, ou melhor, na personalidade do cliente
para propiciar as mudanças necessárias ao seu ajustamento no sistema vigente.
- Para Mary Richmond (1915), o diagnóstico social é o caminho para se definir a personalidade do cliente.
- Gordon Hamilton (1958) apresenta o diagnóstico como avaliação do assistente social sobre o tipo de situação vivenciada pelo cliente e a
capacidade deste em resolvê-lo.
- Nestas duas propostas, a intervenção profissional fundamentada no funcionalismo se direciona para a solução de problemas objetivando a
harmonia social.
- O Serviço Social de Casos caracterizou-se por um conjunto de técnicas, métodos, instrumentos e conhecimentos da Psicologia e Sociologia
que atribuíram um caráter preventivo e promocional à intervenção profissional.
- Como veremos nas próximas aulas, este direcionamento para adaptação do homem ao meio não se limitou ao que foi denominado como
Serviço Social de Casos, mas também se estendeu ao grupo e à comunidade.
Para José Paulo Netto ( 2006 ), o sincretismo foi um princípio constitutivo do Serviço Social
* SINCRETISMO IDEOlÓGICO
* SINCRETISMO CIENTÍFICO
SINCRETISMO ( Dicionário Aurélio ):
“ 1.Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns traços originários.
Foi concebido como parte de ação democrática de diversos campos de atividade do serviço social.
O porquê do Serviço Social de Grupo? O que é Serviço Social de Grupo ?
O Serviço Social de Grupo pode ser explicado como um processo psicossocial não somente relacionado a capacidade de liderança e cooperação
mas também com o aproveitamento dos interesses do grupo em beneficio da sociedade.
“Durante os primeiros cinquenta anos de história do Serviço Social, um observador olhando a prática, de maneira geral, teria visto uma
profissão crescendo através de suas partes separadas. Os conceitos assim desenvolvidos relacionavam-se suficientemente para manter os
assistentes sociais unidos, e por um considerável período, esta forma de prática, a despeito de sua falta de integração, continuou a
estimular o desenvolvimento da profissão”
(BARTLETT, 1993, p. 16).
O Serviço Social de Grupo não pode ser atribuído a uma pessoa como o Serviço Social de Casos (Mary Richmond). O Serviço Social de Grupo,
como um método do Serviço Social, é um conceito recente. Originalmente, foi concebido como um movimento, um modo de ação democrática e
como uma parte de diversos campos de atividade dos serviços sociais. Os primeiros antecedentes do método do Serviço Social de Grupo acham-se
intimamente ligados aos métodos de caso individual. Ambos vão aparecer em Londres e têm como sujeitos habitantes dos bairros operários.
Resultou de uma necessidade do movimento trabalhista de garantir educação aos adultos, cultura, camping, férias para seus filhos, movimento
recreativo (lazer), playground para as crianças residentes em favelas, financiados pelos próprios esforços dos operários. Em todos esses grupos
havia o ímpeto da “ação dos cidadãos”, quer para melhorem a sua própria sorte, quer para ajudarem a terceiros. Durante longos anos o Serviço
Social de Grupo, a recreação e a educação informal foram considerados erroneamente como sinônimos.
SERVIÇO SOCIAL DE GRUPO: O PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO
A partir de 1873, a Charity Organization Society (COS) realizou um intenso trabalho de auxílio individual aos pobres. Em 1984, o clérigo Samuel
A.Barnett, desejando atingir o maior número de pessoas, cria o primeiro settlement, centro social comunitário. O objetivo desse movimento era,
através da experiência de grupo, melhorar o nível de vida dos pobres em Londres. Em 1903, a COS cria a Escola de Sociologia e, em 1904, na
Universidade de Liverpool, a carreira de Ciências Sociais, em cujos programas seria incluída uma incipiente teoria do Serviço Social. Enquanto isso,
nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), o método de caso individual vai ganhando rápido incremento com a criação da primeira Escola de
Serviço Social, em Nova Yorque (Mary Richmond). Em 1904, na escola de Nova York, e em 1906 na Escola de Instrução Cívica de Chicago, são
proferidos cursos sobre clubes infantis e excursões. Em 1907, na Inglaterra, o Coronel Robert Baden cria o corpo dos boys-scout (escoteiros). Seu
acampamento na ilha de Browsea demonstrou que, mediante um treinamento adequado em pequenos grupos, os jovens teriam um compromisso
de tarefas construtivas para si mesmos e para a comunidade. Em 1912, Samuel Richard Slavson, aproveitando a ideia de Barnett, reúne em grupos
crianças dos bairros mais pobres. Para ele o Serviço Social de Grupo é “um método de educação social no qual os membros do grupo são
educandos, educadores e material didático, atuando em um processo de inter–relação” (SLAVSON , apud KISNERMAN,1980, p. 32). Seus grupos
eram de integração voluntária. Slavson aceita que o assistente social de grupo participe com os membros do grupo e chama estes grupos de
terapêuticos. Em 1943 - já de posse de um acervo metodológico científico, cria o “Group Therapy Association” para investigação e elaboração de
experiências no método. Lieberman acentuou que o clube tem um objetivo social: superar a comunidade. Durante seis anos Slavson e Lieberman
trabalharam juntos coligindo suas experiências no livro Creative Camping, em 1931.
O PERÍODO CIENTÍFICO
Década de 1900 - Paralelamente aos autores do período pré-científico desenvolvia-se nos EUA a Psicologia Social. Observa-se o choque entre
duas correntes: a biologista e a interacionista social.
A partir de 1920, a psicanálise e o seu criador, Sigmund Freud, irrompe na seara de todas as ciências sociais. Mary Richmond não só tinha
acolhido sua influência em Social Diagnostic, ele aponta que não se faz um caso social a não ser que se trate ao mesmo tempo a pessoa e a sua
família como um todo. Isso porque apenas quando todas essas pessoas se reunirem e participarem da elaboração de um plano de ação, é que a
reunião de família assume todas as suas verdadeiras proporções e adquire uma coesão real.
Grace Longwell Coyle também sofre a influência freudiana, e é a primeira aplicá-la no Serviço Social de Grupo e a publicar um livro sobre o
assunto.
Gertrude Wilson e Glaays Ryland escreveram o primeiro livro de Serviço Social de Grupos.
O Serviço Social de Grupo alcança seu nível mais alto com Gizela Konopka, assistente social e psicanalista, que tem origem Alemã, mas que era
nacionalizada estadunidense, graduada pela Universidade de Hamburgo, Pittaburg e Colúmbia.
Neste momento, vamos iniciar o estudo do Serviço Social de Grupo proposto por Gizela Konopka, através de dois questionamentos:
- O porquê do Serviço Social de Grupo?
- O que é Serviço Social de Grupo ?
Para autora, o Serviço Social enquanto profissão procura melhorar o funcionamento social das pessoas.
Fazia-se uma correlação significativa entre o funcionamento social e a experiência de grupo.
As pessoas necessitam de ajuda para melhorem o seu funcionamento social.
“ O Serviço Social de Grupo é um método do Serviço Social que auxilia os indivíduos a melhorar o funcionamento social através de específicas
experiências de grupo e a se defrontar mais eficientemente com seus problemas pessoais, do seu grupo e da sua comunidade” (KONOPKA, apud
KISNERMAN, 1980, p. 32).
Assim como o Serviço Social de Caso, o Serviço Social de Grupo era compreendido como um processo de ajuda.
Principais meios de ajuda de que dispõe o assistente social de grupo são:
- Relacionamento objetivo, acolhedor, compreensivo e profissional entre o profissional e os membros do grupo.
- Relacionamento entre os membros do grupo – o processo de grupo.
- Comunicação verbal – discussões, conversas.
- Comunicação não verbal – programas, jogos, experiências.
- Escolha objetiva e criação de ambiente.
Definição: Serviço Social de Grupo pode ser explicado como um processo psicossocial relacionado não somente com a capacidade de liderança
e com o sentido de cooperação, mas também com o aproveitamento dos interesses dos grupos em benefício da sociedade. A essência do serviço
social de grupo está no seu esforço para realizar as potencialidades de cada indivíduo, contribuindo assim para a experiência de vida social de todo
o grupo.
Objetivos: Ajudar às necessidades básicas dos indivíduos para que se tornem importantes e para que participem e ajudem a sociedade humana
total. Através do desenvolvimento da pessoa, do seu potencial individual, promover a melhoria dos relacionamentos e de sua capacidade de
funcionamento social.
“Serviço Social de Grupo é uma prática que visa minorar o sofrimento e melhorar o funcionamento pessoal e social de seus membros,
através de específica e controlada intervenção de grupo, com a ajuda de um profissional” (KONOPKA, 1979, p. 45).
O assistente social de grupo não estabelece relacionamento com pessoas individualmente. O assistente social de grupo não estabelece
relacionamento com pessoas individualmente. Num grupo, os membros se apoiam mutuamente; não estão sozinhos diante da autoridade.
A avaliação do grupo e a determinação de objetivos (diagnóstico do grupo) constituem um dos primeiros passos no processo do Serviço Social
de Grupo. Os indivíduos agem através da interação com os outros indivíduos e grupos, dentro de várias instituições culturais ou condições
econômicas e materiais, de maneira que os programas existentes para diminuírem as dificuldades econômicas, culturais e sociológicas do meio
ambiente. O que se propõe é a participação do indivíduo e dos grupos, a fim de auxiliá-los a adaptaram-se e a manterem- se em equilíbrio,
satisfatório dentro de sua própria situação.
O Serviço Social de Grupo e o Serviço Social de Casos, juntamente com a pesquisa social, são os processos básicos da técnica de organização
da comunidade, da qual surgem o planejamento e a realização do bem-estar social.
A interação grupal, além de canalizar os esforços individuais, torna-se uma experiência dinâmica pela responsabilidade que assume o indivíduo
em relação a objetivos comuns.
Os grupos não podem chegar a soluções adequadas se não pela consciência das finalidades comuns e do valor do intercâmbio de pessoas e
grupos, e pelo propósito de modificar a direção de seus destinos, conforme os interesses do grupo, sustentando-se mutuamente e criando novos
rumos de ação. Apesar da ausência de um claro sistema de classificação na profissão do Serviço Social, o assistente social de grupo deve ser capaz
de avaliar os membros individuais, bem como o grupo como um todo, de modo a determinar objetivos para a realização de trabalhos com os
indivíduos. O assistente social de grupo atua dentro de uma estrutura de valores éticos e sociais. O Serviço Social de Grupo é um método genérico
que pode ser usado em diferentes ambientes. O assistente social usa, simultaneamente, os relacionamentos com os membros individuais e com o
grupo como um todo. Trabalha como um motivador com ambos, ajudando os membros e o grupo a empregarem sua capacidade e seu potencial.
Utiliza a si mesmo, de maneira diferente, de acordo com os objetivos específicos e sua avaliação das necessidades, interesses e capacidade dos
membros.
Segundo Gizela Konopka, os grupos estão claramente incluídos em duas categorias distintas:
Grupo 01 - A dos grupos que servem ao desenvolvimento da pessoa quanto ao seu potencial individual, melhoria da capacidade de
relacionamento e de funcionamento social, como a maioria dos grupos de jovens e de todos os grupos de finalidade terapêutica.
Grupo 02 - A dos grupos que necessitam de ajuda para “ação social”, frequententemente constituído em pessoas altamente capacitadas, em
posição de liderança nas suas comunidades, que desejam combater eficazmente os problemas sociais.
Por que o Desenvolvimento de Comunidade e a participação passaram a assumir tanta importância nas políticas de desenvolvimento
nacional?
Que condições histórico-estruturais e conjunturais determinaram essa relevância e quais as intenções veladas ou manifestas no estímulo à
participação?
Se o Desenvolvimento de Comunidade proclama a participação popular como ingrediente necessário ao desenvolvimento global, o que, a rigor,
significa nessa disciplina a participação?
Como ela é conceituada ao nível do discurso e operacionalizada no âmbito das práticas do Desenvolvimento de Comunidade brasileiro?
As propostas de participação colocadas pelos intelectuais da disciplina se constituem em instrumento ideológico de reprodução da estrutura
de classe ou, ao contrário, refletem uma nova concepção de mundo com vistas à liberação das classes trabalhadoras?
Estes questionamentos que nos traz Safira Bezerra Aman são analisados pela autora em seu livro Ideologia do desenvolvimento de
Comunidade no Brasil, a partir do referencial teórico oferecido por Gramsci.
Segundo Bezerra (1980, p.19), os estudos de Gramsci oferecem um instrumental heurístico extremamente rico, tanto para desvelar as
conjunções que se operam no equilíbrio de forças, como para compreender o papel dos intelectuais na reprodução das ideologias e na
implantação de decisões políticas em uma dada sociedade
Para compreendermos o Desenvolvimento de Comunidade no Brasil, devemos situá-lo nas mudanças que ocorrem após a Segunda Guerra
Mundial. Neste contexto, as organizações internacionais e a política nacional tinham como principal interesse a modernização do campo e a
expansão do capitalismo no Brasil.
As origens do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil implicam numa análise de aspectos que marcaram o jogo de interesses
internacionais e os seus desdobramentos no Brasil durante a década de 50..
Após a II Guerra Mundial, a consolidação do bloco socialista e sua penetração nos países orientais começam a se revelar como uma ameaça
para os países capitalistas. Nesse contexto, o Desenvolvimento de Comunidade constitui-se como uma das estratégias da ONU para garantir a
ordem social e livrar o mundo das ideologias consagradas como não democráticas, o Comunismo.
Sob o argumento de que a “pobreza é um entrave e uma ameaça tanto para essas populações pobres como para áreas mais prósperas, de que
na atual luta ideológica os povos famintos têm mais receptividade para a propaganda comunista internacional do que as nações prósperas, de que
o esforço de ajudar os povos a alcançarem um nível de vida mais sadio e mais economicamente produtivo eliminaria os focos do comunismo em
potencial”. Neste momento, os EUA se proclama líder do mundo pela boca de seu presidente Truman, que em seu discurso de posse fala do
cabedal de conhecimentos técnicos para ajudar as áreas mais pobres a ter uma vida melhor.
A ideia que inspira a Organização dos Estados Unidos da América, OEA, “é a de que o continente conta com o mais rico, o mais desenvolvido
e o mais poderoso país do mundo – os Estados Unidos, que aliado ao Canadá, lidera o progresso científico e tecnológico. Em 1945, se estabelece
um acordo entre o EUA e o Brasil sobre a Educação Rural através do qual se esboça o Desenvolvimento de Comunidade no Brasil e resulta na
criação da Comissão Brasileiro-Americana de Educação das Populações Rurais (CBAR).
A ideia que inspira a Organização dos Estados Unidos da América, OEA, “é a de que o continente conta com o mais rico, o mais desenvolvido
e o mais poderoso país do mundo – os Estados Unidos, que aliado ao Canadá, lidera o progresso científico e tecnológico.
Em 1945, se estabelece um acordo entre o EUA e o Brasil sobre a Educação Rural através do qual se esboça o Desenvolvimento de Comunidade
no Brasil e resulta na criação da Comissão Brasileiro-Americana de Educação das Populações Rurais (CBAR).
Os EUA disponibiliza um corpo de especialistas em educação e extensão rural, além de ofereceram bolsas de estudos para o
“adestramento” de brasileiros naquele país, garantindo, desta forma , a veiculação da ideologia e dos interesses americanos tanto no meio
rural como nas áreas urbanas. Gesta-se assim o embrião do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil
(BEZERRA, 1980,p.31).
Na década de 50, a OEA, aderindo às ideias da ONU, institui uma política de assistência técnica a programas de Desenvolvimento de
Comunidade no Brasil para as Américas.
As obras mencionadas tiveram grande influência na formação profissional dos Assistentes Sociais brasileiros e em seu discurso percebe-se,
pela primeira vez, posto que embrionariamente, um esforço de estímulo à participação das populações trabalhadoras no processo de
organização e /ou de desenvolvimento local (BEZERRA, 38).
Década de 60: Mudanças nos rumos do desenvolvimento de comunidade no Brasil
Em junho de 1960, tem início um movimento que visa “incentivar e assistir as instituições educacionais brasileiras no treinamento de
professores de ciências sociais, pesquisadores sociais e técnicos em desenvolvimento de comunidades rurais, bem como colaborar com os órgãos
do governo na realização de cursos intensivos para a formação de pessoal qualificado para orientar programas de desenvolvimento
socioeconômico das áreas rurais do país. Vários movimentos vão se gestando, em decorrência de uma visão mais abrangente da problemática
brasileira e de uma abertura do espaço político.
Em 21 de março é criado o Movimento de Educação de Base que tinha como objetivo: ministrar a educação de base às populações das áreas
mais precárias do país, através de programas radiofônicos especiais, velar pelo desenvolvimento espiritual do povo, preparando-o para o
indispensável soerguimento das regiões subdesenvolvidas e ajudando-o a defender-se de ideologias incompatíveis com o espírito cristão da
nacionalidade.
Ocorre, entretanto, que à medida que se aprofunda o contato com a problemática dos trabalhadores rurais, o MEB vai se tornando menos
religioso e mais político, menos comprometido com a hierarquia católica e mais engajado às reivindicações e ações das classes trabalhadoras.
MEB luta para continuar ensinando jovens e adultos a viver em sociedade
Ligado à Igreja Católica, o Movimento de Educação de Base alfabetiza e forma a consciência de moradores de comunidades carentes desde
1961
O discurso mantido pelos técnicos brasileiros deixa transparecer a absorção do pensamento nacional, que começa gradativamente a reclamar
reformas estruturais. É a primeira vez que durante reuniões de desenvolvimento de comunidades seus intelectuais se preocupam com mudanças
macrossocietárias e, no decorrer dos anos 60-63, tornam-se cada vez mais eloquentes os reclamos por reformas estruturais com participação das
camadas populares.
Em 1970, atendendo às reivindicações que datavam desde o início da década de 60, o Ministério do Interior cria um órgão nacional de
coordenação de programas de desenvolvimento de comunidade. Nesse contexto, surgem movimentos políticos que começam a lutar por
reformas, tais como: Ligas Camponesas, Sindicatos Rurais, Movimento de Educação de Base, Centros Populares de Cultura Popular, Ação Popular.
O Desenvolvimento de Comunidade pelo seu vínculo com o Serviço Social, que por sua vez mantinha ainda íntima relação com a Igreja, recebe
a influência desse novo posicionamento dos cristão de esquerda e, principalmente no Nordeste, passa a se configurar como um movimento de
conscientização e politização dos moradores com vistas à participação popular nos rumos da comunidade. O movimento estudantil nacional
irradia-se às Escolas de Serviço Social e seus alunos passam a exigir um engajamento da profissão nas reformas estruturais da sociedade brasileira,
o que vai ser incorporado ao discurso e às práticas do Desenvolvimento de Comunidade.
Desenvolvimento de Comunidade X Ditadura Militar
No período do pós 64, o governo, com o objetivo de conter e substituir os movimentos, cria as seguintes instituições: BNH, MOBRAL,
PROJETO RONDON.
Observamos, assim, um retrocesso do Desenvolvimento de Comunidade, que retorna ao modelo ortodoxo, ou seja, que funciona como
instrumento ideológico de caráter acrítico.
Década de 80: Os novos movimentos sociais e a participação popular
Nos anos 80, em meio ao processo de redemocratização da sociedade brasileira, emergem os chamados “novos movimentos sociais” e o
trabalho em comunidade passa a ter um caráter de transformação social das comunidades. É um período de grande fortalecimento da organização
de moradores. São criadas a FAFERJ e a FAMERJ.
Década de 80: Os novos movimentos sociais e a participação popular
A partir do esgotamento das esperanças que a conjuntura dos anos 70 apresentava, emergem novas formas de fazer política, surgem novas
contribuições para críticas ao paradigma do Estado como interlocutor privilegiado e para a ênfase no impacto transformador das manifestações
coletivas.
Muitos autores, discordando de uma definição que restringe o urbano ao campo do consumo coletivo rumam numa trajetória que vai renovar
o instrumental de análise até então disponível. Buscam-se novas interpretações sob a égide de novos modelos teóricos que vão absorver e ampliar
o próprio conceito de Movimentos Sociais Urbanos - MSUs.
Começa a se constituir, então, uma fase de críticas ao paradigma e as novas análises começam a enfatizar os aspectos culturais dos MSUs.
Durham (1984:87) afirma que “qualquer elemento cultural pode ser politizado, sem entretanto esgotar seu significado no fato de serem
instrumentos numa luta pelo poder. A língua, a religião, a cor da pele, os hábitos alimentares, a vestimenta podem ser erigidos em instrumentos
de construção de uma identidade coletiva com ampliações políticas”.
Aparece a heterogeneidade social da prática cotidiana: moradores, o simbólico, as relações internas de poder, os limites das práticas políticas,
reivindicações não institucionais etc. começam a fazer parte das análises sobre os MSUs”.
Abre-se uma frente para a ampliação do conceito de MSUs e, sobremaneira, do que seja política, que estará intimamente ligada com o
conceito da cidadania. Os MSUs não serão mais vistos exclusivamente pela ótica que os apreende enquanto movimentos defensivos que visam
atender às carências relacionadas ao consumo coletivo de equipamentos urbanos. Trata-se agora também de uma luta pela ampliação do espaço
político e por uma sociedade mais democrática.
Até então, para que o movimento social se convertesse em MSU, era necessário que ele fosse fruto de reivindicações urbanas diretamente
ligadas ao consumo coletivo deficitário - espelhador das contradições de interesses da classe que rege o capitalismo - e produzissem uma
transformação qualitativa na estrutura social a partir dos efeitos urbanos e políticos.
Com este contexto declinante, o quadro básico de referência “deixa de ser o enfrentamento entre forças sociais que caracterizava o paradigma
dos anos 70, para se transformar na análise da constituição de uma ‘cultura política’ renovada” (MACHADO, 1990:11).
São, portanto, os novos movimentos sociais, enquanto novas formas de fazer política, que vêm oferecer a possibilidade aos cientistas sociais
de apreenderem adequadamente o que se move por fora do processo produtivo - na esfera do consumo, da reprodução - e por fora do espaço
institucional.
Na América Latina, os novos movimentos sociais vão constituindo novos atores que afirmam novas identidades sociais - grupos de mulheres,
de moradores, de mães, Comunidades Eclesiais de Base - CEBs, manifestando uma vontade coletiva e se opondo à dominação vigente através de
uma participação múltipla que passa, obrigatoriamente, pelo cultural e por uma mudança na cultura política. Esta seria a novidade dos novos
movimentos sociais. Segundo Cardoso:
“o novo é o espontâneo que se opõe à manipulação, é a ação consciente que substitui a cooptação, garantindo a expressão dos
verdadeiros interesses populares que ficam sufocados pelos partidos e políticos profissionais” (1987, p. 28).
Para Boschi (1987, p. 38), a “novidade dos “novos movimentos” reside entre outras coisas em seu desafio aos canais institucionais de acesso ao
Estado e, sobretudo, ao monopólio dos partidos políticos e sindicatos como formatos básicos de participação social.
A partir da década de 90, observa-se um refluxo dos movimentos sociais e comunitários provocado por práticas corporativas, avanço do
Neoliberalismo, reestruturação produtiva e a emergência do Terceiro Setor.
A crise do Serviço Social “ tradicional “ foi um fenômeno internacional, no interior da profissão motivada por três fatores:
1. Revisão crítica das Ciências Sociais
2. Deslocamento sociopolítico das instituições religiosas
3. Movimento estudantil
A busca de atualização ocorrerá mundialmente, mas cada lugar terá características típicas.
A crítica ao tradicionalismo apresentará três argumentos:
• Crítica ideológica: O conjunto de valores presentes no Serviço Social tradicional apresentando traços conservador e moralista.
Crítica Teórica: Carência de elaboração teórica.Não produziam conhecimento;não tinham a preocupação,apenas buscavam o “fazer “ A
bibliografia lida na graduação era de origem estrangeira e algumas apostilas das Brasileira Helena Junqueira, Balbina Otoni dentre outras.
Por essa carência trabalhavam com uma “ teoria importada “ fundamentalmente nos EUA e Canadá. E pelo caráter importado não apreendem
as particularidades latino-americanas.
Crítica prática: Assistencialista e paternalista, gerando uma inépsia e consequentemente uma ineficiência.
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A bandeira dos cristãos nessa época é também tema da Encíclica de Pio XI, quarenta anos a Rerum Novarum, em 1931.O subtítulo do referido
documento é sobre a Restauração e Aperfeiçoamento da Ordem Social em conformidade com a lei evangélica.
Respondendo aos apelos dos diferentes pontífices, os católicos, através de determinados grupos e, de início muito mais na Europa,
organizaram-se para um luta contra a situação operária, procurando através de sua luta reconstruir a sociedade.
As bases fundamentais da sociedade não eram questionadas, haja vista todas as diretivas obediências à autoridade e todas as afirmações
referentes à harmonia entre as classes.
Apesar dessa postura de não questionamento das estruturas (por parte da igreja institucional), foi grande a repercussão dos documentos
papais e do episcopado e da ação organizada pelos cristãos, a ação voltada para a organização operária e luta por uma legislação social.
Pragmatismo
O Pragmatismo constitui uma escola de filosofia estabelecida no final do século XIX, com origem no Metaphysical Club, um grupo de especulação
filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., congregando em
seguida acadêmicos importantes dos Estados Unidos.
Segundo essa doutrina metafísica, o sentido de uma ideia corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos práticos.
Nas palavras de William James: "O método pragmatista é, antes de tudo, um método de terminar discussões metafísicas que, de outro modo,
seriam intermináveis. O mundo é um ou muitos? Livre ou fadado? Material ou espiritual? Essas noções podem ou não trazer bem para o mundo; e
as disputas sobre elas são intermináveis. O método pragmático nesse caso é tentar interpretar cada noção identificando as suas respectivas
consequências práticas (...) Se nenhuma diferença prática puder ser identificada, então as alternativas significam praticamente a mesma coisa, e a
disputa é inútil.2
Racionalismo
O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica que usa uma ou
mais proposições para extrair conclusões - se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto
de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.
O racionalismo é a corrente central no pensamento liberal que se ocupa em procurar, estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados
fins 1 . Tais fins são postulados em nome do interesse coletivo (commonwealth), base do próprio liberalismo e que se torna assim, a base também
do racionalismo. O racionalismo, por sua vez, fica na base do planejamento da organização econômica e espacial da reprodução social.
O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente - tal
como a causa da origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento.
Considera a dedução como o método superior de investigação filosófica. René Descartes, Baruch Spinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz introduzem o
racionalismo na filosofia moderna. Georg Wilhelm Friedrich Hegel, por sua vez, identifica o racional com o real, supondo a total inteligibilidade
deste último.
O racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados, segundo Kant, pelo conhecimento a priori, ou seja o
conhecimento que não é inato nem decorre da experiência sensível mas é produzido somente pela razão.
Materialismo
Em filosofia, materialismo é o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que,
fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais; que a matéria é a
única substância.1 Como teoria, o materialismo pertence à classe da ontologia monista.2 Assim, é diferente de teorias ontológicas baseadas
no dualismo ou pluralismo.2 Em termos de explicações da realidade dos fenômenos, o materialismo está em franca oposição ao idealismo e
ao metaficismo, deixando bem claro que o materialismo pode sim se co-relacionar com o idealismo e vice-versa em alguns casos, mas o real
oposto da materialidade é mesmo o sentido da metafisicidade. 1
Funcionalismo
vertente do pensamento sociológico relacionada ao pensador francês Émile Durkheim.
Neotomismo
Foi o método de pensamento crítico dominante no ensino nas universidades medievais europeias de cerca de 1100 a 1500. Não tanto
uma filosofia ou uma teologia, como um método de aprendizagem, a escolástica nasceu nas escolas monásticas cristãs 1 , de modo a conciliar
a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega.
Perguntas
1 - A gênese Desenvolvimento de Comunidade no Brasil devemos ocorre após a segunda Guerra Mundial. Neste contexto, as organizações
internacionais e a política nacional tinham como principal interesse:
Resposta: A modernização do campo e a expansão do capitalismo no Brasil.
2 - O Positivismo exprime uma intenção de um conhecimento positivo de sociedade baseado nos modelos das:
Resposta: Ciências da natureza
3 - A fenomenologia fundamenta-se numa concepção de homem que deve ser situado no mundo em sua totalidade de vida busca compreender:
Resposta: O homem na experiência concreta do vivido.
4 - A palavra ¿Sociologia¿ foi usada, pela primeira vez, pelo teórico francês Augusto Comte, nas primeiras décadas do século XIX no seu Curso de
Filosofia Positiva, à base do pensamento positivista, que influenciaria vários outros pensadores. Nele Comte afirmou que ¿...no fundo, nada há de
real a não ser a humanidade¿; essa máxima repercute no seu conceito de Sociologia, o qual consiste em:
Resposta: Aplicar às ciências sociais os métodos da matemática, para deduzir leis que devem reger o desenvolvimento e o destino da sociedade.
5 - A definição da sociedade como um sistema dinâmico e complexo composto de inúmeros segmentos que atuam para gerar ordem,estabilidade e
solidariedade, corresponde ao:
Resposta: Funcionalismo.
6 - A perspectiva ______________ como referência analítica, que se torna hegemônica no Serviço Social no Brasil a abordagem da profissão como
componente da organização da sociedade inserida na dinâmica das relações sociais participando do processo de reprodução dessas relações.
(IAMAMOTO, 1982). Assinale a alternativa que complete corretamente a afirmação acima:
Resposta: Marxista
7 - Em recente debate em torno das denúncias de pedofilia na Igreja Católica, um membro do clero brasileiro declarou que ¿a culpa é da
sociedade¿. De acordo com repercussão na revista Veja, ¿sociedade¿, nestes termos, é uma abstração destinada a escamotear a verdade ¿ a de
que são os indivíduos os responsáveis por seus delitos. (Veja, São Paulo, 12 maio 2010, p. 101.) Com base no texto e nas teorias sociológicas
clássicas a respeito da relação entre indivíduo e sociedade, é correto afirmar:
Resposta: Na perspectiva positivista, a violação de princípios norteadores de uma instituição tende a conduzi-la a um desequilíbrio, o que
demanda reformas para manter a harmonia social.
8 - Na história das sociedades humanas, as ações dos indivíduos vão se somando até o ponto de ruptura em que a velha ordem é substituída por
uma outra ordem (Konder)¿. Para a dialética marxista, o conhecimento é totalizante e a atividade humana, em geral, é um processo de totalização.
O que significa isto?
( ) Toda parte é também um todo, um complexo de forças com relações diversas que agem em conjunto.
( ) A totalidade significa que as coisas são independentes da estrutura que pertencem.
( ) Os fatos são átomos, que pertencem ao todo dialético .
( ) Qualquer objeto que o homem possa perceber ou criar é parte de um todo. A sequência CORRETA é:
Resposta: V , F, F, V
11 - A ciência pelo método positivo se baseia no estudo dos fatos e suas relações, e tais fatos são percebidos somente pelos sentidos exteriores.
Podemos depreender desta afirmação que trata-se de um:
Resposta: Dogmatismo físico por afirmar a objetividade do mundo físico.
13 - O positivismo pretende aplicar aos fenômenos da sociedade uma abordagem equivalente à empregada pela
Resposta: Ciência da Natureza.
14 - A razão calculadora de Copérnico, Kepler, Galileu, Gassendi e outros fez virar terra, os espaços se ampliaram ao infinito e a humanidade se
transformou em um mero episódio da História do Mundo. A partir da citação acima, é CORRETO afirmar que:
Resposta: As primeiras iniciativas de produção de conhecimento surgiram com as ciências naturais.
15 - Quando a Sociologia, no século XIX, se desenvolve enquanto disciplina, ocorreu uma separação entre este conhecimento científico e o senso
comum. Sobre esta realidade, NÃO seria correto afirmar que
Resposta: Faz parte desta atitude científica a constatação de um problema social, observar os fatos e a realidade dos indivíduos e grupos, suas
relações, formular uma hipótese de explicação e, ao final, pronunciar leis ou tendências de que um fato ocorre por motivos específicos.
16 - As décadas de 60 e 70 do séc. XX foram consideradas por Netto (1991) os anos de chumbo do regime militar brasileiro, implantado em 1964.
Nesse contexto de desenvolvimento econômico associado e dependente, o Serviço Social viveu um momento de reflexão quanto ao seu
desempenho profissional. Qual expressão identifica esse momento da profissão?
Resposta: Serviço Social Reconceituado
17 - No que diz respeito à construção do conhecimento vinculado à tprática do desenvolvimento da Pesquisa Social, NÃO é correto afirmar que:
Resposta: Uma não substitui a outra e cada qual tem sua lógica própria.
18 - A matriz teórico-metodológica positivista restringe a teoria ao âmbito do verificável, da experimentação e da fragmentação. Tal matriz foi
dominante no Serviço Social até o início dos anos oitenta. A proposta da profissão, segundo esta vertente, apresenta a seguinte configuração:
Resposta: A proposta aponta para praticas ajustadas a um perfil manipulatório com crescente burocratização das atividades profissionais.
19 - O positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus principais teóricos, Augusto Comte e Émile
Durkheim.
Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no positivismo do século XIX, é correto afirmar:
Resposta: A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o que demanda a necessidade de entender suas regras de
funcionamento e suas instituições forjadas historicamente.
20 - A palavra “Sociologia” foi usada, pela primeira vez, pelo teórico francês Augusto Comte, nas primeiras décadas do século XIX no seu Curso de
Filosofia Positiva, à base do pensamento positivista, que influenciaria vários outros pensadores. Nele Comte afirmou que “...no fundo, nada há de
real a não ser a humanidade”; essa máxima repercute no seu conceito de Sociologia, o qual consiste em:
Resposta: Aplicar às ciências sociais os métodos da matemática, para deduzir leis que devem reger o desenvolvimento e o destino da sociedade.
21 - Quem entre os clássicos da sociologia professa que para alcançar a objetividade no estudo dos fenômenos sociais é fundamental separar
sujeito e objeto de estudo adotando para tanto uma perspectiva de neutralidade?
Resposta: Émile Durkheim.
22 - As concepções de política social supõem sempre uma perspectiva teórico-metodológica, o que por seu turno tem relações com perspectivas
políticas e visões sociais de mundo. Sobre sujeito-objeto, enumere indicando a relação que assumem em cada perspectiva teórica.
1. Funcionalismo ( ) Sujeito-objeto assumem uma perspectiva relacional.
2. Idealismo ( ) O objeto se sobrepõe ao sujeito.
3. Teoria Social de Marx ( ) O papel do sujeito é superdimensionado, sobrepondo-se ao objeto.
A sequência CORRETA é:
Resposta: 3, 2, 1.
23 - Os problemas sociais resultam do processo de inadequação dos indivíduos às normas sociais vigentes. Essa compreensão é peculiar a qual
perspectiva teórica?
Resposta: Funcionalista
24 - No período 64/68, as propostas de ruptura do serviço Social com o tradicionalismo sugeriam que a interação entre os profissionais e o
marxismo se operava preferentemente pela:
Resposta: Militância política
26 - Os pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engels desenvolveram uma teoria empírica que se tornou um dos pilares teórico-metodológicos
da Sociologia. Esse núcleo científico e social da teoria marxista, que não consiste em uma filosofia, “designa uma visão do desenrolar da história
que procura a causa final e a grande força motriz de todos os acontecimentos históricos importantes no desenvolvimento econômico da
sociedade, nas transformações dos modos de produção e de troca, na conseqüente divisão da sociedade em classes distintas e na luta entre estas
classes” (ENGELS, F. Do socialismo utópico ao socialismo científico).
Como Marx e Engels denominaram essa teoria empírica?
Resposta: Materialismo histórico
27 - No percurso teórico-filosófico do Serviço Social, predominam três matrizes filosóficas, quais sejam:
Resposta: Positivismo, fenomenologia e dialética.
28 - A filosofia de Husserl vincula-se ao problema tradicional do método. Husserl procura um método que restitua à filosofia o rigor da ciência no
sentido cartesiano. A filosofia deve ser crítica da atitude natural, da aceitação dos dados imediatos do mundo e da consciência no mundo. A
Fenomenologia visa constituir transcendentalmente um terreno onde seja possível localizar os fundamentos do saber numa anterioridade lógica
em relação ao saber científico. Considere as alternativas abaixo:
I. Husserl segue o lema "de volta às coisas mesmas". Procura superar a oposição entre realismo e idealismo, entre sujeito e objeto, consciência e
mundo.
II. O objetivo da fenomenologia é uma reforma completa da filosofia que faça desta uma ciência de fundamentação absoluta e purificada de
falibilidades.
III. A époche fenomenológica, o "por entre parênteses" o mundo, que abandona a atitude natural, coloca o mundo de um lado e a consciência
transcendental de outro.
IV. A base natural da realidade é secundária em seu valor de realidade: pressupõe constantemente a transcendental.
V. Husserl pode ser visto como um herdeiro direto de Descartes e Hegel.
A alternativa em que todas as afirmações são INCORRETAS é:
Resposta: II,III,V
29 – No início do século XX, Hurssel, em se tratando de Teoria do Conhecimento, touxe uma nova abordagem denominada:
Resposta: Fenomenologia
30 - O Serviço Social como profissão inserida na divisão sócio-técnica do trabalho emergiu no século XIX, nos EUA. É, também, de lá que teve forte
influência a produção teórica de uma das suas principais pioneiras. Quem foi essa estudiosa?
Resposta: Mary Ellen Richmond
31 - De acordo com o histórico do Serviço Social, ele era dividido em três tipos de abordagem. Assinale a alternativa correta que corresponde a
esses tipos de abordagem:
Resposta: Caso, Grupo e Comunidade;
32 - De acordo com a concepção de Mary Richmond, o “Conjunto de Métodos que desenvolvem a personalidade, reajustando conscientemente e
individualmente o homem ao seu meio social”, denomina-se:
Resposta: Desenvolvimento da comunidade.
33 - O assistente social precisa estar familiarizado com a interação das experiências internas e externas, com certos conceitos e relações lógicas
entre os fatos e as conclusões sobre os mesmos, sobre os dados e sua interpretação, sobre a teoria da casualidade, sobre a definição e classificação
dos casos. Segundo Gordon Hamilton, essas condições relacionam-se ao conhecimento e a técnica do processo de:
Resposta: Diagnóstico
34 - De acordo com o histórico do Serviço Social, ele era dividido em três tipos de abordagem. Assinale a alternativa correta que corresponde a
esses tipos de abordagem:
Resposta: Caso, Grupo e Comunidade
35 - Nos anos 1940 e 1950 a profissão de Serviço Social se desenvolve no Brasil através do Serviço Social de Caso,Grupo e Comunidade marcado
pelo tecnicismo, bem como pela sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Esse modelo de atuação recebeu influência:
Resposta: Norte Americana
36 - VIEIRA (1988), ao discorrer sobre o Serviço Social de Caso o aborda na perspectiva de ―Serviço Social com Indivíduos a partir da premissa de
empregá-lo às pessoas com problemas e dificuldades de inter-relacionamento social. Nessa perspectiva, a autora afirma que esse trabalho traz em
si algumas implicações, EXCETO:
Resposta: Deve ser vinculado ao desenvolvimento de projetos de comunidade objetivando a conscientização dos moradores.
37 - Assim como o Serviço Social de Caso, o Serviço Social de Grupo era compreendido como:
Resposta: Processo de ajuda.
38 - Em 1984, o clérico Samuel A.Barnett, desejando atingir o maior número de pessoas, cria o primeiro settlement, centro social comunitário.O
objetivo desse movimento era, através da experiência de grupo:
Resposta: Melhorar o nível de vida dos pobres em Londres.
39 - Serviço Social de Grupo pode ser explicado como um processo psicossocial relacionado não somente com a capacidade de liderança e com o
sentido de cooperação, mas também, com o aproveitamento dos interesses dos grupos em beneficio da:
Resposta: Sociedade.
40 - Na contemporaneidade, entende-se por D.C. – Desenvolvimento de Comunidade – o processo de trabalho que tem por objetivo a realização
dos interesses e objetivos coletivos da população comunitária. Os principais componentes conceituais do D.C. resumem-se à comunidade,
desenvolvimento e participação. Em relação ao processo pedagógico da participação em D.C., podemos afirmar que a mesma se traduz nos
seguintes processos:
Resposta: Conscientização, organização, capacitação.
41 - Desenvolvimento de Comunidade pode ser definido como “um processo educativo que supõe a conscientização, a organização e a capacitação
da comunidade, tendo em vista a participação social desta nos bens e serviços existentes na sociedade, na gestão destes bens e serviços e na
definição dos bens e serviços a serem produzidos e reproduzidos” (SOUZA, Serviço Social e Sociedade nº 9, 1982). Acerca da participação social
como um elemento essencial nesse processo, considere as seguintes afirmativas:
1. No conceito tradicional de participação, mobiliza-se a população para se obter certos recursos ou para a consulta sobre certas decisões e
representações, contanto que os lugares de dominação/dominados sejam mantidos.
2. Mecanismos como prestação sistemática de contas, revogabilidade de mandatos, igualdade de salários, publicidade das reuniões decisórias e
discussão das decisões de baixo para cima podem ser meios de tornar a representação isônoma dos interesses da base.
3. A participação efetiva em Desenvolvimento de Comunidade, no processo de consolidação das conquistas, pode favorecer o aumento do grau de
consciência crítica e política e reforçar o controle popular sobre a autoridade.
4. O estudo da participação, sob o prisma da integração, tem como determinante único o problema do acesso aos bens e serviços da sociedade.
5. A participação popular é considerada como fator preponderante do sucesso dos programas de desenvolvimento. Essa perspectiva pode levar a
população a se comprometer com a execução de programas que buscam a superação das condições de subdesenvolvimento.
Assinale a alternativa correta.
Resposta: Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 5 são verdadeiras
42 - A gênese Desenvolvimento de Comunidade no Brasil devemos ocorre após a segunda Guerra Mundial. Neste contexto, as organizações
internacionais e a política nacional tinham como principal interesse:
Resposta: A modernização do campo e a expansão do capitalismo no Brasil.
44 - Referem-se à história e aos pressupostos teórico metodológicos do Serviço Social no Brasil, EXCETO o fato de que:
Resposta: A Legião Brasileira de Assistência (LBA), instituição de atuação nacional, até os dias de hoje é um grande empregador de Assistentes
Sociais.
45 - As primeiras formulações teóricas do serviço social no Brasil seguem os princípios propostos pela Igreja Católica, determinados basicamente
nas encíclicas Rerum Novarum e Quadragésimo Ano, documentos que propunham o envolvimento dos católicos com os problemas sociais. Essa
perspectiva de formação teórica visa subsidiar a prática profissional dos assistentes sociais sob uma visão teórica:
Resposta: Neotomista
46 - Em sua obra Relações Sociais e Serviço Social no Brasil (1982), Raul de Carvalho aponta que o discurso originário do bloco católico, ao qual
pertenciam as primeiras profissionais do Serviço Social, tem como característica fundadora:
Resposta: Vocação de apostolado social.