Geriatria 2021

A idade & o conhecimento

aliados no futuro

14º CONGRESSO

31 de maio | 1 de junho
2021
Centro de Congressos
Sheraton Porto Hotel
& Online

Programa
Científico
Geriatria 2021 A idade & o conhecimento aliados no futuro 1
do-se constatado uma mortalidade hospitalar
de 27% (n = 10) e 18% (n = 8) da UCIM. O
principal motivo de admissão foi insuficiência
respiratória aguda (n = 20, 44%) sendo que
15 realizaram técnicas de oxigenoterapia/
ventilação (4 OAF e 11 VNI), tendo existido
uma mortalidade na UCIM de 15% (n = 3) e
hospitalar de 47% (n = 8). Relativamente aos
doentes admitidos para fins de monitorização
hemodinâmica e/ou sépsis (n = 17; 38%), 10
estiveram sob VNI, OAF e/ou suporte aminér-
gico, com uma mortalidade na UCIM de 23%
(n = 4) e hospitalar 15% (n = 2).
Conclusão: a análise revelou que a mortali-
dade objetivada foi muito inferior à prevista
segundo as características demográficas e
clínicas. Depreende-se que, na UCIM, tenha
existido benefício na abordagem de patolo-
gias agudas potencialmente fatais, nos doen-
tes muito idosos e com limitação terapêuti-
ca. Apesar da parca bibliografia existente, é
necessária a realização de estudos adicionais
que corroborem a sobrevida de populações
similares em unidades intermédias, de forma
a sustentar uma organização de cuidados
adequada às necessidades destes doentes.
Geriatria 2021 A idade & o conhecimento aliados no futuro
PD 59
ATIVIDADE FÍSICA BASAL DE IDOSOS
E NÃO IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA
ARTERIAL CORONARIANA
Camila Bianca Falasco Pantoni1;
Renata Gonçalves Mendes1;
Rodrigo Polaquini Simões2;
Luciana Di Thommazo-Luporini1;
Flávia Cristina Rossi Caruso1; Cintia Sciamana1;
Sofia Leite de Oliveira1;
Victor Matheus Queiroz de Paz1;
Maria Luiza Maffei Dardis1; Audrey Borghi-Silva1
1
Universidade Federal de São Carlos; 2Universidade
Federal de Alfenas
Introdução: As doenças cardiovasculares
(DCV), dentre elas, a doença arterial coroná-
ria (DAC), estão entre as principais causas de
morte na população brasileira. Acometem in-
divíduos de diferentes faixas etárias e podem
estar associadas a limitações e diminuição do
nível de atividade física. Pouco se sabe, en-
tretanto, se os níveis de atividade física habi-
tual de pacientes portadores de tais doenças
diferem de acordo com a faixa etária e com o
processo de envelhecimento.
Objetivos: Avaliar o nível de atividade física
basal de indivíduos idosos e não idosos por-
tadores de DAC, candidatos à cirurgia de re-
vascularização do miocárdio (CRM).
Material e métodos: Estudo observacional,
transversal e comparativo. Foram avaliados
26 indivíduos do gênero masculino e femini-
no, com diagnóstico de DAC, hospitalizados,
em período pré-operatório de CRM. Os volun-
tários foram divididos em dois grupos: Grupo
Idosos (GI) (n = 13, ≥ 60 anos, 65 ± 3,9 anos) e
Grupo Não Idosos (GNI) (n = 13, < 60 anos, 53
± 4,8 anos), e avaliados quanto às caracterís-
ticas clínicas e demográficas e presença de
fatores de risco associados às DCV (diabetes,
hipertensão arterial, obesidade, dislipidemias
65
 e história de fumo). O nível de atividade física
habitual foi avaliado por meio do questionário
de Baecke, desenvolvido com o objetivo de
avaliação das atividades físicas habituais dos
últimos dozes meses, abrangendo escore de
atividades físicas ocupacionais (escore 1), es-
core de exercícios físicos no lazer (escore 2),
e escore de atividades físicas durante o tem-
po de lazer e de locomoção (escore 3). Para
análise, utilizamos o escore total médio para
cada grupo, representado pela média dos 3
escores acima. Para distribuição de normali-
dade dos dados, foi utilizado o teste de Shapi-
ro-Wilk; para análise intergrupo das variáveis
contínuas, foi utilizado o teste t Student não
pareado e, para categóricas, o teste exato de
Fisher, com nível de significância de p < 0,05.
Resultados: Não houve diferenças entre os
grupos quanto às variáveis clínicas, demo-
gráficas e fatores de risco associados. Da
mesma forma, o GI e GNI apresentou escores
semelhantes de atividades físicas habituais,
não havendo diferenças entre eles.
Discussão/Conclusões: O GI e GNI apresen-
taram níveis semelhantes de atividade física
basal, bem como de características clínicas e
fatores de risco associados. Estudos futuros
são necessários para se avaliar a influência
de todo o processo de envelhecimento sobre
as variáveis estudadas.
PD 60
PROTOCOLO: ASSOCIAÇÃO ENTRE VALORES
DE PSA E DIAGNÓSTICO DE CANCRO
DA PRÓSTATA
Mateus, F.; Felgueiras, A.; Oliveira, R.
USF Cuidar Saúde - ACES Almada-Seixal
O cancro da próstata representa a 2ª causa
de morte por cancro e a 2ª neoplasia mais
frequente no homem. Em Portugal, estima-se
uma incidência de 82 casos por 100 000 pes-
66 14º Congresso Nacional do Idoso
soas e mortalidade de 33 por 100.000 pes-
soas. Representa cerca de 3,5% de todas as
mortes e mais de 10% das mortes por cancro.
O seu diagnóstico é investigado com o toque
retal e/ou PSA (prostate specific antigen). Em
caso de alteração, ou sintomatologia associa-
da (nomeadamente urinária ou sexual), pode-
rão motivar a realização de biópsia guiada por
ecografia transretal.
O PSA pode estar aumentado nos casos de
neoplasia da próstata, mas também em con-
dições como prostatite, hipertrofia benigna da
próstata, traumatismo (toque retal), entre ou-
tras. Contudo, pode manter-se normal, mes-
mo em doentes com cancro da próstata, pelo
que um valor normal não exclui o diagnóstico.
O PSA circula ligado a proteínas inibidoras
das proteases (α-1-anti-tripsina e α-2-ma-
croglobulina), permanecendo, contudo, uma
pequena fração livre, que geralmente diminui,
percentualmente, nos casos de neoplasia.
Com o presente protocolo, os autores propõem
averiguar se existe relação entre valores ele-
vados de PSA nos utentes da USF com neopla-
sia da próstata e o diagnóstico desta patologia.
Acedendo à base de dados MIM@UF, faremos
o levantamento de todos os casos diagnos-
ticados de neoplasia da próstata, através da
pesquisa do código ICPC2: Y77 (“Neoplasia
maligna da próstata”). Analisaremos os regis-
tos “SOAP” de cada utente, no SClínico®, re-
gistos de consultas hospitalares no RSE (Re-
gisto de Saúde Eletrónico) e averiguaremos
os registos dos valores do PSA total e livre,
aquando do diagnóstico.
As variáveis em estudo serão a idade do diag-
nóstico, valores de PSA total e livre no diag-
nóstico e estadiamento do cancro, quando tal
for possível.
Esperamos encontrar uma possível associação
entre valores aumentados de PSA e uma rela-