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- Objetivo atitudinal: Valorizar a estrutura textual como facilitadora para a compreensão da mensagem que pretende
passar.
- Recursos: Fotocópias de materiais em línguas diferentes, como receitas de culinária, bulas de remédios, manuais
técnicos, cartas e outros.
- Desenvolvimento: Os alunos serão divididos em grupos. Cada grupo receberá cerca de quatro cópias diferentes de
textos escritos em línguas desconhecidas (alemão, árabe, japonês, francês e outras). Solicitar que os alunos discutam
e identifiquem sobre o que fala cada texto. Dar 15 minutos para a discussão. Pedir que os alunos façam roda e
discutir cada modelo com as crianças. Perguntar se eles identificaram os idiomas e quais características chamaram à
atenção deles. Destacar que algumas características textuais são internacionais, ou seja, independente da língua que
se usa, a estrutura textual é a mesma e deve ser respeitada. Sugerir que a turma faça um registro coletivo, no
caderno, das características encontradas sobre cada tipo de texto.
Perceba que a professora buscou textos que fazem parte da rotina das crianças, ainda que em outra língua. Ela
também desafiou as crianças a investigarem e a tirarem conclusões antes de sistematizar.
Agora é sua vez. Elabore um planejamento que apresente uma contextualização, objetivos claros, desenvolvimento
interessante e uma avaliação interativa.
• Objeto de estudo:
Esse recurso sugere algumas atividades, de forma a possibilitar às crianças o conhecimento da história do próprio
nome, assim como dos nomes dos colegas, viabilizando o reconhecimento de si e dos outros. Além disso, estimula o
desenvolvimento da escrita, da autonomia, da imaginação e da criatividade.
• Conteúdos conceituais:
Conhecimento da história do próprio nome; escrita do nome; reconhecimento do próprio nome e dos nomes dos
colegas.
• Conteúdos procedimentais:
Realização de pesquisa sobre o próprio nome; desenho de si mesmo em uma folha de papel; participar de
brincadeira que envolve o reconhecimento do colega exposto em um desenho; confecção de uma placa com o
próprio nome; e identificação dos nomes dos colegas.
• Conteúdos atitudinais:
• Competência:
Compreender como a história é construída por indivíduos e sociedades, em diferentes tempos e lugares.
• Habilidade:
Sequência didática
Momento 1:
Sugere-se que a aula tenha início com uma conversa, de forma a identificar o conhecimento que as crianças têm em
relação aos próprios nomes. Assim, converse com a turma sobre o nome e sobrenome de cada aluno, sobre nomes
iguais, comuns, exóticos, etc.
Momento 2:
Solicite que as crianças façam uma pesquisa em casa para saber mais sobre seu nome. Sugestões de perguntas
orientadoras:
Momento 3:
Leia os questionários, junto à turma, e incentive-a a perceber as diferentes respostas surgidas. Em seguida,
proponha aos alunos o desenho de si mesmos em folha de papel A4. Exponha os trabalhos produzidos em um mural
na sala de aula e incentive as crianças a comentarem os desenhos.
Momento 4:
Proponha uma brincadeira em que cada criança deve dizer o nome de um colega e demonstrá-lo no mural. Solicite à
turma que demonstre o que aprendeu, com os questionários feitos em casa, sobre a origem do seu próprio nome e
dos nomes dos colegas. Cada aluno poderá fazer uma apresentação individual do que aprendeu.
Momento 5:
Solicite às crianças a confecção de uma placa com seu nome em letras maiúsculas com canetinhas coloridas.
Proponha uma brincadeira de adivinhação com as placas confeccionadas: mostre a placa com o nome exposto e
peça às crianças para descobrirem qual nome está escrito. Oriente a turma: o estudante que confeccionou o próprio
nome não deve apresentar pistas na hora da exposição. É vencedor o aluno que acertar a maior quantidade de
nomes. Exponha as placas produzidas para a comunidade escolar, em um mural.
Avaliação:
Deve ser realizada durante todo o desenvolvimento da sequência didática. Observe o interesse, a participação, a
motivação, a cooperação e a interação dos estudantes.
ATIVIDADE:
Observe que o conteúdo abordado no planejamento foi segmentado em três categorias. Procure compreender o
sentido dessa classificação analisando-o dentro do contexto do trabalho proposto.
Agora você vai tentar fazer um exercício semelhante. Procure assistir a uma aula de um professor conhecido,
identifique a temática da aula e quais seriam os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais da aula
ministrada.
Faça o confronto do seu levantamento com as intenções levantadas por esse profissional e observe os pontos
comuns entre os dois pontos de vista. Registre a conclusão da sua comparação.
Lembre-se: é uma atividade diagnóstica. É importante que você registre o que foi, ou não, capaz de observar.
Desafio
Imagine que você é analista de treinamento e desenvolvimento de uma grande empresa de locação de veículos e
recebeu a seguinte solicitação do diretor de marketing e vendas: capacitar a equipe de vendas no atendimento e na
retenção de clientes, principalmente em responder, de maneira eficaz, às reclamações. Há três resultados possíveis
para uma reclamação de um cliente: o cliente reclama e fica satisfeito com a resposta, o cliente reclama e fica
insatisfeito com a resposta ou o cliente não reclama e permanece insatisfeito. Muitos clientes insatisfeitos não
reclamam porque preferem evitar confrontos ou porque não há uma maneira conveniente de reclamar ou porque
acham que a reclamação não surtirá efeito. Com base nesta situação, descreva uma proposta de Plano de
Treinamento a partir das etapas do processo de aprendizagem para apresentar ao diretor.
Desafio
Para desenvolver um trabalho interdisciplinar, a sequência de conteúdos de um determinado ano escolar deve ser
organizada levando esse critério em consideração. Vamos verificar sua capacidade de criar essa possibilidade?
Observe o plano das disciplinas Matemática, Português, Ciências e História do 1º ano do ensino fundamental de uma
escola:
Reorganize a sequência dos conteúdos buscando criar pontos em comum entre duas ou mais disciplinas. Troque a
sequência de conteúdos colocando aqueles de diferentes disciplinas que possuem pontos de convergência na
mesma linha. Isso significa que é um benefício trabalhá-los ao mesmo tempo. Destaque com cores as linhas da
tabela em que você conseguiu identificar uma possibilidade de interdisciplinaridade.
Planeje uma atividade usando outro recurso material para trabalhar o mesmo conteúdo.
São muitas as variáveis a serem consideradas na escola para o desenvolvimento dos conteúdos. Cada uma
delas é considerada no ato de se organizar um bom planejamento para o desenvolvimento de conteúdos.
Observe os pontos relevantes.
Desafio
Laura é professora de Língua Portuguesa em turmas de 5º ano de uma escola de ensino fundamental, na qual você
atua junto à coordenação pedagógica desempenhando a função de psicopedagogo. Laura necessita do seu apoio
para o desenvolvimento de um projeto de aprendizagem, pois está com sérias dificuldades na área da leitura com
seus alunos. Ela relata que eles não conseguem manter a atenção, permanecendo dispersos boa parte do tempo.
Apresenta informações relevantes, como o gosto por determinados tipos de leituras (p. ex., gibi, HQ e mangá).
Considerando o contexto apresentado por Laura, elabore um plano de ação para o ensino de estratégias aos alunos.
Lembre-se de que deverá considerar na descrição do seu plano de ação os seguintes princípios básicos: explicitar as
estratégias, integrar a metacognição ao ensino-aprendizagem, modelagem, trabalho em grupo, síntese
metacognitiva e uso de fichas de procedimentos. Utilize os recursos do PowerPoint ou outro editor de apresentação
similar a este para viabilizar suas ideias. Faça uso também de esquemas de assimilação, mapas conceituais, imagens
e materiais que favoreçam sua criação.
É no momento da avaliação diagnóstica que o professor deve buscar formas de mostrar ao aluno que suas
estratégias atuais estão ineficazes e equivocadas. Veja agora uma importante reflexão sobre a importância da
aprendizagem e do ensino de estratégias.
Algumas características devem ser trabalhadas com cuidado pelo professor para que o aluno aprenda a ter
uma boa convivência em grupo. Esse aprendizado irá colaborar para a sua formação como cidadão. Algumas
características devem ser trabalhadas com cuidado pelo professor para que o aluno aprenda a ter uma boa
convivência em grupo. Esse aprendizado irá colaborar para a sua formação como cidadão.
Desde 1987 atuando como professora de português em escolas públicas, Ermelinda Vigilante tomou um susto ao
voltar a dar aulas a turmas do terceiro ano do ensino médio, após anos dedicando-se à alfabetização de crianças
menores. Com certa frequência, ela passou a escutar de alguns estudantes que eles “odiavam ler e escrever”. A
atitude contrastava com a postura dos alunos menores, com menos de 11 anos, que sempre se mostravam
abertos e interessados no conteúdo da matéria que ministrava. Intrigada, a docente se perguntou o que
ocorrera nesse intervalo de tempo, que levou os jovens a se desinteressarem pelo conteúdo das aulas. “Uma das
conclusões a que cheguei é que, na medida em que o estudante cresce, o conhecimento passa a ser lecionado
em ambientes menos colaborativos e mais competitivos, algo que não contribui para seu envolvimento com as
aulas”, afirma a docente. Para reverter esse quadro, a professora defende que as metodologias de ensino
baseadas em trabalhos em grupo devem desempenhar um papel central, na medida em que permitem aos
alunos se apropriarem do conhecimento e melhorarem a postura na resolução de conflitos.
Essa também é a premissa central dos pesquisadores e docentes que, a exemplo de Ermelinda, são adeptos da
teoria histórico-cultural, que remonta suas origens aos estudos do psicólogo bielorrusso L. S. Vigotski (1896-
1934) e defende que o ensino e a aprendizagem são processos mediados cultural e historicamente pelas
relações humanas. Tal visão se opõe à ideia de aulas baseadas somente no ensino mnemônico e sustenta que o
professor deve valorizar a experiência social como caminho à evolução do próprio processo cognitivo. O assunto
ganha tamanha importância que, segundo Anita Abed, pesquisadora e psicopedagoga na MindLab Brasil, o
próximo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) vai avaliar, também, as formas como as escolas estimulam os alunos a
trabalhar em equipe. “Saber trabalhar em grupo e lidar com imprevistos são necessidades do mundo atual. E
essas habilidades devem começar a ser desenvolvidas na própria escola”, defende.
Novos paradigmas
Professora da Escola Municipal de Educação Infantil João 23, em São Paulo, e da Escola Estadual Professor Pedro
Casemiro Leite, em Cotia, Ermelinda opina que o trabalho coletivo é importante em todas as etapas do ensino,
no entanto, foi durante a alfabetização de jovens que ela percebeu seus benefícios de maneira mais concreta.
“Organizados em grupos, os estudantes discutem seus erros, se dão broncas e refazem as tarefas, quando
necessário. Em algumas situações, a linguagem do outro colega pode ser mais eficaz do que a minha”, diz.
Alexandre Nicolae Muscalu, professor de história do Colégio Mater Dei São Paulo, acredita que o trabalho em
grupo na sala de aula é, hoje, favorecido pela expansão das mídias digitais e plataformas colaborativas, por meio
das quais novas práticas passam a ser difundidas, principalmente nos últimos anos do ensino fundamental e em
todo ensino médio. “O paradigma da gameficação vem reestruturando o campo do desenvolvimento da
linguagem e da sociabilidade mediada pela interação digital”, analisa. Segundo Muscalu, na educação infantil as
atividades tendem a centrar-se no trabalho colaborativo, em detrimento do ambiente mais associado ao mérito
e à competição. Passada a primeira infância, diz ele, no ensino fundamental, o trabalho em grupo permite que o
aluno desenvolva sua individualidade. “Porém, para que essa individualidade não se torne a negação do outro, o
docente deve valer-se de exercícios de trocas entre estudantes e que lhes permitam renunciar à excessiva
confiança em si”, enfatiza.
Em relação aos benefícios pedagógicos, Ana Maria Falcão de Aragão, docente do departamento de psicologia
educacional da Faculdade de Educação da Unicamp, explica que, nos trabalhos coletivos, os estudantes têm
melhores condições de falar sobre suas dúvidas e colocar em xeque suas certezas. “Os alunos se apropriam
melhor das informações e aprendem a resolver conflitos, não somente de relações, mas também de
conhecimentos”, opina. E isso vale para todas as etapas do ensino, inclusive aos estudantes da primeira infância.
“O aprendizado retido dessas negociações será benéfico para toda a vida”, diz Ana.
Didática específica
No ano passado, Ana Maria, da Unicamp, ministrou um curso teórico para qualificar professores sobre
metodologias de atividades em grupo. Na última aula, ela propôs que eles realizassem um trabalho com
imagens, baseados nas aulas do curso. Para sua surpresa, observou os participantes desenharem suas ilustrações
individualmente. “A situação me mostrou como os docentes não são preparados nos cursos de licenciatura para
esse tipo de prática. Inclusive, muitos proíbem até mesmo conversas paralelas e troca de ideias durante as
aulas”, destaca. Uma reclamação comum que Ana costuma escutar diz respeito à “bagunça” que o trabalho
coletivo pode criar. Para ela, esse tipo de confusão só ocorre quando os membros do grupo não têm funções
específicas para se ocuparem durante a realização do trabalho. “Não faz sentido, por exemplo, que todos
discutam o assunto proposto e depois somente um se responsabilize por redigir o texto. O professor deve
ensiná-los a buscar novas formas de amarrar as ideias pensadas por todos”, exemplifica. Outra dica é que as
propostas em grupo desafiem os alunos intelectualmente e reúnam pessoas sem discrepâncias grandes de idade
ou níveis de conhecimento. Àqueles professores que não possuem experiência nesse tipo de metodologia
coletiva, ela recomenda que comecem propondo tarefas em pares e aumentem o coletivo na medida em que o
trabalho evolui. “Em grupo, é preciso respeitar o que o outro pensa”, reforça.
Protagonismo docente
Ascânio João Sedrez, pedagogo, filósofo e diretor do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo, lembra, por
sua vez, que didáticas de aula que incluam trabalhos coletivos exigem mudanças de perspectiva do professor,
que precisa confiar em processos mais participativos à construção da aula e da aprendizagem. Na linha de
Sedrez, Flávia Martins Guimarães Fung, orientadora pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental Elza
Maria Pellegrini de Aguiar, em Campinas, afirma que os professores devem contar com um projeto pedagógico
estruturado, que tenha começo meio e fim e a flexibilidade necessária que tarefas de investigação podem
demandar. Para ela, nos trabalhos em grupo a informação passada pelo outro aluno é acolhida de melhor forma,
se comparada à busca pelo conhecimento somente por meio de professores e livros. “As crianças sempre fazem
perguntas inesperadas e o professor precisa estar preparado para respondê-las”, alerta. Devido à importância
que a escola atribui ao processo de construção do trabalho em grupo, os alunos, em geral, não podem levar sua
parte da atividade para realizar em casa. “É necessário supervisionar todo o processo, sabendo como foi a
discussão e a construção das perguntas para chegar ao resultado final do trabalho”, reforça.
Como você percebe o uso da tecnologia na sala de aula? Para resolver este desafio, escolha um conteúdo
específico e desenvolva um plano de aula que envolva uma atividade de pesquisa. Considere que as crianças
devem usar o computador como fonte bibliográfica. Lembre-se de citar todas as etapas do plano: objetivo,
desenvolvimento, recurso material e avaliação.
Entendendo que a internet pode oferecer outras possibilidades de referências bibliográficas, uma professora solicita
aos alunos que façam uma pesquisa livre, no computador de casa, sobre a Segunda Guerra Mundial e que tragam
suas descobertas no dia seguinte. Nesta data, a professora se surpreende ao perceber que os estudantes
imprimiram inúmeras páginas sobre o tema, mas não as leram, ou seja, eles não sabiam falar sobre o que trouxeram
para a aula. Com isso, a professora observou alguns pontos importantes para a condução deste tipo de pesquisa.
Howard Gardner, através de suas pesquisas, identificou sete tipos de inteligências no ser humano; sendo que
todas têm a mesma importância e uma se liga à outra como peças de um quebra-cabeça. Gardner afirmou que
são essas inteligências que determinam as habilidades e as capacidades das pessoas.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer as inteligências múltiplas, como pode estimulá-las e a
relação que têm com as dificuldades de aprendizagem.
DESAFIO
Pedro, um menino de 7 anos, muito ativo e em processo de alfabetização, faz cálculos simples com relativa
facilidade, gosta de cantar e se relaciona bem com os colegas da escola e com os vizinhos da mesma idade. É
uma criança típica que gosta de folhear livros e ouvir histórias, mas apresenta dificuldades na área da
coordenação motora.
Baseado nas informações dadas e no fato de o menino não apresentar a necessidade de um acompanhamento
psicopedagógico, você, como profissional, daria qual sugestão à mãe do menino?
NA PRÁTICA
Gabriela é professora em uma escola de Educação Infantil e trabalha com uma turma de Jardim B com 15 alunos.
No decorrer do dia a dia na sala de aula, ela percebeu que cinco dos seus alunos apresentavam bastante
dificuldade para executar atividades que exigiam mais da expressão corporal e da coordenação motora.
Através de uma observação mais apurada da sua turma, Gabriela percebeu que, além dos cinco alunos citados...
A professora lembrou-se dos estudos acadêmicos e resolveu consultar a psicopedagoga da escola, para pedir
auxílio na elaboração das atividades para esta turma. A psicopedagoga sugeriu que ela utilizasse a teoria de
Gardner no planejamento de atividades que incentivassem as inteligências que as crianças tivessem menos
desenvolvidas e mostrou-lhe algumas atividades, jogos e brincadeiras.
A partir destas informações, Gabriela elaborou um projeto que priorizava atividades que estimulavam
a expressão corporal, como dança e brincadeiras envolvendo a coordenação motora. Trabalhou também
cantigas, trava-línguas e histórias com o objetivo de desenvolver a oralidade; escolheu jogos lógicos e enigmas
para incentivar as crianças a desenvolverem o raciocínio e criou atividades priorizando a cooperação e a troca
entre os alunos.
Pelo paradigma da inclusão, oferecemos uma educação de qualidade sem excluir nenhum aluno, atendemos a
diversidade humana presente no mesmo espaço escolar e, para isso, respondemos ao estilo de aprendizagem e
às múltiplas inteligências de cada aluno.
É, portanto, imprescindível valorizarmos a nossa crença de que “Todos poderão aprender se acolhermos os
diferentes estilos de aprendizagem e as inteligências múltiplas de cada aluno”.
Os estilos de aprendizagem são o modo como cada um de nós aprende melhor e as inteligências múltiplas
constituem as habilidades que podemos utilizar para aprender qualquer coisa e realizar nossos objetivos. Há
uma estreita relação entre estilos de aprendizagem e inteligências múltiplas.
Segundo Gardner (1994), a teoria das inteligências múltiplas sugere abordagens de ensino que se adaptam às
‘potencialidades’ individuais de cada aluno, assim como à modalidade pela qual cada um pode aprender melhor
(citado por Schaffner & Buswell in Stainback & Stainback, 1999, p. 81).
Na postura tradicional, diagnóstica, em que se busca saber quais são as dificuldades dos alunos, o professor fica
na maioria das vezes sem saber quais estratégias de ensino utilizar diante de tantas limitações.
Já com a postura inclusiva, procurando saber quais são as habilidades e identificando o estilo de aprendizagem e
as inteligências múltiplas de cada aluno, o professor encontra bastante espaço para garantir o sucesso dos
alunos nas atividades escolares.
As modalidades pelas quais as pessoas aprendem melhor constituem os estilos de aprendizagem, que são os
seguintes:
Visual-auditivo 1+2
Visual-cinestésico 1+3
Visual-artístico 1+4
Auditivo-cinestésico 2+3
Auditivo-artístico 2+4
cinestésico-artístico 3+4
Visual-auditivo-cinestésico 1+2+3
Visual-auditivo-artístico 1+2+4
Visual-cinestésico-artístico 1+3+4
Visual-auditivo-cinestésico-artístico 1+2+3+4
Sabe-se que uma educação de qualidade é aquela que atende às necessidades de cada aluno, respeita o estilo de
aprendizagem de cada aluno, propicia condições para atingir os objetivos individuais e utiliza as oito inteligências
de cada aluno.
Como?
Antes de tudo, devemos abandonar certas posturas tradicionais, baseadas em valores, crenças e teorias que não
mais correspondem às necessidades das pessoas que atendemos.
Significativas mudanças estão ocorrendo no mundo nos últimos 10 anos. No campo da atenção às pessoas com
deficiência, essas mudanças estão desafiando dirigentes e profissionais de entidades, bem como pessoas
deficientes e suas famílias a reexaminarem seus valores éticos, suas crenças e seus referenciais teóricos a fim de
que a vida de todas as pessoas envolvidas possa ser de melhor qualidade.
A sociedade está se tornando cada vez mais inclusiva, adaptando-se às necessidades especiais de seus cidadãos
e descartando as atitudes discriminatórias frente às diferenças individuais (INCLUSÃO).
As pessoas estão ficando mais empoderadas em todos os setores de atividade, não aceitando imposições da
parte de outras pessoas (EMPODERAMENTO).
Existem diversos estilos de aprendizagem. É importante para alunos e professores conheceram seus respectivos
estilos de aprendizagem.
Estilo Auditivo
Alunos com este estilo serão capazes de se lembrar do que eles ouvem e preferem instruções orais. Eles
aprendem ouvindo e falando. Estes alunos gostam de conversar e entrevistar. Eles são leitores fonéticos, que
gostam de leitura oral, leitura em coro e de ouvir livros falados. Eles aprendem melhor quando o professor lhes
oferece oportunidades para:
Entrevistar, debater
Estilo Visual
Alunos com este estilo serão capazes de se lembrar do que vêem e preferem instruções escritas. Estes alunos
são leitores visuais, que gostam de ler em silêncio. Melhor ainda, gostam de receber informações por meios
visuais como, por exemplo, fitas de vídeo, DVD. Eles aprendem melhor quando o professor lhes oferece
oportunidades para trabalharem com:
Gráficos de computação
Histórias em quadrinhos
Cartazes
Diagramas, desenhos
Estilo Tátil
Alunos com este estilo aprendem melhor tocando em coisas. Eles compreendem instruções que eles escrevam e
aprenderão melhor através de manipulações. Eles aprendem melhor quando o professor lhes oferece
oportunidades para eles:
Desenharem
Construírem dioramas
Estilo Cinestésico
Alunos com este estilo também aprendem tocando e manipulando objetos. Eles têm a necessidade de envolver
o corpo todo na aprendizagem. Eles se lembram melhor do conteúdo das aulas se eles o expressarem em ações.
Eles aprendem melhor quando o professor lhes oferece oportunidades para:
Construírem modelos
Realizarem experimentos
Primeiro Exemplo
Nível: 2ª Série
Disciplina: Matemática
Objetivo dos alunos: Dominar o processo de multiplicação por 7; reforçar também o conceito do que significa
“multiplicar”. A turma fará uma destas atividades diariamente na aula de matemática:
Procedimentos de avaliação:
Contar até 70, ficando em pé e batendo palmas sempre no sétimo número. [Corporal-Cinestésica]
Cantar os números de 1 a 70, colocando ênfase especial sempre no sétimo número. [Musical]
Relacionar a multiplicação com a soma (7 x 2 = 14; 7 + 7 = 14), utilizando pedrinhas, peças de jogos, tampinhas
etc. [Espacial, Corporal-Cinestésica, Interpessoal].
Criar combinações e possibilidades em tabelas de dupla entrada: quantas combinações são possíveis realizar
com 3 calças (verde, lilás e branca) e 4 camisas (preta, vermelha, azul e amarela), utilizando papéis coloridos na
quantidade necessária. [Espacial, Interpessoal, Corporal-Cinestésica].
Criar materialmente as noções de dobro, triplo e metade, utilizando elementos reais ou imitações da natureza.
[Naturalista, Espacial, Corporal-Cinestésica]
Formar círculos de 10 alunos, cada aluno usando um número de 0 a 9. Começando com 0, os participantes
contam conforme caminham em torno do círculo (da segunda vez em volta do círculo, o 0 se torna um 10, o 1
um 11, e assim por diante; da terceira vez, o 0 se torna um 20, o 1 um 21, e assim por diante). Conforme contam,
os participantes passam um novelo de lã em torno do círculo, desenrolando-o na medida em que fazem isso. A
primeira pessoa agarra a extremidade do fio, e a sétima pessoa depois dessa também agarra um pedaço antes
de passar adiante o novelo. Ao chegar a 70, os alunos verão que o fio criou um desenho geométrico. [Espacial,
Corporal-Cinestésica, Interpessoal]
Criar seus desenhos geométricos para o número 7 em um tabuleiro ou desenho, usando a estratégia descrita
anteriormente, por exemplo, usar um círculo numerado de 0 a 9 e depois conectar com um cordão sempre no
sétimo número até 70. [Espacial]
Encontrar formas naturais que vêm em sete (por exemplo, flores) e explorar a matemática usando os múltiplos
da natureza (por exemplo, quantas pétalas têm seis flores de sete pétalas?). Faça isso com formas vivas num
ambiente natural (não destrua flores trazendo-as para serem “dissecadas”). [Naturalista]
Segundo Exemplo
Nível: 3ª Série
Disciplina: Ciências
Material disponível: cartazes ou gráficos do processo da fotossíntese, várias fitas de áudio (ou CDs) musicais,
aparelho de som, aquarelas, livros de ciências e mudas de plantas.
Procedimentos de avaliação:
1. Dar nota às oito atividades propostas. 2. Pedir aos alunos para avaliarem as representações e/ou canções
uns dos outros.
Ler o texto do livro que descreve a fotossíntese e aprender oi vocabulário adequado. [Lingüística]
Criar uma colagem musical com diferentes peças musicais que representem a seqüência dos passos envolvidos
na fotossíntese. [Musical]
Escrever um tópico de diário que reflita uma experiência pessoalmente transformadora e compará-la à
fotossíntese. [Intrapessoal]
Discutir, em pequenos grupos, o papel transformativo dos cloroplastos na fotossíntese e traçar paralelos com a
vida dos alunos. [Interpessoal]
Comparar mudas que crescem com luz suficiente com outras que crescem sem luz adequada. [Naturalista]
Procedimentos de avaliação:
Há uma variedade muito grande de procedimentos de avaliação que podem ser encontradas em livros de
Armstrong e Campbell, entre outros (ver Bibliografia). O importante é nunca perder de vista a finalidade das
avaliações: permitir aos alunos demonstrarem sua aprendizagem utilizando suas diversas habilidades, através de
medidas autênticas (ipsativas e contextualizadas).
MENU LINGUÍSTICO
Escreva um poema, um mito, uma lenda, uma peça curta ou um artigo de jornal sobre…
MENU LÓGICO-MATEMÁTICO
MENU CINESTÉSICO
Represente ou simule…
Escreva um novo final para uma canção ou composição musical para que ela explique…
MENU INTERPESSOAL
MENU MUSICAL
MENU INTRAPESSOAL
Descreva qualidades que você possui que irão ajudá-lo a realizar com sucesso…
MENU NATURALISTA
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PEDAGOGIA DE PROJETOS
A Pedagogia de Projetos vem sendo discutida nas escolas e vivenciada juntamente com outras metodologias.
Ainda que muitas escolas tenham tentado vivenciá-la puramente no seu planejamento, atualmente é adotada
paralelamente a outras estratégias didáticas. Vamos aprender um pouco mais sobre isso? Algumas questões
devem ser discutidas, tais como: De que se trata a Pedagogia de Projetos? Quais são suas características
principais? Qual é o papel dos envolvidos? Em que contextos ela pode ser aplicada? Vamos descobrir nesta
unidade!
DESAFIO
O projeto "Nossas receitas: um jeito gostoso de aprender" foi idealizado pelas professoras Juliana Seabra
Laudares e Mara Rolin e desenvolvido nas turmas de 2º ano A e B, do Ensino Fundamental, na E.E.E.F.M., no
decorrer do ano letivo de 2011. No desenvolvimento do projeto as professoras tiveram a oportunidade de
realizar várias atividades juntamente com as crianças:
• Classificação por meio de cartazes dos alimentos quanto à origem animal, vegetal, mineral e produtos naturais
e industrializados.
• Roda de leitura e exposição de ideias sobre receitas e propriedades nutritivas dos alimentos.
• Resolução de problemas.
Analisando as atividades desenvolvidas, podemos perceber que a Pedagogia de Projetos é uma boa
oportunidade para que ocorra a interdisciplinaridade. Preencha o quadro a seguir identificando as áreas de
conhecimento e os conteúdos que foram abordados nas atividades propostas.
O desenrolar de um projeto na sala de aula não tem um roteiro obrigatório, mas a sequência de acontecimentos
pode ser resumida em problematização, desenvolvimento e síntese. Essas etapas estão descritas neste
infográfico.
Alguns problemas sociais vêm sendo constantemente discutidos na escola e têm estabelecido uma mudança de
comportamento das pessoas em relação ao mundo: falta de água, poluição, segurança, entre outros. Veja um
exemplo de um projeto desenvolvido em sala de aula a partir dessas discussões.
INTERDISCIPLINARIDADE/TRANSDISCIPLINARIDADE
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar sobre o conceito e identificar as diferenças entre
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, valorizando os resultados dos trabalhos alcançados em ambos.
Bons estudos.
DESAFIO
Conheça, Na Prática, a experiência de uma escola de Ensino Fundamental do Rio Grande do Sul que decidiu
investir em um processo educacional interdisciplinar.
LUDICIDADE
Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, entre outros significados, em sua versão latina, o termo "escola" quer
dizer "divertimento, recreio" e, em sua versão grega, "descanso, repouso, lazer, tempo livre, hora de estudo,
ocupação de um homem com ócio, livre do trabalho servil". Nesta Unidade de Aprendizagem, analisaremos a
importância da dimensão lúdica nos processos de aprendizagem escolar como uma das condições para o
desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Desafio
Valorizar o lúdico nos processos de aprendizagem significa, entre outras coisas, considerá-lo na perspectiva
das crianças. Para elas, apenas o que é lúdico faz sentido. Em atividades necessárias como dormir, comer,
beber, tomar banho, fazer xixi, por exemplo, é comum as crianças introduzirem um elemento lúdico. Com
base nessa premissa, introduza um elemento lúdico na rotina de alimentação de uma turma de educação
infantil, para que as crianças possam desenvolver bons hábitos alimentares. Descreva a sua estratégia
explicando-a passo a passo como se estivesse fazendo um manual para um professor novato.
Do universo lúdico fazem parte o brincar, o brinquedo, a brincadeira e os jogos. Todos eles contribuem para o
desenvolvimento de habilidades e competências que serão necessárias para o amadurecimento da criança e do
adolescente, tanto para o exercício da vida adulta e o convívio em sociedade quanto para o uso dos conceitos
formais aprendidos na escola.
As brincadeiras desenvolvidas na escola contribuem para que a criança recrie ambientes da vida real e se
prepare para enfrentar as situações da vida adulta, como o trabalho, os cuidados e a administração de uma casa,
tarefas e responsabilidades de um adulto.
JOGOS
Você sabia que jogar é muito mais do que apenas se apropriar das regras do jogo? Nesta Unidade de
Aprendizagem, você compreenderá a importância e a contribuição dos jogos como estratégia para o
desenvolvimento infantil.
O jogo pode ser competitivo ou cooperativo ou, ainda, mesclar as duas possibilidades, quando há competição
entre equipes e cooperação entre os membros de cada uma delas. O professor deve decidir quais habilidades
precisam ser desenvolvidas para escolher o tipo de jogo a ser realizado. Os jogos podem envolver a
psicomotricidade e as habilidades mentais como raciocínio lógico, por exemplo. Um jogo de dominó pode ser
adaptado para a solução de questões matemáticas. Dependendo da faixa etária, o grau de complexidade das
operações poderá evoluir a critério do professor. Todo jogo pode ser utilizado para fins de aprendizagem, desde
que haja objetivos claros para a sua realização.
Qualquer jogo poderá ter uma função, desde que se encontre sentido para sua utilização. Talvez alguns deles
não sirvam, talvez não seja possível encontrar uma aplicação direta para o público com o qual se trabalha. No
entanto, a experiência de jogar certamente "contaminará", de alguma maneira, a forma como se ensina. Isso é o
que chamamos de "espírito do jogo", que pode ser traduzido por muitos aspectos do jogar: dar mais sentido às
tarefas e aos conteúdos escolares, aprender com mais prazer, encontrar modos lúdicos de construir
conhecimentos, saber observar melhor uma situação, aprender a olhar o que é produzido, corrigir erros,
antecipar ações e coordenar informações. Outros aspectos também podem ser contemplados. Veja a seguir:
Os jogos e as brincadeiras são fontes de felicidade e prazer que se fundamentam no exercício da liberdade e, por
isso, representam a conquista de quem pode sonhar, sentir, decidir, arquitetar, aventurar e agir, com energia
para superar os desafios da brincadeira, recriando o tempo, o lugar e os objetos.
Brincar é colocar a imaginação em ação. O bom jogo não é aquele que a criança pode dominar corretamente, o
importante é que a criança possa jogar de maneira lógica e desafiadora, e que o jogo proporcione um contexto
estimulador para suas atividades mentais e amplie sua capacidade de cooperação e libertação.
Nesse sentido, o lúdico tem caráter de liberdade e subversão da ordem que contrapõe a lógica da produtividade;
indica pistas para definição de papéis sociais e da cultura humana subjetiva.
As brincadeiras estabelecem a relação entre o mundo interno do individuo - imaginação, fantasia, símbolos - e o
mundo externo - realidade compartilhada com os outros. Ao mesmo tempo, as crianças, ao brincarem, vão
criando condições de separarem esses dois mundos e de adquirirem o domínio sobre eles.
Através da brincadeira, a criança se apropria da realidade, criando um espaço de aprendizagem em que possam
expressar, de modo simbólico, suas fantasias, desejos, medos, sentimentos, sexualidade e agressividade.
Nos jogos, a criança começa a estabelecer e entender regras constituídas por si e/ ou pelo grupo. Desse modo,
estará elaborando e resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a
capacidade de entender pontos de vista diferentes do seu ou de fazer-se entender e de coordenar o seu ponto
de vista com o do outro.
Por meio dos jogos, pode se criar uma série de situações que envolvam equilíbrio e outros desafios corporais
para crianças com uso de objetos, de obstáculos e alvos. Combinados entre si, os jogos podem garantir situações
significativas de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Em grupo, os jogos
também podem contribuir para desenvolver a solidariedade e a cooperação.
Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras preestabelecidas. Elas aprendem a esperar a
sua vez e também a ganhar e perder. E com isso, incentivam a autoavaliação da criança, que poderá constatar
por si mesma os avanços que é capaz de realizar, fortalecendo assim sua autoestima.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Em uma 1ª série, a professora propôs um jogo de boliche. Cada aluno devia registrar o número de garrafas
derrubadas em três jogadas sucessivas. Nesta fase do desenvolvimento, as crianças consideram este tipo de
atividade um grande problema, pois ainda estão iniciando a construção do conceito de número e ainda não
dominam a sequência numérica e sua escrita. Assim, a professora deverá considerar diferentes formas de
respostas que representem o raciocínio das crianças.
Apresente e descreva duas formas possíveis que podem representar o pensamento infantil para responder ao
problema proposto.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar sobre o uso das novas tecnologias de informação e comunicação
como recursos educativos. Ademais, aprenderá como essas ferramentas começaram a fazer parte do universo
educacional e quais as suas principais influências.
Desafio
Considere que você é responsável pela Secretaria de Educação de seu município e precisa cumprir com a tarefa de
emitir um relatório para o governo estadual, após o repasse de recursos para investimento na educação,
justificando porque, apesar da existência de programas específicos de introdução do computador nas aulas, a
presença destes equipamentos ainda tem se mostrado insuficiente e até mesmo anedótica. O relatório será
utilizado em uma pesquisa acadêmica que auxiliará na gestão e na implementação de melhorias na educação.
Elabore um parágrafo com um argumento crítico que responda à questão proposta.
Em muitas escolas, o desafio ainda é ter computadores básicos e internet de qualidade disponíveis para as atividades
de ensino, mas outras já possuem as mais recentes invenções. Independente de qual seja a realidade da escola,
muitos desafios ainda são enfrentados, quanto aos recursos materiais ou quanto aos recursos humanos. O fato é
que atualmente há tecnologia de ponta a serviço da educação. Mas ainda há muito a se percorrer para que o uso das
TICs seja plenamente aproveitado.
O uso das TICs nas escolas e na sala de aula tem se constituído em um grande desafio para a sociedade.
DESAFIO II
Desafio
Considere que você é docente em uma escola pública estadual de periferia e o seu público-alvo apresenta
dificuldades diversas de aprendizagem em função dos fatores sociais envolvidos. O governo do Estado, com o
objetivo de melhorar os índices das escolas com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),
desenvolveu um programa para incentivar o uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, como uma
das estratégias de melhoria deste índice. A primeira ação foi equipar as escolas com um laboratório de informática
de última geração, para o uso de alunos e professores. Você trabalha com as séries iniciais do ensino fundamental,
utiliza apenas o básico como computador, redes sociais e sites de busca na internet. Pressionada para apresentar
resultados, a gestora orienta que todos os professores devem realizar atividades no laboratório novo, mas ainda não
foi oferecida uma capacitação, pois esta foi prevista para a segunda etapa do programa e apenas para o próximo
semestre. Após longas discussões e muitas queixas feitas na sala dos professores, você resolve agir diferente de seus
colegas e sair da posição da queixa para agir. O que você faria para planejar as suas aulas usando o laboratório de
informática? Apresente pelo menos uma ação que você considera que te auxiliaria no planejamento de suas aulas
sem equívocos de formação. Explique porque você considera essa ação válida para auxiliá-lo no planejamento.
O uso das novas tecnologias de informação e comunicação no ambiente escolar não é garantia de qualidade do
ensino prestado. Para que a qualidade do ensino seja elevada com o uso destas novas tecnologias, é preciso levar
em consideração o contexto em que são utilizadas. Quais conteúdos serão trabalhados? Para abordar estes
conteúdos, quais ferramentas, aplicativos, softwares etc. são os mais adequados? O professor(a) está preparado(a)
para lidar com esses recursos? O aluno sabe utilizar o recurso que está sendo ofertado? O recurso está adequado à
faixa etária? Ao nível de desenvolvimento? Está além ou aquém de suas possibilidades? Enfim, considerar o contexto
é fundamental para se alcançar a qualidade.
As TICs estão transformando os cenários educacionais tradicionais e, ao mesmo tempo, promovendo o surgimento
de outros novos. Veja alguns exemplos a seguir.
DESAFIO III
Desafio
Como profissional comprometido(a) com um programa inovador de ensino, com uma forte ênfase na educação
humanística e artística, você faz parte de uma escola que oferece a cada aluno a oportunidade de formação como
cidadão responsável e aprendiz ao longo de toda a vida. Com o objetivo de criar um clima acadêmico que suscita o
amor pela aprendizagem, pela curiosidade intelectual, por novas maneiras criativas de olhar, e de construir aulas
fortemente concentradas na aprendizagem dos alunos e na convivência democrática.
Apresente uma estratégia de ensino capaz de enfatizar as características apresentadas acima, com o uso das novas
tecnologias de informação e comunicação para as aulas de ciências no ensino médio.
Na era digital, o processo de ensino é permeado por múltiplas experiências. Para que estas experiências possam
contribuir para a aprendizagem significativa, uma forma bastante eficaz tem sido o ensino por meio de projetos. Os
projetos podem favorecer o envolvimento de aprendizes e professores em atividades práticas significativas, com
relevância para o educando, ou seja, com significados presentes em realidades anteriormente vivenciadas.
O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação é uma realidade nas escolas, mas não significa uma melhoria
na qualidade do ensino. Na verdade, o seu uso depende do contexto em que estão sendo usadas, ou seja, tratam-se
apenas de um potencial, que pode não ser aproveitado. Assim, as estratégias de ensino, independentemente do uso
das novas tecnologias, devem privilegiar práticas educativas que envolvam alunos e professores no fazer
pedagógico. As atividades precisam de contextualização e significação para que possam atingir os atores nelas
envolvidos.
TECNOLOGIA NA ESCOLA- Ajuda ou atrapalha?
Dispositivos móveis estão cada vez mais se tornando ferramentas de ensino, da pré-escola até a pós-graduação.
Uma recente pesquisa do Pew Research Center, nos EUA, descobriu que 58% dos professores norte-americanos
possuem smartphones – 10% a mais que a média nacional para adultos. Os professores estão abraçando políticas do
tipo “traga seu próprio dispositivo” nas classes e pedindo que as escolas possuam e ofereçam tablets para seus
alunos.
Mas o que esses dispositivos móveis realmente acrescentam às aulas? Essa tendência tecnológica vai além de
conquistar a atenção dos alunos ou é apenas uma maneira chamativa de alcançar os mesmos objetivos possíveis
com a instrução analógica?
A pesquisa do Pew Research Center pediu a um grupo de professores que analisasse o impacto educacional da
tecnologia na sala de aula. Eles descobriram que:
73% dos professores usam tecnologia móvel em suas salas de aula, seja por meio de sua própria instrução ou
permitindo que os alunos usem dispositivos para completar as tarefas;
Professores de inglês são mais propensos a usar a tecnologia móvel na sala de aula do que professores de
matemática;
47% dos professores concordam fortemente e um adicional de 44% concordam um pouco que os alunos
precisam de cursos de alfabetização digital para serem bem sucedidos academicamente e além.
Outras pesquisas também viram vantagens. A empresa PBS Kids, em parceria com o Departamento de Educação dos
Estados Unidos, descobriu que o vocabulário das crianças com idades entre 3 e 7 anos que usavam o aplicativo
“Martha Speaks” melhorou até 31%.
A Universidade Cristã Abilene realizou uma pesquisa na mesma época em que concluiu que estudantes de
matemática que usaram o app “Estatísticas 1” viram melhora em suas notas finais. Eles também se sentiram mais
motivados em terminar aulas em dispositivos móveis do que através de livros didáticos tradicionais.
Além disso, mais um estudo descobriu que 35% dos alunos do 8º ano se sentiam mais interessados em suas aulas ou
atividades quando usavam tablet, e no geral excederam as expectativas acadêmicas dos professores ao usar os
dispositivos. 54% dos alunos ainda disseram se envolver mais nas aulas que utilizam tecnologia e 55% disseram que
gostariam que seus professores usassem mais jogos educativos ou simulações para ensinar lições.
Desvantagens
Ao lado dos benefícios, os dispositivos móveis certamente vêm com a sua quota de complicações. A autoridade do
professor, por exemplo, é uma área que pode ser facilmente posta em causa quando a tecnologia móvel é permitida
em salas de aula.
Existe também a questão do custo. É claro que há um preço associado com a tecnologia. E, mesmo que as crianças
possam trazer seus próprios dispositivos, ainda vai haver o problema da disparidade – com certeza, alguns alunos
são mais privilegiados do que outros, o que pode causar várias dificuldades.
Políticas de tecnologia também são mais difíceis de implementar em aparelhos eletrônicos pessoais do que em
dispositivos de propriedade da escola – esses últimos podem vir com programas pré-instalados certos e não permitir
qualquer atividade que não tenha a ver com o aprendizado. Um dispositivo que vai para casa com o estudante, no
entanto, não pode ter as mesmas regras.
Há ainda questões de privacidade a se considerar. Será que queremos terceiros seguindo nossos alunos nos seus
percursos de aprendizagem? E os professores devem ter acesso ao que os alunos fazem em seus dispositivos móveis
quando fora da sala de aula?
TV, videogame e celular ao lado da cama fazem as crianças perderem o sono e irem pior na escola
Apenas a tecnologia móvel na sala de aula não garante um aumento da compreensão ou mesmo da atenção dos
alunos. Então, quais tipos de uso da tecnologia móvel fazem mais sentido para o aprendizado?
Em resumo:
E-readers: parte do problema com livros didáticos tradicionais é que eles ficam rapidamente ultrapassados.
E-readers eliminam esse problema e permitem atualizações em tempo real que são úteis para estudantes e
professores;
Módulos móveis individuais: aplicativos e jogos educativos são opções que podem ser pensadas
individualmente para alunos. Isso dá a eles uma oportunidade de trabalhar em seu próprio ritmo, tendo
tempo extra nas áreas onde mais precisam;
Programas de resposta em mensagem de texto: sites que permitem que professores enviem trabalhos de
casa ou testes com perguntas para os alunos através de texto resultam em uma abordagem mais interativa
para o aprendizado. A maioria dos programas que facilitam esta tecnologia permitem um feedback em
tempo real, dando aos alunos a chance de aprender com seus erros e colocar tudo em contexto. Os alunos
também se tornam mais motivados a ir para a escola e completar uma tarefa quando têm acesso a
mensagens de texto de seus professores;
Aprendizagem em nuvem: usar tecnologia móvel que está ligada a uma nuvem significa que os alunos
podem fazer a transição da tarefa em sala de aula para a tarefa em casa – ou em qualquer outro lugar –
facilmente, desde que tenham acesso a um smartphone, tablet ou computador. Isso economiza tempo e
melhora a capacidade de organização dos alunos.
Conclusão
A aprendizagem móvel pode de fato fazer uma diferença positiva na forma como os alunos instruem-se. Quando
usada da maneira correta, tem o potencial de ajudar os alunos a aprender e se engajar mais.
Mas os dispositivos não são a salvação. Professores competentes são tão necessários quanto a tecnologia na Era da
Informação, para equilibrar as vantagens educacionais móveis com interação saudável a fim de maximizar o valor de
ambos. [Gizmodo]
DESAFIO
Analise a situação apresentada abaixo e, em seguida, justifique o que leva a escola a ser um lugar privilegiado de
aprendizagem.
Atualmente, a educação infantil tem ganhado destaque e ampliado o seu atendimento em todo o país. A oferta
deste serviço em creches e pré-escolas é afirmada na Constituição Federal de 1988 como direito social das crianças e
como dever do Estado. Crianças com até seis anos de idade têm ido para a escola cada vez mais cedo, e em período
integral. Este é um fato que é resultado de grande mobilização social que historicamente contou com a participação
de movimentos comunitários, movimentos de mulheres, movimentos de trabalhadores, movimentos de
redemocratização do país e também das lutas dos profissionais da educação. Muitos estudos e pesquisas têm sido
desenvolvidos nesta área, o que leva a constantes revisões da concepção de educação infantil em espaços coletivos.
Muitos destes estudos acabam por convergir para a Didática como campo de conhecimentos da ação pedagógica na
escola.
Compreendendo que a educação é uma prática social que acontece em uma variedade de espaços e atividades
humanas (na família, na igreja, no trabalho, em organizações políticas, em espaços comunitários etc.), é importante
destacar o diferencial da escola como espaço formativo privilegiado de crianças nesta faixa etária. Portanto, vamos
ao desafio! Você deverá listar as razões que tornam a escola um espaço privilegiado de formação de crianças na faixa
etária da educação infantil. Para justificar a sua resposta, você deverá apresentar os elementos presentes no espaço
escolar, exemplificando com as atividades realizadas na escola e os objetivos de sua realização.
A escola está inserida dentro da sociedade, portanto, recebe influências externas a todo momento. O sistema
escolar é estabelecido a partir dos referenciais estabelecidos pela sociedade na qual está inserido. Esse sistema
escolar estabelece diretrizes para a elaboração do currículo para cada nível de ensino, inclusive para a formação dos
profissionais da educação, que são também influenciados pela sua história de vida, origem social, cultura familiar e
cultura local. A conjugação de todos esses elementos variará de acordo com a localização da escola, a classe social
que atende, sua forma de mantença, o momento sociopolítico, entre outros elementos. Assim, os instrumentos de
avaliação variarão e se adequarão a todos os outros elementos apresentados.
O que é uma avaliação? Ela é benéfica para o aluno ou é uma forma de puni-lo? Algumas questões precisam ser
pensadas para que o professor avance na observação e na intervenção feitas durante o processo de ensino-
aprendizagem. É necessário usar a avaliação como um agente motivador e agregador em sala de aula.
Vamos pensar em uma forma de avaliação que conte com a capacidade do aluno em perceber as próprias
competências? Veja o modelo de autoavaliação oferecido para a disciplina de Matemática e preencha as
competências que são necessárias para esse conteúdo. Caso seja mais interessante para a sua prática, você pode
mudar a disciplina e o conteúdo. A avaliação pode ser aplicada para um grupo de alunos.
Autoavaliação
O processo avaliativo gira em torno de três atores: professor, aluno e conteúdo. O relacionamento entre eles
proporciona uma grande variedade de informações e atende a diferentes demandas da escola.
Daniel tem cinco anos. De repente, o menino negou-se a desenhar durante as aulas. Até então, ele havia participado
das atividades normalmente e era um aluno sem problemas de aprendizagem. A professora Lúcia se reuniu com a
família para averiguar se podia existir alguma coisa que justificasse a mudança de comportamento, mas ela não
conseguiu ver nenhum motivo. Veja, a seguir, a atitude tomada pela professora.
A avaliação no âmbito escolar, por meio de um processo dinâmico e permanente — que busque qualificar o ensino e
a aprendizagem —, serve para acompanhar e refletir sobre os avanços e as dificuldades dos alunos em sala de aula.
Dessa forma, a avaliação não serve apenas para medir o conhecimento dos alunos, mas se torna fundamental no
aprimoramento das práticas pedagógicas, dando melhores condições aos alunos de aprenderem.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar o conceito de avaliação, verá que existem diferentes métodos de
avalição que se adequam a variados contextos e conhecerá a elaboração de atividades avaliativas de acordo com
objetivos previamente estabelecidos.
Desafio
Imagine que você leciona em uma turma dos anos iniciais do Ensino Fundamental e tem uma postura muito
tradicional em sala de aula. As crianças já estão alfabetizadas e apresentam muitas dificuldades em relação ao
ensino de Matemática.
Ao compartilhar esta informação na reunião de professores, muitos deles relataram sobre a necessidade de
mudanças e adoção de outros métodos avaliativos. Você refletiu sobre os erros encontrados nas avaliações e decidiu
modificar os seus métodos, com base nas sugestões e comentários de seus colegas.
Sendo assim, descreva duas possíveis mudanças no processo de ensino-aprendizagem que podem melhorar os
resultados dos alunos.
No processo de ensino-aprendizagem, a avaliação é um item muito importante e que merece bastante investimento
do professor quanto aos seus estudos. A avaliação não pode ter um fim em si mesma, mas deve ser utilizada como
instrumento, de formas variadas e ao longo do processo, no sentido de favorecer a aprendizagem de cada aluno.
Conheça, Na Prática, a história da professora Maria Isabel sobre o seu processo de acompanhamento dos alunos:
Desafio
Júlio César é professor de Matemática e está muito insatisfeito com o desempenho de suas turmas, pois nenhum
aluno se destaca e, na verdade, praticamente todos se mostram desinteressados, ora apáticos, ora agitados demais.
Na sala dos professores, Júlio César compartilha a sua percepção das turmas com os colegas e pergunta se mais
alguém tem a mesma percepção que ele. Muitos concordam, mas nem todos. A professora Raquel, que leciona
Língua Portuguesa e Literatura, tem alguns palpites sobre o comportamento relatado e pergunta ao colega se pode
ajudá-lo fazendo um diagnóstico da turma. Júlio César aceita prontamente.
Considerando que o trabalho da professora Raquel será diagnosticar as dificuldades da turma em relação aos
conhecimentos matemáticos, descreva duas ações que poderão ser realizadas pela professora para ajudar o
professor Júlio César.
Para muitos, a palavra avaliação significa simplesmente "o processo pelo qual se atribui notas aos alunos". A
avaliação, no entanto, é muito mais do que isso, é um mecanismo para fornecer dados aos instrutores para melhorar
seus métodos de ensino e para orientar e motivar os alunos a se envolverem ativamente em sua própria
aprendizagem. Como tal, a avaliação fornece um feedback importante para instrutores e alunos.
A avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um período para a compreensão acerca dos conhecimentos
prévios dos alunos. Essa avaliação serve como um “termômetro” para que o professor saiba de qual ponto
iniciar. Ou seja, quais conteúdos necessita retomar, antes de iniciar outros.
Conheça, Na Prática, a história da professora Ana Maria, que no início de cada ano letivo realiza com os alunos uma
avaliação diagnóstica:
TÓPICOS AVANÇADOS DE DIDÁTICA E PEDAGOGIA
Planejamento
Tudo o que pretendemos realizar em nossa vida necessita de planejamento. Sem ele, tendemos ao fracasso, pois
sabemos onde queremos ir, mas não planejamos como chegar. No ambiente empresarial, não poderia ser diferente:
tudo deve ser planejado.
Planejar significa definir de forma antecipada em cenários empresariais aonde existem várias alternativas a serem
escolhidas. Contudo o profissional da área de Controladoria deve buscar avaliar as informações disponíveis para
poder tomar a melhor decisão possível dentro do processo de planejamento.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver que o planejamento é uma função básica, mas deve ser bem
elaborado para que alcance os objetivos propostos.
Você é o controller responsável pela empresa GoCare Ltda, que fabrica produtos de beleza. Em outras palavras, a
GoCare quer que mais clientes de mercados diversos conheçam seus produtos. A empresa busca uma expansão
contínua de suas receitas não só com relação ao volume de vendas, mas também em termos financeiros. Para isso,
ela altera seu perfil de produtos, pois busca atingir outros segmentos e outras regiões demográficas do país. Em
outras palavras, a GoCare quer que mais pessoas de locais diversos conheçam seus produtos.
Agora que já definiu algumas metas, a empresa vai focar no desenvolvimento específico dos produtos, pensando no
público e nos mercados geográficos que ainda não foram explorados. Sendo assim, ela contratará consultores,
pesquisadores e, depois, abrirá linhas de produção específicas.
- Definir, de acordo com as funções de cada integrante da empresa, uma nova cadeia hierárquica.
- Preparar e treinar o pessoal interno da empresa para os novos cargos que serão criados.
- Dar ênfase a uma melhor distribuição geográfica dos produtos. Para que isso aconteça de forma prática, deverá
haver mudanças nas características e na qualidade dos produtos, bem como uma busca constante por sua
divulgação em áreas em que ainda não são conhecidos.
O planejamento é uma das principais funções administrativas. O planejamento, na visão da controladoria, constitui
um processo sistemático e contínuo na tomada de decisões, com o objetivo de minimizar os riscos da empresa. De
maneira geral, ele pode ser dividido em cinco diferentes etapas conforme mostra o infográfico:
Neste mundo globalizado em que vivemos, as organizações necessitam de sistemas de informações que sejam ágeis
e robustos em fornecer subsídios para que a controladoria tome decisões em busca dos objetivos da empresa.
O planejamento é essencial para auxiliar o controller, numa visão moderna, em suas novas atividades estratégicas,
visualizando o futuro, além de prospectar novas oportunidades de negócios. Desta maneira o planejamento serve
como apoio para as demais atividades comerciais e industriais numa perspectiva global.
No capítulo Planejamento do livro Fundamentos de Controladoria, você vai estudar melhor o assunto desta unidade,
diferenciando os tipos de planejamento, identificando as etapas e os resultados do planejamento.
A primeira etapa do planejamento estratégico é saber onde a empresa pretende chegar a um determinado tempo.
Após essa etapa é que se dá o andamento do planejamento estratégico da empresa.
A Cacau Show, fabricante de chocolates desde 1988, se tornou uma grande empresa no ramo de chocolates finos.
Começou com uma loja e atualmente está chegando a duas mil em todo o Brasil. Para chegar onde está, a Cacau
Show utiliza as diretrizes estratégicas que se referem ao presente e onde querem chegar nos próximos anos. São
elas que norteiam toda a tomada de decisões e o foco de planejamento.
Saiba como planejar suas ações. Aprenda a elaborar um planejamento para sua empresa.
Uma forma de traçar planos de ação que contemplam a visão de futuro que o empresário desenvolveu para a
empresa é através do planejamento estratégico. Como o próprio nome já diz, o planejamento estratégico auxilia a
empresa na definição de objetivos e estratégias para que estes sejam alcançados.
Um aspecto positivo é que ao traçá-lo o empreendedor poderá enxergar seu negócio sob a ótica do mercado,
definindo um direcionamento para melhoria da sua empresa.
Ter uma visão clara do futuro da empresa, estar preparado para tomar decisões e estar disposto a enfrentar desafios
é essencial a todo empresário. E por isso, mostraremos alguns passos para que possa montar seu planejamento
estratégico de forma prática e estruturada.
Estudo de mercado
O mercado é extremamente competitivo e para não perder espaço é preciso analisar detalhadamente o cenário e o
ambiente que cercam e englobam sua empresa. Através dessa avaliação é possível planejar de forma minuciosa para
alcançar o sucesso.
Para compreender melhor como seu negócio funciona diante ao mercado, utilize a análise SWOT para fazer um
estudo de maneira detalhada para entender quais são os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades da sua
empresa.
Defina missão, visão e valores da sua empresa. Elas determinam como os todos os aspectos do negócio funcionam e
representam a identidade organizacional.
Missão: é a razão da existência da empresa. Ela delimita os clientes e o setor que pretende impactar.
Perguntas que ajudam a definir sua missão: Por que a empresa existe? O que a empresa faz? Para quem?
Visão: é a descrição do futuro. Ela precisa estabelecer a perspectiva a longo prazo. Indica onde a empresa
quer chegar. A visão precisa responder às seguintes perguntas: Onde queremos chegar? O que a empresa
quer se tornar? O que a empresa será?
Valores: são regras básicas que devem refletir princípios éticos e morais, unindo o mundo empresarial ao
pessoal.
Público-alvo
Identifique e estude seu cliente, analise a série de informações que ele fornece, como: qual é o seu comportamento
de compra, hábitos, preferências e gostos, dados demográficos, psicográficos e socioeconômicos, entre outras
coisas.
Metas e objetivos
Defina as metas e objetivos a serem alcançados pela empresa dentro do que está sendo planejado, eles são
essenciais para o planejamento estratégico. Os objetivos direcionam a empresa, devem ser precisos e exatos.
Enquanto as metas são mais específicas, costumam ser mais indicativas e direcionais. A meta para empresa é
importante, pois mensura quais objetivos estão sendo ou não cumpridos
Ações
As ações são os elementos que serão capazes de levar a organização a atingir os objetivos de maneira eficaz. Analise
o que deverá ser feito, nos recursos, na agenda de implementação e nos prazos para cada ação.
Resultados
Verifique e mensure sempre os resultados adquiridos do planejamento estratégico, avaliando se será necessário
realizar alguma mudança, corrigir algum problema, fazer investimentos, contratar pessoal ou montar parcerias. O
acompanhamento mantém o controle do que está acontecendo e fornece um parâmetro para compreender como
sua empresa está em relação às metas.
OS 4 PILARES DELORS
Você sabia que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi criada no dia
16 de novembro de 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de promover a cultura da paz? Para
tanto e dentre outras frentes, a educação de qualidade e o aprendizado contínuo se tornam indispensáveis para a
concretização de uma sociedade mais justa, solidária, pacífica e autossustentável.
Em 1996, os Quatro Pilares da Educação foram divulgados pela Comissão Internacional sobre a Educação no Século
XXI, sob a coordenção de Jacques Delors, professor e ex-ministro da Economia da França. Esses pilares foram
adotados e registrados pela UNESCO no relatório “Educação: um tesouro a descobrir”, modificando de modo
considerável os objetivos da aprendizagem escolar, que antes estava direcionada à memorização de conteúdos
escolares. O documento propõe que os objetivos atuais deverão visar a formação de cidadãos aptos para construir e
viver harmoniosamente em sociedade. Os pilares são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver
juntos e aprender a ser.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as diretrizes propostas para a educação a partir do trabalho
coordenado por Jacques Delors, relacionando-os com a prática diária do professor e com o trabalho interdisciplinar
no meio escolar.
Você viu que os Quatros Pilares da Educação propostos por Jacques Delors fazem referência a quatro aprendizagens
fundamentais para o desenvolvimento global do ser humano. Portanto, esse desenvolvimento deve envolver os
campos físico, mental, cognitivo, atitudinal, social, emocional e espiritual de cada estudante. Desta forma, as
diretrizes trazidas pelos Quatro Pilares apontam que o aprendizado e a memorização dos conhecimentos
construídos pela humanidade ao longo da História são importantes, mas insuficientes para a construção de uma
sociedade justa, solidária, pacífica e autossustentável.
Essa mudança de objetivos se deve ao fato de que a memorização de conteúdos não é, por si só, suficiente para
provocar mudanças na maneira como você se relaciona consigo mesmo, com as outras pessoas e os cenários que o
cercam. Veja o caso da aprendizagem sobre a saúde corporal.
Neste Infográfico, você vai conhecer as características dos Quatro Pilares da Educação de maneira mais detalhada.
Você verá que, para cumprir os objetivos de consolidar a paz, a justiça social e a sustentabilidade, os objetivos
educacionais visam o desenvolvimento de habilidades específicas, que vão muito além do aprender a ler, escrever e
contar. Além disso, cada aprendizagem fundamental deve estar focada na participação ativa dos estudantes durante
o processo, pois a autonomia e a responsabilidades são os pontos de partida para a boa formação humana.
Assim, cada pilar, embora seja singular, apresenta características comuns com todos os outros, como uma rede única
de formação integral. Desta forma, pretende-se que aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos
e aprender a ser, sustentem a formação individual de cada ser humano, mas também a formação de uma sociedade
justa e pacífica.
Neste capítulo, você vai estudar a elaboração dos Quatro Pilares da Educação e suas propostas para uma revolução
nas práticas escolares de todo o mundo. Delors e sua Comissão posicionam a Educação como chave mestra para a
construção de uma sociedade capaz de compreender as relações de interdependência entre as nações e as pessoas.
Essa compreensão levaria a um estado de responsabilidade pela vida no planeta.
Permitindo que todos tenham conhecimento e que desenvolvam competências atitudinais condizentes com esses
conhecimentos, uma cultura de paz e solidariedade se firmaria e colocaria toda a humanidade no caminho para a
auto compreensão, para a compreensão do ponto de vista do outro e de si mesma.
Você irá estudar também as adaptações na mediação didática dos professores e na apresentação dos conteúdos
escolares.
Aprofunde seus conhecimentos lendo o capítulo Os Quatro Pilares - Delors, do livro Didática, formação e
profissionalização docente, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Veja, na prática, o relato do professor de Física Jonas Cordeiro de Oliveira (2013) sobre o desafio de ensinar os
conteúdos de Ciências para os alunos do Ensino Fundamental II da Rede Estadual do Rio Grande do Sul.
PENSAMENTO LIBERAL
Você sabia que o pensamento liberal é fruto de um movimento de contraposição aos ideais da Idade Média e, por
isso mesmo, não tem uma data específica marcando seu início? Contudo, as raízes desse movimento podem ser
situadas na Europa do século XVI, fortalecidas pelo desejo de mudança nas relações entre o homem e o mundo. O
acúmulo de capital, proporcionado pelo desenvolvimento do comércio daquele período, impulsionava o
questionamento a respeito dos valores e das tradições religiosas, políticas, econômicas e culturais da época. Diversos
pensadores, em locais e tempos diferentes, expressavam o desejo de libertação do autoritarismo medieval exercido
pelo Estado e pela Igreja sobre a população.
É importante destacar que as ideias propagadas pelo pensamento liberal não ficaram restritas ao passado, elas
acompanharam a história da humanidade até os dias de hoje. Isso porque o liberalismo se disseminou de maneira
não ordenada por vários campos do saber, como, por exemplo: na política, economia, religião, sociologia e
educação, sempre buscando a liberdade individual do ser humano.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os principais teóricos do liberalismo, o contexto histórico que
forjou as características do pensamento liberal, e as influências desse movimento na educação, especialmente na
formação e atuação dos professores até os dias atuais.
DESAFIO
O princípio do pensamento liberal está relacionado à necessidade de profundas transformações na maneira como o
ser humano se relacionava com mundo. O florescimento do comércio e a acumulação de riquezas gerada por
ele impôs mudanças em vários campos, como: economia, política, religião, educação, ciência e liderança.
O acúmulo de riquezas, proporcionado pela expansão comercial, forçava o deslocamento do centro de poder do
regime absolutista, passando a valorizar mais as fortunas monetárias do que os títulos da nobreza do clero e a posse
de terras. Na verdade, a expansão do comércio marca o surgimento da burguesia, que exigia liberdade e direitos
para atuar e se fortalecer como uma classe social, política e econômica.
Uma das exigências da burguesia era a desvinculação entre o Estado e a Igreja. Tendo por base o contexto histórico
no qual surgiu o pensamento liberal e as suas principais características, justifique a importância da laicidade para os
teóricos liberais.
No Infográfico, você vai conhecer os principais teóricos do pensamento liberal nos campos da economia, política e
educação. Você perceberá que, enquanto movimento ideológico, o liberalismo tem ideias diversificadas e até
mesmo contraditórias entre seus pensadores. Um fator que explica essas contradições é o fato de o liberalismo ter
surgido como uma necessidade social em diferentes tempos e cenários da Europa, mostrando as diferentes
concepções de liberdade e responsabilidade que cada teórico defendia para sua área de atuação.