Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
ORÇAMENTO PÚBLICO
IINTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
2.2 Orçamento Público - Vídeo 12 - O que é Dívida pública O Carlos e a Rosa moram na mesma
casa desde que se casaram e eles adoram morar ali. É uma casa legal, fica numa rua agradável e os
vizinhos são bons amigos. Quando chegaram lá a alguns anos, a casa parecia enorme, também,
eram só os dois, tinham poucos móveis, poucas lembranças e ainda muita história pela frente.
Passado algum tempo, a coisa foi ficando bem diferente, os móveis mudaram, aumentaram de
tamanho e começaram a acumular lembranças de viagens, presentes de amigos e da família, os
discos e livros que tanto adoram e, principalmente, chegaram as crianças, que não param de crescer
e nem ficam quietas. O Carlos e a Rosa adoram a alegria dessa bagunça, mas já perceberam que tem
sido cada vez mais difícil pôr a casa em ordem. Para achar um pé de meia tem que pôr todo mundo
pra procurar. Foi aí que perceberam que precisavam de uma casa maior. Como não queriam se
mudar dali, decidiram seguir o exemplo dos vizinhos e construir um segundo andar. Mas quando
fizeram as contas, que pena, com o salário que ganhavam e com todas as despesas que já tinham,
não dava para bancar uma obra dessas. Foi aí que a Rosa teve uma ideia, e se tomassem um
empréstimo no banco. Poderia negociar uma parcela que coubesse o orçamento dele. É claro que
teriam que cortar alguns gastos e diminuir outros, mas se conseguissem fazer de forma organizada e
consciente, os benefícios seriam muito maiores. Portanto, ao decidirem pelo empréstimo, o que o
Carlos e a Rosa fizeram foi contrair uma dívida, na prática, isso significa que agora, entre as
despesas de todo o mês eles precisam incluir um novo gasto, a parcela da dívida. E eles sabem que
essa dívida precisa ser bem administrada, caso contrário, ela pode começar a tomar espaço de outros
gastos importantes como a escola das crianças e o supermercado. Além disso, caso deixem de pagar
as parcelas, a dívida cresce e será mais difícil para eles conseguirem um novo empréstimo no
futuro, caso precisem. Bom, a dívida pública é mais ou menos isso, quando o governo tem mais
gastos do que pode pagar, o que ele faz é tomar um empréstimo. E no caso do governo, esse
empréstimo é feito geralmente, por meio da emissão de títulos públicos. E o que significa isso?
Títulos são papéis que o governo coloca à venda para o público, com a garantia de recomprá-los por
um preço maior, após um determinado período. Assim, ele terá os recursos que precisa para bancar
suas despesas. Bom, agora você deve estar pensando! Se o Carlos e a Rosa fossem como o governo
seria bem mais simples não é. Bastaria emitir mais títulos toda vez que precisassem de mais
dinheiro para alguma despesa. Mas não, não é bem assim. Não podemos esquecer que a emissão de
um título, significa que o governo tem uma dívida com quem comprou o título. Ou seja, toda vez
que o governo emite um título, ele cria uma despesa futura, ele compromete uma parte das receitas
mais para frente. Por isso que o governo não pode lançar títulos e se endividar indefinidamente.
Portanto, o que vimos é que a dívida pública é uma fonte de receitas para o governo, mas que
precisa ser bem administrada, porque se não for ela acaba comprometendo um volume cada vez
maior de recursos, impedindo a realização de despesas importantes para o país. É por isso que a
Constituição Brasileira atribui ao Senado Federal, a responsabilidade de estabelecer um limite para
o endividamento público.
2.3 Orçamento Público - Vídeo 13 - Refinanciamento da dívida pública - Orçamento Fácil O Carlos
e a Rosa para poderem aumentar a casa e construir um segundo andar, pegaram um empréstimo no
banco, o que significa que eles contraíram uma dívida, receberam um valor que precisavam para a
obra, mas agora devem pagar de volta ao banco nas datas de vencimento. Em cada vencimento eles
pagam uma parcela do empréstimo. Boa parte é devido aos juros do empréstimo e outra parte menor
é relativo ao valor contratado, que chamamos de principal da dívida. Apesar de todo o cuidado e de
todas as contas feitas, eles foram surpreendidos com novos gastos e aconteceu de ficarem com
dificuldades de pagar a dívida. Estavam tão preocupados que decidiram voltar ao banco e buscar
uma solução. E sabe o que o gerente sugeriu, que fizessem um novo empréstimo e ganhassem mais
prazo para pagar os juros de um principal que você já aprendeu ser o valor contratado propriamente
dito. O gerente do banco alertou no entanto, que o novo não empréstimo não significa que o Carlos
e a Rosa terão mais dinheiro para gastar. É uma troca de dívida e terá como consequência um
aumento do pagamento de juros e da dívida como um todo. Se você entendeu o que o Carlos e a
Rosa fizeram fica mais fácil entender o que é o refinanciamento ou rolagem da dívida pública. Na
data de vencimento de um título que o governo emitiu, ele emite outro para substituir o anterior.
Não é dinheiro novo entrando para os cofres do governo, o que significa que o governo não pode
fazer novos gastos com esses recursos. É importante lembrar que assim como o Carlos e a Rosa, o
governo vai continuar pagando os juros e uma parte do principal da dívida pública, que chamamos
amortização. Então agora, você já sabe que quando o governo anuncia o tamanho do orçamento do
ano, uma boa parte dele vai para a dívida pública. Dessa fatia, a maior parte vai para o
refinanciamento da dívida, ou seja, é mera troca de títulos. O restante vai para pagamento de juros e
outra parte para o pagamento do principal da dívida. Mas é importante entender que o valor da
dívida no orçamento público corresponde apenas ao que será pago no ano. Ele não se confunde com
o valor total da dívida que é chamado de estoque da dívida. Atualmente, o estoque da dívida tem
ficado em 55% da riqueza total do país.
2.4 Orçamento Público - Vídeo 14 - Fases da despesa pública Você já sabe que todo o dinheiro que
o governo gasta vem dos impostos e outros recolhimentos que fazemos aos cofres públicos. Essa é a
razão pela qual cada um de nós precisa acompanhar e ajudar a fiscalizar a despesa pública. Para
isso, um bom começo é saber que para ser executada qualquer despesa pública precisa estar
autorizada ou planejada no orçamento. Se ela não estiver, não poderá ser realizada. Isso mostra a
importância de acompanhar a elaboração do orçamento público desde o início. Só assim, poderemos
verificar se as necessidades da população foram devidamente atendidas no orçamento. Mas, e
depois que a despesa está prevista no orçamento, como se faz para acompanhar se ela foi
efetivamente realizada? Aqui a algo muito importante que você precisa saber. Diferente do nosso
dia a dia, a despesa pública cumpre algumas etapas, vamos ver como isso acontece. Imagine uma
escola pública, suponha que o governo tenha decidido reformá-la no próximo ano e que haja R$
100.000,00 (cem mil reais) previstos para esta obra no orçamento. Isso é considerado valor
autorizado ou planejado, uma vez incluída a despesa no orçamento, é necessário reservar os
recursos para cada etapa da obra, como o seu projeto de engenharia, compra de materiais,
contratação de mão de obra, etc. No orçamento, essa etapa é a primeira fase da execução da despesa
pública, que acontece com a emissão de empenhos no sistema de administração financeira do
governo. Isso vale tanto para a União, quanto para os Estados e os Municípios. Com o empenho da
despesa, o governo assume o compromisso de contratar e realizar aquele gasto. No nosso exemplo
da escola essa fase acontece quando o governo emite o empenho para contratar a empresa que
ganhou a licitação da reforma. Se for o próprio governo quem tocará a obra, serão emitidos diversos
empenhos para as compras de material e outras contratações diretas. Nesse caso, é importante saber
que o conjunto de todos os empenhos emitidos não pode ultrapassar o valor total autorizado para a
obra. Assim, quando você ouvir que uma despesa foi empenhada, é porque os recursos já estão
comprometidos para o futuro pagamento. Feito o empenho, contratada a obra ou os fornecedores, o
próximo passo é receber a obra feita ou os materiais adquiridos, sempre conferindo se eles estão
dentro do que foi contratado. O nome dessa fase é liquidação da despesa pública, ou seja, uma
despesa é considerada liquidada, quando o governo recebe a obra ou os produtos e serviços e atesta
que está tudo conforme encomendado. Por isso falamos que nessa fase, a despesa foi de fato
executada. Agora, vem a terceira e última fase da execução da despesa pública, que é o pagamento,
ou seja, quando os fornecedores e as empresas contratadas pelo governo recebem efetivamente o
dinheiro pelo que realizaram. Mas o que acontece quando a obra, os produtos e os serviços
contratados não são entregues até o final do ano? Ou são entregues, mas o governo não chega a
efetuar o pagamento? Nesse caso, há duas possibilidades: se o que foi empenhado não foi entregue
pelo fornecedor, o governo pode cancelar o empenho da despesa, ou seja, fica zero a zero. A
segunda opção é prorrogar a execução do empenho para o ano seguinte. Isso acontece quando a
obra, os produtos e os serviços não puderam ser entregues ou forma entregues e não pagos até o
final do ano. Nesses casos, a despesa empenhada e não paga até o final do ano, é inscrita em uma
classificação orçamentária chamada de restos a pagar. Agora, então, você já sabe, para realizar uma
despesa pública é necessário primeiro que esta despesa esteja autorizada ou planejada no
orçamento. Em seguida, a execução dessa despesa precisa cumprir três etapas: o empenhado ou
comprometido, o liquidado ou executado e o pago. E se uma despesa não tiver sido paga até o final
do ano, ela poderá ser lançada no orçamento do ano seguinte sob a classificação de restos a pagar. 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS