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Mesmo custando caro, as ligas não ferrosas - aquelas que não têm ou têm e
pouca quantidade o ferro em sua composição - apresentam vantagens em
relação às ligas ferrosas, pois têm baixa densidade e alta condutividade
térmica e elétrica, além de uma maior resistência à corrosão. As ligas mais
utilizadas na indústria são as que contêm alumínio, cobre e zinco.
No geral, suas características são: alta dureza, alto peso, grande resistência
mecânica e boa condutibilidade térmica. Suas propriedades gerais são:
resistência à tração, resistência à compressão, resistência ao desgaste,
resistência ao impacto, corrosão e fadiga.
No processo de obtenção dos metais ferrosos, temos uma série de
acontecimentos sucessivos. Começamos com a extração dos minérios de
ferro, como magnetita e hematita (óxidos de ferro), na jazida a céu aberto.
Após a extração, os minérios passam por um processo de redução, onde o
oxigênio é extraído, e as impurezas são retiradas do ferro, que é refinado. O
material então é levado ao alto-forno, tendo como combustível o carvão
mineral, que também participa do processo de redução do minério de ferro
(carbono). Porém, esse carvão não é empregado no processo em seu estado
natural. Antes ele passa pela coqueificação, um procedimento que tem
como finalidade retirar a matéria volátil dele, aquecendo-o a altas
temperaturas sem a presença de oxigênio. Após 16 horas nesse estado, é
obtido o coque, um material esponjoso constituído 88% de carbono. Ele é
transportado para o alto-forno, onde será consumido na produção do ferro-
gusa. Além disso, o calcário também é matéria-prima do aço, usado como
fundente para aglomerar partículas finas do minério de ferro na
sinterização, onde o coque se mistura a essas partículas e entra em
combustão, fundindo o calcário, que se resfria e se solidifica, aglomerando
os finos de minérios de ferro, formando o sínter. Produzidas todas as
matérias-primas (minério de ferro, coque e sínter), são transportadas
finalmente até o alto-forno, onde são introduzidas alternadamente pela
parte de cima. O carbono do coque reage com o oxigênio do forno,
formando gás monóxido de carbono. Este extrai o oxigênio do óxido de
ferro, resultando em ferro e dióxido de carbono. O calcário presente no
sínter serve para abaixar o ponto de fusão de elementos indesejados e que
vão formar a escória, separada do ferro-gusa através de densidade. O gusa,
resultado desse processo, tem alto teor de carbono e de impurezas, sendo
um material quebradiço e sem grandes aplicações práticas. Seguindo para a
aciaria, é efetuado o carregamento do convertedor, equipamento
responsável pela transformação do gusa em aço. É carregada uma
quantidade de sucata sólida produzida pela usina, e o gusa é despejado
sobre ela. É realizado um sopro de oxigênio, para oxidar o excesso de
carbono do gusa e retirar as impurezas. Enquanto a escória é vazada em um
pote de escória, o aço segue para o refino secundário, onde adquire suas
determinadas propriedades, dependendo de qual seja sua finalidade, através
da adição de outros elementos. Por exemplo, o aço inoxidável, ao qual é
adicionado cromo e níquel, materiais que retardam muito o enferrujamento
do aço. Assim, o aço é moldado, podendo ser trabalhado em lâminas, tubos
ou fios, de acordo com sua aplicação.