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FÓRUM
1. Você precisa utilizar a petição inicial abaixo e fazer as alterações para que se adeque à
realidade do seu caso. Inicialmente você deve alterar os dados da qualificação (nome,
nacionalidade, estado civil, profissão, identidade, CPF e endereço). Todos os textos que
estiverem em vermelho na petição inicial, você deve substituir por dados seus.
2. Recomendo que você leia a petição inicial na íntegra antes de fazer qualquer coisa e faça as
modificações que se adequem ao seu caso. Fique à vontade para modificar e caso tenha
dúvida, você pode me enviar uma mensagem pelo whatsapp ou email;
4. Após a sua petição inicia ficar pronta e todos os documentos que comprovem suas
alegações estiverem com cópias, basta imprimir em uma via somente;
5. Você deve procurar o Fórum mais próximo do endereço do imóvel que foi aplicado o TOI e
dirigir-se ao Núcleo de Primeiro Atendimento dos Juizados Especiais Cíveis ou Núcleo de
Distribuição, Autuação e Citação – NADAC. Você deve levar sua petição inicial e os
documentos que comprovam suas alegações para que seja Distribuída (dada entrada) e
marcada a Audiência de Conciliação;
8. Você não é obrigado a aceitar nenhuma proposta e pode recursar a proposta inicial,
podendo inclusive fazer sua contraproposta. Caso você não aceite a proposta, será designada
uma Audiência de Instrução e Julgamento. Neste momento, haverá uma nova oportunidade
para as partes fazerem acordo e caso não seja possível o juiz, seja leigo ou togado, procederá
com a análise das provas apresentadas pelas partes e dará seu julgamento. Em regra o
julgamento não é na Audiência, mas será designado um dia para que as partem tomem
conhecimento da sentença.
9. Caso a sentença não seja satisfatória a você, você poderá recorrer dentro do prazo de no
máximo 10 (dez) dias corridos, a contar da data do dia em que foi designada a sentença.
10. Sempre recomendo que todo procedimento judicial seja realizado por advogado ou
defensor público, mas a Lei Federal 9.099/95 criou os Juizados Especiais Cíveis (antigo
Juizado de Pequenas Causas), podendo o interessado, pessoa física, atuar sem advogado,
desde que o valor da causa não ultrapasse o valor equivalente a 20 (vinte salários mínimos).
Caso o valor da causa ultrapasse o equivalente a 20 salários mínimos, é obrigatória a atuação
de advogado no processo dos Juizados Especiais Cíveis. O art. 133 da Constituição Federal de
1988 trata sobre a atuação indispensável do advogado nos processos judiciais, sendo
necessária sua presença sempre. A atuação do advogado também é obrigatória em caso de
você ter quer recorrer.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ........ JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL COMARCA DA CAPITAL – FÓRUM REGIONAL DE [BANGU, CAMPO GRANDE,
ETC...]
1. DOS FATOS
O(A) Autor(a) é titular dos serviços de fornecimento de energia elétrica prestados
pela Empresa Ré, identificado através do nº de cliente .x.x.x.x.x., estabelecendo
comprovadamente uma relação de consumo regulada e protegida pela Lei nº 8.078/90 - Código
de Defesa do Consumidor - CDC.
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Foi verificado pela Empresa Ré que o medidor estava danificado, apurando de
forma unilateral um histórico de consumo e grandezas elétricas no período de
x.x./.x.x.x.x.x/20.x.x. a x.x./.x.x.x.x.x/20.x.x., totalizando uma suposta dívida de R$ .x.x.x.x.x.x
(.x.x.x.x.x).
Mesmo o(a) Autor(a) não ter concorda com o TOI aplicado de forma unilateral a
ele(a), em decorrência do consumo de sua unidade consumidora e acerca do valor cobrado
acima, foi obrigado(a) a aceitar o referido valor como dívida e parcelar tal dívida em .x.x
parcelas iguais e sucessivas de R$ .x.x.x.x. (x.x.x.x.x.x.x), iniciando a primeira como cobrança
na fatura de .x.x.x.x/20x.x. (vencida em .x.x./.x.x.x.x/20x.x.), a fim de evitar qualquer
suspensão no fornecimento de energia e inclusão de seu nome e CPF nos cadastros
restritivos de crédito.
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entrega de comprovante desse procedimento ao consumidor ou àquele que acompanhar a inspeção ,
e encaminhá-los por meio de transporte adequado para realização da avaliação técnica.
§6º - A avaliação técnica dos equipamentos de medição pode ser realizada pela Rede de Laboratórios
Acreditados ou pelo laboratório da distribuidora, desde que com pessoal tecnicamente habilitado e
equipamentos calibrados conforme padrões do órgão metrológico, devendo o processo ter certificação na
norma ABNT NBR ISO 9001, preservado o direito de o consumidor requerer a perícia técnica de que trata o
inciso II do § 1o . (Redação dada pela REN ANEEL 479, de 03.04.2012).
§7º - Na hipótese do §6º, a distribuidora deve comunicar ao consumidor, por escrito, mediante
comprovação, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o local, data e hora da realização da avaliação
técnica, para que ele possa, caso deseje, acompanhá-la pessoalmente ou por meio de representante
nomeado.
§8º - O consumidor pode solicitar, antes da data previamente informada pela distribuidora, uma única vez,
novo agendamento para realização da avaliação técnica do equipamento.
§9º - Caso o consumidor não compareça à data previamente informada, faculta-se à distribuidora seguir
cronograma próprio para realização da avaliação técnica do equipamento, desde que observado o disposto
no §7º.
§10 - Comprovada a irregularidade nos equipamentos de medição, o consumidor será responsável pelos
custos de frete e da perícia técnica, caso tenha optado por ela, devendo a distribuidora informá-lo
previamente destes custos, vedada a cobrança de demais custos.
§11. Os custos de frete de que trata o §10 devem ser limitados ao disposto no §10 do art. 137.”
Deve ser constado que residem com o(a) Autor(a), seu cônjuge e dois filhos,
sendo o imóvel constituído de 05 (cinco) cômodos (Sala, Cozinha, Banheiro e dois
Quartos),onde se comportam os seguintes aparelhos consumidores de energia:
01 (uma) Geladeira;
01 (um) Televisor;
01 (um) Aparelho Condicionador de Ar;
01 (um) Ventilador de Mesa de 30cm (trinta centímetros);
05 (quatro) Lâmpadas Fluorescente/LED.
Excelência, o que pretende o(a) Autor(a) com as informações acima ficar claro
que seu consumo mensal de energia é compatível com a quantidade de pessoas residentes na
unidade consumidora, ademais que durante o horário comercial quase não há consumo de
energia elétrica, uma vez que os o(a) Autor(a) e seu cônjuge trabalham e os filhos estudam,
não justificando a cobrança que a Empresa Ré impingiu ao(a) Autor(a).
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Desta forma, a conduta da Empresa Ré é considera ilegal, pois, não corresponde
à realidade do consumo de real no imóvel do(a) Autor(a), uma vez que a Empresa Ré não
cumpriu as regras exigidas pelo art. 129 da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, quando são
encontradas supostas irregularidades na instalação elétrica da unidade consumidora do(a)
Autor(a), em especial, ter realizado o TOI sem a presença do(a) Autor(a) ou de seu
representante legal.
Desta forma, não existe alternativa ao(à) Autor(a), senão procurar o Poder
Judiciário para garantir seus direitos na qualidade do(a) consumidor(a).
2. DOS FUNDAMENTOS
A norma contida no art. 22 da Lei nº 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor,
determina que Administração Pública é obrigada a fornecer na prestação de serviço público,
um serviço ADEQUADO, EFICIENTE, SEGURO e CONTÍNUO, na hipótese de SERVIÇO
ESSENCIAL, uma vez serem atributos inerentes a todo e qualquer serviço prestado ao
consumidor.
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O que causa indignação no(a) Autor(a) é que os valores cobrados são
indevidos, pois não correspondem ao que efetivamente foi consumido no período acima
mencionado, além de o procedimento para a aplicação do TOI foi totalmente fora no
determinado pelo art. 129 da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, além de não ter dado ao(à)
Autor(a) a possibilidade de acompanhar pessoalmente o procedimento e de realizar sua defesa
administrativa, não sendo garantido que realmente existam irregularidades em sua unidade
consumidora.
3. DA RESPONSABILIDADE DA EMPRESA RÉ
O art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988 – CRFB/88, ao dispor que “as
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros [...]” encerra qualquer possível discussão acerca da responsabilidade das pessoas
jurídicas de direito público, fixando sua responsabilidade objetiva por atos de seus prepostos.
O fato ocorrido deve ser reparado por verba fixada em patamares comedidos, ou
seja, para que não seja uma forma de enriquecimento ilícito para o(a) Autor(a), tampouco,
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constituir um valor ínfimo que nada indenize e que deixe de retratar uma reprovação à atitude
imprópria da Empresa Ofensora, considerada a sua capacidade econômico-financeira.
Ressalte-se que a reparação desse tipo de dano tem tríplice caráter: punitivo,
indenizatório e educativo, como forma de desestimular a reiteração do ato danoso.
Surge assim a necessidade de o(a) Autor(a), conforme o art. 5º, XXXV, CRFB/88
e art. 6º VII do CDC, ir ao Poder Judiciário para ter seu direito resguardado, pleiteando ainda
indenização pelos danos morais causados pela Empresa Ré, pela prática não idônea
utilizada pela Empresa Ré que, unilateralmente, impingiu ao(à) Autor(a) cobrança
indevida, submetendo ainda à prática vexatória que submeteu o(a) Autor(a), ao ponto de
substituir o seu relógio medidor por outro que somente fez comprovar que a falha estava
na cobrança da Empresa Ré, além de ter cortado indevidamente a energia na unidade
consumidora.
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No entanto, certo é que o(a) Autor(a), como usuário do serviço, deve estar ciente
dos atos dos prepostos técnicos da Empresa Ré, só podendo responder pelas respectivas
cobranças se restarem provadas a real existência de referida irregularidade, o que não
houve in casu.
4. DO PEDIDO
Diante do exposto, vem a Vossa Excelência requerer:
1. Seja, inaudita altera pars, concedida a tutela de urgência, de acordo com o
art. 300 do CPC e art. 84 do CDC, determinando o restabelecimento do serviço de energia
elétrica na residência do(a) Autor(a), sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais) em
caso de descumprimento, sendo transformada em definitiva ao final do litígio; (Utilizar este
pedido somente se houver o corte no fornecimento do serviço de energia pelo não pagamento
de alguma parcela do TOI).
2. A citação da Empresa Ré para responder à presente ação para que conteste a
presente ação, em todos os seus fundamentos, sob pena de presumirem-se verdadeiros os
fatos e fundamentos aqui articulados;
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3. Que seja concedida a inversão do ônus da prova, de acordo com o art. 6º VIII
do CDC, cabendo ao pólo mais forte derrubar as afirmações aqui arroladas, tudo aliado aos
indícios processuais;
4. Seja declarado nulo, abusivo e indevido o Termo de Ocorrência – TOI nº
x.x.x..x., desconstituindo todo e qualquer debito e cobranças oriundas deste documento, tal
como, os Comunicados de Cobranças de Irregularidade nº x.x.x.x.x.x.x.x.x., no valor de R$
x.x.x.x.x, bem como todos os seus consectários, em especial, as cobranças indevidas mensais
e sucessivas R$ x.x.x.x.;
5. Seja confirmada a tutela de urgência para determinar o restabelecimento do
serviço de energia elétrica na residência do(a) Autor(a), sob pena de multa diária de R$ 100,00
(cem reais) em caso de descumprimento, sendo transformada em definitiva ao final do litígio;
(Utilizar este pedido somente se houver o corte no fornecimento do serviço de energia pelo não
pagamento de alguma parcela do TOI).
6. Seja a Empresa Ré seja condenada a devolver ao(à) Autor(a) todo o valor
cobrado indevidamente e decorrente de tais irregularidades;
7. Seja a Empresa Ré condenada a pagar o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais),
a título de danos morais, com caráter punitivo-pedagógico, pela má-prestação dos serviços e
atitude desidiosa da Empresa Ré, assim como, serviço defeituoso, inadequado e ineficiente,
conforme arts. 1, III e 5, X, ambos da CRFB/88; e arts. 4º, 6º, VI, do Código de Defesa do
Consumidor, e arts. 186, 187 e 927, do Código Civil;
5. DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de prova em direito permitido, tais como, juntada de
novos documentos, depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão e demais provas em
direito admitidas para o ora alegado.
6. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ x.x.x.x.x (somar os R$ 10.000,00 + o valor da
cobrança do TOI ou dos TOI’s).
Nestes termos,
pede deferimento.
..................................................
FULANO(A) DE TAL
AUTOR(A)
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