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CAPÍTULO 1

DISPOSIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I

ORGANIZAÇÃO, JURISDIÇÃO E LIMITES

0101 – COMPOSIÇÃO E JURISDIÇÃO


A Capitania dos Portos do Espírito Santo é composta apenas por sua sede.
Os endereços, telefones e horário de atendimento ao público da Capitania são os
seguintes:
Capitania dos Portos do Espírito Santo
Rua Belmiro Rodrigues da Silva, s/nº – Enseada do Suá - Vitória – ES.
CEP 29010-520.
Telefones: (27) 334-6400, durante 24 horas;
Disque Denúncia: telefax (27) 334-6426, durante 24 horas;
Inspeção Naval: (27) 334-6422 e 334-6417;
Posto de Controle - VHF canal 16;
Despacho de Navios: telefax (27) 334-6439 e 334-6440.
Atendimento ao Público: 13h 15min às 16h 45min, nos dias úteis.

A jurisdição da Capitania abrange, nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, os


seguintes municípios:

ESPÍRITO SANTO
Conceição da Barra ES
Afonso Cláudio ES Conceição do Castelo ES
Água Doce do Norte ES Divino de São Lourenço ES
Águia Branca ES Domingos Martins ES
Alegre ES Dores do Rio Preto ES
Alfredo Chaves ES Ecoporanga ES
Alto Rio Novo ES Fundão ES
Anchieta ES Guaçui ES
Apiaca ES Guarapari ES
Aracruz ES Ibatiba ES
Attílio Vivacqua ES Ibiraçu ES
Baixo Guandu ES Ibitirama ES
Barra de São Francisco ES Iconha ES
Boa Esperança ES Irupi ES
Bom Jesus do Norte ES Itaguaçu ES
Brejetuba ES Itapemirim ES
Cachoeiro de Itapemirim ES Itarana ES
Cariacica ES Iuna ES
Castelo ES Jaguaré ES
Colatina ES Jerônimo Monteiro ES
-1-
João Neiva ES Rio Novo do Sul ES
Laranja da Terra ES Santa Leopoldina ES
Linhares ES Santa Maria da Jetiba ES
Mantenópolis ES Santa Teresa ES
Marataízes ES São Domingos do Norte ES
Marechal Floriano ES São Gabriel da Palha ES
Marilândia ES São José do Calçado ES
Mimoso do Sul ES São Mateus ES
Montanha ES São Roque do Canaã ES
Mucurici ES Serra ES
Muniz Freire ES Sooretama ES
Muqui ES Vargem Alta ES
Nova Venécia ES Venda Nova do Imigrante ES
Pancas ES Viana ES
Pedro Canário ES Vila Pavão ES
Pinheiros ES Vila Valério ES
Piúma ES Vila Velha ES
Ponto Belo ES Vitória ES
Presidente Kennedy ES
Rio Bananal ES

-2-
MINAS GERAIS

Abre Campo MG Divinolândia de Campos MG


Acaiaca MG Dom Cavati MG
Açucena MG Dom Joaquim MG
Aimorés MG Dom Silvério MG
Alpercata MG Dores de Guanhães MG
Alto do Jequetiba MG Durande MG
Alvarenga MG Engenheiro Caldas MG
Alvinópolis MG Fernandes Tourinho MG
Alvorada de Minas MG Ferros MG
Antônio Dias MG Florestal MG
Aracai MG Fortuna de Minas MG
Baldim MG Francisco Dumont MG
Barão de Cocais MG Frei Inocêncio MG
Barra Longa MG Funilandia MG
Bela Vista de Minas MG Galileia MG
Belo Horizonte MG Gonzaga MG
Belo Oriente MG Governador Valadares MG
Belo Vale MG Guanhães MG
Betim MG Iapu MG
Bom Jesus do Amparo MG Ibirete MG
Bom Jesus do Galho MG Inatuba MG
Bonfim MG Inhapim MG
Braunas MG Inhaúma MG
Brumadinho MG Inimutaba MG
Cachoeira da Prata MG Ipanema MG
Caetanópolis MG Ipatinga MG
Caete MG Itabira MG
Capim Branco MG Itabirinha de Mantena MG
Caputira MG Itabirito MG
Caratinga MG Itaguara MG
Carmesia MG Itambé do Mato Dentro MG
Central de Minas MG Itanhomi MG
Chale MG Itatiaiucu MG
Conceição de Ipanema MG Itueta MG
Conceição de Mato Dentro MG Jaboticatubas MG
Congonhas do Norte MG Jaguaraçu MG
Conselheiro Pena MG Jampruca MG
Contagem MG Jequeri MG
Cordisburgo MG Jequitiba MG
Coroaci MG Joanesia MG
Córrego Novo MG João Monlevade MG
Crucilândia MG Juatuba MG
Curvelo MG Lagoa Santa MG
Divino das Laranjeiras MG Lajinha MG
Manhuaçu MG Santana do Munhuaçu MG
Manhumirim MG Santana do Pirapama MG
Mantena MG Santana do Riacho MG
Mariana MG Santo Antonio do Grama MG
Marlieria MG Santo Antonio do Rio Abaixo MG
Mateus Leme MG São Domingos do Prata MG
Matias Lobato MG São Gonçalo Rio Abaixo MG
Matipo MG São João do Manhuaçu MG
Matozinhos MG São João do Manteninha MG
Mendes Pimentel MG São João do Oriente MG
Mesquita MG São João Evangelista MG
Moeda MG São José do Goiabal MG
Morro do Pilar MG São José do Mantimento MG
Mutum MG São Pedro dos Ferros MG
Nova Era MG São Sebastião do Rio Preto MG
Nova Lima MG Sardoa MG
Ouro Preto MG Senhora do Porto MG
Paraopeba MG Serro MG
Passabem MG Sete Lagoas MG
Peçanha MG Simonesia MG
Pedro Leopoldo MG Sobralia MG
Piedade de Ponte Nova MG Taquaraçu de Minas MG
Ponte Nova MG Tarumirim MG
Presidente Juscelino MG Timóteo MG
Presidente Kubistschek MG Tumiritinga MG
Presidente Soares MG Urucania MG
Procrane MG Vespasiano MG
Prudente de Morais MG Vila Matias MG
Raposos MG Virginópolis MG
Raul Soares MG
Resplendor MG
Ribeirão das Neves MG
Rio Acima MG
Rio Casca MG
Rio Doce MG
Rio Manso MG
Rio Piracicaba MG
Sabara MG
Sabinopolis MG
Santa Bárbara MG
Santa Cruz Escalvado MG
S. Efigenia de Minas MG
Santa Luzia MG
Santa Margarida MG
Santa Maria de Itabira MG
Santa Rita do Itueto MG
E sobre os rios limítrofes com o Estado de Minas Gerais até o limite do município
de Iuna/ES.

0102 – DELIMITAÇÃO DE ÁGUAS PARA A NAVEGAÇÃO INTERIOR


a) Área 1
De acordo com o estabelecido no item 0605 da Norma da Autoridade Marítima
para Embarcações Empregadas na Navegação Interior (NORMAM 02), são áreas
abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde normalmente não sejam
verificadas ondas com alturas significativas e que não apresentem dificuldades ao tráfego
das embarcações. Nos limites da jurisdição da Capitania ficam classificadas como área 1:
1) Carta Náutica 1401
As águas abrigadas da Baía do Espírito Santo e canal de acesso ao Porto
de Vitória, limitadas pelo alinhamento da extremidade do enrocamento do terminal de
carvão do porto de Praia Mole e a ponta de Santa Luzia.
2) Carta Náutica 1404
As águas abrigadas da enseada de Guarapari e enseada do Perocão,
limitadas pelo alinhamento das extremidades das Ilhas Raposa, Setiba Pina e Barreira
Vermelha.
3) Carta Náutica 1402
- As águas abrigadas das praias de Itaoca e Piúma limitadas pelo
alinhamento da foz do rio Itapemirim com as ilhas Piúma.
- As águas abrigadas da praia de Anchieta limitadas pelo alinhamento entre
as ilhas Piúma e Ponta dos Castelhanos.
- As águas abrigadas da Baixa da Goieba, limitadas pelo alinhamento da
Ponta dos Castelhanos e Ponta do Ubú.
- As águas abrigadas da Barra de Maimbá e Baixo de Maimbá, limitadas
pelo alinhamento da extremidade do enrocamento do terminal Ponta do Ubú e a Ponta de
Meaípe.
- As águas abrigadas da Barra do Almeida limitadas pelo alinhamento da
Ponta Capuba e Ponta dos Frecheiros.
- As águas abrigadas da Barra de Santa Cruz limitadas pelo alinhamento da
Ponta de Santa Cruz e Pontal de Tacipeba.
4) Carta Náutica 1420
As águas abrigadas do Terminal de Barra do Riacho limitadas pelo
alinhamento entre os faroletes Barra do Riacho Sul e Barra do Riacho Norte.
5) As águas abrigadas compreendidas pelos rios, lagos, lagoas e represas do
Estado do Espírito Santo e do Estado de Minas Gerais observada a área de jurisdição da
CPES estabelecida no item 0101 desta Norma.
b) Área 2
De acordo com o estabelecido no item 0605 da Norma da Autoridade Marítima
para Embarcações Empregadas na Navegação Interior (NORMAM 02), são áreas
parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas
significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais, tais como vento,
correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das embarcações.
Nos limites da jurisdição da Capitania estão classificadas como Área 2:
1) Carta Náutica 1403
A área marítima limitada pelos alinhamentos Barra de Itabapoana, ponto de
coordenadas geográficas latitude 21º 08’ S longitude 040º 50’ W e Ilha do Francês.
2) Carta Náutica 1402
A área marítima limitada pelos alinhamentos da ilha do Francês com Ilhas
Rasas e ponto de coordenadas geográficas latitude 20º 15’ S longitude 040º 09’ W.
3) Carta Náutica 1420
A área marítima limitada pelo alinhamento do ponto de coordenadas
geográficas latitude 20º 15’ S longitude 040º 09’ W, ponto de coordenadas geográficas
latitude 20º 00’ S longitude 040º 06’ W, ponto de coordenadas geográficas latitude 19º 50’
S longitude 040º 00’ W, ponto de coordenadas geográficas latitude 19º 45’ S longitude
039º 55’ W e ponto de coordenadas geográficas latitude 19º 40’ S longitude 039º 47’ W.
4) Carta Náutica 1300
A área marítima limitada pelos alinhamentos do ponto de coordenadas
geográficas latitude 19º 40’ S longitude 039º 47’ W, ponto de coordenadas geográficas
latitude 19º 30’ S longitude 039º 42’ W, ponto de coordenadas geográficas latitude 19º 15’
S longitude 039º 39’ W, ponto de coordenadas geográficas latitude 18º 45’ S longitude
039º 43’ W e Ponta Lençóis.
SEÇÃO II

DEVERES E SANÇÕES

0103 – MARINAS, CLUBES E ENTIDADES DESPORTIVAS NÁUTICAS


a) Os deveres e responsabilidades dos clubes náuticos e marinas estão listados
na Norma da Autoridade Marítima para embarcações de Esporte e Recreio e para
cadastramento e funcionamento das marinas, clubes e entidades desportivas náuticas
(NORMAM-03).
b) É vedada a navegação no período noturno, de qualquer embarcação que não
disponha das luzes previstas no Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no
Mar (RIPEAM).
c) Habilitação de Amadores.
Os requisitos para inscrição em provas estão preconizados na referida
NORMAM.
As inscrições para as provas são feitas na Capitania de Segunda à Quarta-
feira, das 13h 15min às 16h 45min.
Prova teórica: realizada às Quintas-feiras, às 14h. O resultado é divulgado no
dia seguinte.
Prova prática: realizada às Quintas-feiras, de 9h às 11h 45min e de 13h 15min
às 16h 45min, para os candidatos aprovados na prova teórica. O candidato deverá
comparecer na Capitania com uma embarcação a motor, devidamente inscrita, portando
o Titulo de Inscrição, Seguro Obrigatório e o Termo de Responsabilidade, assinado.
Os candidatos que optarem por trazer a embarcação por via marítima deverão
obter autorização prévia da Capitania. A condução até o local da prova deverá ser feita
por condutor habilitado.

0104 – INFRAÇÃO
O cumprimento destas Normas e Procedimentos (NPCP) é obrigatório para
comandantes, tripulantes, práticos e aquaviários em geral incluindo os pescadores e os
amadores, bem como por marinas, clubes e entidades desportivas náuticas.
O não cumprimento será caracterizado como infração, estando o infrator sujeito
às penas de multa, suspensão, retirada de tráfego e apreensão da embarcação previstas
no Regulamento de Segurança do Trafego Aquaviário sob Jurisdição Nacional
(Decreto número 2.596 de 18 de maio de 1998, que regulamentou a Lei número 9.537 de
11 de dezembro de 1997) e nas normas emitidas pela Autoridade Marítima, aplicáveis a
cada caso específico.
SEÇÃO III

FATOS, ACIDENTES DA NAVEGAÇÃO E RETENÇÃO DE EMBARCAÇÕES

0105 – FATOS E ACIDENTES DA NAVEGAÇÃO SUJEITOS À INVESTIGAÇÃO


A ocorrência de fatos ou acidentes da navegação, conforme conceituada na
Norma da Autoridade Marítima para Inquéritos Administrativos (NORMAM 09), deverá ser
comunicada à Capitania para abertura do competente Inquérito Administrativo sobre
acidentes ou fatos da navegação (IAFN). São as seguintes causas consideradas para
instauração de IAFN dos acidentes ou fatos da navegação:
a) acidentes da navegação
1) naufrágio, encalhe, colisão, abalroação, água aberta, explosão, incêndio,
varação e alijamento; e
2) avaria, defeito no navio ou nas suas instalações que ponham em risco a
embarcação, as vidas e fazendas de bordo. Inexistindo tal risco, a ocorrência não se
enquadra como objeto de Inquérito e sim de Sindicância a ser instaurada por
determinação do Capitão dos Portos.
b) fatos da navegação
1) o mau aparelhamento ou a impropriedade da embarcação para o serviço
em que é utilizada e a deficiência da equipagem;
2) a alteração da rota;
3) a má estivação da carga, que sujeite a risco a segurança da expedição;
4) a recusa injustificada de socorro à embarcação em perigo;
5) todos os fatos que prejudiquem ou ponham em risco a incolumidade e
segurança da embarcação, as vidas e fazendas de bordo; e
6) o emprego da embarcação, no todo ou em parte, na prática de atos ilícitos,
previstos em lei como crime ou contravenção penal, ou lesivos à Fazenda Nacional.

Comunicação de ocorrências envolvendo Mercadorias Perigosas


acondicionadas.
Quando ocorrerem no Mar Territorial, Zona Contígua e na Zona Econômica
Exclusiva perda ou perda provável de mercadorias perigosas acondicionadas ou não, os
Comandantes das embarcações deverão divulgar a ocorrência à Estação Costeira mais
próxima. O Brasil tem responsabilidades de divulgação desses incidentes, em
atendimento às normas da Organização Marítima Internacional (IMO).
As estações-rádio costeiras, estações terrenas ou sistema INMARSAT e
estações de qualquer Sistema de Informação de Navio deverão retransmitir as
informações retrocitadas à Capitania dos Portos, a fim de que sejam encaminhadas:
- ao país da bandeira do navio implicado; e
- a qualquer outro país que tenha ligação com o fato.

0106 – RETENÇÃO DE EMBARCAÇÃO


A embarcação será retida, para investigação, apenas por tempo suficiente para a
tomada de depoimentos de tripulantes e a realização do exame pericial, a fim de instruir o
respectivo Inquérito Administrativo. Tal fato não deve ser confundido com eventuais
retenções de embarcações estrangeiras “SOLAS” pelo “Port State Control“ (PSC), ou
para cumprimento de exigências de vistorias.

a) Apreensão e Lacre de Embarcação


A embarcação só será impedida de dar continuidade ou iniciar uma singradura,
quando a infração praticada efetivamente caracterizar perigo ou risco potencial à
navegação, à salvaguarda da vida humana nas águas e/ou à poluição ambiental.
b) Apreensão - Procedimentos
As embarcações serão apreendidas mediante lavratura do Auto de Apreensão
e arrolado o seu material de acordo com o modelo do ANEXO 1A, sempre que:
1) conduzidas por pessoas não habilitadas;
2) não forem inscritas;
3) for solicitado formalmente pelo órgão fiscalizador da pesca;
4) requisitada por Juiz competente, através de mandado judicial;
5) estiver a embarcação estrangeira operando em águas sob jurisdição
nacional, sem Inscrição Temporária;
6) trafegando sem o cumprimento de exigências de vistorias que
comprometam a segurança, após o prazo estabelecido; e
7) qualquer fato que represente perigo à salvaguarda da vida humana no mar,
segurança da navegação e à poluição ambiental.
c) Indenização por Guarda e Conservação
Além das multas, às embarcações apreendidas e sob responsabilidade da
Capitania, serão cobradas indenizações relativas às despesas pela guarda e
conservação, podendo ser acrescidas das despesas indiretas, tais como transporte e
alimentação do pessoal empregado nessa guarda.
d) Sobrestadia
A Capitania somente emitirá Certidão de Permanência no Porto, a pedido da
parte interessada, exclusivamente no caso de acidente ou fato da navegação cuja
investigação demande tempo além do previsto para estadia normal da embarcação.
SEÇÃO IV

NAVEGAÇÃO - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS PORTOS E SUAS


ADMINISTRAÇÕES

A Capitania dos Portos do Espírito Santo tem sob sua jurisdição os seguintes
Portos e Terminais:
- Porto de Vitória: terminais públicos e privados;
- Complexo Portuário de Tubarão: Porto de Tubarão (Terminal de Minérios);
Porto de Praia Mole (Terminal de Carvão e Terminal de Produtos Siderúrgicos), Terminal
de Produtos Diversos e Terminal de Granéis Líquidos;
- Porto de Barra do Riacho;
- Terminal Marítimo de Ponta Ubú; e
- Terminal de Regência.
O Representante Regional da Autoridade Marítima é o Capitão dos Portos do
Espírito Santo.
Endereço: Rua Belmiro Rodrigues da Silva, s/nº - Enseada do Suá - Vitória - ES -
BRASIL.
CEP 29050-000 Tel: (27)-334-6400 Fax: (27)-334-6404.
O Representante Local da Autoridade Marítima para a Capitania dos Portos do
Espírito Santo é o Chefe do Departamento de Segurança do Tráfego Aquaviário, (DSTA),
da Capitania.
Endereço: Rua Belmiro Rodrigues da Silva, s/nº - Enseada do Suá - Vitória - ES -
BRASIL.
CEP 29050-000 Tel: (27)-334-6420 Fax (27)-334-6439 e 334-6440.

0107 – CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS


As principais características dos Portos do Espírito Santo são a seguir
relacionadas. Para maiores informações, principalmente a respeito da navegação, devem
ser consultados além das Cartas Náuticas de cada porto, o Roteiro Costa Leste, Lista de
Faróis, Lista de Sinais Cegos, (publicações corrigidas e atualizadas pelos Avisos aos
Navegantes), e Tábua de Marés.
a) Porto de Vitória (CODESA, CVRD e PEIÚ)
1 - Localização: Lado interno do Canal de Vitória;
2 - Carta Náutica de maior escala: 1401; e
3 - Especialização: Granéis, Contêineres, Veículos e Carga Geral.
b) Complexo Portuário de Tubarão
1 - Localização: Ponta de Tubarão;
2 - Carta Náutica de maior escala: 1401; e
3 - Especialização: Minério de Ferro, Carvão, Contêineres, Granéis, Líquidos,
Grãos e Fertilizantes.
c) Terminal Privativo e de Uso Misto de Praia Mole
1 - Localização: Ponta de Tubarão;
2 - Carta Náutica de maior escala: 1401.
d) Terminal Especializado de Barra do Riacho (PORTOCEL)
1 - Localização: Praia da Concha;
2 - Carta Náutica de maior escala: 1420 (plano no verso); e
3 - Especialização: Papel, Celulose e Madeira.
e) Terminal Marítimo de Ponta Ubú
1 - Localização: Barra de Maimbá-Ponta de Ubú;
2 - Carta Náutica de maior escala 1.402; e
3 - Especialização: Minério de Ferro e Carvão.
f)Terminal de Regência
1 - Localização: Costa Leste em frente à Praia de Comboios – Linhares, ES.
Lat. 19° 41’ 29” S e Long. 039° 50’ 00”W;
2 - Carta Náutica de maior escala: 1300; e
3 - Especialização: Petróleo.

0108 – ADMINISTRAÇÕES
a) Porto de Vitória
1) Cais de Peiú, administrado pela Peiú Sociedade de Propósito Específico.
Margem esquerda do Canal de Vitória, Bairro Paul, Vila Velha – ES.
Telefax 200-2032
E-mail: peiu@peiu.com.br
http//www.peiu.com.br
2) Cais de Capuaba, administrado pela Companhia Docas do Espírito Santo
(CODESA).
Margem esquerda do Porto de Vitória, Bairro Paul, Vila Velha – ES.
Telefone 321-1311 Fax 222-7360
E-mail: dirope@portodevitoria.com.br
3) Cais Paul, administrado pela Companhia Vale do Rio Doce.
Estrada Jerônimo Monteiro, s/nº, Vila Velha – Paul
Telefone 246-1295, 246-1568, 246-1622, 246-1672 e 246-1651
Fax 226 0835.
4) Terminal de Vila Velha – TVV, administrado pela Companhia Vale do Rio
Doce
Av. Cavalieri, 2.000 – Porto de Capuaba – Vila Velha – ES. CEP
29.115.650
Telefone 346-2333
Fax 346-2366.
5) Terminal Retroportuário Alfandegado, administrado pela HIPER EXPORT
S/A
Estrada Cais de Capuaba, 1.500 – Santa Rita, Vila Velha – ES.
Telefone 326-7666
Fax 326-7660 e 326-1602
E-mail: hiperexport@hiperexport.com.br
6) Terminal da Flexibras, administrado pela FLEXIBRAS TUBOS FLEXÍVEIS
LTDA.
Rua Jurema Barroso, 35 – Ilha do Príncipe – Vitória – ES. CEP 29020.430
Telefone 331-3401 e 331-3402. Fax 223-7524.
E-mail: flexibra@nutecnet.com.br
7) Cais Comercial, administrado pela Companhia Docas do Espírito Santo
(CODESA), situada na Avenida Getúlio Vargas, nº 556 – Centro – Vitória, ES.
Telefone 321-1311, 321-1212, 223-0603.
Fax. 222-7360.
E-mail: dirpre@codesa.com.br
Gerência responsável pela segurança do porto: tel 223-4388 e 326-4683.

8) Terminal da Companhia Portuária Vila Velha – CPVV, situado na Estrada


de Capuaba, s/nº - Aribiri, Vila Velha, ES.
Telefone 326-0444.
Fax 326-0444 Ramal 222.
E-mail: tpvv@terra.com.br.
b) Complexo Portuário de Tubarão, Terminal de Carvão, Terminal de Carga
Geral e Fertilizantes, Terminal de Grãos, Terminal de Minério (píer I e II); Terminal de
Granéis Líquidos (TGL).
É administrado pela Companhia Vale do Rio Doce, (CVRD), situada na Ponta
de Tubarão.
Gerência Geral de Operação Portuária (GEOPS): telefone 335-5727, 335-
3123. Fax 335-4682 e 335-3350.
Av. Dante Micheline, 5.500 – Ponta de Tubarão – Bairro Jardim Camburi –
Vitória - ES. CEP 29090-900.
c) Terminal Privativo e de Uso Misto de Praia Mole, Terminal de Produtos
Siderúrgicos (TPS), administrado pelo Consórcio Usiminas, Aço Minas e Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST).
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes s/nº - Jardim Limoeiro – Serra, ES. CEP 29164-
280.
Telefone 328-0055 e 348-3011. Fax 328-2960 e 228-0678.
Divisão de Administração Portuária: 328-0055.
Gerência de Operação Portuária (CXPO): 328-0055 R –232.
d) Terminal Especializado de Barra do Riacho (PORTOCEL)
O porto de Barra do Riacho, está compreendido dentro da área do porto
organizado pertencente à Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA), possuindo um
Terminal especializado em celulose, administrado pela PORTOCEL – Terminal
Especializado de Barra do Riacho S/A.
Endereço: Caminho de Barra do Riacho s/nº – Aracruz, ES. CEP 29197-000
Telefone: (27) 270-4414 Fax: (27) 270-4433.
Gerência responsável pela segurança do porto: tel (27) 270-4422 e (27) 270-
4412.
e) Terminal Marítimo de Ponta de Ubú
É administrado pela SAMARCO MINERAÇÃO S/A., situado na Rodovia do Sol,
s/nº Ponta de UBÚ. CEP 29210-000 – Anchieta - ES. Telefone 361-9448, 361-9464, 361-
9490. Fax 361-9480.
Gerência responsável pela segurança do porto: tel (27) 361-9474 e (27) 361-
9340.
f) Terminal de Regência
É administrado pela PETROBRÁS E & ES/GEPRO (Gerência de Produção)
NÚCLEO DE PRODUCAO-LP (LAGOA PARDA), situado na Reserva Florestal de
Comboios, Regência – Linhares, ES. CEP 29.914-000 Telefones: (27) 264-3000, 264-
3732, 264-3153. Fax: (27) 264-3732.
E-mail: sidio@ep-es.petrobras.com.br
SEÇÃO V

EVENTOS NÁUTICOS – PROCEDIMENTOS

As comemorações públicas, festejos, regatas e competições deverão ser


planejadas e realizadas conforme os procedimentos abaixo mencionados, além daqueles
preconizados na Norma da Autoridade Marítima para Embarcações de Esporte e Recreio e
para Cadastramento e Funcionamento de Marinas, Clubes e Entidades Desportivas
Náuticas (NORMAM 03).

0109 – CRONOGRAMA PARA AUTORIZAÇÃO


a) Dez dias antes da realização
Prefeitura Municipal, Colônia de Pesca, Clube e/ou entidade náutica entrega, à
Capitania dos Portos, Ofício solicitando autorização para a realização, contendo:
1) Dia e hora em que será realizado o evento;
2) Nome do representante da Comissão de Organização do evento que ficará
em contato com a Capitania;
3) Local de embarque e desembarque;
4) Duração estimada do evento;
5) Roteiro;
6) Relação das embarcações que transportarão passageiros e que não sejam
classificadas para este fim (exemplo, barco de pesca), com os nomes dos respectivos
mestres, conforme o modelo constante do ANEXO 1B;
7) Relação nominal de todas embarcações participantes; e
8) Nome do responsável pela segurança

Se o evento for Procissão Marítima a solicitação para a autorização deverá ser


acompanhada do Parecer da Prefeitura.
b) Cinco dias antes da realização
A Capitania faz inspeção nas embarcações relacionadas pela Comissão
Organizadora.
c) Providências a Cargo da Comissão Organizadora
1) Os pontos de embarque e desembarque deverão ser isolados por cordas ou
outro meio, de modo a facilitar o controle e contagem dos passageiros e impedir tumulto;
2) Providenciar junto ao Serviço de Salvamento Marítimo do Corpo de
Bombeiros um barco de apoio para salvamento de pessoal;
3) Solicitar ao Comando da Polícia Militar local, o auxílio de Policiais para
ajudar na manutenção da ordem e disciplina nos pontos de embarque e desembarque;
4) Providenciar uma ambulância com equipe médica que ficará estacionada
em local predeterminado;
5) Planejar evacuação médica de acidentados, desde a sua retirada da água
até a remoção para um hospital predeterminado;
6) Divulgar para a comunidade participante, de preferência com auxílio de
impressos, as exigências e medidas de segurança adotadas;
7) Manter na área do evento, acompanhando todo o percurso, uma
embarcação de apoio guarnecida por pessoal habilitado e componentes do grupo de
salvamento.
8) Esta embarcação deverá ter as seguintes características e equipagem:
possibilidade de navegar por todo o percurso com capacidade para efetuar o reboque de
qualquer outra embarcação participante; quatro bóias circulares com trinta metros de
retinida flutuante cada uma e coletes salva-vidas adicionais; rádio VHF para comunicação
com a equipe de apoio em terra, guarnecido permanentemente no canal 16 e outro canal
a ser definido para uso durante o evento, megafone ou recurso similar;
9) Providenciar para que as embarcações participantes atraquem e
desatraquem uma de cada vez.
10) Providenciar para que o embarque e o desembarque sejam feitos com
cautela; e
11) Solicitar às autoridades municipais a interdição de praias para banhistas,
caso venham a ser usadas no evento.
d) Responsabilidades
1) A Comissão Organizadora deverá indicar um responsável pela coordenação
e segurança do dispositivo.
2) As embarcações só poderão ser manobradas por pessoal habilitado.
3) O mestre/comandante da embarcação será responsável:
(a) Pelo controle da quantidade de pessoas a bordo;
(b) Pela distribuição dos passageiros a bordo;
(c) Pela demonstração do uso dos coletes e bóias salva-vidas;
(d) Pela ordem e disciplina a bordo;
(e) Pelo cumprimento dos dispositivos de segurança estabelecidos pelas
normas em vigor;
(f) Pela exigência de que crianças menores de 12 anos e adultos maiores de
60 (sessenta) anos estejam vestidos com coletes salva-vidas; e
(g) Por não permitir que a embarcação desatraque sem que sejam
cumpridos todos os itens de segurança.
e) Vistoria da Capitania
Deverão ser vistoriadas todas as embarcações que transportarão passageiros.
O representante da Comissão solicitará a vistoria das embarcações, com
antecedência mínima de sete dias úteis, indicando o local e a hora, devendo acompanhar
os trabalhos.
Os vistoriadores entregarão ao Mestre da embarcação a autorização para o
transporte de passageiros com a indicação da lotação máxima permitida.
O Mestre da embarcação assinará Termo de Responsabilidade, conforme
modelo constante do ANEXO 1C, que será fornecido pela Capitania, se comprometendo
a cumprir às normas de segurança.
f) Requisitos de Segurança para Embarcação a serem examinados na
Vistoria
1)Todas as embarcações participantes e os tripulantes devem estar
regularizadas com a Capitania (vistorias periódicas, documentação da embarcação, autos
de infração, etc.);
2) Exibir um cartaz em local visível com a indicação da lotação máxima
autorizada, constando o número do telefone da Capitania;
3)Coletes salva-vidas colocados em local visível e de fácil acesso, livres para
uso em emergência, em número 10% maior que a lotação autorizada;
4)Duas bóias salva-vidas com vinte metros de retinida flutuante. Estas bóias
não poderão estar amarradas a bordo.
5)As embarcações não poderão conduzir pesos ou pessoas sobre a casaria, a
fim de não comprometer a estabilidade da embarcação; e
6) Documentos da embarcação e dos tripulantes.

g) Segurança do Tráfego
As embarcações devem manter entre si uma distância segura,
preferencialmente em fila. A velocidade deve ser adequada à situação e as
ultrapassagens evitadas.
SEÇÃO VI

SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO

DIVULGAÇÃO DE AVISO AOS NAVEGANTES – PROCEDIMENTOS

0110 – AVISO AOS NAVEGANTES


As ocorrências dos fatos abaixo relacionados, deverão ser, obrigatoriamente,
comunicadas à Capitania dos Portos, preferencialmente via fax, com antecedência
mínima de 72 horas, a fim de que seja providenciada a sua publicação do Aviso aos
Navegantes:
a) Reboque:
- tipo (plataforma de petróleo, navio, balsa, etc.) / nome do rebocado;
- comprimento do dispositivo de reboque;
- velocidade média do reboque;
- porto ou ponto de partida;
- porto ou ponto de chegada;
- previsão de saída (especificando horário local); e
- previsão de chegada (especificando horário local).
b) Obra sobre ou sob águas:
- coordenadas geográficas – latitude e longitude (em graus, minutos e
centésimos de minuto) que delimitam a área;
- data de início dos serviços;
- data de término dos serviços; e
- tipo e nome das embarcações que estarão prestando apoio no local.
As obras sobre, sob e às margens das águas públicas somente poderão ser
iniciadas mediante Parecer da Capitania, conforme dispõe a NORMAM 11.
c) Eventos esportivos e religiosos
- tipo de evento esportivo;
- área delimitada por coordenadas geográficas - latitude e longitude (em graus,
minutos e centésimos de minuto) ou por pontos notáveis representados em carta náutica;
- data-hora de início do evento (especificando hora local); e
- data-hora de término do evento (especificando hora local).
Não haverá interdição de área marítima para realização de eventos náuticos,
com exceção da Procissão Marítima de São Pedro, realizada anualmente no mês de
julho, no canal de acesso ao Porto de Vitória.
d) Derrelitos
- coordenadas geográficas – latitude e longitude (em graus, minutos e
centésimos de minuto) do ponto onde foi avistado o derrelito;
- descrição do derrelito (tipo do objeto, tipo do material, cores, inscrições
visíveis, dimensões aproximadas, etc.);
- data-hora em que o derrelito foi avistado na posição informada (especificando
horário local); e
- as coordenadas dos derrelitos de grande porte (como exemplo monobóias à
deriva), por oferecerem perigo ao tráfego marítimo devem ser monitoradas pela
Capitania, que tomará as medidas necessárias ao restabelecimento da segurança do
tráfego marítimo no local, inclusive junto ao proprietário do derrelito, caso este seja
identificado.
e) Cascos soçobrados/navios e embarcações encalhadas ou abandonadas
- coordenadas geográficas – latitude e longitude (em graus, minutos e
centésimos de minuto) do casco à luz da carta náutica da área do sinistro, especificando
a última posição conhecida do casco (na impossibilidade de se informar a posição exata,
informar a posição aproximada acompanhada da expressão “posição aproximada”). Caso
necessite, solicitar apoio do Serviço de Sinalização Náutica da área;
- situação do casco (informar se o casco apresenta alguma parte visível na
preamar/baixamar);
- sinalização do casco (informar se o casco está sinalizado). Caso esteja,
descrever o sinal e informar as coordenadas geográficas – latitude e longitude (em graus,
minutos e centésimos de minuto) à luz da carta náutica da área. Caso necessite, solicitar
apoio do Serviço de Sinalização Náutica da área; e
- permanência do casco no local (informar assim que possível, se o casco será
removido ou se será deixado em caráter definitivo no local, a fim de que, neste último
caso, o mesmo seja representado nas cartas náuticas da área).
As informações serão enviadas pela Capitania à Diretoria de Hidrografia e
Navegação, (DHN), para divulgação, por meio de Aviso aos Navegantes, e devem ser
atualizadas, a fim de que sejam o reflexo da situação atual.
f) Embarcações e plataformas em faina de reboque
As movimentações de embarcações e plataformas que utilizarem dispositivos de
reboque deverão cumprir as seguintes determinações:
1) Alocar áreas compatíveis com a pesquisa para um período máximo de três
dias, renovando sempre que necessário e cancelando a área quando o navio encontrar-
se no porto ou mesmo, interromper o trabalho;
2) Aderir ao Sistema de Controle Naval do Tráfego Marítimo (SISTRAM),
devendo enviar informação periódica da mensagem de posição e intenção de movimento
nas próximas vinte e quatro horas e suas alterações, dentro da área alocada;
3) Informar à Capitania as áreas a serem alocadas, conforme os seguintes
parâmetros:
- Nome do Navio;
- Características do navio (cores do casco e superestrutura);
- Comprimento do dispositivo de reboque (caso haja);
- Rumos e velocidade média de deslocamento durante os serviços, data do
início e término dos serviços; e
- Área de trabalho (coordenadas geográficas – lat/long) que delimitam a área
de trabalho.
4) Enviar as informações acima mencionadas à Capitania de maneira que
permita dar entrada na DHN, no mínimo, com 72 horas de antecedência, para publicação
em Aviso aos Navegantes.
g) Embarcações e plataformas em faina de exploração e/ou pesquisa
As movimentações de navios de apoio e plataformas para a área de jurisdição da
Capitania deverão ser informadas, via fac-símile, com antecedência mínima de 72 horas
úteis, com os seguintes dados:
1) Os dados referentes à faina de reboque;
2) O ponto de destino em coordenadas geográficas;
3) Data e hora em que ocorreu o posicionamento no local de destino;
4) Previsão do tempo de permanência no local;
5) Embarcações que prestam apoio; e
6) Dados referentes à superestrutura (altura máxima, cor, etc.)

Por ocasião da saída o fato deverá ser informado a Capitania dos Portos do
Espírito Santo e, se o local de destino for na área de jurisdição de outra Capitania, esta
também deverá receber as informações no prazo mínimo de 72 horas.
CAPÍTULO 2

DOTAÇÃO DE MATERIAL DAS EMBARCAÇÕES E DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS

O Capitão dos Portos do Espírito Santo, em função das peculiaridades da


jurisdição, estabelece alterações nas dotações de equipamentos, materiais homologáveis
e documentos obrigatórios, das embarcações de pesca do Espírito Santo, classificadas
para a navegação interior. Este procedimento está sendo adotado em face da escassez
de pescado em águas abrigadas, o que força os pescadores a buscar a sobrevivência em
mar aberto sem dispor dos recursos necessários à reclassificação de suas embarcações.
Porém, o disposto nestas Normas não exime o proprietário, comandante ou mestre, da
responsabilidade pela verificação dos boletins metereológicos e pela avaliação do estado
do mar nas referidas áreas, não deixando o porto ou retornando a águas abrigadas
quando o bom senso e a boa prática marinheira assim o aconselhar.

0201 – EQUIPAMENTOS, DOCUMENTOS, PUBLICAÇÕES E MARCAÇÕES


As embarcações de pesca do Espírito Santo, classificadas para a navegação
interior, estão autorizadas a afastarem-se da costa, em atividade de pesca, até uma
distância máxima de 10 MN (dez milhas náuticas), desde que disponham dos seguintes
equipamentos, documentos e publicações, conforme estipulado na Norma da Autoridade
Marítima para Embarcações Empregadas na Navegação Interior (NORMAM 02):
a) Equipamentos
- Rádio Transceptor VHF;
- Lanterna elétrica com pilhas sobressalentes;
- Agulha Magnética;
- Coletes salva-vidas;
- Extintores de incêndio;
- Buzina ou apito;
- Luzes de Navegação (de mastro, de bordo, alcançado e fundeio); e
- Duas bóias salva-vidas, com retinidas de vinte metros; e
- Bomba de esgoto.
b) Documentos
- Título de Inscrição (TIE);
- Carteira de Habilitação do Condutor e dos demais tripulantes;
- Certificado de compensação da Agulha Magnética;
- Certificado de Arqueação (Embarcação > 50AB ou Comprimento de regra “L”
>20metros);
- Licença de Rádio;
- Rol de equipagem ou rol portuário; e
- Cartão de Tripulação de Segurança (para embarcação maior que 10 AB).
c) Publicações
- Cartas Náuticas da região onde normalmente trafegam;
- Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar
(RIPEAM/72); e
- Instruções para Primeiros Socorros.

d) Marcações
Embarcação com menos de 20 AB e/ou comprimento superior a 5 metros,
deverá ser marcada de modo visível e durável, com letras e algarismos de tamanho
apropriado às dimensões da embarcação. As letras dos nomes terão no mínimo 10cm de
altura, assim distribuídos:
1 – Na popa – nome da embarcação juntamente com o porto de inscrição e n°
de inscrição.
2 – Na proa – nome da embarcação nos dois bordos; e
3 – Escala de calado - nos dois lados do cadaste em medidas métricas.

As embarcações maiores de 5 AB deverão usar a Bandeira Nacional.


CAPÍTULO 3

PROCEDIMENTOS PARA NAVIOS NO PORTO

SEÇÃO I

ENTRADA, PERMANÊNCIA E SAÍDA DO PORTO

0301 – TRÁFEGO NO PORTO


O controle de entrada e saída dos Portos do Espírito Santo é exercido através do
Posto de Controle (PCEP), cujo indicativo rádio é PWG77, e funciona no Departamento
de Segurança do Tráfego Aquaviário, guarnecendo permanentemente o canal 16 na faixa
de VHF, bem como o telefone (27) 334-6426 e fax (27) 334-6439 e 334-6440.
a) Embarcações Controladas
Todas as embarcações estrangeiras e as embarcações nacionais deverão,
obrigatoriamente, manter contato com o PCEP, através do canal 16 em VHF, telefax ou
telefone, nas seguintes situações:
- após o fundeio em qualquer dos fundeadouros autorizados;
- ao suspender dos fundeadouros;
- quando, na demanda ao Porto de Vitória ou Tubarão, cruzar o alinhamento
do farol de Santa Luzia com o farolete da ponta do enrocamento de Tubarão;
- após a atracação nos portos;
- ao iniciar a manobra de desatracar; e
- após amarrar ou desamarrar no Terminal de Regência.
b) Transmissão de Informações
As informações deverão ser transmitidas obedecendo aos seguintes
parâmetros:
- as posições nos fundeadouros deverão ser informadas em termos de
marcação e distância de pontos de terra ou coordenadas geográficas;
- as posições nos atracadouros deverão ser informadas em relação ao
armazém ou número de berço nos terminais; e
- as comunicações deverão ser feitas em inglês ou português e a hora a ser
utilizada é a hora internacional (HMG).
Dados a Informar
1) Entrada (fundeio e/ou atracação)
- nome e bandeira do navio;
- IRIN (indicativo rádio internacional);
- porto de origem;
- tipo de navio (carga geral, containeres, granel, químico, etc.);
- Agente;
- Armador;
- local de fundeio ou atracação (posição); e
- data estimada de partida.
2) Saída
- nome do navio;
- destino (cidade/país); e
- ETA
Obs.: toda movimentação de navio ao longo do cais, utilizando
rebocadores, máquina do navio ou apenas por manobras de espias, deve ser
imediatamente comunicada ao PCEP e à Praticagem.
c) MEREP
Independente das informações fornecidas por meio de rádio VHF referentes às
manobras dos navios, as Agências de Navegação deverão encaminhar via fax os
Merchant Report (MEREP), conforme modelos constantes do ANEXO 3A (Chegada) e
ANEXO 3B (Saída), a fim de atualizar os dados do Sistema de Controle do Tráfego
Marítimo (SISTRAM).

0302 – FERROS
As embarcações, quando em movimento nos canais de acesso aos portos,
deverão manter um dos ferros fora do escovém, acima da linha de flutuação, pronto para
ser largado em caso de emergência.

0303 – TRANSPORTE DE MATERIAL E PESSOAL


a) Somente as embarcações de pequeno porte, autorizadas pela Capitania dos
Portos, poderão trafegar entre navios e pontos de terra, para transporte de pessoal e
material. O embarque e o desembarque em terra somente poderão ser efetuados em um
dos pontos fiscais, em obediência à regulamentação da Saúde dos Portos, Receita
Federal e Polícia Federal.
b) É proibido aos navios atracados manterem escadas arriadas no bordo do mar.
A escada de quebra-peito deverá permanecer rebatida em seu berço, durante toda a
estadia do navio no porto. A escada de portaló, arriada para o cais, deverá ser provida de
rede de proteção, ficando a critério do Comandante mantê-la arriada ou içada no período
noturno.
c) Aos navios fundeados é permitido arriar uma escada de portaló entre o nascer
e o pôr do sol. No período noturno a escada somente poderá ser arriada em caso de
necessidade, devendo ser recolhida logo após o embarque/desembarque realizado.
d) O costado do navio deverá ter iluminação do lado do mar, para facilitar a
fiscalização.
e) As operações de recebimento e transferência de combustível não destinado à
carga deverão ser efetuadas, preferencialmente, no período diurno, devendo ainda,
serem mantidos fechados todos os embornais no convés do navio. Todos os envolvidos
na faina de abastecimento deverão adotar todas as medidas necessárias para prevenção
da poluição, como escolha do local, horário e condições do mar propícias para o
abastecimento, além do dispositivo a ser empregado na faina, e do Plano de
Contingência, em caso de vazamento. As chatas ou barcaças atracadas a contrabordo
dos navios para fornecimento de combustíveis, limpeza de tanque ou outra finalidade,
deverão estar devidamente iluminadas.
f) O recolhimento de lixo e detritos e o abastecimento de gêneros, deverão ser,
em princípio, realizados no período diurno.

0304 – REPAROS
a) É proibido, ao navio atracado, o reparo que o impossibilite de manobrar, salvo
em situação especial e desde que obtida a concordância da Administração do Porto ou
Terminal.
b) A movimentação de navios, impossibilitados de manobrar com seus próprios
meios, de ou para área de fundeio, deverá ser executada utilizando dispositivo especial
de rebocadores, adequado à situação de rebocado sem propulsão.
c) São autorizados o tratamento e pintura nos conveses e costados, devendo o
navio cercar-se das medidas necessárias para evitar a queda de pessoas e material no
mar. Poderão ser arriadas pranchas e chalanas, sem licença prévia da Capitania dos
Portos, as quais, entretanto, deverão ser recolhidas ao fim do dia.
SEÇÃO II

PRATICAGEM

0305 – PROPÓSITO
Estabelecer os procedimentos complementares para o treinamento e qualificação
dos Praticantes de Prático, que deve preceder ao exame à categoria de Prático, bem
como à manutenção da sua qualificação.

0306 – PROGRAMA
Programa de treinamento de praticante de prático:
a) considerando a diversidade de berços, o porte dos navios e as variantes
meteorológicas sazonais, o estágio regulamentar para o praticante de prático, deverá ser,
aproximadamente, de 12 (doze) meses;
b) o estágio do praticante de prático será monitorado pela Praticagem por meio
do cadastro de manobras. Neste sistema serão armazenadas todas as informações a
respeito do andamento do estágio, tais como: visitas efetuadas e dados diversos das
manobras acompanhadas e/ou observadas, tendo em vista o cumprimento das normas
para treinamento de praticante de prático baixadas pela DPC;
c) os primeiros três meses deverão ser, preferencialmente, de observação das
manobras com todos os práticos;
d) após cada manobra, o praticante de prático deverá estabelecer um apropriado
debate técnico com o prático a respeito desta, para eliminação de dúvidas e
sedimentação de conceitos;
e) cada manobra deverá ser acompanhada por somente um praticante;
f) qualquer ausência, que motive interrupção no estágio, deverá, de imediato, ser
comunicada à praticagem e à CPES;
g) o praticante de prático deverá acompanhar durante o seu período probatório,
um mínimo de 900 (novecentas manobras), distribuídas por todos os berços;
h) do total de manobras acompanhadas, 1/3 (um terço) deverão ser efetuadas no
período noturno, ou seja, manobras que se iniciem após o pôr do sol e terminem antes do
nascer do sol;
i) o praticante de prático deverá acompanhar um mínimo de 20 (vinte) manobras
com cada um dos práticos;
j) o praticante de prático deverá acompanhar um mínimo de 27 (vinte e sete)
manobras a bordo de “rebocadores tipo”. Deverão ser acompanhadas duas entradas e
uma saída, por “rebocador tipo”, sendo que destas três manobras, uma deverá ser com
giro;
k) durante o período de adestramento, o praticante deverá cumprir um mínimo de
60 horas (sessenta horas) de estágio no Centro de Controle da Estação de Praticagem;
l) os praticantes de práticos devem intensificar o acompanhamento de manobras
no período noturno, nas situações de marés de sizígias e com corrente de maré
desfavorável;
m) a preferência da manobra a ser acompanhada será de livre escolha do
praticante, devendo este se pautar pelo contido nestas instruções. Uma vez escolhida a
manobra o praticante deverá se reportar ao centro de controle, a fim de que este faça o
registro e a coordenação devida, para evitar o encontro de mais de um praticante por
navio e/ou manobra, desnecessariamente;
n) para cada praticante será designado um prático para ser seu monitor. Cada
praticante deverá, quinzenalmente, prestar esclarecimento sobre o andamento do seu
estágio ao seu respectivo prático-monitor;
o) bimensalmente, os práticos monitores informarão à assembléia dos práticos
acerca do estágio dos praticantes. Nestas ocasiões a assembléia poderá determinar
redirecionamentos dos estágios, a fim de aumentar a sua eficiência e assegurar que os
praticantes de prático alcancem o grau de adestramento necessário;
p) mensalmente, a Praticagem encaminhará relatório à CPES sobre o estágio dos
praticantes de prático; e
q) número mínimo de manobras por berço (A = atracação e D = desatracação):
PORTO DE VITÓRIA
Cais de Vitória Berços 101 ou 102 (A) 20 manobras
Cais de Vitória Berços 101 ou 102 (D) 05 manobras
Cais de Vitória Berço 103 (A) 20 manobras
Cais de Vitória Berço 103 (D) 10 manobras
Cais de Capuaba Berços 201 ou 202 ou 203 ou 204(A) 90 manobras
Cais de Capuaba Berços 201 ou 202 ou 203 ou 204(D) 35 manobras
Cais de Paul Berço 206 (A) 10 manobras
Cais de Paul Berço 206 (D) 05 manobras
Cais de Paul Berço 905 (A) 25 manobras
Cais de Paul Berço 905 (D) 10 manobras
Terminal da Flexibrás Berço 906 (A) 15 manobras
Terminal da Flexibrás Berço 906 (D) 15 manobras
Terminal de Granéis Líquidos Berço 902 (A) 20 manobras
Terminal de Granéis Líquidos Berço 902 (D) 20 manobras
Subtotal 300 manobras
PORTO DE TUBARÃO
Píer n.º 1 Lado Norte (A) 20 manobras
Píer n.º 1 Lado Norte (D) 05 manobras
Píer n.º 1 Lado Sul (A) 30 manobras
Píer n.º 1 Lado Sul (D) 10 manobras
Píer n.º 2 (A) 60 manobras
Píer n.º 2 (D) 60 manobras
Píer n.º 3 - PD3 (A) 20 manobras
Píer n.º 3 - PD3 (D) 10 manobras
Píer n.º 4 - PD4 (A) 30 manobras
Píer n.º 4 - PD4 (D) 20 manobras
Píer n.º 5 - Terminal de Granéis Líquidos - TGL (A) 20 manobras
Píer n.º 5 - Terminal de Granéis Líquidos - TGL (D) 05 manobras
Subtotal 290 manobras
PORTO DE PRAIA MOLE
Terminal de Produtos Siderúrgicos Berço n.º 01 ou n.º 02 (A) 30 manobras
Terminal de Produtos Siderúrgicos Berço n.º 01 ou n.º 02 (D) 05 manobras
Terminal de Produtos Siderúrgicos Berço n.º 03 (A) 15 manobras
Terminal de Produtos Siderúrgicos Berço n.º 03 (D) 10 manobras
Terminal de Carvão Berço n.º 01 ou n.º 02 (A) 30 manobras
Terminal de Carvão Berço n.º 01 ou n.º 02 (D) 20 manobras
Subtotal 110 manobras
PORTO DE UBU
Píer lado oeste (A) 40 manobras
Píer lado oeste (D) 10 manobras
Píer lado leste (A) 40 manobras
Píer lado leste (D) 10 manobras
Subtotal 100 manobras
PORTO DE BARRA DO RIACHO
Portocel Berço n.º 01 (A) 30 manobras
Portocel Berço n.º 01 (D) 20 manobras
Portocel Berço n.º 02 (A) 30 manobras
Portocel Berço n.º 02 (D) 20 manobras
Subtotal 100 manobras
TOTAL 900 manobras

0307 – EXAME PARA PRÁTICO


Serão cumpridas as determinações constantes da NORMAM-12. O detalhamento
do exame será objeto de deliberação da Banca Examinadora.

0308 – ZONAS DE PRATICAGEM E NÚMERO DE PRÁTICOS NECESSÁRIOS À


MANOBRA DO NAVIO
a) Na jurisdição da Capitania dos Portos do Espírito Santo está estabelecida uma
única Zona de Praticagem (ZP-14), que atende aos seguintes portos, onde a praticagem
é obrigatória, exceto no Terminal de Regência:
1) Porto de Tubarão
2) Porto de Praia Mole
3) Porto de Vitória
4) Porto de Barra do Riacho
5) Porto de Ubu
O Terminal de Regência é assistido por Capitães de Manobra contratados pela
Petrobrás.
Na Zona de Praticagem do Espírito Santo (ZP-14), os 23 (vinte e três) práticos
habilitados estão associados numa única empresa denominada Praticagem do Espírito
Santo S/C Ltda., situada à Rua Aníbal do Amaral Carneiro, 41 - 9 o andar, Enseada do
Suá, Vitória-ES. CEP 29055-908, telefones (27) 200-3898 fax (27) 325-4586. E-mail:
praticagem@praticagem.com.br. Canais de rádio em VHF 16 e 74 (português/inglês), 24
horas.
b) Obrigatoriedade de utilização de dois Práticos nas manobras:
As manobras dos navios nos Portos e Terminais do Estado do Espírito Santo,
requerem normalmente a assistência de apenas um prático com as seguintes exceções:
1) Manobras de entrada nos Portos de Vitória, Tubarão, Praia Mole, Barra do
Riacho e Ubu:
- Navios que possuam passadiço, incluindo a asa do passadiço, com largura
inferior à boca máxima.
2) Manobras de entrada no Porto de Praia Mole:
- Navios com calado igual ou superior a 15,50 metros ou comprimento
superior a 300 metros.
3) Manobras de entrada e manobras de saída (noturno) no Terminal da
Flexibrás (Berço 906) do Porto de Vitória:
- Navios com boca superior a 25,00 metros.
4) Manobras de entrada e saída no Porto de Vitória:
- Navios com comprimento igual ou superior a 226,00 metros.

0309 – PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO


a) Princípios Gerais
Como na NORMAM 12.
b) Número Mínimo de Manobras por Semestre
Cada prático da ZP 14, deverá executar no mínimo 72 (setenta e duas)
manobras por semestre, a fim de manter sua habilitação, de acordo com o quadro
abaixo:

PORTO PECULIARIDADE N.º MANOBRAS


Cais de Vitória, Capuaba, Paul, Terminal de
Vitória Granel Líquido de São Torquato, Terminal da 24
Flexibras e Terminal da Portuária Vila Velha

Píer n.º 01, Píer n.º 02, Píer n.º 03, Píer n.º
Tubarão 24
04, Píer n.º 05(TGL) e Píer Provisório

Terminal de Produtos Siderúrgicos e


Praia Mole 12
Terminal de Carvão

Barra do Portocel Terminal Especializado de Barra do


6
Riacho Riacho e Terminal da SIGMA

Samarco Terminal Marítimo de Ponta Ubu e


Ubu 6
Terminal da DSND

0310 – IMPRATICABILIDADE DE BARRA


É competência da Capitania dos Portos declarar a impraticabilidade de barra. A
Praticagem ao constatar condições meteorológicas desfavoráveis, que apresentem
valores superiores aos parâmetros abaixo citados, deverá entrar em contato com a
Capitania dos Portos, por qualquer meio de comunicação, a fim de que possa ser
declarada a impraticabilidade;
a) Parâmetros básicos:
- condições de mar e vento no ponto de espera de prático superior a 6 (seis)
na escala Beaufort;
- condições de mar e vento na bacia de evolução superior a 4 (quatro) na
escala Beaufort; e
- visibilidade inferior a 500 jardas.
b) Impossibilidade de embarque do Prático
Quando as condições meteorológicas impedirem o embarque do Prático a
bordo com segurança, o Comandante do navio, sob sua exclusiva responsabilidade e
mediante autorização do Capitão dos Portos, poderá entrar com o navio no porto, até um
lugar abrigado que permita o embarque, observando os sinais e orientações transmitidas
pelo Prático de bordo da lancha de prático.
A autorização do Capitão dos Portos deverá ser solicitada por intermédio da
sala de controle da Praticagem.
c) Impossibilidade de desembarque do Prático
Quando as condições meteorológicas impedirem o desembarque de Prático,
com segurança, o Comandante do navio, sob sua exclusiva responsabilidade e mediante
autorização do Capitão dos Portos, poderá desembarcar o Prático em lugar abrigado e
prosseguir a singradura, observando os sinais e orientações transmitidas pelo Prático que
ficará a bordo da lancha de Prático.
Caso, antecipadamente, fique configurada a possibilidade de falta de
segurança do desembarque do Prático e que a Segurança da Navegação desaconselhe
a faina antes do ponto de desembarque, tal situação deverá ser apresentada ao
Comandante do navio, devendo o Prático estar pronto, para seguir viagem até o próximo
porto, com documentos, passaporte, roupas, etc., caso seja a vontade do Comandante.
Caso ocorra que tanto o Prático como o Comandante do navio sejam
surpreendidos pela necessidade de seguir viagem, pela impossibilidade do desembarque
do Prático com segurança, caberá ao Comandante do navio prover os meios necessários
para a permanência a bordo do Prático e o seu retorno ao porto de Vitória. Tal fato
deverá ser comunicado, imediatamente, ao Capitão dos Portos.

0311 – DOS DEVERES DO COMANDANTE DA EMBARCAÇÃO COM RELAÇÃO AO


PRÁTICO
Ao Comandante da embarcação, quando utilizando o serviço de praticagem,
compete:
a) Informar ao Prático sobre as condições de manobra do navio;
b) Fornecer ao Prático todos os elementos materiais e as informações
necessárias para o desempenho de seu serviço, particularmente o calado de navegação;
c) Fiscalizar a execução dos serviços de praticagem, comunicando ao Capitão
dos Portos, qualquer anormalidade constatada;
d) Assumir a manobra, quando convencido que o Prático esteja executando
manobra perigosa, solicitando, imediatamente, um substituto, e, posteriormente,
comunicar o fato formalmente a Capitania;
e) Alojar o Prático, a bordo, com regalias idênticas às dos seus Oficiais;
f) Cumprir as regras nacionais e internacionais que tratam do embarque e
desembarque de Práticos;
g) Não dispensar o Prático antes do ponto de espera de Prático; e
h) preencher o modelo de Comprovação de Manobra ANEXO 3C.
I) A fim de garantir a manobrabilidade e a governabilidade, preservando a
segurança do navio, o Comandante deverá estabelecer que os calados de popa e proa
não difiram, entre si, de mais de 35%, bem como estejam totalmente submersos, hélices
e porta do leme, levando-se em consideração as características próprias de lastreamento
leve.

0312 – ESCADA DE PRÁTICO


a) o emprego da escada de Prático é exigido às embarcações que venham a
utilizar o serviço da praticagem;
b) a escada de Prático deverá ser mantida safa e em bom estado, de forma a
permitir o seu embarque e desembarque com toda segurança, podendo ser, também,
utilizada por outras pessoas, por ocasião da entrada ou saída de um navio no porto;
c) deverá possuir condições para ser instalada em qualquer dos bordos, de forma
segura e em posição que não corra o risco de receber descargas de gases ou líquidos
eventuais provenientes do navio;
d) deve se situar, preferencialmente, na parte plana do costado, à meia-nau, a
sotavento;
e) as especificações técnicas de instalações deverão atender às normas da DPC;
f) o prático, ao se aproximar do navio, deve usar o seu equipamento VHF portátil,
para verificar se o oficial responsável pela escada está em seu posto, munido de rádio
VHF, de modo a poder informar que a escada está pronta para ser usada;
g) o prático poderá recusar-se a embarcar, enquanto a escada de prático não
oferecer condições de segurança, devendo comunicar, de imediato, o fato e os motivos
de sua decisão à Capitania; e
h) O Prático deverá usar colete salva-vidas por ocasião do embarque ou
desembarque.
SEÇÃO III

SERVIÇOS DE REBOCADORES

0313 – EMPREGO OBRIGATÓRIO DE REBOCADORES


a) Porto de Vitória
1) Manobras de atracação e desatracação:
Empregarão rebocadores de acordo com o ANEXO 3D.
Os rebocadores, exceto os que tiverem efetuando acompanhamento,
deverão se apresentar, ou poderão ser dispensados, no trecho do canal de acesso ao
porto compreendido entre a Ilha da Fumaça e o Clube Álvares Cabral, a critério do
Comandante da embarcação.
Nas manobras de entrada e atracação após giro, de navios com
comprimento entre 186 e 205 metros, deverão ser empregados, no mínimo, 02 (dois)
rebocadores azimutais de 30 (trinta) toneladas de “BOLLARD PULL” cada, devido ao
espaço restrito para a manobra de giro somado a velocidade de aproximação do navio na
área de manobra do Porto.
Nas manobras de entrada e atracação após giro, de navios com
comprimento entre 206 e 242 metros, deverão ser empregados, no mínimo, 02 (dois)
rebocadores azimutais de 40 (quarenta) toneladas de “BOLLARD PULL”, devido ao
espaço restrito para a manobra de giro somado a velocidade de aproximação do navio na
área de manobra do Porto.
Nas manobras de entrada e atracação de navios no Terminal de Granéis
Líquidos de São Torquato (Berço 902), deverão ser empregados no mínimo 02 (dois)
rebocadores azimutais, devido ao espaço restrito para a manobra de atracação de
navios.
Nas manobras de saída após giro de navios no Terminal de Granéis
Líquidos de São Torquato (Berço 902), deverá ser empregado no mínimo 01 (um)
rebocador azimutal , devido ao espaço restrito para manobra de giro de navios.
2) Acompanhamento:
Todos os navios petroleiros, propaneiros, transportando carga explosiva e
demais navios mercantes de comprimento igual ou superior a 100 metros deverão,
obrigatoriamente, navegar entre o Porto de Vitória e o través do Farolete do Tagano
acompanhados por um rebocador. Todos os navios com calado igual ou superior a 9,14
metros, (30 pés) e/ou comprimento igual ou superior a 200 metros, deverão ser
acompanhados por dois rebocadores.
Os acompanhamentos serão com cabos passados ou não, a critério do
Comandante da embarcação.
b) Complexo Portuário de Tubarão e Praia Mole
Manobras de Atracação e Desatracação:
Empregarão rebocadores de acordo com o ANEXO 3-D.
Os rebocadores deverão se apresentar para auxiliar a atracação no través da
bóia nº 3 do canal de acesso. Poderão ser dispensados, na desatracação, nas
imediações das bóias TU e nº 8, a critério do Comandante da embarcação.
Nas manobras de entrada e atracação de navios para o Píer nº 1 Lado Sul
com Píer nº 3 e Píer nº 4 vagos; para Píer nº 3 com Píer nº 1 Lado Sul vago; para Píer nº
4 com Píer nº 1 Lado Sul e Píer nº 3 vagos, deverão ser empregados no mínimo 03 (três)
rebocadores, sendo 01 (um) azimutal e 02 (dois) convencionais, ou somente 02 (dois)
rebocadores azimutais, devido ao espaço restrito para a manobra de atracação de
navios.
Nas manobras de entrada e atracação de navios, para o Píer nº 1 Lado Sul
com navio atracado no Píer nº 3 e/ou Píer nº 4; para o Píer nº 3 com navio atracado no
Píer nº 1 Lado Sul; para Píer nº 4 com navio atracado no Píer nº 1 Lado Sul ou Píer nº 3;
deverão ser empregados no mínimo 03 (três) rebocadores, sendo 02 (dois) azimutais,
devido ao espaço restrito para a manobra de atracação de navios
Nas manobras desatracação de navios atracados por bombordo no Píer nº 1
Lado Sul e por boreste no Píer nº 4, deverão ser empregados apenas rebocadores
azimutais, devido ao espaço restrito para a manobra de desatracação de navios.
Nas manobras de entrada e atracação de navios, para o Terminal de Granéis
Líquidos – Píer nº 5 (TGL) com navio atracado no Píer nº 2 ou no Píer nº 1 Lado Norte,
deverão ser empregados no mínimo 02 (dois) rebocadores azimutais; ou com navio
atracado no Píer nº 2 e no Píer nº 1 Lado Norte, deverão ser empregados no mínimo 03
(três) rebocadores, sendo 02 (dois) azimutais; devido ao espaço restrito para a manobra
de atracação de navios
c) Terminal de Praia Mole
Manobras de Atracação e Desatracação:
Empregarão rebocadores de acordo com o ANEXO 3D.
Os rebocadores deverão se apresentar para auxiliar a atracação, no través da
bóia nº 3 do canal de acesso. Poderão ser dispensados, na desatracação, nas
imediações das bóias TU e nº 8, a critério do Comandante da embarcação.
Nas manobras de entrada e atracação de navios para o Terminal de Carvão,
Berço nº 1 e/ou Berço n.º 2, dentre os rebocadores escalados deverá ser empregado no
mínimo 01 (um) rebocador azimutal, devido à velocidade de aproximação do navio
somado ao deslocamento do mesmo.
Nas manobras de entrada e atracação de navios para o Terminal de Carvão,
Berço nº 1 e/ou Berço n.º 2, com calado superior a 15,50 metros, dentre os rebocadores
escalados deverão ser empregados no mínimo 03(três) rebocadores azimutais, devido à
velocidade de aproximação do navio somado ao deslocamento do mesmo.
Nas manobras de saída de navios para o Terminal de Carvão, Berço nº 1 e/ou
Berço n.º 2, dentre os rebocadores escalados deverá ser empregado no mínimo 01 (um)
rebocador azimutal.
d) Terminal Marítimo de Ponta Ubú
Manobras de Atracação e Desatracação:
Serão realizadas e empregarão rebocadores de acordo com o ANEXO 3D.
Os rebocadores deverão se apresentar para auxiliar a atracação e serem
dispensados na desatracação nas imediações do través da bóia nº 1 do canal de acesso.
Nas manobras de entrada e atracação de navios para o Terminal Marítimo de
Ponta Ubu, Lado Oeste e/ou Lado Leste, dentre os rebocadores escalados deverá ser
empregado no mínimo 01 (um) rebocador azimutal, devido ao espaço restrito para a
manobra de atracação de navios.
e) Porto de Barra do Riacho
Manobras de Atracação e Desatracação:
Serão realizadas e empregarão rebocadores de acordo com o ANEXO 3D.
Os rebocadores deverão se apresentar para auxiliar a atracação e serem
dispensados na desatracação nas imediações do través da bóia nº 1 do canal de acesso.
Nas manobras de entrada e atracação para o Terminal Especializado de Barra
do Riacho, Berço nº 1 e/ou Berço n.º 2, de navios que atendam ao prescrito no item
0319 – alínea c, deverá ser empregado no mínimo 01 (um) rebocador azimutal, devido ao
espaço restrito para a manobra de atracação de navios.
Nas manobras de saída de navios do Terminal Especializado de Barra do
Riacho, Berço nº 1 e/ou Berço n.º 2, de navios que atendam ao prescrito no item 0319 –
alínea c), deverá ser empregado no mínimo 01(um) rebocador.
f) Terminal de Regência
É obrigatória a utilização de rebocadores para amarração nas bóias daquele
Terminal.

0314 – REQUISITOS PARA OPERAR


a)Todas as embarcações classificadas quanto ao serviço e/ou atividade como
rebocadores, deverão atender ao preconizado nas Normas da DPC pertinentes ao
assunto.
b) No caso da mudança dos rebocadores para outros portos, seja da jurisdição
desta Capitania dos Portos ou de outra qualquer, será necessária, apenas, a
comunicação do fato à Capitania dos Portos, Delegacia ou Agência que detém o seu
cadastro e àquela da nova área de jurisdição;
c) As manobras em águas interiores com plataformas são consideradas especiais
e deverão ser planejadas com antecedência entre os armadores e/ou agentes marítimos
e seus prestadores de serviços. Como medida preventiva de segurança, o Capitão dos
Portos poderá avaliar a necessidade de um rebocador de alto-mar acompanhar todas as
manobras realizadas pelos demais rebocadores;
d) As empresas de rebocadores e os rebocadores que operam no do Espírito
Santo estão relacionados no ANEXO 3D; e ANEXO 3F, respectivamente.

0315 – APLICAÇÃO
a) Todas as manobras na jurisdição da CPES, quando executadas com auxílio de
rebocadores, devem obedecer às correspondências entre a TPB da embarcação, valor
mínimo de “BOLLARD PULL”, e número recomendado de rebocadores a serem
utilizados, constantes da tabela do ANEXO 3G ou as alterações inseridas nesta norma
em função de especificidades de terminais.
b) Caberá ao Armador ou seu preposto Agente Marítimo requisitar os
rebocadores necessários às manobras a serem efetuadas. Por ocasião da manobra, o
Comandante da embarcação decidirá o dispositivo para o reboque, isto é, o número de
rebocadores e seus posicionamentos para formarem o necessário binário de forças,
sendo recomendável ouvir a sugestão do prático se o serviço de praticagem estiver
sendo usado. Ressalvados os casos de força maior previstos nestas normas e os
abatimentos dos valores de “BOLLARD PULL” previstos na alínea c) deste item, não
poderá o Comandante da embarcação, quando o emprego for obrigatório, utilizar
parâmetros inferiores ao estabelecido na tabela de correspondência citada na alínea a),
pelo contrário, deverá considerar a necessidade de rebocadores adicionais, em face das
condições do momento, que apresentem situações anormais de vento e correnteza;
c) As embarcações que possuírem dispositivo de “BOW TRUSTER” e/ou “STERN
TRUSTER” em perfeitas condições de funcionamento poderão reduzir os valores
requeridos de “BOLLARD PULL”, previstos na tabela do ANEXO 3G, em função do dobro
dos valores nominais das potências dos seus dispositivos orgânicos, usando a regra
prática de correspondência de 1 tonelada métrica de tração para cada 100HP de
potência do motor. (Subtrai-se do “BOLLARD PULL” requerido o dobro da potência do
“TRUSTER” dividido por 100).
d) Os cabos de reboque e outros materiais a serem utilizados nas manobras com
os rebocadores deverão ser adequados aos requisitos de segurança para a manobra. O
seu fornecimento deverá ser produto de acordo entre o contratante, armador ou agente,
e o contratado, empresa de rebocadores; e
e) Ao Comandante do navio caberá a decisão final quanto à utilização dos
materiais adequados à manobra e dispositivos.

0316 – SITUAÇÕES DE FORÇA MAIOR


a) Em casos de força maior, o Capitão dos Portos poderá autorizar manobras
fora das regras estabelecidas por esta norma, através de requerimento do Armador ou
responsável pela embarcação, com a concordância do Comandante. A autorização que
será concedida, tendo sempre em vista as condições mínimas de segurança da
navegação, não eximirá seus requerentes Armador e/ou Agente Marítimo, e seu
executante, o Comandante, de suas responsabilidades legais;
b) Entende-se como força maior, neste caso, as situações em que não haja
disponibilidade de rebocadores, ou a quantidade ou “BOLLARD PULL” existentes sejam
inferiores ao exigido, por motivos que não se possam evitar ou impedir; e
c) A praticagem do Espírito Santo poderá requerer ao Capitão dos Portos, a fim
de resguardar a segurança da navegação, que seja autorizada a utilização de
rebocadores somente com propulsão azimutal ou com características especiais, nos
portos e terminais com reduzidas dimensões da área para manobras ou para navios em
situações especiais como sem propulsão própria, ou manobra restrita.

0317 – DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES


a) Nenhum Comandante autorizará uma manobra com o navio, sob seu comando
e responsabilidade, se não estiver convicto de que estão resguardadas as condições
satisfatórias de segurança da navegação;
b) Recomenda-se que o Comandante troque informações prévias com a
praticagem e/ou com os mestres dos rebocadores sobre a manobra a ser feita, a bacia
de evolução e as características do próprio navio;
c) A Força de Tração Estática Longitudinal (BOLLARD PULL) dos rebocadores
será medida e atestada conforme instruções específicas baixadas pela Diretoria de
Portos e Costas; e
d) Nas manobras de rebocadores, junto à proa dos navios, é proibida a
passagem do cabo de reboque arriando-o pela proa para ser apanhado com croque pela
guarnição do rebocador. A passagem do cabo deverá ser feita através de retinida,
lançada a partir do castelo de proa em direção ao convés do rebocador, de modo a evitar
a excessiva aproximação rebocador/navio, reduzindo os efeitos da interação
hidrodinâmica entre as embarcações.

0318 – SINALIZAÇÃO
As embarcações deverão içar nos seus mastros os sinais de “Chamada de
Prático” e “Calado do Navio”, segundo o Código Internacional de Sinais, enquanto
aguardam a chegada do Prático, fundeadas ou sob máquinas no ponto de espera de
prático.
SEÇÃO IV

SEGURANÇA

0319 – SEGURANÇA DAS EMBARCAÇÕES CONTRA ASSALTOS, ROUBOS E


SIMILARES
Os navegantes devem estar atentos contra a possibilidade de ocorrência de atos
de assalto e roubo à mão armada, a bordo das embarcações, quando fundeadas ou
atracadas. O “Decálogo de Segurança”, constante do ANEXO 3F, sugere precauções a
fim de evitar prejuízos aos navios.
a) Providências do Responsável
Os armadores ou seus representantes legais, cujas embarcações estejam
atracadas ou fundeadas, visando à defesa de seus tripulantes e à manutenção dos bens
de sua propriedade ou sob sua guarda, poderão, sob sua inteira responsabilidade,
contratar empresas credenciadas que oferecem segurança armada ou empregar
equipamento de detecção de intrusos, tais como alarmes e detectores infravermelho.
b) Obrigatoriedade de Vigilância por Tripulante
É obrigatória a presença a bordo de um membro da tripulação nos navios
atracados e fundeados, guarnecendo equipamento VHF. A Capitania dos Portos mantém
escuta permanente no canal 16.
c) Competência
A autoridade competente para investigar e coibir ilícitos penais a bordo é a
Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras, exercida pela Polícia Federal, cujo endereço é
Rua Vale do Rio Doce, nº 01, Bairro São Torquato, Vila Velha. CEP 29114-670. Tel (27)
331-8002 e Fax (27) 331-8030.
d) Obrigatoriedade de Comunicação
Na ocorrência de um assalto ou roubo a mão armada, o Comandante deverá
fazer um relatório circunstanciado dos acontecimentos e dos procedimentos preventivos
adotados, o mais detalhado possível, contendo a descrição dos ladrões, número e tipo de
embarcações usadas e meios utilizados para atingirem o convés. O Relatório deverá ser
encaminhado à Capitania dos Portos do Espírito Santo.
São responsáveis pelo Registro Policial da Ocorrência o Comandante, o
proprietário ou o armador do navio, sendo co-responsável o Agente Marítimo. É
necessário que o Vigia Portuário, contratado para o serviço de vigilância do navio, preste
depoimento à autoridade policial sobre o ataque.
SEÇÃO V

MEIO AMBIENTE

0320 – PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


a) As Áreas de Proteção Ambiental existentes no Estado do Espírito Santo,
compreendem:
1) Parque Estadual de Itaúnas – Município de Conceição da Barra;
2) Reserva Biológica de Comboios – Municípios de Linhares e Aracruz;
3) Área de Proteção Permanente Morro da Concha – Município de Vila Velha;
4) Área de Proteção Ambiental de Setiba – Município de Guarapari;
5) Parque Paulo César Vinha – Município de Guarapari;
6) Área de Proteção Ambiental Conceição da Barra – Conceição da Barra;
7) Área de Proteção Ambiental Praia Mole – Município da Serra e Vitória;
8)Área de Proteção Ambiental de Guanandy – Municípios de Itapemirim e
Piúma;
9) Reserva Ecológica Estadual de Jacarenema – Município de Vila Velha;
10) Área de Proteção ambiental da Ilha do Frade – Município de Vitória;
11) Estação Ecológica da Barra Nova – Município de São Mateus;
12) Estação Ecológica Municipal Ilha do Lameirão – Município de Vitória;
13) Estação Ecológica Municipal Papagaio – Município de Anchieta;
14) Parque Ecológico Morro do Penedo – Município de Vila Velha;
15) Reserva Ecológica dos Manguezais Piraquê – Açu e Mirim – Município de
Aracruz;
16) Estação de Biologia Marinha – Município de Aracruz;
17) Parque Municipal da Baía Noroeste de Vitória – Município de Vitória;
18) Parque Municipal de Guarapari – Município de Guarapari;
19) Área de Proteção Permanente Morro da Concha – Município de Vila Velha;
20) Reserva Ecológica Municipal Restinga de Camburi – Município de Vitória;
21)Reserva Ecológica Municipal das Ilhas Oceânicas de Trindade e Martin
Vaz;
22) Parque Municipal do Morro da Mantegueira – Município de Vila Velha.
b) Disseminação dos Casos de Poluição
O derramamento de poluentes, ocorrido de forma acidental ou não, deverá ser
imediatamente comunicado à Capitania dos Portos. Idêntica comunicação deverá ser
feita à Superintendência Regional do Instituto Nacional do Meio Ambiente e à Secretaria
de Estado para assuntos do Meio Ambiente (SEAMA) e a Prefeitura local.
1) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA). Tel. (27) – 324-1811 e fax 325-4270;
2) Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente – SEAMA. Tel. (27) -
223-4068 e fax (27) -222-3485
Dependendo da quantidade de poluentes será acionado o Plano de
Emergência para Combate a Derramamentos de Petróleo na Região da Grande Vitória
cujas Instituições participantes estão abaixo relacionadas:
- Município de Vitória - Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM)
- Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA
- Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente – SEAMA
- Prefeitura Municipal de Vila Velha – Secretaria Municipal de Saneamento e
Meio Ambiente – SANEAMA
-Prefeitura Municipal da Serra – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SEMMA
- Prefeitura Municipal de Cariacica
- Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo
- Polícia Militar do Estado do Espírito Santo – Companhia de Polícia Ambiental
- T. A. Oil Distribuidora de Petróleo Ltda.
- Praticagem do Espírito Santo S/C Ltda.
- Companhia Vale do Rio Doce – CVRD
- Petróleo Brasileiro S. A. – PETROBRÁS
- Frannel Distribuidora de Petróleo Ltda.
- Pelicano Serviços Marítimos Ltda.
- Linave Ltda.
- Companhia Siderúrgica de Tubarão - CST
c) Cuidados para evitar a Poluição
1) as embarcações deverão recolher o lixo em recipientes adequados e mantê-
los tampados até sua retirada de bordo;
2) - não é permitido que recipientes de lixo fiquem dependurados pela borda
da embarcação ou acumulados no convés principal onde possa vir a rolar para o mar;
3) é proibido efetuar qualquer tipo de esgoto, com descarga direta para o mar,
durante a permanência no porto; e
4) a retirada de objetos contendo produtos químicos poderá ser feita
empregando-se chata, caminhão ou outro meio, desde que executada por firma
legalmente habilitada e com consentimento da Administração do Porto.
d) Recebimento e transferência de combustível
Navios fundeados deverão atender ao preconizado no item 0303 desta NPCP.

0321 – CARGA OU DESCARGA DE PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS, PRODUTOS


QUÍMICOS A GRANEL E GÁS LIQÜEFEITO
a) Prontidão
1) as embarcações deverão manter contínua vigilância durante as operações
de carregamento ou descarregamento de petróleo ou seus derivados, produtos químicos
a granel e gás liqüefeito, pois, como demonstram as estatísticas, é nessas ocasiões que
ocorrem a maioria dos derramamentos registrados;
2) para tanto, durante todo o período de carga ou descarga, deverão ser
mantidos, a postos, no convés, tripulantes qualificados e conhecedores das manobras de
modo a poderem, rapidamente, interromper a operação em caso de acidente ou avaria
nos equipamentos; e
3) da mesma forma os terminais deverão manter operadores qualificados e
atentos à faina, em tal posição que possam paralisar a operação imediatamente em caso
de vazamento ou derramamento do produto.
b) Legislação
Recomenda-se que as embarcações conheçam e cumpram as prescrições
contidas nas seguintes publicações:
1) Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios
(MARPOL-73);
2) Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar
(SOLAS-74).
3) Norma da Autoridade Marítima número 7;
4) Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998; e
5) Lei 9.966 de 28 de abril de 2000.

0322 – MERCADORIAS PERIGOSAS


São consideradas mercadorias perigosas todas as substâncias assim
classificadas pela Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar -
SOLAS-74, como os explosivos, gases, líquidos ou sólidos inflamáveis, substâncias
comburentes, peróxidos orgânicos, substâncias venenosas, infecciosas, radioativas e
corrosivas.
a) Requisitos para o Transporte
O transporte de mercadorias perigosas obedecerá às normas contidas
previstas na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar -
SOLAS-74, no “Internacional Maritime Dangerous Goods Code” - IMDG Code e demais
normas previstas na legislação vigente.
b) Embarcações que chegam ao Porto
A Capitania dos Portos deverá ser informada, pela própria embarcação ou por
seus agentes, de toda carga perigosa que chegar ao porto, seja para descarga ou em
trânsito. Esta comunicação deverá ser feita com 24 horas de antecedência à chegada e
deverá especificar:
1) o nome técnico da mercadoria;
2) a classificação quanto ao IMDG-Code;
3) a quantidade; e
4) destino e ETA da embarcação.
c) Embarcações que deixam o Porto
Cópia do Manifesto de Carga Perigosa deverá ser entregue até 24 horas antes
da saída da embarcação, à Capitania dos Portos.
d) Alterações
Todas as alterações no Manifesto de Carga, bem como as confirmações de
chegada e saída das embarcações deverão ser informadas, por fax, à Capitania dos
Portos.
e) Regras
As mercadorias perigosas, para serem transportadas a bordo de embarcação,
deverão estar:
- com embalagem correta e em bom estado;
- com os recipientes marcados e etiquetados com o nome técnico exato, sendo
que o nome comercial não é admitido, e com uma etiqueta ou marca contendo o símbolo
indicando claramente a natureza perigosa do seu conteúdo;
- documentadas na origem por seus expedidores, contendo, além do manifesto
de carga, um certificado ou declaração atestando que a mercadoria está corretamente
embalada, marcada e etiquetada e que atende às condições exigidas para seu
transporte;
- estivadas de maneira apropriada e segura, conforme sua natureza. As
mercadorias incompatíveis devem ser separadas umas das outras. O transporte de
explosivos a bordo de navios de passageiros atenderá às restrições especiais previstas
na Regra 7 do Capítulo VII da Convenção SOLAS-74.

f) Irregularidades
O descumprimento dessas regras ou a constatação de divergência entre
documentos e carga sujeitarão o infrator, além das demais penas previstas, no
impedimento do carregamento ou descarga da mercadoria.
g) Sinalização de Carga Perigosa
Toda embarcação transportando carga perigosa deverá içar os sinais previstos
no Código Internacional de Sinais, durante o período em que o navio estiver com a carga
no porto.
Durante o carregamento ou descarga de inflamáveis ou explosivos, a
embarcação deverá arvorar uma bandeira bravo (encarnada e drapeada), de dia, ou
exibir uma luz vermelha, à noite, ambas no mastro principal.

0323 – DRAGAGEM
a) Competência para Emissão do Parecer
A Marinha do Brasil emitirá parecer relativo a dragagens, sempre que não
houver comprometimento da segurança da navegação ou do ordenamento do espaço
aquaviário, sem prejuízo das obrigações frente aos demais órgãos competentes em
especial os órgãos de controle do meio ambiente.
As dragagens poderão ser realizadas com os seguintes propósitos:
1) para estabelecimento de uma determinada profundidade;
2) para manutenção de profundidade de certo local; e
3) para execução de aterro.
Os processos relativos às realizações de dragagens para execução de aterro
obedecerão, no que couber, ao contido no item 0205 e no item 0208 da Norma da
Autoridade Marítima número 11 (NORMAM 11), devendo ser encaminhados em um único
processo.
b) Áreas Preestabelecidas para Despejo do Material Dragado
Foram estabelecidas as seguintes áreas para despejo do material dragado:
1) Ponto com Lat. 20º 23´ 00´´ S e Long. 040 º 13' 00´´W
2) Ponto com Lat. 20º 22´ 00´´ S e Long. 040º 06' 30" W

Estes pontos foram acordados com os órgãos ambientais IBAMA e SEAMA.


SEÇÃO VI

FISCALIZAÇÃO PELAS AUTORIDADES NACIONAIS

0324 – PASSAGEM INOCENTE


a) Direito de Passagem Inocente
É reconhecido, às embarcações de qualquer nacionalidade, o direito de
passagem inocente no mar territorial brasileiro. A passagem inocente deverá ser contínua e
rápida, não podendo ser prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil.
Compreende o parar e fundear, desde que constituam incidentes comuns da navegação ou
sejam impostos por motivos de força maior ou prestação de auxílio às pessoas ou
embarcações em perigo no mar. Não compreende o acesso às águas interiores ou quando
para elas se dirigirem.
b) Fundeio ou Parada de Máquinas no Mar Territorial Brasileiro
Quando, por qualquer motivo, tenha a embarcação, nacional ou estrangeira que
parar as máquinas ou fundear no mar territorial brasileiro, deverá comunicar o fato, de
imediato, a Capitania dos Portos que informará ao Comando do Primeiro Distrito Naval. A
comunicação deverá informar a posição da embarcação, o motivo da parada ou fundeio, a
hora estimada de partida e o porto de destino. A partida efetiva, também, deverá ser
informada à Capitania, tão logo ocorra. O Distrito Naval ou a Capitania poderá determinar
outro local de parada ou fundeio, a seu critério, quando a posição escolhida não for
conveniente aos interesses da segurança da navegação, da vida humana ou do meio
ambiente.
c) Escuta Permanente
Toda embarcação, nacional ou estrangeira, equipada com estação
radiotelefônica em VHF, deverá manter escuta permanente no canal 16 (156.8 Mhz),
quando navegando no mar territorial brasileiro.
d) Chamada para Identificação
A solicitação de identificação, no mar territorial, por navios da Marinha do
Brasil ou embarcações da Inspeção Naval, bem como das demais embarcações de
fiscalização dos órgãos públicos competentes, deverá ser prontamente atendida. Caso a
embarcação não disponha de estação radiotelefônica em VHF, ou esta se encontre
inoperante, deverão ser empregados sinais visuais que permitam à embarcação
fiscalizadora a identificação solicitada.

0325 – ENTRADA DA EMBARCAÇÃO


As embarcações estrangeiras (exceto as de esporte e/ou recreio e navios de guerra
e de Estado não exercendo atividade comercial) e as embarcações nacionais com mais de
20 (vinte) AB, (exceto as de esporte e/ou recreio, de pesca, quando saindo e retornando a
um mesmo porto sem escalas intermediárias e os navios de guerra e de Estado não
exercendo atividade comercial), ao entrarem em qualquer porto brasileiro, deverão
comunicar sua chegada à Capitania, doravante denominada Órgão de Despacho (OD), por
meio da Parte de Entrada, ANEXO 3H.
Embarcações de Esporte e Recreio deverão atender às normas específicas para o
tráfego desses tipos de embarcações estabelecidas na NORMAM 03.
As embarcações estrangeiras afretadas, contratadas ou similares deverão atender
o que prescrevem as normas específicas para o tráfego desse tipo de embarcações,
estabelecidas na NORMAM 04.
A visita das autoridades do porto, constituída por fiscais da saúde dos portos, de
aduana e imigração, é a primeira exigência a ser atendida pelas embarcações que
demandam o porto. Compete ao representante do Armador as providências necessárias
para sua realização, antes de ser a embarcação liberada para as operações de carga e
descarga, de embarque e desembarque de passageiros.
É proibido às lanchas que estiverem a serviço do Armador ou Agente de
Navegação, atracar em embarcação mercante fundeada, que seja procedente de porto
estrangeiro, sem prévia liberação da Saúde dos Portos, Receita Federal e Polícia Federal.
a) Livre Prática
A Livre Prática (“free pratique”) - Autorização dada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVS), por meio do seu representante local que é a Saúde dos Portos,
autorizando a embarcação a entrar no porto, poderá ser solicitada via rádio, ou por meio de
mensagem enviada pelos Agentes de Navegação à Autoridade de Saúde dos Portos, até
duas horas antes da chegada do navio.
b) Quarentena
1) As embarcações, cujas condições sanitárias não forem consideradas
satisfatórias (não tiver sido obtida a Livre Prática), deverão participar à Capitania dos
Portos que determinará que o navio fundeie na área de quarentena, (previstas no
Capítulo 4, item “OUTRAS RESTRIÇÕES”, da seção de cada porto), ou outra até sua
liberação pela Saúde dos Portos. O fundeio na zona de quarentena dependerá, ainda, de
que as embarcações possuam “tanques de retenção”.
2) Os Comandantes deverão apresentar à Capitania, uma declaração de que os
tanques de dejetos estão perfeitamente vedados e tratados quimicamente, de forma
adequada a combater a doença em questão.
3) É proibida a descarga de águas servidas.
4) O descumprimento destas normas ou de qualquer outra estabelecida pela
Saúde dos Portos sujeitará a retirada da embarcação para área costeira afastada, sem
prejuízo de outras penalidades previstas.
5) Os Agentes Marítimos, Armadores e Comandantes deverão disseminar, de
forma mais ampla e rápida possível, as informações e diretivas das autoridades do porto, de
modo a garantir à eficácia das medidas de prevenção adotadas, a fim de evitar a
propagação da doença.
O navio deverá manter içada a bandeira adequada do Código Internacional de
Sinais, ficando proibida a descida de qualquer pessoa da embarcação.
c) Controle do Navio pelo Estado do Porto (Port State Control)
Os navios estrangeiros estarão sujeitos ao Controle do Navio pelo Estado do
Porto (PSC), de acordo com as Convenções Internacionais ratificadas pelo País e com a
Norma da Autoridade Marítima para Operação de Embarcações Estrangeiras em área de
jurisdição brasileira (AJB) – NORMAM 04.
d) Relatório de Água de Lastro
Os navios que descarregarem suas águas de lastro nas águas jurisdicionais
brasileiras deverão preencher o Relatório de Águas de Lastro ANEXO 3I, em duas vias,
mantendo uma a bordo para eventuais fiscalizações e a outra deverá ser recolhida pelo
Órgão Federal competente.

0326 – DESPACHO E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES


Em tempo hábil, as embarcações solicitarão ao OD permissão para saída por meio
de um Pedido de Despacho. Para obter tal autorização, deverão cumprir as prescrições
regulamentares previstos na NORMAM 08, cujo procedimento é denominado Despacho.
Caso não haja tempo hábil, em virtude do período de estadia da embarcação no porto e do
local da atracação na área do OD, a embarcação poderá ser liberada por meio do
Despacho Como Esperado.
Após a embarcação ser despachada, terá o prazo para saída de até 2 (dois) dias
úteis. Não se concretizando essa saída, o Despacho deverá ser atualizado por meio da
Revalidação do Despacho.
As embarcações, após cumprirem as exigências do Despacho, serão liberadas pelo
OD e receberão o Passe de Saída.
A efetiva saída das embarcações será participada ao OD por meio da Parte de
Saída.
A tramitação dos documentos acima mencionados, entre o OD e o Comandante da
embarcação, Armador ou seu Preposto, deverá realizar-se, preferencialmente, por meio de
fax.
Qualquer omissão de fato ou informação inverídica, que concorra para que o
Despacho da embarcação seja feito com vício ou erro, será considerada falta grave a ser
apurada, sendo o Comandante o principal indiciado; podendo, conforme o caso, ser retida a
embarcação por período de tempo julgado conveniente pelo OD, para os esclarecimento
necessários.
a) Embarque de Pessoal não Tripulante
O embarque e desembarque de familiares de tripulantes, de pessoal envolvido
em reparos e manutenção, bem como de passageiros (em navio não destinado ao
transporte de passageiros), serão feitos mediante inclusão dos respectivos nomes, na
Lista de passageiros, apresentada por ocasião do despacho ou juntamente com a Parte
de saída (no caso de haver alterações), observados sempre os números máximos de
pessoas que compõe a lotação, as acomodações e o material de salvatagem disponível.
b) Dispensa de Despacho
Os navios fundeados nas proximidades do porto, que não estejam realizando
navegação de cabotagem e não tenham sido visitados pelas autoridades do porto,
poderão suspender ferros para outro destino, sem despacho, devendo seus agentes
comunicar tal evento à Capitania, para que sejam cumpridos os procedimentos previstos
para a Parte de Saída. Esses navios não podem movimentar tripulantes, nem receber
visitas de qualquer natureza, ocorrências que os sujeitariam ao despacho.

0327 – BUSCA E SALVAMENTO


A organização das atividades de busca e salvamento no Brasil é coordenada e
supervisionada pelo SALVAMAR BRASIL, cabendo ao Comando do Primeiro Distrito Naval
(Com1ºDN), através do SALVAMAR SUESTE, a tarefa de coordenar as atividades de Busca
e Salvamento em suas áreas marítimas, executando as funções de Centro de Coordenação
de Salvamento (RCC Rio de Janeiro/RCC South-East).
A Capitania dos Portos do Espírito Santo tem a tarefa de atuar como Subcentro de
Coordenação de Salvamento nas suas respectivas áreas de jurisdição, dentro da estrutura
organizacional do SALVAMAR SUESTE.
A par dos meios disponíveis na Marinha do Brasil para atender às atividades de
busca e salvamento em alto mar, a salvaguarda da vida humana no mar nas vias
navegáveis interiores e junto aos portos e praias é prejudicada pela falta de recursos
adequados e pela diversidade de incidentes que ocorrem, inopinadamente, mas em
circunstâncias muitas vezes previsíveis.
Há, portanto, necessidade de embarcações que operam junto aos portos e
praias, assim como as Autoridades Federais, Estaduais e Municipais, serem mobilizadas
ordenadamente na salvaguarda da vida humana nesses locais, coordenadas pela
Autoridade Naval da área, autoridade essa responsável pela segurança marítima.
Com o propósito de coordenar a atuação das entidades pertencentes à
Comunidade Marítima do Espírito Santo, os planos de auxílio mútuos, elaborados pela
Capitania dos Portos para as respectivas áreas de jurisdição, suprem, em curto prazo, a
deficiência dos meios existentes para a salvaguarda da vida humana no mar e serão
ativados quando da ocorrência de incidente SAR.
Outros fatos, de domínio público, são os acidentes registrados no mar e nos
portos por ocasião de datas festivas, como procissões marítimas e festividades de final
de ano, quando grande número de embarcações conduzindo passageiros trafega sem
observar às normas de segurança estipuladas pela legislação em vigor, principalmente
quanto ao material de salvatagem e a lotação a bordo. Apesar de serem envidados todos
os esforços para que tais acidentes não ocorram, é necessário que, antecedendo esses
eventos, medidas adicionais sejam adotadas junto aos Iate-clubes, Marinas e Colônias de
Pesca, com o propósito de aumentar o grau de controle das embarcações e conscientizar
a população para os perigos envolvidos, caso não sejam obedecidas às normas de
segurança preconizadas.

0328 – EVENTOS NÁUTICOS


Os procedimentos para realização de eventos náuticos, tais como comemorações
públicas, festejos, regatas e competições estão estabelecidos no item 0109 desta NPCP.
CAPÍTULO 4

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

SEÇÃO I

RESTRIÇÕES OPERACIONAIS

0401 – PROPÓSITO
Orientar os procedimentos necessários ao estabelecimento de limitações
operacionais nos portos e seus acessos. O documento constante do ANEXO 4A,
apresenta as variáveis empíricas que deverão ser consideradas no estudo para o
estabelecimento de um fator de segurança para a lâmina d’água entre o fundo e a quilha
do navio a ser recomendado aos navegantes.

0402 – COORDENAÇÃO
Cabe ao Representante Regional da Autoridade Marítima, representado pelo
Capitão dos Portos do Espírito Santo, coordenar o estabelecimento de limitações
operacionais nos portos de sua jurisdição, tais como o calado máximo recomendado e a
velocidade de evolução nos diversos trechos navegáveis.
Para tal, são realizadas reuniões com representantes das Administrações dos
Portos e Terminais, e a Praticagem do Espírito Santo.
As Administrações dos Portos e Terminais, com base na documentação
pertinente, elaboram Normas Técnicas que especificam os limites sob a responsabilidade
de cada administração.
a) PORTO DE VITÓRIA
1) Limitações Operacionais conforme a Resolução nº 04 de 08/05/1996 da
Companhia Docas do Espírito Santo – CODESA.
2) Restrições de Fundeios e Fundeadouros
(a) O fundeadouro para navios com demorado prazo de espera está
estabelecido na área número 1 constante na Carta 1401.
(b) Fundeio Proibido
É proibido o fundeio na Bacia de Evolução, que só poderá ser usada
como “FUNDEADOURO INTERNO” em situações de emergência ou para salvaguarda da
vida humana no mar.
(c) Espera de Prático:
Posição: Latitude 20º 19’,6 S e Longitude 040º 15’.3 W.
Profundidade: 18 a 19 metros
Natureza do fundo: areia
(d) Os navios de quarentena devem utilizar a seguinte área para fundeio:
Círculo de 1MN (uma milha náutica) de raio centrado no ponto de
coordenadas: Latitude: 20º 50’ S e Longitude: 040º 06’ W.
b) COMPLEXO PORTUÁRIO DE TUBARÃO
1) Limitações Operacionais conforme a Resolução nº GEOPS-001, Revisão 02
de 01/08/1998.
2) Restrições de Fundeios e Fundeadouros
(a) O fundeadouro para navios com demorado prazo de espera está
estabelecido na área número 2 constante na Carta 1401. Em casos excepcionais poderá
ser utilizado o fundeadouro de número 03, constante da carta náutica 1401
(b) Fundeio Proibido
É proibido o fundeio na Bacia de Evolução, que só poderá ser usada
como “FUNDEADOURO INTERNO” em situações de emergência ou para salvaguarda da
vida humana no mar.
(c) Espera de Prático:
Posição: Latitude 20º 20’,0 S e Longitude 040º 14’.2 W.
Profundidade: 18 a 19 metros
Natureza do fundo: areia
(d) Os navios de quarentena devem utilizar a seguinte área para fundeio:
Círculo de 1MN (uma milha náutica) de raio centrado no ponto de
coordenadas: Latitude: 20º 50’ S e Longitude: 040º 06’ W.
c) TERMINAL ESPECIALIZADO DE BARRA DO RIACHO (PORTOCEL)
1) Limitações Operacionais conforme a Norma do Porto aprovada pela
Portaria nº 028 de 11/04/1997, da Companhia Docas do Espírito Santo - CODESA.
2) Restrições de Fundeios e Fundeadouros
Os navios de quarentena devem utilizar a seguinte área para fundeio:
Círculo de 1MN (uma milha náutica) de raio centrado no ponto de
coordenadas: Latitude: 20º 22’ S e Longitude: 040º 06’ W.
d) TERMINAL MARÍTIMO DE PONTA DE UBÚ
1) Limitações Operacionais conforme a Resolução nº 02 de 19/04/1996 da
Gerência do Porto.
e) TERMINAL PRIVATIVO E DE USO MISTO DE PRAIA MOLE
1) Limitações Operacionais conforme a Norma do Porto TPS 029/96 da
Gerência do Porto.
f) TERMINAL DE REGÊNCIA
Limitações Operacionais conforme a norma Informações do Porto, 1ª Edição,
ano 1997.
SEÇÃO II

PLATAFORMAS E BÓIAS DE GRANDE PORTE

0403 – PLATAFORMAS, NAVIOS E EMBARCAÇÕES EMPREGADAS NA


PROSPECÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
Deverão atender o preconizado nas NORMAM 01, 04 e ao item 0110 desta
NPCP.
a) Controle
O estabelecimento de plataformas de prospecção e produção de petróleo ou
gás, de navios-sonda, navios-cisterna, além de gerador de tráfego adicional, constitui
obstáculo à navegação, sendo necessário o conhecimento de sua posição exata para
divulgação aos navegantes. O mesmo cuidado deve-se ter para o posicionamento de
monobóias, poitas e dutos submarinos, a fim de se obter uma navegação segura.
b) Acompanhamento
As Companhias responsáveis por terminais e bacias petrolíferas ou gás
deverão solicitar à Capitania dos Portos, com antecedência mínima de 10 (dez) dias,
autorização para:
1) Fixação de plataforma de prospecção e produção de petróleo ou gás,
lançamento de bóias e poitas ou de qualquer tipo de artefato flutuante ou submerso,
quando estes dispositivos não forem enquadrados como obras sob ou sobre água,
regulamentadas por portaria específica da Diretoria de Portos e Costas;
2) Deslocamentos de plataformas de prospecção ou produção de petróleo ou
gás, navios-sonda, navio-cisterna e plataformas de apoio. O pedido de autorização
deverá ser feito com informação para a Diretoria de Hidrografia e Navegação e deverá
citar o início do deslocamento, rumo, velocidade, previsão de chegada e destino. Quando
atingida a posição final esta deverá ser confirmada em nova comunicação; e ao contido
no item 0110 (aviso aos navegantes) desta NPCP
3) nos casos das plataformas necessitarem de fundeios nas proximidades das
instalações portuárias, além do cumprimento do item anterior, os solicitantes devem
informar a altura de suas torres em relação ao nível do mar, fim evitar interferência com a
segurança do tráfego aéreo regional. As autorizações de entrada estarão condicionadas
às limitações especificadas pela Capitania dos Portos do Espírito Santo, após avaliação.

0404 – BÓIAS DE GRANDE PORTE


a) Conceituação
Consideram-se bóias de grande porte aquelas com volume superior a 2m³
(dois metros cúbicos).
As bóias de grande porte têm sido, geralmente, posicionadas em mar aberto
em apoio a diversas atividades, especialmente aquelas ligadas à prospecção e
exploração de petróleo ou gás; e
Tais bóias representam riscos ao navegante não somente pelo seu
posicionamento, mas também por garrarem, ficando à deriva.
b) Identificação
As bóias de grande porte deverão ser identificadas, mediante uma placa,
contendo o nome da firma proprietária, o local de fundeio e a sigla da Capitania dos
Portos.
c) Lançamento
O lançamento desses artefatos obedecerá a normas específicas, emitidas pela
Diretoria de Portos e Costas; e
As bóias lançadas deverão ser vistoriadas periodicamente por seus
proprietários, especialmente no que diz respeito ao aparelho de fundeio, a fim de se
evitar que garre. É responsabilidade do proprietário a conservação e a manutenção das
condições adequadas para o perfeito posicionamento das bóias.
d) Providências no caso de uma Bóia garrar
1) o navegante ao encontrar uma bóia à deriva deverá notificar imediatamente
ao Comando do Distrito Naval ou à Capitania dos Portos, para divulgação em Avisos aos
Navegantes; e
2) as bóias de grande porte encontradas à deriva, que forem recuperadas pela
Marinha, serão restituídas ao proprietário, mediante o ressarcimento das despesas
realizadas com o seu reboque, conservação e guarda. O proprietário será notificado para
retirar a bóia no prazo de 15 (quinze) dias e, caso não retire, a bóia será leiloada,
conforme legislação vigente.
SEÇÃO III

DIVERSOS

Para execução de obras sobre a água, dragagens, retirada de areia e aterros, há


necessidade de requerer à Capitania dos Portos a necessária autorização, a fim de
serem preservadas as vias navegáveis e a segurança das embarcações.
As Normas da Autoridade Marítima para Obras, Dragagens, Pesquisa e Lavra de
Minerais sob, Sobre e às Margens das Águas sob Jurisdição Nacional (NORMAM 11),
estabelecem os procedimentos que devem ser adotados pelos interessados em obter o
parecer da Marinha do Brasil, necessários à autorização da obra junto aos órgãos
competentes.
CAPÍTULO 5

HIDROVIAS E RIOS NAVEGÁVEIS DA JURISDIÇÃO

SEÇÃO I
CONDIÇÕES DE NAVEGAÇÃO E SINALIZAÇÃO

0501 – CONDIÇÕES DE NAVEGABILIDADE E SINALIZAÇÃO


São descritos abaixo os rios navegáveis e sua classificação de via:

RIO TRECHO EXTENSÃO CLASSIFICAÇÃO CARTA


NAVEGÁVEL (KM) DA VIA NÁUTICA
São Mateus Foz/São Mateus 44 A 1300
Doce Foz/Aimorés 147 A 1400 e 1403
Piraquêaçu/ Foz/Vila do Gigante 30 B 1633 e 1402
Santa Cruz

Classificação da via
A – rios com mais de 2,10 m de profundidade durante 90% dos dias do ano.
B – rios de 1,30 a 2,10 m de profundidade durante 90% dos dias do ano.

Os rios descritos não possuem qualquer tipo de sinalização.

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