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PCMSO

Programa de Controle Médico de


Saúde Ocupacional – NR 07

ANTONIO SAMPAIO DOS


REIS ME

EMPREITEIRA SAMPAIO

Cuiabá - MT
Janeiro de 2020

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SUMÁRIO

01. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA........................................................................................3


02. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
03. OBJETIVOS............................................................................................................................4
3.1 Abrangência..............................................................................................................................4
04. RESPONSABILIDADES........................................................................................................4
4.1. Cabe ao empregador................................................................................................................4
4.2. Cabe ao Médico Coordenador.................................................................................................5
05. ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE SAÚDE............................................................................5
5.1 Palestras Educativas / Preventivas............................................................................................5
5.2 Primeiros Socorros..................................................................................................................5
5.3 PAE – Plano de Atendimento de Emergência.........................................................................6
5.3.1 Lista de Hospital e Pronto Socorro de Referência...............................................................6
06. ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE SAÚDE......................................................................7
6.1 Admissional.............................................................................................................................7
6.2 Periódico.................................................................................................................................8
6.3 Mudança de Função................................................................................................................8
6.4 Retorno ao Trabalho...............................................................................................................9
6.5 Demissional.............................................................................................................................9
07. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO............................................................9
08. PRONTUÁRIO.....................................................................................................................10
09. CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho.....................................................................10
10. PCA- PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA...................................................10
11. PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA.................................................12
12. LAUDO ERGONÔMICO....................................................................................................14
13. PROGRAMA DE PREVENÇÃO........................................................................................16
14. RELATÓRIO ANUAL.........................................................................................................18
15. ANEXOS...............................................................................................................................19
15.1 Planilhas de Exames Ocupacionais.....................................................................................20
15.2. Cronograma de Execução..................................................................................................21
15.3. Noções Básicas de Primeiros Socorros............................................................................22
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1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: ANTONIO SAMPAIO DOS REIS ME

CNPJ: 16.796.788/0001-24

CNAE: 43.99-1-03 - Obras de alvenaria

Endereço: Rua 12, nº 28, Qda 32, Parque Residencial Coxipó.

Cidade: Cuiabá - MT

CEP: 78.090-370

Número de Funcionários: 20 (Vinte).

Data da Elaboração: 13/01/2020

Duração do Programa: 12 meses

Médica Coordenadora do PCMSO:

Drª. Alana Morais Costa


Médica do Trabalho
CRM/MT – 6696

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2. INTRODUÇÃO

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) visa atender a Norma


Regulamentadora n. º 7 (NR 7), conforme a nova redação dada pela Portaria n.º 24 de 29 de
dezembro de 1994 (DOU de 30/12/94) e Portaria n.º 8 de 08 de maio de 1996, que trata entre
outros, dos exames médicos ocupacionais dentro da prática da Medicina do Trabalho, cabendo o
cumprimento desta legislação a todos as empresas e instituições que admitem trabalhadores em
regime celetista. Deve ser articulada obrigatoriamente com as atividades previstas nas demais
NRs, especialmente a NR 9 (PPRA) e a NR 5 (CIPA).

3. OBJETIVOS

 Promover a saúde, a prevenção de doenças e acidentes do trabalho;


 Garantir aos trabalhadores a melhor qualidade de vida possível no ambiente de trabalho,
visando à preservação de sua saúde, como também o incremento da produtividade, da
qualidade e da competitividade;
 Atuar na prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados
ao trabalho;
 Reduzir os índices de acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças do trabalho;
 Cumprir a legislação trabalhista no tocante à saúde no trabalho;
 Padronizar e normatizar as ações voltadas ao controle médico de saúde ocupacional.

3.1 Abrangência

Os itens acima mencionados se aplicam a todos os setores da empresa.

4. RESPONSABILIDADES

4.1. CABE AO EMPREGADOR:

 Zelar pela eficácia do PCMSO;


 Custear todos os procedimentos do PCMSO, e quando solicitado pela inspeção do
trabalho, comprovar a execução das despesas, mediante recibo ou Nota Fiscal;
 Cumprir à risca todos os preceitos da NR 7;
 Solicitar aos serviços terceirizados que realizem o seu PCMSO.
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4.2. CABE AO MÉDICO COORDENADOR:

 Realizar os exames previstos no item 7.4.1 da NR 7 assim como encarregar os exames


complementares previstos no item 7.4.2.2 (quadros I e II) da NR 7, e outros exames que
julgar necessários. Esses exames serão realizados por profissionais e/ou entidades
capacitadas, equipadas e qualificadas.
 Orientar a emissão de CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho.

5. ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE SAÚDE

As atividades primárias de saúde visam à promoção da saúde e a prevenção de doenças,


tanto ocupacionais como também aquelas relacionadas com a qualidade de vida e/ou derivada de
patologias regionais.

5.1. Palestras Educativas / Preventivas

A empresa realizará palestras educativas / preventivas de acordo com o cronograma


previsto no PCMSO em anexo, sendo os temas escolhidos conforme realidade da empresa.
Nestes eventos serão abordados temas sugeridos pelos colaboradores, Cipa, e julgados
relevantes em função das condições vivenciadas na cidade e canteiro.

5.2. Primeiros Socorros

A empresa deverá ter uma caixa de primeiros socorros com material e medicamentos
(listagem anexa) necessários à prestação de primeiros socorros. O material deve ser guardado em
local adequado e ficar sob cuidados de pessoa treinada para esse fim.
Haverá orientação para aquisição de materiais necessários à prestação de Primeiros
Socorros bem como o treinamento do responsável pelo seu uso.
01 Maleta para materiais;
 01 Cx. de luvas de procedimentos;
 05 Pac. de Algodão esterilizado;
 05 Unid. de Ataduras de crepe de 10 e 20 cm
 05 Pac. de Gazes esterilizadas 7,5 X 7,5 cm
 02 Frascos de 500 ml de Soro fisiológico 0,9%;
 02 Unid. de Esparadrapo;
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 01 Tesoura e pinça anatômica;
 01 Cx. de Band Aid;
 01 Termômetro;

5.3 PAE – Plano de Atendimento de Emergência

Em caso de acidente de trabalho, deverá ser comunicado imediatamente o Encarregado (a)


Responsável Srº (a)...............................................para acionamento da equipe de emergência para o
atendimento e transporte imediato do sinistrado ao posto de socorros mais próximo ou ao
HOSPITAL e PRONTO SOCORRO de CUIABÁ.
Em caso de doenças regionais ou doenças de alta complexidade, o trabalhador deve ser
encaminhado ao HOSPITAL JULIO MÜLLER, que é referência no atendimento de doenças já
conhecidas e diagnosticadas, ou que apresentem alguma disfunção que coloque em risco a vida da
pessoa.

5.3.1 Lista de Hospital e Pronto Socorro de Referência

Hospital Local
Hospital Júlio Müller
Endereço: Rua Luiz Philipe Pereira Leite, s/n – Alvorada, Cuiabá – MT.
Telefone: (65) 3615-7238
Atendimentos Prestados: Atendimento hospitalar no geral.

Pronto Socorro 01
Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá
Endereço: Av. General Vale, 192 – Bandeirantes, Cuiabá – MT.
Telefone: (65) 3617-7876
Atendimentos Prestados: Atendimento clínico e primeiros socorros.

Pronto Socorro 02
Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande
Endereço: Rua Alzira Santana, s/n - Nova Várzea Grande – Várzea Grande – MT.
Telefone: (65) 3029-7206
Atendimentos Prestados: Atendimentos em primeiros socorros.

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Telefones úteis:

Policia Militar 190


SAMU 192
Corpo de Bombeiro 193
Centro de Zoonose Cuiabá (065) 3661-2494
Normat – Núcleo de Ofidismo de Mato Grosso (065) 3661-2494
Hemocentro (065) 3623-0044

06. ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE SAÚDE

As atividades secundárias de saúde serão desenvolvidas principalmente através dos


Exames Ocupacionais:
 Admissional;
 Periódico;
 Mudança de Função;
 Retorno ao Trabalho;
 Demissional.

Os exames de que tratam este item compreendem:


a) Avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;
b) Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados no Quadro I
da NR 7, que serão estabelecidos neste programa de acordo com a função e o risco que está
exposto cada trabalhador ou de acordo com indicação clínica.

6.1 – Admissional

Deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades.


Tem por objetivo:
 Avaliar se o trabalhador é capaz de desenvolver a tarefa da qual vai ser responsável, com
segurança e eficiência, isto é, procurar detectar alterações de saúde que predisponham a acidentes
de trabalho e doenças profissionais;
 Identificar alterações de saúde que possa ser agravada pelo exercício da atividade laboral
proposta;

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É importante observar que a Lei n.º 9.029 de 13 de abril de 1995, proíbe a exigência de atestado
de gravidez e esterilização para efeitos admissionais.
Baseado no Artigo 7º, inciso XXXI, da Constituição Federal nenhum trabalhador será submetido
ao exame de laboratório para pesquisa do vírus HIV.

6.2 – Periódico

Deverá ser realizado anualmente, para os trabalhadores expostos a riscos ou situações de


trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou ainda,
para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas. Para os demais trabalhadores não
expostos aos riscos e situações citadas, a cada dois anos, com idade entre 18 (dezoito) e 45
(quarenta e cinco) anos, e anual quando menores de 18 (dezoito) e maiores que 45 (quarenta e
cinco) anos.
Tem por objetivo:
 Avaliar as repercussões da atividade laboral na saúde do trabalhador;
 Diagnosticar precocemente as alterações de saúde relacionadas ou não com o trabalho;
 Dar continuidade ao trabalho educacional de promoção e proteção da saúde;
 Detectar precocemente desvios e falhas das medidas de controle ambiental.

6.3 – Mudança de Função

Deve ser realizado obrigatoriamente antes da data da mudança, sempre que ocorrer
qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor, que implique na exposição do
trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.
Tem por objetivo:
 Avaliar se o trabalhador é capaz de desenvolver a nova tarefa da qual vai ser responsável,
com segurança e eficiência, isto é, procurar detectar alterações de saúde que predisponham a
acidentes de trabalho e doenças profissionais;
 Identificar alterações de saúde que possam ser agravadas pelo exercício da nova atividade
laboral;

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6.4 – Retorno ao Trabalho

Deve ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia de retorno ao trabalho, em todo


trabalhador que tenha se ausentado por um período igual ou superior a 30 (trinta) dias, motivado
por doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou ainda parto.
Tem por objetivo:
 Avaliar se o trabalhador, após recuperação de sua saúde, mantém a capacidade de
desenvolver a mesma atividade laboral desenvolvida antes do afastamento, com segurança e
eficiência, isto é, procurar detectar alterações de saúde (sequelas e/ou limitações físicas e/ou
mentais) que predisponham a acidentes de trabalho e doenças profissionais;
 No caso de inaptidão à função anteriormente exercida, caracterizar as limitações físicas
e/ou mentais que o trabalhador é portador, visando orientar os profissionais de recursos humanos.

6.5 – Demissional

Deve ser realizado obrigatoriamente até a data da homologação, desde que o último
exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 90 (noventa dias).
Tem por objetivo:
 Avaliar as repercussões da atividade laboral na saúde do trabalhador, diagnosticando as
alterações de saúde relacionadas ou não com o trabalho;
 Detectar alterações de saúde que, embora não relacionadas com o trabalho, motivadoras
ou não de inaptidão, necessitem de tratamento médico especializado (ou término do mesmo) antes
da demissão.
Essas Atividades Secundárias de Saúde, incluindo os exames médicos e os exames
complementares, bem como as suas periodicidades encontram-se esquematizadas na Planilha de
Exames Ocupacionais em anexo.

07. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO

O Atestado de Saúde Ocupacional é um instrumento, parte integrante do PCMSO e deverá


conter todos os dados pessoais do trabalhador, assim como a identificação da empresa.

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Ele deverá citar os procedimentos médicos que foram realizados, assim como informar os
exames complementares efetuados e as datas em que foram realizados. O mesmo deverá ter a
definição de Apto ou Inapto para a função específica em que o trabalhador irá exercer, estiver
exercendo ou exerceu. Além do nome do médico encarregado dos exames, endereço, ou forma de
contato, data, assinatura e carimbo com o nome e n.º do CRM.
Para cada trabalhador o médico emitirá o ASO em duas vias, sendo a primeira via entregue
para a empresa e a 2º via será obrigatoriamente entregue ao trabalhador.

08. PRONTUÁRIO

O prontuário clínico individual deverá ficar sob a responsabilidade do médico coordenador


do PCMSO. Esses registros deverão ser mantidos por período mínimo de 20 anos após o
desligamento do trabalhador. Havendo substituição do médico coordenador esses prontuários
deverão ser transferidos para seu sucessor. O arquivamento deve ser feito de modo a garantir o
sigilo das informações.
O prazo de 20 anos foi estabelecido conforme o prazo de prescrições de ações pessoais do
Código Civil (Art. 177).

09. CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO

Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, ou sendo


verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico,
através dos exames constantes dos quadros I e II, e do item 7.4.2.3 da NR 7, mesmo sem
sintomatologia, caberá ao médico coordenador do PCMSO ou encarregado.
a) Solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT;
b) Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do
trabalho;
c) Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal,
avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho;
d) Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no
ambiente de trabalho.

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10. PCA- PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

O ruído se constitui na maior causa isolada de risco ocupacional em todo o mundo. Em


nossa prática diária, em nossa rotina de trabalho, não há um ambiente totalmente desprovido de
riscos.
Os danos causados pelo ruído não se limitam a uma simples perda auditiva nas faixas de
frequência altas, mas compromete de forma significativa o organismo do trabalhador como um
todo.
O Programa de Conservação Auditiva aborda o ruído sob o ponto de vista da higiene
industrial, a sua avaliação e o seu controle. Atende também ao aspecto médico legal, isto é, a
realização de avaliações específicas de audiometria e exames otológicos, o estudo epidemiológico,
as notificações aos órgãos competentes bem como as providências junto à Previdência Social.
O dimensionamento da perda auditiva induzida pelo ruído e a avaliação subsequente são
realizados através da audiometria que continua sendo em termos de relação custo/benefício o
melhor meio de diagnóstico, apesar de suas limitações. Há uma gama de dificuldades na realização
da técnica de maneira adequada, tais como:
a) Ausência de um perfil audiológico do trabalhador brasileiro, pois o nosso país é
sabidamente muito barulhento.
b) Não há uniformidade na interpretação das audiometrias.

10.1. Necessidades do PCA

A empresa deverá adotar um programa bastante abrangente em todas as condutas, visando


primordialmente à preservação da audição dos seus funcionários. Este programa contém em seu
corpo dois tópicos principais. A política de saúde da empresa em relação às doenças ocupacionais e
o Programa propriamente dito onde se enfocam as ações a serem desenvolvidos considerados aos
aspectos éticos, políticos, legais, técnicos e sociais.

10.2. Benefícios do PCA

O Programa de Conservação Auditiva representa para o trabalhador primordialmente


proteção a sua saúde através da prevenção do dano auditivo bem como evita o agravamento do

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dano porventura existente como representa melhoria de sua qualidade de vida. Para a sociedade
significa diminuição dos encargos sociais decorrentes da incapacidade do trabalhador.
O diagnóstico precoce da perda auditiva, secundada por medidas médico/administrativa
eficaz, preserva a saúde do trabalhador e proporciona a Empresa redução do impacto do ruído
sobre a qualidade/produtividade, bem como reduz o passivo trabalhista e o absenteísmo.

10.3. Desenvolvimento do Programa de Conservação Auditiva

10.3.1. Ambiente:

Foram avaliados os níveis de ruído nas diversas áreas da empresa e identificados as fontes
geradoras através do Laudo Ambiental. Também foram demarcadas as áreas com níveis superiores
a 85 decibéis.

10.3.2. Administração:

Foram propostas normas de controle que deverão ser adotadas quando da realização dos
exames admissionais, periódicos, demissionais e de mudança de função.
Devem ser estabelecidas medidas administrativas de correção de comportamento quando o
trabalhador não estiver fazendo uso da proteção auditiva bem como quando a supervisão não
estiver cumprindo a redução da exposição acordada para cada trabalhador.

11. PPR - PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

O propósito do PPR é proporcionar o controle de doenças ocupacionais provocadas pela


inalação de poeiras, fumos, névoas, fumaças, gases e vapores. Estes podem ser classificados da
seguinte forma:
Poeiras: São formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto
menor a partícula, mais tempo ficará suspensa no ar, permitindo que seja inalada. Exemplos: sílica,
amianto, cereais, chumbo, madeira, minérios.

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Névoas: São originadas quando líquidos são atomizados, pulverizados ou remexidos.
Exemplo: pinturas em spray.
Fumos: São pequenas partículas formadas quando um metal ou plástico é aquecido.
Exemplos: solda, fusão de metais.
Gases: São substâncias que não são líquidas ou sólidas, nas condições normais de
temperatura e pressão. Exemplos: oxigênio, dióxido de carbono, nitrogênio.
Vapores: São formados através da evaporação de líquidos ou sólidos. Exemplos: gasolina,
solventes de tintas.

11.1 Necessidade do PPR

No controle de doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado como,


por exemplo, poeiras, fumos, nevoas, gases e vapores, deve-se minimizar a contaminação do local
de trabalho.
Essa prática é de responsabilidade da engenharia (através de enclausuramento, ventilação
ou substituição de substancias). Quando essas medidas não forem viáveis, ou enquanto estiverem
em período de implantação, devem ser usados respiradores apropriados em conformidade com o
exigido para a função a ser exercida.
O Programa de Proteção respiratória estabelece práticas aceitáveis para usuários de
respiradores, dando informações e orientações. As orientações abrangem o uso de equipamento de
proteção respiratória cuja finalidade é dar proteção contra a inalação de contaminantes nocivos do
ar e contra a deficiência de oxigênio em ambientes confinados.
Embora não seja possível prever todas as situações de emergência e de salvamento para
cada tipo de atividade laboral, podem-se prever muitas condições nas quais o uso de respirador
elimina totalmente a exposição á riscos potenciais.

11.2 Benefícios do PPR

O Programa de Proteção Respiratória representa para o trabalhador a prevenção de doenças


ocupacionais, melhoria na qualidade de vida, eficiência no trabalho e manutenção de sua saúde.

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Para a empresa significa aumento na produtividade, diminuição nos índices de acidentes, mantem a
imagem da empresa e reduz os custos com ações trabalhistas.

11.3 Desenvolvimento do Programa de Proteção Respiratória

11.3.1 Ambiente

Avaliar a exposição á produtos químicos e identificar as fontes geradoras (através do laudo


ambiental), indicar medidas preventivas para exposições comuns.
Sempre que forem reconhecidos níveis de exposição química que possa vir a gerar danos
potenciais a saúde do trabalhador, será necessária a realização de medições químicas para se ter um
comparativo de exposição existente e exposição aceitável (por limite de tolerância).

11.3.2 Administração

Devem ser estabelecidas medidas administrativas de correção de comportamento quando o


trabalhador não estiver fazendo uso da proteção respiratória bem como quando a supervisão não
estiver cumprindo a redução da exposição acordada para cada trabalhador.
Com a finalidade de garantir o uso adequado e correto dos equipamentos de proteção
respiratória, devem receber treinamento adequado e reciclagem periódica: quem supervisiona, o
usuário e quem distribui o equipamento.

12. LAUDO ERGONOMICO

Destina-se a determinar os fatores que contribuem para uma sub ou sobrecarga de trabalho,
implicando necessariamente na avaliação de como os trabalhadores se ressentem desta carga
(avaliação subjetiva). Os fatores que influenciam na carga de trabalho são: sexo, idade, estado
físico, intelectual e psíquico, formação educacional, layout, jornada, mobiliário, equipamentos,
relações pessoais, segurança e organização do trabalho. Como consequência, procurar-se-á adequar
a carga de trabalho à capacidade dos trabalhadores, evitando-se tanto a sobrecarga como subcarga.
A falta de adaptação ao trabalho comumente leva ao aparecimento de doenças ocupacionais
(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT), diminuição da produtividade e
perda da qualidade.

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Algumas exigências são apontadas para atividades que execute carregamento de peso:
• Não deverá ser exigido nem admitido transporte manual de cargas, por um trabalhador,
cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança;
• Fica estabelecida a distância máxima de 60,00 m (sessenta) metros para transporte manual
de peso (que esteja dentro do limite de tolerância);
• Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde de prevenir acidentes;
• O levantamento manual deve ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força.
• Devem ser tomadas precauções quanto à postura dos funcionários no levantamento e
carregamento de peso. Os trabalhadores deverão receber orientações quanto ao levantamento
correto de materiais.
Bem como para atividades administrativas que fazem uso de computadores:
• A cadeira de trabalho deve ser estofada e, de preferência com tecido que permita a
transpiração;
• A altura da cadeira deve ser regulável;
• A dimensão anteroposterior do assento não pode ser nem muito comprida, nem muito
curta;
• A borda anterior do assento deve ser arredondada;
• Toda cadeira de trabalho deve ter apoio para o dorso;
• Quando o posto de trabalho for semicircular ou perpendicular, a cadeira deve ser giratória;
• Os pés devem estar sempre apoiados em apoios adequados;
• Deverá haver espaço suficiente para as pernas debaixo da mesa ou posto de trabalho.
Além disso, para àquelas atividades as quais exijam o uso de computador, deve-se
considerar:
• A posição do monitor de vídeo deve estar ao máximo na horizontal dos olhos;
• Não deve existir reflexo na tela;
• A tela deve ter características ideais de funcionamento, devendo possuir bom padrão de
legibilidade;
• Deve haver possibilidade de movimentação da tela para a frente e para atrás;

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• Os braços devem trabalhar na vertical (ângulo 70º a 80º graus);
• Os antebraços devem estar na horizontal e os punhos apoiados;
• É recomendado o apoio para os punhos;

13. PROGRAMAS DE PREVENÇÃO

13.1 Programa de Imunização

A empresa irá solicitar ao trabalhador no ato da contratação os controles pessoais de


vacina. Sendo que nestes devem constar as seguintes aplicações:
- Febre Amarela: em dose única, e dentro do prazo de validade por 10 (dez) anos.
- Antitetânica (ATT): As três doses, (uma vacina e dois reforços), com intervalo mínimo de
30 dias entre cada aplicação.
- Hepatite B: As três doses, (uma vacina e dois reforços), com intervalo entre a primeira,
segunda e terceira de 0, 30 e 180 dias.

13.1.1 Sugestão de Imunológicos

A empresa fará anualmente uma campanha de vacinação, na qual os colaboradores serão


orientados a procurar o posto de saúde para a atualização de seu cartão de vacina, seguindo as
épocas de campanha nacional. Estando inclusas nessa programação as seguintes aplicações:
- Gripe (Influenza): 01 dose anual.
- Febre Amarela: Renovação da vacina para aqueles que já completaram 10 anos que
receberam a dose.
- Sarampo, caxumba e rubéola – SCR: 01 dose em mulheres de 20 a 49 anos de idade e em
homens de 20 a 39 anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.

13.2 Programa de Controle Epidemiológico

O departamento de RH ou ST da empresa irá no decorrer do ano efetuar a estatística da


ocorrência de doenças que não tenham ligação com o trabalho (através de justificativas de falta,
atestados, afastamentos), que ao final dos 12 meses servirão de base para a elaboração de um
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relatório de doenças epidemiológicas. Esse relatório tem como objetivo conhecer o perfil coletivo
de saúde e as tendências que deverão entrar como medidas preventivas no cronograma de ação do
PCMSO.

13.2.1 Registro

Deverão ser realizados registros periódicos, dos seguintes dados, para fins estatísticos e
para futuras intervenções:
- Doenças Ocupacionais, por setor e função;
- Acidentes de Trabalho, conforme CAT/DOC;
- Exames Realizados: tipo, número (por setor) e número de exames alterados (por setor e
função);
- Absenteísmo, por causa, setor função e período;
- Doenças sazonais;
- Doenças epidemiológicas.

13.2.2 Sugestão de Prevenção de Doenças

A empresa fará anualmente uma campanha com temas que estejam relacionados aos
maiores problemas que causaram absenteísmo no ano anterior.
Essa campanha pode ser realizada através de palestras, tais como: Prevenção da Obesidade,
de Hipertensão, de Diabetes Mellitus, Câncer Ginecológico Feminino e Câncer de Próstata.

13.3 Treinamentos

Há dois tipos de treinamentos, aqueles destinados as atividades que irá executar e á saúde
ocupacional, e os que tenham como intuito a geração de saúde e prevenção de doenças que não
tenham ligação com o trabalho, algumas sugestões a seguir:
- Importância de usar o EPI;
- Conservação e cuidado com o EPI;
- Riscos de acidentes;
- Doenças ocupacionais;
- Ergonomia;

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- Causas de Lombalgias e LER /DORT;
- PAIRO;
- Primeiros Socorros;
- Prevenção e Combate a Incêndio;
- Alimentação balanceada;
- Danos causados por altos índices de colesterol e triglicérides;
- Doenças induzidas pelo estresse;
- Doenças relacionadas com drogas, alcoolismo e tabagismo;
- Prevenção ao câncer de mama e colo uterino, e câncer de próstata;
- Orientações sobre a diabetes;
- Prevenção de DST;
- Entre outros assuntos que podem estar sendo causa de absentismo, como: Como prevenir
a Dengue, Conscientização de Trânsito, Depressão, etc.

14. RELATÓRIO ANUAL

O Relatório Anual será feito após decorrer um ano da implantação do PCMSO,


discriminando por setor da empresa, o n.º e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações
clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o
planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo proposto no Quadro III da NR 7.
Não há necessidade de envio, registro, ciência ou qualquer tipo de procedimento deste relatório
junto à DRT. O mesmo deve ser mantido na empresa à disposição do agente de fiscalização do
trabalho.

Cuiabá - MT, 13 de Janeiro de 2020.

Drª. Alana Morais Costa


Médica do Trabalho
CRM/MT – 6696

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15. ANEXOS

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15.1PLANILHA DE EXAMES OCUPACIONAIS
EMPRESA: ANTONIO SAMPAIO DOS REIS ME (EMPREITEIRA SAMPAIO)
ADMISSIONAL
SETOR RISCO/AGENTE FUNÇÃO PERIÓDICO/DEMISSIONAL PERIODICIDADE
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Químico: Argamassa e massa de demissional.
cimento (prontas) Pedreiro Exame clínico Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Ergonômico: Esforço físico ½ Oficial Audiometria anual e demissional.
Acidente: Ferramentas manuais
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Químico: Argamassa e massa de Exame clínico demissional.
cimento (prontas) Servente Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Ergonômico: Esforço físico anual e demissional.
Acidente: Ferramentas manuais
Físico: Ruído Engenheiro Civil Exame clínico: admissional, anual e
Ergonômico: Postural Estagiario Exame clínico demissional.
OBRA GERAL Acidente: Obra civil Almoxarife Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Mestre de Obras anual e demissional.
Encarregado de Obras
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Ergonômico: Levantamento Carpinteiro Exame clínico demissional.
manual de peso Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Acidente: Ferramentas manuais anual e demissional.
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Químico: Cal e Cimento Exame clínico demissional.
Ergonômico: Esforço físico Operador de Betoneira Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Acidente: Equipamento elétrico e Espirometria anual e demissional.
Ferramentas manuais Espirometria: admissional, anual e demissional.
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual, e
Ergonômico: Postural Exame clínico demissional.
Químico: cola PVC Encanador Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Acidente: Ferramentas manuais Hemograma completo anual e demissional.
Hemograma: admissional, anual e demissional.

20
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Ergonômico: Postural Exame clínico demissional.
Químico: Tintas e solventes Pintor Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Acidente: Obra civil. Hemograma completo anual e demissional.
Hemograma: admissional, anual e demissional.
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Ergonômico: Postural Exame clínico demissional.
Químico: Álcalis, cáusticos, cal e Gesseiro Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
cimento. Espirometria anual e demissional.
OBRA GERAL Acidente: Ferramentas manuais Espirometria: admissional, anual e demissional.
Físico: Ruído Exame clínico: admissional, anual e
Químico: Argamassa e rejuntes Exame clínico demissional.
(prontas) Azulejista Audiometria Audiometria: admissional, 6 meses após depois,
Ergonômico: Postural anual e demissional.
Acidente: Ferramentas manuais
Eletricista Exame clínico Clínico: Admissional, Anual e Demissional.
Físico: Ruído
ELÉTRICA Meio Oficial de Audiometria Audio: Admissional, 6 meses após, depois
Ergonômico: Postural
INSTALAÇÃO Eletricista ECG anual e demissional..
Acidente: Ferramentas manuais
ECG: Admissional e periódico bianual.

Ergonômico: Postural Clínico: Admissional, Anual e Demissional.


VIGILANCIA Vigia Exame Clinico
Acidente: Assalto

Avaliação Psicossocial Avaliação Psicossocial: admissional e anual.


Todas as Funções que Teste de Romberg Teste de Romberg: admissional e anual.
TRABALHO EM Ergonômico: Postural Exigirem Trabalho em Acuidade Visual Acuidade visual: admissional e anual
ALTURA Acidente: Queda de altura Altura Glicemia Glicemia: admissional e anual
Demais exames conforme especificado por (nenhum destes se faz necessário no exame
função demissional).

21
15.2CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 2020

EMPRESA: ANTONIO SAMPAIO DOS REIS ME (EMPREITEIRA SAMPAIO)

Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Local Responsável
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Renovação X
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Periódico * * * * * * * * * * * *
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Admissional * * * * * * * * * * * *
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Demissional * * * * * * * * * * * *
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Mudança de Função * * * * * * * * * * * *
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Retorno ao Trabalho * * * * * * * * * * * *
Palestras Preventivas EMPREITEIRA EMPREITEIRA SAMPAIO
Ergonomia X X X SAMPAIO
Dermatoses
PAIRO
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Supervisão X X X
Laborseg EMPREITEIRA SAMPAIO
Relatório Anual X

22
15.3 NOCÕES BÁSICAS DE “PRIMEIROS SOCORROS”

I - A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE PRIMEIROS SOCORROS

Acidentes acontecem e a todo o momento estamos expostos a inúmeras situações de risco


que poderiam ser evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa a ter contato com o
paciente soubesse proceder corretamente na aplicação dos primeiros socorros. Muitas vezes esse
socorro é decisivo para o futuro e a sobrevivência da vítima.

II - OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

Baseia-se nos três ERRES:


- RAPIDEZ NO ATENDIMENTO
- RECONHECIMENTO DAS LESÕES
- REPARAÇÃO DAS LESÕES

III - RECOMENDAÇÕES AOS SOCORRISTAS

- PROCURE SEMPRE CONHECER A HISTÓRIA DO ACIDENTE;


- PEÇA OU MANDE PEDIR UM RESGATE ESPECIALIZADO ENQUANTO VOCÊ REALIZA
OS - PROCEDIMENTOS BÁSICOS;
- SINALIZE E ISOLE O LOCAL DO ACIDENTE;
-DURANTE O ATENDIMENTO UTILIZE, DE PREFERÊNCIA, LUVAS E CALÇADOS
IMPERMEÁVEIS;

IV - O SUPORTE BÁSICO DA VIDA (SBV)

C - AS COMPRESSÕES TORÁCICAS
A - CONTROLE DAS VIAS AÉREAS
B - RESPIRAÇÃO

23
Em algumas situações as vias aéreas podem ficar obstruídas por sangue, vômitos, corpos
estranhos (pedaços de dente, próteses dentárias, terra) ou pela queda da língua para trás, como
acontece nos casos de convulsões e inconsciência.
Em crianças sãs comuns obstruções por balas, contas e moedas.

C - AS COMPRESSÕES TORÁCICAS

Em algumas situações você poderá se deparar com casos em que o coração da vítima
deixou de pulsar, porém, com possibilidade de restabelecimento, como por exemplo, nos casos de:
Choques elétricos
Asfixia
Afogamento
Infarto do miocárdio
Arritmias cardíacas

Nesses casos, a forma mais correta de se diagnosticar a parada cardíaca será a


VERIFICAÇÃO DO PULSO DA ARTÉRIA CARÓTIDA, colocando-se as duas polpas digitais (do
segundo e terceiro dedos) sob o ângulo da mandíbula com o pescoço. Não havendo pulso dê início
às manobras de ressuscitação cardiopulmonar.

Massagem Cardíaca Por Compressão Externa do Tórax

O socorrido deverá estar deitado de costas sobre uma superfície lisa, plana e num nível bem
abaixo do seu
Proceda a todas as manobras de desobstrução das vias aéreas e ventilação adequada
Localize o osso esterno que fica no meio do tórax
Coloque uma das mãos espalmadas sobre a metade inferior desse osso
Coloque a palma da outra mão sobre o dorso da mão espalmada
Entrelace os dedos das duas mãos, puxando-os para trás
Conserve seus braços esticados
Comprima o tórax do socorrido, aplicando a força de seu peso

24
Obs.: Caso o socorrido seja criança recém-nascida, comprima o tórax com apenas um dedo
(polegar). Utilize apenas a força deste dedo para comprimir o tórax. Se criança maior, utilize dois
dedos para a compressão.

Procedimento das manobras de ressuscitação cardiopulmonar:


Se houver um ou dois socorrista:
- 30 massagens para 02 ventilações

A - O Controle das Vias Aéreas

Desobstruir as vias aéreas, removendo corpos estranhos.

Coloque a pessoa deitada de lado, com a cabeça e o pescoço no mesmo plano do corpo da
vítima e, com o dedo polegar abra a boca, tracionando o queixo. Ao mesmo tempo, introduza o
dedo indicador na boca do paciente, retirando, com rapidez, o material que esteja obstruindo.
Obs.: Para a desobstrução das vias aéreas em crianças muito pequenas:
- Pendure-a de cabeça para baixo e bata com as mãos espalmadas nas costas entre as
omoplatas.

25
Para a desobstrução de crianças maiores:
Deite-a sobre os seus joelhos, com o tronco e a cabeça pendentes e bata com as mãos
espalmadas entre as omoplatas.

Facilitar a entrada de ar nos pulmões

Após a desobstrução das vias aéreas, centralize a cabeça da vítima e incline a cabeça para
trás, fazendo tração na mandíbula com uma das mãos e segurando a testa com a outra mão.

B - Respiração

É empregado para restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessado (parada
respiratória) ou em caso de asfixia.
O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisação dos movimentos do diafragma
(músculo que realiza os movimentos do tórax e abdome).

Os sinais mais comuns de asfixia são:

Respiração rápida e ofegante ou ruidosa


Dedos e lábios azulados
Alterações do nível de consciência
Agitação
Convulsões

Para o pronto restabelecimento da respiração natural devemos iniciar rapidamente a


respiração boca-a-boca ou boca nariz.

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RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA

Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifique se há obstrução das vias aéreas e


proceda à desobstrução e aplique as manobras para facilitar a ventilação,
Com a cabeça da vítima posicionada corretamente:
1. Aperte as narinas do socorrido de modo a impedir a saída do ar
2. Inspire profundamente
3. Coloque sua boca sobre a boca do socorrido
4. Sopre dentro da boca do socorrido não deixando escapar o ar, e, ao mesmo tempo,
5. Afaste-se e inspire novamente
6. Repita a operação

Obs.: - Em caso de parada respiratória em crianças pequenas, coloque a boca sobre o nariz e
a boca do socorrido.

Quando poderemos interromper as manobras?


Após 30 minutos, com a certeza de terem sido realizadas as manobras adequadas sem o
retorno da circulação (sem o pulso da artéria carótida).

27
28
V – FRATURAS

Fratura é a quebra de um osso. Pode ser completa (quando separa partes ósseas) ou
incompleta (fissura).

Classificação de fraturas:
Fechadas: quando não há solução de continuidade entre a pele e o osso fraturado.
Abertas: quando existe um ferimento no local da fratura, porém o osso não se expõe.
Expostas: quando existe uma abertura na pele, por onde se expõe parte do osso fraturado

Como diagnosticar uma fratura:


A inchação a deformidade e a dor são os sintomas mais comuns. Para melhor avaliação
estimule o socorrido a mobilizar o membro afetado.

Perda de sangue em fraturas


As vítimas que apresentarem sinais de fratura do fêmur e fraturas múltiplas na bacia devem
ser levadas ao hospital imediatamente, pois essas fraturas costumam sangrar muito. Ao sofrer uma
fratura do fêmur, a vítima poderá perder até 1,5 litros de sangue. Já se apresentar fraturas múltiplas
da bacia este mesmo paciente poderá perder até 3 litros de sangue.

Como prestar socorro


Imobilize o local de modo a impedir que o osso fraturado se mexa e danifique as partes
moles. A imobilização costuma reduzir a dor. Não tente de forma alguma colocar o osso no lugar.
Se houver ferimento na pele, lave com água e sabão e coloque uma compressa de gazes cobrindo a
região afetada, antes de imobilizar.

29
VI - TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR OU TRAUMATISMO DA COLUNA
(ESPINHA)

A lesão (traumatismo) da coluna vertebral tem que ser presumida em TODOS os casos de
trauma. As quedas de altura, durante um mergulho, após acidentes de carro ou atropelamentos
podem levar ao traumatismo da coluna vertebral.

Diagnóstico Presumido
Se o acidentado estiver lúcido, questione se está sentindo os membros. Solicite que
movimente as pernas e os braços. No traumatismo da coluna costuma haver perda da sensibilidade
e do tato e a perda da mobilidade dos membros.
O acidentado deve ser colocado em uma superfície lisa e plana, com a cabeça centrada e os
membros alinhados paralelamente ao corpo.
Não tente levantar ou remover o acidentado. Chame o socorro especializado, pois o
transporte errado do paciente poderá causar danos irreversíveis para o mesmo.

VII - TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte da vítima é de extrema importância e pode ser decisivo para a sua


sobrevivência. Antes de transportá-la verifique SEMPRE:
 Se está respirando
 Se há hemorragia
 Se há fraturas
 Se existe traumatismo da coluna

Para a mobilização do acidentado são necessárias três pessoas agindo simultaneamente:


 A primeira segura com firmeza à cabeça e o pescoço da vítima, para evitar que dobre o
pescoço;
 A segunda apoia a região da bacia;
 A terceira segura pelos pés, evitando dobrar as pernas da vítima;

30
 Com um movimento simultâneo e sincronizado retiram a vítima do chão e a colocam em
uma superfície plana e firme, imobilizando o pescoço, os braços e as pernas, antes do transporte.

VIII - AFOGAMENTO

Ao presenciar um afogamento, evite abordar diretamente a vítima. Procure arremessar um


objeto flutuante para que ela se agarre e retire-a rapidamente da água.

Cuidados com o Afogado


 Limpe a boca da vítima de afogamento, procurando desobstruir as vias aéreas;
 Observe se está respirando;
 Caso contrário inicie imediatamente a respiração boca-a-boca;
 Em caso de vômitos vire a cabeça do afogado para o lado a fim de evitar
sufocamento.
Todo o afogado deverá ser encaminhado ao hospital para avaliação, qualquer que seja a
gravidade, pois existem casos em que a vítima vem a falecer até quatro dias após, devido à
infecção pulmonar ocasionada pela aspiração da água contaminada.

IX - CHOQUE ELÉTRICO

Nunca toque na vítima até que ela seja separada da corrente elétrica, ou que esta seja
interrompida. Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre um pedaço de madeira e
afaste a vítima com uma vara de madeira ou bambu.

Consequências Mais Comuns nos Casos de Eletrocussão (Choque Elétrico)

Queimaduras - As queimaduras por corrente elétrica se propagam em ondas, o que


acarreta a continuidade das lesões, podendo atingir planos mais profundos da pele mesmo após a
separação da vítima da corrente elétrica.

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Arritmias Cardíacas (ritmo irregular dos batimentos cardíacos) - Costumam ser a
causa mais comum de morte por choque elétrico e podem levar à parada cardiorrespiratória e
convulsões.

Cuidados com a Vítima:


 Verifique a respiração e o pulso;
 Se não houver respiração e pulso, inicie imediatamente as manobras de
ressuscitação cardiorrespiratórias;
 Trate as queimaduras produzidas pela corrente elétrica;
 Transporte a vítima para o hospital imediatamente.

X - CONVULSÃO EPILÉPTICA

Durante a crise convulsiva, o doente costuma apresentar fortes abalos musculares e


contrações da mandíbula, o que pode acarretar ferimentos na cabeça e cortes profundos na língua.

Cuidados com o Doente:


1. Proteja a cabeça do doente e afaste qualquer objeto que possa machucá-lo;
2. Retire qualquer material da boca que possa causar obstrução das vias aéreas não, sem antes
3. Colocar um pano ou gaze enrolados para evitar que morda a língua ou quebre os dentes;
4. Afrouxe as roupas;
5. Não dê água ou qualquer medicamento durante, ou logo após a crise;
6. Espere, ele voltará a si naturalmente.

XI - CONVULSÃO FEBRIL

A convulsão febril ocorre geralmente em crianças com febre elevada.

Cuidados com o Doente:


1. Nunca agasalhe a criança;

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2. Coloque-a em uma banheira com água tépida (quase fria) durante cerca de 5 minutos, com
o corpo submerso;
XII - INFARTO DO MIOCÁRDIO

Infarto do miocárdio é a necrose (morte) de uma determinada área do músculo cardíaco (do
coração) e é devido à obstrução (entupimento) das artérias que nutrem o coração - as coronárias.
A causa mais comum do infarto do miocárdio é a aterosclerose, que consiste na formação
de placas de gordura obstruindo as artérias coronárias.

Sintomas do Infarto do Miocárdio:

 O principal é a dor no peito, que pode ou não, se irradiar para a mandíbula, para as
costas, para os braços ou para a região do estômago;
 A dor costuma ser muito intensa e prolongada;
 Os idosos e diabéticos podem não apresentar dor;
 Suor intenso;
 Palidez;
 Náuseas e vômitos;
 Arritmias cardíacas - ritmo irregular dos batimentos cardíacos;
 Morte súbita - em um terço dos casos de infarto, a morte súbita é a primeira
manifestação. Deve-se comumente a arritmias cardíacas graves que levam a parada do coração.

Conduta frente a um Paciente com Infarto do Miocárdio:


1. Afrouxe as roupas do doente;
2. Procure evitar que faça esforços (impedindo-o inclusive de caminhar);

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3. Na dúvida ou suspeita, leve-o imediatamente ao hospital, pois o quanto antes você
agir, estará evitando a morte do músculo cardíaco do doente e, consequentemente, prolongando a
vida do mesmo.
No infarto do miocárdio TEMPO É FUNDAMENTAL, pois com o socorro rápido e
competente, possibilitará o início precoce do tratamento de desobstrução das artérias
coronárias.

XIII - QUEIMADURAS

São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo. 75% das queimaduras ocorrem
no lar, com crianças e pessoas idosas por descuido na manipulação de líquidos superaquecidos.

As Causas Mais Comuns por Ordem de Frequência


1. Líquidos superaquecidos
2. Exposição direta às chamas
3. Químicas
4. Objetos superaquecidos
5. Elétricas

Classificação por Intensidade:


1. Primeiro grau: atingem somente a camada superficial da pele caracterizam-se por
vermelhidão e ardência;
2. Segundo grau: atingem camadas mais profundas da pele e do tecido subcutâneo têm
aparência de molhadas, avermelhadas, produzem bolhas (que não devem ser perfuradas) e
dor intensa;
3. Terceiro grau: provocam destruição profunda de toda a pele, terminações nervosas ou, até
mesmo, de camadas musculares.
Por destruírem as terminações nervosas não produzem dor.

Conduta frente ao Doente Queimado:

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1. Nunca use gelo, substâncias gordurosas (manteiga ou óleo), pasta de dentes, borra
de café e etc.;
2. Lave a queimadura em água corrente por um tempo bastante prolongado;
3. Mantenha o membro queimado submerso em água fria;
4. Não toque no queimado sem antes lavar as mãos para não contaminar a queimadura;
5. Antes de cobrir a queimadura com atadura, coloque vaselina esterilizada;
6. Encaminhe o queimado a um hospital

Queimaduras das Vias Aéreas

São consideradas muito graves porque têm evolução rápida e podem levar à morte por
asfixia. Os sinais indicativos de queimaduras nessa área são:
 Queimadura na face;
 Chamuscamento dos cílios;
 Depósito de fuligem no nariz e na boca;
 História de confinamento no local do incêndio;
 História de explosão.

Em face de gravidade deste tipo de queimadura, você deverá encaminhar o queimado o


mais rápido possível a um hospital.

Queimadura Química
A gravidade da queimadura por produtos químicos é proporcional à duração da exposição
à substância em contato com a pele.

Procedimento frente a um Acidentado por Queimadura Química


1. Remova rapidamente as roupas contaminadas;
2. Inicie, imediatamente, lavagem intensa e prolongada da área queimada.

Queimaduras Elétricas

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Geralmente são mais graves do que aparentam, pois podem apresentar pele normal com
morte muscular (necrose).Costumam evoluir com aumento da área queimada mesmo após o
afastamento do acidentado da corrente elétrica.
OBS.: São também consideradas muito graves as queimaduras da face, do pescoço e das
articulações (juntas) em face de possibilidade de produzirem deformidades.
XIV - FERIMENTOS

Os ferimentos acontecem com muita frequência em nosso cotidiano. No entanto,


costumamos tratá-los de forma incorreta. Muitas vezes damos prioridade ao uso de substâncias
antissépticas em detrimento de adequada limpeza da ferida com água corrente e sabão comum. Em
caso de ferimentos se deve proceder da seguinte maneira:
 A limpeza adequada com ÁGUA E SABÃO com a retirada de detritos da ferida
(terra, partículas de vidro, pedaços de madeira etc.) é a forma mais eficiente de se evitar a
contaminação pelo TÉTANO, uma terrível doença causada por uma bactéria que atua no sistema
nervoso central e pode levar à morte.
 Após a limpeza, aí sim, estará indicado o emprego de substâncias antissépticas, de
preferência a base de compostos iodados.
 Proteja o ferimento com gaze e troque o curativo tantas vezes quanto necessário.
 Nunca utilize pó de café, folhagens ou qualquer outro material que possa levar à
contaminação da ferida.

XV - HEMORRAGIAS

A hemorragia é a perda de sangue ocasionada pelo rompimento dos vasos sanguíneos. Toda
hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois grandes perdas sanguíneas podem levar ao
estado de choque e à morte em poucos minutos.

Cuidados frente à Vítima de Hemorragia


1. Se a hemorragia for intensa coloque o paciente deitado, pois ele poderá apresentar
sensação de desfalecimento, queda da pressão arterial e mal estar geral. Esses sintomas costumam
desaparecer com o doente deitado, em repouso.

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2. Caso a hemorragia seja devida a ferimentos nos membros superiores ou inferiores
eleve o membro afetado acima do nível da cabeça.
3. Comprima a região com pequenos pedaços de gaze ou pano, que não devem ser
removidos para que não desfaçam o coágulo que evita a continuidade do sangramento.
4. Nunca aplique garrotes ou torniquetes no membro atingido.
5. Nunca utilize panos grandes ou absorventes, pois dão a falsa impressão de controle
da hemorragia.

XVI - ESTADO DE CHOQUE

O estado de choque é uma situação de risco que pode levar à morte e decorre, na maioria
das vezes, de hemorragias internas ou externas não controladas adequadamente.

Sintomas mais Comuns:


 Palidez;
 Pele fria e pegajosa;
 Pulso fraco e rápido;
 Respiração rápida e irregular;
 Agitação e ansiedade;
 Inconsciência;

A vítima deverá ser levada ao hospital rapidamente, pois somente o médico preparado
poderá realizar com êxito o tratamento.

XVII - CORPOS ESTRANHOS

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Pequenas partículas de poeira, carvão, areia, grãos, pequenos insetos podem penetrar no
nariz, ouvidos e olhos. São chamados de corpos estranhos.

Nos olhos:
1. Lave bem os olhos com água corrente ou soro fisiológico;
2. Evite esfregar os olhos;
3. Não tente retirar os corpos estranhos caso não sejam removidos com a água;
4. Cubra totalmente o olho afetado com um tampão de gaze esterilizada enquanto aguarda o
atendimento pelo oftalmologista;

No nariz:
 Solicite à vítima que force a saída de ar pela narina obstruída, enquanto você comprime a
outra narina.

No ouvido:
1. Nunca tente retirar corpos estranhos dos ouvidos a exceção dos insetos;
2. Para retirar insetos, pingue algumas gotas de óleo no ouvido afetado. O óleo irá imobilizar
os movimentos de asas ou patas do inseto.
3. Incline a cabeça para o lado na tentativa de colocar o inseto para fora do ouvido, que deverá
deslizar com o óleo.

XVIII - ENVENENAMENTO OU INTOXICAÇÃO

Envenenamento ou intoxicação é causado pela introdução de substâncias tóxicas no


organismo. O envenenamento pode se dar por:
 Ingestão - pela boca;
 Absorção - pela pele;
 Aspiração - pelo nariz e boca;
 Injeção.

Conduta:
1. Verifique com que veneno a vítima se intoxicou e leve-a imediatamente para o hospital;

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2. Não provoque vômitos se a vítima estiver inconsciente, em convulsão ou se houver
ingerido substâncias ácidas, alvejantes (água sanitária) ou derivados do petróleo (querosene ou
gasolina);
3. No caso de contaminação da pele, retire imediatamente as roupas contaminadas e lave com
água abundante a área afetada.

XIX - PICADA DE COBRA

As cobras venenosas mais comuns no Brasil são do gênero botrópico, como a Jararaca e a
Jararacuçu. Geralmente só atacam quando acuadas e costumam picar as extremidades dos membros
inferiores e superiores.

Conduta:
1. Lave bem o local com água e sabão para evitar contaminação da ferida;
2. Não permita que a vítima se movimente evitando, assim, que o veneno se alastre;
3. De forma alguma faça garrotes ou utilize torniquetes, pois só aumentam a área de necrose
causada pelo veneno e não impedem sua disseminação;
4. Nunca faça perfurações na área da picada, pois poderá causar infecções graves;
5. Dê analgésicos (remédios para dor) se houver dor intensa;
6. Encaminhe imediatamente a vítima para o hospital.

XX - SISTEMATIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO - SAP

Denomina-se politraumatizado a vítima de acidente sobre a qual resultaram várias lesões


traumáticas pelo corpo. O doente politraumatizado costuma apresentar alto índice de mortalidade,
bem como, alterações no funcionamento do aparelho respiratório, circulatório e no sistema nervoso
central.
Apesar da boa formação das equipes de atendimento ao politraumatizado, esse alto índice
de morbidade e mortalidade somente passou a ser reduzido a partir do momento em que se instituiu
a SAP, que constitui na ORDENAÇÃO e SISTEMATIZAÇÃO dos 5 (cinco) itens responsáveis
pelo controle da vida do doente politraumatizado, ou seja:

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A. ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS (verificação das vias respiratórias,
removendo-se corpos estranhos).
B. BOA VENTILAÇÃO (não havendo ventilação satisfatória, promover
imediatamente a respiração boca-a-boca).
C. CIRCULAÇÃO GARANTIDA (palpar o pulso carotídeo para verificar se há parada
cardíaca, iniciando a massagem cardíaca externa ou, no caso da ocorrência de sinais de choque,
tentar controlar a hemorragia).
D. DÉFICIT NEUROLÓGICO (avaliação de sinais de lesão do sistema nervoso
central)
E. EXPOSIÇÃO DO DOENTE (DESPIR)

Isto quer dizer que os itens A, B, C, D e E devem ser SISTEMATICAMENTE verificados


durante o atendimento ao politraumatizado e seguidos na ordem dessas letras do alfabeto.

A sistematização segue as letras do alfabeto, nessa ordem, porque;

Se não houver a ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS, removendo-se corpos estranhos,


não haverá, consequentemente, BOA VENTILAÇÃO.
Não existindo BOA VENTILAÇÃO, haverá falta de oxigenação dos órgãos, seguida de
parada cardíaca. Caso não seja GARANTIDA A CIRCULAÇÃO, novamente haverá pouca
ventilação dos órgãos e tecidos, o que acarretará, certamente, DÉFICIT NEUROLÓGICO
(deficiência do sistema nervoso central).
A exposição do doente (retirar ou rasgar TODA a roupa) tem a finalidade de verificar a
presença de lacerações, contusões, escoriações, sangramento e desvio dos ossos.

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