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A atuação do fisioterapeuta na saúde do trabalhador na escola

O fisioterapeuta é o profissional que estuda, diagnostica, previne e


recupera pacientes que possuam distúrbios motores, e seu objetivo maior é
cuidar da integridade dos sistemas do corpo. Com a crescente preocupação
das empresas com a saúde do trabalhador, tornou-se necessária a
especialidade chamada fisioterapia do trabalho, cuja missão é melhorar a
qualidade de vida dos empregados, prevenindo o surgimento de doenças
crônicas degenerativas, como a LER/ DORT.
Segundo Cardoso et al (2009) a área da educação vem sendo
ocupada principalmente por mulheres, uma vez que essa área é vista como
uma continuidade da família. Assim a mulher tem ficado com dupla jornada de
responsabilidades, uma vez que atua na escola como educadora e também
como mãe, em casa.
Devido ao grande crescimento do setor educacional e das mudanças
características do século XX, quando houve um grande crescimento das
mulheres no mercado de trabalho, a educação vem sendo gerida
principalmente por mulheres. Sendo que atividade na área da educação é
concebida como uma área de cuidados, formação e educação para o futuro,
com isso ainda é observado a educação como área mais feminina do que
masculina (CARDOSO et al, 2009)
Diante da crescente carga de trabalho dos trabalhadores na área da
educação vem se observando um crescente aumento de sintomas
orteomusculares em professores, agentes de limpeza e agente de secretaria. A
prevalência dos sintomas que são relatados como síndrome do trabalho e são
caracterizadas pela presença de inúmeros relatos de dores nos mais variados
locais do corpo; sensação de peso nos membros inferiores, lordoses, fadiga,
estresse (MOREIRA. MENDES, 2005).
Os órgãos mais acometidos são os nervos, tendões, ligamentos,
vasos, nervos e articulações. Tendo como membros mais atingidos os punhos,
antebraços, cotovelos, ombro, pescoço. Sintomas estes que acarretam a
incapacidade de trabalho e afastamentos temporários e até mesmo
readaptação de trabalho e de jornada permanente. Tudo isso é resultante de
uma sobrecarga de estruturas anatômicas sobre o sistema orteomuscular
(BRASIL, 2003).
Segundo nos relata Gravina e Rocha (2006) os sintomas de LER e
DORT estão sempre relacionados a atuação do profissional ao seu perfil de
trabalho. E que as mudanças de hábitos, a introdução de exercícios laborais
juntamente com o acompanhamento de um fisioterapeuta, vem atenuando os
sintomas e promovendo maior qualidade de saúde ao profissional da
educação.
BRANDÃO; HORTA; TOMASI, (2005) enfatizam que a prática da
ginástica laboral dentro de empresas tem demonstrado grande promoção de
saúde ao trabalhador e atenuando os sintomas de LER e DORT.
Marques (1996 ) enfatiza que a fisioterapia voltada aos exercícios
laborais associados a relação do bem estar e a diminuição da depressão, seria
de indiscutível relevância para os educadores, uma vez que atividades que
estimulam os neuromoduladores, liberam endorfina e agem provocando
analgesia tanto para os sedentários quanto para os treinados.
Dessa forma a fisioterapia na saúde do trabalhador seria de grande
importância uma vez que a jornada é estressante e a maioria não tem tempo
de praticar atividade física, tornando-se um profissional sedentário. Kendall et
al (1995) nos coloca que o ser humano inativo de atividade física pode ser
levado ao enfraquecimento dos ossos, perda de flexibilidade dos músculos e
ao desequilíbrio dos sistema musculoesquelético, afetando assim o
alinhamento da coluna, provocando dor e desconforto.
A escola é mais um local de atuação para o fisioterapeuta, onde
podem ser aplicados recursos fisioterapêuticos e ergonômicos. Graças ao
conhecimento desse profissional no campo da biomecânica, postura anatômica
e que pode atuar na análise dos equipamentos e mobiliários utilizados no dia
a dia dos profissionais da educação, além de interferir no uso inadequado da
mecânica corporal e atuar no diagnóstico precoce com a finalidade de
combater o aparecimento ou a evolução de sintomas osteomusculares.
(MIRANDA;VERA;PEREIRA,2002).
Referência

Branco JC, Silva FG, Jansen K, Giusti PH. Fisioterapia em Movimento, abr/jun,
São Paulo, 2011. Artigo acessado em www.sciello/fisioter dia 18/08/2018 às
13h.

Brandão AG, Horta BL, Tomasi E. Sintomas de distúrbios osteomusculares


em bancários de Pelotas e região: prevalência e fatores associados.
Revista. Brasileira Epidemiologia, 2005

Miranda TEC, Vera RP, Pereira ER. Equipamento de apoio para membros
superior: uma nova proposta ergonômica. Revista Brasieira Odontol , 2002.

MARQUES, M.O.Conhecimento e educação. INIJUI, Rio de JANEIRO,1996

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA EDUCACIONAL


OCUPACIONAL. Uma nova opção para o trabalho do fisioterapeuta
ocupacional. Revista trimestral do COFFITO. Brasilia. Brasil, 2005

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