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O BIG BANG DA VIDA: O ESTUDO BIOPSICOSSOCIAL DA

CONCEPÇÃO AO NASCIMENTO

HERANÇA GENÉTICA
 A primeira determinação do desenvolvimento humano é a genética. O núcleo de
cada célula do corpo humano contém 46 cromossomos, dispostos em 23 pares.
Cada cromossomo é composto por milhares de genes. Cada gene é composto
por moléculas de uma substância química denominada Ácido
Desoxirribonucleico ou sua sigla em inglês – DNA.
 O DNA foi descoberto por James Watson e Francis Crick na década de 1950.
 O DNA apresenta a forma de uma escada helicoidal dupla e torcida e os degraus
dessa escada podem se abrir, como um zíper.
 Embora a ciência tenha avançado a ponto de conhecer os genes envolvidos nas
mais diversas características fenotípicas (características observáveis do organismo
que resultam da interação do genótipo com o ambiente), o conhecimento de
todos os genes ainda está sendo investigado, assim como os mecanismos de
ativação de cada cadeia de DNA.
 Depois de concluído o projeto Genoma, que tinha como objetivo mapear todo o
DNA humano, o conhecimento de quais genes regulam a cor da pele, cor dos
olhos, altura, foi esclarecido, mas ainda não foram determinados quais genes
interferem no peso, na produção de algumas enzimas fundamentais para o
funcionamento do organismo.
 Pesquisas com células-tronco podem ajudar a desvendar esses mistérios, assim
como desenvolver procedimentos médicos mais eficazes, como uma futura terapia
genética.
 Células-tronco: Os seres humanos apresentam 23 pares de cromossomos, sendo
22 pares de autossomos e 1 par de cromossomos sexuais. A mulher normal tem 22
pares de autossomos e dois cromossomos X (XX) e o homem normal tem 22 pares
de autossomos e um cromossomo X e outro Y (XY), portanto, quem determina o
sexo do bebê é o homem, pois o óvulo da mulher só pode conter um
cromossomo X e o espermatozoide do pai pode ter um cromossomo X (o embrião
recebe o X da mãe e o X do pai, ficando XX) ou um cromossomo Y (o embrião
recebe o X da mãe e o Y do pai, ficando XY).
 E como se chega aos 23 pares de cromossomos e às células-tronco? As células
germinativas (óvulo e espermatozoide) têm somente 22 autossomos e um
cromossomo sexual. A união de dois gametas (óvulo e espermatozoide) forma os
pares de cromossomos.
 Mas como isso acontece? Durante a formação dessas células germinativas, o
núcleo dessas células é formado por somente uma metade da escada helicoidal de
DNA. Os degraus dessa escada helicoidal se abrem como um zíper, então, nesse
zíper aberto metade fica em uma célula germinativa. Quando ocorre a união
dessas células germinativas, essa metade desse zíper (proveniente da mãe) se une
à outra metade, proveniente do pai, formando uma célula embrionária. Essa célula
embrionária, agora, tem todo o conjunto de genes (metade proveniente do pai e
metade da mãe)
 Mas ainda é somente uma célula, que recebe o nome de OVO (o óvulo fecundado
ganha o nome de ovo, antes das divisões celulares). E como essa única célula se
multiplica e se transforma nas demais células que irão formar o corpo do bebê?
Esse ovo começa a se dividir pelo processo de mitose, que é o nome dado ao
processo de divisão celular. Assim, no começo era somente uma célula que depois
se multiplica formando duas células, então essas duas se transformam em quatro e
estas em oito e assim sucessivamente, até ter todas as células do corpo.
 As células do corpo humano são diferentes. Têm-se células epiteliais, que formam
os tecidos, têm-se células nervosas, chamadas de neurônios, têm-se células
específicas que formam diferentes órgãos.
 Como a célula ovo, vai se dividindo em outras, para formar essas células
diferentes? Esse processo de transformação chama-se DIFERENCIAÇÃO. As
células, quando se dividem, formam outras células idênticas.
 No começo do processo de MITOSE, as células são todas iguais e, depois,
transformam-se em CÉLULAS EPITELIAIS, em NEURÔNIOS, em CÉLULAS DO
FÍGADO, DO CORAÇÃO, DOS OSSOS.
 Essas células que ainda não se transformaram recebem o nome de CÉLULA-
TRONCO. Elas recebem esse nome pois podem se transformar em qualquer célula
do corpo humano e fazem parte do princípio da fecundação.
 O que faz com que as células se diferenciem se transformando de célula-tronco
em outros tipos de células é um mecanismo extremamente complexo e ainda não
totalmente entendido. Um embrião é formado basicamente por células-tronco,
mas é possível encontrar essas células, em pequenas quantidades, no cordão
umbilical, após o parto.
 No Brasil, foi autorizado o uso de células-tronco para pesquisas obtidas
exclusivamente de cordão umbilical descartado, ou seja, não é possível utilizar
embriões, somente o cordão umbilical que seria descartado. Pesquisas com
células-tronco podem indicar futuros tratamentos para doenças ainda incuráveis,
pois essas células podem se transformar em qualquer outra, repondo e
recuperando uma lesão como, por exemplo, uma lesão de medula, que deixou um
paciente paralítico, poderia ser recuperada pela formação de novos neurônios no
local da lesão da medula, fazendo com que esse paciente voltasse a ter todos os
movimentos que tinha antes do acidente.
MUTAÇÕES GENÉTICAS
TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21
- O par do cromossomo 21 não tem par e sim três cromossomos, pois
no momento da separação do par do mesmo não separa o par inteiro
fica com um pedacinho do terceiro cromossomo.
Síndrome de Down é uma alteração genética causada por erro na divisão
celular. Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração
genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão
embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par
21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Não se sabe por que isso
acontece. Às vezes, pode ocorrer a translocação cromossômica, isso é, o braço
longo excedente do 21 liga-se a um outro cromossomo qualquer. Nesses casos,
portanto, não existe um cromossomo a mais, pois o 21 em excesso se encontra
ligado a outro cromossomo.

Características da Síndrome de Down – Os principais fenótipos relacionados à


síndrome de Down são: hipotonia(musculatura do corpo flácida), língua para fora da
boca ou protusa, baixa estatura, orelhas com implantação baixa, olhos oblíquos, pescoço
grosso, mãos curtas com única dobra na palma, deficiência mental e cardíaca em graus
variáveis. Exemplos a seguir:

*Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a
pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais. Pálpebras
estreitas e levemente oblíquas.

*Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha ( hélix  ) é muitas


vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido são
estreitos.

*A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se
um pouco. À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode
ficar com estrias. No inverno, os lábios tornam-se rachados. O céu da boca (palato) é mais
estreito do que na criança "normal". A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada.
Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um
pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a sobreposição dos
dentes. A cárie dentária é observada com menor comparada com crianças “normais”.

Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca do bebê, dobras soltas
de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os
quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.

*O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante. Tórax com formato
estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax
afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo
coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais
globoso do lado do coração.

*Em conseqüência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às infecções, a


longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.

*As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o
quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo
mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças, há um espaço
grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé,
enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.

*Genitália desenvolvida; nos homens o pênis é pequeno e há criptorquidismo, nas


mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as
meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares. CRIPTORQUIDISMO:
significa a ausência de um ou dos dois testículos dentro da bolsa escrotal.
É preciso enfatizar que nem toda criança com síndrome de Down exibe todas as
características anteriormente citadas. Além disso, algumas características são
mais acentuadas em algumas crianças do que em outras.

A Síndrome de Down

A Síndrome do Cromossomo 21 foi descrita em 1886 pelo médico inglês John Langdon Down. Por
isso veio o nome Síndrome de Down. Ela chega a afetar 1 em cada 1000 recém-nascidos.

Esta síndrome ocorre por conta de um cromossomo a mais no par 21 (trissomia do par 21). Por
isso, o cariótipo das pessoas com síndrome de Down é representado por 47,XY + 21 (para
homens) ou 47, XX +21 (para mulheres).

Geralmente esta e a maioria das alterações cromossômicas se dão pela não disjunção de um dos
pares de cromossomos homólogos durante a meiose para a formação dos gametas. 

No caso da Síndrome de Down ocorre pela não disjunção do par 21, tendo o espermatozoide ou o
óvulo (mais comumente) 24 cromossomos e não 23.

SÍNDROME DO X FRÁGIL
FALHA NO CROMOSSOMO X, MAIS PRESENTE EM MENINOS. O
PORTADOR APRESENTA ATRASO INTELECTUAL E MOTOR.
A síndrome do X frágil é uma doença genética que ocorre devido a uma mutação no
cromossomo X, levando à ocorrência de várias repetições da sequência CGG.
Pelo fato de só possuírem um cromossomo X, os meninos são mais acometidos por
essa síndrome, apresentando sinais característicos como rosto alongado, orelhas
grandes, além de traços comportamentais semelhantes aos do autismo. Essa mutação
também pode acontecer nas meninas, no entanto os sinais e sintomas são bem mais
amenos, pois como possuem dois cromossomos X, o cromossomo normal compensa o
defeito do outro. 
O diagnóstico da síndrome do X frágil é difícil, pois a maioria dos sintomas são
inespecíficos, mas caso haja histórico na família, é importante realizar um
aconselhamento genético para que sejam verificadas as chances de ocorrência da
síndrome.
1. A Síndrome do X Frágil, (SXF) é considerada a primeira síndrome genética mais
comum envolvendo Deficiência Intelectual (DI) de forma herdada e considerada uma
das causas do Autismo (30%).
2. A doença é causada por mutações no gene FMR-1 (Fragile Mental Retardation- 1)
localizado no braço longo do cromossomo X e está presente na população
apresentando repetições de CGG (Citosina, Guanina, Guanina).
3. É responsável pela proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation Protein). Em
indivíduos afetados com a SXF, estas repetições encontram-se aumentadas (<200 CGG)
devido ao aumento de CGG e de um mecanismo bioquímico chamado Metilação, não
haverá a formação da Proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation Protein) causando
vários sintomas da SXF.
4. De acordo com o número de repetições, os indivíduos são classificados: Zona Gray,
Pré-mutados, e Afetados (mutação completa).
5. As manifestações clínicas da mutação completa incluem autismo, problemas de
aprendizagem (matemática, interpretação de texto e escrita), alterações da fala e
linguagem, ansiedade, instabilidade de humor, alteração comportamental e crises
epiléticas. Sinais Físicos como rosto comprido, orelhas grandes ou em abano, e
aumento dos testículos podem aparecer na puberdade.
6. A Pré-mutação pode estar associada a 3 doenças: FXPOI: Insuficiência Ovariana
Precoce ligada à SXF, 25% apresentam menopausa precoce. FXTAS: Síndrome de
Ataxia e Tremor da SXF apresentando perda de memória progressiva, perda da marcha,
desautonomia, neuropatia; e FXAND: Doenças Psiquiátricas Associadas a SXF.
7. Quando presente a Pré-Mutação nas mulheres, a transmissão do gene passa a ser
instável, existindo um grande risco para as próximas gerações em gerar um filho ou
filha com a SXF. É extremamente elevado o número destas mulheres na população
(1:280). segundo a classificação mundial.

FENILCETONÚRIA
Alteração genética do metabolismo da proteína fenilalanina hidroxilase hepática
localizada no cromossomo 12. A Fenilalanina acumulada no organismo afeta o sistema nervoso
central. As manifestações clínicas da doença são: 
• Deficiência intelectual, 
• irritabilidade, 
• distúrbios de comportamento, 
• convulsões, 
• hipotonia, 
• odor diferente na urina,
• dermatites.
• Altera a pigmentação, o desenvolvimento psicomotor, pode acarretar
convulsões, hiperatividade, tremor, retardo mental e microcefalia;
• É diagnosticada com o teste do pezinho e pode ser controlada com
alimentação adequada para que o indivíduo não venham ser sintomático.

 Fenilcetonúria (PKU, na sigla em inglês) é uma doença decorrente de um erro inato do


metabolismo de aminoácidos, que ocorre por herança autossômica recessiva. Isso
significa que a criança precisa receber um gene alterado da mãe e outro do pai para
desenvolver o distúrbio.

A mutação nesse gene provoca um defeito na codificação de uma enzima, a fenilalanina


hidroxilase (PAH), necessária para transformar o aminoácido essencial fenilalanina –
que o organismo não produz, mas retira dos alimentos proteicos – em tirosina, outro
aminoácido importante para a estrutura das proteínas.

Como os portadores de fenilcetonúria não conseguem metabolizar a fenilalanina, o


excesso dessas moléculas no sangue se transforma num ácido fenilpirúvico, que exerce
ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.

 Recém-nascidos portadores do distúrbio são assintomáticos. Sem tratamento, porém,


logo nos primeiros meses de vida, começam a surgir os seguintes sinais da doença, que
podem variar de intensidade conforme o caso:

 Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;


 Retardo mental;
 tremores;
 Movimentos descoordenados de pernas e braços;
  Hiperatividade;
  Cabeça pequena (microcefalia);
  Convulsões;
 Lesões cutâneas semelhantes ao eczema;
 Odor no suor e na urina parecido com o do bolor ou da urina de rato;
 Pele, cabelos e olhos claros, porque a fenilalanina não se converte  em tirosina,
aminoácido envolvido na síntese de melanina, o pigmento que dá cor à pele.
DIAGNÓSTICO
 O teste do pezinho é fundamental para o diagnóstico precoce e início imediato do
tratamento da fenilcetonúria. Ele deve ser realizado de 24 a 72 horas depois do
nascimento para evitar falsos positivos, uma vez que a criança pode ter no sangue traços
da fenilalanina presente no corpo materno.

O objetivo é identificar a presença da enzima hepática fenilalanina hidroxilase


fundamental para a transformação do aminoácido fenilalanina em tiroxina. O
procedimento é bastante simples. Consiste em colher algumas gotas de sangue do
calcanhar do recém-nascido e enviar para análise. Se o resultado não for conclusivo para
o diagnóstico de fenilcetonúria, novo exame deve ser realizado, desta vez com sangue
colhido na veia do recém-nascido.

No Brasil, o teste do pezinho faz parte do programa Nacional de Triagem Neonatal


(PNTN). Além da fenilcetonúria, ele investiga a ocorrência
de hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e de outras alterações
do sangue. Não tratadas a tempo, essas moléstias, podem prejudicar o desenvolvimento
físico e mental da criança.

Observação: Exames para medir os níveis de fenilalanina no sangue constituem um


recurso fundamental para as mulheres portadoras de fenilcetonúria ou com casos da
doença na família que pretendem engravidar. Elevada concentração de fenilalanina no
sangue antes e durante a gestação e enquanto a mãe amamenta pode comprometer o
desenvolvimento neurológico e intelectual da criança.

FIBROSE CÍSTICA

• A doença ocorre porque um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem
com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual.
• O muco espesso leva ao acúmulo de bactérias e germes nas vias respiratórias,
podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite,
trazendo danos aos pulmões.
• Esse muco também pode bloquear o sistema digestivo e o pâncreas, o que impede
que os órgãos funcionem normalmente. Sem o funcionamento correto, o corpo não
absorve os nutrientes dos alimentos, essencial para o desenvolvimento e saúde do
ser humano.
• Anomalia genética do cromossomo 7 que provoca um funcionamento anormal das
glândulas que produzem muco, suor, saliva, lágrimas e suco digestivo.
• Também detectada com o teste do pezinho.

DIAGNÓSTICO CONCLUSIVO PARA AS DEVIDAS MUTAÇÕES GENÉTICAS: A


maioria das doenças podem ser detectadas antes do nascimento por meio da amniocentese;
retirada do líquido aminiótico.

FOTO MICROSCÓPICA DOS


23
PARES DE CROMOSSOMOS
DE
UMA MULHER

1 Síndrome de Usher
tipo 2
Doença que causa perda
auditiva e problema de
visão, sintomas que
apresentam piora
progressiva
2 Síndrome de Alstrom
Caracterizada por
problemas de visão e
audição, obesidade e diabetes. A síndrome não causa problemas mentais
3 Leucemia mielóide aguda
Câncer do sistema sanguíneo, que afeta as células da linhagem branca, como
granulócitos, monócitos e plaquetas
4Coréia de Huntington
A doença, aos poucos, afeta a capacidade de um indivíduo andar, pensar e falar. Os
movimentos se tornam involuntários com o tempo, e portadores apresentam distúrbios
mentais
5 Câncer colo-retal
Tumor no cólon e/ou no reto. Geralmente começa com pólipos (pequenas massas que
se formam na parede dessas estruturas). Por razões desconhecidas, esses pólipos
podem se tornar malignos
6 Hemocromatose
Doença provocada por defeito no metabolismo de ferro no corpo, resultando em alta
absorção desse composto pelo intestino. O acúmulo dessa substância nos órgãos pode
causar cirrose, diabetes, artrite e problemas cardíacos
7 Fibrose cística
Causa a produção anormal de muco espesso, que obstrui o pulmão, provocando
infecções crônicas. O muco bloqueia também enzimas pancreáticas que atuam na
digestão de alimentos. Por isso, portadores apresentam também problemas
gastrointestinais
8 Síndrome de Cohen
Caracterizada por obesidade e ausência de tônus muscular, associadas a um
desenvolvimento mental tardio
9 Anemia de Fanconi tipo C
Anemia (falta de células sanguíneas) grave acompanhada de defeitos congênitos e
pigmentação marrom da pele. Crianças com essa doença têm cabeças pequenas,
estatura baixa, problemas renais e mentais
10 Doença de Refsum
Distúrbio que causa problemas no metabolismo de lipídios. Sintomas incluem
neuropatias (doenças neurodegenerativas), perda da coordenação motora e problemas
visuais progressivos

11 Síndrome de Beckwith-Wiedemann
Doença caracterizada por órgãos aumentados, como rins, fígado, pâncreas e coração.
Estatura alta e língua maior que o normal são sintomas frequentes
12 Fenilcetonúria
Defeito causado pela ausência de uma enzima fundamental para o metabolismo. Sem
ela, o corpo fica com excesso de fenilalanina, substância que tem efeito tóxico no
sistema nervoso central, podendo causar retardo mental
13 Doença de Wilson
Mal caracterizado por excesso de cobre, que acaba atacando o fígado e o cérebro,
resultando em hepatite, problemas psiquiátricos e neurológicos
14 Mal de Alzheimer
Esssa doença ataca células responsáveis pela memória, células nervosas e
transmissoras de informações no cérebro. Portadores apresentam lapso de memória,
mudança de humor e dificuldade para falar
15 Síndrome de Prader-Willi
Doença que causa baixo tônus muscular, estatura reduzida, desenvolvimento sexual
incompleto, dificuldades cognitivas e uma fome insaciável, que pode causar obesidade
mórbida
16 Doença inflamatória do intestino tipo 1
Inflamação crônica do intestino. A doença é dividida em dois tipos: síndrome de Crohn,
que envolve geralmente o cólon e a porção final do íleo (no intestino delgado), e colite
ulcerativa, inflamação crônica do reto
17 Câncer de mama tipo 1
Tumor que ocorre mais cedo do que outros tipos de câncer de mama. É ligado ao gene
BRCA1 e também está associado ao câncer de mama em homens
18 Síndrome de Tourette
Manifesta-se por tiques nervosos motores e vocais. Afeta principalmente homens entre
2 e 14 anos de idade
19 Leucemia aguda de células-T
Câncer associado à infecção do vírus HTLV-1. Manifestações diferentes da doença estão
relacionadas a variações genéticas. Causa problemas de pele, aumento do fígado e do
baço, deficiência renal e fraqueza progressiva
20 Síndrome grave de imunodeficiência combinada (SCID)
Crianças com essa doença apresentam falta de linfócitos T e B, células de defesa do
corpo. Sem elas, as crianças estão suscetíveis a infecções como pneumonia e meningite
e precisam viver isoladas dentro de bolhas de plástico
21 Síndrome de Down
Provocada por uma cópia a mais do cromossomo 21 (trissomia). É a principal causa de
retardo mental e está associada a malformações congênitas
22 Neurofibromatose tipo 2
A doença é caracterizada por tumores cranianos e em nervos da medula espinhal.
Portadores têm uma chance maior de desenvolver câncer nos nervos auditivos
Cromossomo X
Distrofia muscular de Duchenne
Doença masculina que causa fraqueza muscular progressiva. Sintomas começam a
aparecer geralmente entre os 2 e 5 anos de idade. Com o passar do tempo, todos os
principais músculos do corpo são afetados
Cromossomo Y
Linfoma não-Hodgkin
Câncer nos gânglios linfáticos. A doença se manifesta pelo inchaço dos gânglios em
diversas partes do corpo. Os gânglios linfáticos participam do sistema imunológico (de
defesa do corpo)

FATORES TERATOGÊNICOS
Os fatores teratogênicos são evitáveis já a mutação genética não
podemos mudar ou evitar; devido um erro genético que aconteceu
durante a gestação.
Fatores externos, sejam eles doenças que a mãe desenvolve durante a
gestação ou ingestão de substâncias nocivas ao feto.
(TERATOGÊNICOS)
• Rubéola: surdez – cegueira
• Citomegalovírus: déficit mental e motor; surdez, atrofia óptica e
cegueira.
• Herpes simples: infecções de pele, oculares ou orais; lesão do
sistema nervoso central, deficiência mental e até a morte.
• Diabetes: podem ser gestacionais ( mães que nunca tiveram a doença
mas que a desenvolve durante a gestação)ou não; mães diabéticas
enfrentam um risco maior de ter um filho natimorto ou que morra
logo após o nascimento devido ao acúmulo de gordura durante o 3º
trimestre da gestação.
• Toxoplasmose: é causada por um parasita presente na carne crua e
fezes de gato. Pode provocar aborto espontâneo ou morte. Os bebês
que sobrevivem podem ter sérios prejuízos na visão ou no cérebro.
• Sífilis: os fetos contaminados podem nascer surdos, deficiente
mental ou com deformações físicas significativas. Chance de até
25% de nascerem mortos. No entanto, o vírus não atravessa a
placenta até a 21ª semana de gestação podendo ser tratado.
• Fumo; drogas; medicação;
• Ausência de vitaminas;
• Álcool: SÍNDROME ALCÓOLICA FETAL – SAF
 A falta de substâncias essenciais como o ácido fólico, também
pode provocar danos irreversíveis à criança.
 PSIQUISMO PRÉ-NATAL: se refere à existência de vida mental
no feto e a existência de registros ou inscrições de experiências
pré-natais, podendo ser traumáticas ou não.

RESUMO DA MATÉRIA
As teorias do ciclo da vida contemplam 8 etapas que se iniciam no período
intrauterino até a morte do sujeito.
A Psicologia é uma ciência recente de 1879 a considerar como independente,
porém já é exercida desde a Grécia antiga onde Aristóteles e Platão se
debruçavam sobre isso.
O objeto de estudo da Psicologia é o homem em sua subjetividade: é a
capacidade singular e individual que cada um de nós vai constituindo
conforme vamos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida
social e cultural; síntese que nos faz únicos e nos iguala ao mesmo tempo
na medida em que adquirimos experiências em comum dentro da
objetividade social. (Ana Bock).
A Psicologia necessita ser plural devido aos diversos aspectos que envolvem o
desenvolvimento humano; por isso a questão de estudarmos também
vários autores em sua complexidade.
Temáticas como a memória, a aprendizagem, a motivação, a percepção, a
atividade onírica e o comportamento anormal, são questões estudadas
desde a Grécia antiga porém é inaugurada em 1879 com o primeiro
laboratório de estudos da psicofísica na Alemanha (Leipzig) por Wundt.
 A Psicologia do Desenvolvimento é uma disciplina da Psicologia enquanto
ciência e tem como objetivo explicar como que a partir de um
equipamento inicial (inato) o sujeito sofre uma série de transformações
decorrentes de sua própria maturação FISIOLÓGICA,
NEUROLÓGICA E PSICOLÓGICA que em contato com as exigências e
respostas do meio FÍSICO e SOCIAL levam a esses comportamentos.
 Qual é o objetivo da PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO (ligada
à educação)***levar os docentes que venham a trabalhar no campo da
educação, auxiliar o sujeito mostrando quais habilidades, capacidades e
limitações de cada faixa etária nos vários aspectos da personalidade:
MOTORES, EMOCIONAIS, INTELECTUAIS, ETC.
 A Psicologia do desenvolvimento juntamente com a Psicologia da
aprendizagem se entrelaçam para construir a Psicologia da educação –
“quais aspectos da Psicologia do desenvolvimento é preciso saber que
implica com a Psicologia da aprendizagem para que eu aplique na
educação” – o que esse sujeito é capaz ou não de fazer levando em
consideração todo o seu desenvolvimento BIOPSICOSSOCIAL – é
necessário que eu entenda o que é um desenvolvimento normal para que
eu possa compreender como o processo de aprendizagem dele acontece, o
que posso esperar desse sujeito, se está sendo exigido demais ou não.
 Estabelecer programas escolares e metodologias de ensino adequadas,
bem como programas esportivos e recreativos, objetivando o amplo
desenvolvimento da criança(sujeito)
 Aspectos de reabilitação quando essa criança não está conseguindo se
desenvolver de forma adequada eu vou a partir de uma análise do seu
desenvolvimento verificar qual habilidade é preciso desenvolver melhor
pra que ele possa superar essa lacuna
Teorias psicológicas que nos auxiliam na compressão de o que é que sustenta a
aprendizagem do sujeito ou o que avançaria ou inibiria o tal aprendizado.
Teoria maturacional: consideram os aspectos biológicos fundamentais.
Teorias de tabela que estipula como por exemplo com quantos meses a
criança engatinha, anda, fala, etc...levando em consideração a
programação neurológica da espécie humana.
Teoria cognitiva: entende que o desenvolvimento é uma articulação entre os
estímulos do ambiente e os aspectos biológicos ( Piaget)
Teoria de aprendizagem: entende que tudo que o ser humano sabe e faz é
decorrente ao estímulo do meio em que vive.
Teoria do contexto cultural: não descarta o aspecto biológico mas
conceitua que o aspecto cultural e social que vai permear e possibilitar o
desenvolvimento do sujeito.
Todas essas teorias são mapas que vão nos orientar na jornada do
conhecimento de fatos específicos

HERANÇA GENÉTICA: Substrato biológico


23 pares de cromossomos: dos quais
-22 pares autossomos
-1 par de cromossomos sexuais ( esse por sinal é o único par de cromossomo
que define o nosso sexo (macho ou fêmea)
Os outros cromossomos vão definir todo o restante do nosso
desenvolvimento.
E por que saber disso? Porque temos mutações genéticas que interferem no
processo de aprendizagem
O desenvolvimento intrauterino se inicia com a fecundação do óvulo e
termina com o nascimento do bebê.
É dividido em etapas:
- Estágio Germinal;
-Estágio Embrionário;
-Estágio Fetal.
Esses estágios têm tempos diferentes e não são como a gestação que é
dividida em trimestre- é importante saber isso porque conforme os
acontecimentos durante os estágios podem acarretar problemas graves,
principalmente durante o estágio germinal e embrionário.
Essa importância se dá principalmente quando o profissional necessita fazer
uma anamnese (entrevista com os pais) levantando a história de
vida do sujeito, investigando a gestação desde o seu início para que
saiba quais foram os aspectos que a mãe estava submetida nesse
momento que podem justificar quaisquer alteração no desenvolvimento
da criança.
ESTÁGIO GERMINAL:
A germinação se dá entre o período da 1ª e 2ª semana na qual ocorre a
fecundação- fusão do gameta masculino e feminino(espermatozóide e
óvulo)
 E o período que a fecundação faz implantação no útero; porque a fecundação
acontece nas trompas e assim o 0vo desce se implantando nas paredes
do útero fazendo a nidação
A nidação ou implantação é o momento em que o óvulo fecundado (agora chamado de
zigoto) penetra completamente no revestimento interno do útero. Isto costuma
ocorrer a partir do 7º dia após a fertilização. Nesse processo de fixação pode ocorrer
um leve sangramento, com duração média de três dias.

Após a ovulação e fecundação o óvulo fecundado vai da tuba para a cavidade uterina,
implantando no seu revestimento interno. Este processo de implantação recebe o
nome de nidação.

Nesse processo começa a ter a multiplicação e a diferenciação das células.


ESTÁGIO EMBRIONÁRIO:
 Vai do período da 3ª a 8ª semana, que são as estruturas de sustentação que vão ser
formadas: âmnio(bolsa), placenta e cordão umbilical.
 As células se diferenciam formando o tubo neural. Aparecimento da boca, brotos de
braços e pernas, nariz e orelha, estruturas faciais se fundem dando o aspecto
humanóide, o gene masculino é adicionado, estrutura do sistema nervoso.
Todos os mamíferos no período embrionário são muito parecidos, eles se diferenciam de
outras espécies a partir do estágio fetal.

ESTÁGIO FETAL:
O embrião já tem características humanas. Nesta etapa se caracteriza pela maturação e
crescimento dos órgãos. O sistema nervoso é o que está menos desenvolvido quando o
bebê nasce.
*Então no período embrionário se formam todos os órgãos e no período fetal o bebê só vai
crescer.
-POR QUE ESTUDARO DESENVOLVIMENTO INTRAUTERINO –
 As substâncias e a estimulação provenientes do ambiente podem ter um impacto
significativo no desenvolvimento fetal.
 As reações do feto ao ambiente proporcionam indícios sobre a capacidade
comportamental que a criança apresentará no nascimento. (TEMPERAMENTO)
 Algumas drogas, poluentes e várias doenças podem prejudicar o feto e é importante
para os pais entenderem os perigos para que possam realizar uma ação preventiva.
O educador precisa saber no sentido de instruir famílias mas também saber durante
uma análise, se algum comportamento ou conduta da criança possa ser proveniente
de alguma alteração sofrida durante o período intrauterino que não foi detectado
O FETO HUMANO É O QUE NASCE MAIS IMATURO E ESSA IMATURIDADE EXISTE PARA QUE HAJA CONDIÇÕES DO FETO HUMANO
REALIZAR A PASSAGEM NO PARTO VAGINAL; POR ESSA RAZÃO TAMBÉM NOS 3 PRIMEIROS MESES DO BEBÊ PARA QUE SE
COMPLETE 1 ANO, O MESMO NÃO SABE DIFERENCIAR QUE NASCEU. ELE ESTÁ SUBMETIDO A TODAS AS QUESTÕES DO MUNDO
EXTERNO MAS AINDA NÃO TEM RECURSOS PSICOLÓGICO, MATURACIONAL, BIOLÓGICO PARA SE SUSTENTAR. E POR ISSO É TÃO
IMPORTANTE O CUIDADO EXTENDIDO AOS RECÉM-NASCIDOS PARA QUE ELA POSSA INCLUSIVE SOBREVIVER.
MUTAÇÕES GENÉTICAS – Acontecem no período de germinação e no período
embrionário quando há separação das células

 São alterações permanentes no material genético do indivíduo.


 Elas acontecem no período de germinação e no período embrionário que é quando
há separações das células.
 Quando os pares de cromossomos sofrem alguma alteração; seja na meiose ou
mitose que faz com que os cromossomos não fiquem com os pares adequadamente
corretos; qualquer mudança por mínima que pareça provoca enquanto fenômeno,
fenótipo expressão do genótipo; algo muito intenso.

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