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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

BELISA DA COSTA FERREIRA


PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO MIRANDA

AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE UMA


EDIFICAÇÃO PÚBLICA

TERESINA - PI
2021
BELISA DA COSTA FERREIRA
PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO MIRANDA

AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE UMA


EDIFICAÇÃO PÚBLICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


coordenação do Curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário Santo Agostinho como
requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Esp. Gil Alves dos Santos Júnior

TERESINA - PI
2021
FICHA CATALOGRÁFICA

Carvalho Miranda, Pedro Henrique; Ferreira, Belisa da


Costa
As consequências da falta de planejamento em uma
obra de uma edificação pública / Pedro Henrique de
Carvalho Miranda; Belisa da Costa Ferreira

Monografia (Bacharel em Engenharia Civil) –


Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA,
Teresina,2021.

Orientação: Prof. Esp. Gil Alves dos Santos Júnior


1. Planejamento. 2. Orçamento. 3. Cronograma I. Centro
Universitário Santo Agostinho. II. Título
BELISA DA COSTA FERREIRA
PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO MIRANDA

AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE UMA


EDIFICAÇÃO PÚBLICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


coordenação do Curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário Santo Agostinho como
requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Esp. Gil Alves dos Santos Júnior

Aprovação em: 22/06/2021

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Prof. Esp. Gil Alves dos Santos Júnior

____________________________________________________________
Prof. Danilo Teixeira Mascarenhas de Andrade
“Quem tem um ‘porquê’ enfrenta
qualquer como”.
(Viktor E. Frankl)
Pelo carinho, afeto, dedicação e cuidado que meus pais Andréia Carvalho e Edivaldo
Carvalho pelo carinho, afeto, dedicação e cuidado que meus pais me deram durante toda a
minha existência, dedico esta monografia a eles com muita gratidão.
Agradeço a minha namorada Lorena Araújo, através do seu suporte e apoio pude
concluir esse projeto.
Agradeço a Deus pelo discernimento e sabedoria para a conclusão de mais uma etapa
na minha vida.

DEDICO
À Deus, agradeço pelo dom da vida, por todas as oportunidades que tive, por todas
as bençãos e graças concedidas, por me proporcionar as condições necessárias para a
conclusão deste trabalho. Por Ele realizar tantas maravilhas em minha vida. “A minha alma
glorifica ao Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador”, Santo é o seu
nome. À Maria pelo cuidado e proteção, passando sempre à frente dos meus caminhos.
Aos meus pais, Francisco Luiz e Maria Teresa, por serem minha base, me guiarem e
me apoiarem sempre em todos os momentos e fazerem de tudo para propiciar o melhor.
Aos meus irmãos, Barbara, Bruno e Bianca, pelo companheirismo, brincadeiras,
descontrações e por estarem sempre comigo.
Aos meus sobrinhos João Gabriel e Maria Vitória que estiveram sempre comigo.
Aos meus tios e tias, primos e primas por todos os momentos partilhados em família,
incentivos e ajuda em tudo que precisei.
Aos meus amigos que sempre ajudaram e incentivaram em todas as circunstâncias
À Comunidade Católica Shalom, que se tornou minha segunda casa nestes anos,
onde sempre me fortaleci para esta jornada e cresço espiritualmente.

DEDICO
AGRADECIMENTOS

Ao Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA) pela oportunidade de realizar a


graduação em Engenharia Civil e por oferecer sempre o melhor em materiais didáticos e
também em tecnologias.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em especial a equipe da SAD e Infraestrutura
deste setor público federal, por me oferecer todo apoio e o suporte, seja em disponibilidade de
dados e fornecer conhecimentos intelectuais para que este trabalho fosse concluído.
Aos nossos professores que contribuíram para nosso crescimento profissional e
pessoal ao longo desses cinco anos.
Ao nosso grande orientador Prof. Esp. Gil Alves dos Santos Júnior por toda a
dedicação e carisma. Obrigada pelo apoio, pelos conselhos, pela disponibilidade, por todo
conhecimento e aprendizado e também por sua amizade.
RESUMO
FERREIRA, BELISA C.; MIRANDA, PEDRO HENRIQUE de C. As consequências da falta
de planejamento em uma obra de edificação pública. 2021. 74p. Monografia (Graduação em
Bacharelado em Engenharia Civil) – Centro Universitário Santo Agostinho. Teresina: UNIFSA,
2021.
Atualmente, se tornou bastante comum na construção civil ter atrasos tanto em sua
execução de serviços quanto na entrega da obra para a contratante. Isso, se tornou nítido em
obras públicas, em que diversas obras levam anos, até mesmo décadas, para a sua conclusão.
Ao passar do tempo observou-se que, dentro da construção civil, ocorreu um aumento em obras
e serviços de engenharia, que trouxe grandes desafios para o gerenciamento e planejamento de
obra. Diante desse contexto, este trabalho tem como objetivo identificar o que ocasiona a
deficiência de um planejamento na construção civil e suas respectivas consequências. Esse
trabalho se caracteriza com abordagem qualitativa, adotando-se como modelo de pesquisa a
forma descritiva, assim como também para obtenção dos dados, foi efetuada por meio de visita
técnica de uma edificação pública e os dados utilizados do orçamento e cronograma foram
disponibilizados pela contratante, que é a Polícia Rodoviária Federal. Com o orçamento e
cronograma disponíveis, foram analisados os pedidos de aditivos e supressões antes da ordem
de serviço e durante a execução e os atrasos no cronograma da obra. Com análise dos dados
pode ser observado que inicialmente a obra teve um custo de R$ 2.707.636,78 e com a falta de
estudos preliminares mais detalhados, teve um total de acréscimo com BDI de R$ 386.121,25
e uma supressão de R$ 88.026,77, totalizando um aditivo de R$ 298.094,49 sendo responsável
por 11,01% do valor do contrato respeitando o limite para aditivos imposto pela Lei
nº8.666/1993. Através desta análise foi constatado que o mau planejamento afeta diretamente
na qualidade dos serviços e no seu custo. Por meio do cronograma e com visitas ao canteiro de
obra, foi constatado nitidamente que o atraso da obra ocorreu desde do início da ordem de
serviço quando houve o pedido de aditivo em relação a terraplenagem que não estava prevista
no orçamento. Atualmente, mediante as medições feitas pela contratante, a obra está com cerca
de 40% concluída durante esses 20 meses de execução. Logo, o planejamento sendo executado
de maneira correta poderia diminuir bastante os custos para os órgãos públicos e sanar os seus
atrasos.

Palavras chaves: Planejamento. Orçamento. Cronograma.


ABSTRACT

Nowardays, it has become quite common in civil construction to have delays both in the
execution of services and in the delivery of the work to the contractor. This became clear in
public works, in which several works take years, even decades, to complete. As time went by,
it was observed, within civil construction, there was an increase in works and engineering
services, which brought great challenges for the management and planning of the work.
Given this situation, this work aims to identify what causes the deficiency of planning in civil
construction and its consequences. This work is characterized with a qualitative approach,
adopting a descriptive form as a research model, as well as obtaining the data, it was carried
out through a technical visit of a building and the data used in the budget and schedule were
made available by the contractor, which is the Federal Highway Police. With the budget and
schedule available, requests for additives and deletions were analyzed before the work order
and during execution and delays in the work schedule. With data analysis, it can be seen that
initially the work had a cost of R$ 2,707,636.78 and with the lack of more detailed preliminary
studies, there was a total increase with BDI of R$ 386,121.25 and a suppression of R$
88,026.77, totaling an addendum of R$ 298,094.49 being responsible for 11.01% of the contract
value respecting the limit for additives imposed by Law nº 8.666 / 1993. Through this analysis
it was found that poor planning directly affects the quality of services and their cost. Through
the schedule and with visits to the construction site, it was clearly noted that the work delay
occurred since the beginning of the work order when there was an order for an addendum in
relation to the earthworks that was not provided for in the budget. Currently, through the
measurements made by the contractor, the work is about 40% completed during these 20
months of execution. Therefore, the planning being carried out in a correct way could greatly
reduce the costs for public agencies and make up for their delays.

Key words: Planning. Budget. Schedule.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Despesas e administração da obra (item1.1) 41


Tabela 2 – Aditivos e supressões do item 1.1 41
Tabela 3 – Terraplenagem (item 2.1, lado direito) 42
Tabela 4 – Aditivos e supressões do item 2.1, lado direito 42
Tabela 5 – Terraplenagem (item 2.1, lado esquerdo) 43
Tabela 6 – Aditivos e supressões do item 2.1, lado esquerdo 44
Tabela 7 – Infraestrutura UOP e garagem (item3.1) 45
Tabela 8 – Aditivos e supressões do item 3.1 46
Tabela 9 – Infraestrutura da Plataforma de Fiscalização (item 4.1) 47
Tabela 10– Aditivos e supressões item 4.1 48
Tabela 11 – Infraestrutura da Cobertura de Pista (item5.1) 49
Tabela 12 – Aditivos e supressões do item 5.1 50
Tabela 13 – Infraestrutura do Box de Lavagem (item 7.1) 51
Tabela 14 – Aditivos e supressões do item 7.1 51
Tabela 15 – Infraestrutura do Canil (item 8.1) 52
Tabela 16 – Aditivos e supressões do item 8.1 53
Tabela 17 – Infraestrutura da Caixa d`água (item 9.1) 54
Tabela 18 – Aditivos e supressões do item 9.1 55
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma de procedimentos para licitação (Brasil. Tribunal de Contas da 26


União,2010) ..................................................................................................
Figura 2 – Rolo compactador.......................................................................................... 55
Figura 3 – Caminhão basculante despejando aterro...................................................... 55
Figura 4 – Unidade Operacional de Policiamento........................................................... 56
Figura 5 – Box de Lavagem, caixa d`água e canil........................................................... 58
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 14
1.1 Tema............................................................................................................. 14
1.2 Problemas de Pesquisa................................................................................ 17
1.3 Hipotéses...................................................................................................... 18
1.4 Objetivos...................................................................................................... 19
1.4.1 Objetivos Gerais............................................................................................ 19
1.4.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 19
1.5 Justificativas................................................................................................ 19
2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 22
2.1 Gerenciamento e Planejamento.................................................................. 22
2.2 Obras Públicas............................................................................................. 25
2.2.1 Licitação e Legislação.................................................................................. 28
2.3 Planejamento nos canteiros de Obra........................................................ 30
2.4 Causas das deficiências de um planejamento na construção civil.......... 33
3. METODOLOGIA....................................................................................... 37
3.1 Procedimentos Metodológicos.................................................................... 37
3.2 População e Amostra................................................................................... 38
3.3 Procedimento de coleta de dados............................................................... 39
3.4 Procedimentos de Análise de dados............................................................ 39
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................. 40
4.1 Orçamento da Obra..................................................................................... 40
4.2 Cronograma da Obra.................................................................................. 56
5. CONCLUSÃO............................................................................................. 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 60
14

1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema
A construção civil é um tipo de indústria que abrange uma enorme quantidade de
variáveis, sendo desenvolvido em peculiaridades de estrutura dinâmica e mutável, ou seja, que
se adequam com rapidez e facilidade à conjuntura do mercado consumidor, oferecendo bons
resultados e soluções corretas, com a agilidade que os clientes requerem, no qual torna o
gerenciamento de uma obra um trabalho complexo (MAGALHÃES; MELLO; BANDEIRA,
2017).
Nesse contexto, as empresas que atuam no ramo da construção civil buscam, a todo
momento, meios de aperfeiçoar seus processos produtivos e gerenciais. O estudo desses
processos buscando sua feitura tem como finalidade o aprimoramento dos seus resultados finais
através de decorrentes aumentos no valor do produto final, ao cliente final (ROMANEL, 2017).
Em países que estão em desenvolvimento, houve uma grande demanda de obras de
grande porte e complexidade de seus projetos, como consequência trouxeram grandes desafios
em sua gestão. Dentre esses desafios, se destacam as formas de contratação e gerenciamento de
dos projetos que impeçam acréscimos no custo e no prazo (Iyer, Chaphalkar e Joshi, 2008).
É de responsabilidade do Estado, realizar investimentos que tragam conforto a
população, entretanto, alguns contratempos referentes ao controle de qualidade, custos do
serviço e vencimento da obra, são notados e difíceis de serem resolvidos pois o poder público
tem restrições quanto ao seu poder de compra (GUIDUGLI FILHO e ANDERY, 2002).
A Administração Pública atualmente tem se tornado a grande responsável pelas
mudanças no setor de Engenharia, para não dizer que seria um dos indispensáveis investidores,
pois se tem uma grande oportunidade e poder de exigir a qualidade, prazo e custo de serviços
que estão sendo prestados, além disso de executar mudanças que proporcionam a obtenção dos
resultados almejados (PEREZ,2011).
A administração pública é guiada por fundamentos (moralidade, impessoalidade,
eficiência, transparência, legalidade) que servem como base para o desenvolvimento dos
processos gestuais. O Estado dá uma maior importância para a eficiência, objetivando atingir
os resultados no menor prazo estimado, para realização de tal resultados, são utilizados
mecanismos dentro da legislação vigente, podendo ser citado a Lei 8.666/1993 (BRASIL, 1993)
que normativa o processo de licitações e contratos de obras públicas. As licitações tem como
função escolher a melhor proposta para o Estado assegurando a imparcialidade no seu parecer.
O método mais usual na seleção de licitações é a prática do “menor preço” para contratos de
15

obras e serviços de engenharia, isto é, a empresa vencedora da licitação é aquela que apresentou
um orçamento com o menor preço para realização atividades.
Embora dentro da lei incluir-se outros meios de seleção de ofertas, como por exemplo,
melhor técnica ou técnica e preço. Por meio do artigo 46 da lei 8.666/1993 (BRASIL,1993),
esses tipos de licitação “serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza
predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral.” Desta forma em obras
simples, reformas e ampliação aplica-se somente o modelo “menor preço”.
A Lei 8.666/93 é uma condição que restringe o processo de contratação de projetos e
execução de obras, e por isso compõe como suporte de qualquer padrão para a gestão de obras
públicas. Apesar disso, certos autores afirmam que de um lado a Lei de Licitações ( lei nº
8.666/93) auxilia para a segurança da ética e também na transparências dos processos para
adquirir produtos, serviços e materiais, a mesma lei gera empecilhos para elaboração de ideias
inovadores de gerenciamento, devido a solicitação de separação de projetos e execução de obras
somando-se também com a inexperiência dos servidores públicos no que tangem a executar o
controle de compra, logo, de implantar ferramentas de gestão que foca no empreendimento,
privilegiando a qualidade do empreendimento e não nas etapas isoladas de produção, onde se é
comum na Lei de Licitações(BRETAS, 2010; SANTOS et al., 2002; VIEIRA, ANDERY,
VASCONCELOS, 2000).
O planejamento do canteiro, em particular, tem sido um dos aspectos mais
negligenciados na indústria da construção, sendo que as decisões são tomadas à medida que os
problemas surgem no decorrer da execução (HANDA, 1988). Em consequência, os canteiros
de obras muitas vezes deixam a desejar em termos de organização e segurança, fazendo com
que, longe de criarem uma imagem positiva das empresas no mercado, recomendam distância
aos clientes (SAURIN; FORMOSO,2006).
O gerenciamento de obras públicas de grande porte, são desafiadoras para o gestor
público e responsáveis pela obra por três razões: a falta de objetividade do empreendimento, a
correta aplicação do gerenciamento de obra e a difícil mensuração e justificativa dos custos e
benefícios. As grandes omissões dentro de projetos públicos ocasionam obras com períodos
longos de execução, orçamentos extrapolados, terceiros envolvidos e incertezas que podem
arruinar a eficiência de planejamento, execução e gerenciamento. Com isso, os líderes
governamentais estão sofrendo grande pressão para atender as demandas públicas com limites
orçamentários (CARVALHO; et al ,2017).
16

O planejamento corretamente arranjado de uma obra busca prevenir prejuízos gerado


provocado por um atraso no cronograma, que tem uma influência negativa tanto nas empresas
como nos clientes. Visualizando nesses resultados ocasionados pelos atrasos em obras públicas
por exemplo, compreendemos o tamanho do transtorno (SILVA; SOUZA, 2018).
Apesar de as vantagens operacionais e econômicas de um eficiente planejamento de
canteiro ser mais óbvias em empreendimentos de maior porte e complexidade, é ponto pacífico
que um estudo criterioso do layout e da logística do canteiro deve estar entre as primeiras ações
para que sejam bem aproveitados todos os recursos materiais e humanos empregados na obra,
qualquer que seja seu porte (SANTOS, 1995).
Portanto, existem muitas falhas nos canteiros de obras no Brasil. No qual ocasionam
vários transtornos para todos os envolvidos, tanto empresa como cliente e quando se trata de
obras a sociedade, como um todo, também, é prejudicada. Portanto, uma das maiores falhas é
a falta de um bom planejamento e sem garantia do cumprimento do prazo e orçamento
previamente estabelecidos (LIMMER, 1997).
Conforme o PMI (2000) apud Romano (2003), o gerenciamento de projetos consiste
na aplicação de conhecimentos, habilidades, equipamentos e técnicas às atividades
(planejamentos e controles) do projeto, a fim de suprir as diferentes necessidades e expectativas
das partes envolvidas ou interessadas, tais como: clientes, organização empreendedora,
parceiros, fornecedores, instituições financeiras, órgãos jurídicos ou legais, etc., com relação
ao projeto, o que constantemente envolve o equilíbrio entre espaço, prazo, custo execução e
qualidade.
Contudo, segundo Mattos (2010), o planejamento da obra é um dos principais fatores
que ocasiona um bom gerenciamento. A deficiência no planejamento, tanto no controle como
no acompanhamento, está entre as principais causas da redução da produtividade do setor da
construção, de suas inúmeras perdas e da baixa qualidade de seus produtos, o que resulta numas
obras com inúmeras consequências desastrosas e, consequentemente, para as empresas que a
executam.
Segundo Laufer e Tucker (1987) o planejamento é dividido em três níveis hierárquicos,
de acordo com o tipo de obra e a proximidade de execução da mesma: estratégico, tático e
operacional. O estratégico ou de longo prazo é o mais geral e duradouro, envolve as estratégias
para atingir os objetivos do empreendimento, tais como definição de prazo da obra, fontes de
financiamento e parcerias; O tático ou de médio prazo que visa eliminar as restrições para a
realização dos serviços, envolvendo a seleção e aquisição dos recursos tais como, tecnologia,
materiais e mão-de-obra. O planejamento de curto prazo ou operacional tem o maior nível de
17

detalhamento, distribuição de atividades a serem realizadas entre as equipes, seus recursos e


momento de execução, além exigir o cumprimento da programação.
A falta do planejamento de uma obra pode acarretar em diversas consequências tanto
para a empresa executora quanto para o próprio empreendimento, e é considerada como a
principal causa da baixa produtividade do setor da construção civil, pois são inúmeras as perdas,
tanto de material quanto de mão de obra e tempo e sem contar que pode resultar na baixa
qualidade da construção (CARDOSO, 2009).
De um modo geral, de acordo com Vargas (2000) apud Romano (2003), boa parte
deste “mau planejamento” ocorre pela decorrência das chamadas falhas gerenciais, que podem
perfeitamente ser evitadas. De acordo com o autor a pouca compreensão da complexidade dos
projetos, inexistência de monitoramento de funcionários, atividades, matérias, equipamentos e
tempo, treinamentos e capacitação inadequados são algumas das falhas que ocasiona a
deficiência no planejamento e controle de um empreendimento.
Neste contexto, mais do que nunca, planejar é assegurar de maneira correta o sucesso
contínuo da empresa pela capacidade que os gerentes têm ao dar respostas rápidas e certeiras
por meio de um planejamento. Pois ao planejar uma obra, o gestor cumpre com amis eficiência
o monitoramento dos trabalhos, já que adquire um alto grau de conhecimento do mesmo
(MATTOS,2010).
Embora seja reconhecido que o planejamento do canteiro desempenha um papel
fundamental na eficiência das operações, cumprimento de prazos, custos e qualidade da
construção, os gerentes geralmente aprendem a realizar tal atividade somente através da
tentativa e erro, ao longo de muitos anos de trabalho (TOMMELEIN, 1992). Rad (1983)
também concluiu que raramente existe um método definido para o planejamento do canteiro,
observando, em pesquisas junto a gerentes de obra, que os planos eram elaborados com base na
experiência, no senso comum e na adaptação de projetos passados para as situações atuais.

1.2. Problema de pesquisa


Observa-se nos dias de hoje crescente preocupação com o planejamento dos processos
que serão executados, independente da área de atuação do produto que será comercializado.
Essa preocupação se deve ao fato de que empresas que atuam com processos numerosos e
complexos têm notado que investir tempo e capital na fase de planejamento pode resultar em
grandes ganhos de produtividade e evitar imprevistos na fase de execução.
A construção civil não é diferente, apesar de que, nota-se menor preocupação e
progressão lenta ao investir no planejamento e organização do local de execução das tarefas,
18

em comparação com outros segmentos. É fácil notar que a construção civil não pode pensar
diferente e que empresas que não buscarem investir mais nos processos iniciais de um
empreendimento podem se tornar menos competitivas, seja pelo custo ou pela qualidade de seu
produto final.
Quando se fala de construção civil, a realidade é que um empreendimento deste porte
é, evidentemente, complexo e necessita de vários tipos de profissionais. São dezenas de 7
especialistas que vão, pouco a pouco, fazer sua parte para que o projeto seja finalizado com
sucesso para o qual foi idealizado. Cada um destes profissionais precisa ter um plano de ação,
até para poder fazer um trabalho justo e correto em termos de material, mão-de-obra e tempo
de execução.
Muitas obras no Brasil são executadas artesanalmente, ou seja, sem nenhum
planejamento. No qual, o mesmo, é de fundamental importância, pois executar um projeto
implica em realizar algo que nunca foi feito antes. Sabemos que, principalmente na construção
civil, imprevistos não podem ser antecipados, mas com a experiência de planejadores e
engenheiros, é possível prever as principais situações recorrentes em obras e incluir no
planejamento as ações a serem tomadas caso elas ocorram.
Contudo, nem todos os empreendimentos são realmente planejados. Por conta de
muitas obras serem executadas artesanalmente, ou seja, sem ou com muito pouco planejamento,
sem garantia alguma do cumprimento de prazos estabelecidos e, muito menos, de orçamentos.
Segundo Mattos (2010) na construção civil pode ser detectada com facilidade a falta de um
planejamento ou sua realização de forma inadequada, sendo ainda mais efetiva esta postura em
obras de menor porte.
Tendo em vista que os planejamentos de uma obra são de suma importância para
conclusão da mesma. E que a falta dele trás inúmeras consequências tanto para a empresa,
quanto para o cliente e a sociedade. O que ocasiona a deficiência de um planejamento na
construção civil e quais as suas consequências?

1.3 Hipótese
H1: Quanto menor o conhecimento de projetos e planejamento na execução de uma
obra, maior serão as deficiências de um planejamento adequado.
H2: O menor planejamento de uma obra, ocasiona maior atraso na conclusão e entrega.
19

1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
Relacionar o que ocasiona a deficiência de um planejamento na construção civil e suas,
respectivas, consequências.
1..4.2 Objetivos específicos
Assinalar as deficiências na elaboração de um bom planejamento e suas consequências.
Identificar se o mau planejamento de uma obra é o principal motivo para ocasionar
seu atraso na conclusão e entrega.
Expor situações concretas de obras públicas, nas quais a ausência de planejamento,
ocasionou prejuízo financeiros para a sociedade, assim como impactou no andamento da obra.
Verificar que a existência de um bom planejamento é primordial para a execução de
qualquer projeto e para qualquer empresa.

1.5 Justificativa
A construção civil é um setor que envolve uma grande quantidade de variáveis, sendo
desenvolvido em um ambiente particularmente dinâmico e mutável, o que torna o
gerenciamento e planejamento de uma obra um trabalho complexo (MATTOS, 2010). No
entanto, ainda há muito improviso nos canteiros por todo o mundo. No contexto nacional,
muitas obras habitacionais ainda são executadas artesanalmente, ou seja, sem um planejamento
formal e sem garantia do cumprimento do prazo e orçamento previamente estabelecidos
(LIMMER, 1997).
Atualmente a competitividade no setor de construção civil exige das empresas
investimento em metodologia eficiente de planejamento e controle de obras, que permita
domínio pleno do projeto. O controle dos processos favorece a tomada de decisões pontuais,
racionalização dos custos, aumento da produtividade e melhoria da qualidade, com base no
conhecimento amplo das tarefas, recursos e prazos. (SILVA, 2015).
A busca pela melhoria da qualidade na construção civil deve estar associada à melhoria
do desempenho na produção da obra com um todo. Esse desempenho global envolve uma
complexa rede de variáveis e relações que se integram com interesses distintos. Isto é, uma rede
composta por diversos agentes com especialidades diferentes desde a concepção e gestão do
projeto, durante a sua execução até o pós-obra (LIMA; BRÍGITTE; CAMPOS; RUSCHEL,
2013).
A escolha do tema em estudo justifica-se por ser objeto de trabalho do autor desta
pesquisa e por verificar a necessidade de se ter um bom projeto de planejamento e controle de
20

uma obra, devido as enormes falhas e suas consequências encontradas atualmente na sua
execução. Observa-se que o planejamento de uma obra constitui, basicamente, um dos
principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. Além disso, o mesmo está
diretamente ligado a vários setores da empresa, consequentemente, interferindo em toadas as
etapas de execução da obra (LEONE, 2008).
O planejamento tem um importante papel definido dentro da gestão dos
empreendimentos, podendo variar dependendo do comportamento empresarial e carências de
cada organização. Dentro da função gerencial o planejamento é um item de grande importância,
ou seja, através do planejamento podemos elaborar um conjunto de processos, missões,
diretrizes e ações que serão implantados de acordo com o planejamento. O planejamento tem
como propósito precipitar as ocorrências que podem acontecer no decorrer da obra como por
exemplo atrasos e problemas na logística dos materiais (SILVA, 2011)
Atualmente as condições de planejamento e gerenciamento na construção civil são
precárias em relação aos outros setores de produção, por isso, vale ressaltar a importância de
ter um aperfeiçoamento nesta na área, aplicando as tecnologias disponíveis. Nesse processo de
evolução, têm sido encontradas barreiras culturais e organizacionais, e dificuldades nos
esforços voltados à qualidade nos canteiros de obras brasileiros. Notoriamente, a falta de
qualidade no processo de projeto constitui um dos principais obstáculos para o desenvolvimento
tecnológico e a modernização da indústria da construção. Diversos fatores de natureza gerencial,
organizacional, setorial ou até mesmo empresarial, mercadológica e educacional contribuem
para a formação deste quadro. (GRILO; PENÃ; SANTOS et al., 2003).
Portanto, esta pesquisa além dos objetivos citados anteriormente terá uma grande
contribuição para a Engenharia, como por exemplo, o conhecimento técnico. Sendo que, o
mesmo é o fator que sempre propulsiona o progresso material da vida humana. Pois é ele que,
juntamente com outros valores humanos, como os princípios éticos, por exemplo, determinará
os vitoriosos no mercado de trabalho tão competitivo que estamos testemunhando nestes 10
tempos. Entretanto, a falta de um bom planejamento é ocasionada, também, pela ausência de
profissionais qualificados e que estejam dispostos a trabalhar com ética e respeitando as
diretrizes estabelecidas (GONZÁLEZ, 2008).
Ballard (1994) ressalta a importância do planejamento e controle para melhorar a
produtividade, reduzir atrasos, apresentar melhor sequência de produção, balancear a
quantidade de mão de obra para o trabalho a ser produzido e coordenar múltiplas atividades
interdependentes. Dessa forma, verifica-se a importância de estudos acadêmicos dessa natureza,
21

que possam trazer informações importantes para que o tema volte a ser objeto de interesse de
pesquisadores e profissionais que atuam na área.
22

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Gerenciamento e Planejamento
O gerenciamento tem como parte crucial, para a sua correta implementação, a adoção e
prática de cinco métodos que são responsáveis pela descrição, organização e finalização de um
projeto. São eles: a iniciação, planejamento, execução, fiscalização e finalização. O método de
iniciação é responsável pela determinação do projeto e suas carências. Logo em seguida, vem
o método do planejamento tem como objetivo as ações que serão desempenhadas para realizar
o projeto. O método de execução tem como objetivo a gestão de pessoas e de matérias pelos
quais serão necessários a realização do projeto. O método de fiscalização, que ocorre
paralelamente ao de execução, tem como propósito fiscalizar e verificar o desempenho do
projeto apontando intervenções e correções, caso isso seja necessário. Finalmente, o método de
finalização que tem como característica a aceitação e recebimento do projeto (PMI, 2013).
Com o crescimento do mercado imobiliário, houve um aumento do número de
construtoras, além de favorecer as construtoras solidificadas no neste ramo. Com a alta
demanda dentro do setor da construção civil, os contratantes tornaram-se cada vez exigentes na
questão de qualidade, preço e o prazo para entrega. Com esse crescimento no mercado, as
construtoras com a finalidade de atender as exigências do contratante, visaram como saída o
investimento em planejamento, sabendo que com o gerenciamento do projeto é possível atender
as exigências de prazo, qualidade e custo, sendo esses os indicadores para o desempenho e
sucesso do empreendimento (SILVA, 2015).
Segundo Silva (2015), o tempo é um indicador fundamental que deve ser trabalhado
dentro do processo de gestão da construção civil, pois caso não seja bem aplicado pode
influenciar de forma negativa no andamento do projeto. Havendo uma má organização do
tempo há chances de fracasso do cronograma, ocasionando maior custo e aborrecimento aos
envolvidos, tendo respaldo também na qualidade do serviço. O cronograma e o tempo
funcionam de forma associada, sendo eles uma forma de visualizar o progresso ou tardamento
do projeto.
Mendes Jr. e López Vaca (1998) têm como premissa básica, a necessidade da
construção da edificação ser concluída no menor prazo possível e com os recursos disponíveis.
Também deve-se manter uma continuidade e constante produção das equipes no decorrer da
obra e que cada equipe tenha sempre uma tarefa atribuída.
Segundo Laufer e Tucker (1987), o planejamento pode ser dividido em três níveis
gerenciais: Estratégico corresponde a alta diretoria sendo bastante decisivo e servindo como
base para os outros níveis, o tático corresponde aos engenheiros de produção e que tem como
23

papel encontrar soluções e métodos que serão utilizados para executar a obra e o operacional
corresponde ao mestre de obra e os subempreiteiros e está ligada ao cotidiano do canteiro de
obra, ou seja, está relacionada aos assuntos referentes ao andamento da obra.
Dentro da construção civil, se torna comum a divisão do planejamento em prazos, para
se ter um melhor acompanhamento de suas atividades. O planejamento a longo prazo ou
planejamento estratégico funciona com ciclos de anos, onde se tem uma visão geral da
realização de um projeto, podendo identificar as deficiências e obstáculos de um projeto. O
planejamento tático ou a médio prazo é aplicado geralmente em um trimestre adiante, podendo
assim adaptar o planejamento a longo prazo, caso necessário. O planejamento a curto prazo é
realizado de forma diariamente ou semanalmente afim de mensurar a execução dos serviços
(NOGUEIRA FILHO et al, 2014).
Em conjunto com o desrespeito dos prazos pela falta de gerenciamento do tempo
também estão os custos que irá exceder no orçamento da obra. Também, os atrasos podem
ocorrer má qualidade de serviço que causará impacto nos custos, por causa dos reparos dos
serviços que foram mal executados (NARCISO, 2013).
Para se obter redução de gastos secundários, a busca para se obter melhoria nos métodos,
se dá como um fator essencial a qualidade, dentro dos projetos, existem gastos ausentes que são
sequelas pela falta de qualidade, que são resultados de desperdícios na execução do projeto e
também nas garantias, quando os serviços feitos apresentam falhas. Com isso, pode ser gerado
lucros para a empresa com os serviços que foram surgindo pela falta de qualidade (PINTO;
GOMES,2010).
A qualidade, nos últimos anos, começou a ser uma questão mais que técnica, uma
característica de estratégia. Logo, o mercado da construção civil passou a analisar cada vez mais
quem possuía e a punir quem não usava o controle de qualidade em seus serviços prestados.
Com isso, a meta seria aumentar a competitividade entre as empresas e buscar o
aperfeiçoamento de gerenciamento (FRAGA, 2011).
O assunto qualidade no mercado multinacional passou a ser uma questão indispensável
para que as firmas tivessem entre si a competitividade. Com isso, os dirigentes passaram a ser
responsáveis pela qualidade, tentando contornar os gastos desnecessários na construção civil,
assim obtendo menor custo (LUZ, 2011).
O gerenciamento de obra na construção civil desfrutou de uma grande necessidade de
aperfeiçoamento para poder aplicar em suas atividades de gestão e obter novas mudanças no
desenvolvimento de projetos, assim podendo gerenciar suas atividades em diversas áreas do
conhecimento (FONTENELE FILHO; CORREIA NETO, 2014).
24

O ramo da construção é ressaltado pelo seu conservadorismo, com isso é notável o


grande atraso presente nas atividades de gestão, mesmo alcançando resultados, mas que não
tem grandes melhorias devido a sua tradição. A administração tenta buscar gerenciar por meio
de um método previsível, inflexível e exato um setor que é imprevisível, incerto, mutável e
complexo (POLITO,2016).
A adoção de novas práticas e ferramentas que possam tornar mais fácil o correto
planejamento e gerenciamento de uma obra foi necessário devido atrasos no cronograma, custos
descontrolados e má qualidade do serviço, fatores que trazem constantes transtornos tanto para
contratantes como para empresas (NARCISO,2013).
Habitualmente atrasos em obras, custos excedentes ao orçamento e falhas na execução
do serviço se tornaram práticas corriqueiras no setor da construção civil, devido ao
conservadorismo e acomodamento do mesmo. Um bom planejamento e controle evitam
desperdícios e reduzem os gastos, pois trazem economia devido a correta utilização dos
materiais, além de facilitar a correta execução dos serviços (ALBERICO,2018).
Mesmo que as vantagens operacionais e econômicas de um planejamento se
apresentarem eficientes em construções de grande porte, é nítido que o estudo fundamentado
do layout e da logística do canteiro de obra devem ser uma das primeiras medidas a serem
tomadas, pois desta forma, se obtêm um máximo rendimento de materiais e mão de obra,
independente de qual seja o porte da obra. Logo, nota-se que o planejamento do canteiro de
obra deve ser, preliminarmente, feito antes da execução da obra sendo realizado de forma
metódica, seguindo o cronograma da construção (SAURIN,1997).
25

2.2. Obras Públicas


As obras públicas que são realizadas não dispõem de fins lucrativos e são bancadas
pelo dinheiro público e que tem por finalidade atender as necessidades da sociedade, sendo elas
reformas, construção, fabricação ou recuperação de um bem público da União. As podem ser
realizadas pelo o órgão público (sendo assim, uma forma direta), ou pode ser contratados
terceiros (forma indireta). O contrato feito por terceiros, podem ser através do preço total dos
serviços que serão prestados (empreitada global), por preço de unidades pré-determinados
(empreitada de preço unitário) ou por meio da empreitada mista que pode se configurar tanto
por preço global ou preço unitário, na qual o empreiteiro se responsabiliza pela mão de obra e
também pelos materiais até a entrega da obra, eximindo o contratante de qualquer
responsabilidade inclusive dos encargos trabalhistas (OLIVEIRA,2019).
Dentro do cenário da construção civil, as obras públicas tem sido bastante visada na
sociedade quando se trata de particularidades de patrimônio ambiental e disponibilidade social.
São bem recorrentes os protestos do povo quanto a questão de paralisação de obras pela carência
de recursos financeiros, exacerbamento de recursos ou desvios de dinheiro público. Tendo
exemplo, em 2011 a Controladoria-Geral da União divulgou um relatório detalhado de auditoria
realizada no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) em que foi constatado
um prejuízo de 312 milhões de reais na contratação e execução de obras sob o
comprometimento desta autonomia. Tendo essa análise, viu-se que está relativo as atividades
de planejamento e gerenciamento dos projetos, pois quanto mais meticuloso for, menor será o
desaproveitamento de recursos e tem-se uma melhoria da previsão da execução da obra (DA
SILVA et al,2017).
De qualquer forma, pode-se afirmar que existe uma presente pressão e imprecisão na
gestão dos projetos. As particularidades quem tem relação ao tempo, custo e quantitativo de
materiais, relativo a qualquer projeto, demandam experiência e entendimento técnico do
responsável do setor, visto que isso está muito ligado ao planejamento e tomadas de decisões
da entidade, sendo representada pelo governo. Os pareceres são complexos devido a sua
natureza, dúvida em particular, propostas incompatíveis e resultados diferentes do que foi
planejado. O conhecimento especializado do gestor tem um grande peso na tomada de decisão.
É de conhecimento que os recurso financeiros disponíveis não é suficiente para beneficiar todas
áreas sociais e econômicas ao ser executado uma única decisão. Por esse propósito, projetos
com desempenhos sociais econômicos otimizados, são necessários para obter uma gestão
eficiente dos recursos. Em relação ao aglomerado de projetos, a destinação de verbas se
apresentou como um problema crítico, pois a verba se tornou limitada para vários projetos,
26

ocasionando maior dificuldade na maior dificuldade na distribuição dos recursos.


(GONÇALVES et al, 2018).
O envolvimento do estado em projetos de obras públicas é um fator de grande relevância,
entretanto, tornou-se bastante negligenciado, sendo a baixa qualidade dos projetos uma
característica marcante das obras públicas. O projeto vem tendo um papel concreto e
indiscutível no ramo das atividades de construção civil dentro das obras públicas
(NOGUEIRA,2010).
É notável relação entre a péssima qualidade de alguns projetos com a forma em que é
feita o planejamento técnico pelos setores dos órgãos públicos, na qual o planejamento é feito
de forma negligente, onde as resoluções de problemas pendentes nas etapas do projeto são
realizadas durante a execução dos serviços, sendo considerado um “tiro no escuro”. Essas
consequências são vistas durante a execução da obra, quando as medições começam a atrasar –
as parcelas, os pedidos de prorrogações de prazo e os excessivos aditivos contratuais – fruto
das incertezas e negligências durante a confecção dos projetos, sendo que a resolução desses
problemas é feita no canteiro de obras (JUNIOR; FABRICIO,2011).
Vale frisar que, apesar das empresas privadas possuírem uma total liberdade de escolha
e gerenciamento dos processos de compra, transferência de projetos, contratação e execução de
obras e serviços, o Poder Público deve seguir uma sequência de processos normativos que estão
estabelecidos por meio da Lei Federal nº 8.666/93, em que essa sequência de processos é
definido como Licitação. Segundo Mello (2007), licitação é uma competição que as
organizações governamentais realizam e os concorrentes disputam entre si através de propostas
orçamentárias a competência para gerenciar os projetos. Dentre os orçamentos propostos são
escolhidos os mais econômicos e exequível.
Com isso, os projetos de engenharia e arquitetura são contratados por meio da licitação,
pois os setores dessas organizações não têm técnicos suficiente para executa-la, logo a atuação
desses, são através de fiscalizações dos projetos juntamente com o escritório da empresa
vencedora do processo, com um prazo de parceria estipulado pelo contrato (JUNIOR;
FABRICIO,2011).
Antes de iniciar a licitação, têm-se as etapas dos projetos. Na primeira etapa, que é
fase preliminar à licitação, é identificada as carências da sociedade, com isso faz-se um estudo
para ser determinado a melhor opção e recursos para atender os anseios daquele determinado
local, tendo em vista os aspectos técnico, econômico, social e ambiental, mas que por muitas
vezes é desprezado. Logo, na parte interna da licitação são confeccionados o edital e o projeto
básico, e se necessário, as licenças ambientais para realização da execução do projeto. Na fase
27

interna, é definida também o valor da obra que será executada, através do orçamento que está
relacionado aos serviços e os quantitativos que são uma base dos preços globais e unitários para
ser aceito pela Administração Pública (TCU, 2010).
A fase externa da licitação tem início após que o edital é lançado. São avaliados os
prazos mínimos legais, os impedimentos dos licitantes, habilitação das concorrentes, preços
globais e unitários, também são avaliados o cronograma físico-financeiro da empresa vencedora
com o orçamento feito com base da administração. Não constado nenhuma objeção à
contratação, é realizado a aprovação do resultado com o reconhecimento legal da licitação e a
responsabilidade para o licitante vencedor. Assim, com a assinatura do contrato é emitido a
ordem de serviço tendo início a fase contratual e encerrando-se após a entrega da obra. Dentro
do contrato deve constar as condições para a execução da obra, bem como os direitos, deveres
e responsabilidades das partes, conforme o processo de licitação (TCU,2010).

Figura 1- Fluxograma de procedimentos para licitação (Brasil. Tribunal de Contas da União,


2010)
28

2.2.1 Licitação e Legislação


Licitação é um trâmite onde a administração pública, divulga ao público todo o
processo de contratação de serviços diversos pelo poder público, compra de bens e materiais e
transferências de bens e materiais. As licitações são regulamentadas pela Lei Federal n o
8.666/1993 que argumenta sobre licitações e contratos da gerência pública, lei regida pelo artigo
37 da Constituição Federal (QUEIROZ, 2001).
As licitações tem como objetivo de preservar a imparcialidade no processo de escolha
entre os candidatos, sendo assim selecionando a melhor proposta para a administração pública.
Então é garantido um desenvolvimento nacional sustentável. A lei no 8.666/1993 apresenta uma
exceção em sua utilização sobre licitações, os objetos vindos de parcerias público e privadas
são regulamentadas pela Lei Federal no 11.079/2004 e há algumas licitações com regimes de
contratações públicas diferenciado são regulamentadas pela Lei Federal n o 12.462/2011
(LOBATO, 2015).
As licitações apresentam duas fases durante seu trâmite, a fase em que ocorre a
abertura do processo interno, onde é apresentado a autorização da licitação, a indicação do
objeto e de onde virá os recursos para execução do serviço (Fase Interna). E a fase onde se tem
início com a divulgação ao público do edital da licitação e encerra com a assinatura do contrato
para a execução do serviço (Fase Externa) (TCE PR, 2017).
De acordo com o art. 22 da Lei 8.666/1993 as modalidades licitatórias são divididas
em 5 modalidades, sendo elas:
Concorrência: Nessa modalidade é admitida a participação de qualquer concorrente
interessado, mas que satisfaçam as condições especificadas no edital. Em obras de engenharia
esse tipo de modalidade é utilizado em contratos acima de R$ 1,5 milhão e licitações em geral
acima de R$ 650 mil, é utilizada também na compra e venda de bens públicos.
Tomada de preços: Nesta modalidade os concorrentes devem estar devidamente cadastrados
ou devem atender a todas a condições para o cadastramento, deste meio é verificado os dados
dos concorrentes e se possuem a capacidade financeira e operacional para a prestação de
serviços. Esta modalidade é aplicada quando os serviços e obras são acima de R$ 150.000,00 e
até R$ 1.500.000,00.
Convite ou Carta convite: Esta modalidade tem como objetivo atender contratos de valor
reduzido. É uma modalidade simples e utilizada em momentos onde a compra precisa ser feita
com agilidade. São enviadas cartas a 3 empresas, que apresentaram as propostas dentro do prazo
estipulado. São aplicadas em contratos de obras e serviços de engenharia de até R$ 150.000,00.
29

Concurso: Esta modalidade é utilizada para realizar a escolha e premiação de trabalhos


técnicos, científicos ou artístico. Esta modalidade não é para a aquisição de bens e serviços e
os requisitos da licitação devem estar presentes no edital da licitação.
Leilão: Esta modalidade é usada para compra e venda de bens móveis, quando estão aprendidos,
inservíveis ou penhorados judicialmente. Neste tipo de modalidade o vencedor será o
concorrente que apresentar o maior lance.
No edital da licitação deve estar descrito seu regime de execução, que segundo a lei
8.666/1993 são:
Empreitada por preço global: Quando a contratação para execução da obra ou serviço se dá
pelo preço certo ou total do serviço.
Empreitada por preço unitário: Quando a contratação para execução da obra ou serviço se
dá por um preço certo das unidades escolhidas.
Tarefa: Quando ocorre a contratação de mão de obra para a execução de pequenos serviços por
um preço certo, pode ou não ter o fornecimento de materiais.
Empreitada integral: Quando ocorre a entrega integral do serviço ao contratado,
compreendendo todas as etapas da obra, serviços e instalações necessárias, tudo sobre total
responsabilidade do contratado até a sua entrega ao contratante.
Segundo a Lei nº8.666/1993, fundamenta os tipos de licitação: o menor preço, a
melhor técnica, técnica e preço. Dentro do edital da licitação deve ser abordado o tipo de
licitação que foi usado, sendo assim para selecionar a melhor proposta. Sobre os tipos de
licitação:
Menor preço: a licitante selecionada será aquela que ofertou o menor preço, desde de que a
proposta feita apresenta-se de acordo com as especificações do edital.
Melhor técnica ou técnica e preço: foi-se utilizado os serviços, especificamente intelectual,
sendo elaborado os projetos, cálculos, fiscalização, gerenciamento de engenharia, elaboração
de estudos técnicos e projetos básicos e executivos.
A Lei nº 8.666/93 dispõe o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, em que
estabelece normas para licitações e contratos da Administração Pública e entre outras medidas.
De acordo com Fernandes (2013), todos os mecanismos que devem ser realizados entre as
contratações de iniciativa pública com a privada para a execução de obras e serviços estão
descritos na Lei nº8.666/93. Tudo que foi acordado entre as partes, pública e privada, deve ser
feito por meio do processo licitatório, submetendo-se as medidas dessa mesma lei.
Na lei 8.666/1993 sobre licitações é determinada uma ordem para execução de obras
e prestação de serviços, começando com a execução do projeto básico, depois o executivo e pôr
30

fim a execução das obras e serviços. Há uma exceção no projeto executivo que pode ser
executado ao mesmo tempo em que é feito os serviços na obra, quando essa alternativa é
utilizada pela administração, as modificações e melhorias nos projetos e demais documentos
serão realizadas juntamente com a execução do serviço, o que leva geralmente, a adições no
contrato de prazos, recursos e outras modificações. A lei vem sendo melhorada, mas é criticada
por suas brechas que dão espaço, por exemplo, a atrasos no cronograma e pedidos de aditivos
para dar continuidade ao serviço.

2.3 Planejamento nos canteiros de obras


A construção civil está presente, desde os primórdios, nas atividades humanas e à
medida que esta evoluiu, os métodos para obtenção dos produtos foram refinados a fim de
facilitar e promover qualidade na produção de bens. Neste aspecto, o planejamento do canteiro
de obras é parte desta evolução no sentido de que sua aplicação representa melhorias no
processo de construção e para a edificação como parte do produto final deste processo. (ALVES,
2012).
O canteiro de obras é o local onde as atividades construtivas são desenvolvidas, junto
às atividades auxiliares da construção além das instalações provisórias inerentes ao processo
construtivo. Logo, temos o canteiro de obras como parte indispensável do processo e o estudo
de um projeto de planejamento deste também. (CESAR, 2011).
Conforme a NBR 12284 (ABNT, 1991), canteiro de obras é um espaço reservado a
execução dos serviços e apoio das atividades da construção civil, sendo repartida entre áreas de
operação e vivência. Os espaços operacionais são aqueles onde serão realizados os processos
executivos da obra ligados diretamente à produção. Os espaços de vivência são destinados para
atividades essenciais humanas, como: a alimentação, repouso, entretenimento, asseio, convívio
e ambulatórios caso sejam necessários, e são espaços onde devem ser separados para melhor
otimização da obra.
O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do
layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de
movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição
do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem.
(NABACK, 2008).
O planejamento do canteiro de obras tem como objetivo a otimização do espaço que
poderá ser utilizado e a organização das partes que o compõe, de feitio que os trabalhos possam
31

ser executados com maior efetividade e garantia. Segundo Tommelein (1992) os objetivos do
planejamento do canteiro de obra podem ser divididos em dois grupos:
• Grupo de alto nível: proporcionar trabalhos competentes e confiáveis e certificar
os incentivos dos trabalhadores;
• Grupo de Baixo Nível: otimizar os trajetos e tempo de translado dos
trabalhadores e materiais de modo que melhora o tempo de produtividade evitando
procrastinações;
O planejamento do canteiro, em particular, tem sido um dos aspectos mais
negligenciados na indústria da construção, sendo que as decisões são tomadas à medida que os
problemas surgem no decorrer da execução (HANDA, 1988). Em consequência, os canteiros
de obras muitas vezes deixam a desejar em termos de organização e segurança, fazendo com
que, longe de criarem uma imagem positiva das empresas no mercado, recomendem distância
aos clientes. (SAURIN; FORMOSO, 2006).
Um fator importante a ser observado é que, apesar do planejamento do canteiro de
obras trazer grandes proveitos para a obra e empreiteira, dificilmente são associados ao bom
planejamento de obras, mesmo que seja de pleno conhecimento popular que traga bons
resultados (Tommelein, 1992).
Um ponto importante citado por Tommelein (1992), é que mesmo que traga grandes
privilégios tanto para a obra que se está executando e também para a empreendimento, tem-se
uma grande dificuldade para atribuir e quantificar os ganhos e economias para o planejamento,
mesmo com bons resultados.
Possivelmente por esta razão, que várias vezes o planejamento é executado de forma
desleixada, ou se é feito de acordo com a experiência e técnica de profissionais, que realizam
de forma particular os critérios e fazem com que o canteiro de obra tenha mais a sua “cara”,
que foge da concordância com a filosofia da empreiteira. Entretanto não é algo condenável,
porém não deve ser estimulado, pelo fato que se os bons resultados vieram através de um
planejamento feito com experiência pessoal, este podem ficar preso na fonte e não serem
assimilados pela empresa e difundidos entre os outros profissionais da mesma (MAIA e
SOUZA,2003).
Pode-se afirmar que o planejamento da obra é um dos principais aspectos da gestão,
que envolve também o orçamento, o relacionamento com os fornecedores, a gerência de pessoas,
entre outros. Para planejar, o gestor da obra busca priorizar as ações críticas para o bom
andamento do processo, ao mesmo tempo em que leva em consideração aspectos logísticos e
regionais de onde a obra se encontra. Ao mais, o acompanhamento também deve estar incluso
32

no planejamento da obra, de forma a comparar o estágio da obra com a linha de base de


referência, tomando providências caso algum atraso seja detectado. Dessa forma, se tem o
planejamento de forma contínua e dinâmica ao longo da toda a obra. (FILHO; MENDES, 2017)
De acordo com Frankenfeld (2006), o planejamento do layout envolve a definição do
arranjo físico dos trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem.
Adicionalmente, o planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o
planejamento do layout e das logísticas das instalações provisórias, instalações de seguranças e
sistema de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento da logística do
canteiro, por outro lado, buscar estabelecer condições de infraestrutura para o desenvolvimento
do processo produtivo, como condições de armazenamento e transporte de cada material, áreas
de lazer, dormitórios ou ambulatório, caso necessário.
Na visão de Oliveira e Serra (2006), ao projetar o canteiro deve-se levar em
consideração os diferentes aspectos que a mesma apresenta em relação à função dos materiais,
equipamentos, instrumentos, trabalhadores e da própria fase em que se encontra a obra no
decorrer do seu desenvolvimento. Por consequência, deve-se obter a melhor organização e
disposição para cada elemento no momento em que este seja necessário, resultando em
utilização eficaz de espaço de tempo.
Para Franco (1992), é importante que o arranjo do canteiro de obras seja feito por um
projeto cuidadosamente elaborado e que contemple a execução do empreendimento como um
todo, prevendo as diferentes etapas da obra e as necessidades e condicionantes para cada uma
delas.
Portanto, pode-se afirmar que o projeto do canteiro de obras deve ser o mais
apropriado possível para o espaço e a região em que se encontra, sendo muitas vezes necessário
o desenvolvimento de uma metodologia pré-estabelecida. Um método para a definição do
arranjo físico dos elementos do canteiro consiste na elaboração da uma lista de critérios a serem
satisfeitos (MAIA e SOUZA, 2003).
São eles: acessibilidade, facilidade para a movimentação de materiais e de pessoal,
interferência entre os fluxos, confiabilidade dos equipamentos, qualidade da estocagem,
segurança patrimonial, segurança da mão-de-obra, flexibilidade, estética e marketing, interação
administração e produção, salubridade e motivação do operário e custo. (GEHBAUER, 2002).
Adicionalmente, deve-se buscar minimizar as interferências entre os setores de
produção, as áreas de vivência e áreas administrativas do canteiro de obras, privilegiando a
qualidade de vida no trabalho juntamente com a produtividade e qualidade dos serviços. Deve-
33

se, consequentemente, avaliar a capacidade dos sistemas de atender à produção, ao mesmo


tempo em que considerando o custo das alternativas para o sistema adotado (CESAR, 2011).
Segundo Alves (2012), para atender aos propósitos do seu canteiro, o gestor da obra
necessita de informações suficientes sobre a sua produção e sobre o objeto que será construído,
para poder montar uma logística.
Contudo, o canteiro de obras é imprescindível para a construção civil, é importante
buscar o seu planejamento e dimensionamento junto com a etapa de projeto da obra em si.
Dessa forma, torna-se menor o risco de imprevistos e surpresas ao decorrer da obra. O canteiro
de obras pode ser entendido como a “fábrica da obra” e, dessa forma, ser projetado de acordo
com os princípios da organização e administração da produção. (ILLINGWORTH, 1993)
Portanto, faz-se necessário, analisar primeiramente alguns aspectos para a implantação
do canteiro. O planejamento da obra influenciará, de forma direta, nesta análise, observando
que as etapas da construção resultarão em diversas tarefas com logísticas diferentes e o meio
em que tais serão executadas deve atender de forma eficaz as necessidades destes processos,
com o objetivo de minimizar os percursos de transportes de cargas dos materiais, conferindo
fluidez aos fluxos e velocidade à obra. (FILHO; MENDES, 2017).

2.4 Causas das deficiências de um planejamento na construção civil e as suas


consequências
O planejamento da obra permite que o gestor adquira um elevado grau de
conhecimento do empreendimento, sendo assim mais eficiente na condução de seus trabalhos.
Um fator relevante no setor da construção civil no Brasil é o fato de a maioria das empresas,
principalmente as de médio e pequeno porte, não terem planejamento ou fazerem um
planejamento mal feito de seus empreendimentos (MATTOS, 2010).
Na última década, muitas empresas têm procurado tornarem-se mais competitivas por
meio de implantação de novas tecnologias construtivas e pela restauração organizacional e
gerencial. Nesse processo de mudança é natural que ocorra resistência principalmente dos
profissionais ligados a alta gerência (TOLEDO, 2001).
Muitas obras de construção civil ainda são executadas com base na experiência, a
maioria dos profissionais do campo da construção não se preocupa com o controle de execução
do projeto, no máximo, usam sistemas informais para controlar a chegada e saída de matérias
na obra. Quando ao controle de execução, são raros os casos de controle formalizado. Ocorre
normalmente um controle informal, realizado pelo mestre de obras e encarregado,
extremamente variável de um profissional para outro (SCARDOELLI, 1995).
34

Para Formoso (2001), deficiências no planejamento e controle estão entre as


principais causas da baixa produtividade do setor da construção civil, de suas elevadas perdas
e da baixa qualidade de seus produtos. De fato, um bom planejamento é essencial para melhorar
a produtividade, reduzir atrasos, apresentar a melhor sequência de produção, balancear a
necessidade de mão de obra para o trabalho a ser produzido e coordenar múltiplas atividades
interdependentes (MAGALHÃES; MELLO; BANDEIRA, 2017).
Entretanto, para um bom planejamento requer que vários obstáculos da indústria da
construção sejam superados, tais como: gerenciamento focado no controle das falhas, ao invés
de focado nos avanços; planejamento não concebido como um sistema; planejamento
considerado apenas como um cronograma; ausência de medição do desempenho de análise; e
correção das falhas do planejamento (BALLARD, 1994). Para Souza e Melhado (2003) a
ocorrência de problemas envolvendo planejamento pode ter origem em três tipos de deficiências:
• Deficiências ligadas ao projeto: falta de detalhamento das soluções e da gerencia
entre as etapas de projeto; deficiências no detalhamento dos projetos para produção elaborados
nas fases de preparação e de execução; problemas causados por falhas ou falta de comunicação
ou de informações.
• Deficiências ligadas ao relacionamento entre agentes: problemas envolvendo as
relações entre execução de obras de infraestrutura e de edificações, entre outros.
• Deficiências ligadas aos métodos de coordenação: falta de experiência ou de
interesse por parte do coordenador da execução de obras; como também a adoção de métodos
de coordenação inadequados ou pouco eficazes.
Segundo Birrel apud Coelho (1998), a maior dificuldade para o planejamento dos
serviços na construção civil, no qual diferencia das outras indústrias, é o processo de construção
realizada em várias linhas de fluxos, cada 14 uma contendo uma equipe que se movimenta em
um conjunto de locações (o mesmo conjunto para todas as equipes). Assim o funcionário se
movimenta e o produto é estático. Isto faz com que muitos métodos utilizados na indústria
seriada não possam ser aplicados com êxito na construção civil.
Segundo Oliveira e Melhado (2006), verifica-se uma enorme discordância entre as
atividades de projeto e construção, em que o projeto é entendido como um instrumento isolado,
comprimindo-se seu prazo e custo, e com isso, recebe um aprofundamento mínimo, de tal forma
que grande parte das decisões é adiada para a fase de execução das obras.
Assumpção (1998) ressalta que grande parte das empresas da construção civil,
principalmente dos pequenos e médios portes, não possui sistemas de gerenciamento e
35

planejamento de obras, ou quando possuem, são sistemas básicos, desprovidos de uma base
conceitual e desenvolvidos a partir da experiência dos profissionais envolvidos.
Sendo assim, essa falta de integração entre as atividades de projetar e construir provoca
uma série de desperdícios e patologias. Serviços refeitos e alterações improvisadas, decorrentes
de projetos não compatibilizados, a ausência de detalhes nos projetos, e as decisões tomadas
por pessoas não capacitadas ou em momentos inadequados são frequentes. Além do mais, a
grande quantidade de informações geradas ao longo das fases de projeto e execução é perdida
devido à ausência de uma efetiva coordenação dessas atividades (SOUZA, 2001).
Oliveira (2000) observa os dados básicos para a programação: lista de atividades,
precedências e durações estimadas. A lista de atividades é a lista de serviços a serem executados
de uma maneira mais bem agrupada; suas precedências são serviços que só poderão ser
realizados se o anterior da lista já estiver concluído. A duração estimada será o tempo de
execução de cada atividade.
É necessário ter o grau de detalhamento correto para obter um bom planejamento,
devendo ser suficientemente detalhado, de forma a auxiliar a orientação de todas as atividades
que serão executadas na obra em todas as suas fases; por outro lado, o detalhamento excessivo
pode ter consequências indesejadas conforme (LAUFER e TUCKER, 1987).
Para Nocêra (2011), a qualidade e o grau de benefícios obtidos com o planejamento
de um projeto são fatores ligados diretamente a eficácia da implementação deste planejamento
e ao acompanhamento da aplicação das atividades planejadas. A implantação dos processos de
planejamento exige esforço e acompanhamento adequado para disponibilizar à equipe de
execução uma visão clara de como e quando o trabalho deve ser feito, em que condições e em
qual custo. Caso contrário, um planejamento inadequado ou não realista faz com que o projeto
desvie dos objetivos definidos, muitas vezes, causando prejuízo ou até tornado o próprio projeto
inadequado ou inaceitável.
O aprofundamento com que o planejamento é realizado deve estar condizente com o
projeto onde o mesmo será aplicado, quando realizado em obra de maior valor tende à escolha
de um sistema de gestão com maior critério. O gerenciamento tem a finalidade de reter erros
minimizando os prejuízos e o aumento total no custo final da obra. (CARVALHO, 2006).
Bernardes (2003) afirma que a precisão do planejamento deve acompanhar o horizonte
dos planos, devendo ser de maior detalhe de acordo com a proximidade de sua realização.
Sistemas de planejamentos muito detalhados onde há uma grande imprecisão presente devem
se tornar ineficientes com facilidade. Para amenizar o impacto gerado pelo grau de incerteza
36

nos planos são utilizados buffers, que devem ser dimensionados de acordo com os graus de
incertezas.
37

3. METODOLOGIA
3.1 Procedimentos metodológicos
A identificação de um problema que não tenha sido solucionado satisfatoriamente e
que seja relevante para uma área do conhecimento representa o ponto de partida de uma
pesquisa científica. A partir da correta formulação do problema, determina-se como a pesquisa
deverá ser desenvolvida. Para se tornar mais concreto, o problema transforma-se em questões
de pesquisa que serão investigadas e solucionadas (SILVA & MENEZES, 2001).
Minayo (2007) define metodologia de forma abrangente e concomitante como a
discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o tema ou o objeto de
investigação requer; como a apresentação adequada e justificada dos métodos, técnicas e dos
instrumentos operativos que devem ser utilizados para as buscas relativas às indagações da
investigação e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica
na forma de articular teoria, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer
outro tipo específico de resposta às indagações específicas.
As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno;
hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o
global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e
o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores,
suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos
possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as
ciências (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
A busca de qualidade nos canteiros de obras passa pela adoção de estratégias de
produção. Além de estratégias de gestão da produtividade, da organização do trabalho,
treinamento, motivação dos recursos humanos e da adoção de inovações tecnológicas, o
planejamento e o controle podem garantir a melhoria do desempenho do esforço construtivo.
Nas estratégias relativas à programação das obras são destacadas aquelas que irão determinar a
duração, o ritmo e ordem com que os trabalhos serão executados. A definição da intensidade
na a locação de recursos é uma estratégia que depende da disponibilidade financeira do
empreendedor e é recomendável que os recursos fiquem nivelados, isto é ,sejam alocados de
forma constante para evitar perdas com mobilização e desmobilização. (HEINECK, 1996)
Segundo, Vergara (1998) a pesquisa descritiva expõe características de determinada
população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis
e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora
sirva de base para tal explicação. A pesquisa descritiva foi utilizada neste estudo de caso para
38

descrever as características da empresa quanto ao assunto do mesmo, para que assim se busque
uma solução aos problemas nele contido.
O objetivo da pesquisa baseia-se em avaliar todos os tipos de obra e relacionar as
diretrizes para um bom planejamento das mesmas, no intuito de orientar os clientes e os
profissionais envolvidos no processo de construção, tais como, projetistas, incorporadores,
engenheiros, fornecedores, etc. Tentar criar um modelo que envolva todos os agentes do
processo, na busca pela melhor solução em quase todas as etapas diferenciadas do ciclo de vida
do empreendimento (VILHENA, 2007).
O trabalho apresentado terá como procedimento o estudo de caso que de acordo com
Gil (2010) é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e
sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que
permita seu amplo e detalhado conhecimento.
Já Vergara (1998) conceitua estudo de caso como o circunscrito a uma ou poucas
unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão
público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento.
Pode ou não ser realizado no campo.

3.2 População e amostra

A metodologia empregada nesse trabalho, primeiramente aborda a descrição das


visitas técnicas e onde o estudo foi realizado, e em seguida, o delineamento da pesquisa,
descrevendo as etapas desenvolvidas durante a pesquisa e as ferramentas utilizadas para coleta
dos dados.
O estudo vai ser baseado em uma metodologia dividida nas seguintes atividades: a
percepção, onde se notou que umas das maiores deficiências da construção civil é a falta de um
bom planejamento; a organização, nesta etapa, elabora-se a organização das ações, faz-se uma
análise crítica das informações obtidas na primeira etapa. É nesta etapa que se realiza pesquisas
em estudos já elaborados e faz-se especulações; estudo de caso, no qual realiza-se uma visita
de obra pública para levantamento de novas especulações. Poderão surgir inovações, novas
metodologias, de acordo com as avaliações dos resultados. Serão colocadas em evidência novas
contradições, que serão à base da realização dos novos processos de ação profissional.
39

3.3 Procedimento de coleta de dados

Andrade (2010) escreve que para a coleta de dados deve-se elaborar um plano que
especifique os pontos de pesquisa e os critérios para a seleção dos possíveis entrevistados e dos
informantes que responderão aos questionários ou formulários. A coleta de dados constitui uma
etapa importantíssima da pesquisa de campo, mas não deve ser confundida com a pesquisa
propriamente dita. Os dados coletados serão posteriormente elaborados, analisados,
interpretados e chegar-se a uma conclusão.
A pesquisa desenvolvida vai ser utilizado uma obra pública como estudo, verificando
a importância de um bom planejamento para o funcionamento na obra. E observando as
dificuldades para obter o mesmo.

3.4 Procedimentos de análise de dados


A análise e interpretação constituem dois processos distintos, mas inter-relacionados.
Esses processos variam significativamente, de acordo com o tipo de pesquisa. Inicia-se a análise
pela apresentação e descrição dos dados coletados. Através da análise procura-se verificar as
relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores; os limites da validade dessas
relações; buscam-se, também, esclarecimentos sobre a origem das relações. A interpretação
procura um sentido mais amplo nas respostas, estabelecendo uma rede de ligações entre os
resultados da pesquisa, que são cotejados com outros conhecimentos anteriormente adquiridos
(ANDRADE, 2010).
Portanto, a análise teve como objetivo preparar os dados para extrair as respostas dos
problemas propostos, a interpretação ligou conhecimentos já elaborados com o resultado da
pesquisa dando maior sentido nas respostas. Diante disto, a análise do presente trabalho seguiu
a seguinte ordem:
• Fundamentação teórica sobre o assunto em estudo;
• Coleta dos dados através de visita técnica;
40

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste trabalho está sendo abordado, as causas e as consequências da falta de


planejamento em uma obra de uma edificação. Será abordado como estudo de caso uma obra
pública que é regida pela Lei N° 8.666/1993.
A Edificação que será abordada neste trabalho será um edifício da Unidade
Operacional de Policiamento da Instituição da Policia Rodoviária Federal. Tem como
localização na BR 316, no sentido de Teresina-PI para Demerval Lobão-PI, em frente ao Parque
de Vaquejada Arrocho o Nó. A licitação da obra adotou a modalidade de concorrência e o tipo
de empreitada “menor preço global”.

4.1 Orçamento da Obra


A obra teve como início o dia 18 de setembro de 2019, com previsão para execução
dentro do período de 15 meses e deveria ser entregue no início de janeiro de 2021. A obra da
Polícia Rodoviária Federal foi orçada pela empresa vencedora da licitação em R$ 2.707.636,78
(dois milhões e setecentos e sete mil e seiscentos e trinta e seis reais e setenta e oito centavos),
em que os seus projetos foram desenvolvidos para suprir as necessidades da cidade de Bom
Jesus-PI, mas que dentro de sua planilha orçamentária foi previsto a sua readequação para ser
executada em Teresina-PI.
Na tabela abaixo, no item 1.1 - Despesas e administração da obra, também houve um
pedido de aditivo nos itens descritos, pois como houve uma readequação do projeto o
quantitativo que como por exemplo, o consumo mensal de água e energia estava estimado para
12 meses, sendo que a execução da obra estava prevista para 15 meses.
41

Tabela 1: Despesas e administração da obra (item 1.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Consumo mensal de
1.1.3.1 Mês 12 R$ 362,22 R$ 5.308,15
água para construção
Consumo mensal de
1.1.3.2 energia elétrica para Mês 12 R$ 1.315,01 R$ 19.270,73
construção
Engenheiro Civil de
obra pleno com
1.1.4.1 H 720 R$ 65,07 R$ 57.209,31
encargos
complementares
Encarregado geral de
1.1.4.2 obra com encargos Mês 12 R$ 3.155,91 R$ 46.247,94
complementares
Vigia noturno com
1.1.4.3 encargos H 4320 R$ 11,23 R$ 59.234,26
complementares
1.1.6.1 Limpeza geral de obra Mês 12 R$ 411,32 R$ 6.027,65

Fonte: Orçamento obra da PRF

Tabela 2: Aditivos e supressões item 1.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
1.1.3.1 - - 3 R$ 1.327,04 15 R$ 6.635,19
1.1.3.2 - - 3 R$ 4.817,68 15 R$ 24.088,41
1.1.4.1 - - 180 R$ 14.302,33 900 R$ 71.511,64
1.1.4.2 - - 3 R$ 11.561,98 15 R$ 57.809,92
1.1.4.3 - - 1.080 R$ 14.808,56 5.400 R$ 74.042,82
1.1.6.1 - - 3 R$ 1.506,91 15 R$ 7.534,56
Total Aditivo R$ 48.324,50

Fonte: Orçamento obra da PRF

Com a realocação dos projetos para a cidade de Teresina-PI, não fizeram novos estudos
preliminares que poderiam faltar dentro do orçamento para a execução do serviço. De acordo
com o orçamento, dentro do item de Terraplenagem foi estimado para o serviço de aterro cerca
de 15 m³ aproximadamente de argila, porém ao chegar na localização do serviço para serem
efetuados, viu-se que era necessária uma quantidade bem maior do que foi previsto no
orçamento.
Conforme a tabela abaixo, é visto que foi feito o pedido o aditivo no item da
terraplenagem já de início na execução de serviços, pois na cidade de Bom Jesus-PI o aterro
previsto era menor do que foi necessário para cidade de Teresina-PI. Esse aditivo teve como
causa a realocação do projeto, onde em Bom Jesus não se havia grande necessidade de aterro e
após a realocação não fizeram os estudos devidos da topografia da região ao qual foi realocado.
42

Logo se observou-se que foi preciso aterro tanto do lado esquerdo de quem segue a trajetória
no sentido de Teresina-PI para Demerval Lobão PI tanto do lado direito do mesmo trajeto.

Tabela 3: Terraplanagem (item 2.1, lado direito)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Ensaios de base
2.1.5 estabilizada m³ 1,2 - -
granulometricamente
Ensaio de compactação -
2.1.6 amostras trabalhadas - un 112,88 - -
solos
Serviços topográficos
para pavimentação,
inclusive notas de
2.1.8 m² 0,25 - -
serviço,
acompanhamento e
greide
Argila ou barro para
2.1.10 aterro/reaterro (retirado m³ 10,72 - -
na jazida sem transporte)
Carga e descarga
mecânica de solo
utilizando caminhão
basculante 6,0 m³/16t e
2.1.11 pa carregadeira sobre m³ 1,17 - -
pneus 128 HP,
capacidade da caçamba
1,7 a 2,8 m³, peso
operacional 11.632 KG
Transporte local com
caminhão basculante 6
2.1.12 m³, rodovia pavimentada m³ x km 1,04 - -
(para distâncias
superiores a 4 KM)
Espalhamento de
material de 1a categoria
2.1.13 m³ 1,13 - -
com trator de esteira com
153 HP
Compactação mecânica a
2.1.14 95% do proctor normal - m³ 2,04 - -
pavimentação urbana
Grama capim de burro/
2.1.16 m² 6,73 - -
Papuan

Fonte: Orçamento obra da PRF

Tabela 4: Aditivos e supressões item 2.1 lado direto


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
2.1.5 - - 7.395,20 R$ 10.810,13 7.395,20 R$ 10.810,13
2.1.6 - - 8,00 R$ 1.102,61 8,00 R$ 1.102,61
2.1.8 - - 8.000,00 R$ 2.461,94 8.000,00 R$ 2.461,94
2.1.10 - - 7.395,20 R$ 96.785,42 7.395,20 R$ 96.785,42
2.1.11 - - 7.395,20 R$ 10.557,26 7.395,20 R$ 10.557,26
2.1.12 - - 29.580,80 R$ 37.677,41 29.580,80 R$ 37.677,41
2.1.13 7.395,20 R$ 10.177,96 7.395,20 R$ 10.177,96
2.1.14 7.395,20 R$ 18.396,18 7.395,20 R$ 18.396,18
2.1.16 106,40 R$ 874,08 106,40 R$ 874,08
Total Aditivo R$ 188.842,99

Fonte: Orçamento obra da PRF


43

Conforme dito anteriormente, o orçamento de terraplenagem foi dividido em duas


partes, lado esquerdo e lado direito. Na tabela abaixo, representa o orçamento feito para
terraplenagem do lado esquerdo, no sentido de quem vai de Teresina- Demerval Lobão.

Tabela 5: Terraplanagem (item 2.1, lado esquerdo)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Ensaios de base estabilizada
granulometricamente
2.1.19 m³ 1,2 - -

Ensaio de compactação -
amostras trabalhadas - solos
2.1.20 un 112,88 - -

Serviços topográficos para


pavimentação, inclusive notas
2.1.22 de serviço, acompanhamento e m² 0,25 - -
greide

Argila ou barro para


aterro/reaterro (retirado na
2.1.24 jazida sem transporte) m³ 10,72 - -

Carga e descarga mecânica de


solo utilizando caminhão
basculante 6,0 m³/16t e pa
carregadeira sobre pneus 128
2.1.25 HP, capacidade da caçamba 1,7 m³ 1,17 - -
a 2,8 m³, peso operacional
11.632 KG

Transporte local com caminhão


basculante 6 m³, rodovia
pavimentada (para distâncias
2.1.26 superiores a 4 KM) m³ x km 1,04 - -

Espalhamento de material de 1a
categoria com trator de esteira
2.1.27 com 153 HP m³ 1,13 - -

Compactação mecânica a 95%


do proctor normal -
2.1.28 m³ 2,04 - -
pavimentação urbana

Grama capim de burro/ Papuan


2.1.30 m² 6,73 - -

Fonte: Orçamento obra da PRF


44

Tabela 6: Aditivos e supressões item 2.1, lado esquerdo


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
2.1.19 - - 4.313,70 R$ 6.305,66 4.313,70 R$ 6.305,66
2.1.20 - - 5,00 R$ 689,26 5,00 R$ 689,26
2.1.22 - - 8.000,00 R$ 2.461,94 8.000,00 R$ 2.461,94
2.1.24 - - 4.313,70 R$ 56.455,98 4.313,70 R$ 56.455,98
2.1.25 - - 4.313,70 R$ 6.128,16 4.313,70 R$ 6.128,16
2.1.26 - - 17.254,80 R$ 21.977,64 17.254,80 R$ 21.977,64
2.1.27 - - 4.313,70 R$ 5.936,91 4.313,70 R$ 5.936,91
2.1.28 - - 4.313,70 R$ 10.730,69 4.313,70 R$ 10.730,69
2.1.30 - - 106,40 R$ 874,08 106,40 R$ 874,08
Total Aditivo R$ 111.560,32
Fonte: Orçamento obra da PRF
No item de 3.1 – Infraestrutura UOP (Unidade Operacional de Policiamento) e garagem,
houve pedido de supressão dos itens que constituíam a fundação da garagem e UOP, onde seria
executada por meio da estaca hélice contínua, prevista na licitação.
45

Tabela 7: Infraestrutura UOP e garagem (item 3.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Estaca hélice continua, diâmetro de
30 cm, comprimento total até 15 m,
3.1.1.1 perfuratriz com torque de 170 kN.m m 450,70 R$ 38,51 R$ 21.194,05
(inclusive mobilização e
desmobilização). AF_02/2015
Armação de estruturas de concreto
armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.1.3 e fundações, utilizando aço CA-60 kg 162,90 R$ 6,97 R$ 1.386,96
de 5,0 mm. Montagem AF_12/2015

Armação de estruturas de concreto


armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.1.4 kg 348,00 R$ 5,74 R$ 2.439,37
e fundações, utilizando aço CA-50
de 8,0 mm. Montagem AF_12/2015
Concreto fck = 20 MPa, traço
1:2,7:3 (cimento/ aréia média/ brita
3.1.2.1 m³ 25,86 R$ 207,96 R$ 6.567,30
1) - Preparo mecânico com
betoneira 400l AF_07/2016
Lançamento com uso de baldes,
adensamento e acabamento de
3.1.2.2 m³ 25,86 R$ 105,95 R$ 2.739,74
concreto em estruturas. AF_12/2015

Armação de estruturas de concreto


armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.2.3 kg 259,20 R$ 6,97 R$ 2.206,88
e fundações, utilizando aço CA-60
de 5,0 mm. Montagem AF_12/2015
Armação de estruturas de concreto
armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.2.4 kg 75,70 R$ 5,74 R$ 530,64
e fundações, utilizando aço CA-50
de 8,0 mm. Montagem AF_12/2015
Armação de estruturas de concreto
armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.2.5 e fundações, utilizando aço CA-50 kg 161,60 R$ 4,66 R$ 920,03
de 10,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Armação de estruturas de concreto
armado, exceto vigas, pilares, lajes
3.1.2.6 e fundações, utilizando aço CA-50 kg - R$ 4,12 -
de 12,5 mm. Montagem
AF_12/2015
Fabricação, montagem e
desmontagem de fôrma para bloco
3.1.2.7 de coroamento, em madeira serrada, m² 101,67 R$ 36,94 R$ 4.586,33
E=25 mm, 4 utilizações.
AF_06/2017
Escavação manual solo de 1a
3.1.2.8 m³ - R$ 19,59 -
categoria profundidade até 1,50m
Desmoldante protetor para fôrmas
3.1.2.9 de madeira, de base oleosa m² 101,67 R$ 7,99 R$ 992,53
emulsionada em água

Fonte: Orçamento obra da PRF


46

Tabela 8: Aditivos e supressões item 3.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
3.1.1.1 450,70 R$ 21.194,05 - - - -
3.1.1.3 162,90 R$ 1.386,96 - - - -
3.1.1.4 348,00 R$ 2.439,37 - - - -
3.1.2.1 11,58 R$ 2.940,81 - - 14,28 R$ 3.626,49
3.1.2.2 11,58 R$ 1.498,22 - - 14,28 R$ 1.847,55
3.1.2.3 164,55 R$ 1.401,04 - - 94,65 R$ 805,85
3.1.2.4 75,70 R$ 530,63 - - - -
3.1.2.5 - - 234,40 R$ 1.334,49 396,00 R$ 2.254,52
3.1.2.6 - - 26,51 R$ 133,23 26,51 R$ 133,23
3.1.2.7 34,88 R$ 1.573,49 - - 66,79 R$ 3.012,90
3.1.2.8 - - 73,08 R$ 1.747,95 73,08 R$ 1.747,95
3.1.2.9 101,67 R$ 992,53 - - - -
total supressão R$ 33.957,10 total aditivo R$ 3.215,67

Fonte: Orçamento obra da PRF

Com a supressão no orçamento, houve uma substituição da fundação que seria


utilizada inicialmente na licitação, onde era previsto a utilização de fundações profundas (estaca
hélice contínua), sendo substituída por fundações rasas (sapata).
Houve um pedido de aditivo no item 4.1 - Infraestrutura da Plataforma de Fiscalização,
onde também ocorreu a mudança da fundação profunda (estaca hélice contínua) por uma
fundação rasa (sapata). Logo, houve uma supressão nos itens que compõe o orçamento da
fundação profunda, com consequência foi realizado uma adição de itens para a execução da
fundação rasa, que é mostrado na tabela a seguir.
47

Tabela 9: Infraestrutura da Plataforma de Fiscalização (item 4.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Estaca hélice continua,
diâmetro de 30 cm,
comprimento total até 15 m,
4.1.3.1 perfuratriz com torque de 170 m 366,20 R$ 38,51 R$ 17.220,46
kN.m (inclusive mobilização e
desmobilização). AF_02/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
4.1.3.2 kg 157,20 R$ 6,97 R$ 1.096,00
fundações, utilizando aço CA-
60 de 5,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
4.1.3.3 vigas, pilares, lajes e kg 336,00 R$ 5,74 R$ 2.355,26
fundações, utilizando aço CA-
50 de 8,0 mm. Montagem
ConcretoAF_12/2015
fck = 20 MPa, traço
1:2,7:3 (cimento/ aréia média/
4.1.7.1 brita 1) - Preparo mecânico m³ 11,25 R$ 207,96 R$ 2.857,00
com betoneira 400l
AF_07/2016
Lançamento com uso de
baldes, adensamento e
4.1.7.2 m³ 11,25 R$ 105,95 R$ 1.455,53
acabamento de concreto em
estruturas. AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
4.1.7.4 kg 241,50 R$ 6,97 R$ 2.056,18
fundações, utilizando aço CA-
50 de 10,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
4.1.7.5 vigas, pilares, lajes e kg - R$ 4,66 -
fundações, utilizando aço CA-
50 de 16,0 mm. Montagem
ArmaçãoAF_12/2015
de estruturas de
concreto armado, exceto
4.1.7.6 vigas, pilares, lajes e kg - R$ 3,79 -
fundações, utilizando aço CA-
50 de 6,3 mm. Montagem
AF_12/2015
Fabricação, montagem e
desmontagem de fôrma para
4.1.7.7 bloco de coroamento, em m² - R$ 6,01 -
madeira serrada, E = 25, 4
utilizações. AF_06/2017
Escavação manual, solo 1a
4.1.7.8 m³ - R$ 19,59 -
cat. Prof. Até 1,50m
Desmoldante protetor para
4.1.7.9 madeiras, de base oleosa m² 92,40 R$ 7,99 R$ 902,03
emulsionada em água

Fonte: Orçamento obra da PRF


48

Tabela 10: Aditivos e supressão do item 4.1


ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
4.1.3.1 366,20 R$ 17.220,46 - - - -
4.1.3.2 157,20 R$ 1.338,44 - - - -
4.1.3.3 336,00 R$ 2.355,26 - - - -
4.1.7.1 - - 31,48 R$ 7.994,53 42,73 R$ 10.851,53
4.1.7.2 - - 31,48 R$ 4.072,88 42,73 R$ 5.528,41
4.1.7.4 - - 2019,00 R$ 11.489,71 2019,00 R$ 11.489,71
4.1.7.5 - - 100,00 R$ 463,32 100,00 R$ 463,32
4.1.7.6 - - 8,00 R$ 58,74 8,00 R$ 58,74
4.1.7.7 - - 20,99 R$ 946,86 113,39 R$ 5.115,02
4.1.7.8 - - 153,15 R$ 3.663,18 153,25 R$ 3.663,18
4.1.7.9 92,40 R$ 902,03 - - - -
Total Supressão R$ 21.816,19 Total Aditivo R$ 28.689,22

Fonte: Orçamento obra da PRF


Ocorreu um pedido de aditivo no item 5.1 - Infraestrutura da Cobertura de Pista, onde
também ocorreu a mudança da fundação profunda (estaca hélice contínua) por uma fundação
rasa (sapata). Logo, houve uma supressão nos itens que compõe o orçamento da fundação
profunda, com consequência foi realizado uma adição de itens para a execução da fundação
rasa, que é mostrado na tabela a seguir.
49

Tabela 11: Infraestrutura da Cobertura de Pista (item 5.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
5.1.1.1 Estaca hélice continua, m 154,93 R$ 38,51 R$ 7.285,54
diâmetro de 30 cm,
comprimento total até 15 m,
perfuratriz com torque de
170 kN.m (inclusive
mobilização e
desmobilização).
AF_02/2015
5.1.1.2 Armação de estruturas de kg 44,94 R$ 6,97 R$ 382,60
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
fundações, utilizando aço
CA-60 de 5,0 mm.
Montagem AF_12/2015
5.1.1.3 Armação de estruturas de kg 96,00 R$ 5,74 R$ 672,93
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
fundações, utilizando aço
CA-50 de 8,0 mm.
Montagem AF_12/2015
5.1.2.1 Concreto fck = 20 MPa, m³ 14,20 R$ 207,96 R$ 3.606,18
traço 1:2,7:3 (cimento/ aréia
média/ brita 1) - Preparo
mecânico com betoneira
400l AF_07/2016
5.1.2.2 Lançamento com uso de m³ 14,20 R$ 105,95 R$ 1.837,20
baldes, adensamento e
acabamento de concreto em
estruturas. AF_12/2015
5.1.2.3 Armação de estruturas de kg 84,00 R$ 6,97 R$ 715,19
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
fundações, utilizando aço
CA-60 de 5,0 mm.
Montagem AF_12/2015
5.1.2.4 Armação de estruturas de kg - R$ 4,12 -
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
fundações, utilizando aço
CA-50 de 10,0 mm.
Montagem AF_12/2015
5.1.2.5 Fabricação, montagem e m² 32,56 R$ 36,94 R$ 1.468,78
desmontagem de fôrma para
bloco de coroamento, em
madeira serrada, E = 25, 4
utilizações. AF_06/2017
5.1.2.6 Desmoldante protetor para m² 32,56 R$ 7,99 R$ 317,86
madeiras, de base oleosa
emulsionada em água
5.1.2.7 Escavação mecânica de vala m³ 19,17 R$ 6,90 R$ 161,58
em material de 2a categoria
até 2m de profundidade com
utilização de escavadeira
hidráulica

Fonte: Orçamento obra da PRF


50

Tabela 12 : Aditivos e supressão do item 5.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
5.1.1.1 154,93 R$ 7.285,54 - - - -
5.1.1.2 44,94 R$ 382,60 - - - -
5.1.1.3 96,00 R$ 672,93 - - - -
5.1.2.1 8,13 R$ 2.064,66 - - 6,07 R$ 1.541,51
5.1.2.2 8,13 R$ 1.051,86 - - 6,07 R$ 785,34
5.1.2.3 81,65 R$ 695,16 - - 2,35 R$ 20,03
5.1.2.4 56,00 R$ 318,82 - - 105,60 R$ 601,21
5.1.2.5 16,83 R$ 759,20 - - 15,73 R$ 709,58
5.1.2.6 32,56 R$ 317,86 - - - -
5.1.2.7 - - 1,53 R$ 12,90 20,70 R$ 174,48
Total Supressão R$ 13.548,63 Total Aditivo R$ 12,90
Fonte: Orçamento obra da PRF

Ocorreu um pedido de aditivo no item 7.1 - Infraestrutura do Box de Lavagem, onde


também ocorreu a mudança da fundação profunda (estaca hélice contínua) por uma fundação
rasa (sapata). Logo, houve uma supressão nos itens que compõe o orçamento da fundação
profunda, com consequência foi realizado uma adição de itens para a execução da fundação
rasa, que é mostrado na tabela a seguir.
51

Tabela 13: Infraestrutura do Box de Lavagem (item 7.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
7.1.1.1 Estaca hélice continua,
diâmetro de 30 cm,
comprimento total até 15
m, perfuratriz com torque
m 49,30 R$ 38,51 R$ 2.318,32
de 170 kN.m (inclusive
mobilização e
desmobilização).
AF_02/2015
7.1.1.2 Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
kg 20,60 R$ 6,97 R$ 175,40
fundações, utilizando aço
CA-60 de 5,0 mm.
Montagem AF_12/2015
7.1.1.3 Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
kg 44,00 R$ 5,74 R$ 308,43
fundações, utilizando aço
CA-50 de 8,0 mm.
Montagem AF_12/2015
7.1.2.1 Concreto fck = 20 MPa,
traço 1:2,7:3 (cimento/
aréia média/ brita 1) -
m³ 1,47 R$ 207,96 R$ 373,32
Preparo mecânico com
betoneira 400l
AF_07/2016
7.1.2.2 Lançamento com uso de
baldes, adensamento e
acabamento de concreto m³ 1,47 R$ 105,95 R$ 190,18
em estruturas.
AF_12/2015
7.1.2.4 Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
kg - R$ 4,66 -
fundações, utilizando aço
CA-50 de 10,0 mm.
Montagem AF_12/2015
7.1.2.6 Escavação manual, solo
m³ - R$ 19,59 -
1a cat. Prof. Até 1,50m
7.1.2.7 Desmoldante protetor
para madeiras, de base
m² 12,10 R$ 7,99 R$ 118,13
oleosa emulsionada em
água

Fonte: Orçamento obra da PRF

Tabela 14: Aditivos e supressão do item 7.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
7.1.1.1 49,30 R$ 2.318,32 - - - -
7.1.1.2 20,60 R$ 175,40 - - - -
7.1.1.3 44,00 R$ 308,43 - - - -
7.1.2.1 - - 1,99 R$ 505,37 3,46 R$ 878,69
7.1.2.2 - - 1,99 R$ 257,47 3,46 R$ 447,65
7.1.2.4 - - 213,00 R$ 1.212,14 213,00 R$ 1.212,14
7.1.2.6 - - 14,94 R$ 357,42 14,94 R$ 357,42
7.1.2.7 12,10 R$ 118,12 - - - -
Total Supressão R$ 2.920,27 Total Aditivo R$ 2.332,40

Fonte: Orçamento obra da PRF


52

Ocorreu um pedido de aditivo no item 8.1 - Infraestrutura do Canil, onde também


ocorreu a mudança da fundação profunda (estaca hélice contínua) por uma fundação rasa
(sapata). Logo, houve uma supressão nos itens que compõe o orçamento da fundação profunda,
com consequência foi realizado uma adição de itens para a execução da fundação rasa, que é
mostrado na tabela a seguir.

Tabela 15: Infraestrutura do Canil (item 8.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Estaca hélice continua,
diâmetro de 30 cm,
comprimento total até 15
m, perfuratriz com torque
8.1.1.1 m 42,25 R$ 38,51 R$ 1.986,80
de 170 kN.m (inclusive
mobilização e
desmobilização).
AF_02/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
8.1.1.2 kg 16,80 R$ 6,97 R$ 143,04
fundações, utilizando aço
CA-60 de 5,0 mm.
Montagem AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
8.1.1.3 kg 36,00 R$ 5,74 R$ 252,35
fundações, utilizando aço
CA-50 de 8,0 mm.
Montagem AF_12/2015
Concreto fck = 20 MPa,
traço 1:2,7:3 (cimento/
aréia média/ brita 1) -
8.1.2.1 m³ 1,21 R$ 207,96 R$ 307,29
Preparo mecânico com
betoneira 400l
AF_07/2016
Lançamento com uso de
baldes, adensamento e
8.1.2.2 acabamento de concreto em m³ 1,47 R$ 105,95 R$ 190,18
estruturas. AF_12/2015

Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
8.1.2.4 fundações, utilizando aço kg - R$ 4,66 -
CA-50 de 10,0 mm.
Montagem AF_12/2015
Escavação manual, solo 1a
8.1.2.6 m³ - R$ 27,38 -
cat. Prof. Até 1,50m
Desmoldante protetor para
8.1.2.7 madeiras, de base oleosa m² 9,90 R$ 7,99 R$ 96,65
emulsionada em água

Fonte: Orçamento obra da PRF


53

Tabela 16: Aditivos e supressão do Item 8.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
8.1.1.1 42,25 1986,8 - - - -
8.1.1.2 16,8 143,04 - - - -
8.1.1.3 36 252,35 - - - -
8.1.2.1 - - 1,62 411,42 2,83 718,7
8.1.2.2 - - 1,62 209,6 3,09 399,78
8.1.2.3 - - 149 847,93 149 847,93
8.1.2.6 - - 12,23 408,88 12,23 408,88
8.1.2.7 9,9 96,65 - - - -
Total Supressão R$ 2.478,84 Total Aditivo R$ 1.877,83
Fonte: Orçamento obra da PRF
Houve um pedido de aditivo no item 9.1 - Infraestrutura Caixa d`água onde também
ocorreu a mudança da fundação profunda (estaca hélice contínua) por uma fundação rasa
(sapata). Logo, houve uma supressão nos itens que compõe o orçamento da fundação profunda,
com consequência foi realizado uma adição de itens para a execução da fundação rasa, que é
mostrado na tabela a seguir.
54

Tabela 17: Infraestrutura da Caixa d`água (item 9.1)


ITEM Descrição Un. Quant. Preço Unit. Preço Final C/BDI
Estaca hélice continua,
diâmetro de 30 cm,
comprimento total até 15 m,
9.1.1.1 perfuratriz com torque de 170 m 84,50 R$ 38,51 R$ 3.973,60
kN.m (inclusive mobilização
e desmobilização).
AF_02/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
9.1.1.2 kg 30,00 R$ 6,97 R$ 255,42
fundações, utilizando aço CA-
60 de 5,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
9.1.1.3 kg 64,00 R$ 5,74 R$ 448,62
fundações, utilizando aço CA-
50 de 8,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Concreto fck = 20 MPa, traço
1:2,7:3 (cimento/ aréia
9.1.2.1 média/ brita 1) - Preparo m³ 4,65 R$ 207,96 R$ 1.180,89
mecânico com betoneira 400l
AF_07/2016
Lançamento com uso de
baldes, adensamento e
9.1.2.2 m³ 1,47 R$ 105,95 R$ 190,18
acabamento de concreto em
estruturas. AF_12/2015
Armação de estruturas de
concreto armado, exceto
vigas, pilares, lajes e
9.1.2.3 kg 89,20 R$ 4,66 R$ 507,84
fundações, utilizando aço CA-
50 de 10,0 mm. Montagem
AF_12/2015
Escavação manual, solo 1a
9.1.2.6 m³ - R$ 27,38 -
cat. Prof. Até 1,50m
Desmoldante protetor para
9.1.2.7 madeiras, de base oleosa m² 13,44 R$ 7,99 R$ 131,20
emulsionada em água

Fonte: Orçamento obra da PRF


55

Tabela 18: Aditivos e Supressão do item 9.1


SUPRESSÃO ACRÉSCIMO TOTAL APÓS ADITIVO
ITEM Quant. Preço Total Quant. Preço Total Quant. Preço total
9.1.1.1 84,50 R$ 3.973,60 - - - -
9.1.1.2 30,00 R$ 255,42 - - - -
9.1.1.3 64,00 R$ 448,62 - - - -
9.1.2.1 1,16 R$ 294,59 - - 3,49 R$ 886,30
9.1.2.2 - - 2,02 R$ 261,35 3,49 R$ 451,53
9.1.2.3 - - 69,80 R$ 397,39 159,00 R$ 905,23
9.1.2.6 - - 13,26 R$ 443,32 13,26 R$ 443,32
9.1.2.7 13,44 R$ 131,20 - - - -
Total Supressão R$ 5.103,43 Total Aditivo R$ 1.102,06
Fonte: Orçamento obra da PRF

A obra teve um total de acréscimo com BDI de R$ 386.121,25 (trezentos e oitenta e


seis mil e cento e vinte e um reais e vinte e cinco centavos), teve uma supressão de R$ 88.026,77
(oitenta e oito mil e vinte e seis reais e setenta e sete centavos). Totalizando um aditivo de
R$ 298.094,49 (duzentos e noventa e oito mil e noventa e quatro reais e quarenta e nove
centavos), sendo responsável por 11,01% do valor do contrato.
Segundo a Lei nº 8.666/1993 (art. 65, parágrafo 1º), podemos afirmar que:
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular
de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento)
para os seus acréscimos.

Pode-se observar que o contratado fica obrigado a aceitar tantos as supressões e


acréscimos que forem feitos antes ou durante a execução da obra. Logo as supressões e
acréscimos feito nesta licitação, não extrapolaram os 25% determinados na Lei.
Segundo Motta (2005), a fase de orçamento tem um grande destaque, e que merece
um estudo amplo e bem detalhado, pois nela está contida muita adversidade na sua elaboração.
Dentro desta fase, a utilização de custos incoerentes com o local da obra e que foge da realidade
da execução dos serviços, o uso do BDI inadequado nos preços para ganhar a licitação e entre
outros erros, geram grandes prejuízos para os órgãos públicos.
Nota-se que os pedidos de aditivos apresentados, se deram por falta de estudos
preliminares bem elaborados e detalhados do local de execução da obra e estudo geotécnico do
solo para ter conhecimento do solo e suas características por parte da contratada. Logo, tiveram
uma grande interferência no planejamento da obra, tendo assim um atraso de execução de
serviços.
56

De acordo com Oliveira e Mendes (2019), é necessário que a pessoa física ou jurídica
conheça bem o local ao qual vai ser executado a obra, as especialidades que são indispensáveis
e todos os outros serviços e os quantitativos previstos no orçamento, para que ao longo da
execução sejam evitados os pedidos de aditivos extrapolando o orçamento inicial.

4.2 Cronograma
A obra foi inicialmente elaborada para ser executada dentro do prazo de 12 meses,
porém, com a realocação do projeto de Bom Jesus-PI para a capital Teresina- PI o cronograma
sofreu reajuste para o prazo de serviço de 15 meses. O cronograma será apresentado no Anexo
A, entretanto, o que foi disponibilizado pela Polícia Rodoviária Federal foi com o prazo de
execução de 12 meses, que seria o cronograma inicial da licitação.
A obra teve início dia 18 de setembro de 2019, e com os estudos feitos mesmo após a
ordem de serviço, foi observado a necessidade de aterro. Este aterro já estava previsto por parte
da contratante, a Polícia Rodoviária Federal e em conforme a lei de licitações, mesmo que
inicialmente não constava dentro do orçamento, sendo assim previsto o aditivo o pedido de
aditivo de os serviços preliminares e a terraplenagem, em que deveriam ser finalizados ao final
do segundo mês do cronograma, mas houve grande atraso por parte da contratada em executar
o serviço.

Figura 3: Caminhão basculante


Figura 2: Rolo compactador despejando aterro

Fonte: Autores (2020) Fonte: Autores (2020)

Ao longo da execução dos serviços de terraplenagem, houve uma catástrofe mundial,


em termos de serviços de saúde sanitária houve a paralisação de todos os serviços e produção
de materiais. Com essa paralisação, que durou em torno de 4 (quatro) meses inicialmente, as
atividades retornaram no meio de agosto de 2020.
57

Juntamente com os serviços de terraplenagem, deu-se início também os serviços de


infraestrutura da Unidade Operacional de Policiamento (UOP) e garagem de viatura, da
plataforma de fiscalização, da cobertura de pista e do box de lavagem. Diante disso, foram feitos
os estudos e houve mudanças na parte de infraestrutura, onde dentro do orçamento foi previsto
a realização de fundação profunda (estaca hélice contínua) sendo adotada a fundação rasa
(sapata). Assim, sendo não só prevista para essas áreas como também para a caixa d`água e o
canil que serão executados ao longo dos meses.
Posteriormente, deram-se início aos serviços de superestruturas, impermeabilização,
paredes e painéis das áreas da Unidade Operacional de Policiamento (UOP) e garagem de
viatura, da plataforma de fiscalização, da cobertura de pista e do box de lavagem, da caixa
d`água e canil.

Figura 4: Unidade Operacional de Policiamento

Fonte: Autores (2021)


De acordo com a figura 4 e 5, pode se observar que a execução da obra se encontra
fora do que está previsto dentro do cronograma-financeiro atualmente. Isso pode ser
contemplado, onde o último relatório de medição calculado, estimou-se que o andamento total
da obra não se encontra nem com 40% executado.
58

Figura 5: Box de Lavagem, caixa d`água e canil

Fonte: Autores (2021)


A finalidade do cronograma físico-financeiro é demonstrar de forma clara as despesas
que são feitas no decorrer da execução da obra. No cronograma avalia o tempo total que se é
gasto para realização da obra, constando também os dias que são improdutivos. Esses dias
improdutivos ocorrem devido às chuvas, desastres naturais, atrasos nos pagamentos dos
operários e etc. O planejamento do tempo, é uma parte essencial na parte financeira das obras
públicas (Alves & Selow ,2015).
Para Alves & Selow (2015), é importante que a empresa contratada deve estar bem
atenta quanto à elaboração do seu cronograma, estando sempre atenta as possíveis falhas que
poderão ocorrer durante a execução de cada etapa da obra, sendo assim, diminuindo os riscos
gerencial. Logo, o cronograma tem de suma importância para o sucesso do projeto e
consequentemente da obra que está sendo executada.
Segundo Alves & Selow (2015) e em uma obra pública, o gerenciamento do tempo é
indispensável para um bom planejamento gerencial. Atrasos em obras públicas significam
despesas extras tanto na parte administrativa como na parte operacional, além da clara
desvalorização do patrimônio público. Os fatores mais significativos que geram atrasos em
obras públicas são:
• O atraso na entrega de materiais feita pelos fornecedores
• A mão de obra disponível na região
• Transportes
• Adversidades climáticas
Com isso, pode se observar que o cronograma é muito importante para a execução da
obra, até mesmo para se ter uma visão geral do todo de como está o processo de execução. Mas,
pode se observar que nesta obra pública em discussão, não se tinha previsto a Pandemia da
Covid-19 que atualmente se encontra em estado crítico no Brasil.
59

5. CONCLUSÃO

Através dessa pesquisa é possível concluir que para ser executado uma obra seguindo
os prazos, sem atrasos para sua entrega e sem pedidos de acréscimos, é de suma importância a
realização de um planejamento adequado, onde toda a obra deve ser estudada minuciosamente,
evitando imprevistos durantes sua execução e com um gerenciamento exemplar, seguindo à
risca o cronograma da obra, é possível executa-la dentro do prazo estipulado. Através dos
estudos e dados obtidos notou se a clara negligência da empresa contratada em gerenciar de
forma corretamente a obra, indo na contra mão de tudo o que foi abordado anteriormente.
Ao ser implementado um planejamento e gerenciamento de obra adequado, obtêm-se
como retorno, principalmente, a economia, sendo esta à chave fundamental da construção civil.
Ao ser realizado pedidos de aditivos ou adiamento, devido ao atraso na execução do serviço, os
mesmos geram custos adicionais tanto ao contratante como ao contratado, ao contratante devido
aos custos adicionais para execução do serviço e ao contratado por conta das multas aplicadas
correspondentes ao atraso no serviço.
O benefício social na execução desta obra que traz para a sociedade é uma maior
segurança para a população, podendo ser observado os serviços de policiamento nas estradas e
as apreensões que estão sendo executados, assim também trazendo bem-estar aos servidores
públicos.
Com este trabalho, podemos observar que os serviços prestados de engenharia entre o
órgão público e empresas privadas, não é tão complicado e desgastante como é rotulado pelas
empreiteiras. Isso é observado, se a pessoa jurídica ou física tem grande conhecimento na Lei
nº8.666, em que tem como abordagem as licitações.
Como sugestão dos futuros estudos, é fazer com as empresas de engenharia civil
também se familiarizem com as leis e seus trâmites, pois o direito e a engenharia civil não
andam em sentidos contrários, e sim lado a lado. Também, sugerimos a implementação do ciclo
PDCA, que é uma ferramenta de gestão e tem como objetivo promover a melhoria contínua dos
processos por meio de um circuito de quatro ações: planejar (Plan), fazer (Do), checar (check)
e agir (act).
60

REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12284: Áreas de vivência em


canteiros de obras – Procedimento. Rio de Janeiro, 1991.

ANDRADE, M. M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10ª ed. São Paulo:


Atlas, 2010.
ALBERICO, A.X.A.R.X. et al. Gerenciamento de Projetos na Construção Civil: Tempo,
Custo e Qualidade. CONSTRUINDO, v. 10, n. 2, p. 1-20, 2018.
ALVES, A. L. – Organização do canteiro de obras: um estudo aplicativo na Construção
do Centro de Convenções de Joao Pessoa – PB; UFPB; 2012.
ALVES, Linarde Pereira, SELOW, Marcela Lima. GESTÃO DE PROJETOS EM OBRAS
PÚBLICAS: A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE TEMPO. Vitrine Prod.
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ANEXO A – CRONOGRAMA OBRA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL


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