FORTALEZA - CEARÁ
2020
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FORTALEZA - CEARÁ
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AGRADECIMENTOS
"Para entender o que o outro diz, não basta entender suas palavras, mas também
seu pensamento e suas motivações."
(Lev Vygotsky)
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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................... 9
2. OBJETIVOS....................................................................................... 11
3. O PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL – PAC...................... 12
3.1 . Processamento auditivo central.................................................. 12
3.2 . Audição e sua fisiologia.............................................................. 14
3.3 . Habilidades do processamento auditivo central......................... 23
4. A DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL –
DPAC................................................................................................. 22
4.1 . Principais características............................................................ 24
4.2 . Diagnóstico precoce da DPAC................................................... 27
4.3 . Diagnóstico na perspectiva clínica.............................................. 28
4.4 . Diagnóstico na perspectiva educacional..................................... 30
5. IDENTIFICAÇÃO DA DESORDEM DO PROCESSAMENTO
AUDITIVO CENTRAL........................................................................ 32
5.1. Identificação no ambiente familiar............................................... 37
5.2. Identificação no ambiente escolar............................................... 40
5.3. Identificação no ambiente psicopedagógico............................... 44
6. CONCLUSÃO.................................................................................... 48
REFERÊNCIAS....................................................................................... 50
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
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ouvir bem significa interpretar os sons que vem do ouvido e chega no nosso cérebro
(MUSIEK, 1999).
O termo PAC é utilizado para descrever o caminho que a onda sonora
fazsonora faz até o cérebro onde é feito o reconhecimento e interpreta da
informação ouvida, sendo essa interpretação um conjunto de habilidades que o
cérebro tem para entender ou dar significado aquilo que ouvimos (MUSIEK, 1996),
ou seja, é a “Eficiência e eficácia do Sistema Nervoso Central em utilizar a
informação auditiva” (ASHA, 2005, apu Web palestra Dra. Pinheiro, 2019). O ouvido
é na verdade o condutor do som. Alguém fala, o som chega no ouvido, passa por
ele e entra numa estrutura que é chamada de tronco cerebral. É esse tronco que
leva a informação para o córtex (KATZ & TILLERY, 1997).
Assim, esse processamento é o caminho que chega nas áreas do
cérebro, das quais fazemos as associações, acontecendo a compreensão sonora.
Exemplo disso é, desde barriga da mãe, a criança está ouvindo e fazendo o
desenvolvimento do seu sistema auditivo, sabendo que essa aprendizagem auditiva
inicia durante a gestação (KUSHNERENKO, 2003). Esse é um processo totalmente
aprendido, tornando-se ativo após o nascimento, onde a criança agora consegue
reconhecer a voz dos pais, porque desde ventre materno estava absorvendo essas
informações (AAMODT E WANG, 2013; STAMPA, 2015).
Portanto, quanto mais a mãe dialogar com essa criança, melhor vai ser o
seu desenvolvimento, visto que, através da audição se consegue captar essas
informações e fazer associações. O bebê precisa guardar esses dados e utilizá-los a
partir das experiências nas relações que ele constrói com o mundo sonoro
(PEREIRA & CAVADAS, 2003).
Sendo possível, se o sujeito tiver um bom desenvolvimento auditivo.
Desse modo, quanto mais estimulada a criança, melhor será o seu processamento,
tanto nos estímulos não verbais como no entendimento da fala e linguagem (BELLIS
2003). Quando a criança é capaz de falar suas primeiras palavras e consegue dar
significado para elas, a audição é essencial para que ocorra a associação dessa
fala. A estimulação adequada nesse período do desenvolvimento infantil possibilita
uma conexão neural e a aprendizagem desse indivíduo (CHERMAK & MUSIEK,
1992).
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interna. Esse movimento faz com que haja também um descolamento nos
líquidos que se encontram dentro da cóclea, estimulando assim o órgão de
Corti. Ocorre, então, a transmissão do impulso nervoso através do nervo
auditivo. Esse impulso é processado por meio de diversas estruturas do
sistema nervoso central, até chegar ao córtex cerebral, para que possamos
compreender o significado dos sons que ouvimos (MEDEIROS, 2008, p.
466).
com a orelha captando os sons e fazendo com que passem pelo canal auditivo e
seus sistemas, complementando assim todo o PAC.
Continuando com a abordagem sobre a fisiologia e anatomia, é preciso
entender que o som chega ao cérebro do indivíduo, e esse é capaz de identificar o
que ele significa. Abaixo segue o entendimento sobre esse percurso sonoro
(GIELOW, 2001).
Para autora, essa PPA está relacionada com causas apontadas por
diversos fatores, tais como: Intercorrência na gravidez ou parto; Otites média na
primeira infância onde as perdas auditivas acontecem pela orelha externa e média
vias condutivas; questões com “neuromaturação” das vias auditivas; Dificuldade de
aprendizagem Disfunções, dislexia, déficit de atenção e hiperatividade, entre outros.
Já para Pereira (2018), essa desordem é um Transtorno que a criança
apresenta por ter dificuldades em lidar com as informações que chegam através da
audição, pela questão funcional do seu sistema nervoso central. Sua dificuldade é
de interpretação, não processando de forma prática o som que chega aos ouvidos.
Relaciona as dificuldades diárias como questões comportamentais e no
desempenho escolar por meio da compreensão da linguagem.
Os estudiosos trazidos nessa sessão concordam que o termo desordem,
é usado para conceituar a DPAC. Atribuem que o distúrbio acomete o
processamento das informações, levando o sujeito a ter dificuldade na compreensão
dos sons que chegam pela audição, porém, sendo capaz de detectar a presença dos
ruídos, por não apresentar surdez. No entanto, há um comprometimento na
interpretação dos sons a sua volta, causando-lhe prejuízos ao seu desenvolvimento,
na comunicação, linguagem e na interação social.
e a família seus papéis relevantes, onde os pais devem participar de forma ativa na
vida escolar de seus filhos, principalmente daquele indivíduo que apresenta
dificuldades de aprendizagem, necessitando, portanto, de atenção e apoio de todos
(BRASIL, 1988, p. 55).
Ao buscar um diagnóstico precoce para essas dificuldades, os pais
precisam saber lidar com as alterações apresentadas pela criança e precisam
partilhar suas inquietações com pessoas e profissionais que possam ajudá-los a
identificar as reais necessidades de seu filho, procurando, inclusive, melhorar o
ambiente familiar após o resultado desse diagnóstico. Pereira (2018) apresenta
algumas orientações de como os pais podem auxiliar seus filhos com DPAC em
casa:
acústicas para que aconteça uma melhor aprendizagem de seus alunos que tem
essa transtorno (PEREIRA, 2018).
Pereira (2018) apresenta orientações para que esses professores ajudem
de forma significativa no desenvolvimento de seus alunos. Segue as orientações
para sala de aula:
modalidade particular de ação para cada caso no que diz respeito à abordagem,
tratamento e forma de atuação do psicopedagogo.
O trabalho do psicopedagogo na inquirição de um diagnóstico precoce é
auxiliar na intervenção Fonoaudiológica e Educacional, trazendo estratégias que
apoiam o processo de ensino e aprendizagem das crianças que apresentam DPAC,
de forma que essas intervenções psicopedagógicas favorecerão positivamente à
escola e a família.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo: Pedagogia do oprimido. 17ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
KATZ, Jack. (Ed.). Tratado de audiologia clínica. 4.ed. São Paulo: Manole, 1999.
KATZ, J & TILLERY, K.L. – Uma introdução ao processamento auditivo. In: LICHTIG,
I. & CARVALHO, R.M.M. – Audição: Abordagens Atuais. Carapicuiba, São Paulo,
Pró-Fono, 1997. P. 145-72. In: KATZ, J. (Ed.). Tratado de audiologia clínica. 4.ed.
São Paulo: Manole, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVERIA, João F. de; TOSCHI, Mirza Seabra: Educação
escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª Ed. São Paulo, Cortez, 2009.
PEREIRA, L.D. Processamento Auditivo Central: uma revista crítica. [texto Livre-
docência]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2005.
TIBA, Içami. Disciplina: O limite na medida certa. 2ª Ed. São Paulo. Gente, 1996.
VIGOTSKY, L.V. A formação social da mente. São Paulo SP: Martins Fontes,
1991.
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