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Química Geral

Experimental
1° sem/2021 – terças-feiras- 08- 09h40.
CH semanal:2h, CH total: 32h
Engenharia Civil
Docente: Profa. Dra. Araceli Aparecida Seolatto
araceliseolatto@ufg.br
Sala 213, IQ 2- superior
• Objetivo: Por meio de aulas expositivas realizadas remotamente, fornecer aos alunos mecanismos de organizar as etapas
dos experimentos no tempo disponível, adquirir dados e tratá-los com base nos conceitos químicos abordados em aula.

• Ementa: Propriedades das substâncias, Soluções, Reações Químicas, Equilíbrio Químico, Eletroquímica.

• Bibliografia Básica:
• KOTZ, J. C.; TREICHEL JR., P. Química e Reações Químicas, 4a ed., LTC, vol. 1 e 2, 2002.
MAHAN, B. M., MYERS, R. J. Química um Curso Universitário, 4a ed., Editora Edgard Blucher LTDA, 2000.
HEASLEY V. L.; CHRISTENSEN, V. J.; HEASLEY, G. E. Chemistry and Life in the Laboratory, Prentice Hall, New
Jersey, 4a. Ed. 1997.

• Complementar:
• BERAN, J. A. Chemistry in the Laboratory: A study of chemical and physical changes (John Wiley & Sons, Inc., 2a. Ed.1996.
• EBBING, D. D. Química Geral, 5a ed., LTC, vol. 1 e 2, 1998.
• ATKINS, P.; JONES, L. Chemistry: Molecules, Matter, and Change (W.H. Freeman and Company New York, 3 Ed. 1997.
• ROBERTS, JR. J.L. Chemistry in the Laboratory (W.H. Freeman and Company, New York, 4 Ed.1997.
• ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o meio ambiente, Artmed Editora S.A.,1999.
Aula Data Assunto
Apresentação da disciplina e Medidas de volume e de
1 27/07
pesagem

2 03/08 Propriedades das substâncias: densidade e ponto de fusão

3 10/08 Métodos de extração


4 17/08 Propriedades de substâncias iônicas e moleculares
Cronograma: 5
6
24/08
31/08
Solubilidade
Preparo e padronização de soluções
7 14/09 Volumetria de óxido-redução
8 21/09 Reações Químicas
9 28/09 Equilíbrio Químico
10 05/10 Reações de Transferência de Elétrons
11 19/10 Cinética
12 26/10 Estudo da Reatividade de Metais
13 09/11 1ª AVALIAÇÃO PRÁTICA
• Metodologia:
Aulas expositivas realizadas remotamente, apresentadas por meio do Google meet, que resultam em conjunto de dados
que devem ser trabalhados em aula ou em horário combinado entre os integrantes do grupo, para a confecção de um
relatório por experimento ou grupo de experimentos, conforme tabela do conteúdo programático. Cada aula prática
será iniciada pela exposição do problema, dos mecanismos de execução do experimento e da forma de tratamento dos
dados.

Relatórios contendo resultados e discussão de resultados deverão ser entregues, de acordo com a solicitação do
professor. Serão solicitados no dia da realização do experimento e devem ser entregues na aula seguinte.

Nota final: 0,5NP + 0,5 NR Se = ou > 6: APROVADO

Os resultados das avaliações serão divulgados por e-mail.


Avaliação: Consiste em uma avaliação teórica sobre os temas dos experimentos trabalhados até o momento de sua
aplicação.
AULA 1: TÉCNICA DE PIPETAGEM E MEDIDAS
VOLUMÉTRICAS
Ao realizar uma medida em um laboratório, é necessário ter-se ideia de quão boa é essa
medida. O rigor na certeza da medida dependerá do tipo de experimento a ser realizado.
Existem duas medidas muito úteis para se avaliar medições: a exatidão e a precisão.

Dizer que uma medida é exata significa que ela se aproxima do valor verdadeiro.

Dizer que uma medida é precisa significa que, ao se repetir a medição por diversas vezes,
sempre se chegará a valores muito próximos entre si, mas não necessariamente próximos do
valor verdadeiro.
• Para medir volumes de líquidos são usadas vidrarias
que nos fornecem medidas com exatidão, com
aproximação e medidas grosseiras. Enfim, há
vidrarias com exatidão e precisão distintas.

• A exatidão de uma vidraria está associada à sua


calibração. O fabricante deverá ter feito uma
rigorosa marcação dos volumes, em conformidade
com o valor real. Uma proveta, por exemplo, onde
os traços de aferição estejam colocados nos lugares
certos é uma proveta exata. A calibração periódica
de vidrarias é sempre desejável devido à variação,
com o tempo, da resposta da maioria dos
instrumentos, resultante do desgaste, da corrosão ou
da manutenção inadequada.

• Já a precisão de uma vidraria está associada ao seu


formato.
Durante o tempo, em laboratórios credenciados, faz-se a calibração das vidrarias exatas, pois o vidro pode ter sofrido alguma
dilatação. Se o traço de aferição não estiver correto, apaga-se e coloca-se outro. Para certificar-se do valor correto, pode-se pesar a
quantidade de água transferida por uma vidraria, usando uma balança calibrada.

Como a densidade da água em várias temperaturas é conhecida, pela massa da alíquota transferida sabe-se o volume transferido.
Compara-se esse volume com o volume indicado pela vidraria, para saber se a vidraria está exata. Para saber se a vidraria é precisa,
pode-se pesar várias alíquotas iguais e ver se os valores são semelhantes.

• As vidrarias de medidas se classificam em duas categorias:

A. Vidrarias para conter um volume líquido específico, ex. balões volumétricos. (Também chamadas de vidrarias TC, do inglês, To
Contain).

B. Vidrarias para dar escoamento a volumes variáveis, ex. pipetas, buretas, etc. (Também chamadas de vidrarias TD, do inglês, To
Deliver).
VIDRARIAS MAIS COMUNS PARA
MEDIDA DE LÍQUIDOS

• BALÃO VOLUMÉTRICO – recipiente destinado a conter um


determinado volume líquido, a uma dada temperatura. É utilizado
no preparo e na diluição de soluções de concentração definida
(soluções padrão). Como o volume nominal dos balões
volumétricos é geralmente calibrado a 20o C, não é recomendado
colocar soluções aquecidas no seu interior, nem submetê-los a
temperaturas elevadas. Como o traço de aferição está localizado
em um local de diâmetro pequeno, o pescoço do balão, esta é
uma vidraria precisa. Caso o balão tenha sido calibrado
recentemente, e não tiver sido exposto ao calor, ele será exato.

• PROVETA OU CILINDRO GRADUADO – frasco destinado a


medidas aproximadas de volume. Podem ser encontradas em
diversos volumes. Não é precisa. Pode ser exata, a depender da
calibração do fabricante.
• BÉQUER – recipiente com ou sem graduação, de forma alta
ou baixa. Sua graduação fornece uma medida grosseira de
volume. Usado no preparo de soluções, na pesagem de sólidos
e no aquecimento de líquidos, bem como em reações de
precipitação e recristalização. Não é precisa, e geralmente não é
exata, pois o fabricante não se preocupa em marcar com muita
certeza os traços de aferição, já que não é uma vidraria usada
para transferências de volume com rigor na medida.

• ERLENMEYER – recipiente com ou sem graduação, esta


fornece uma medida grosseira de volume. Esse recipiente é
largamente utilizado na análise titulométrica, no aquecimento
de líquidos e na dissolução de substâncias. Da mesma forma
que o béquer, não é exato nem preciso.
• PIPETAS – instrumento para medida e transferência de determinados
volumes de líquidos a uma dada temperatura. Existem basicamente dois
tipos de pipetas: as volumétricas ou de transferências e as graduadas. As
primeiras são utilizadas para escoar volumes fixos, enquanto as graduadas
são utilizadas para escoar volumes variáveis de líquidos.As volumétricas
são mais precisas e exatas, porém, menos versáteis. A precisão das
graduadas depende do volume que se quer transferir. A transferência de
volumes maiores implica em maior precisão.

• BURETA –Permite o escoamento de líquido e é muito utilizada em


titulações. Possui uma torneira controladora de vazão na sua parte inferior.
Por ser usada em experimentos onde o volume deve ser medido com rigor,
as buretas são bem calibradas pelo fabricante, e, se bem cuidadas, são
vidrarias exatas. Por serem finas, são precisas. A imprecisão fica maior
quando se mede volumes muito pequenos. Nesse caso, o melhor a fazer é
recorrer a buretas de menor capacidade. Quando se realiza uma titulação,
onde o volume gasto deve ser em torno de 20 mL, usa-se uma pipeta de
25,0 mL de capacidade. O uso de uma de 50 mL ou mais aumentaria o erro
da medida e, portanto, a imprecisão.
• Procedimento

1. Medir o volume indicado em sua pipeta volumétrica e escoar todo o líquido.


2. Transferir o volume total de uma pipeta graduada para uma proveta.
3. Coloque 100 mL de água em um béquer graduado e transfira-o para um balão volumétrico de 100 mL.
Observe a variação de volume.
4. Repita o mesmo procedimento anterior passando água de um frasco Erlenmeyer para um balão
volumétrico.
• 5. Informe o peso das vidrarias da Volume de H2O
Massa
tabela abaixo, cuidadosamente Massa (mL)*
Vidraria + 50 Massa de Erro
secas. Coloque 50 mL de água Vidraria
mL de H2O H2O (g) percentual
destilada em cada recipiente e Seca (g) Densidade a 25C=
(g) 0,9970479 g/mL
pese-os novamente (usar os traços
((49,464-
de aferição da própria vidraria para
Proveta de 50,148)/50,
fazer a medição). Anote os 90,952 140,270 49,318 49,464
50 mL 148)*100=
resultados na tabela abaixo.
-1,364%
• A fim de comparar a exatidão das Balão de 50
várias vidrarias utilizadas na mL
34,289 84,016 49,727 49,874 -0,546%
medição de volumes, preencha o
quadro abaixo. O erro percentual é Béquer de
o Volume real, encontrado pela 54,698 100,323 45,625 45,760 -8,750%
100 mL
pesagem, dividido pelo volume
teórico, indicado pela vidraria,
vezes 100%.

(49,318 g )/( 0,9970479 g/mL)


Massa de 50 mL de água
97604
(em gramas)
Vidraria valor 1 valor 2 valor 3
106,692
6. Meça a massa de 50 mL Proveta de 156,247 156,222 156,206
de água, medidas por um 100 mL
béquer de 100 mL. Esvazie 54,698
o béquer, seque-o, e meça
Béquer de 97,604 98,344 97,519
novamente por mais duas 100 mL
vezes. Repita o
procedimento, usando uma
proveta de 100 mL, anote os Proveta Bequer
49,565 42,906
dados na tabela abaixo.
49,54 43,646
Compare a precisão das 49,524 42,821
vidrarias. DP Médio 0,014666667 0,347778

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