Você está na página 1de 97

discip

ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC


Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

ESCOLA TECNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE

TÉCNICO EM EDIFICAÇÔES

Desenho Técnico I
( Desenho Básico e Arquitetônico)

APOSTILA
2014

1
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Prefácio

A Coordenação do Curso Técnico de Edificações da ETE Henrique Laje


com a colaboração dos professores Carlos Buck e José Helenio da disciplina de
Desenho, vem apresentar trabalho de organização de apostila de DESENHO
TECNICO I - Desenho Básico e Arquitetônico.

O presente trabalho visa ofertar material didático de referencia a todas as


turmas da 1º Etapa do EMI e Subsequente, onde se possibilitou abordar
conceitos básicos do Desenho técnico, assim como apresentar a introdução ao
desenho de arquitetura em consonância com as normas da ABNT e variados
padrões gráficos que podem vir a enriquecer o seu saber sobre a disciplina e o
seu potencial profissional.

Boa Leitura

Carlos Eduardo Almeida


Coordenador EDIF- EMI

2
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

SUMÁRIO

INTRODUÇÂO......................................................................................................pg 01

CAPITULO 1- Normatização do Desenho Técnico........................,,,,,,,,,,,,,,,,,,....pg 08

CAPITULO 2- Construções Geométricas.............................................................pg 26

CAPITULO 3- Teoria do Desenho Projetivo.........................................................pg 36

CAPITULO 4- O Projeto Arquitetônico.................................................................pg 50

CAPITULO 4- Outras Representações.................................................................pg 85

ANEXOS...............................................................................................................pg 90

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. pg. 97

3
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO

Definição de Desenho Técnico

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação
de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas
pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas
normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal
da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da
linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras
planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.

A Figura 1.1 está exemplificando a representação de forma


espacial por meio de figuras planas, donde pode-se concluir que:

1. Para os leigos a figura é a representação de TRÊS quadrados.

2. Na linguagem gráfica do desenho técnico a figura corresponde


à representação de um determinado cubo.

Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível


entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana.
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o
que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana é
chamada visão espacial.

O que é Visão Espacial

Visão espacial é um dom, a princípio de todos tem, dá a capacidade de percepção mental


das formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma espacial significa ter o sentimento da
forma espacial sem estar vendo o objeto.
Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, de
um determinado carro, da sua casa etc..
Ou seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem
estar vendo fisicamente os objetos.
Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas pessoas têm mais facilidade
para entender as formas espaciais a partir das figuras planas.
A habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser
desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados.

4
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

A Origem do Desenho Técnico

A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu


gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por HOELSCHER, SPRINGER E
DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevação está incluído no
álbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.
No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o
matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade como
desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre
os elementos do plano e do espaço.

A necessidade da Representação Gráfica como demonstração de Estilo Arquitetônico

O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive”
é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.
No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário
normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica
que, a nível internacional, simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações
tecnológicas.
Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for Standardization –
ISO normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia
e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.
Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos
utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não projetivos (gráficos, diagramas,
fluxogramas etc.).

O Desenho Técnico e a Engenharia

Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de


boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, na
maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o que deve ser executado ou
construído ou apresentados em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos feitos.

5
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à


expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para
apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos
complicados.
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de
Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro, pois,
além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam
executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o
espírito de iniciativa e de organização.
Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá depender, de
uma forma ou de outra, do desenho técnico.
Mesmo com nomes diferentes, as diversas formas de apresentação do desenho projetivo têm
uma mesma base, e todas seguem normas de execução que permitem suas interpretações sem
dificuldades e sem mal-entendidos.
Os desenhos não-projetivos são utilizados para representação das diversas
formas de gráficos, diagramas, esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc..

O Ambiente do Projetista

Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico

Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois
existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos.
Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que
darão início à viabilização das idéias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de esboços.
A partir dos esboços, já utilizando computadores, são elaborados os desenhos preliminares
que correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de anteprojeto.
Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos são elaborados os
desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos.

6
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Os desenhos definitivos são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e


contêm todas as informações necessárias à execução do projeto.

A Padronização dos Desenhos Técnicos

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas
seguidas e respeitadas internacionalmente.
As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer
códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros
e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por
todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor.
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT, fundada em 1940.
Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de
produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país,
reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International
Organization for Standardization – ISO)
Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os
países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela
ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela ISO.

DESENHOS UTILIZADOS NA REPRESENTAÇÃO DOS PROJETOS


ARQUITETÔNICOS DE EDIFICAÇÕES

Na representação dos projetos de edificações são utilizados os seguintes desenhos:


 Planta de situação
 Planta de localização
 Plantas baixas dos diversos pavimentos
 Cortes longitudinais e transversais
 Fachadas
 Desenhos de detalhes
 Outros

7
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

CAPITULO 1
NORMATIZAÇÂO DO DESENHO

1.1 Normas da ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas)


A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os procedimentos
para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a
denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, como é o caso
da NBR 5984 – NORMA GERAL DE DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402 –
EXECUÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS DE MÁQUINAS E ESTRUTURAS METÁLICAS (Antiga
NB 13), bem como em normas específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os
exemplos seguintes:

• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir os termos
empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos
geométricos (Desenho Projetivo e Não- Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho
Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e
quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador)

• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é padronizar as


dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas
respectivas margens e legenda.

As folhas podem ser utilizadas tanto na


posição vertical como na posição horizontal, conforme
mostra a Figura 1.2.

Os tamanhos das folhas seguem os


Formatos da série “A”, e o desenho deve ser executado
no menor formato possível, desde que não comprometa a
sua interpretação.

• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO, que normaliza a


distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho
etc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar toda
a área, e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda
logo acima da margem inferior.

• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS, que fixa a forma de


dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles são
dobrados até as dimensões do formato A4.

• NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS que,


visando à uniformidade e à legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a
possibilidade de interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos técnicos.

Nesta apostila, além das normas citadas acima, como exemplos, os assuntos abordados nos
capítulos seguintes estarão em consonância com as seguintes normas da ABNT:
8
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS


LINHAS
• NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO
• NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS
• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM
DESENHO TÉCNICO
• NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
• NBR 8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS

Existem normas que regulam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade de


atender a uma determinada modalidade de engenharia. Como exemplo, pode-se citar: a
NBR 6409, que normaliza a execução dos desenhos de eletrônica; a NBR 7191, que
normaliza a execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado; NBR 11534,
que normaliza a representação de engrenagens em desenho técnico.
Uma consulta aos catálogos da ABNT mostrará muitas outras normas vinculadas à
execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho técnico.

9
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

1.2 Instrumentos Utilizados


Prancheta, Régua T e Régua Paralela

Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis para os desenhos.


È importante que a prancheta bem como o banco possibilitem ao aluno uma correta postura
ergonômica. A iluminação adequada também é importante para um bom trabalho.
Para cobrir as pranchetas, pode-se usar o seguinte:

1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e uniforme. Furos de
alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos.
2. Revestimento em fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de superfície.

Régua paralela : Como o nome sugere, serve para traçar segmentos paralelos. É muito usada
juntamente com o par de esquadros.
A régua paralela substitui a trégua “T”.

Lápis e lapiseiras
Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas finas, mas
traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros, mas as pontas serào
rombudas.
Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB
ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da preferência pessoal de cada um.
Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com estilete. Para lapiseiras,
recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,3 mm.

10
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Lápis

Classificação por números:

Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair;
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.

Classificação por letras:

A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta classificação precedida
de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro), sendo HB a gradação
intermediária.

A dureza do lápis é classificada em 4 tipos: B, H, F e HB.


B representa blackness, negritude; H representa hardness, dureza; F representa fine, fina (ponta fina);
HB representa um limiar entre B e H, que caracteriza um lápis comum, para escrita.

Outras classificações:

4H – duro e denso: indicado para lay-outs precisos; não indicado para desenhos finais; não use com
a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de apagar; não copia bem.
2H – médio duro: grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; não apaga facilmente se
usado com muita pressão.
FH – médio: excelente peso de mina para uso geral; para layouts, artes finais e letras.
HB – macio: para traçado de linhas densas, fortes e de letras; requer controle para um traçado de
linhas finas; facilmente apagável; copia bem; tende a borrar com muito manuseio.

* Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomenda-se a de 0,5mm e a de 0,9mm, com


grafite B.
**Todos os três tipos de instrumentos são capazes de produzir desenhos de qualidade. Sua
preferência pessoal é uma questão de OPÇÃO e de HABILIDADE PESSOAL.

Lapiseira Tradicional
Devido ao seu grafite relativamente espesso, ela facilita
o traçado de diversos pesos de linhas nítidos. O
principiante deve manter a ponta bem afiada até
desenvolver habilidade de girar a lapiseira enquanto
desenha.

11
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

O traçado deve ser feito sempre no sentido de puxar a lapiseira ou o lápis e não empurrar. Desta
forma você terá um maior controle no traçado.
No desenho com instrumentos, mantenha a lapiseira inclinada, ligeiramente para o lado do
instrumento, régua ou esquadro. Desta forma evita-se que o grafite suje o instrumento de apoio e
provoque borrões.

Lapiseira Mecânica

Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser apontada. Ela é utilizada para o traçado de
linhas nítidas e finas se girada suficientemente durante o traçado. Para linhas relativamente
espessas e fortes, recomenda-se utilizar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite
mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm,
principalmente.
O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a função de proteger o grafite da
quebra quando pressionado ao esquadro no momento da graficação.

Borracha

Sempre se deve utilizar borracha macia, compatível com o trabalho para evitar danificar a
superfície do desenho. Evitar o uso de borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas para
a superfície de desenho.
A borracha deve ser escolhida conforme o que se deseja apagar e o papel utilizado. As
borrachas mais sintéticas acabam borrando o desenho a grafite em papel manteiga, por exemplo.

Esquadros

São usados em pares: um de 45o e outro de 30o / 60o. A combinação de ambos permite obter
vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares.
Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo esquadro através
do papel. Caso o segundo esquadro chegue na ponta do primeiro, segure o segundo esquadro e
ajuste o primeiro para continuar o traçado.

12
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Figura - Traçando retas paralelas com os esquadros

Um esquadro sempre é usado juntamente com uma régua e / ou outro.

Figura - Traçando retas perpendiculares e paralelas com os esquadros

Exercícios:
a) Com o par de esquadros, em uma folha em branco, trace linhas paralelas horizontais,
verticais e inclinadas. Veja o exemplo abaixo e use como modelo:

13
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Escalímetro

O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25,
1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma
régua comum (1:1). O uso de escalas será explicado mais adiante.
O escalímetro é um instrumento de desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala
ou facilitar a leitura das medidas de desenhos representados em escala. Podem ser planos ou
triangulares.

Escalímetro Triangular

É um instrumento na forma de um prisma triangular que possui 6 réguas com diferentes


escalas. É utilizado para medir e conceber desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.

Escalímetro Plano

É um instrumento com várias lâminas com diferentes réguas de graduação em cada um dos
lados das lâminas, sendo essas lâminas presas por uma das extremidades, que permite a
movimentação de cada uma delas separadamente, de forma a poder ser utilizada independente das
demais. É utilizado principalmente para medir desenhos, em escalas ampliadas ou reduzidas

14
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Compasso

Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso tradicional possui
uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para
canetas de nanquim ou tira-linhas.
Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso, caso contrário o
instrumento está descalibrado. A ponta de grafite deve ser apontada em “bizel”, feita com o auxílio de
uma lixa.
Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil para grandes
circunferências. Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.
Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas (usado somente para
transportar medidas), compassos de mola (para pequenas circunferências), compasso bomba (para
circunferências minúsculas) e compasso de redução (usado para converter escalas).

15
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Gabaritos

São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que possibilitam a
reprodução destes nos desenhos.

16
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

1.3 Formato do Papel ( NBR 10068)

Todo desenho técnico deve ser feito ou impresso em uma folha de papel padrão com margens e
legenda. Existem vários tamanhos de folhas. Usaremos um tamanho padrão A4, com margem
legenda de acordo com as figuras seguintes.

As folhas em que se desenha o projeto arquitetônico é denominada prancha. Os tamanhos do


papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO:
usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões seguem uma proporção equivalente raiz quadrada de 2
(841 x 1189 mm), que remete às proporções áureas do retângulo.
Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha
A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela).
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos
desenhos e à quantidade de informação. Em nossas aulas utilizaremos geralmente os formatos A2 e
A3, pela facilidade de manuseio e dimensões das pranchetas e réguas paralelas disponíveis

17
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Os formatos da série “A” têm como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma
relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841 2 =1189), e que corresponde a
um retângulo de área igual a 1 m2.

Cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o desenho será visto com clareza.
Todos os formatos devem possuir margens: 25 mm no lado esquerdo, 10 mm nos outros lados
(formatos A0 e A1) ou 7 mm (formatos A2, A3 e A4). Também costuma-se desenhar a legenda no
canto inferior direito.
Obs.: O tamanho da margem não é acrescentado „a dimensão do formato de papel.

18
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Vale salientar que, o formato final após a dobragem do papel desde o formato A0, será o
formato A4, em virtude desse formato facilitar o arquivamento das folhas em pastas. Mas, antes de
dobrarmos a folha de papel, devemos a folha no local denominado linha de corte, ficando assim a
folha nas dimensões da séria A .

Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões mostrados na tabela 1, é


recomendada a utilização de folhas com dimensões de comprimentos ou larguras correspondentes a
múltiplos ou a submúltiplos dos citados padrões.

Pranchas com Carimbo e Legendas a direta

A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho (número, origem,
título, executor etc.) e sempre estará situada no canto inferior direito da folha, conforme
mostra a figura acima.

19
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

1.4 Dobragem ( NBR13142/94)

Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem. Esta forma
visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com facilidade sem
necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda esteja visível com o desenho dobrado.
As ilustrações abaixo mostram a ordem das dobras. Primeiro dobra-se na horizontal (em
“sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando a dobra com a parte da legenda na frente.
A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitando
desdobrar o desenho sem retirar do arquivo

Dobragem de alguns formatos

20
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

1.5 Tipos de linhas e espessuras (NBR 8403/84)

Em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linhas diferentes de acordo com o
elemento representado.

As Linhas

As linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato,


dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, objetos e etc, determinam as
dimensões e informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão
estar perfeitamente representadas dentro do desenho.
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir
contraste umas com as outras.
Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação no
traçado em função do plano onde se encontram. As linhas em primeiro plano – mais próximo – serão
sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados – mais
afastados – serão menos intensas.

Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e
cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte. No desenho
a lápis pode-se utilizar a lapiseira 0,5 e retraçar a linha diversas vezes, até atingir a espessura e
tonalidade desejadas, ou então utilizar-se o grafite 0,9, traçando com a lapiseira bem vertical.

21
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Traço médio: As linhas médias, ou seja, finas e escuras, representam elementos em vista ou tudo
que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso,
paredes em vista, etc. É indicado o uso do grafite 0,5, num traço firme, com a lapiseira um pouco
inclinada, procurando girá-la em torno de seu eixo, para que o grafite desgaste homogeneamente
mantendo a espessura do traço único.
Traço fino: Para linhas de construção do desenho – que não precisam ser apagadas – utiliza-se
linha bem fina. Nas texturas de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são
representadas por linhas finas. Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se
normalmente o grafite 0,3, ou o grafite 0,5 exercendo pequena pressão na lapiseira.

*** textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios. Títulos ou
informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte.

Qualidade da Linha

A qualidade da linha refere-se:

a) À nitidez e à claridade;
b) Ao grau de negrume e à densidade;
c) E ao peso apropriado.

As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em espessura, assim o
peso dessa linha é dosada pela densidade do grafite usado – o qual é afetado pelo seu grau de
dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e também pela pressão exercida sobre o desenho.
Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa, quer seja uma
aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou simplesmente uma mudança de
material ou de textura.
Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida, o encontro de duas linhas devem
ser sempre tocando nos seus extremos, mantendo uma relação lógica do início ao fim.

22
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

1.6 Caligrafia Técnica - NBR 8402


Um esboço além de mostrar a forma geométrica de algo sempre vai ser acompanhado de
informações escritas através de letras e algarismos.
Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do
esboço ou desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, a norma NBR 8402
fixou as características da escrita em desenho técnico. A norma citada acima entra em
detalhes desde o formato dos caracteres até a espessura das linhas.
Sabemos que os desenhos finais são feitos no computador, mas para os esboços
recomendaremos que o aluno siga os exemplos mostrados a seguir, que se preocupa com o
mais importante, ou seja, legibilidade, tamanho e forma correta dos caracteres.
Veja o exemplo abaixo.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ – Maiúsculas normais


ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ – Maiúsculas em itálico
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz – Minúsculas normais
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz – Minúsculas em itálico
0123456789 – Numerais normais
0123456789 – Numerais itálico

Devemos tomar como referência os seguintes tamanhos de letras, mostrados na tabela


abaixo:

Observações:

• A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de


• 75º (itálico) .
• Deve-se observar as proporção e inclinação.
• Recomenda-se os sentidos, mostrados na figura ao lado, para
traçar com firmeza as letras, sendo que para os canhotos o
sentido pode ser o inverso.
• Ao fazer desenho com o auxilio do computador, AutoCAD por
exemplo o estilo de letra que satisfaz a norma é o estilo ISO.

23
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Podemos traçar linhas auxiliares para fazer a caligrafia técnica, após escolher uma altura
padrão conforme a tabela anterior. Veja na figura seguinte uma forma prática e simplificada de fazer
estas linhas:

Exercicios

24
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Letras de Mão

A chamada de "Letra de Arquiteto". É composta por caracteres próprios, que apresentam


pequenas inclinações em elementos que os compõem, determinando assim a sua personalidade.
São utilizadas na transmissão das informações contidas nos desenhos, sob forma de textos ou
números. Normalmente elas aparecem nos desenhos, entre "linhas guia", em três dimensões: 2mm
(dois milímetros) para locais onde o espaço para a escrita seja bastante restrito; 3mm (três
milímetros) a mais utilizada; e 5mm para títulos, designações ou qualquer outro texto ou número que
necessite de destaque.
São representadas sempre em "caixa alta" (letras maiúsculas).

O uso de linhas guia é obrigatório para que as letras sejam consistentes na altura.
As letras devem comunicar e não distrair ou prejudicar o desenho em si. Desta forma, algumas dicas:

1. As letras devem ser sempre maiúsculas e não inclinada– letras inclinadas geralmente são
direcionais, distraindo a visão em um desenho retilíneo.
2. Para manter as letras verticais, um pequeno esquadro ajuda a manter os traços verticais das
letras.
3. Mantenha a proporção de áreas iguais para cada letra,para que seu texto seja mais estável.

Exemplo

25
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

CAPITULO 2
CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS
2.1 Noções básicas de Geometria:

A palavra Geometria tem origem grega e significa medida da Terra (geo = Terra, metria = medida).
Para se aprender Geometria é necessário partir de três noções importantes, adotadas sem definição
e por essa razão, chamadas de primitivas geométricas:

 Ponto: “A marca de uma ponta de lápis bem fina no papel dá a ideia do que é um ponto.
Toda figura geométrica é considerada um conjunto de pontos.” (Imenes & Lellis.
Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)

 Ponto
Costuma-se representar pontos por letras maiúsculas do nosso alfabeto.

 Reta: uma linha traçada com régua é uma reta. Imagine agora uma linha reta sem começo,
sem fim, sem espessura. É assim que se concebe uma reta em matemática. (Imenes & Lellis.
Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)

reta r
As retas são representadas por letras minúsculas do nosso alfabeto.

 Plano: A superfície de uma mesa é plana. Imagine que tal superfície, conservando-se plana,
se estenda infinitamente em todas as direções. A nova superfície assim obtida é um plano.
(Imenes & Lellis. Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)

plano α
Os planos são representados por letras gregas minúsculas.
Por exemplo: α (alfa), β (beta) e ɣ (gama).

Outras definições geométricas importantes:

 Semirreta: Escolhendo-se um ponto sobre uma reta, formamos duas semirretas:

A reta r
Costuma-se dizer que as semirretas têm começo, mas não tem fim, já que é uma parte da reta.

 Segmento de reta: é uma parte da reta compreendida entre dois de seus pontos. É
representado pelos dois pontos que o limita, estes são chamados de extremos. Costuma-se
dizer que um segmento de reta tem começo e fim.

26
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Mediatriz de um segmento de reta é o nome dado ao conjunto de pontos (que formam uma
reta no plano) que estão à mesma distância de ambas as extremidades desse segmento de
reta.

 Ângulo: é o espaço compreendido entre duas semirretas de mesma origem, ou seja, que
iniciam no mesmo ponto.

Bissetriz é uma semi-reta que divide um ângulo em duas partes iguais.

Ao nomear um ângulo devemos prestar atenção pois o ponto de origem das semirretas, também
chamado de vértice do ângulo deve ficar no centro e apresentar o símbolo ^ que significa ângulo.
As unidades para medir ângulos são chamadas graus e o instrumento usado para medi-los é o
transferidor:

Para utilizá-lo, deve-se colocar seu centro (C) sobre o vértice do ângulo e sua linha base sobre
um dos lados do ângulo. O valor apontado pelo outro lado do ângulo será igual à medida deste.

27
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

2.2 Classificação dos ângulos:


Quando um ângulo mede 90º chamamos de ângulo reto.

Como o ângulo de 90º é muito utilizado, ao invés de colocar sua medida em números, utiliza-se do
símbolo : .

Quando ele mede menos de 90º é chamado de ângulo agudo.


Quando ele mede mais de 90º é chamado de ângulo obtuso.

 Retas (ou segmentos) paralelas: dizemos que duas ou mais retas (ou segmentos) são
paralelos quando a distancia entre as retas (ou segmentos) não se altera.

diz-se que r//s (r é paralela a s).

 Retas concorrentes: são assim chamadas as retas que se encontram em um ponto:

São representadas por r X s.

 Retas (ou segmentos) perpendiculares: duas retas são chamadas perpendiculares quando
são concorrentes e o ângulo formado entre elas mede 90º.

diz-se que r s (r é perpendicular a s).

28
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Exercícios: Trace as construções geométricas com régua e compasso, sem o uso do par
de esquadros.

Na primeira figura da esquerda, complete passo a passo, a construção geométrica.


Observe que a seqüência da construção pode ser melhor compreendida seguindo a seqüência
das letras e dos números.

a) Trace a mediatriz do segmento AB.

b) Trace um segmento perpendicular ao segmento AB na sua extremidade.

c) Trace um segmento paralelo ao segmento AB e que passe pelo ponto O.

d) Divida o segmento AB em três partes iguais.

29
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

e) Construir polígonos regulares de 3; 4 e 6 lados.

f) Determine o centro do arco AB, usando o próprio arco.

30
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

2.3 Figuras geométricas:


Polígonos:
As figuras geométricas recebem nomes diferentes dependendo da quantidade de lados que
possuem. Abaixo você encontrará alguns desses nomes:

Um polígono é chamado regular quando seus lados têm todos a mesma medida e seus ângulos tem
medidas iguais. Estas figuras são muito utilizadas para se fazer mosaicos, em pavimentos de ruas,
no chão de casas etc.

Entre os quadriláteros temos várias figuras, algumas com características especiais como por
exemplo:

1. Trapézio: possui dois lados paralelos.

2. Paralelogramo: possui lados opostos paralelos.

Todo paralelogramos são também trapézios, pois tem dois lados paralelos.

3. Retângulo: possui lados opostos iguais e todos os ângulos medem 90º.

Todos os retângulos são também paralelogramos, pois tem lados opostos paralelos.

31
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4. Quadrado: possui quatro lados de mesma medida e os quatro ângulos medem 90º.

Podemos dizer que os quadrados são um tipo especial de retângulo: um retângulo de 4 lados iguais.

5. Circunferência e Círculo

Circunferência é uma linha fechada onde cada ponto está a uma mesma distância do seu centro (C).
O círculo é uma figura geométrica e possui área.
Outros elementos importantes da circunferência:

Raio(r) : é o segmento que une o centro a qualquer ponto da circunferência.

6. Corda: é um segmento que une dois pontos quaisquer da circunferência.

Diâmetro(d): é uma corda que passa pelo centro. Pode-se observar que o diâmetro é igual a dois
raios, ou seja, d = 2.r
Quando se considera o interior da circunferência, e não apenas seu contorno, tem-se um círculo.

32
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

2.4 Geometria Espacial:

Ao observarmos objetos do nosso dia-a-dia, como por exemplo uma caixa de sapato, podemos
perceber que nem todos os seus lados ficam em cima de um mesmo plano. Por esta razão, estas
figuras são chamadas de figuras espaciais. Em uma figura espacial, temos, por exemplo:

Faces: são os “lados” do objeto;


Vértices: pontos comuns às arestas dos objetos;
Arestas: segmento onde duas faces se encontram.

As figuras espaciais também têm nomes especiais assim como os polígonos. Abaixo se encontram
alguns deles:

 Paralelepípedo ou bloco retangular

Todas as suas faces são retangulares, por exemplo, o desenho acima.

 Cubo

É um paralelepípedo onde todas as faces são quadrados.

 Prisma

As bases são um polígono qualquer e as faces são retangulares.


Exemplos:

Quando o prisma apresenta as bases retangulares temos um paralelepípedo. Portanto, podemos


dizer que o paralelepípedo é um tipo especial de prisma.
33
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

 Pirâmide:  Cilindro
 Esfera
A base é um polígono qualquer,
as faces são triângulos e estes
se encontram em um único
ponto chamado vértice da
pirâmide.
A mais conhecida é a pirâmide Todos os seus pontos estão a
de Tem bases circulares. uma mesma distância de seu
base quadrada. centro.

Pirâmide de base quadrada

Quando a base é também um


triângulo, a pirâmide é
chamada tetraedro.

Poliedros de Platão
Estes sólidos são estudados desde a Grécia Antiga pela escola de Pitágoras 600 AC.O sufixo edro vem da
palavra grega hédraque significa face. Os prefixos, também oriundos do grego, indicam a quantidade de faces
de cada poliedro:tetra(4),hexa(6),octa(8),dodeca(12) eicosa(20). A palavra cubo vem do latim cubu(estar
deitado, estar estirado; repousar; estar deitado à mesa) e do gregokýbos.

34
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

2.5 Geometria Descritiva, base do desenho técnico

A origem da Geometria Descritiva

Gaspar Monge dividiu o espaço em 4 porções denominadas DIEDROS.Os diedros se


originam através de 4 semi-planos(Horizontal Anterior e Posterior;Vertical Superior e
Inferior).

Conceito de ÉPURA

É o artifício geométrico descritivo que consiste na rotação de um dos planos de


projeção em torno da Linha de Terra de tal forma que os diedros ímpares se abrem e os
diedros pares se fecham.

35
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

CAPITULO 3

TEORIA DO DESENHO PROJETIVO UTILIZADO PELO DESENHO


TÉCNICO

3.1 Definição de Projeção Ortogonal

Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por
sua projeção sobre um plano. A Figura 2.1 mostra o desenho resultante da projeção de uma
forma retangular sobre um plano de projeção.
Os raios projetantes tangenciam o retângulo e atingem o plano de projeção formando
a projeção resultante.

Como os raios projetantes, em relação ao plano


de projeção, são paralelos e perpendiculares, a
projeção resultante representa a forma e a verdadeira
grandeza do retângulo projetado.
Este tipo de projeção é denominado Projeção
Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), pois
os raios projetantes são perpendiculares ao plano de
projeção das projeções ortogonais surgem as seguintes
conclusões:

Toda superfície paralela a um plano de projeção se projeta neste plano exatamente na


sua forma e em sua verdadeira grandeza, conforme mostra a Figura 2.2.
A Figura 2.3 mostra que quando a superfície é perpendicular ao plano de projeção, a
projeção resultante é uma linha.
As arestas resultantes das interseções de superfícies são representadas por linhas,
conforme mostra a Figura 2.4

36
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Como Utilizar o Sistema de Projeções Ortogonais

Abaixo uma imagem dos 4 diedros dois paralelepípedos. Para aplicação das projeções ortogonais
utilizaremos o 1º Diedro.

As normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos
1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:
– sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
– sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro

No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nos desenhos oriundos dos USA, da Inglaterra e
do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.

Onde para fazer aparecer a terceira dimensão é necessário fazer uma segunda projeção
ortogonal olhando os sólidos por outro lado.

 Pode-se obter a partir das figuras planas o entendimento da forma espacial de cada um dos
sólidos representados.
 Duas vistas, apesar de representarem as três dimensões do objeto, não garantem a
representação da forma da peça.
 A representação das formas espaciais é resolvida com a utilização de uma terceira projeção.

37
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

 Para que o desenho resultante se transforme em uma linguagem gráfica, os planos de


projeção horizontal e lateral têm os sentidos de rebatimento convencionados, e sempre se
rebatem sobre o plano vertical.
 Mantendo o sentido dos rebatimentos dos planos horizontal e lateral resultará sempre nas
mesmas posições relativas entre as vistas.
 O lado da peça que for projetado no plano vertical sempre será considerado como sendo a
frente da peça.
 O lado superior da peça sempre será representado abaixo da vista de frente
 O lado esquerdo da peça aparecerá desenhado à direita da vista de frente.

Os Elementos do Desenho Arquitetônico

Os elementos do desenho arquitetônico são vistas ortográficas formadas a partir de projeções


ortogonais, ou seja, sistemas em que as linhas projetantes são paralelas entre si e perpendiculares
ao plano projetante. Se forem consideradas as linhas projetantes como raios visuais do observador,
seria como se o observador estivesse no infinito – assim os raios visuais seriam paralelos entre si.

38
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura, a partir de projeções ortogonais,


são: as plantas baixas, os cortes, as elevações ou fachadas, a planta de cobertura, a planta de
localização e a planta de situação.

Vistas Ortogonais em Desenho Arquitetônico

Representações de Fachadas

39
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

3.2 Conceito de Escala

Os desenhos, especialmente os detalhes, devem sempre que possível ser feitos em


tamanho natural, isto é, ter suas medidas iguais as das peças e objetos que representam,
pois desta maneira dão melhor idéia sobre essas peças e objetos.

Entretanto, quando devem ser representados peças ou objetos de dimensões muito


grandes, os desenhos são feitos em tamanhos menores.

Da mesma forma, quando devem ser representados peças ou objetos de dimensões


muito pequenas, os desenhos são feitos em tamanhos maiores.

Essa modificação do tamanho dos objetos nos desenhos permite que se represente
desde mapas e aeronaves até pequenas peças como as de um relógio, de modo a
representar o objeto, seja ele qual for, de forma compreensível e precisa.

Outra situação que pode ser encontrada é a vontade de adaptar as peças e objetos a
serem representados em relação ao tamanho do papel a ser utilizado, o que pode tornar
necessário diminuir ou aumentar o tamanho das medidas dos desenhos, em relação às
medidas que as peças e objetos apresentam na realidade.

Esse processo de mudança das dimensões reais de medidas para outras medidas no
desenho é feito pela utilização de escalas.

Definição de escala : É a proporção existente entre uma medida real e a medida de sua
representação no desenho.

NECESSIDADE DAS ESCALAS _ representação de medidas reais em tamanhos de


desenhos maiores ou menores que os tamanhos reais.

Definição da NBR 8196 (Emprego de escalas em desenho técnico: procedimentos) :

Escala : relação da dimensão linear de um elemento e/ou um objeto apresentado no


desenho original para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio objeto.

ESCALA = MEDIDA DO DESENHO

MEDIDA REAL

40
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

3.3 Classificação das Escalas

As escalas podem ser classificadas em : escalas de redução, escalas de ampliação e


escalas naturais.

ESCALA DE REDUÇÃO : A representação do desenho é menor que a dimensão real. Consiste


em representar as dimensões da peça no desenho em valores
menores que suas medidas, de tal modo que o desenho se torne
menor que o objeto representado, cabendo totalmente dentro dos
padrões do papel.
É utilizada na maior parte dos desenhos, em plantas, mapas,
fotografias.

ESCALA DE AMPLIAÇÃO : A representação do desenho é maior que a dimensão real.


Consiste em representar as dimensões da peça no desenho em
valores maiores, que suas medidas, de tal modo que o desenho se
torne maior que o objeto representado, e apresente detalhes mais
compreensíveis.
É utilizada para a representação de detalhes de peças muito
pequenas.

ESCALA NATURAL : A representação do desenho é igual à dimensão real.


As medidas são transportadas para o desenho sem alterações.
É utilizada para a representação de pequenas peças e
objetos.

3.4 Tipos de Escala : numéricas e gráficas

ESCALAS NUMÉRICAS : A representação é informada pela proporção entre as dimensões


reais e as dimensões do desenho, através da razão entre as
medidas.
É utilizada principalmente em desenhos, projetos e representações
de figuras.

ESCALAS GRÁFICAS : A representação é informada por meio de uma figura que


indica o tamanho que uma determinada medida do
desenho corresponde à medida real.
É utilizada basicamente em mapas e também em figuras.

41
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

3.5 REPRESENTAÇÃO DAS ESCALAS NUMÉRICAS :


A proporção entre as medidas reais e as medidas representadas no desenho é indicada por
meio de um fator X , que é um número que expressa essa relação. Fator X : proporção entre a
dimensão do desenho e a dimensão real, comparando quantas vezes as medidas do desenho são
menores ou maiores que as medidas reais.
Como a proporção que indica o valor da escala é uma relação entre duas medidas de comprimento,
a grandeza da escala é adimensional, ou seja, não tem unidade.

Escalas numéricas de redução : o fator X é maior que 1

1 : X ou 1 _ Lê-se : UM para X
X onde : X é a proporção entre a dimensão do desenho e a dimensão real

Exemplos :

1 : 50 ou 1 _ Lê-se : UM para CINQUENTA

50 onde : Uma medida do desenho representa cinquenta vezes a medida da dimensão real

1 : 100 ou 1 _ Lê-se : UM para CEM

100 onde : Uma medida do desenho representa cem vezes a


medida da dimensão real

Escalas numéricas de ampliação : o fator X é menor que 1

42
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Como o fator X é menor que 1, a comparação entre as medidas do desenho e as medidas reais
é feita com o número 1 sendo expresso no denominador, ou no começo da expressão numérica,
indicando quantas vezes a dimensão real é menor que o desenho.

X : 1 Ou X _ Lê-se : X para UM

1 Onde : X é a proporção entre a dimensão real e a dimensão do desenho

Exemplos :

1 : 0,5 Ou 1 = 2 Ou 2 : 1 Ou seja : UM para MEIO

0,5 1 é a escala de DOIS para UM

2 : 1 Ou 2 _ Lê-se : DOIS para UM


1 onde : duas medidas da dimensão real representam uma medida do desenho
uma medida do desenho representa metade da medida da dimensão real

1 : 0,1 Ou 1 = 10 Ou 10 : 1 Ou seja : UM para ZERO VÍRGULA UM


0,1 1 é a escala de DEZ para UM

10 : 1 ou 10 _ Lê-se : DEZ para UM

1 onde : dez medidas da dimensão real representam uma medida do desenho uma medida
do desenho representa um décimo da medida da dimensão real

Escala numérica natural : o fator X é igual a 1

1 : 1 ou 1 _ Lê-se : UM para UM
1 onde : uma medida do desenho representa a mesma medida da dimensão real

REPRESENTAÇÃO DAS ESCALAS GRÁFICAS :

Utilizada para facilitar a leitura de um mapa, consiste em um segmento de reta dividido de


modo a mostrar graficamente a relação entre as dimensões de um objeto
no desenho e no terreno.
Esse segmento de reta pode ser representado por uma linha com uma pequena espessura,
criando um retângulo, formado por uma linha graduada dividida em partes iguais, cada uma delas
representando a unidade de comprimento escolhida para o terreno ou um dos seus múltiplos.
Para a construção de uma escala gráfica a primeira coisa a fazer é conhecer a escala do mapa.
A seguir, arbitra-se uma determinada medida da dimensão real que será utilizada como
referência no desenho, e verifica-se qual o tamanho do desenho necessário para representar essa
medida real desejada, procedimento que é o mais correto e indicado. Outra maneira é verificar qual o
comprimento real que equivale a uma determinada medida do desenho a ser utilizada como
referência, procedimento que pode conduzir a divisões não adequadas na escala gráfica.
Em seguida reproduz-se a medida do desenho quantas vezes forem possíveis até o tamanho
total do desenho da escala gráfica, hachurando-se cada divisão alternadamente .

43
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

É recomendável utilizar uma divisão com subdivisões menores que as das medidas de
referência, chamada de talão, para permitir comparações no desenho de
medidas menores que as medidas de referência. No desenho, o talão pode tanto ser feito
sobre a primeira divisão da própria escala ou a esquerda do ponto inicial da mesma, ou seja,
da sua origem.

Exemplos de procedimentos para construção de uma escala gráfica :

1º PROCEDIMENTO : Construção de uma escala gráfica de 1 : 4000


1º passo : Utilizando o segundo procedimento, verifica-se qual a medida real
correspondente a uma determinada medida do desenho, por exemplo 1 cm.

MEDIDA REAL = 1 cm _ MEDIDA REAL = 1 cm x 4.000 = 4.000 cm = 40 m


1 / 4.000

3.6 PRINCIPAIS ESCALAS E SUAS APLICAÇÕES

Escala de Redução :
As escalas de redução mais comumente usadas são :
1 : 50 – 1 : 75 – 1 : 100 –1 : 200

Escala de Ampliação
As escalas de ampliação mais comumente usadas são :
2 : 1 – 5 : 1 – 10 : 1 –20 : 1 – 100 : 1

Aplicação Escala

 Detalhes de terrenos urbanos 1:50


 Planta de pequenos lotes e edifícios 1:100 e 1:200
 Planta de arruamentos e loteamentos urbanos 1:500 e 1:1000
 Planta de propriedades rurais 1:1000- 1:2000 e 1:5000
 Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais 1:5000
1:10000 e 1:25 000
 Cartas de municípios 1:50 000 e 1:100 000
 Mapas de estados, países, continentes ,etc. 1:200 000 a 1:10 000 000

44
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

3.8 REGRAS PARA UTILIZAÇÃO DE ESCALAS

1 : Qualquer que seja a escala usada, ela deve ser anotada de modo evidente no desenho.
2 : Quando o desenho for feito com mais de uma escala ,todas devem constar de modo a
não deixar dúvidas.
3 : Nas escalas escritas sob a forma x:y, o primeiro número x se refere às dimensões do
desenho e o segundo , y as dimensões do objeto representado.
4 : Os valores indicados nas cotas, qualquer que seja a escala, devem ser aqueles que
representem a medida real do objeto. O que deve mudar são as dimensões do
desenho e não as do objeto.
5 : Não mudam para desenho em escala os valores de ângulos.
6 : Os valores das escalas devem ser preferencialmente os indicados na página anterior ,
quando das definições de escala de redução e ampliação ,outros valores devem ser
evitados.

O USO DO ESCALÍMETRO

O escalímetro, escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas
escalas distintas. Pode-se, nesse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos dessas
seis escalas, extrair um grande número de outras escalas.

Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro corresponde a um metro. Isto


significa que aquela dada medida corresponde ao tamanho de um metro na escala adotada

45
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

O escalímetro convencional utilizado na engenharia e na arquitetura é aquele que possui as


seguintes escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125, ou seja, é o escalímetro N o 1.

Escalas mais utilizadas em projetos arquitetônicos:

a. Planta baixa.............. 1:50


b. Cortes.........................1:50
c. Fachadas....................1:50
d. Situação.....................1:200 / 1: 500
e. Localização................1:1000 / 1:2000
f. Cobertura................... 1:100

3.9 DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – COLOCAÇÃO DE COTAS NO


DESENHO ( NBR 10126/87)

Cotas são os números que correspondem às medidas reais no desenho.


As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância
entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé
direito de um pavimento, etc.. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na
dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação,
medindo com o metro, a distância desejada. Portanto, não são indicadas, para os desenhos de
projetos executivos, as escalas de 1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização do
“metro” de obra.
É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes às dimensões de
projeto. São normalmente dadas em centímetros. Isso porque nas obras, os operários trabalham com
o "metro" (trena dobrável com 2 metros de comprimento), que apresenta as dimensões em
centímetros. Assim, para quem executa a obra, usuário do "metro", a visualização e aplicação das
dimensões se torna mais clara e direta. Isso não impede que seja utilizada outra unidade, desde que
mantida em todo o desenho a mesma unidade.
Normalmente, para desenhos de alguns detalhes, quando a execução requer rigorosa precisão,
as dimensões podem ser dadas em milímetros. Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de
nãoapresentar num mesmo desenho, duas unidades diferentes, centímetros e metros por exemplo.
As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados.

46
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Assim, procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas,
como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em metros quadrados".
Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas
indicadas corretamente.
Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e
aborrecimentos.

Elementos componentes da cotagem:

• linha de cota: é a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo cotado e na qual é
posicionado o valor numérico da cota. Não deve se distanciar mais do que 10 (dez) mm do desenho
e não menos que 7 (sete) mm. Para evitar que o desenho fique visualmente poluído, essas linhas se
diferenciam daquelas pertencentes ao desenho, mediante a espessura do traço (que é mais fina para
as cotas).

• linha de extensão (ou auxiliar) de cotagem : é a linha que liga a linha de cota ao elemento que está
sendo cotado. Ela tem a função de delimitar o espaço a ser cotado e se distancia do desenho em
apenas 1 (um) mm.

• finalização das linhas de cota (encontro da linha de cotas e da linha de extensão): usualmente na
representação dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extensão se cruzam e são
adotados pequenos traços inclinados a 45°neste ponto de intersecção das mesmas.

As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do limite
das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não impede que algumas
cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações.
Na sua representação, são utilizadas linhas médias-finas para traçado das "linhas de cota" - que
determina o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências
das medidas; e o "tick" - que determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos
desenhos, a linha de cota, normalmente dista 2,5cm (em escala 1/1) da linha externa mais próxima
do desenho. Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante,
conforme o caso. A distância entre linhas de cota deve ser de 1,0 cm (escala 1/1). As linhas de
chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem tocar – deixar 0,5 cm em
escala 1/1), cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta (0,5 cm em escala
1/1). O tick, sempre a 45º à direita, ou uma circunferência pequena cheia, que cruza a interseção
entre a linha de cota e a de chamada.

47
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha mais grossa ou circunferência
cheia para facilitar a visualização do trecho cotado. O texto deve estar sempre acima da linha de
cota, sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de
cota. Caracteres com 3mm de altura.

Princípios Gerais:

• As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida;
• As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm);
• As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota;
• Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das
dimensões (medidas reais);
• As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados
ACIMA da linha de cota;
• Quando o elemento a cotar for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de
cota:

RESUMO GRÁFICO DAS MEDIDAS NORMATIZADAS PELA NBR 6492

48
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

APLICAÇÂO DE COTAS EM PLANTA BAIXA

49
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

CAPÍTULO 4
PROJETO ARQUITETÔNICO
4.1 Introdução
Os princípios gerais do desenho arquitetônico são os mesmos para qualquer espécie de
trabalho técnico, mas, com uma aplicação especial no emprego de métodos padronizados, símbolos
e convenções particulares, que venham a facilitar a leitura do desenho e a execução da construção.
Os desenhos arquitetônicos podem ser divididos em três classes gerais: desenhos
preliminares, desenho de apresentação e desenhos de execução.
Os desenhos preliminares são os esboços iniciais, onde as idéias são apresentadas no papel
de forma grosseira, a partir de idéias discutidas entre o proprietário e o projetista.
Os desenhos de apresentação são aqueles que consiste na representação real e efetiva do
projeto, com utilização de cores, vistas em perspectivas, sombras e luz. O projetista utiliza, também,
como artifícios para dar a idéia de dimensão do objeto, árvores, figuras humanas, construções
adjacentes, folhagens, etc.

Os desenhos para execução são: planta baixa, planta de situação, diagrama de cobertura,
cortes, fachadas e detalhes, executados sob procedimentos padronizados e escalas pré-definidas.
Devemos lembrar, também, a existência de outros desenhos complementares como projetos
elétricos, hidráulicos e desenhos estruturais.
A partir dessas informações, o projetista poderá desenvolver o projeto em suas várias fases

4.2 Etapas de Um Projeto


Estudo Preliminar

Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer um
programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a
obra.
No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo o
arquiteto estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas primeiras idéias
(croquis).
A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na prefeitura,
que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este documento fornece os parâmetros
mínimos recomendados pela prefeitura, como: recuos, altura máxima da edificação, taxa de
ocupação, coeficiente de aproveitamento...
Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços.

O Anteprojeto.

Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto, feito geralmente no papel sulfurize/manteiga


a mão livre ou com instrumentos, em cores, perspectivas internas e externas, localização de mobílias
etc.

O Projeto Legal.

Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feitas as modificações necessárias, parte-se para
o desenho definitivo - o projeto Legal -, o qual é desenhado com instrumentos e deve ser
apresentado às repartições públicas e servirá de orientação para a construção.

50
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

O Projeto Executivo- detalhes e os projetos complementares

O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, balcões,
armários, e outros) e de especificações de materiais (piso, parede, forros, peças sanitárias,
coberturas, ferragens, etc.). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos
complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra
incêndio e outros.
Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de cópias, em
geral feitas em papel sulfite (AUTOCAD).
Os projetos realizados através de recursos computacionais, são plotados em folhas sulfite e
cortados nos tamanhos adequados. Neste caso, as cópias podem ser coloridas ou não, sendo as
originais, os arquivos salvos em pendrives, no padrão PLT.

Aprovação de projetos

Para aprovação do projeto na prefeitura, são necessários:

a) 3 cópias do projeto arquitetônico;


b) Consulta Prévia
c) Matrícula do terreno
d) Requerimento para pedido de aprovação
e) Guia de ART(Anotação de Responsabilidade Técnica do CREA) paga (órgãos públicos)

Aplicação de Linhas no Projeto de Arquitetura (NBR 8403/84)

51
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Sugestões de Espessuras

52
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.3 COMPOSIÇÃO DO DESENHO

Como em todos os desenhos técnicos, a representação gráfica não se constituirá apenas na


reprodução do objeto, mas também na complementação através de um determinado número de
informações, ou indicadores.
Do ponto de vista didático, convém então dividir os elementos graficados em dois grupamentos:
desenho dos elementos construtivos e representação das informações. Em planta baixa, os
componentes mais comuns e normalmente freqüentes, em cada um dos casos, são os seguintes:
Desenho dos elementos construtivos: paredes e elementos estruturais; aberturas (portas,
janelas, portões); pisos e seus componentes (degraus, rampas, escadas); equipamentos de
construção (aparelhos sanitários, roupeiros, lareiras); aparelhos elétricos de porte (fogões,
geladeiras, máquinas de lavar) e elementos de importância não visíveis.
Representação das informações: nome das dependências; áreas úteis das peças; tipos de
pisos dos ambientes; níveis; posições dos planos de corte verticais; cotas das aberturas ou
simbologia de representação com quadro de esquadrias; cotas gerais; informações sobre elementos
não visíveis; outras informações.

4.4 PLANTA BAIXA

A planta baixa consiste na visualização superior de uma construção, supondo que a mesma foi
cortado por um plano de corte horizontal paralelo ao piso situado a 1.80 metro de altura e retirando a
parte superior,
.
Através da planta baixa, podemos visualizar os seguintes componentes:

a) disposição, denominação e dimensões dos compartimentos (comprimento e larguras);


b) localização de aberturas (portas, janelas, etc.) com suas dimensões;
c) espessura de paredes;
d) indicação do tipo de piso;
e) localização de aparelhos sanitários existentes nos banheiros, cozinhas, etc;
f) indicação de planos de corte (longitudinais e transversais).

53
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Principais recomendações no traçado da planta baixa

Para executar um projeto em planta baixa, algumas recomendações importantes


devem ser seguidas. São elas:
a) as linhas horizontais devem ser traçadas com a régua T e as verticais, com os esquadros;
b) traçam-se inicialmente, todas as paredes e em seguida, marcam-se as portas e janelas;
c) a escala a ser adotada deverá ser de 1:50 e em casos excepcionais de 1:75 ou 1:100;
d) a planta baixa deverá ser traçada com a frente principal voltada para baixo;
e) na planta baixa deverá ser indicados pelo menos dois cortes, um transversal e um
longitudinal;
f) quando a construção apresenta mais de um pavimento (ex. sobrados), deverá ser apresentada
a planta baixa de cada pavimento separadamente;

g) as paredes externas deverão ter espessura de 25 cm por serem de 1 tijolo e as internas de 15 cm,
por serem de 1/2 tijolo .
h) a nomenclatura - “Planta Baixa” e a “Escala” utilizada deverão ser indicadas no canto inferior
direito ou esquerdo do desenho;
i) O desenho deverá ser todo cotado adotando de preferência o cm;
54
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Convenções em PLANTA BAIXA

Linhas

Paredes - linha contínua larga (grossa);


Cortes transversais e longitudinais - linha traço-ponto larga (grossa);
Janelas, portas, peças sanitárias, cotas, hachuras, escadas, etc. - linha contínua estreita
(fina);
Arestas não visíveis acima de 180 m de altura - linha tracejada média;

Paredes

Caracterização no projeto, das partes a conservar, a demolir e a construir: na representação de


uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou
acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:

55
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Janelas

As janelas apresentam dimensões variáveis, com vãos calculados em função da


ventilação/iluminação que o compartimento deve receber. O peitoril, ou seja, a altura da base da
janela em relação ao piso, apresenta alturas diferenciadas em função do cômodo. Na Figura
apresentamos a forma de representação gráfica de janelas em planta baixa, inclusive com o padrão
de cotagem para janelas (dimensão horizontal, vertical e altura de peitoril da janela).

Obs.: 200 - cota horizontal


150- cota vertical
100 - altura do peitorial

Representação gráfica de janelas em planta baixa

Algumas dimensões usuais são adotadas na maioria das janelas durante a elaboração de
planta baixa, contudo, fica a critério do projetista definir quais dimensões das janelas que mais se
adeque ao projeto. Aqui sugerimos algumas dimensões usuais:

a) janelas de quartos, salas e cozinhas: 150x150, 200x150, etc;


b) janelas de banheiros: 50x50, 70x70, 80x80, etc;
c) peitoril de janelas de quartos, salas e cozinhas: 100 cm;
d) peitoril da janela do banheiro: 170 a 190 cm.

Variações de Representação de janelas:

56
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo
estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimensão a
largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas em que o plano
horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.

57
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

PORTAS

As portas, geralmente, vêm com dimensões pré-definidas pelo fabricante. As portas podem
ser de uma folha, duas folhas ou de correr (Figura 16). As dimensões usuais são as seguintes:

a) banheiros e lavabos (lavatório): 60x210;


b) quartos: 70x210 ou 80x210;
c) cozinhas e salas: 80x210.

Representação gráfica de portas em planta baixa

Obs: As dimensões podem ser colocadas diretamente no desenho ou através de letras do


nosso alfabeto com a respectiva descrição das dimensões na legenda (por exemplo: J1 - Janela
150x150/100; P1 - Porta 80x210, etc).

58
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Simbologia para designação de portas e esquadrias segundo a NBR 6492

Convenções de Materiais Específicos

59
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

PISOS

Em nível de representação gráfica em Planta Baixa, os pisos são apenas distintos em dois tipos:
comuns ou impermeáveis – representados apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos.
Salienta-se que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente
com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos (convenciona-se utilizar 30x30cm ou 50x50cm).

EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO

Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa.
Em uma ou outra situação, são normalmente representados pelo número mínimo de linhas básicas
para que identifiquem sua natureza.

60
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

APARELHOS ELÉTRICOS

Em Planta Baixa são representados os aparelhos elétricos de porte, de posição fixa ou semi-fixa e
projetada, pela necessidade de conhecimento de seus posicionamentos, com vista aos projetos
complementares.

ÁREAS DOS AMBIENTES

São igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas os ambiente (áreas
internas aproveitáveis), de acordo com o seguinte:

 Colocação sempre abaixo do nome do ambiente (deixar espaçamento de 2mm entre cada
texto);
 Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças (3mm ou 2mm);
 Algarismos de eixo vertical;
 Indicação sempre na unidade “M²” (metros quadrados);
 Precisão de dm² (duas casas após a vírgula).

TIPO DE PISO DOS AMBIENTES

Deve ser indicado também, em cada peça/ambiente representado em planta baixa, o seu respectivo
tipo de piso, da seguinte forma:

Colocação sempre abaixo da área útil da peça (deixar espaçamento de 2mm entre cada texto);
Letras do mesmo tamanho que o texto da área (3mm ou 2mm);
Algarismos de eixo vertical;

SALA DE ESTAR BANHEIRO


18,30 M² 3,20 M2
PISO DE MADEIRA PISO CERÂMICO

61
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.4.1 ETAPAS DO DESENHO DE PLANTA BAIXA

A seqüência de etapas descriminada a seguir procura indicar o caminho mais lógico a ser
seguido no desenho da Planta Baixa de um projeto de arquitetura. Na sequência apresentada, além
de uma maximização da racionalização do uso do instrumental de desenho, procura-se um
andamento lógico que, inclusive, viabilize uma conferência do desenho e sua elaboração e minimize
ao máximo a probabilidade de erro.

1ª ETAPA (com traço bem fino – traço de construção):

 Marcar o contorno externo do projeto;


 Desenhar a espessura das paredes externas;
 Desenhar as principais divisões internas;

2ª ETAPA (com traços médios):

 Desenhar as aberturas – portas e janelas;


 Desenhar os equipamentos sanitários e equipamentos
elétricos de porte;
 Desenhar a projeção da cobertura em linha fina
contínua;
 Apagar o excesso dos traços.

3ª ETAPA (com traços médios e fortes):

 Desenhar as linhas tracejadas – projeção da cobertura, reservatórios, outras (traço médio);


 Denominar os ambientes (traço médio);
 Indicar a área de cada ambiente e a especificação do tipo de piso (traço médio);
 Cotar aberturas, códigos e quadro de esquadrias – portas, janelas, portões (traço médio);
 Colocar a indicação de níveis (traço médio);
 Cotar o projeto (linhas finas);
 Desenhar hachura no piso das “áreas molhadas” –com equipamentos hidráulicos (traço fino);
 Indicar a posição dos cortes; a entrada principal; o norte (traço médio/grosso);
 Acentuar a espessura dos traços da parede (traço grosso);
 Denominar o tipo de desenho (planta baixa, planta de cobertura, implantação...), bem como
colocar a escala (1/50; 1/100...).
62
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Modelo 1

63
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Diferença de Níveis em Dependências

As diferenças de níveis de piso são representadas através de um número precedido pelo sinal
negativo ou positivo e serve para mostrar as diferenças de níveis que existem entre os vários
cômodos e entre o cômodo e o nível do terreno (por exemplo, piso do banheiro rebaixado em relação
aos outros cômodos, de modo a evitar o molhamento externo pelo banheiro).
Além de indicarmos a diferença com um sina! e o número (ex.: +0,10), na porta que separa os
dois cômodos traçamos uma linha contínua média dentro da porta, do lado de menor desnível do
compartimento, facilitando dessa forma a visualização do desnível em planta baixa .

Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de
Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero).
A colocação os níveis deve atender ao seguinte:

 Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; Evitar repetição de níveis próximos em
planta;
 Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); Algarismos padronizados pela NBR;
 Escrita horizontal;
 Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível;
 Indicação sempre em metros;
 simbologia convencional:

Em Plantas

Em Cortes

64
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

65
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.5 CORTES TRANSVERSAIS E LONGITUDINAIS

Cortes são planos verticais imaginários que interceptam a construção no seu interior, com a
finalidade de visualizar as alturas e os espaços internos, permitindo esclarecer as dúvidas que
venham a surgir durante a execução da obra. Nos cortes aparecem as alturas de portas e peitoris de
janelas, pé-direito dos vários cômodos, além de detalhes do telhado, que compõem a estrutura de
cobertura da nossa futura construção. Também podemos ver outros elementos, tais como: vergas,
vigas, lajes e fundações. O número de cortes deve ser no mínimo de dois, sendo um transversal e
um longitudinal.
Os cortes são indicados na planta baixa e, preferencialmente, devem ser traçados nos locais
da construção mais ricos em detalhes, geralmente sobre pisos frios (cozinha, banheiros, etc.).
No traçado das linhas de cortes na planta baixa, deve ficar claro o sentido de visualização do
corte.
O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações
entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em altura, e que, por conseqüência,
não são devidamente esclarecidos em planta baixa. A sua orientação é feita na direção dos extremos
mais significantes deste espaço.
Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro longitudinal ao objeto
cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento,
para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais
(plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão).

66
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

POSICIONAMENTO DOS CORTES

Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela presença de: pés-
direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis, equipamentos de construção,
escadas, elevadores..
A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do interesse de visualização.
Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço
dos elevadores.

Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e
interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.
A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica:

A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço
cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua
localização.

67
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens:

a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso;
b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino;
c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas
medidas (altura).
d. Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé
direito, forro...
e. Representação da cobertura (esquemática)
f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm.
g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm
h. Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia)
i. Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente
j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um
pouco acima do piso)
k. Indicar o desvio do corte, quando houver, através de traço e ponto com linha média.
l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade.
m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente

O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação, dividindo-o em duas
partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o

68
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

OUTROS ELEMENTOS NO CORTE

EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO

Os equipamentos de construção podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes


verticais. Tanto numa situação como em outra, basta representá-los com suas linhas básicas, que
identificam o aparelho ou equipamento. Abaixo, algumas representações:

FUNDAÇÕES

São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com dimensões
aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural. Alguns exemplos de
fundações mais utilizadas:

FORROS/LAJES

Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto, representadas de maneira similar


ao contra-piso, com espessura de 10cm. Sobre as paredes, representa-se as vigas em concreto.
Pode haver forro de madeira ou gesso, por exemplo, abaixo da laje ou sem a presença desta. Estes
forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a espessura do forro.

69
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

PAREDES

Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes


seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo paredes em vista
(que não são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar aos pisos em planta.

ABERTURAS

PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno; preferencialmente com linhas duplas
(5cm), quando forem dotadas de marco. Em corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do
fundo em vista.
JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à
planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro
linhas paralelas em traço cheio e médio).

70
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Cotas em Corte

São representadas exclusivamente as cotas verticais, de todos os elementos de interesse em


projeto, e principalmente:

 pés direitos (altura do piso ao forro/teto);


 altura de balcões e armários fixos;
 altura de impermeabilizações parciais;
 cotas de peitoris, janelas e vergas;
 cotas de portas, portões e respectivas vergas;
 cotas das lajes e vigas existentes;
 alturas de patamares de escadas e pisos
 intermediários;
 altura de empenas e platibandas;
 altura de cumeeiras;
 altura de reservatórios (posição e dimensões);

OBS: NÃO SE COTAM OS ELEMENTOS ABAIXO DO PISO (função do projeto estrutural)

Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa:

a) As cotas devem ser preferencialmente externas;


b) As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas;
c) A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira
linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem
afastar-se umas das outras 1,0cm;
d) Todas as dimensões totais devem ser identificadas;
e) As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho;
f) As linhas de cota nunca devem se cruzar;
g) Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de paredes, esquadrias,
vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas totais externas.

71
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

ETAPAS PARA O DESENHO DO CORTE

Colocar o papel sulfurize ( manteiga) sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na
planta baixa;

a) Desenhar a linha do terreno; Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar; Marcar
o pé direito e traçar;
b) Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);
c) Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contra-piso;
d) Desenhar a cobertura ou telhado;
e) Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;
f) Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;
g) Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e porta não
cortadas, parede em vista não cortada....
h) Denominar os ambientes em corte;
i) Colocar a indicação de nível;
j) Colocar linhas de cota e cotar o desenho;
k) Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede – traço grosso; laje – traço
médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço finos.

OBS.: No corte as cotas são somente na verticais. As portas janelas aparecem SEMPRE
FECHADAS.

Os cortes devem ser desenhados SEMPRE NA MESMA ESCALA DA PLANTA BAIXA,


preferencialmente 1/50.

72
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.6 FACHADAS OU VISTA EXTERNA

Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra; ou seja, é como se passasse
um plano vertical rente à obra e se observasse do “infinito”, assim o desenho não seria tridimensional
e sim bidimensional (planificado).
São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente,
auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra,
bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada.
Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como
todos os outros visíveis de fora da edificação.
Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura, as aberturas de
portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os materiais, a textura e o contexto.
Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e sombras projetadas,
diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos. Quanto mais
pesada a delineação de um elemento, mais para a frente ele parece situar-se; quanto mais leve a
delineação, mais ele parece recuar.

QUANTIDADE DE ELEVAÇÕES

A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando sua determinação a critério


do projetista, normalmente dependendo de critérios tais como:
 sofisticação dos acabamentos externos
 número de frentes do lote
 posição da porta principal de acesso
 irregularidade das paredes externas
Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no mínimo uma representação
de elevação, normalmente a frontal.

73
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

DENOMINAÇÃO DAS ELEVAÇÕES

Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica:
ELEVAÇÃO ou FACHADA.
Existindo mais do que uma elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua
localização no projeto.
Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se sempre o mesmo critério:
 pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita,
 lateral esquerda pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste
 pelo nome da rua: para construções de esquina
 pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas)
 letras e números

As referencias de das vistas são retiradas de plantas e cortes

Exemplo de vista acabada


74
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS EM VISTAS

Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser


representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos disponíveis de instrumental e
de escala. saiba-se, complementarmente, que na maioria das vezes não há outra indicação de
informações, senão dos materiais utilizados (não se deve cotar as fachadas).
Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais componentes de
elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem apresentar várias diversificações além das
apresentadas.

Definição técnicas e Planos para Vista em Profundidade


Portas

Janelas

A B C
Guilhotina com De correr com Basculante
venezianas persianas metálica/madeira

75
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Outros exemplos de esquadrias em vista

REVESTIMENTOS:

76
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

ETAPAS PARA O DESENHO DE FACHADA

No caso em que as fachadas/elevações são desenhadas na mesma escala que a planta baixa e os
cortes (recomendável), o trabalho do desenhista fica consideravelmente facilitado – o escalímetro
não precisa ser usado.De acordo com a NBR 6492, fachada é a representação dos planos externos
e elevação é a representação dos planos internos da edificação.

ETAPAS:

1. Colar a prancha em branco sobre a prancheta, sobre a qual vamos desenhar a elevação;
2. Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da elevação que vamos desenhar;
3. Traçar, com o auxílio da régua paralela e dos esquadros, todas as linhas de projeção verticais das
paredes e demais detalhes da planta que são de interesse para o desenho da fachada, na prancha
branca;
4. Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes (com maior detalhe, e com
a altura da cumeeira) lateralmente ao desenho da elevação, alinhando o nível externo do corte com a
linha do piso da elevação;
5. Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da elevação: altura e forma
da cobertura, altura das portas, das janelas, peitoris....

A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas a partir da planta baixa, permite
ao desenhista completar com facilidade o desenho.
Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens, principalmente rapidez e impossibilidade de
erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a planta projetada.
A existência de saliências e reentrâncias nas elevações/fachadas permite obter contrastes de luz
e sombras, que valorizam o desenho.

77
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Exemplo de Fachada Principal

Exemplo de Fachada Perspectivada

78
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.7 PLANTA DE COBERTURA

É a representação ortográfica da vista principal superior de uma edificação, acrescida de


informações, e normalmente acompanhada do desenho da rede pluvial desta edificação.
A finalidade da planta de cobertura é a representação de todos os elementos do telhado, ou a
ele vinculados, do ponto de vista externo.
A rede pluvial é, na maioria das vezes, representada juntamente com a planta de cobertura
pela íntima relação entre estes elementos: a própria cobertura faz parte da rede pluvial.- tipo de
telha;
- inclinação correspondente ao tipo de telha,
- se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises...
- Determinar as cotas parciais e totais da edificação.

ESCALAS
Usualmente se utilizam as escalas 1:100 ou 1:200, conforme detalhamento e informações
necessárias. Porém, no momento do desenho, é aconselhável que se utilize os desenhos da planta
baixa com base. Assim, recomenda-se o desenho em escala 1:50 (mesma da planta baixa) e, caso
necessário, reproduz-se o desenho em cópia reduzida.

ESPESSURAS DE TRAÇOS

As espessuras grossas prevalecem para o desenho da cobertura propriamente dita, decrescendo à


medida que o objeto representado se afasta do observador. A rede pluvial subterrânea, sendo o
elemento mais afastado (e ainda não visível) é sempre indicada com espessura fina.

IDENTIFICAÇÃO DAS LINHAS

Consideradas as setas indicativas dos escoamentos das águas, em telhados de declividade


constante, as linhas podem ser facilmente identificáveis:
a) setas de mesma direção e sentidos opostos indicam cumeeiras (quando sentidos divergentes), ou
rincões horizontais (quando em sentidos convergentes);
b) setas concorrentes com sentido convergente indicam rincões inclinados e divergentes indicam
espigões.

79
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

COMPOSIÇÃO DO DESENHO

O desenho da Planta de Cobertura, acoplado à representação da rede pluvial subterrânea, apresenta


algumas informações:
a) elementos reais:

• desenho do polígono da cobertura e/ou beiral;


• linhas do telhado;
• elementos do telhado (chaminés, reservatórios...)
• contorno da construção (linha tracejada);
• delimitação do terreno;
• elementos da rede pluvial (calhas, condutores, caixas, canalizações...)
b) informações:

• cotas da cobertura;
• cotas de beirais e/ou similares;
• setas de indicação do sentido de escoamento das águas dos telhados, terraços, calhas e
canalizações;
• dimensões dos elementos do telhado;
• cotas de posição de elementos do telhado;
• dimensionamento da rede pluvial (diâmetros, declividades, dimensões gerais..)
• tipos de telhado quanto ao material;

80
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.8 PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E COBERTURA

Nesse caso, representa-se as informações da planta de cobertura (elementos externos do telhado e


rede pluvial) acrescido das informações da planta de localização e elementos da implantação.

81
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.9 PLANTA DE SITUAÇÃO

A planta de situação, uma das partes constituintes de um projeto arquitetônico, tem como
objetivo apresentar a posição do lote (terreno) em relação a seus confrontantes (ruas, praças, etc.) e
a posição da construção em relação ao lote com as suas devidas dimensões.

Principais recomendações no traçado da planta de situação

Na execução de uma planta de situação, algumas recomendações importantes devem


ser seguidas. São elas:
a) escala mínima a ser adotada será de 1-500;
b) na planta de situação, a frente principal da construção deverá ser desenhada voltada
para baixo;
c) a construção será representada na planta de situação apenas peio seu contorno
externo, sendo o seu interior hachurado (linha contínua estreita - fina);
d) na planta de situação deverão ser indicadas as seguintes informações:
d.1) o terreno;
d.2) posição da construção em relação aos limites do terreno;
d.3) orientação geográfica com indicação do Norte (Norte Magnético);
e) a nomenclatura „Planta de Situação”, bem como a “Escala” utilizada no desenho
deverão ser indicadas no canto inferior direito ou esquerdo do desenho;
f) o desenho deverá conter todas as cotas necessárias.

82
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

4.10 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

Nesta planta devem ser representados todos os elementos necessários para localizar a edificação no
terreno.
A seguir é apresentado um exemplo de planta de localização com sugestões de tamanhos de fonte aser
em utilizadas, salientando que no caso de planta e escalas diferentes da do exemplo a seguir estas
fontes deverão ser ajustadas

A seguir são listados alguns dos dados que, se disponíveis, devem constar nas
Plantas de Localização,de acordo com a NBR 6492/94, e com a prática profissional usual.
a) sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e projetads;
b) indicação do norte;
c) indicação de vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, plat
ôs taludes e vegetação;
d) perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais, níveis principais com referênci
a do terreno em relação ao passeio;
e) indicação dos limites externos das edificações: recuos, afastamentos forma, dimensões
e ângulos do terreno;
f) eixos do projeto;
g) amarrações dos eixos do projeto a um ponto de referência;
h) denominação das edificações;

Obs. É cotado somente o lote em questão.

83
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF
4.11 Carimbo

A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a finalidade de


uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os tamanhos e formatos dos
carimbos obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à
margem, no canto inferior direito. Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando
os desenhos são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando,
no entanto, a critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados:

a- Nome do escritório , Companhia etc. ;


b- Título do projeto ;
c- Nome do arquiteto ou engenheiro ;
d- Nome do desenhista e data ;
e- Escalas ;
f- Número de folhas e número da folha ;
g- Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra ;
h- Nome e assinatura do cliente ;

84
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

CAPITULO 5
OUTRAS REPRESENTAÇÔES

5.1 Perspectivas

Perspectivar é representar objetos sobre um plano, denominado quadro. A técnica da


perspectiva fundamenta-se em procedimentos tais que a imagem final se aproxima o mais possível
da realidade e a sua obtenção se dá pela utilização de um sistema de projeção: cônica, cilíndrica
oblíqua ou cilíndrica ortogonal.
A perspectiva representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano,
com o objetivo de transmitir a idéia de largura, altura e profundidade.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em três
tipos diferentes de perspectiva .

Tipos de Perspectivas

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de


representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a idéia menos deformada do
objeto.

5.1.1 PERSPECTIVA ISOMETRICA E DESENHO ISOMÉTRICO

A perspectiva isométrica é realizada aplicando-se um fator de redução de 0,82 nos três eixos.Na
prática porém não se aplica este coeficiente sendo denominado este processo de DESENHO
ISOMÉTRICO. Na prática o desenho isométrico é chamado de perspectiva isométrica. Iso quer dizer
mesma; métrica quer dizer medida, sendo assim, a perspectiva isométrica mantém as mesmas
proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado da
perspectiva isométrica é relativamente simples.

85
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Determinação dos eixos isométricos

Partindo da perspectiva do cubo, e nela considerando como origem a projeção do vértice O, são
traçados os três eixos isométricos, de modo que formem entre si ângulos de 120º; isto se consegue
fazendo com que um dos eixos seja vertical e os outros dois sejam oblíquos de 30º em relação à
horizontal.

Aplicações da Perspectiva Isometrica

Em Esquemas de tubulações Em vista interna de planta baixa

86
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

5.1.2 PERSPECTIVA CAVALEIRA

Os objetos são representados como seriam vistos por um observador situado a uma distância
infinita e de tal forma que os raios visuais sejam paralelos entre si e oblíquas em relação ao quadro.
A face frontal do objeto fica paralela ao quadro o que garante a projeção em tamanho real e
sem deformação da face. Já as profundidades do objeto sofrem certa deformação de acordo
com a inclinação utilizada na projeção.
Este tipo de perspectiva é recomendado para objetos cuja forma geométrica em uma das
faces seja mais complexa.

5.1.3 PERSPECTIVA CONICA

A perspectiva realística é a que representa o objeto de maneira mais real. Uma perspectiva
desta bem feita se assemelha a uma foto.
Este tipo de perspectiva é mais usado pelos arquitetos e decoradores, existindo uma
metodologia para construção, pontos de fuga, etc.
Por observação ela pode ser construída de maneira fácil. As proporções do objeto: largura,
altura e profundidade são obtidas utilizando-se o método da pinça e o quadro transparente.

 Quadro: superfície plana na qual se representa a perspectiva dos objetos


 Ponto de vista (PV): ponto do espaço ocupado pela vista do observador.
 Plano geometral: plano sobre o qual se faz a projeção ortogonal dos objetos cuja
perspectiva se procura
 Linha de Terra (LT): interseção do plano geometral com o quadro
 Linha do Horizonte: interseção do quadro com o plano horizontal que passa pela vista do
observador
 Raio visual: reta que vai da vista do observador até um ponto luminoso de um objeto
 Ponto Principal: projeção do ponto de vista sobre o quadro (situado na linha do horizonte)
 Ponto de Fuga: lugar onde as retas parecem se encontrar na linha do horizonte

87
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Com Um ponto de fuga

 A perspectiva de com ponto de fuga é geralmente usada para estradas, vias férreas, ou
edifícios que se encontram diretamente de frente em relação ao observador e em todos os
objetos que são compostos de linhas paralelas em relação a linha de visão do observador

Com Dois Pontos de Fuga

 A perspectiva com dois-pontos traduz-se por dois pontos que representam um jogo de linhas
paralelas . Tomemos como exemplo olhar uma casa de um canto, poderíamos reparar que
uma parede seria puxada em direção a um ponto de fuga,e a outra parede em direção ao
ponto de fuga oposto.

Com três pontos de fuga

 A perspectiva com três-pontos normalmente é utilizada para ver os objetos de cima ou de


baixo. Além dos dois pontos de fuga anteriores, ou seja um para cada parede, existe agora
um novo ponto que define o teto (parte superior) e o chão (parte inferior) . Exemplo : Quando
olhamos acima de um edifício, o terceiro ponto de fuga situa-se num ponto mais alto no
espaço que os restantes pontos.

88
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Exemplos

Perspectiva Cônica Interna

Perspectiva Cônica Externa com Sombra

89
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Anexos

Exemplo de Planta Baixa Humanizada

90
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Exempo de Representação de Projeto Arquitetonico

91
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Planta Baixa Humanizada

92
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

Perspectivas em Progrmas de Deseho digital

Exemplo de Perspectiva em Maquete Eletrônica- Residência

Exemplo de Perspectiva em Maquete Eletrônica-Prédio Comercial

93
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

94
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

VOCABULÁRIO TÉCNICO

 Abóbada- Cobertura de seção curva.


 Adobe- Tijolo de barro seco ao ar e não cozido.
 Aduela- Peca da grade ou marco de portas e janelas.
 Algeroz- Calha. Coletor de aguas pluviais.
 Alicerce- Base que serve de apoio as paredes de uma construção.
 Alizar- Peça de madeira que cobre a junta entre a esquadria e a parede.
 Alpendre- Parte saliente a Berta de edifício, tendo cobertura própria.
 Andaime- Construção provisória de madeira ou ferro, ao lado das paredes, para uso dos
operários.
 Andar- Pavimento acima do res do chão.
 Aparelho- Acabamento para dar as pedras e madeiras formas geométricas e aparência
adequada.
 Apicoar- Desbastar com ferramenta uma superfície ou pedra.
 Arandela- Aparelho de iluminação fixado na parede.
 Amarração- Disposição dos tijolos.
 Assoalho- Piso de tabuas. Soalho.
 Balanço- Elemento de apoio e contrapeso numa extremidade e com a outra livre.
 Balaustre- Elemento vertical que empregado em serie
 Baldrame- Parte do embasamento entre o alicerce e a parede. Soco.
 Bandeira- Parte superior dos vãos acima das folhas.
 Basculante- Folha móvel, segundo eixo horizontal.
 Batedor, Batente. Rebaixo na aduela onde se encaixa as folhas do vão.
 Beiral- Parte saliente da coberta.
 Bisel- Corte em chanfro na extremidade de uma peça.
 Boleado- De perfil curvo.
 Boneca- Saliência de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de portas e janelas.
 Brita- Pedra quebrada em tamanhos variáveis
 Brise- Quebra-sol. Elemento horizontal ou vertical e proteção contra o sol.
 Caibro- Peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas destinadas a suportar as telhas.
 Caixilho-Quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para vidro ou painel de
vedação. Esquadria .
 Calha- Condutor de águas pluviais.
 Caliça- Pó de cal. Resto de demolição
 Cantaria- Construção de pedras aparelhadas e formando sólidos geométricos de dimensões
e faces regulares.
 Espera- Ferragem acima dos tijolos ou estrutura, salientes para amarrar futuros aumentos da
construção.
 Espigão- Encontro saliente, em desnível, de duas águas do telhado. Tacaniça.
 Esquadria- Fechamento dos vãos. Formada por grade o marco e folhas.
 Estaca- Peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no terreno como base da
construção.
 Estribo- Peça de ferro destinada a sustentar um elemento de construção em relação ao
outro.
 Estuque- Argamassa muito fina usada para acabamento de paredes e forros. Sistema para a
construção de forros ou paredes usando traçados de madeira como apoio.

95
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

 Fêmea- Entalhe de madeira para receber o macho.


 Flecha- Distância vertical entre a posição reta e fletida de uma viga ou peça.
 Folha- Parte móvel da esquadria.
 Folhear- Revestir de madeira.
 Forro- Vedação da parte superior dos compartimentos da construção.
 Forro falso- Forro que se coloca após a construção a laje ou coberta e independente dela.
 Frechal- Viga de madeira colocada sobre uma p Parede ara apoio da cobertura e do forro.
 Fundação- Conjunto de obras sobre as quais se apóia uma construção. Base. Alicerce.
 Galpão- Construção aberta e coberta.
 Gárgula- Tubo em que se despejam as águas do telhado .
 Gelosia- Treliça de madeira, sendo móvel chama-se rótula.
 Grade- Elemento vazado que forma a esquadria. Marco.
 Guarda-corpo- Parapeito. Proteção de um vão.
 Guilhotina- Janela em que as folhas se movem verticalmente.
 Junta- Espaço entre elementos.
 Ladrilho- Peça de forma geométrica, de pouca espessura, de cimento ou barro cozido, em
geral destinada a pisos.
 Lâmina- Bloco vertical numa construção de vários pavimentos.
 Lanternim –Pequena torre destinada à iluminação e ventilação.
 Leque- Degraus na mudança de direção de uma escada.
 Levantar- Medir e desenhar terreno ou construção.
 Linha- Parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas. Tirante. Tensor.
 Longarina- Viga.
 Macho e fêmea- Veja fêmea.
 Mão de força ou Mão Francesa- Elemento inclinado de apoio destinado a reduzir o vão dos
balanços.
 Marco- Veja grade.
 Marquise- Cobertura em balanço.
 Mata-junta- Elemento que cobre o encontro de duas pecas.
 Módulo- Unidade de medida.
 Monta-carga- Aparelho para transporte vertical de pequenos objetos
 Motante- Peca vertical de madeira
 Mosaico- Painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou pastilhas. Montagem
de fotografias aéreas em serviços de cartografia
 Mucharabi - Conjunto de treliças fechando um balcão.
 Nervura- Viga saliente ou n\ao de uma laje. Quando oculta chama-se também viga chata.
 Ombreira- Elemento vertical que protege os vão.
 Óculo - Abertura circular feita numa parede para entrada de luz.
 Osso - Sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o revestimento.
 Pano- Extensão de parede..
 Parapeito- Veja peitoril.
 Parquê- Piso formado por pedaços de madeira, formando desenhos.
 Partido - Disposição de um edifício. Exemplo: partido horizontal.
 Pastilha- Pequena peca de revestimento.

96
discip
ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF

BIBLIOGRAFIA

ABNT. Coletânea de normas de desenho técnico. São Paulo: SENAI-DTE DMD. 1990. 86p.
(Programa de Publicações Técnicas e Didáticas, Série Organização e Administração, 1).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Emprego de Escalas. 8196: 1999. Rio de


Janeiro.
_____. Representação de Projetos de Arquitetura. 6492: 1994. Rio de Janeiro.
_____. Acessibilidade a Edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.9050. Rio de
Janeiro, 2004.

BARROS, Silvestre Albuquerque. Desenho Técnico de Arquitetura. Independente, 1981.

CUIABANO, João Luiz da Silva Pereira. Apostilas de Exercícios de Desenho Técnico–Básico.


Anotações de aulas. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá. 2006.

PEREIRA, Aldemar. Desenho Técnico Básico. 128 p. Editora Livraria Francisco Alves. Rio de
Janeiro. 1976.

FERREIRA, Patrícia. Desenho de Arquitetura. Ao Livro Técnico, 2001.

FRENCH, T. E. Desenho técnico. Tradução por Soveral Ferreira de Souza e Paulo de Barros
Ferlini. Porto Alegre: Editora Globo, 1967. 74Op. Tradução de: A manual of engineering
drawing for students and draftsmen.

NEUFERT, Ernst. Arte de Projetar em arquitetura. Gustavo Gilli, 1997.

MENICUCCI, E.;RODARTE, J. F.;SILVA, N. F. da Apostila de desenho técnico L Lavras: ESALQ,


1988..

MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. Editora Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 1978.
OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Ao Livro Técnico, 1979.

SILVA, Sylvio F. da. Linguagem do desenho técnico (A). 151 p. Editora Livraria Técnica e
Científica Ltda. Rio de Janeiro. 1984.

TESCH, Nilson. Elementos e Normas para Desenhos e Projetos de Arquitetura. 65 p. Livraria


Tecnoprint Ltda. 1979.

NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura


NBR 8196 - Emprego de escalas em desenho técnico
NBR 8402 - Execução de caractere para escrita em desenho técnico
NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas
NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico
NBR 10068 - Folha de desenho - leiaute e dimensões
NBR 10647 - Desenho técnico
NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
NBR 13142 – Dobramento de cópia de desenho técnico.

97

Você também pode gostar