TÉCNICO EM EDIFICAÇÔES
Desenho Técnico I
( Desenho Básico e Arquitetônico)
APOSTILA
2014
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ETAPA I – DESENHO TÉCNICO I FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-EDIF
Prefácio
Boa Leitura
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SUMÁRIO
INTRODUÇÂO......................................................................................................pg 01
ANEXOS...............................................................................................................pg 90
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O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação
de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas
pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas
normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal
da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da
linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras
planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
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O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive”
é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.
No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário
normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica
que, a nível internacional, simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações
tecnológicas.
Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for Standardization –
ISO normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia
e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.
Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos
utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não projetivos (gráficos, diagramas,
fluxogramas etc.).
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O Ambiente do Projetista
Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois
existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos.
Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que
darão início à viabilização das idéias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de esboços.
A partir dos esboços, já utilizando computadores, são elaborados os desenhos preliminares
que correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de anteprojeto.
Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos são elaborados os
desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos.
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Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas
seguidas e respeitadas internacionalmente.
As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer
códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros
e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por
todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor.
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT, fundada em 1940.
Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de
produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país,
reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International
Organization for Standardization – ISO)
Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os
países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela
ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela ISO.
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CAPITULO 1
NORMATIZAÇÂO DO DESENHO
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir os termos
empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos
geométricos (Desenho Projetivo e Não- Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho
Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e
quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador)
Nesta apostila, além das normas citadas acima, como exemplos, os assuntos abordados nos
capítulos seguintes estarão em consonância com as seguintes normas da ABNT:
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1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e uniforme. Furos de
alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos.
2. Revestimento em fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de superfície.
Régua paralela : Como o nome sugere, serve para traçar segmentos paralelos. É muito usada
juntamente com o par de esquadros.
A régua paralela substitui a trégua “T”.
Lápis e lapiseiras
Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas finas, mas
traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros, mas as pontas serào
rombudas.
Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB
ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da preferência pessoal de cada um.
Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com estilete. Para lapiseiras,
recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,3 mm.
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Lápis
Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair;
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.
A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta classificação precedida
de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro), sendo HB a gradação
intermediária.
Outras classificações:
4H – duro e denso: indicado para lay-outs precisos; não indicado para desenhos finais; não use com
a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de apagar; não copia bem.
2H – médio duro: grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; não apaga facilmente se
usado com muita pressão.
FH – médio: excelente peso de mina para uso geral; para layouts, artes finais e letras.
HB – macio: para traçado de linhas densas, fortes e de letras; requer controle para um traçado de
linhas finas; facilmente apagável; copia bem; tende a borrar com muito manuseio.
Lapiseira Tradicional
Devido ao seu grafite relativamente espesso, ela facilita
o traçado de diversos pesos de linhas nítidos. O
principiante deve manter a ponta bem afiada até
desenvolver habilidade de girar a lapiseira enquanto
desenha.
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O traçado deve ser feito sempre no sentido de puxar a lapiseira ou o lápis e não empurrar. Desta
forma você terá um maior controle no traçado.
No desenho com instrumentos, mantenha a lapiseira inclinada, ligeiramente para o lado do
instrumento, régua ou esquadro. Desta forma evita-se que o grafite suje o instrumento de apoio e
provoque borrões.
Lapiseira Mecânica
Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser apontada. Ela é utilizada para o traçado de
linhas nítidas e finas se girada suficientemente durante o traçado. Para linhas relativamente
espessas e fortes, recomenda-se utilizar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite
mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm,
principalmente.
O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a função de proteger o grafite da
quebra quando pressionado ao esquadro no momento da graficação.
Borracha
Sempre se deve utilizar borracha macia, compatível com o trabalho para evitar danificar a
superfície do desenho. Evitar o uso de borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas para
a superfície de desenho.
A borracha deve ser escolhida conforme o que se deseja apagar e o papel utilizado. As
borrachas mais sintéticas acabam borrando o desenho a grafite em papel manteiga, por exemplo.
Esquadros
São usados em pares: um de 45o e outro de 30o / 60o. A combinação de ambos permite obter
vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares.
Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo esquadro através
do papel. Caso o segundo esquadro chegue na ponta do primeiro, segure o segundo esquadro e
ajuste o primeiro para continuar o traçado.
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Exercícios:
a) Com o par de esquadros, em uma folha em branco, trace linhas paralelas horizontais,
verticais e inclinadas. Veja o exemplo abaixo e use como modelo:
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Escalímetro
O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25,
1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma
régua comum (1:1). O uso de escalas será explicado mais adiante.
O escalímetro é um instrumento de desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala
ou facilitar a leitura das medidas de desenhos representados em escala. Podem ser planos ou
triangulares.
Escalímetro Triangular
Escalímetro Plano
É um instrumento com várias lâminas com diferentes réguas de graduação em cada um dos
lados das lâminas, sendo essas lâminas presas por uma das extremidades, que permite a
movimentação de cada uma delas separadamente, de forma a poder ser utilizada independente das
demais. É utilizado principalmente para medir desenhos, em escalas ampliadas ou reduzidas
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Compasso
Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso tradicional possui
uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para
canetas de nanquim ou tira-linhas.
Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso, caso contrário o
instrumento está descalibrado. A ponta de grafite deve ser apontada em “bizel”, feita com o auxílio de
uma lixa.
Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil para grandes
circunferências. Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.
Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas (usado somente para
transportar medidas), compassos de mola (para pequenas circunferências), compasso bomba (para
circunferências minúsculas) e compasso de redução (usado para converter escalas).
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Gabaritos
São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que possibilitam a
reprodução destes nos desenhos.
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Todo desenho técnico deve ser feito ou impresso em uma folha de papel padrão com margens e
legenda. Existem vários tamanhos de folhas. Usaremos um tamanho padrão A4, com margem
legenda de acordo com as figuras seguintes.
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Os formatos da série “A” têm como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma
relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841 2 =1189), e que corresponde a
um retângulo de área igual a 1 m2.
Cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o desenho será visto com clareza.
Todos os formatos devem possuir margens: 25 mm no lado esquerdo, 10 mm nos outros lados
(formatos A0 e A1) ou 7 mm (formatos A2, A3 e A4). Também costuma-se desenhar a legenda no
canto inferior direito.
Obs.: O tamanho da margem não é acrescentado „a dimensão do formato de papel.
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Vale salientar que, o formato final após a dobragem do papel desde o formato A0, será o
formato A4, em virtude desse formato facilitar o arquivamento das folhas em pastas. Mas, antes de
dobrarmos a folha de papel, devemos a folha no local denominado linha de corte, ficando assim a
folha nas dimensões da séria A .
A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho (número, origem,
título, executor etc.) e sempre estará situada no canto inferior direito da folha, conforme
mostra a figura acima.
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Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem. Esta forma
visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com facilidade sem
necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda esteja visível com o desenho dobrado.
As ilustrações abaixo mostram a ordem das dobras. Primeiro dobra-se na horizontal (em
“sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando a dobra com a parte da legenda na frente.
A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitando
desdobrar o desenho sem retirar do arquivo
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Em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linhas diferentes de acordo com o
elemento representado.
As Linhas
Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e
cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte. No desenho
a lápis pode-se utilizar a lapiseira 0,5 e retraçar a linha diversas vezes, até atingir a espessura e
tonalidade desejadas, ou então utilizar-se o grafite 0,9, traçando com a lapiseira bem vertical.
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Traço médio: As linhas médias, ou seja, finas e escuras, representam elementos em vista ou tudo
que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso,
paredes em vista, etc. É indicado o uso do grafite 0,5, num traço firme, com a lapiseira um pouco
inclinada, procurando girá-la em torno de seu eixo, para que o grafite desgaste homogeneamente
mantendo a espessura do traço único.
Traço fino: Para linhas de construção do desenho – que não precisam ser apagadas – utiliza-se
linha bem fina. Nas texturas de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são
representadas por linhas finas. Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se
normalmente o grafite 0,3, ou o grafite 0,5 exercendo pequena pressão na lapiseira.
*** textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios. Títulos ou
informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte.
Qualidade da Linha
a) À nitidez e à claridade;
b) Ao grau de negrume e à densidade;
c) E ao peso apropriado.
As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em espessura, assim o
peso dessa linha é dosada pela densidade do grafite usado – o qual é afetado pelo seu grau de
dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e também pela pressão exercida sobre o desenho.
Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa, quer seja uma
aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou simplesmente uma mudança de
material ou de textura.
Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida, o encontro de duas linhas devem
ser sempre tocando nos seus extremos, mantendo uma relação lógica do início ao fim.
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Observações:
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Podemos traçar linhas auxiliares para fazer a caligrafia técnica, após escolher uma altura
padrão conforme a tabela anterior. Veja na figura seguinte uma forma prática e simplificada de fazer
estas linhas:
Exercicios
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Letras de Mão
O uso de linhas guia é obrigatório para que as letras sejam consistentes na altura.
As letras devem comunicar e não distrair ou prejudicar o desenho em si. Desta forma, algumas dicas:
1. As letras devem ser sempre maiúsculas e não inclinada– letras inclinadas geralmente são
direcionais, distraindo a visão em um desenho retilíneo.
2. Para manter as letras verticais, um pequeno esquadro ajuda a manter os traços verticais das
letras.
3. Mantenha a proporção de áreas iguais para cada letra,para que seu texto seja mais estável.
Exemplo
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CAPITULO 2
CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS
2.1 Noções básicas de Geometria:
A palavra Geometria tem origem grega e significa medida da Terra (geo = Terra, metria = medida).
Para se aprender Geometria é necessário partir de três noções importantes, adotadas sem definição
e por essa razão, chamadas de primitivas geométricas:
Ponto: “A marca de uma ponta de lápis bem fina no papel dá a ideia do que é um ponto.
Toda figura geométrica é considerada um conjunto de pontos.” (Imenes & Lellis.
Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)
Ponto
Costuma-se representar pontos por letras maiúsculas do nosso alfabeto.
Reta: uma linha traçada com régua é uma reta. Imagine agora uma linha reta sem começo,
sem fim, sem espessura. É assim que se concebe uma reta em matemática. (Imenes & Lellis.
Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)
reta r
As retas são representadas por letras minúsculas do nosso alfabeto.
Plano: A superfície de uma mesa é plana. Imagine que tal superfície, conservando-se plana,
se estenda infinitamente em todas as direções. A nova superfície assim obtida é um plano.
(Imenes & Lellis. Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998)
plano α
Os planos são representados por letras gregas minúsculas.
Por exemplo: α (alfa), β (beta) e ɣ (gama).
A reta r
Costuma-se dizer que as semirretas têm começo, mas não tem fim, já que é uma parte da reta.
Segmento de reta: é uma parte da reta compreendida entre dois de seus pontos. É
representado pelos dois pontos que o limita, estes são chamados de extremos. Costuma-se
dizer que um segmento de reta tem começo e fim.
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Mediatriz de um segmento de reta é o nome dado ao conjunto de pontos (que formam uma
reta no plano) que estão à mesma distância de ambas as extremidades desse segmento de
reta.
Ângulo: é o espaço compreendido entre duas semirretas de mesma origem, ou seja, que
iniciam no mesmo ponto.
Ao nomear um ângulo devemos prestar atenção pois o ponto de origem das semirretas, também
chamado de vértice do ângulo deve ficar no centro e apresentar o símbolo ^ que significa ângulo.
As unidades para medir ângulos são chamadas graus e o instrumento usado para medi-los é o
transferidor:
Para utilizá-lo, deve-se colocar seu centro (C) sobre o vértice do ângulo e sua linha base sobre
um dos lados do ângulo. O valor apontado pelo outro lado do ângulo será igual à medida deste.
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Como o ângulo de 90º é muito utilizado, ao invés de colocar sua medida em números, utiliza-se do
símbolo : .
Retas (ou segmentos) paralelas: dizemos que duas ou mais retas (ou segmentos) são
paralelos quando a distancia entre as retas (ou segmentos) não se altera.
Retas (ou segmentos) perpendiculares: duas retas são chamadas perpendiculares quando
são concorrentes e o ângulo formado entre elas mede 90º.
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Exercícios: Trace as construções geométricas com régua e compasso, sem o uso do par
de esquadros.
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Um polígono é chamado regular quando seus lados têm todos a mesma medida e seus ângulos tem
medidas iguais. Estas figuras são muito utilizadas para se fazer mosaicos, em pavimentos de ruas,
no chão de casas etc.
Entre os quadriláteros temos várias figuras, algumas com características especiais como por
exemplo:
Todo paralelogramos são também trapézios, pois tem dois lados paralelos.
Todos os retângulos são também paralelogramos, pois tem lados opostos paralelos.
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4. Quadrado: possui quatro lados de mesma medida e os quatro ângulos medem 90º.
Podemos dizer que os quadrados são um tipo especial de retângulo: um retângulo de 4 lados iguais.
5. Circunferência e Círculo
Circunferência é uma linha fechada onde cada ponto está a uma mesma distância do seu centro (C).
O círculo é uma figura geométrica e possui área.
Outros elementos importantes da circunferência:
Diâmetro(d): é uma corda que passa pelo centro. Pode-se observar que o diâmetro é igual a dois
raios, ou seja, d = 2.r
Quando se considera o interior da circunferência, e não apenas seu contorno, tem-se um círculo.
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Ao observarmos objetos do nosso dia-a-dia, como por exemplo uma caixa de sapato, podemos
perceber que nem todos os seus lados ficam em cima de um mesmo plano. Por esta razão, estas
figuras são chamadas de figuras espaciais. Em uma figura espacial, temos, por exemplo:
As figuras espaciais também têm nomes especiais assim como os polígonos. Abaixo se encontram
alguns deles:
Cubo
Prisma
Pirâmide: Cilindro
Esfera
A base é um polígono qualquer,
as faces são triângulos e estes
se encontram em um único
ponto chamado vértice da
pirâmide.
A mais conhecida é a pirâmide Todos os seus pontos estão a
de Tem bases circulares. uma mesma distância de seu
base quadrada. centro.
Poliedros de Platão
Estes sólidos são estudados desde a Grécia Antiga pela escola de Pitágoras 600 AC.O sufixo edro vem da
palavra grega hédraque significa face. Os prefixos, também oriundos do grego, indicam a quantidade de faces
de cada poliedro:tetra(4),hexa(6),octa(8),dodeca(12) eicosa(20). A palavra cubo vem do latim cubu(estar
deitado, estar estirado; repousar; estar deitado à mesa) e do gregokýbos.
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Conceito de ÉPURA
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CAPITULO 3
Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por
sua projeção sobre um plano. A Figura 2.1 mostra o desenho resultante da projeção de uma
forma retangular sobre um plano de projeção.
Os raios projetantes tangenciam o retângulo e atingem o plano de projeção formando
a projeção resultante.
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Abaixo uma imagem dos 4 diedros dois paralelepípedos. Para aplicação das projeções ortogonais
utilizaremos o 1º Diedro.
As normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos
1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:
– sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
– sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro
No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nos desenhos oriundos dos USA, da Inglaterra e
do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.
Onde para fazer aparecer a terceira dimensão é necessário fazer uma segunda projeção
ortogonal olhando os sólidos por outro lado.
Pode-se obter a partir das figuras planas o entendimento da forma espacial de cada um dos
sólidos representados.
Duas vistas, apesar de representarem as três dimensões do objeto, não garantem a
representação da forma da peça.
A representação das formas espaciais é resolvida com a utilização de uma terceira projeção.
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Representações de Fachadas
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Essa modificação do tamanho dos objetos nos desenhos permite que se represente
desde mapas e aeronaves até pequenas peças como as de um relógio, de modo a
representar o objeto, seja ele qual for, de forma compreensível e precisa.
Outra situação que pode ser encontrada é a vontade de adaptar as peças e objetos a
serem representados em relação ao tamanho do papel a ser utilizado, o que pode tornar
necessário diminuir ou aumentar o tamanho das medidas dos desenhos, em relação às
medidas que as peças e objetos apresentam na realidade.
Esse processo de mudança das dimensões reais de medidas para outras medidas no
desenho é feito pela utilização de escalas.
Definição de escala : É a proporção existente entre uma medida real e a medida de sua
representação no desenho.
MEDIDA REAL
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1 : X ou 1 _ Lê-se : UM para X
X onde : X é a proporção entre a dimensão do desenho e a dimensão real
Exemplos :
50 onde : Uma medida do desenho representa cinquenta vezes a medida da dimensão real
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Como o fator X é menor que 1, a comparação entre as medidas do desenho e as medidas reais
é feita com o número 1 sendo expresso no denominador, ou no começo da expressão numérica,
indicando quantas vezes a dimensão real é menor que o desenho.
X : 1 Ou X _ Lê-se : X para UM
Exemplos :
1 onde : dez medidas da dimensão real representam uma medida do desenho uma medida
do desenho representa um décimo da medida da dimensão real
1 : 1 ou 1 _ Lê-se : UM para UM
1 onde : uma medida do desenho representa a mesma medida da dimensão real
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É recomendável utilizar uma divisão com subdivisões menores que as das medidas de
referência, chamada de talão, para permitir comparações no desenho de
medidas menores que as medidas de referência. No desenho, o talão pode tanto ser feito
sobre a primeira divisão da própria escala ou a esquerda do ponto inicial da mesma, ou seja,
da sua origem.
Escala de Redução :
As escalas de redução mais comumente usadas são :
1 : 50 – 1 : 75 – 1 : 100 –1 : 200
Escala de Ampliação
As escalas de ampliação mais comumente usadas são :
2 : 1 – 5 : 1 – 10 : 1 –20 : 1 – 100 : 1
Aplicação Escala
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1 : Qualquer que seja a escala usada, ela deve ser anotada de modo evidente no desenho.
2 : Quando o desenho for feito com mais de uma escala ,todas devem constar de modo a
não deixar dúvidas.
3 : Nas escalas escritas sob a forma x:y, o primeiro número x se refere às dimensões do
desenho e o segundo , y as dimensões do objeto representado.
4 : Os valores indicados nas cotas, qualquer que seja a escala, devem ser aqueles que
representem a medida real do objeto. O que deve mudar são as dimensões do
desenho e não as do objeto.
5 : Não mudam para desenho em escala os valores de ângulos.
6 : Os valores das escalas devem ser preferencialmente os indicados na página anterior ,
quando das definições de escala de redução e ampliação ,outros valores devem ser
evitados.
O USO DO ESCALÍMETRO
O escalímetro, escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas
escalas distintas. Pode-se, nesse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos dessas
seis escalas, extrair um grande número de outras escalas.
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Assim, procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas,
como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em metros quadrados".
Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas
indicadas corretamente.
Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e
aborrecimentos.
• linha de cota: é a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo cotado e na qual é
posicionado o valor numérico da cota. Não deve se distanciar mais do que 10 (dez) mm do desenho
e não menos que 7 (sete) mm. Para evitar que o desenho fique visualmente poluído, essas linhas se
diferenciam daquelas pertencentes ao desenho, mediante a espessura do traço (que é mais fina para
as cotas).
• linha de extensão (ou auxiliar) de cotagem : é a linha que liga a linha de cota ao elemento que está
sendo cotado. Ela tem a função de delimitar o espaço a ser cotado e se distancia do desenho em
apenas 1 (um) mm.
• finalização das linhas de cota (encontro da linha de cotas e da linha de extensão): usualmente na
representação dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extensão se cruzam e são
adotados pequenos traços inclinados a 45°neste ponto de intersecção das mesmas.
As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do limite
das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não impede que algumas
cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações.
Na sua representação, são utilizadas linhas médias-finas para traçado das "linhas de cota" - que
determina o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências
das medidas; e o "tick" - que determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos
desenhos, a linha de cota, normalmente dista 2,5cm (em escala 1/1) da linha externa mais próxima
do desenho. Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante,
conforme o caso. A distância entre linhas de cota deve ser de 1,0 cm (escala 1/1). As linhas de
chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem tocar – deixar 0,5 cm em
escala 1/1), cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta (0,5 cm em escala
1/1). O tick, sempre a 45º à direita, ou uma circunferência pequena cheia, que cruza a interseção
entre a linha de cota e a de chamada.
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Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha mais grossa ou circunferência
cheia para facilitar a visualização do trecho cotado. O texto deve estar sempre acima da linha de
cota, sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de
cota. Caracteres com 3mm de altura.
Princípios Gerais:
• As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida;
• As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm);
• As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota;
• Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das
dimensões (medidas reais);
• As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados
ACIMA da linha de cota;
• Quando o elemento a cotar for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de
cota:
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CAPÍTULO 4
PROJETO ARQUITETÔNICO
4.1 Introdução
Os princípios gerais do desenho arquitetônico são os mesmos para qualquer espécie de
trabalho técnico, mas, com uma aplicação especial no emprego de métodos padronizados, símbolos
e convenções particulares, que venham a facilitar a leitura do desenho e a execução da construção.
Os desenhos arquitetônicos podem ser divididos em três classes gerais: desenhos
preliminares, desenho de apresentação e desenhos de execução.
Os desenhos preliminares são os esboços iniciais, onde as idéias são apresentadas no papel
de forma grosseira, a partir de idéias discutidas entre o proprietário e o projetista.
Os desenhos de apresentação são aqueles que consiste na representação real e efetiva do
projeto, com utilização de cores, vistas em perspectivas, sombras e luz. O projetista utiliza, também,
como artifícios para dar a idéia de dimensão do objeto, árvores, figuras humanas, construções
adjacentes, folhagens, etc.
Os desenhos para execução são: planta baixa, planta de situação, diagrama de cobertura,
cortes, fachadas e detalhes, executados sob procedimentos padronizados e escalas pré-definidas.
Devemos lembrar, também, a existência de outros desenhos complementares como projetos
elétricos, hidráulicos e desenhos estruturais.
A partir dessas informações, o projetista poderá desenvolver o projeto em suas várias fases
Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer um
programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a
obra.
No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo o
arquiteto estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas primeiras idéias
(croquis).
A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na prefeitura,
que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este documento fornece os parâmetros
mínimos recomendados pela prefeitura, como: recuos, altura máxima da edificação, taxa de
ocupação, coeficiente de aproveitamento...
Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços.
O Anteprojeto.
O Projeto Legal.
Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feitas as modificações necessárias, parte-se para
o desenho definitivo - o projeto Legal -, o qual é desenhado com instrumentos e deve ser
apresentado às repartições públicas e servirá de orientação para a construção.
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O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, balcões,
armários, e outros) e de especificações de materiais (piso, parede, forros, peças sanitárias,
coberturas, ferragens, etc.). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos
complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra
incêndio e outros.
Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de cópias, em
geral feitas em papel sulfite (AUTOCAD).
Os projetos realizados através de recursos computacionais, são plotados em folhas sulfite e
cortados nos tamanhos adequados. Neste caso, as cópias podem ser coloridas ou não, sendo as
originais, os arquivos salvos em pendrives, no padrão PLT.
Aprovação de projetos
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Sugestões de Espessuras
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A planta baixa consiste na visualização superior de uma construção, supondo que a mesma foi
cortado por um plano de corte horizontal paralelo ao piso situado a 1.80 metro de altura e retirando a
parte superior,
.
Através da planta baixa, podemos visualizar os seguintes componentes:
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g) as paredes externas deverão ter espessura de 25 cm por serem de 1 tijolo e as internas de 15 cm,
por serem de 1/2 tijolo .
h) a nomenclatura - “Planta Baixa” e a “Escala” utilizada deverão ser indicadas no canto inferior
direito ou esquerdo do desenho;
i) O desenho deverá ser todo cotado adotando de preferência o cm;
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Linhas
Paredes
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Janelas
Algumas dimensões usuais são adotadas na maioria das janelas durante a elaboração de
planta baixa, contudo, fica a critério do projetista definir quais dimensões das janelas que mais se
adeque ao projeto. Aqui sugerimos algumas dimensões usuais:
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O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo
estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimensão a
largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas em que o plano
horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.
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PORTAS
As portas, geralmente, vêm com dimensões pré-definidas pelo fabricante. As portas podem
ser de uma folha, duas folhas ou de correr (Figura 16). As dimensões usuais são as seguintes:
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PISOS
Em nível de representação gráfica em Planta Baixa, os pisos são apenas distintos em dois tipos:
comuns ou impermeáveis – representados apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos.
Salienta-se que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente
com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos (convenciona-se utilizar 30x30cm ou 50x50cm).
EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO
Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa.
Em uma ou outra situação, são normalmente representados pelo número mínimo de linhas básicas
para que identifiquem sua natureza.
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APARELHOS ELÉTRICOS
Em Planta Baixa são representados os aparelhos elétricos de porte, de posição fixa ou semi-fixa e
projetada, pela necessidade de conhecimento de seus posicionamentos, com vista aos projetos
complementares.
São igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas os ambiente (áreas
internas aproveitáveis), de acordo com o seguinte:
Colocação sempre abaixo do nome do ambiente (deixar espaçamento de 2mm entre cada
texto);
Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças (3mm ou 2mm);
Algarismos de eixo vertical;
Indicação sempre na unidade “M²” (metros quadrados);
Precisão de dm² (duas casas após a vírgula).
Deve ser indicado também, em cada peça/ambiente representado em planta baixa, o seu respectivo
tipo de piso, da seguinte forma:
Colocação sempre abaixo da área útil da peça (deixar espaçamento de 2mm entre cada texto);
Letras do mesmo tamanho que o texto da área (3mm ou 2mm);
Algarismos de eixo vertical;
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A seqüência de etapas descriminada a seguir procura indicar o caminho mais lógico a ser
seguido no desenho da Planta Baixa de um projeto de arquitetura. Na sequência apresentada, além
de uma maximização da racionalização do uso do instrumental de desenho, procura-se um
andamento lógico que, inclusive, viabilize uma conferência do desenho e sua elaboração e minimize
ao máximo a probabilidade de erro.
Modelo 1
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As diferenças de níveis de piso são representadas através de um número precedido pelo sinal
negativo ou positivo e serve para mostrar as diferenças de níveis que existem entre os vários
cômodos e entre o cômodo e o nível do terreno (por exemplo, piso do banheiro rebaixado em relação
aos outros cômodos, de modo a evitar o molhamento externo pelo banheiro).
Além de indicarmos a diferença com um sina! e o número (ex.: +0,10), na porta que separa os
dois cômodos traçamos uma linha contínua média dentro da porta, do lado de menor desnível do
compartimento, facilitando dessa forma a visualização do desnível em planta baixa .
Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de
Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero).
A colocação os níveis deve atender ao seguinte:
Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; Evitar repetição de níveis próximos em
planta;
Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); Algarismos padronizados pela NBR;
Escrita horizontal;
Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível;
Indicação sempre em metros;
simbologia convencional:
Em Plantas
Em Cortes
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Cortes são planos verticais imaginários que interceptam a construção no seu interior, com a
finalidade de visualizar as alturas e os espaços internos, permitindo esclarecer as dúvidas que
venham a surgir durante a execução da obra. Nos cortes aparecem as alturas de portas e peitoris de
janelas, pé-direito dos vários cômodos, além de detalhes do telhado, que compõem a estrutura de
cobertura da nossa futura construção. Também podemos ver outros elementos, tais como: vergas,
vigas, lajes e fundações. O número de cortes deve ser no mínimo de dois, sendo um transversal e
um longitudinal.
Os cortes são indicados na planta baixa e, preferencialmente, devem ser traçados nos locais
da construção mais ricos em detalhes, geralmente sobre pisos frios (cozinha, banheiros, etc.).
No traçado das linhas de cortes na planta baixa, deve ficar claro o sentido de visualização do
corte.
O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações
entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em altura, e que, por conseqüência,
não são devidamente esclarecidos em planta baixa. A sua orientação é feita na direção dos extremos
mais significantes deste espaço.
Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro longitudinal ao objeto
cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento,
para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais
(plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão).
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Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela presença de: pés-
direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis, equipamentos de construção,
escadas, elevadores..
A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do interesse de visualização.
Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço
dos elevadores.
Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e
interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.
A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica:
A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço
cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua
localização.
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a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso;
b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino;
c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas
medidas (altura).
d. Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé
direito, forro...
e. Representação da cobertura (esquemática)
f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm.
g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm
h. Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia)
i. Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente
j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um
pouco acima do piso)
k. Indicar o desvio do corte, quando houver, através de traço e ponto com linha média.
l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade.
m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente
O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação, dividindo-o em duas
partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o
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EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO
FUNDAÇÕES
São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com dimensões
aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural. Alguns exemplos de
fundações mais utilizadas:
FORROS/LAJES
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PAREDES
ABERTURAS
PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno; preferencialmente com linhas duplas
(5cm), quando forem dotadas de marco. Em corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do
fundo em vista.
JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à
planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro
linhas paralelas em traço cheio e médio).
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Cotas em Corte
Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa:
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Colocar o papel sulfurize ( manteiga) sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na
planta baixa;
a) Desenhar a linha do terreno; Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar; Marcar
o pé direito e traçar;
b) Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);
c) Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contra-piso;
d) Desenhar a cobertura ou telhado;
e) Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;
f) Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;
g) Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e porta não
cortadas, parede em vista não cortada....
h) Denominar os ambientes em corte;
i) Colocar a indicação de nível;
j) Colocar linhas de cota e cotar o desenho;
k) Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede – traço grosso; laje – traço
médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço finos.
OBS.: No corte as cotas são somente na verticais. As portas janelas aparecem SEMPRE
FECHADAS.
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Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra; ou seja, é como se passasse
um plano vertical rente à obra e se observasse do “infinito”, assim o desenho não seria tridimensional
e sim bidimensional (planificado).
São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente,
auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra,
bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada.
Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como
todos os outros visíveis de fora da edificação.
Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura, as aberturas de
portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os materiais, a textura e o contexto.
Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e sombras projetadas,
diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos. Quanto mais
pesada a delineação de um elemento, mais para a frente ele parece situar-se; quanto mais leve a
delineação, mais ele parece recuar.
QUANTIDADE DE ELEVAÇÕES
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Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica:
ELEVAÇÃO ou FACHADA.
Existindo mais do que uma elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua
localização no projeto.
Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se sempre o mesmo critério:
pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita,
lateral esquerda pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste
pelo nome da rua: para construções de esquina
pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas)
letras e números
Janelas
A B C
Guilhotina com De correr com Basculante
venezianas persianas metálica/madeira
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REVESTIMENTOS:
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No caso em que as fachadas/elevações são desenhadas na mesma escala que a planta baixa e os
cortes (recomendável), o trabalho do desenhista fica consideravelmente facilitado – o escalímetro
não precisa ser usado.De acordo com a NBR 6492, fachada é a representação dos planos externos
e elevação é a representação dos planos internos da edificação.
ETAPAS:
1. Colar a prancha em branco sobre a prancheta, sobre a qual vamos desenhar a elevação;
2. Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da elevação que vamos desenhar;
3. Traçar, com o auxílio da régua paralela e dos esquadros, todas as linhas de projeção verticais das
paredes e demais detalhes da planta que são de interesse para o desenho da fachada, na prancha
branca;
4. Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes (com maior detalhe, e com
a altura da cumeeira) lateralmente ao desenho da elevação, alinhando o nível externo do corte com a
linha do piso da elevação;
5. Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da elevação: altura e forma
da cobertura, altura das portas, das janelas, peitoris....
A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas a partir da planta baixa, permite
ao desenhista completar com facilidade o desenho.
Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens, principalmente rapidez e impossibilidade de
erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a planta projetada.
A existência de saliências e reentrâncias nas elevações/fachadas permite obter contrastes de luz
e sombras, que valorizam o desenho.
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ESCALAS
Usualmente se utilizam as escalas 1:100 ou 1:200, conforme detalhamento e informações
necessárias. Porém, no momento do desenho, é aconselhável que se utilize os desenhos da planta
baixa com base. Assim, recomenda-se o desenho em escala 1:50 (mesma da planta baixa) e, caso
necessário, reproduz-se o desenho em cópia reduzida.
ESPESSURAS DE TRAÇOS
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COMPOSIÇÃO DO DESENHO
• cotas da cobertura;
• cotas de beirais e/ou similares;
• setas de indicação do sentido de escoamento das águas dos telhados, terraços, calhas e
canalizações;
• dimensões dos elementos do telhado;
• cotas de posição de elementos do telhado;
• dimensionamento da rede pluvial (diâmetros, declividades, dimensões gerais..)
• tipos de telhado quanto ao material;
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A planta de situação, uma das partes constituintes de um projeto arquitetônico, tem como
objetivo apresentar a posição do lote (terreno) em relação a seus confrontantes (ruas, praças, etc.) e
a posição da construção em relação ao lote com as suas devidas dimensões.
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Nesta planta devem ser representados todos os elementos necessários para localizar a edificação no
terreno.
A seguir é apresentado um exemplo de planta de localização com sugestões de tamanhos de fonte aser
em utilizadas, salientando que no caso de planta e escalas diferentes da do exemplo a seguir estas
fontes deverão ser ajustadas
A seguir são listados alguns dos dados que, se disponíveis, devem constar nas
Plantas de Localização,de acordo com a NBR 6492/94, e com a prática profissional usual.
a) sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e projetads;
b) indicação do norte;
c) indicação de vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, plat
ôs taludes e vegetação;
d) perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais, níveis principais com referênci
a do terreno em relação ao passeio;
e) indicação dos limites externos das edificações: recuos, afastamentos forma, dimensões
e ângulos do terreno;
f) eixos do projeto;
g) amarrações dos eixos do projeto a um ponto de referência;
h) denominação das edificações;
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4.11 Carimbo
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CAPITULO 5
OUTRAS REPRESENTAÇÔES
5.1 Perspectivas
Tipos de Perspectivas
A perspectiva isométrica é realizada aplicando-se um fator de redução de 0,82 nos três eixos.Na
prática porém não se aplica este coeficiente sendo denominado este processo de DESENHO
ISOMÉTRICO. Na prática o desenho isométrico é chamado de perspectiva isométrica. Iso quer dizer
mesma; métrica quer dizer medida, sendo assim, a perspectiva isométrica mantém as mesmas
proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado da
perspectiva isométrica é relativamente simples.
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Partindo da perspectiva do cubo, e nela considerando como origem a projeção do vértice O, são
traçados os três eixos isométricos, de modo que formem entre si ângulos de 120º; isto se consegue
fazendo com que um dos eixos seja vertical e os outros dois sejam oblíquos de 30º em relação à
horizontal.
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Os objetos são representados como seriam vistos por um observador situado a uma distância
infinita e de tal forma que os raios visuais sejam paralelos entre si e oblíquas em relação ao quadro.
A face frontal do objeto fica paralela ao quadro o que garante a projeção em tamanho real e
sem deformação da face. Já as profundidades do objeto sofrem certa deformação de acordo
com a inclinação utilizada na projeção.
Este tipo de perspectiva é recomendado para objetos cuja forma geométrica em uma das
faces seja mais complexa.
A perspectiva realística é a que representa o objeto de maneira mais real. Uma perspectiva
desta bem feita se assemelha a uma foto.
Este tipo de perspectiva é mais usado pelos arquitetos e decoradores, existindo uma
metodologia para construção, pontos de fuga, etc.
Por observação ela pode ser construída de maneira fácil. As proporções do objeto: largura,
altura e profundidade são obtidas utilizando-se o método da pinça e o quadro transparente.
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A perspectiva de com ponto de fuga é geralmente usada para estradas, vias férreas, ou
edifícios que se encontram diretamente de frente em relação ao observador e em todos os
objetos que são compostos de linhas paralelas em relação a linha de visão do observador
A perspectiva com dois-pontos traduz-se por dois pontos que representam um jogo de linhas
paralelas . Tomemos como exemplo olhar uma casa de um canto, poderíamos reparar que
uma parede seria puxada em direção a um ponto de fuga,e a outra parede em direção ao
ponto de fuga oposto.
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Exemplos
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Anexos
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VOCABULÁRIO TÉCNICO
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BIBLIOGRAFIA
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