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O ENTE LÓGICO
O ordenamento da lógica natural seria uma lógica artificial, é como uma arte
lógica, do mesmo modo que um artista possui técnicas de arte ao qual se
baseia. Porém, não é indispensável a ciência o uso da lógica artificial, mas se
a ciência deseja se aperfeiçoar é imprescindível que haja o uso da lógica
artificial, tal como o artista pode-se deixar guiar por seus instintos naturais ou
se submeter à um rigor técnico. É a lógica então a ciência das ciências visto
que é a ciência que estuda os princípios e as leis que dão origem a toda
ciência.
2. O objeto da lógica
Foi estabelecido anteriormente o objetivo e a finalidade da lógica, mas é
necessário que seja estabelecido o objeto, a mateŕia da lógica, aquilo qual a
lógica se dirige. O objeto da arte lógica é aquilo que afeta e fundamenta toda
ciência, isso é a razão.
Muitos desejam colocar a psicologia como a ciência que estuda esses atos
da razão, porém não pode sê-lo, pois a psicologia estuda a razão como algo
real e não como algo ideal, a lógica estuda os atos subjetivos e ideais da
razão não consistindo em nenhum objeto da realidade sensível. Não significa
que quando a razão segue as leis lógicas ela não siga as leis psicológicas,
porém é bem verdade que a razão deduzindo as coisas erroneamente ou
acertadamente continua seguindo as leis psicológicas, portanto elas nada
acrescentam ao objeto e objetivo da lógica, é o mesmo que em um jogo de
xadrez, as leis físicas atuam sobre o movimento físico da mão sobre as
peças, porém em nada essas leis físicas ajudam ou acrescentam ao jogador
que deseja saber as leis do jogo, são leis que atuam idenpendentemente se o
movimento subjetivo do jogo é bom ou ruim.
A lógica tem por objeto algo que não é real nem pode ser, se não que existe
para e pela razão, são portanto entes de razão. Se a razão é suprimida o
objeto da lógica também é suprimido. Seu ser se resume a ser objeto de
conhecimento.
O ato de conceber ou apreender algo não afirma nem nega nada, se não que
toma nota de algo. A simples apreensão é puramente representativa e
natural. Santo Tomás chamava essa apreensão de intelecção dos
indivisíveis. Toda definição manifesta uma estrutura conceitual.O ato de
apreender algo é conceituado como “conceito formal’ e o conteúdo do que é
apreendido é “conceito objetivo” Francisco Suárez disputationes
2. El universal
O universal se refere a uma abstração, toda vez que se abstrai dos seres sua
individualidade é possível conceber algo relativo a uma pluralidade de seres.
Los predicables
A natureza abstrata homem se torna universal quando sem deixar de ser real
a razão adota uma relação de razão universal aplicada a qualquer homem
determinado, cuja universalidade não poderia existir em nenhum homem
concreto e singular determinado. Já o universal pode ser predicabilidade
quando, sem deixar de ser universal, mas baseando-se no que é se
concebe na mente como algo provisto de relação de razão e pode ser
aplicado a uma pluralidade de seres como uma natureza atribuida.
El Juicio
Se o entendimento humano fosse perfeito, bastaria a simples apreensão para
conhecer as coisas tal como são em sua completude, porém o entendimento
humano é imperfeito.
Santo Tomás fala que o ser humano apreende apenas um fragmento do ser
e isso vai se dividindo em uma pluralidade de conceitos objetivos, enquanto
no ser extramental é apenas uma unidade indivisível.
O juízo é a sintése ou correlação entre conceitos objetivos, é unir
mentalmente o que na realidade extramental já se encontra unido.
Mas mesmo para Aristóteles não podemos identificar a síntese mental com
a unidade real, visto que essa última sintetiza quando julga, é um ato do
entendimento, mesmo que com fundamento na realidade. Enquanto a
unidade real é absolutamente UNA, suas partes estão interpenetradas, na
síntese mental cada parte é conceituada separadamente e depois
recomposta.
O estudo do juízo interessa a lógica por essa diferença entre a unidade real e
a unidade mental dos conceitos objetivos. A síntese mental é uma relação de
razão que as coisas tem enquanto conhecidas na segunda operação
intelectual.
O juízo lógico é uma relação de razão que pode ser ou não ser
fundamentada na realidade.
Por Hegel ser panlogista ele tenta associar a ontologia a lógica e portanto
tenta fundir o universal com o singular ou unificá-los e dizer que no juízo um é
o o outro.
Desta forma, o julgamento lógico aparece para nós como uma relação da
razão pela qual a mente manifesta a sua própria maneira a unidade real dos
aspectos inteligíveis de uma coisa. Santo Tomás
Signo: Algo que significa algo outro que não é si mesmo à mente
A oração tem outra espécie que não tem a função de enunciar e sim de dirigir
e ordenar as ações humanas (para qual se requer que a vontade intervenha,
porém se supõe um juízo prévio).
Toda oração é o médio de que um sujeito se vale para comunicar algo para
outro sujeito. A enunciativa tem função de comunicar um pensamento
enquanto a ordenativa tem função de ordenar uma ação.
Se o que o sujeito pede é apenas que seja atendido mentalmente, ele tem a
oração vocativa; quando se pretende responder, a interrogativa, e, por fim, se
se pretende a execução efetiva de alguma obra, a sentença é dita imperativa,
no caso de ser o superior que a dirige ao inferior e depreciativo, em vez
disso, na situação oposta.
“S é P, se Q é R”
Proposição reduplicativa: Aquele que erra, na medida que erra, deve ser
excluído. É uma proposição que junta duas: Aquele que erra deve ser
excluído pelo seu erro. Aquele que erra não deve ser excluído pelo que não é
errôneo nele.
Dictum de omni, et de nullo: tudo que é dito daquilo que é universal se diz
daquilo que se contém abaixo dele. O que se nega do universal se nega
daquilo que tudo está abaixo dele. Aristóteles.
A indução
MIll: 1- Si dos o más casos del fenómeno investigado tienen una sola
circunstancia en común, esta circunstancia, en la que coinciden todos los
casos, es la causa (o el efecto) del fenóomeno dado
La demonstración y la ciencia:
A ciência se limita as coisas que podem ser atribuidas causas entitativas (in
essendo) A necessidade e certeza da conclusão através do conhecimento
etiológico é algo que é necessário para o conhecimento científico.
A ciência não quer provar somente que algo é verdadeiro, e sim dizer o por
quê dela ser verdadeiro. Deus é eterno porque é omniperfeito, é algo
verdadeiro mas sua eternidade repousa na sua imutabilidade e não na sua
ominperfeição, o mesmo ocorre com a ciência, a ciência não quer só provar a
verdade algo como conhecer as causas de sua verdade.
Toda ciência pode ter um objeto material principal, o objeto material da lógica
são as relações de razão da simples apreensão, do juízo e do raciocínio, a
ontologia tem como objeto material o ente enquanto ente, a entidade. Porém,
o objeto material principal da ontologia é a substância, pois este é o que é
mais perfeitamente ente, sendo o acidente praticamente uma determinação
do ente principal, do mesmo modo a lógica se ocupa mais das propriedades
lógicas do raciocínio, por este ser o mais perfeito dos fundamentos científicos
e todos os outros só serem objetos do estudo da lógica em função deste
último.
O objeto formal das ciências pode ser entendido enquanto ofício para fazer
algo ser inteligível e segundamente enquanto é em si mesmo
Santo Tomás afirma que as coisas quanto mais imateriais forem são
também mais inteligíveis e adequadas ao entendimento.
A divisão essencial da ciência é uma divisão por meio do que faz as coisas
serem cientificamente inteligíveis (quod) ou segundo a forma da
imaterialidade das coisas mesmas (quo)
O ENTE MÓVEL
El ente vivo
pero ello lo hace en tanto que forma, es decir, no en cuanto ente completo,
sino únicamente como lo que es, como un coprincipio entitativo, a la manera
de un factor parcial, que por sí solo carecería de poder suficiente. Parte
sustancialmente determinativa de una entidad.
O animal conhece os médios, mas não conhece como médios em si, já que
falta a eles o conhecimento da ideia universal “ser médio para um fim”. Mas
sim, em princípio, tem a capacidade de conhecer todas as coisas que são
médios e, porém não tem a ideia universal, posto que carece da capacidade
de abstração. De onde resulta, definitivamente que o animal só tem por
objeto, o concreto. Seu conhecimento é, portanto, meramente sensível.
Assim correspondendo a vida sensiitva.
A nutrição não somente vale para manter o vegetal (ou todo ser vivente, pois
também o animal irracional e o homem, a sua maneira, tem vida vegetativa),
se não que, baixa certas condições, provoca o crescimento da substância
viva. Tal crescimento não é um simples alargamento, da mesma maneira que
a nutrição tampouco é uma simples intromissão de uma substância na outra.
A substância injetada em um ser vivo unicamente nutre na medida em que
se assimila a este. Porém essa assimilação é algo que corre a cargo do
vivente, algo que ele executa, subordinando o alimento a sua substância
específica e individual. Do mesmo modo, o crescimento é uma atividade que,
mesmo supondo (como a nutrição, a qual, segundo foi dito, é o que, dentro
de certos limites, a determina) um fator externo, tem, sem embargo, no
vivente seu princípio próprio. Por isso o mineral, que carece da capacidade
de automoção, propriamente não cresce. O alargamento do mineral não se
produz com a intususcepción (ou como minha tradução submissão) de outra
substância; es, simplesmente, uma justaposição por la que dois ou mais
corpos coordenan suas quantidades. A simples dilatação é uma força
mecânica.
A figura da árvore que várias pessoas veem está nele como forma que
sustenta, de forma fisicamente unida, nas pessoas não está constituido de
forma material, mas de forma distinta.
Isso mostra que o entendimento é tão amplo quanto o ente, todo ente é, a
príncipio, objeto possível do entendimento humano.
O animal não pode conhecer o ente enquanto ente, não pode conhecer todos
os entes e aqueles que conhece, o conhece de um modo puramente
fenomenico, corpóreo, concreto e singular.
Si nuestra alma subsiste sin materia, debe actuar entonces como una forma
que se posee a sí misma. Por no tener materia, su posesión de sí propía
debe ser precisamente inmaterial, esto es, un conocimiento. La única manera
en que una forma puede tenerse a sí misma es, en efecto, la autoposesión
inmaterial, pues lo que es forma no puede recibir como materia; pero una
autoposesión inmaterial no es otra cosa que una autocognición. En
consecuencia, el objeto formal propio del entendimiento humano como
potencia de un alma en estado de “separación” es la misma esencia del alma
separada. El entendimiento es en ella el poder por el cual, ante todo, se
conoce a sí misma, y a través de esta autocognición, capta sus accidentes
propios.
Assim como as cores não agem de forma passíva em relação a vista, mas
sim em relação a luz, do mesmo modo as imagens sensíveis agem de forma
passiva ao entendimento, mas funciona como causa ativa ao intelecto
possível.
Da mesma maneira que a luz física reflete as cores ao olho, produzindo sua
respectiva espécie impressa corpórea, o entendimento reflete as imagens
sensíveis ao intelecto, liberando a essência formal dos objetos de sua
materialidade e concretude e determinando sua espécie impressa abstrata no
intelecto.
Outras teorias existem, mas são deficientes, dentre elas os sensistas (que
relegam o papel do intelecto) e os intelectualistas (que relegam o papel das
causas empíricas ou sensíveis)
Ex: de intelectualistas: (Hume, Ockham, Locke, Epicuro, Mill, etc.)
Assim o mal enquanto mal é cognoscível, mas não é apetecível. Para que
esse se afaste do mal é necessário que o entendimento, o tenha alcançado
como mal.
A vontade não se relaciona com o ente enquanto ente, mas sim com o “bem”,
e mesmo que se relacione com os bens em geral, se relaciona com eles na
medida em que são um “bem” , algo universal, existem coisas materiais e
imateriais que são um “bem”.
O entendimento move a vontade para seu fim, seu objeto e a vontade move o
entendimento para a aplicação dessa atividade. O entendimento especifica a
vontade e a vontade impulsiona o entendimento.
- Para ele é preciso, sem embargo, que o entendimento apreenda como bom,
e não de um modo especulativo e sim prático.
- É necessário, para que a vontade queira, que se conheça o bom como algo
conveniente aqui e agora, na concreta circunstância real em que o sujeito se
faça.
O ato voolitivo é um ato concreto, que não teria lugar se a vontade não
estivesse determinada em um ou outro sentido, porém o conhecimento
prático não pode por si mesmo determina-la, por ser um conhecimento
ambivalente. Portanto, é necessário que algo saia de sua indiferença a esse
conhecimento; para o que é necessário que nossa faculdade intelectual pare
de considerar os vários aspectos do objeto e os aplique a apenas um. Ora, o
que faz com que o entendimento cesse sua atividade e se aplique a ele é -
como já visto no final da seção anterior - a vontade. Consequentemente, ao
cessar a atividade deliberativa - é disso que consiste a decisão - ela se
determina, no sentido de ser o que faz com que o entendimento, ao
permanecer com um determinado aspecto do objeto, já o especifique de
maneira concreta e determinada.