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Lailah Vilela
Auditora-fiscal do Trabalho/Médica
2020
Introdução
As condições de trabalho
recursos que possibilitam a realização do trabalho
envolvendo as instalações físicas,
os materiais e insumos disponíveis
equipamentos e meios
condições de emprego
Reestruturação
produtiva
Transformações econômicas
demandas do cliente
flutuações do mercado
Estratégia de obter
produtos de qualidade
em curto prazo
•política de treinamento
•capacitação profissional •contratos de trabalho precários
•proteção social •subcontratação em cascata
•externalização de riscos e responsabilidades
•redução de salários e de empregos
Assunção,A.A.
TRABALHO
EMPREGO Precariedade do ambiente de trabalho
P • Ausência de meios
Precariedade do emprego R • Importação de riscos
E • Exposição a microorganismos
• Sem contrato C desconhecidos
• Contrato temporário A • Ambiente psicológico nocivo
RI • Ausência de segurança
Z
Precariedade do estatuto A Precariedade da organização do
do emprego Ç trabalho
• Terceirizado à • Horários extremos
• Parcial O • Polivalência
• Domiciliar • Novas exigências tecnológicas
• Novas demandas dos cidadãos
• Avaliação quantitativa dos resultados
Ser Humano
• Sistemas de comunicação
• Rotinas e procedimentos
• Avaliação de desempenho
• Métodos de treinamento
Macroergonomia
• Contextualizar a empresa
v Porte, origem
v Cultura organizacional
v Estrutura hierárquica
v Mudanças de tecnologia
v Reposição de equipamentos
vDoenças do trabalho
vErgonomia de Concepção
Legislação
• CLT – Capítulo V – Lei 6514/77
vArt 175 – iluminação
Variabilidade Variabilidade
interindividual intraindividual
Matéria Prima
Meios
Meio ambiente
Equipamentos
Equipe
Organização do trabalho
Produto
Compreendendo o trabalho
• Estratégia
O termo agrupa os procedimentos em que o operador é confrontado a um
problema ‘mal colocado e nem mesmo colocado.’
O operador tenta organizar sua atividade, definindo progressivamente subobjetivos
para a construção progressiva de uma decisão.” (Montmollin, 1986)
O caso do minério
O caso do empréstimo no posto de enfermagem
Grandes áreas da Ergonomia
Biomecânica
Biomecânica
Biomecânica
Trabalho Estático e Dinâmico:
Posturas
Movimentos Repetitivos • MÉTODOS PARA ANÁLISE BIOMECÂNICA
• Susanne Rodgers
• OWAS (Ovako Working Posture Analysing System),
• RULA (Rapid Upper Limb Acessment)
• OCRA (Occupational Repetitive Actions)
• LPR (Limite de Peso Recomendável) NIOSH
• Modelos articulados bidimensionais
• Check list de Couto
• ...
Trabalho Estático e Dinâmico
Trabalho dinâmico
Sobrecarga muscular
estática ou dinâmica do Pausas para
pescoço, ombros, dorso e descanso!!
membros superiores e
inferiores, e a partir da
AET
Postura
• é o arranjo relativo das partes do corpo
Literatura:
À flexão de 60º, após
120 minutos, ocorrência
de dor intensa.
Fatores de risco para dor e lesões
Literatura:
Abdução de mais de 60º ou
flexão por mais de 1h/dia.
A POSIÇÃO DA NÓRIA
DETERMINA A POSTURA
Postura determinada pelas condições
de trabalho
Posição da bancada
Exigência de força
Piso escorregadio
Risco da serra
Recomendações:
Adotar postura correta????
Postura determinada pelas condições
de trabalho
Zonas de Alcance
Zona de alcance?
FLEXÃO/ EXTENSÃO DOS BRAÇOS,
FLEXÃO/TORÇÃO do pescoço
Elevação de membros superiores
Desvio de punhos e inclinação do
tronco
Quais os problemas neste trabalho?
E a coluna?
Espaço para movimentação livre de
segmentos corporais?
Postura
Correta?
Grandes áreas da Ergonomia
Biomecânica II
Trabalho em pé
• Sempre que o trabalho puder ser executado na posição
sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado
para esta posição.
Trabalho em pé
• a tensão muscular permanentemente desenvolvida para
manter o equilíbrio dificulta a execução de tarefas de
precisão;
• a penosidade da posição em pé pode ser reforçada se o
trabalhador tiver ainda de manter posturas inadequadas
dos braços (acima do ombro, por exemplo), inclinação ou
torção de tronco, etc.;
Trabalho em pé
A tarefa exige:
• deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e pessoas que fazem rondas;
• manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 kg;
• alcances amplos frequentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto,
deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar
sentado;
• operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados;
• exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento.
• Indústria calçadista
UTILIZADOS POR
ASSENTOS TODOS OS
PARA TRABALHADORES
DESCANSO DURANTE AS
PAUSAS
Movimentos Repetitivos
• Trata-se da execução de ciclos similares de trabalho que
ocorrem mais de uma vez durante a realização de uma tarefa
Movimentos Repetitivos - Dois
conceitos
• Trabalho repetitivo designa a execução de ciclos
similares, com duração inferior a 30 segundos de
trabalho, que ocorrem mais de uma vez durante a
realização de uma tarefa.
• Ou quando o ciclo fundamental de trabalho constitui
50 % da jornada.
• A literatura sugere, ainda como parâmetro, a
existência de um ciclo mais curto que dois minutos, o
qual é repetido durante a jornada.
UNICEP
Grandes áreas da Ergonomia
Aspectos Cognitivos e Psicossociais
Cognição
Objeto Interpretação e
Integração das
Cérebro R
características
Captação E
do objeto aos
S
Estrutura conhecimentos
pelo P
s do sujeito
O
Sistema corticais S
•Memória
Sistema •Categorização T
Características: Sensorial Cognitivo A
•Atenção
- cor •Resolução de S
- textura Problemas: tipos
- tamanho de raciocínio
- formato
•Linguagem
- profundidade
• Insatisfação no Trabalho
• Falta de reconhecimento
• Impossibilidade de ascensão na carreira
• Conflitos hierárquicos
Ergonomia Cognitiva e aspecto
Psicossocial
• Trabalho emocional
• Contato entre pessoas
• Operação Padrão
• Controladores de voo – habilidade consiste em saber quais as regras podem ser infringidas sem
causar danos – às vezes falha e o trabalhador é culpabilizado.
Organização do Trabalho
A exigência de tempo
• A secretária deve:
• atender ao telefone
• prestar informações
• digitar textos
• Etc.
• Trazem sobrecarga?
ALTURA AJUSTÁVEL À
ESTATURA DO
TRABALHADOR E À
NATUREZA DA FUNÇÃO
EXERCIDA
CARACTERÍSTICAS DE
POUCA OU NENHUMA
CONFORMAÇÃO NA BASE
DO ASSENTO
Mobiliário
• ASSENTOS – REQUISITOS MÍNIMOS DE CONFORTO
BORDA FRONTAL
ARREDONDADA
• Bancadas
• posicionamento e movimentação adequados
Equipamentos
• Processamento eletrônico de dados
ângulo visibilidade
teclado independente
distancia olho tela, olho teclado e olho documento iguais
altura ajustável
CLT NR17
NIOSH
SEGURANÇA DO
60 KG TRABALHADOR
Transporte Manual de Cargas
vPeso não pode comprometer a saúde.
vTreinamento ou instruções satisfatórias
vMeios técnicos apropriados
vMulheres e jovens peso inferior ao dos homens
vLevantar – puxar - empurrar
Transporte Manual de Cargas
• Levantamento de peso
NÍVEIS DE RUÍDO
TEMPERATURA
EFETIVA
ILUMINAMENTO
VELOCIDADE
UMIDADE DO AR
RELATIVA DO AR
Análise Ergonômica do
Trabalho - AET
Situações Críticas: o que não pode
passar
Posturas extremas por tempo prolongado
Aceleração do ritmo
Trabalho em pé
Movimentos repetitivos
Análise Ergonômica do Trabalho
• Análise da Atividade
• Comportamentos sobre os
instrumentos e sobre as • medidas
máquinas • registros
• Comportamentos de tomada • gravações
de informações
• Comportamentos de
comunicação (gestuais e
verbais) Reagrupados em uma história com os
motivos
• Comportamento de tomada
de decisão
Será??
AET
• Etapas da AET
1) A análise da demanda e do contexto
2) A análise global da empresa
3) A análise da população de trabalhadores
4) Definição das situações de trabalho a serem estudadas
5) A descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades
desenvolvidas para executá-las, estratégias com autoconfrontação.
6) Estabelecimento de um pré-diagnóstico
7) Observação sistemática da atividade
8) O diagnóstico ou os diagnósticos
9) Validação do diagnóstico - entrevistas
10) O projeto de modificações
11) O cronograma de implementação das modificações
12) O acompanhamento das modificações e suas repercussões
As análises ergonômicas do trabalho
devem contemplar, no mínimo
• a)descrição das características dos postos de trabalho
no que se refere ao mobiliário, utensílios, ferramentas,
espaço físico para a execução do trabalho e condições
de posicionamento e movimentação de segmentos
corporais;
• b)avaliação da organização do trabalho demonstrando:
• 1.trabalho real e trabalho prescrito;
• 2. descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas;
• 3.variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento,
incluindo variações sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais
frequentes;
• 4.número de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em
turnos e trabalho noturno;
As análises ergonômicas do trabalho
devem contemplar, no mínimo
• 5.ocorrência de pausas interciclos;
• 6. explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da
determinação do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das
tarefas executadas;
• 7. histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano;
• 8. explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou dinâmicas do sistema
osteomuscular;
As análises ergonômicas do trabalho
devem contemplar, no mínimo
• c)relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas
pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos;
• Acompanhamento da implantação
• Por Demandas
• Espontâneas
• Noções de Ergonomia para todos os trabalhadores
• Canal de comunicação fácil
• Comitês de Ergonomia
• Busca Ativa
• Queixas de dor e desconforto
• Casos registrados de adoecimento/acidentes
• Uso de medicamentos
• Absenteísmo por causas gerais
• Problemas na produção
Obrigada pela atenção!
Mini currículo
Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela
Médica pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2001, concluiu residência em Medicina Preventiva
e Social com área de concentração em Saúde e Trabalho no Hospital das Clínicas da UFMG em 2003 e
Mestrado em Saúde Coletiva/ Saúde e Trabalho na Faculdade de Medicina da UFMG.
Atualmente é Auditora fiscal do Trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego, trabalha nos grupos de
fiscalização da Inclusão de Pessoas com Deficiência/Reabilitadas e de Saúde e Segurança no Trabalho.
Já foi Médica Perita do INSS e Analista pericial no Ministério Público do Trabalho. Professora de cursos de
pós-graduação em várias escolas, nas áreas de Ergonomia e Saúde e Segurança no Trabalho.
Integrante do Grupo Interministerial para criação do Sistema de avaliação e valoração das deficiências e
do grupo de elaboração do Índice de Funcionalidade Brasileiro IF-Br e de grupo técnico de validação do
IF-BrM.
Integrante do grupo de Elaboração da parte de Saúde e Segurança do E-Social.