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NÍVEIS DE VOCABULÁRIO

Níveis de Vocabulário: De acordo com Garcia (1976, p. 169), “Todo indivíduo medianamente
culto dispõe de quatro tipos de vocabulário: o da língua falada ou coloquial, o da linguagem
escrita, o de leitura e o de simples contato. Os incultos ou analfabetos conhecem certamente
apenas o primeiro. Os dois primeiros tipos constituem o nosso vocabulário ativo que serve à
expressão do nosso pensamento. Os dois últimos representam o nosso vocabulário passivo que
é responsável apenas pela compreensão do pensamento alheio”.

Vocabulário de linguagem coloquial, relativamente pequeno, é o de que nos servimos na vida


diária para satisfazer as necessidades triviais da comunicação oral. Compõe-se, na grande
maioria, de palavras de teor concreto, que, ligadas a coisas ou a situações reais, fluem
espontaneamente na corrente da fala. São em geral aprendidas de ouvido, constituindo moeda
corrente de circulação franca na transação das ideias.

Vocabulário da linguagem escrita é representado pelas palavras que usamos ocasionalmente


na linguagem escrita, seja literária, ou técnico-científica seja apenas didática. Seu acervo é
constituído em parte por palavras do primeiro tipo, acrescidas de outras que raramente, ou nunca,
circulam na linguagem coloquial.

Vocabulário de leitura compreende aquelas palavras que pessoalmente não empregamos nem
na língua literária nem na coloquial, mas cujo sentido nos é familiar. O vocabulário de leitura nos
permite entender facilmente uma página impressa sem necessidade de recorrer ao dicionário.

Vocabulário de contato abrange considerável número de palavras ouvidas ou lidas em situações


diversas, mas cujo significado preciso nos escapa. São dessas palavras, a respeito das quais
costumamos dizer “conheço, mas não sei exatamente o que significam”. É assim um vocabulário
hipotético e inútil, não obstante, bem numeroso.

Famílias Etimológicas: Etimologia é a ciência da origem das palavras. “Por famílias etimológicas
entende-se um grupo de vocábulos cognatos, ou seja, originários de um radical comum. Formam-
se famílias etimológicas através da agregação, ao radical (ou radicais), de vários morfemas: afixos
(prefixos e sufixos), desinências, vogal temática, vogal e consoante de ligação” (XAVIER, 2001, p.
24).

Ex.: leg – do latim legere, ler, colher - lenda, lendário, legenda, legendário, legível, colégio.

Famílias Ideológicas: Segundo Xavier (2001, p. 25), “as palavras podem inter-relacionar-se,
também, pela comunidade ou afinidade de sentido. Isto é o que se chama família ideológica, em
realidade um conjunto de termos irmanados pelo mesmo núcleo de significação, séries de
sinônimos afiliados por uma noção fundamental comum”.
Ex.: casa, domicílio, habitação, lar, morada etc.

Campo Associativo: “As palavras se associam também por uma espécie de imantação
semântica; muito frequentemente, uma palavra pode sugerir uma série de outras que, embora não
sinônimas, com elas se relacionam, em determinada situação ou contexto, pelo simples e
universal processo de associação de ideias. É o agrupamento por afinidade ou analogia, que
poderíamos chamar de campo associativo“ (GARCIA, 1976, p. 167).

Ex.: A palavra mar pode evocar-nos uma série de outras não necessariamente sinônimas como:
vastidão, amplidão, imensidade, infinito, mobilidade, horizonte etc.

SEMÂNTICA – Estudo do significado das palavras


Um dos estudos mais importantes de uma língua é o do significado que as palavras podem
assumir em variados contextos. O significado das palavras dança como em um espetáculo,
surgindo sempre com novas possibilidades.
Vamos conhecer alguns conceitos da semântica que facilitarão seu estudo e a resolução das
questões.

Campos (ou famílias) lexicais e Campo (ou família) semântico.

Os conceitos de campo semântico e campo lexical frequentemente são confundidos por não
estarem devidamente diferenciados ou definidos. Tanto um quanto outro são utilizados pela
linguística textual a fim do melhor e mais adequado uso das palavras da língua portuguesa. Para
entendê-los melhor proponho alguns esclarecimentos conceituais:

Léxico é o conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um


léxico da língua portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em
nossa língua. Quando essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são
chamadas de vocabulário. O conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constitui o
seu vocabulário.

Nenhum falante consegue dominar TODO o léxico da língua que fala, já que o mesmo é
modificado constantemente mediante de palavras novas e várias outras que não são mais
utilizadas. A quantidade de palavras que fazem parte do léxico de uma língua é imensa!
Impossível guardar todas na memória!

O campo lexical é o conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento e
está dentro do léxico de alguma língua.
São exemplos de campos lexicais:

1) o da medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação etc.

2) o da escola: livros, disciplinas, biblioteca, material escolar etc.

3) o da informática: software, hardware, programas, sites, internet etc.

4) o do teatro: expressão, palco, figurino, maquiagem, atuação etc.

5) o dos sentimentos: amor, tristeza, ódio, carinho, saudade etc.

6) o das relações interpessoais: amigos, parentes, família, colegas de trabalho etc.

O campo semântico é o conjunto de possibilidades que uma mesma palavra ou conceito pode
assumir em determinados contextos. O conceito de campo semântico está ligado ao conceito de
polissemia.
Uma mesma palavra pode tomar vários significados diferentes em um mesmo texto, dependendo
de como ela for empregada e de que palavras a acompanham para tornar claro o significado que
ela assume naquela situação.

Por exemplo:

1) conhecer: ver, aprofundar-se, saber que existe etc.

2) bacia: utensílio de cozinha, parte do esqueleto humano.

3) brincadeira: divertimento, distração, passatempo, gozação, piada etc.

4) estado: situação, particípio de estar, divisão de um país etc.

O campo semântico pode também ser o conjunto das expressões que são utilizadas para
expressar um mesmo conceito.
Exemplos:
1) Campo semântico em torno do conceito de morte: bater as botas, falecer, ir dessa para a
melhor, passar para um plano superior, falecer, apagar etc.

2) Campo semântico em torno do conceito de enganar: trapacear, engabelar, fazer de bobo,


vacilar etc.

Polissemia

É a possibilidade de uma palavra ter vários significados, dependendo do contexto de uso.

Poli = vários
Semia = sentido

Exemplos:

As palavras “fabricar” e “romper” podem ter vários significados dependendo do contexto em que
estão inseridas.

balas = manufaturar
ninho = construir
advogados = engendrar
FABRICAR moedas = cunhar
a própria desgraça = maquinar
um ídolo = inventar, forjar

Rompeu a roupa no arame (rasgou)


Romper um segredo (revelar)
ROMPER Romperam as músicas! (participaram)
O senador rompeu com o governo
(desligou-se / brigou com)

Ambiguidade ou Anfibologia

Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.


Exemplos:

Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)

SINONÍMIA E ANTONÍMIA

SINONÍMIA: Duas palavras são sinônimas quando se identificam exatamente (sinônimos perfeitos)
ou aproximadamente (sinônimos imperfeitos) quanto ao significado. Raramente as palavras
apresentam sinonímia perfeita.

Exemplos:

Cara (vulgar) e rosto (delicada) (perfeitos)


Sal e cloreto de sódio (perfeitos)

Aguardar e esperar (imperfeitos) - Ter ou manifestar obediência a; ACATAR; CUMPRIR;


RESPEITAR - Pediu que todos aguardassem as regras da competição.
Pessoa e indivíduo (imperfeitos) - Jur. Ser ao qual se atribuem direitos e obrigações
(pessoa física; pessoa jurídica). /Que não se divide (terras indivíduas)

Educador, mestre e professor (imperfeitos) - Guia espiritual, mentor/ Tinha métodos educadores


excelentes.

Recompensa, gratificação e gorjeta (imperfeitos)

ANTONÍMIA: Duas palavras que se opõem pelo significado.


Exemplos:

Amor e ódio
Euforia e melancolia
Abrir e fechar
Resistir e ceder

HOMONÍMIA E PARONÍMIA

HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA

Partindo do princípio de que as palavras estabelecem entre si uma relação de significado, observe
este enunciado:

Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... Nossa! Como estavam baratas, pois
são frutas da estação.

Atendo-nos aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”, “melão” e também “frutas”, perguntamo-
nos: existe alguma relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao observar o conceito
de hiperonímia e hiponímia, chegaremos à conclusão ora pretendida. Note:

Hiperonímia = como o próprio prefixo já nos indica, esta palavra confere-nos uma ideia de um
todo, sendo que deste todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas.

Hiponímia = demarcando o oposto do conceito da palavra anterior, podemos afirmar que ela
representa cada parte, cada item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim, essas
são palavras hipônimas.

E frutas? “Frutas” representa, portanto, uma palavra hiperonímica de todas as que a ela se
relacionam!!!

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Em determinados contextos, uma palavra pode ser usada no seu sentido próprio, real ou não
(figurado).

SENTIDO DENOTATIVO: É o sentido próprio, real da palavra, o sentido encontrado no dicionário.


É a linguagem comum, objetiva, científica.

Exemplo: - O leão é um animal feroz.


- leão = animal (sentido próprio, verdadeiro).

SENTIDO CONOTATIVO: É a palavra usada não no seu sentido esperado, mas de forma
figurada. É a linguagem poética, literária, diferente da linguagem comum.

Exemplo: - Aquele homem é um leão.


- leão = pessoa forte, brava (sentido figurado, irreal).

Para ilustrar com mais exemplos, vou marcar C para sentido conotativo e D para sentido
denotativo nas frases a seguir:
(__________) Meu pai é meu espelho.
(__________) Quebrei o espelho do banheiro.
(__________) Essa menina tem um coração de ouro.
(__________) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo.
(__________) Fez um transplante de coração.
(__________) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra.
(_____________) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país.
(____________) Completou vinte primaveras.
(____________) Na primavera, os campos florescem.
(____________) O leão procurou o gerente da Metro.
(____________) O metro é uma unidade de comprimento.
(____________) Estava tudo em pé de guerra.
(____________) Ela estava com os pés inchados.
(____________) É órfão de afeto.
(____________) Muito cedo ele ficou órfão de pai.

Atividade

I — Sinônimos — Sabemos que não há sinônimos absolutos; entretanto muitas palavras de


nosso vocabulário podem ter uma semelhança semântica muito grande com outras, e,
dependendo do contexto, uma delas será mais adequada ou precisa. Com essas informações,
realizar o exercício, pesquisando no dicionário sinônimos para os termos arrolados abaixo:

1) Antítese :ideias opostas, oposição, contradição .


O aluno é antitese ao o colega de sala.

2) Apropriaçã: adequação, acerto.


A apropriação na vida acadêmica é valida.

3) Catarse: libertação , purificação.


A leitura proporcionou uma catarse na ideia do aluno.

4) Contradição : desacordo, contestação.


Na reunião escolar ouve contradição em algumas disciplinas.

5) Pedagógico: instrutivo, educacional.


Os assuntos pedagógicos são de interesse de todos , inclusive dos pais dos
alunos.

6) Epistemologia: teoria do conhecimento


a chave do sucesso e a Epistemologia.

7) Ontológico: ciência do ser , estudo do ser.


O assunto comentado na palestra foi sobre Ontológico.

8) Paradigma: exemplo ou padrão a ser seguido , protótipo, modelo.


O paradigma ideal dos uniformes escolares estão modernos.

9) Práxis: conduta ou ação,realização,


prática.
A práxis da instituição e séria.

10) Síntese: composição resumo , reunião das diversas partes.


Os alunos criaram uma síntese curta.

II. Antônimos — Pesquisar no dicionário o antônimo dos termos arrolados abaixo:

1) Afetividade: frieza.
A afetividade na turma e emocionante.

2) Altruísmo: egoísmo, individualismo.


A natureza altruísta das pessoas muda tudo.
3) Conciso: execivo, prolongado.
Ela foi Conciso na hora de falar.

4) Contingente: certo, proposital.


Aquela pessoa teve uma atitude contingente.
5) Empírico: teórico, investigativo.
O professor usou o conhecimento empírico na aula.
6) Eventualidade: frequente,constante.
A Eventualidade dela assustou .

7) Lato: estreito,justo.
A menina gosta de roupas Lato.

8) Prática:teoria,ideia,fundamento.
Os alunos aprendem na prática.

9) Tácito: expresso, claro.


A funcionário não foi Tácito.

10) Teoria: prática, Realidades


O curso tem muita teoria.
HOMONÍMIA E PARONÍMIA

Homonímia: Para Xavier (2001, p. 19), “É a propriedade de duas ou mais palavras, embora
diversas pela significação, apresentarem a mesma estrutura fonológica”, isto é, as palavras
homônimas se escrevem ou se pronunciam de modo idêntico, mas diferem no sentido. Podem ser:

Homônimos Perfeitos: São aqueles em que há completa homofonia, isto é, possuem a mesma
grafia e pronúncia.
Ex.: rio (acidente geográfico) e rio (forma verbal), livro (verbo) e livro (subst.).

Homônimos Homógrafos: São formas que se escrevem com as mesmas letras, mas têm
pronúncias desiguais, possuem a mesma grafia, mas a pronúncia é diferente.

Ex.: retorno (ô) (subs.) e retorno (ó) (v.), governo (é) (v.) e governo (ê) (subst.).

Homônimos Homófonos: São formas em que o som permanece o mesmo, possuem a mesma
pronúncia, mas a escrita é diferente.

Ex.: cozer (cozinhar) e coser (costurar), concerto (de música) e conserto (de consertar algo
quebrado).
Paronímia: Segundo Xavier (2001, p. 20), paronímia “É a circunstância da existência de palavras
que se assemelham quanto à forma, sem nenhuma relação de significado”, isto é, palavras que
possuem uma pequena diferença na grafia e na pronúncia.

Ex.: emergir (vir à tona) e imergir (mergulhar), descrição (ato ou efeito de descrever) e
discrição (qualidade ou procedimento de discreto).

EMPREGO DE ALGUNS HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

MAL / MAU

a) Mau = adjetivo - contrário de bom.


b) Mal = advérbio - contrário de bem.

= conjunção - equivalente a assim que.


= substantivo - quando precedido de artigo, contrário de o bem.

Ex.: Você é um mau jogador. (Você é um bom jogador)


Não pense mal das pessoas. (Não pense bem das pessoas)
Mal chegou e já começou a reclamar. (Assim que chegou ...)
A corrupção é o mal do Brasil. (...é o bem do Brasil)

Obs.: BOM e MAU possuem formas especiais para o comparativo de superioridade e superlativo:
melhor e pior, mas podemos empregar as formas mais bom, mais mau quando comparamos
duas qualidades de um mesmo ser. Isto também vale para grande e pequeno. O advérbio BEM
admite a forma mais bem quando for de intensidade, acompanha adjetivo.

Ex.: Pedrinho é bom e inteligente, mais bom que inteligente.


Minha casa é grande e bonita, mais grande que bonita.
Estou mais bem disposta (adjetivo) hoje.

MAS / MAIS

a) Mas = conjunção - equivale a porém.


b) Mais = advérbio - contrário de menos – refere-se a verbo ou a adjetivo.
= pronome - contrário de menos – refere se a substantivo.

Ex.: A criança caiu, mas não se feriu. (A criança caiu, porém não se feriu)
Este aluno é o mais inteligente (Adj.) da classe. (... é o menos inteligente ...)
Eu tenho mais figurinhas (subst.) que você. (... tenho menos figurinhas ...)

ATRÁS / TRÁS / TRAZ

a) Atrás = preposição - indica lugar.


b) Trás = preposição - indica lugar.
c) Traz = verbo - indica ação de trazer.

Ex.: A caneta caiu atrás da cadeira.

O menino passou por trás do jardim.


Todos os dias ele traz flores para a namorada.

DEBAIXO / DE BAIXO

a) De baixo = preposição + adjetivo - antônimo de alto.


= preposição + substantivo - antônimo de cima.
b) Debaixo = advérbio - equivale a sob.

Ex.: Você pode tomar este vinho, pois ele é de baixo teor alcoólico. de alto teor alcoólico.
Andei esta rua de baixo a cima. (de cima a baixo)
Debaixo da cama, havia muitos brinquedos. (sob a cama ...)

Obs.: embaixo - antônimo - em cima


abaixo - antônimo - acima

ONDE / AONDE

a) Onde - quando o verbo pede preposição em.


b) Aonde - quando o verbo pede preposição a.

Ex.: Onde você mora? (morar em algum lugar) / Aonde você vai? (ir a algum lugar)

EM FIM / ENFIM / A FIM / AFINS

a) Em fim - equivale a no final.


b) Enfim - equivale a finalmente.
c) A fim - equivale a finalidade.
d) Afins - equivale a afinidade.

Ex.: Em fim de tarde, nós costumávamos nos reunir na praça. (No final da ...)
Eles, enfim, chegaram. (Eles, finalmente, chegaram)
Os alunos se reuniram a fim de discutir a questão do aumento. (Os alunos se reuniram com a
finalidade de ...)
Nós tínhamos opiniões afins. (Nós tínhamos afinidade nas opiniões)

SE NÃO / SENÃO

a) Se não = conjunção condicional + advérbio - equivale a caso não.


b) Senão = conjunção adversativa - equivale a ao contrário.

Ex.: Você ganhará um pirulito se não fizer barulho. (... ganhará um pirulito caso não faça...)
Fui logo para a escola, senão teria que explicar aquela bagunça. (Fui logo para a escola, ao
contrário teria que ...)

A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE

a) A cerca de - equivale a a aproximadamente.


b) Acerca de - equivale a sobre, a respeito de.
c) Há cerca de - equivale faz aproximadamente.

Ex.: Estamos a cerca de cem metros da escola. (Estamos a aproximadamente cem metros...)
Os professores discutiam acerca do salário. (... discutiam sobre o salário)
Recebi seu recado há cerca de dois dias. (Recebi seu recado faz aproximadamente ...)

PORQUE / PORQUÊ / POR QUE / POR QUÊ

a) Porque = conjunção - usado nas respostas ou justificativas.


b) Porquê = substantivo - precedido de artigo, equivale a a causa.
c) Por que = preposição + pronome interrogativo - usado em perguntas diretas ou indiretas,
equivale a por qual motivo.
= preposição + pronome relativo - equivale a pelo qual e variações.

d) Por quê = prep.. + pron. interrogativo - usado em final de perguntas ou antes de pausa.

Ex.: Embarquem logo porque o trem já vai partir.

O avião não decolou porque o nevoeiro era muito denso.


Não sei o porquê de tanta confusão. (Não sei a causa de tanta confusão.)
Por que a reunião terminou logo? (Por qual motivo a reunião ...?)
Quis saber por que a reunião terminou logo. (Quis saber por qual motivo ...)
A causa por que lutamos é justa. (A causa pela qual lutamos é justa.)
Chegaram atrasados, por quê?

NENHUMA / NEM UMA – NENHUM / NEM UM

a) Nenhum(a) = pronome indefinido - antônimo de algum(a).


b) Nem um(a) = conjunção + numeral - antônimo de nem dois, nem três ...
Separado quando se quer a negação total.

Ex.: Você fez muitos gols?


Não fiz nenhum. (Fiz algum)
Não fiz nem um. (nem dois, nem três ...)

HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA

Hiperonímia: “Chama-se hiperônima a palavra que possui um sentido mais geral, com relação a
outras de sentido mais específico” (MESQUITA, 1999, p. 158).

Ex.: peixe é hiperônimo de sardinha, atum, cação; dizer é hiperônimo de murmurar, ironizar,
explicar.

Hiponímia: “São palavras de sentido mais específico, com relação a outras de sentido mais geral”
(MESQUITA, 1999, p. 159).
Ex.: girafa, morsa são hipônimas de mamíferos.

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