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Lista 5 - EM737

Lucas Costa Mamedes RA:239881

Questão 1
Tratamentos térmicos consistem em operações de aquecimento e resfriamento contro-
lados, com o objetivo regular a transformação de fase de uma peça até atingir a mi-
croestrutura e propriedades desejadas.

Questão 2
Por meio dos diagramas TTT e TRC é possı́vel relacionar tempo e temperatura com
as fases presentes durante um resfriamento ou aquecimento de uma amostra. Assim,
como o tratamanento térmico objetiva uma microestrutura especı́fica, analisando esses
diagramas é possı́vel traçar qual o tipo de aquecimento ou resfriamento será empregado
(por exemplo, qual a taxa de resfiamento, se haverá um ou mais ciclos etc.) para se atingir
a composição de fases desejada.

Questão3
Para os aços os principais tratamentos térmicos são o recozimento, normalização,
têmpera, martêmpera a austêmpera, que parteda austenita e o revenimento, que parte da
martensita.

Questão 4
Recozimento é um tratamento térmico que tem por objetivo aumentar a ductlidade
e reduzir a dureza de um aço para facilitar a sua usinabilidade e reduzir suas tensões
residuais e facilitar o seu trabalho a frio.

Questão 5
Inicalmente em ambos os tratamentos as peças são aquecidas até uma temperatura em
que ocorra a formação e homogeinização de austenita em toda a peça, a austenitização.
No recozimento pleno, após ser austenitizada a peça é resfriada de forma contı́nua e lenta
até a temperatura ambiente, isso pemite a formação de perlita e ferrita bastante gros-
seiras. Já no recozimento isotérmico a peça é resfriada rapidamente até a temperatura de
transformação de fase desejada e deixada nesse patamar até que toda a estrutura se trans-
forme e posteriormente resfriada até a temperatura ambiente, isso permite a formação de
uma estrutura mais homogênea e bem distribuı́da. Para ambos os tratamentos térmicos,
parte-se de uma microestrutura austenı́tica e para os aços 1020, 1040 e 1060 espera-se
ferrita e perlita grosseiras e para 1080: perlita grosseira ao final. A diferença entre os TT
se dará na homogeneidade das microestruturas.
Questão 6 Em geral, espera-se que os aços recozidos apresentem uma dureza menor
e maior tenacidade após o tratamento. Os resultados obtidos após o recozimento são:
1020: Dureza 111 HB, limite de escoamento: 294,74 MPa e alongamento: 66% limite
de resistência a tração: 395 MPa
1040: Dureza 149 HB, limite de escoamento: 350 MPa e alongamento: 57% limite de
resistência a tração: 520 MPa
1060: Dureza 179 HB, limite de escoamento: 370 MPa e alongamento: 38% limite de
resistência a tração: 625Mpa
1080: Dureza 174 HB, limite de escoamento: 380 MPa e alongamento: 45% limite de
resistência a tração: 615MPa

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Questão 7
No recozimento sub-crı́tico, o aço não chega a ser austenitizado, o tratamento térmico
ocorre abaixo da temperatura de transformação da austenita. Nesse tratamento, ocorre
a recristalização e recuperação da microestrutura da amostra, sendo importante para o
alı́vio e recuperação de peças deformadas a frio, por exemplo.
Questão 8
A normalização é um tratamento térmico que se assemelha ao recozimento, porém
neste caso a etapa de austenitização é mais demorada e ocorre em temperaturas mais
elevadas para que a estrutura seja mais homogênea, o resfriamento no geral é mais rápido
também. Quando comparada com o recozimento, a normalização em aços hipoeutetoides,
gera um aumento na dureza e na resistência mecânica além de reduzir a ductilidade,
quando comparada com o recozimento. Já para aços hipereutetoides, ocorre um aumento
da resistência mecânica e torna o aço menos suscetı́vel a fadiga. Esse tratamento propor-
ciona melhor usinablidade do material. No inı́cio para os aços 1020, 1040, 1060 e 1080
espera-se uma estrutura austenı́tica homogênea e ao final espera-se, para os aços 1020,
1040 e 1060: perlita e ferrita mais finas devido ao resfriamento mais intenso e para o aço
1080: perlita fina.
Questão 9
Em geral, espera-se que os aços normalizados possuam maior resistência mecânica e
menor alongamento que os aços recozidos. Os resultados obtidos após a normalização são
(foi usado o aço 1040, pois o 1045 não foi encontrado em detalhes):
1020: Dureza 131 HB, limite de escoamento: 345 MPa, alongamento: 68% limite de
resistência a tração: 440 MPa
1045: Dureza 170 HB, limite de escoamento: 370 MPa, alongamento: 55% limite de
resistência a tração: 595 MPa
1060: Dureza 229 HB, limite de escoamento: 420 MPa, alongamento: 37% limite de
resistência a tração: 775 Mpa
1080: Dureza 293 HB, limite de escoamento: 525 MPa, alongamento: 21% limite de
resistência a tração: 1015 MPa
Questão 10
Têmpera é um tratamento térmico que objetiva aumentar a resistência mecânica e
dureza de um material. Após o aquecimento e consequente austenitização da amostra,
ela é resfriada rapidamente para ocorrer a formação de martensita somente. Para os aços
1020, 1040, 1060 e 1080, espera-se a formação de microestruturas martensı́ticas e ferrita
acicular para os aços 1020 e 1040, porém quanto maior a concentração de carbono, menor
é a temperatura para a qual o material deve ser resfriado para ocorrer a formação de
100% de martensita.
Questão 11
Para o caso de aços não temperados sem revenimento, esperam-se elevadas durezas
e baixa ductilidade. Os dados apresentados são para aços temperados e posteriormente
revenidos, dados para aços temperados não foram encontrados com riqueza de detal-
hes(devido a baixa aplicação talvez):
1020: Dureza 163HB, limite de escoamento: 275 MPa, alongamento: 38% limite de
resistência a tração: 475 MPa (Poucas mudanças observadas devido ao baixo teor de
carbono)

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1045: Dureza 201-269 HB, limite de escoamento:490 MPa, alongamento: 17% limite
de resistência a tração: 686 MPa
1060: Dureza 262 HB, limite de escoamento:596 MPa, alongamento:20,7% limite de
resistência a tração: 910 Mpa
1080: Dureza 352 HB, limite de escoamento:772 MPa, alongamento:13 % limite de
resistência a tração: 1255 MPa

Questão 12
Não é possı́vel temperar os aços 1020 e 1005,pois o teor de carbono é muito baixo para
que a formação da martensita possa ocorrer.

Questão 13
No processo de têmpera, quase sempre o resfriamento da parte interna e superficial
ocorre de maneiras diferentes devido ao tamanho da peça. Enquanro a superfı́cie se resfria
mais rapidamente, a parte inerna se resfria de maneira bem mais lenta e isso pode gerar
problemas. Durante o resfriamento a austenita (estrutura CFC) se contrai, pelo faro
de se resfriar mais rapidamente, a superfı́cie passa a formar martensita primeiro, e esta
estrutura (TCC) tem um parâmetro de rede maior e logo esta região se expande, enquanto
o interior da peça ainda se contrai. Essa diferença de comportamento entre a parte interna
e externa da peça acarreta em distorções, tensões residuais e até deformações em casos
mais graves.

Questão 14
Temperabilidade é uma medida de quanta martensita é formada quando uma peça é
temperada acima da temperatura crı́tica.

Questão 15
O revenimento consiste em aquecer o material após a têmpera com o objetivo de
reduzir um pouco da sua dureza e resistência mecânica e torná-lo um pouco mais tenaz.
Esse processo é importante, pois geralmente a peça que é obtida após a têmpera possui
dureza e fragilidade muito altas, impossibilitando o seu uso em aplicações industriais,
assim o revenimento atua para tornar essas peças adequadas para essas aplicações.

Questão 16
A têmpera superficial, ao contrário da têmpera convencional produz um aumento na
dureza e resistência apenas na parte superficial da peça, não alterando a sua região interna,
ou seja, apenas a superfı́cie é temperada. Esse tratamento é muito útil quando se deseja
obter um componente com alta resistência ao desgaste superficial, mas que mantenha
uma boam ductilidade no seu interior. Para esses aços: microestrutura variada no inı́cio,
perlita+ferrita entre outras, já no final espera-se que a estrutura inicial se mantenha e
que haja formação de martensita na superfı́cie apenas. A peça obtida terá uma boa
resistência ao desgaste superficial assim como uma peça temperada convencional, porém
terá ua tenacidade e alongamento muito maior nas demais regiôes.

Questão 17
A martêmpera tem por objetivo obter uma estrutura martensı́tica mais homogênea
que a obtida pela têmpera convencional. A peça é resfriada até uma temperatura ligeira-
mente acima da temperatura de formação da martensita e é deixada por um tempo até

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que a temperatura da superfı́cie e interna fiquem próximas (objetivo reduzir o gradi-
ente térmico), após esse perı́odo a peça é resfriada e forma-se martensita.Assim no final
obtém-se uma estrutura martensı́tica mais homogênea e com reduzida tensão residual e
deformação. Para esses aços, parte-se de uma estrutura austenı́tica e no final obtém-se
uma estrutura martensı́tica mais homogênea.

Questão 18
Tratamento térmico que ao contrário das damais formas de temperar aços, tem como
objetivo a obtenção de bainita. Após a austenitização, o material é resfriado até a temper-
atura de formação da estrutura bainı́tica. A estrutura obtida é altamente dúctil, possui
boa resistência à fadiga e mantém uma dureza considerável. Para esses aços, parte-se de
uma estrutura austenı́tica e no final obtém-se uma estrutura bainı́tica.

Questão 19
O teor de carbono está diretamente ligado ao aumento de dureza e resistência dos aços.
Para aços com baixo teor de carbono, geralmente os tratamentos térmicos convencionais
não fazem surtir nenhum efeito muito acentuado nas propriedades mecânicas do material,
como no caso de aços 1020 que basicamente não forma martensita durante a têmpera.

Questão 20
Para o aço 1050:
-Recozimento: Resfriamento ao ar, de forma mais lenta, forma perlita e ferrira gros-
seiras, alta dureza e resistência mecânica. Peça indicada para usinagem.
-Normalização: Pode ser resfriada ao ar também, forma perlita e ferrita mais finas,
garantindo uma resistência e durezas maiores. A estrutura é mais homogênea. Peça
indicada para usinagem.
-Têmpera: Dificilmente será possı́vel um resfriamento intenso o bastante para formar
100% de martensita. Assim forma-se martensita e uma finas lamelas de ferrita acicular,
perlita e bainita. Peça possuirá resistência mecânica e dureza muito elevadas, porém será
muito mais frágil também.
-Revenimento: Pode ser aplicado à peça temperada acima, a microestrutura será
mantida porém haverá uma considerável redução na dureza e um aumento na ductibilidade
da peça.
-Martêmpera: Assim como na têmpera dificilmente formará 100—5 de carbono devido
à crva de formação de ferrita e perlita estar muito deslocada para a esquerda. Assim
formará uma estrutura semelhante a da têmpera, porém esta será mais homogênea e o
gradiente térmico envolvido será menor, acarretando menor deformação e tensão residual
na peça. A peça terá elevada dureza e resistência, mas menores que a da peça temperada
convencionalmente.
-Austêmpera: Forma-se apenas bainita. Peça possuirá elevada ductilidade e con-
siderável dureza.

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