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PIMENTA, Selma; LIMA, Maria; “Estágios supervisionados e o Programa Institucional

de Bolsa de Iniciação à Docência: duas faces da mesma moeda?*” Revista Brasileira de


Educação, v. 24, e240001, 2019.

Este artigo é resultado de pesquisa teórica sobre política de formação de professores, e busca
analisar as possibilidades e limitações da formação desses profissionais no curso de graduação
de licenciatura e verificar os conflitos e contradições políticas que são contra estágios
supervisionados em programas institucionais de bolsa a iniciação a docência.

Segundo o texto ensino superior pertence à categoria de motores de desenvolvimento


econômico, e os professores passam a ser vistos como agentes de mudança, recebendo
pesquisas e treinamentos em competências organizacionais e sociais para garantir valores e
promover mudanças em uma sociedade globalizada.

O artigo cita Shiroma, Moraes e Evangelista (200, p. 13, grifos do origina), “a escola que, na
origem grega, designava o lugar de ócio, é transformada em um grande negocio”, ao relatarem
isso estão se tratando da educação que segundo as suas perspectivas estaria se transformando
em um comércio.

O artigo ainda continua dizendo que a formação sucateada, resulta em trabalhadores


desqualificados, que por sua vez deixam a porta de negócios para os empresários da
educação(que lucram em cima dessa desqualificação), aberta. Diante disso a instabilidade,
inconsistência, terceirização e fragilidade enfrentadas pelos educadores aumentaram o
mercado de vendas de consultoria, certificação e promessas de emprego.

No tópico “O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E


A FORMAÇÃO DE PROFESSORES” o artigo nos mostra vários aspectos e trajetória que o
programa Institucional de bolsa a Iniciação a docência percorreu, como também diversas
características e funções que ele tem nas redes publicas de ensino.

O artigo nos mostra que o objetivo principal do PIBID é unir tanto secretarias estaduais,
quanto municipais de educação e também as universidades públicas na intenção de levar
melhorias para o ensino nas escolas públicas e incentivar o futuros docentes na carreira do
magistério.

Os estágio programado como área de pesquisa nos cursos de formação, contribuem para a
produção a identidade docente, também aumenta e aprofunda o conhecimento pedagógico e e
da prática educativa docente, principalmente quando este estágio esta vinculado as escolas
públicas.

Os autores ainda trazem a tona uma contraposição realizada em sua maioria nas instituições
privadas de ensino, a concepção tecnicista entende o professor como um profissional passivo
em outras palavras um técnico prático, com identidade frágil, ou até mesmo um simples
transmissor de roteiros criado pelos agentes externos.

Caminhando para o final do artigo entra-se em uma discussão entre PIBID e estágio
supervisionado e os encontros e desencontros que ocorrem entre si, o PIBID é bastante
reforçado pelo incentivo das bolsas que alunos e professores de magistério e da universidade
recebem, o estágio supervisionado é marcado pela obrigatoriedade da legislação curricular.

Mesmo no caminho mais difícil, o estágio supervisionado mostrou-se mais abrangente do que
o PIBID, pois nos direciona para uma compreensão das contradições, possibilidades e
limitações das escolas públicas “dialeticamente posicionadas”. O estágio no decorrer do
tempo evoluiu de uma perspectiva que o colocava no final e como a parte prática dos cursos,
para uma compreensão de atividade teórica que leva os estudantes, por meio da pesquisa, á
realidade das escolas desde o início do curso.

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