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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL – UCS

ÁREA DE CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIA


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ADENIR DOUGLAS DE OLIVEIRA


CHRISTIANE DA SILVA DEOLINDO
FERNANDO MOCCELLIN
JORGE BORTOLINI JUNIOR
LUAN BALDASSARI DE OLIVEIRA
MATHEUS PERACHI FAVERO

PROJETO DE FUNDAÇÕES

BENTO GONÇALVES
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8

2 OBJETIVO ........................................................................................................... 9

3 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO ............................................................................... 10

4 SONDAGEM ...................................................................................................... 12

5 TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO .................................................................... 13

6 ESPECIFICAÇÕES PARA DIMENSIONAMENTO ............................................ 15

7 DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO .............................................................. 16

8 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL .............................................................. 23

9 VERIFICAÇÕES ................................................................................................ 30

10 DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DE EQUILÍBRIO ................................... 33

11 QUANTITATIVOS .......................................................................................... 41
8

1 INTRODUÇÃO

O conhecimento do comportamento do solo, sua capacidade de carga e sua


composição são de suma importância para projetar toda e qualquer estrutura da
construção civil. Por meio de equipamentos e análises simples, consegue-se
identificar o reconhecimento dos tipos de solo e as respectivas espessuras de cada
camada do terreno e nível de água.
9

2 OBJETIVO

O objetivo é determinar a capacidade de carga do solo, a partir de projeto


contendo um ponto de sondagem, relatório de sondagem e projeto arquitetônico
para um edifício. Com base nos relatórios e métodos empíricos define-se o tipo de
função e sua profundidade.
10

3 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO

A plana baixa do edifício está representada na Figura 1.

Figura 1 – Planta Baixa

Fonte: Autores (2020)

A tabela de cargas da edificação para as fundações é apresentada conforme


Tabela 1.
11

Tabela 1 – Carga dos pilares


Carga Fx Máx . (kN) Fy Máx. (kN)
Seção
Pilar (Máx.
(cm) positivo negativo positivo negativo
kN)
P1 45x22 1092 0 -1 3 -4
P2 45x22 1150 0 -3 1 -1
P3 45x22 1 1 14 3 -3 2 -1
P4 45x22 1477 0 -1 3 -3
P5 60x22 2148 1 -1 6 -6
P6 45x22 1380 1 -1 2 -3
P7 30x70 1522 3 -3 4 -4
P8 75x25 1981 1 -1 6 -6
P9 45x22 1342 1 -1 3 -4
P10 75x25 2109 1 -1 3 -3
P11 45x22 1422 1 -1 6 -6
P12 30x60 1378 1 -1 2 -3
P13 22x60 1466 0 -1 3 -4
P14 75x25 1702 0 -3 1 -1
P15 45x22 1112 3 -3 2 -1
Fonte: Autor (2020)
12

4 SONDAGEM

Conforme NBR 6484 de 1997, o método de ensaio para o SPT consiste na


perfuração e cravação dinâmica de mostrador-padrão, a cada metro que resulta um
índice de resistência e observa-se o nível do lençol freático.
Diante disto, é realizada a análise do relatório de sondagem e o emprego dos
métodos empíricos para determinar o NSPT. Primeiramente observa-se o nível de
água após 24 horas, que é o limite para a escolha da fundação. Após observa-se os
números de goles para penetrar os últimos 0,30 m e a caracterização do solo. O
relatório é apresentado conforme a Figuras 2.

Figura 2 – Perfil de sondagem

Fonte: Relatório Sondagem (2020).


13

5 TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO

Para o dimensionamento de fundações, define-se uma pressão admissível de


solo, este é utilizado para determinar as dimensões da fundação, de modo que os
esforços solicitantes não ultrapassem o valor da pressão admissível. Estima-se a
tensão, por meio de métodos empíricos.

5.1 SONDAGEM 1

Conforme relatório de ensaio decide-se assentar a fundação a 2,00m,


considerando 3,00 m a partir da cota do terreno, deste modo opta-se pelo uso de
sapata. O solo é essencialmente argiloso, com pouca fração siltosa ou arenosa, para
a determinação do bulbo de tensões, primeiramente foi considerada uma sapata
quadrada de base 1,00m.

Figura 3 – Bulbo de tensões para sondagem

Fonte: Autor (2020)

Como o projeto considera sapatas retangulares, deve-se considerar o bulbo


com 4,00 m de profundidade a partir do assentamento, com isso calcula-se o NSPT
médio.

20+20+23
𝑁𝑆𝑃𝑇𝑚𝑒𝑑 = = 21 (1)
3
14

Por meio do uso de métodos empíricos e desconsiderando o maior e menor


resultado para tensão admissível, calcula-se a média aritmética para determinar a
tensão do solo no ponto de sondagem.

Tabela 2 – Métodos empíricos


TENSÃO TENSÃO
MÉTODO APLICAÇÃO ADMISSÍVEL DO SOLO
(kgf/cm²) (Mpa)
Albieiro e Cintra Todos os tipos de solo 4,20
Alonso, Teixeira
Todos os tipos de solo NSPT ˂ 20 4,20
e Godoy
Hachich Todos os tipos de solo 5 ≤ NSPT ≤ 20 4,20 0,429071
Mello Todos os tipos de solo 4 ≤ NSPT ≤ 16 4,47
Rebello Todos os tipos de solo 4,47
Fonte: Autor (2020)
15

6 ESPECIFICAÇÕES PARA DIMENSIONAMENTO

Utilizam-se critérios, a fim identificar os diferentes tipos de sapatas, onde, no


projeto serão empregadas sapata isolada, de divisas e excêntricas que definidas a
partir do projeto de locação dos pilares. Além disso, define-se a resistência do
concreto, a resistência do aço, bem como seu cobrimento e ângulos de atrito de solo
e sapata.

Tabela 3– Identificação das Sapatas


Sapata Pilar
Divisa P1, P2 e P3
Excêntrica P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12, P13, P14 e P15
Fonte: Autor (2020).

Tabela 4 – Parâmetros de Projeto


Ângulo de atrito
Aço Concreto Cobrimento (cm)
Solo/Sapata - α Solo - φ
CA 50 C25 5 15 30
Fonte: Autor (2020)
16

7 DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO

Com base nas cargas provenientes dos pilares, da tensão admissível do


solo, armaduras e dimensões dos pilares e resistência característica do concreto
dimensiona-se geometricamente as fundações. Para sapatas de divisa, a carga do
pilar foi calculada conforme a sequência de cálculo a seguir.

𝑅1′ = 1.2 × 𝑁 (3)


𝑅1′
𝑆1′ = 1.1 × 𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 (4)

𝑆1′
𝐵1′ = √ , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐵1′ ≥ 60𝑐𝑚 (5)
2

𝐵1′ 𝑏
𝑒1′ = −2 (6)
2
𝑍
𝑅1" = 𝑁 × 𝑍−𝑒1′ (7)

Tabela 5 – Dados para Iterações


Pilares de divisa Carga N (kN) z (cm)
P1 1092 370
P2 1150 370
P3 1114 370
Fonte: Autor (2020)

Tabela 6 – Iterações
0,95R"<=
R1' S1' (cm B1' R1"
Sapata e1' (cm) R1'=R1" R' <=
(kN) ²) (cm) (kN)
1ª 1,05R"
Iteração S1 1310,40 33522 130 43 1233,71 Não Não
S2 1380,00 35302 135 45 1309,23 Não Não
S3 1336,80 34197 135 45 1268,25 Não Não
0,95R"<=
R1' S1' (cm B1' R1"
Sapata e1' (cm) R1'=R1" R' <=
(kN) ²) (cm) (kN)
2ª 1,05R"
Iteração S1 1233,71 31560 130 42,5 1233,71 Sim Ok
S2 1309,23 33492 130 42,5 1299,24 Não Ok
S3 1268,25 32444 130 42,5 1258,56 Não Ok
Fonte: Autor (2020)

Por meio das Tabelas 7 e 8, são apresentadas as dimensões, tanto em a


quanto em b, as cargas verticais e as cargas horizontais dos pilares.
17

Tabela 7 – Dados dos pilares com sapatas excêntricas


Dimensão (cm) Cargas (kN)
Pilar Bitola (mm)
b a N (vert) Fx (horiz) Fy (horiz)
P4 22 45 20,0 1477 1,0 3,0
P5 22 60 20,0 2148 1,0 6,0
P6 22 45 12,5 1380 1,0 3,0
P7 30 70 20,0 1522 3,0 4,0
P8 25 75 20,0 1981 1,0 6,0
P9 22 45 12,5 1342 1,0 4,0
P10 25 75 20,0 2109 1,0 3,0
P11 22 45 20,0 1422 1,0 6,0
P12 30 60 12,5 1378 1,0 3,0
P13 22 60 12,5 1466 1,0 4,0
P14 25 75 20,0 1702 3,0 1,0
P15 22 45 12,5 1112 3,0 2,0
Fonte: Autor (2020).

Tabela 8 – Dados dos pilares com sapatas de divisa


Dimensão (cm) Cargas (kN)
Pilar Bitola (mm)
a b N (vert) Fx (horiz) Fy (horiz)
P1 22 45 12,5 1092 1,0 4,0
P2 22 45 12,5 1150 3,0 1,0
P3 22 45 12,5 1114 3,0 2,0
Fonte: Autor (2020).

Para o dimensionamento geométrico, devem calculadas as dimensões


presentes na Figura 4.

Figura 4 – Dimensões Sapata

Fonte: Norma ABNT (2019)

Com os dados obtidos até o momento, é possível calcular a área da base das
sapatas(s)centradas e excêntricas por meio da Equação 8 e a área da base das
sapatas (s) de divisa pela Equação 9.
1.05×𝑁
𝑆= (8)
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜
18

1.1×𝑅1"
𝑆= (9)
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜

A partir da área da base, pode-se calcular as dimensões dos lados A, maior


lado da sapata, e B, menor lado da sapata, conforme Equações 9 e 10,
respectivamente. Para o caso das sapatas de divisa, o B calculado é igual ao B1’ e a
dimensão A é calculada pela Equação 10.
1 1
𝐵 = 2 × (𝑏 − 𝑎) + √4 × (𝑏 − 𝑎)2 + 𝑆𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (10)
𝑆
𝐴= (11)
𝐵

Após, calcular os valores dos lados da sapata, foram modificados para que
atendêssemos critério da proporcionalidade entre as dimensões da sapata e do pilar.
Portanto, o valor de A foi adotado seguindo a Equação 11, e o valor de B foi
estipulado de modo que todos os critérios fossem atendidos. Ainda, as dimensões A
e B adotadas foram arredondadas para múltiplos de 0,05 m subsequentes ao
resultado encontrado.
Além disso, é importante salientar que as dimensões de A e B sejam tais que
a tensão máxima não ultrapasse a tensão admissível do solo, inclusive em casos
que as dimensões possam gerar interferência com fundações vizinhas.

𝐴 = 𝐵 + (𝑎 − 𝑏) (12)

Para as sapatas de divisa, B deve ser maior ou igual a 0,60 m. Ainda, a razão
entre A e B deve resultar em um valor igual ou inferior à 2,5.Desta forma, os valores
adotados para cada sapata, bem como a área de base de cada uma recalculada
com as dimensões adotadas estão seguem apresentadas na Tabela 9.
19

Tabela 9 – Dimensões A e B das sapatas


Área
Área (cm²) Lados (cm)
(cm²)
B
Sapata B A A
S (arred B A S
(calcul (calcul (arredo
(calculado) ondad (adotado) (adotado) (adotado)
ado) ado) ndado)
o)
S1 31560 130 242,77 130 245 130 245 31850
S2 33236 130 255,66 130 260 130 260 33800
S3 32196 130 247,66 130 250 130 250 32500
S4 36066 178,76 201,76 180 205 180 203 36540
S5 52451 210,81 248,81 215 250 215 253 54395
S6 33698 172,43 195,43 175 200 175 198 34650
S7 37165 173,82 213,82 175 215 175 215 37625
S8 48373 196,36 246,36 200 250 200 250 50000
S9 32770 169,89 192,89 170 195 170 193 32810
S10 51499 203,31 253,31 205 255 205 255 52275
S11 34723 175,20 198,20 180 200 180 203 36540
S12 33649 169,05 199,05 170 200 170 200 34000
S13 35798 171,15 209,15 175 210 175 213 37275
S14 41560 180,39 230,39 185 235 185 235 43475
S15 27153 153,68 176,68 155 180 155 178 27590
Fonte: Autores (2020)

Para a determinar a altura da base, bem como a altura total das sapatas, foi
necessário calcular o comprimento de ancoragem (λb) por meio da Equação 13. O
valor de n utilizado foi 38, visto que o aço será CA 50 e o concreto terá resistência
de 25 MPa. Além disso, o valor do diâmetro do aço do pilar deverá ser utilizado em
centímetros.
λb = 𝑛 × ∅ (13)
A altura da sapata (h) é calculada de acordo com a Equação 14, onde o
cobrimento utilizado foi de 0,05 m para todas as sapatas. O valor foi arredondado
para o número subsequente múltiplo de 0,05 m, assim como as dimensões das
bases A e B.
h = λb + c (14)
A altura da base da sapata (ho) é o maior valor entre h/3 e 0,20m, sendo
adotado múltiplo de 0,05 m subsequente ao obtido. As alturas definidas estão
dispostas na Tabela 10.
20

Tabela 10 – Alturas das sapatas


Alturas (cm)
Sapata n λb (cm)
h h0
S1 38 47,5 75 25
S2 38 47,5 80 30
S3 38 47,5 80 30
S4 38 76 85 30
S5 38 76 85 30
S6 38 47,5 55 20
S7 38 76 85 30
S8 38 76 85 30
S9 38 47,5 55 20
S10 38 76 85 30
S11 38 76 85 30
S12 38 47,5 55 20
S13 38 47,5 55 20
S14 38 76 85 30
S15 38 47,5 55 20
Fonte: Autores (2020)

Além disso, a fim de calcular as sapatas como rígidas, deve-se avaliar a


seguinte proposição:
(𝐴−𝑎)
(15)
3

Caso o valor seja menor ou igual ao valor encontrado para h, a sapata pode
ser calculada como rígida. Os resultados obtidos podem ser verificados na Tabela
11.
21

Tabela 11 – Rigidez das sapatas


Sondagem Resultado
S1 Rígida
S2 Rígida
S3 Rígida
S4 Rígida
S5 Rígida
S6 Rígida
S7 Rígida
S8 Rígida
S9 Rígida
S10 Rígida
S11 Rígida
S12 Rígida
S13 Rígida
S14 Rígida
S15 Rígida
Fontes: Autor (2020).

Após, foram verificados os balanços entre as sapatas e os pilares, conforme


Tabela 14. As Equações 16 e 17 são utilizadas para o cálculo dos balanços.
𝐴 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)−𝑎 (𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟)
CA = (16)
2

𝐵 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)−𝑏 (𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟)
CB = (17)
2

A verificação do valor dos balanços é obtida por meio das condições das
Equações 18 e 19, sendo aplicados somente em sapatas isoladas.

≤ 𝐶𝐴 ≤ 2 × ℎ (18)
2

≤ 𝐶𝐵 ≤ 2 × ℎ (19)
2
22

Tabela 12 – Balanços
Balanços (cm) Verificar Balanços
Sapata
CA CB CA CB

S1 111,50 42,50 Ok Ok
S2 119 42,50 Ok Ok
S3 114 42,50 Ok Ok
S4 79 79 Ok Ok
S5 96,5 96,5 Ok Ok
S6 76,5 76,5 Ok Ok
S7 72,5 72,5 Ok Ok
S8 87,5 87,5 Ok OK
S9 74 74 Ok OK
S10 90 90 Ok OK
S11 79 79 Ok OK
S12 70 70 Ok OK
S13 76,5 76,5 Ok OK
S14 80 80 Ok OK
S15 66,5 66,5 Ok OK
Fonte: Autor (2020).
23

8 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Levando em consideração as excentricidades das sapatas do projeto, foram


determinados os momentos da base nas direções a e b, multiplicando as forças
disponibilizadas em cada direção pela altura da sapata calculada. Após, foram
calculadas as excentricidades nas direções a e b, por meio das equações 20 e 21,
respectivamente.
𝑀𝑎
𝑒𝐴 = 𝑁×1.05 (20)
𝑀𝑏
𝑒𝐵 = 𝑁×1.05 (21)

Quando a verificação da Equação 22 for atendida, é utilizado o método a


seguir.
𝑒𝐴 𝑒𝐵 1
+ ≤6 (22)
𝐴 𝐵

Visto que, em todos os casos, a verificação foi atendida, pôde-se usar o


método. A Tabela 13 apresenta os resultados obtidos de excentricidades, momentos
de base e a verificação para o seguimento do cálculo.

Tabela 13 – Momentos de base, excentricidades e verificação

Momentos na
Sapata Excentricidades (cm) Verificação <1/6
Base (kN.cm)

Ma Mb eA eB
S1 75 300 0,065 0,26
S2 225 75 0,19 0,06
S3 240 160 0,21 0,14
S4 85 255 0,05 0,16 0,164
S5 85 510 0,04 0,23 0,001
S6 55 165 0,04 0,11 0,001
S7 255 340 0,16 0,21 0,002
S8 85 510 0,04 0,25 0,001
S9 55 220 0,04 0,16 0,001
S10 85 255 0,04 0,12 0,001
S11 85 510 0,06 0,34 0,002
S12 55 165 0,04 0,11 0,001
S13 55 220 0,04 0,14 0,143
S14 255 85 0,14 0,05 0,048
S15 165 110 0,14 0,09 0,001
Fonte: Autores (2020)
24

8.1 TENSÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS

Em todos os casos, a tensão máxima é determinada seguindo a Equação 23,


e a tensão mínima, seguindo a Equação 24. As duas equações consideram que toda
a seção está comprimida.
Para os casos onde não há excentricidades, as tensões máximas e mínimas
serão iguais, e dadas somente pela carga do pilar. Nos casos onde há
excentricidade somente em uma direção, esta receberá uma tensão máxima e
mínima levando em consideração a excentricidade desta direção e a carga do pilar.
Já para os casos onde há excentricidades nas duas direções, ambas receberão
valor de tensão máxima e mínima, de acordo com suas excentricidades e carga do
pilar. Os valores resultantes podem ser visualizados na Tabela 14.

𝑁×1.05 6𝑒𝐴 6𝑒𝐵


𝜎𝑚á𝑥 = × (1 + + ) (23)
𝐴×𝐵 𝐴 𝐵
𝑁×1.05 6𝑒𝐴 6𝑒𝐵
𝜎𝑚í𝑛 = × (1 − − ) (24)
𝐴×𝐵 𝐴 𝐵

Tabela 14 – Tensões máximas e mínimas

Sapata Tensão Máxima (kN/cm²) Tensão Mínima (kN/cm²)

S4 0,0427 0,042
S5 0,0418 0,041
S6 0,0420 0,042
S7 0,0430 0,042
S8 0,0419 0,041
S9 0,0432 0,043
S10 0,0425 0,042
S11 0,0414 0,040
S12 0,0428 0,042
S13 0,0416 0,041
S14 0,0413 0,041
S15 0,0427 0,042
Fonte: Autores (2020)
25

8.2 TENSÕES E MOMENTOS

Para o ponto de aplicação (P) da tensão no eixo perpendicular ao eixo A é


obtida pelas Equações 25 e 26 e a tensão neste ponto é obtida pela Equação 27.
𝑆1𝑎 = 0.15 × 𝑎 (25)
𝐴−𝑎
𝑃= + 𝑆1𝑎 (26)
2
(𝜎𝑚á𝑥×𝐴)−((𝜎𝑚á𝑥−𝜎𝑚í𝑛)×𝑃)
𝜎1𝑎 = (27)
𝐴

𝑃 𝑃 2
𝑀𝐴 = ((𝜎1𝑎 × 𝑃 × 2 ) + ((𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎1𝑎) × 2 × 3 × 𝑃)) × 𝐵 (28)

Para o cálculo do ponto de aplicação (P) da tensão no eixo perpendicular ao


eixo B foram utilizadas as Equações 29 e 30. A tensão neste ponto é dada pela
Equação 31.

𝑆1𝑏 = 0.15 × 𝑏 (29)


𝐵−𝑏
𝑃= + 𝑆1𝑏 (30)
2
(𝜎𝑚á𝑥×𝐵)−((𝜎𝑚á𝑥−𝜎𝑚í𝑛)×𝑃)
𝜎1𝑏 = (31)
𝐵

Para o cálculo do momento atuante neste ponto foi utilizada a Equação 32.
𝑃 𝑃 2
𝑀𝐵 = ((𝜎1𝑏 × 𝑃 × 2 ) + ((𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎1𝑏) × 2 × 3 × 𝑃)) × 𝐴 (32)

A Tabela 15 apresenta os resultados encontrados para as tensões e


momentos nos dois eixos.
26

Tabela 15 – Tensões e momentos


Para Momento atuante no eixo Para Momento atuante no eixo
Sapata perpendicular ao lado A perpendicular ao lado B
Tensão 1a (kN/cm²) MA (kN.cm) Tensão 1b (kN/cm²) MB (kN.cm)
S4 0,0425 28230,71 0,0425 29322,81
S5 0,0415 49869,05 0,0415 28615,64
S6 0,0419 25451,81 0,0418 26456,43
S7 0,0426 25826,41 0,0425 27296,55
S8 0,0417 40567,48 0,0416 43299,17
S9 0,0430 45304,84 0,0430 24880,10
S10 0,0424 44652,76 0,0424 47611,60
S11 0,0409 27295,39 0,0409 28347,44
S12 0,0426 22661,16 0,0426 23705,94
S13 0,0413 26539,37 0,0413 28132,24
S14 0,0412 31789,26 0,0411 34007,80
S15 0,0424 17715,00 0,0424 18468,12
Fonte: Autor (2020).

8.3 ÁREAS DE AÇO

Definidos os momentos atuantes, é possível calcular as áreas de aço em


cada direção, por meio das Equações 33 e 34. O valor utilizado de fyd para CA-50 é
43,48 kN/cm². No caso de sapatas de divisa, apenas é calculado o As,A disposto na
Equação 33,e o As,B que é aplicado somente para armadura de distribuição,
conforme a Equação 34.
𝑀𝐴×1.4
𝐴𝑠, 𝐴 = 0.85×(ℎ−𝑐)×𝑓𝑦𝑑 (33)

𝑀𝐵×1.4
𝐴𝑠, 𝐵 = 0.85×(ℎ−𝑐)×𝑓𝑦𝑑 (34)

Estas áreas são comparadas às áreas de aço mínimas e determinadas a


partir das áreas de concreto multiplicadas por 0.15%, para tal, é utilizada a Equação
35 e a Equação 36. Para as sapatas concêntricas e excêntricas é utilizada a
Equação 37 e a Equação 38, quando aplicadas em sapatas de divisa.

0.15 (𝑏+𝐵)×(ℎ−ℎ𝑜)
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛, 𝐴 = × ((ℎ𝑜 × 𝐵) + ( )) (35)
100 2

0.15 (𝑎+𝐴)×(ℎ−ℎ𝑜)
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛, 𝐵 = × ((ℎ𝑜 × 𝐴) + ( )) (36)
100 2
27

0.15 (𝐵−𝑏)×(ℎ−ℎ𝑜)
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛, 𝐴 = × ((ℎ𝑜 × (𝐵 − 𝑏)) + ( ) + (ℎ × 𝑏)) (37)
100 2

1
× 𝐴𝑠, 𝑚í𝑛, 𝐴
𝐴𝑠, 𝑑, 𝐵 ≥ {5 (38)
0.9

Deste modo, são considerados referentes aos valores das áreas de aço, o
maior entre a mínima e a calculada, conforme a Tabela 16 evidencia as áreas de
aço adotadas, bem como as calculadas e as mínimas.

Tabela 16 – Áreas de aço


Armaduras (cm²)
Sapata
Calculada Mínima Adotada
As,A As,B As,A As,B As,A As,B
S1 18 6,39 12,96 21,76 18 21,76
S2 20,50 6,65 14,07 25,25 20,50 25,25
S3 17,75 6,06 14,07 24,31 17,75 24,31
S4 13,37 13,89 16,43 19,37 16,43 19,37
S5 23,61 13,55 19,45 24,30 23,61 24,30
S6 19,28 20,04 10,42 12,32 19,28 20,04
S7 12,23 12,93 16,33 21,43 16,33 21,43
S8 19,21 20,50 18,28 24,66 19,21 24,66
S9 34,33 18,85 10,14 12,04 34,33 18,85
S10 21,14 22,55 18,71 25,09 21,14 25,09
S11 12,93 13,42 16,43 19,37 16,43 19,37
S12 17,17 17,96 10,35 12,83 17,17 17,96
S13 18,28 19,38 11,16 14,58 18,28 19,38
S14 14,17 15,16 17,78 24,53 17,78 24,53
S15 12,20 12,72 9,96 12,03 12,20 12,72
Fonte: Autores (2020)

8.4 ARMADURAS

A bitola adotada para as armaduras foi de 12.5mm para todas as sapatas,


como fim único e exclusivo facilitar a execução, visto que as áreas de aço tiveram
valores próximos. O número de barras foi determinado a partir da divisão da área de
aço adotada pela área da seção da barra escolhida, conforme Equação 39. O valor
adotado foi o número inteiro superior ao resultado, visto que se utilizado um número
menor de barras, não teria a resistência necessárias.
28

𝐴𝑠
𝑁º 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 = 𝐴𝑠𝑒çã𝑜 (39)

O espaçamento para As,A, armada em B, é definido por meio da Equação 40,


e para As,B, armada em A, utilizou-se a Equação 41. O resultado para o
espaçamento em todos os casos foi arredondado para o número inteiro superior ao
calculado, visto que in loco dificilmente são utilizadas medidas quebradas.

𝐵−(2×𝑐)
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠−1 (40)

𝐴−(2×𝑐)
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠−1 (41)

Os comprimentos dos ganchos foram determinados a partir da Figura 5, onde


a coluna utilizada foi a Δl* e a linha seguindo o diâmetro escolhido para as barras,
que no caso específico deste projeto a maioria dos diâmetros foi de 12.5, gerando
assim um Δl* de 15.

Figura 5 – Dimensões de ancoragem

Fonte: Autores (2020)

Os valores das bitolas escolhidas, número de barras, espaçamentos e


ganchos das armaduras, para cada uma das sapatas, tanto em A, quanto em B
estão dispostos na Tabela 17 e na Tabela 18.
29

Tabela 17 – Armaduras para As,A

Para As,A (armada em B)


Sapata
Bitola (mm) Nº de Barras Espaçamento (cm) Gancho (cm)
S1 12,5 15 8
S2 12,5 17 7
S3 12,5 15 8
S4 12,5 14 11,0 15
S5 12,5 20 9,0 15
S6 12,5 16 9,0 15
S7 12,5 14 11,0 15
S8 12,5 16 11,0 15
S9 20 11 14,0 15
S10 12,5 18 10,0 15
S11 12,5 14 11,0 15
S12 12,5 14 11,0 15
S13 12,5 15 10,0 15
S14 12,5 15 11,0 15
S15 12,5 10 14,0 15
Fonte: Autores (2020)

Tabela 18 – Armaduras para As,B

Para As,B (armada em A)


Sapata
Bitola (mm) Nº de Barras Espaçamento (cm) Gancho (cm)
S1 12,5 18 13
S2 12,5 21 12
S3 12,5 15 8
S4 12,5 16 11,0 15
S5 12,5 20 11,0 15
S6 12,5 17 10,0 15
S7 12,5 18 10,0 15
S8 12,5 21 10,0 15
S9 20 7 26,0 15
S10 12,5 21 11,0 15
S11 12,5 16 11,0 16
S12 12,5 15 12,0 17
S13 12,5 16 12,0 18
S14 12,5 20 10,0 19
S15 12,5 11 15,0 20
Fonte: Autores (2020)
30

9 VERIFICAÇÕES

As verificações são feitas para garantir o dimensionamento adequado para


cada situação e serão feitas por meio dos próximos itens.

9.1 DIAGONAL COMPRIMIDA

A fim de verificar a diagonal comprimida, foram realizados os cálculos por


meio das Equações 42, 43 e 44. A condição é atendida se 𝜏𝑠𝑑0≤ 𝜏𝑟𝑑2.

𝑢 = 2 × (𝑎 + 𝑏) (42)
1.4×𝑁
𝜏𝑠𝑑0 = 𝑢×(ℎ−𝑐) (43)
𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑐𝑘
𝜏𝑟𝑑2 = 0.27 × (1 − 250) × ( 1.4 ) (44)

A Tabela 19 demonstra os valores encontrados para as equações acima


citadas, bem como o resultado da verificação.

Tabela 19 – Verificação quanto à diagonal comprimida


Diagonal Comprimida (kN/cm²)
Sapata
Tsd0 Trd2 Verificar
S1 0,1841 5,0914 Ok
S2 0,1954 5,0914 Ok
S3 0,176 5,0914 Ok
S4 0,1929 0,4773 Ok
S5 0,2292 0,4773 Ok
S6 0,2884 0,4773 Ok
S7 0,1332 0,4773 Ok
S8 0,1733 0,4773 Ok
S9 0,2804 0,4773 Ok
S10 0,1845 0,4773 Ok
S11 0,1857 0,4773 Ok
S12 0,2144 0,4773 Ok
S13 0,2275 0,4773 Ok
S14 0,1402 0,4773 Ok
S15 0,2112 0,4773 Ok
Fonte: Autores (2020)

9.2 TOMBAMENTO

A verificação a tombamento é a primeira verificação a ser feita para a


estabilidade das sapatas. São considerados os valores de forças horizontais nos
31

pilares, nas direções A e B, considerando que as forças horizontais nulas foram


desconsideradas. Se os valores encontrados nas Equações 45 e 46 forem maiores
ou iguais que 1,5, está garantido que as sapatas não irão tombar.
𝐴
𝑁×
2
𝛾𝑡𝑜𝑚𝑏, 𝐴 = 𝐹𝑎×ℎ (45)
𝐵
𝑁×
2
𝛾𝑡𝑜𝑚𝑏, 𝐵 = 𝐹𝑏×ℎ (46)

Os resultados obtidos na verificação ao tombamento de cada sapata estão


apresentados na Tabela 22, indicando que todas atenderam à condição.

Tabela 20 – Verificação ao tombamento


Tombamento
Sapata Em A
Verificar A (>1,5) Em B Verificar B (>1,5)
S1 1841,2 Ok 244,2 Ok
S2 645,4 Ok 968,1 Ok
S3 601 Ok 468,8 Ok
S4 1819,2 Ok 537,7 Ok
S5 3299,2 Ok 467,3 Ok
S6 2536,0 Ok 747,1 Ok
S7 662,5 Ok 404,4 Ok
S8 3008,0 Ok 401,1 Ok
S9 2402,7 Ok 529,1 Ok
S10 3264,4 Ok 874,8 Ok
S11 1753,5 Ok 259,1 Ok
S12 2558,5 Ok 724,9 Ok
S13 2661,1 Ok 546,6 Ok
S14 766,2 Ok 1809,6 Ok
S15 562,0 Ok 734,0 Ok
Fonte: Autor (2020).

9.3 DESLIZAMENTO

A verificação do deslizamento foi calculada para ambos os eixos, sendo


determinada a partir da Equação 47 e da Equação 48, de forma igual ao
tombamento. Para tais cálculos, são consideradas as áreas da base das sapatas, as
forças horizontais em cada eixo e parâmetros do solo, como a coesão e o fator de
redução de coesão. A condição é atendida quando 𝛾𝑡𝑜𝑚𝑏 for maior ou igual à 1,5.
𝑆×𝑐′×𝜇
𝛾𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧, 𝐴 = (47)
𝐹𝑎
32

𝑆×𝑐′×𝜇
𝛾𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧, 𝐵 = (48)
𝐹𝑏

O deslizamento, bem como as manifestações quanto ao atendimento ou não


da condição, são apresentados na Tabela 23.

Tabela 21 – Verificação ao deslizamento


Deslizamento
Sapata
Em A Verificar A (>1,5) Em B Verificar B (>1,5)
S1 302,04 Ok 244,2 Ok
S2 106,42 Ok 319,25 Ok
S3 103,06 Ok 154,60 Ok
S4 408,21 Ok 136,07 Ok
S5 594,01 Ok 99,00 Ok
S6 377,51 Ok 125,84 Ok
S7 140,36 Ok 105,27 Ok
S8 548,08 Ok 91,35 Ok
S9 366,93 Ok 91,73 Ok
S10 583,13 Ok 194,38 Ok
S11 393,47 Ok 65,58 Ok
S12 377,05 Ok 125,68 Ok
S13 401,71 Ok 100,43 Ok
S14 157,26 Ok 471,77 Ok
S15 101,52 Ok 152,27 Ok
Fonte: Autor (2019)
33

10 DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DE EQUILÍBRIO

Para a absorção dos esforços provenientes das sapatas de divisa S7 e S8 é


necessário dimensionar vigas de equilíbrio. É importante salientar que, nos cálculos,
as dimensões que seguirem com o número 1, são referentes à sapata de divisa em
questão.

10.1 ESFORÇOS MÁXIMOS NA VIGA DE EQUILÍBRIO

Os esforços solicitantes na seção x=bp1 foram calculados utilizando as


Equações 49, 50, 51 e 52. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela
22.
𝑅1′
𝑝1 = (49)
𝐵1
𝑁1
𝑞1 = 𝑏 (50)
𝑝1

𝑉1𝐿 = 𝑏𝑝1 × (𝑝1 − 𝑞1) (51)


𝑏𝑝1 ²
𝑀1𝐿 = × (𝑝1 − 𝑞1) (52)
2

Tabela 22 – Esforços na viga de equilíbrio (seção x=bp1)


Esforços solicitantes na seção x=bp1
Sapata
p1 (kN/cm) q1 (kN/cm) V1L (kN) M1L (kN.cm)
S1 9,49 24,27 -664,95 -14961,30
S2 10,07 25,56 -696,80 -15678,11
S3 9,76 24,76 -674,99 -15187,31
Fonte: Autores (2020)

Para a seção x=B1, esforços solicitantes foram determinados seguindo as


Equações 53, 54, 55 e 56.

𝑉2𝐿 = (𝑝1 × 𝐵1) − (𝑞1 × 𝑏𝑝1 ) (53)


𝑞1×𝑏𝑝1
𝑋𝑚á𝑥 = (54)
𝑝1

𝑝1×𝐵1² 𝑏𝑝1
𝑀2𝐿 = − 𝑞1 × 𝑏𝑝1 × (𝐵1 − ) (55)
2 2
𝑝1×𝑋𝑚á𝑥² 𝑏𝑝1
𝑀𝑚á𝑥 = − 𝑞1 × 𝑏𝑝1 × (𝑋𝑚á𝑥 − ) (56)
2 2

Os valores encontrados estão dispostos na Tabela 23.


34

Tabela 23 – Esforços na viga de equilíbrio (seção x=B1)


Esforços solicitantes na seção x=B1
Sapata
V2L (kN) Xmáx (cm) M2L (kN.cm) Mmáx (kN.cm)
S1 141,71 115,07 -37198,85 -38256,89
S2 159,23 114,19 -38525,00 -39783,78
S3 154,25 114,19 -37319,00 -38538,38
Fonte: Autores (2020).

10.2 DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO

As vigas de equilíbrio das sapatas de divisa S7 e S8 foram dimensionadas a


partir da mesma altura (h) das sapatas correspondentes entre si, sendo a altura útil
definida pela Equação 57 ea largura determinada pela Equação 58. Os valores estão
apresentados na Tabela 24, ressaltando que novamente os resultados são
arredondados para múltiplos de 0,05 m e subsequentes ao resultado calculado.
𝑑 = ℎ − 𝑑′, 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑑 ′ 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 5𝑐𝑚 (57)
𝑏𝑤 = 𝑎𝑝1 + 5𝑐𝑚 (58)

Tabela 24 – Dimensões das vigas


Dimensões das vigas
Sapata
bw (cm) h (cm) d (cm)
S1 27 75 70
S2 27 80 75
S3 27 80 75
Fonte: Autores (2020)

10.3 ARMADURA DE FLEXÃO NEGATIVA PARA MOMENTO MÁXIMO

Para o cálculo da armadura de flexão negativa para o momento máximo,


primeiramente, é calculado o valor de k6 conforme Equação 59.
𝑏𝑤×𝑑²
𝑘6 = 𝑀𝑚á𝑥 (59)
×1.4
10

Utilizando a Figura 6, é adquirido o valor de k3. Após, é calculada a área de


aço negativa a partir da Equação 60. As armaduras e espaçamentos são escolhidos
conforme Figura 7.
35

Figura 6 – Valores para k3

Fonte: Material de aula.

Os valores utilizados para k6 e k3 estão dispostos na Tabela 25.


36

Tabela 25 – Valores para k6 e k3


Sapata k6 k3
S1 24,70 0,399
S2 27,27 0,383
S3 28,15 0,383
Fonte: Autores (2020)
𝑀𝑚á𝑥
×1.4
𝐴𝑠 − = 𝑘3 × 10
(60)
𝑑

Figura 7 – Áreas de aço para armadura longitudinal

Fonte: Material complementar (2020)

Para a área de aço positiva é utilizada a formulação de área de aço mínima,


conforme Equação 61. As armaduras e espaçamentos são escolhidos conforme a
Figura 7.
0.15
𝐴𝑠 + = × 𝑏𝑤 × 𝑑 (61)
100

Os valores obtidos para as áreas de aço e armaduras podem ser observados


na Tabela 26.
37

Tabela 26 – Áreas de aço e armaduras


Armadura de flexão negativa para
Armadura mínima positiva
momento máximo
Sapata
As-,caclulada As-,efetiva As+,calcu As+,efe
Armadura Armadura
(cm²) (cm²) lada tiva
S1 30,53 10Ø20.0 3,44 2Ø10.0
S2 28,44 10Ø20.0 3,67 5Ø10.0
S3 27,55 9Ø20.0 3,67 5Ø10.0
Fonte: Autores (2020)

10.4 ARMADURA TRANSVERSAL PARA O TRECHO CONTENDO S1

Para o cálculo da armadura transversal para o trecho contendo S1, deve-se


seguiro roteiro de cálculo disposto nas Equações 61, 62, 63, 64, 65, 66, sendo os
resultados encontrados na Tabela 27.

𝑉𝑑 = 𝑉1𝐿 × 100 × 1.4 (61)


𝑉𝑑
𝑏𝑤×𝑑
𝜏𝑤𝑑 = (62)
10

𝜏𝑤𝑢 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝐶25) = 4.3𝑀𝑃𝑎 (63)

Para continuidade de cálculo, somente se𝜏𝑤𝑑 < 𝜏𝑤𝑢

𝜏𝑑 = 1.11 × (𝜏𝑤𝑑 − 0.77) (64)


𝜏𝑑
𝜌𝑤 = 𝑓𝑦𝑑 × 100 (65)

𝐴𝑠𝑤 = 𝜌𝑤 × 𝑏𝑤 (66)

As armaduras e espaçamentos foram escolhidos conforme tabela da Figura 8.


38

Figura 8 – Áreas de aço para cisalhamento

Fonte: Autor (2020)

𝜏𝑤𝑑
Deve-se atender a regra𝜏𝑤𝑢 < 0.67, os espaçamentos são dimensionados

conforme a regra:
0.6 × 𝑑
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { (67)
30𝑐𝑚

Tabela 27 – Cálculos para armadura transversal do trecho contendo S1


τwd τwu τd ρw Asw As,efetiva Smáx
Vd (kgf) τwd<τwu Armadura τwd/τwu
(MPa) (MPa) (MPa) (%) (cm²/m) (cm²) (cm)
93092,52 4,93 5,09 Ok 4,46 1,03 27,67 Ø12.5 c/9 27,8 0,97 20
97552,66 4,82 5,09 Ok 4,34 0,99 27 Ø12.5 c/9 27,8 0,95 20
94498,84 4,67 5,09 Ok 4,18 0,96 25,93 Ø10.0 c/6 26,7 0,92 20
Fonte: Autor (2020).

10.5 ARMADURA TRANSVERSAL PARA O TRECHO EXCETO S1 A S2

O roteiro de cálculo utilizado para determinar a armadura transversal está


disposto nas Equações, 68, 69, 70, 71, 72.

𝑉𝑑 = 𝑉2𝐿 × 100 × 1.4 (68)


39

𝑉𝑑
𝑏𝑤×𝑑
𝜏𝑤𝑑 = (69)
10

𝜏𝑤𝑢 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝐶25) = 4.3𝑀𝑃𝑎


Para prosseguimento do cálculo, 𝜏𝑤𝑑 < 𝜏𝑤𝑢.
𝜏𝑑 = 1.11 × (𝜏𝑤𝑑 − 0.77) (70)
𝜏𝑑
𝜌𝑤 = 𝑓𝑦𝑑 × 100 (71)

𝐴𝑠𝑤 = 𝜌𝑤 × 𝑏𝑤 (72)

No caso de valores negativos, a área de aço utilizada foi a mínima, calculada


a partir da Equação 73.
𝐴𝑠𝑤, 𝑚í𝑛 = 𝑏𝑤 × 0.1, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴 − 50 𝑒 𝐶25 (73)
As armaduras e espaçamentos foram escolhidos conforme a Figura 17. Da
𝜏𝑤𝑑
mesma forma que para o caso anterior, se: < 0.67, os espaçamentos máximos
𝜏𝑤𝑢

devem atender ao critério abaixo:


0.6 × 𝑑
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { (74)
30𝑐𝑚
Os resultados podem ser encontrados na Tabela 28.

Tabela 28 – Cálculos para armadura transversal do trecho exceto S1 a S2


τwd τwu τd Asw As,efet Smá
Sapat τwd<τ ρw τwd/τw
Vd (kgf) (MP (MP (MPa (cm²/ Armadura iva x
a wu (%) u
a) a) ) m) (cm²) (cm)
S1 19839,39 1,05 5,09 Ok 0,2 0,12 3,24 Ø5.0 c/12 3,33 0,21 20
S2 22292,31 1,1 5,09 Ok 0,26 0,12 3,24 Ø5.0 c/12 3,33 0,22 20
S3 21594,46 1,06 5,09 Ok 0,22 0,12 3,24 Ø5.0 c/12 3,33 0,21 20
Fonte: Autores (2020)

10.6 ALOJAMENTO DAS BARRAS

O espaçamento horizontal deve ser o maior valor perante a equação 75.

Ø𝑙
𝑒ℎ ≥ { 2𝑐𝑚 , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 Ø𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 1.9𝑐𝑚 (75)
1.2 × Ø𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
A base de aço útil para a colocação das barras é calculada conforme a
Equação 76 eem seguida é determinado o número máximo de barras N para apenas
uma camada, utilizando a Equação 77.
40

𝑏𝑠 = 𝑏𝑤 − 2 × (𝑐 + Ø𝑡) (76)
𝑏𝑠−𝑁×Ø𝑙
𝑒ℎ = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑟 𝑁 (77)
𝑁−1

10.7 ARMADURA DE PELE

Para as vigas de equilíbrio calculadas, é necessário armaduras de pele,


possuindo suas áreas determinadas pela Equação 78.
0.1
𝐴𝑠, 𝑝𝑒𝑙𝑒 = × 𝑏𝑤 × ℎ (78)
100

As armaduras e espaçamentos para a armadura de pele foram escolhidos


baseados na Figura 7, e os resultados podem ser encontrados na Tabela 29.

Tabela 29 – Armadura de pele


Sapata As,pele (cm²/face) Armadura As,efetiva (cm²)
S1 2,43 5Ø8.00 2,51
S2 2,59 6Ø8.00 3,02
S3 2,59 6Ø8.00 3,02
Fonte: Autores (2020)
41

11 QUANTITATIVOS

Para prever as quantidades de aço e concreto que compõem o projeto, é


estipulado o quantitativo de aço e de concreto. Os mesmos são apresentados nas
Tabelas 30 a 34.

Tabela 30 – Quantitativo de aço das sapatas


Comprimento
Diâmetro Número Comprimento de aço
Sapata Lado de aço por
(mm) de barras total (m)
barra (m)
1 A 12,5 2,93 15 43,95
2 A 12,5 3,08 17 52,36
3 A 12,5 2,98 15 44,7
4 A 12,5 2,23 14 31,22
5 A 12,5 2,73 20 54,60
6 A 12,5 2,18 16 34,88
7 A 12,5 2,35 14 32,90
8 A 12,5 2,70 16 43,20
9 A 20.0 2,13 11 23,43
10 A 12,5 2,75 18 49,50
11 A 12,5 2,23 14 31,22
12 A 12,5 2,20 14 30,80
13 A 12,5 2,33 17 39,61
14 A 12,5 2,55 14 35,70
15 A 12,5 1,98 11 21,78
1 B 12,5 1,78 18 32,04
2 B 12,5 1,78 21 37,38
3 B 12,5 1,78 20 35,6
4 B 12,5 2,00 16 32,00
5 B 12,5 2,35 20 47,00
6 B 12,5 1,95 17 33,15
7 B 12,5 1,95 18 35,10
8 B 12,5 2,20 21 46,20
9 B 20 1,90 7 13,30
10 B 12,5 2,25 21 47,25
11 B 12,5 2,00 16 32,00
12 B 12,5 1,90 15 28,50
13 B 12,5 1,95 18 35,10
14 B 12,5 2,05 20 41,00
15 B 12,5 1,75 12 21,00
Fonte: Autores (2020)
42

Tabela 31 – Resumo do aço das sapatas


Número de barras
Diâmetro (mm) Comprimento (m) Peso do aço + 10% (kg)
total (12m/barra)
12,5 1049,74 88 712,46
20 36,73 4 32,81
Fonte: Autores (2020)

Tabela 32 – Quantitativo de aço das vigas


Compriment Número Compriment
Diâmetro
Pilar Armadura o de aço por de o de aço total
(mm)
barra (m) barras (m)
Principal 12,5 5,14 66 339,24
Pele 8 5,14 10 51,4
1 Secundária 10 5,14 10 51,4
Estribos 8 3,04 12 36,48
Estribos 5 3,04 16 48,64
Principal 12,5 5,14 76 390,64
Pele 8 5,14 12 61,68
2
Secundária 10 5,14 5 25,7
Estribos 5 3,24 25 81
Principal 20 5,14 70 359,8
Pele 8 5,14 12 61,68
3
Secundária 10 5,14 5 25,7
Estribos 5 3,24 25 81
Fonte: Autores (2020)

Tabela 33 – Resumo do aço das vigas


Número de
Comprimento Peso específico Peso total do
Diâmetro (mm) barras total
de aço (m) do aço (kgf/m) aço (kgf)
(12m/barra)
5 129,64 11 22,81664 5
6,3 36,48 4 10,032 6,3
8 149,56 13 65,8064 8
10 77,1 7 53,4303 10
12,5 886,17 74 601,443579 12,5
20 359,8 30 26,796 20
Fonte: Autores (2020)
43

Tabela 34 – Quantitativo de concreto


Elemento Volume (m³)
S1 1,44
S2 1,69
S3 1,63
S4 1,89
S5 2,81
S6 1,18
S7 2,02
S8 2,63
S9 1,12
S10 2,74
S11 1,89
S12 1,19
S13 1,28
S14 2,30
S15 0,95
V1 0,87
V2 0,87
V3 0,87
Total 29,37
Fonte: Autores (2020)

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