Você está na página 1de 14

FACULDADE VENDA NOVA DO EMIGRANTE

TERAPIA FAMILIAR

RONISE ARAÚJO ALVES

CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA

João Monlevade
2019
CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA

Ronise Araújo Alves1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita, de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- Este trabalho versa sobre a teoria da constelação familiar sistêmica desenvolvida pelo
alemão Bert Hellinger, que tem em sua base o pensamento sistêmico. Possui como objetivo a análise da
utilização desta terapia na resolução de diversos conflitos, para tanto utiliza-se de pesquisa bibliográfica.
Traz a compreensão das três Leis do Amor que é primordial para a aplicação da teoria, e as cinco ordens
da ajuda. A leis do amor consiste em: hierarquia, na qual afirma que aquele que veio antes tem
precedência aos que vieram depois; pertencimento, todos tem o mesmo direito de pertencer e equilíbrio,
deve-se haver equilíbrio entre o dar e o tomar, para que as relações fluam. Estas leis são fundamentais
para a compreensão das desordens e emaranhamentos que o indivíduo pode se envolver e assim trazer
desequilíbrio pra sua vida e relações interpessoais e familiares. Irá abordar ainda, a metodologia da
constelação familiar sistêmica que pode ser realizada de forma individual ou em grupo.

PALAVRAS-CHAVE: Pensamento Sistêmico, Constelação Familiar, Ordens do Amor, Ordens da Ajuda.

1
ronise.alves@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

O trabalho traz a proposta de compreender por meio da pesquisa bibliográfica,


como a Constelação Familiar Sistêmica pode ser aplicada nas terapias, avaliando suas
potencialidades na resolução de conflitos.
A constelação familiar, é um método psicoterapêutico, com abordagem sistêmica
desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger. Neste método, seu idealizador
observou que há três leis básicas que permeiam, simultaneamente, todas as relações
humanas, sendo elas: o pertencimento, a hierarquia e o equilíbrio.
Hellinger ao desenvolver este trabalho, concluiu que quando agimos de acordo
com essas leis, a vida flui melhor e nossos objetivos se desenvolvem. Por outro lado,
quando estas são transgredidas, as consequências podem incluir situações, como:
dificuldades nos relacionamentos, fracassos em atingir os objetivos de vida,
manifestação de doenças, entre outros.
O objetivo da constelação familiar é identificar quais leis podemos estar
inconscientemente infringindo e assim, passar a respeitá-las, o que se efetivado, trará
fluidez para vida.
A constelação familiar apresenta uma variedade de aplicações práticas devido
aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, podendo ser
utilizada em diversas áreas como: jurídica, educacional, hospitalar, organizacional entre
outros.
Ao longo desse trabalho vamos compreender a teoria sistêmica, as três leis
básicas da Constelação Familiar, como elas influenciam a vida do indivíduo e como
pode-se utilizar a técnica da constelação.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 – Pensamento Sistêmico

O pensamento sistêmico surge em meados do século XX em oposição ao


pensamento reducionista-mecanicista. Esta nova teoria não nega a racionalidade
científica, mas acredita que ela não abarca parâmetros suficientes para a compreensão
total do desenvolvimento humano.

Com esta nova forma de ver o mundo, apontado pelo pensamento sistêmico, o
indivíduo passa a ser visto como um sistema e que existe por meio de relações. Sendo
assim, a família ganha destaque nesta abordagem, pois estabelece com o indivíduo
uma interação constante e circular. Um ponto importante, trazido pelo pensamento
sistêmico foi que a visão deixa de ser intrapsíquica e passa a ser inter-relacional.

O interesse do pensamento sistêmico não examina somente as partes, mas


também a forma como elas se relacionam.. Volta seu olhar para a dinâmica e a
integração das relações que se constituem em redes interconectadas. Desta forma, não
há verdade absolutas, apenas descrições qualitativas intersubjetivas aproximadas dos
processos.

De acordo com Flood e Carlson (1988), o pensamento sistêmico, é:

“... uma estrutura de pensamento que nos ajuda a lidar com coisas complexas
de um modo holístico. A formalização do pensamento (dar uma forma explicita,
definida e convencional) é o que denominamos de teoria sistêmica. Convenções
são subsequentemente adotadas no processo de pensamento. Contudo, teoria
e pensamento não são nunca sinônimos, na medida em que o último fica mais
solto e fornece o lubrificante para a aplicação”. (Flood & Carlson, 1988, p.4)

O pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade e se embasou nas


seguintes teorias:

A Teoria Geral dos Sistemas que combina conceitos do pensamento sistêmico e


da biologia, no qual os fenômenos são parte de um todo. Lança os seguintes conceitos
básicos: globalidade, não somatividade, homeostase, morfogênese, circularidade e
equifinalidade. Utiliza-se ainda o conceito de retroalimentação ou feedback, herdados
da Cibernética. A proposta de Bertalanffy é uma ciência da totalidade.

Bertalanffy (1975, p. 61) caracterizou a Teoria Geral dos Sistemas como: “[...]
uma ciência geral da ‘totalidade’ [...] uma disciplina lógico-matemática, em si puramente
formal mas aplicável às várias ciências empíricas.”

A cibernética criou o conceito de feedback. Dentro desta teoria há o pressuposto


da complexidade que objetiva-se contextualizar os fenômenos e explorar os sistemas
dos sistemas. Traz ainda o construtivismo no qual o observador faz parte do sistema
observado.

A teoria da comunicação pontua que a mente não está no cérebro e sim nas
relações. E traz os cinco axiomas da comunicação.

Surge em 1920 a Psicologia da Gestalt que acredita na existência de totalidades


irredutíveis. O todo é maior que as somas das parte. O que se tornou o princípio central
na Teoria Sistêmica.

O Pensamento Sistêmico, explica a relação de interdependência e seus efeitos


entre os diversos componentes que formam a organização, assim como, entre eles e o
ambiente com o qual interagem.
Segundo Vasconcelos, (2002) “pensar sistemicamente é pensar a complexidade,
a instabilidade e a intersubjetividade” (p. 147), ou seja, quando se fala em pensamento
sistêmico, está-se falando de uma visão de mundo que contempla essas três
dimensões. Com isso, alguns paradigmas científicos foram superados, mas não
negados com o pensamento sistêmico, como o pressuposto da simplicidade,
estabilidade e objetividade.

Para compreendermos o pensamento sistêmico devemos ter claro que as


principais características de um sistema são: composto por partes; as partes se
relacionam de forma direta ou indireta; limitado pelo ponto de vista do observador; pode
abrigar outro sistema; vinculado ao tempo e espaço. (Capra e Luisi 2014)
Para o pensamento sistêmico, não existe uma realidade independente do
observador. Trata-se de uma epistemologia que traz definitivamente, para o âmbito da
ciência, o observador, o sujeito do conhecimento.

Com esta nova forma de ver o mundo, apontado pelo pensamento sistêmico, o
indivíduo passa a ser visto como um sistema e que existe por meio de relações. Sendo
assim, a família ganha destaque nesta abordagem, pois estabelece com o indivíduo
uma interação constante e circular.

A família passa a ser vista como um sistema em relação que precisa ser
enxergada em seu contexto, em sua complexidade, em sua instabilidade e em sua
intersubjetividade, conforme traz o pensamento sistêmico.

A terapia familiar recebeu grandes influências da psicanálise. Na década de 60,


ganha ampliação por meio da teoria da Cibernética ao compreenderem o indivíduo
enquanto participantes de grupos familiares. Recebe ainda contribuição do movimento
feminista que trouxe um olhar para as diferenças de gênero. Ao longo das décadas
tivemos vários modelos de terapia familiar, mas atualmente, estes tratamentos estão
com enfoque nas relações com sistemas mais amplos.

O interesse do pensamento sistêmico vai além de examinar as partes, mas na


forma como elas se relacionam. Volta seu olhar para a dinâmica e a integração das
relações que se constituem em redes interconectadas. Desta forma, não há verdade
absolutas, apenas descrições qualitativas intersubjetivas aproximadas dos processos.

O foco da terapia sistêmica está baseada na compreensão dos padrões de


comunicação que ocorrem no âmbito familiar. Voltada para observação e ação. O
método consiste na observação direta da interação familiar, no qual visa compreender
os conflitos que surge da forma que os membros se comunicam.

O objetivo da terapia está focado na cooperação, na possibilidade de ser e vir a


ser, com o apoio e respeito aos outros e dos outros, ampliando o horizonte para além
do linear. Assim sendo, o terapeuta trabalha junto com o cliente na construção de
hipóteses que serão compreendidas ao longo do processo psicoterápico.
2.2 – Constelação Familiar

A constelação familiar foi desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert


Hellinger, que afirma que dentro de um sistema familiar, cada membro, possui um
inconsciente familiar atuando em sintonia com o inconsciente individual e coletivo
(Hellinger, 2007). E estão relacionados com três leis básicas que atuam
simultaneamente e que guiam as relações, sendo denominadas “Leis do Amor”.
Nas Leis do Amor encontramos três princípios condutores: pertencimento,
equilíbrio entre dar e receber/tomar e a hierarquia.
Segundo Hellinger (2007), as leis do amor são forças dinâmicas e articuladas
que atuam em nossos relacionamentos. Quando há desordens nestas leis as
percebemos em forma de sofrimento, conflitos ou doenças.

1.1.1 – LEI DO PERTECIMENTO

Esta lei diz que todos têm o igual direito de pertencer. Isso inclui os que
morreram precocemente, os natimortos, deficientes, os maus, os filhos abortados e
outras pessoas para quem a família não quer olhar. É muito comum que pessoas sejam
esquecidas pois, suas lembranças implicam sofrimentos.
Segundo Hellinger, 2014 p. 17:
Pertencer à nossa família é nossa necessidade básica. Esse vínculo é o nosso
desejo mais profundo. A necessidade de pertencer a ela vai além até mesmo da
nossa necessidade de sobreviver. Isso significa que estamos dispostos a
sacrificar e entregar nossa vida pela necessidade de pertencer a ela.

Pertencer significa que todo o membro de uma família tem o mesmo direito. O
sistema preocupa-se em proteger todos da mesma forma. Quando esse direito é
negado a algum membro, o sistema o reconduz ao grupo através da sua representação
por outro familiar. Através dessa lembrança, ainda que deslocada, o sistema garante
assim o pertencimento de todos.
Não importa o que uma pessoa faça que possa ser considerado condenável ou
errado, ela continuará tendo total direito de pertencer ao sistema familiar. Caso esse
membro passa a ser enxergado como uma vergonha moral para a família, isso irá criar
um efeito colateral.
Quando descobrimos que um membro foi excluído, o caminho é reincluir,
olhando para este com gratidão, honrando seus destinos. O reflexo desta atitude é
positivo para toda a família.

1.1.2 – LEI DO EQUILÍBRIO

Esta lei se refere ao equilíbrio entre dar e o tomar. Segundo Hellinger (2006),
isso significa que onde houver pessoas se relacionando está lei irá atuar. Nesta lei
observa-se uma busca de reciprocidade e compensação nas relações humanas, onde o
dar e tomar deve ser praticados de forma igualitária entre os envolvidos.
Funciona da seguinte maneira nas relações: um dá, o outro recebe e, de
preferência, toma, porque tomar é mais dinâmico do que receber. Então, quem recebe
fica grato e, de certa forma, em dívida. Portanto, dá de volta. O ideal seria dar um
pouco mais e assim, quem recebe fica com a dívida e irá retribuir. Isso gera um vínculo
crescente no qual o amor pode crescer.
O dar e receber deve ser equilibrado mesmo no caso de danos. Quem recebe
algo de ruim só pode encontrar paz e equilíbrio, não só para si mesmo mas para todo
sistema, quando devolve o que lhe foi feito. O ideal é retribuir um pouco menos mal,
para que esse ciclo vá se equilibrando e zerando sem maiores consequências.
Na presença de desequilíbrio, uma das partes pode se sentir pressionada a se
afastar por não poder retribui. Por outro lado, o que doa mais, ao perceber o peso de
sua benevolência, pode parar de ceder, o que cria uma chance ao outro de se equalizar
na relação.
Hellinger fala que a pessoa que dá e a que recebe, conhecerão a paz se houver
equilíbrio entre o dar e receber. Ao darmos algo a alguém nos sentimos credores e ao
recebermos, devedores. Com isso o equilíbrio entre o dar e receber torna-se
fundamental nos relacionamentos. “O equilíbrio entre o dar e o receber é condição
indispensável para um relacionamento bem sucedido”. (Hellinger, 2006 p.29).
Nas relações entre pais e filhos, essa lei apresenta uma exceção, pois nelas os
pais somente dão e os filhos tomam. A compensação irá acontecer quando os filhos se
tornarem pais, e então, darão aos filhos sem nada exigir em troca. Segundo Hellinger,
2006 p.118: “os pais dão e os filhos aceitam. O filho compensa, quando adulto,
transmitindo o que recebeu de seus pais aos próprios filhos. Ou na medida em que dá,
como adulto, a outras pessoas”.
Só poderá dar e receber de forma equilibrada na vida quem pôde receber e
soube tomar o que os pais deram. E de tudo que os pais dão, o mais importante que
recebemos é a vida. Isso, por si só, já é ou deveria ser, motivo de gratidão e respeito
aos nossos pais, por mais que existem diferenças.

1.1.3 – LEI DA HIERARQUIA

Sobre hierarquia podemos entender a necessidade de que cada um ocupe seu


lugar em termos de precedência. Trata-se, portanto, de uma hierarquia cronológica, na
qual quem veio antes precisa ser reconhecido como tal. Hellinger (2006), acredita que
o ser é estruturado pelo tempo, o que significa que quem entrou primeiro em um
sistema tem precedência sobre quem entrou depois. Isso significa que os mais velhos
devem ser olhados com respeito, pois foi através deles que a família veio se mantendo.
No grupo sistêmico a compensação favorecerá sempre quem veio primeiro. Os
que sucedem não podem, nem devem, interferir nos assuntos dos que vieram antes.
Significa que não devem tomar dores ou insucessos, mesmo que justificados pelo
amor.
Os pais sempre vêm antes dos filhos e quando os filhos se sentem maiores, mais
importantes e mais capazes que os pais e, se portam como se os pais fossem
incapazes, isso fere esse princípio e causa desequilíbrio no sistema. Vale destacar que
essa é uma ordem de precedência, e não de importância. (Hellinger, 2006).

1.1.4 – ORDENS DA AJUDA


Hellinger (2005) aponta cinco ordens da ajuda. Elas são relatos de suas
experiências e os pressupostos do que auxiliar alguém sem prejudicar a figura daquele
que precisa ser ajudado.
Primeira Ordem: tomar para si apenas o necessário e dar apenas aquilo que se
tem.
Segunda Ordem: saber compreender o contexto da situação é a chave para
reconhecer seus próprios limites e também, para ter a humildade de não avança-los
ainda que seu ego deseje isso.
Terceira Ordem: posicione de forma adulta, não tente ocupar papeis que não
são seus.
Quarta Ordem: olhar para o cliente de forma sistêmica e não isolada, ou seja,
considerando suas relações e todos aqueles que estão ao seu redor, em especial, a
figura de seus pais.
Quinta Ordem: honrar e respeitar a história de cada pessoa; amá-la sem
reservas e como ela é na essência e, buscar compreender e aceitar os desígnios da
sua vida, o seu destino.

2.3 – Aplicação da Constelação Familiar

A constelação trabalha com o olhar para nossos ancestrais, trabalha com amor e
compreensão. O constelador não trabalha com interpretação ou julgamentos, ele
apenas descreve o que o campo mostra. Quando a constelação é colocada, temos
acesso às informações do campo familiar. Constelar é observação, percepção,
compreensão, intuição e sintonia.

A constelação familiar apresenta uma variedade de aplicações práticas devido


aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, podendo ser
utilizada em diversas áreas como jurídica, educacional, hospitalar, organizacional entre
outras.
É importante destacar que a técnica pode ser realizada em grupo, ou individual,
na modalidade presencial ou online. A constelação familiar trata-se apenas de um
instrumento que poderá mostrar um caminho ao cliente, sendo que a caminhada irá
depender exclusivamente dele. O profissional que for aplicar a técnica deverá explicar
todo o processo ao cliente, possibilitando que ele o compreenda e assume as
responsabilidades em percorrer os caminhos que promoverão as mudanças.
Para que o trabalho seja efetivo, a atitude do constelador deverá ser acolhedora.
O constelador deverá focar nas informações factuais para não sofrer influências
subjetivas.
Na constelação familiar o corpo é que faz a função do cérebro, pois, é ele que
dará as informações para a compreensão da situação. O constelador não ficará
conversando com o cliente, visto que a constelação é silenciosa.
Na constelação de grupo há a presença do terapeuta, cliente, plateia, e
representante. Após colocar seu problema, o cliente escolhe os representantes para os
membros de sua família, e os posiciona.
De acordo com Hellinger (2009, p. 12) “no trabalho com as constelações
familiares, fica evidente que entre o cliente e os membros de seu sistema atua um
campo de força que é dotado de saber e o transmite através da simples participação,
sem mediação externa.”
Isso significa que após o cliente colocar a família, a constelação toma o seu
caminho. No desenvolvimento da atividade, os representantes, por meio do
inconsciente familiar, conecta-se à realidade do cliente. Mas para que isso ocorra, os
envolvidos devem estar dispostos a se confrontarem com a realidade da forma que ela
se apresenta.
Após o terapeuta identificar quais as leis básicas estão sendo desrespeitadas,
verificar a existência de emaranhamentos e identificar os problemas, algumas frases de
solução serão usadas. Estas frases costumam provocar emoções e atitudes que
possibilita ao cliente identificar seu familiar.
O objetivo final desta técnica, não se concentra em encontrar um culpado para o
problema, mas compreender o papel do sujeito perante a situação e mostrar-lhe os
caminhos para a solução.
3 CONCLUSÃO

A constelação familiar é uma técnica psicoterapêutica que possui uma


abordagem sistêmica que se baseiam nas leis do amor. Esse é um processo que vem
se mostrando eficaz, contribui para a evolução pessoal, identifica solução para os
problemas, porém não os resolve por si só. É importante salientar ainda que a técnica
ajuda no processo terapêutico, mas não o substitui.
Esta técnica, como já dito anteriormente, foi desenvolvida por Hellinger a partir
de suas experiências com as relações humanas, e traz uma abordagem diferente em
relação ao desconhecido. Por isso pode ser compreendida como uma terapia dos
estados profundos de consciência, que trabalha com questões que estão em nosso
inconsciente, de forma pessoal e coletiva. Ela está sempre sob a ótica de nossas
relações familiares, para compreender como elas nos moldam.
Reitero que o objetivo da constelação familiar consiste em trazer à consciência
as influencias que temos em nossas relações familiares, identificar quais as ordens do
amor estão em desequilíbrio e mostrar o caminho ao cliente, para que ele busque a
reconexão com seus familiares e sua ancestralidade.

4 REFERÊNCIAS
Abreu, J. R. P. (1997). Psicoterapeutas no Brasil: formação e atividades terapêuticas-
Estudo Piloto. Arquivos de Psiquiatria e.Psicoterapia.Psicanalítica, pp. 45-60.

BERTALANFFY, L. V. (1975). Teoria geral dos sistemas. Editora Vozes Ltda,


Petrópolis –RJ.

Bion, W. R. (1992). Conversando com Bion. Rio de Janeiro: Imago.

CAPRA, Fritjof (1996) “A teia da vida. Uma compreensão cientifica dos sistemas vivos”.
São Paulo: Cultrix.

CAPRA, F.; LUISI, P. (2014) The systems view of life: A unifying vision. Cambridge
University Press.

FLOOD, Robert L. & CARLSON, Ewart R. (1988). Dealing With Complexity: Na


introduction to the theory and applications of systems science. Plenum Press, New
York.

FRANZ, Ruppert. (2012). Simbiose e autonomia nos relacionamentos. São Paulo:


Cultrix.

HAUSNER, Stephan. (2010). Constelações familiares e o caminho da cura: abordagem


da doença sob a perspectiva de uma medicina integral. São Paulo: Ed.Cultrix.

HELLINGER, B, HOVEL G. (2007). Constelações familiares: o reconhecimento das


ordens do amor. Tradução Eloisa Giancoli Tironi, Tsuyuko Jinno-Spelter. São Paulo:
Cultrix.

HELLINGER, B. (2004). No centro sentimos leveza: conferências e histórias. São


Paulo: Cultrix.

HELLINGER, B. (2005). Ordens da ajuda. Patos de Minas: Atman.

HELLINGER, B.(2006). Para que o amor dê certo. São Paulo: Cultrix.

HELLINGER, B.(2009). Ordens do amor: um guia para o trabalho com constelações


familiares. Tradução Newton de Araújo Queiroz; revisão técnica Heloise Giancoli Tironi,
Tsuyuko Jinno-Spelter. São Paulo: Cultrix.
MANNÉ, Joy. (2008). As constelações familiares na sua vida diária. São Paulo: Cultrix.

VASCONCELOS, Maria José Esteves de. (2002). O pensamento sistêmico. São Paulo:
Papirus.

Watzlawick, P., Beavin, J. H., & Jackson, D. (1973). Pragmática da comunicação


humana: Um estudo dos padrões, patologias e paradoxos da interação (9ª ed.). São
Paulo: Cultrix.

Você também pode gostar