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PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS APOSTILA – 3º BIMESTRE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Não se esqueça de registrar seu nome em todas as


ESCOLA MUNICIPAL BARÃO DO RIO BRANCO folhas antes de devolver a apostila!

ALUNO(A) (NOME COMPLETO): _______________________________________________________________ TURMA: __________


1) Leia o texto e responda as perguntas:

A ORIGEM DO MUNDO PARA OS IORUBÁS


Os mitos, as histórias e as narrativas tradicionais dos iorubás foram transmitidos oralmente, de geração a
geração. Os mitos remontam ao passado, ao tempo em que deuses, heróis e ancestrais viviam na Terra e em que
foram criados os diversos elementos da natureza, humanos e culturais. Essas histórias revelam as crenças, as visões
de mundo, assim como o modo de viver desses povos. Leia o texto e responda as perguntas.

“Tudo começou quando Olorum [Deus Supremo) se remexeu, se espreguiçou, criando uma enorme massa de
água. Essa água era Oxalá, o primeiro da grande família dos orixás funfun, os orixás de branco. [...] "Vá, Oxalá! Tome
o saco da criação e vá criar o Aiyê, o mundo!"
Oxalá, durante a caminhada, começou a sentir uma sede horrível, que aumentava a cada isso que dava. Mal
conseguia andar quando avistou uma palmeira. Não pensou nem um pouco. Rapidamente foi até ela e [...] furou o
tronco da árvore. Um líquido jorrou, era vinho de palma.
Oxalá bebeu, bebeu tanto que ficou bêbado e adormeceu.
"Se Oxalá está tão bêbado assim", exclamou Olorum, "então vá, Oduduwa, pegue o saco da criação e vá criar
o 'Aiye'".
Oduduwa foi. Quando chegou ao local indicado pelo Deus Supremo, despejou o que havia no saco. Era terra. Um
grande monte se formou e seu cume ultrapassou a superfície da água.
Oduduwa colocou as galinhas naquele monte. Elas começaram a ciscar, a arranhar e a espalhar a terra sobre
a água, formando o mundo.
Quando Oxalá acordou, soube que Oduduwa já havia criado o mundo. Ficou desapontado, inconformado e
foi se queixar a Olorum. O Deus Supremo, para consolar o orixá, deu a ele outra missão, mas também um castigo.
"Oxalá, você vai modelar os seres que vão morar no Aiyê, a Terra que Oduduwa criou”, disse Olorum. "Mas,
como castigo, fica proibido de beber vinho de palma e de usar o azeite da palmeira do dendê."
O orixá foi para a Terra. Com o barro, começou a modelar os peixes, as aves, as árvores, os homens, todos os
seres vivos.
Contam, porém, que, enquanto modelava os homens, Oxalá, escondido, bebia vinho de palma. Ficava embriagado e
errava na medida.
Por isso, os homens saíram de muitos tipos e tamanhos, e outros sem cor, pois ele os tirava do forno antes
da hora. Foi assim que aconteceu.”x
CHAIB, Lidia; RODRIGUES, Elizabeth. Ogum, o rei de muitas faces e outras histórias dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 8-
10.

a) De acordo com esse mito, qual é a explicação para a diversidade física que existe entre os seres humanos?

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b) O mito acima pode ser considerado uma fonte histórica da cultura imaterial dos iorubás? Por quê?

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2) Leia o texto, reflita e responda:


PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS APOSTILA – 3º BIMESTRE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Não se esqueça de registrar seu nome em todas as
ESCOLA MUNICIPAL BARÃO DO RIO BRANCO folhas antes de devolver a apostila!

ALUNO(A) (NOME COMPLETO): _______________________________________________________________ TURMA: __________

Nos filmes, nas histórias em quadrinhos, nos seriados de TV, nos romances, a África é sempre um continente
misterioso e mágico, onde são possíveis todas as aventuras. A imagem que nos transmitem diariamente os jornais e
os noticiários de rádio e televisão é outra: a de uma parte do mundo assolada por secas, fomes, epidemias, guerras e
tiranos.
Uma visão não desmente a outra, e ambas são incompletas. Se uma região da África foi atacada por nuvens
de gafanhotos que devoraram todas as plantações, e nela há fome, nas outras a colheita se fez normalmente, os
celeiros estão repletos e há abundância de comida. Se em determinado lugar há uma feroz luta armada, noutros as
crianças vão regularmente à escola, de roupa limpa e sapatos lustrados.
E a vida familiar transcorre normalmente, sem faltar alegria. Todos trabalham e produzem [...]
COSTA E SILVA, Alberto. A África explicada aos meus filhos, Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 11.
a) De acordo com o texto, quais visões sobre a África são veiculadas nos meios de comunicação?

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b) Na sua interpretação, por que essas visões são incompletas?

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c) Você já assistiu a filmes, desenhos, noticiários que falam sobre a África? Como esse continente foi representado?

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3) Sobre a prática da escravidão no continente africano, leia o texto abaixo e responda às questões.
"Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como
membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os
mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. Eram, ainda que pudessem ignorar estes nomes – que muitas vezes
lhes eram dados por vizinhos ou adversários -, mandingas, fulas, bijagós, axantes, daomeanos, vilis, iacas, caçanjes,
lundas, niamuézis, macuas, xonas - e escravizavam os inimigos e os estranhos. Quando um chefe efique [...] vendia a
um navio europeu um grupo de cativos ibos, não estava vendendo africanos nem negros, mas ibos, uma gente que,
por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. E quando negociava um efique condenado por
crime, vendia quem, por força da sentença, deixara de pertencer ao grupo."
SILVA, Alberto da Costa e. A Africa explicada aos meus filhos, Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 88-89.

a) Segundo o texto, os africanos não se reconheciam como africanos. Como eles se reconheciam?

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b) No continente africano, sobre quem a escravidão poderia ser imposta?

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