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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Doenças Transmissíveis por Vetores – Malária


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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR VETORES – MALÁRIA

1 MALÁRIA

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são pro-
tozoários transmitidos por vetores. No Brasil, a magnitude da malária está relacionada à
elevada incidência da doença na Região Amazônica e à sua potencial gravidade clínica.
No Brasil o número de casos é constante, por isso se considera que há uma endemia de
malária (não epidemia).

ATENÇÃO

As doenças transmitidas por vetores estão associadas diretamente a epidemiologia.


As endemias são caracterizadas por um número constante de casos, diferentemente das
epidemias (nacional) e pandemias (mundial), que apresentam um momento abrupto do
número de casos.

Na época da construção da Transamazônica e na época da colonização brasileira, a


malária dizimou muitas vidas.
O principal vetor da malária é o hospedeiro principal, que é o Anopheles (mosquito). O
hospedeiro secundário é o ser humano.

ATENÇÃO

O Norte do Brasil não recebe tantos investimentos em saúde pública, por isso a malária
acomete enormemente essa região.
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2 AGENTE ETIOLÓGICO

No Brasil, há três espécies de agentes etiológicos associadas à malária em seres humanos:


a) P. Vivax;
b) P. falciparum;
c) P. malariae.
Há também o P. ovale, mas esse está restrito a determinadas regiões do continente afri-
cano e a casos importados/alóctones (quando o diagnóstico é dado em uma região, mas a
contaminação ocorreu em outra) de malária no Brasil.
O homem é o principal reservatório com importância epidemiológica para a malária humana.

ATENÇÃO

A malária em relação ao homem deve ser tratada, e em relação ao mosquito deve ser
controlada. O mosquito da malária deve ser controlado, mas em algumas regiões esse
controle é difícil, principalmente no Norte do Brasil, pois as condições climáticas são fa-
voráveis à sobrevivência do mosquito.

3 MODO DE TRANSMISSÃO

Ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles (que é vetor e hospedeiro),
quando infectada pelo Plasmodium spp.
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ATENÇÃO

Geralmente em relação aos mosquitos, as fêmeas são hematófilas (se alimentam de san-
gue), e os machos se alimentam de seivas de planta. Logo, as fêmeas são as maiores
disseminadoras da doença.

Ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no sangue humano, na fase


de gametócitos, são sugados pelo mosquito, que atua como hospedeiro principal e permite o
desenvolvimento do parasito, gerando esporozoítos no chamado ciclo esporogônico.
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4 PERÍODO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação depende do agente etiológico:


a) P. falciparum = de 8 a 12 dias.
b) P. Vivax = 13 a 17 dias.
c) P. malariae = 18 a 30 dias.

5 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

O mosquito é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametócitos circulantes.


Os gametócitos surgem na corrente sanguínea em período que varia de poucas horas para o
P. Vivax e de 7 a 12 dias para o P. falciparum, a partir do início dos sintomas.
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6 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

6.1 Malária não Complicada


A crise aguda da malária caracteriza-se por episódios de calafrios, febre e sudorese. Tem
duração variável de 6 a 12 horas e pode cursar com temperatura igual ou superior a 40ºC.
Nem sempre se observa o clássico padrão de febre a cada dois dias, portanto não se
deve aguardar o padrão característico para pensar no diagnóstico de malária.
O quadro clínico da malária depende da quantidade de parasitos circulantes, do tempo
de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente.

6.2 Malária Grave e Complicada


Se o paciente não recebe terapêutica:
a) Específica;
b) Adequada; e
c) Oportuna.

Os sinais e sintomas podem evoluir para formas graves e complicadas, dependendo da


resposta imunológica do organismo, do aumento da parasitemia e da espécie de plasmódio
Os sinais de malária grave são:
a) Prostração;
b) Alteração da consciência;
c) Dispneia ou hiperventilação;
d) Convulsões;
e) Hipotensão arterial ou choque;
f) Edema pulmonar ao raio x de tórax;
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g) Hemorragias;
h) Icterícia;
i) Hemoglobinúria;
j) Hiperpirexia (febre > 41ºC); e
k) Oligúria.

7 DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA

O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do para-


sito ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, por meio dos métodos
diagnósticos especificados a seguir:
20m a) Gota espessa;
b) Esfregaço delgado;
c) Testes rápidos para detecção de componentes antigênicos de plasmódio.

8 TRATAMENTO

O tratamento almeja atingir o parasito em pontos-chave do seu desenvolvimento, didati-


camente dividido em:
a) Interromper o ciclo das formas sanguíneas (esquizogonia sanguínea), responsável
pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) Destruir as formas hepáticas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das
espécies P. Vivax e P. Ovale, evitando assim as recaídas tardias;
c) Interromper a transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvol-
vimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).

8.1 Esquemas de Tratamento Específicos para Malária

8.1.1 Plasmodium Falciparum


Para o plasmodium falciparum não complicado, aplica-se:
a) Artemeter + Lumefantrina (AL);
b) Artesunato + Mefloquina (ASMQ);
c) Primaquina.
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Cada tratamento de ACT vem em uma cartela individual, em quatro tipos de embalagem,
de acordo com o peso ou a idade das pessoas.

8.1.2 Plasmodium Vivax e Plasmodium Ovale não Complicado


O objetivo do tratamento de P. Vivax e P. ovale é curar tanto a forma sanguínea quando
a forma hepática – chamada de cura radical –, e assim prevenir recaída e recrudescência.
Dessa maneira, é usada a combinação de dois medicamentos, cloroquina e primaquina:
• Cloroquina (CQ) – 150 mg
• Primaquina – 5 mg (infantil) e 15 mg (adulto)
• Plasmodium malariae = Cloroquina (CQ)
• Malária mista = Artemeter + Iumefantrina (AL), Artesunato + mefloquina (ASMQ) e
Primaquina
• Malária grave = Artesunato endovenoso (EV) ou intramuscular (IM)
25m Para gestantes, puérperas até 1 mês após o parto e para crianças menores de 6 meses,
é contraindicada a primaquina.

9 CONTROLE DE CURA

Recomenda-se o controle de cura, por meio da lâmina de verificação de cura (LVC), para
todos os casos de malária.
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O controle de cura tem como objetivos verificar a redução progressiva da parasitemia,


observar a eficácia do tratamento e identificar recaídas oportunamente. Recomenda-se a
realização de LVC da seguinte forma:
• P. falciparum = em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento
• P. Vivax ou mista = em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após o início do tratamento

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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