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MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO EM

FISIOTERAPIA
(MTA)

Rubenyta Podmelle
ANAMNESE, SSVV, INSPEÇÃO, PALPAÇÃO
E AUSCULTA
ANAMNESE
ANAMNESE
“história da patologia”

• Dados contidos nos prontuários e/ou fornecidos pelo


paciente;

Atitude passiva e receptiva  avaliação intuitiva 


questionamentos precisos;

• Deve permitir respostas detalhadas;


• Deve permitir que fisioterapeuta tenha ideia das estruturas e
dos meios necessários à realização da avaliação.
PRIMEIRA PARTE: identificação do
paciente
• Nome; • Endereço;
• Sexo; • Telefone;
• Idade/data de nascimento; • Diagnóstico médico/ clínica
• Estado civil; de origem;
• Naturalidade; • Fisioterapeuta responsável;
• Profissão atual; • Data da avaliação;
• Escolaridade; • Enfermaria/leito;
• ....
SEGUNDA PARTE: história clínica
Obter a maior quantidade possível de informações
sobre a lesão.

A partir desta, o fisioterapeuta desenvolve estratégias


para o exame subsequente e para o possível controle
imediato da lesão.
História
Para obter a história, o fisioterapeuta deve fazer o
seguinte:
– Mostrar-se tranquilo e receptivo ao paciente;
– Fazer perguntas abertas para permitir que o paciente diga
qualquer coisa relevante;
– Ouvir com atenção as queixas do paciente;
– Registrar exatamente o que o paciente diz;
– Tentar obter a história o quanto antes.

As perguntas devem ser feitas com enunciados claros e


específicos;
Na obtenção da história podem ser feitas observações, mas
não palpação.
Dados da História Clínica
• Queixa principal (QP)
• História pregressa da doença atual (HPDA)
– Quando e como iniciou o quadro patológico, evolução e avaliação
da dor, se fez e qual tratamento anterior, etc. lesão

• História patológica pregressa (outras patologias/cirurgia)


• Histórico familiar
• Hábitos/vícios/estilo de vida
• Medicamentos
• Exames complementares.
Dicas de questionamentos durante HDA
• O que houve?
• Como e quando aconteceu?
• Houve algum trauma provocador? Atividade repetitiva?
• Em que parte do corpo se manifestam os sintomas?
• Uma articulação exibe instabilidade ou bloqueio?
• O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente?
• Há alterações vasculares no membro?
• Onde se localiza a dor/outros sintomas? Que tipo de dor? Contínua?
Irradiada?
• Existem posturas ou ações que aumentam ou diminuem a dor?
Dados da História Clínica
CARACTERÍSTICAS DA DOR
Que tipo de dor é?
Dor em nervo: irradiante e com queimação
Dor em osso: localizada e profunda; penetrante
Dor muscular: imprecisa e pode refletir em outra área

Onde está doendo?


Quanto mais profunda a lesão, mais difícil ligar a dor ao trauma

É constante? Dói em algum movimento?


Dados da História Clínica
NÍVEL DE DOR
INSPEÇÃO (Observação)
INSPEÇÃO (Observação)
• Método sequencial lógico deve ser estabelecido para
que nada passe despercebido

• Objetivo: obter dados clínicos de deformidades


visíveis, alterações funcionais e anormalidades do
alinhamento corporal, como paciente se move e sua
postura

• Inicia na entrada do paciente à sala de avaliação


INSPEÇÃO (Observação)
• Exame deve ocorrer com região em estado de
repouso;

• Não deve se limitar à região considerada;

• Observação dos perfis do paciente realizada de


maneira simultânea;

OBSERVAÇÃO
INSPEÇÃO (Observação)
1º: alinhamento postural (outra aula);
2º: deformidade? (exemplos: deformidade em flexão de cotovelo ou fratura)
3º há perda de massa muscular? Assimetria nos contornos
musculares?
4º as posições dos membros estão iguais?
5º a cor da pele está normal? (exemplos: cianose ou vermelhidão)
6º há cicatriz recente? Bolhas? Inflamação?
7º há ruído anormal quando paciente se move?
8º edema ou vermelhidão?
PALPAÇÃO
PALPAÇÃO
• Área a ser palpada deve estar relaxada tanto quanto
possível;
• Realizada sistematicamente e englobar todas as
estruturas que estão sendo examinadas:
– Pressão muito leve para profunda, de local distante para
local próximo do ponto da queixa;
– Variação de tensão e intensidade da dor.
• Auxilia na percepção de diferenças no tônus muscular;
• Identificar estrutura e tipo de tecido e detectar
anormalidades.
PALPAÇÃO
• Determinar espessamento do tecido (edema, por
exemplo, aumenta parte do corpo de maneira
anormal) ;
• Determinar sensibilidade aplicando pressão com
cuidado;
• Variação de temperatura (dorso da mão);
• Sensações anormais, como hipoestesia, hiperestesia,
anestesia ou crepitação.
PALPAÇÃO
• Palpação de tecido ósseo: proeminências, saliências
e forma dos segmentos.

– Importante que musculatura esteja relaxada e


conhecimento anatômico;
– Palpação permite localizar partes ósseas que constituem
uma articulação
PALPAÇÃO
Palpar local lesionado e não lesionado para comparação

Palpação do osso

Pode revelar espaço anormal, protuberância e/ou desalinhamento na


articulação, edema ósseo, etc.

Palpação dos tecidos moles

Edema, depressão, nódulo, tensão muscular e variação de temperatura podem


ser detectados; local de ruptura de tendão, contrações mínimas involuntárias,
umidade da pele; etc.
Alguns locais específicos para palpação
OMBRO/CINTURA ESCAPULAR

• Sulco intertubercular
• Escápula
• Clavícula
• Tendão da cabeça longa do bíceps
Alguns locais específicos para palpação
COTOVELO
• Nervo ulnar (entre olécrano e epicôndilo medial)
• Olécrano

PUNHO
• Tabaqueira anatômica (depressão na base do polegar)
• Osso escafoide
Alguns locais específicos para palpação
JOELHO
• Tuberosidade da tíbia;
• Cabeça da fíbula;
• Ligamento patelar;
Alguns locais específicos para palpação
TORNOZELO
• Maléolos medial e lateral
• Calcâneo
• Ligamento deltoide (abaixo do maléolo medial)
• Tendão do tibial anterior (dorsiflexão)
• Tendão do calcâneo
AUSCULTA PULMONAR
• Os sons pulmonares são resultados das vibrações
pulmonares e das respectivas vias aéreas transmitidas
à parede torácica

• Ruídos adventícios:
– Sibilos
– Roncos
– Crepitações ou estertores

https://www.youtube.com/watch?v=IEmtZkh9wjk
SINAIS VITAIS (SSVV)
Exame destes sinais fornece informações sobre estado
cardiorrespiratório do paciente, condições fisiológicas
de órgãos internos e resposta a estresse.

• TEMPERATURA*
• FREQUÊNCIA CARDÍACA
• FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• PRESSÃO ARTERIAL
TEMPERATURA
• Febre = pirexia

• Hipertermia ou hiperpirexia – febre demasiadamente


alta (acima de 41,1°C)
– TEMPERATURA ELEVADA: organismo combatendo alguma
infecção

• TEMPERATURA REDUZIDA: exposição ao frio extremo


(hipotermia, abaixo de 34,4°C)
(Termômetros mais antigos)
• Verificação oral com
termômetro de mercúrio
dura de 3 a 5minutos,
enquanto verificação axilar
necessita de 10minutos
(mercúrio leva mais tempo
para expandir-se);

• Chacoalhar até ficar abaixo


dos 35°C antes de iniciar
verificação
FREQUÊNCIA CARDÍACA
(bpm)
Bradicardia (abaixo de 60 bpm)
e taquicardia (acima de 100
bpm);

Ritmo: espaço de tempo entre


os batimentos.
Arritmia = ritmo irregular (3x em
1min).

MEDIÇÃO DO PULSO
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• PADRÃO RESPIRATÓRIO
• Padrão normal: eupneico (12 a 20 ipm)
– Taquipneia (acima de 24 ipm), bradipneia (abaixo de 10
ipm) e apneia (nenhuma incursão)
– Dispneia: respiração trabalhosa
• USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA

• Paciente não deve saber que a FR está sendo


monitorada
PRESSÃO ARTERIAL
Sons de Korotkoff

Esfigmomanômetro +
estetoscópio

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