Alem dos ensaios pirognósticos, o gemôlogo pode usar o ataque químico, para
provocar o aparecimento de figuras de corrosão, e desta forma, auxiliar a
identificação dos minerais brutos que não possuem forma geométrica definida.
Os elementos existentes em um cristal, ou seja, faces, arestas, vértices, acham-se
arranjados de maneira simétrica. Essa simetria pode ser definida em relação a um
plano de simetria, um eixo de simetria e um centro de simetria. Denomina-se plano
de simetria, um plano imaginário que divide um cristal em duas metades, cada uma e
a imagem especular da outra.
Eixo de simetria e uma linha imaginária que passando pelo centro do cristal permite
girá-lo. O número de vezes que uma parte qualquer do cristal aparece num giro
completo, sobrepondo-a exatamente, determina a natureza do eixo.
Centro de simetria e um ponto no centro do cristal por onde todas as linhas
imaginárias, partindo dos vértices, das arestas e ou das faces, se cruzam a igual
distância.
2. BRILHO: É uma propriedade que depende da luz. Pode-se dizer que brilho e a
quantidade de luz refletida por uma superfície mineral. Os principais tipos de brilho
são:
Metálico: possui o aspecto brilhante de um metal. Ex: galena .
Adamantino: característico de minerais transparentes e de índice de refração
elevado. Ex: Diamante.
Vítreo: apresentado pela maioria dos minerais transparentes e com índice de
refração médio. Ex: quartzo .
Resinoso: o que possui aspecto de resina. Ex: blenda .
Nacarado: o que tem aspecto da pérola. Ex: muscovita .
Sedoso: o que possui aspecto da seda. Ex: calcita fibrosa .
Gorduroso: apresenta o aspecto de estar coberto por uma camada de gordura. Ex:
calcedônia
3. DIAFANEIDADE: É uma propriedade que depende da quantidade de luz que
consegue atravessar a gema. Quanto à diafaneidade as gemas podem ser:
Transparentes: quando se vê, com clareza, um objeto através da gema. Ex: quartzo
hialino.
Translúcidas: quando se vê o objeto, mas o seu contorno não e nítido. Ex:
calcedônia.
. Opacas: quando não se vê o objeto através da gema.Ex: jaspe.
ESCALA DE MOHS
Flexibilidade: o mineral e flexível quando pode ser curvado, com certa facilidade,
mas não retoma sua forma primitiva quando cessada a pressão. Ex: talco .
Elasticidade: e a facilidade com que o mineral, após ter sido encurvado, retoma a
posição original. Ex: muscovita.
O líquido menos tóxico, menos perigoso de se usar e o bromofórmio. Com ele pode-
se fazer uma bateria de densidade relativa diluindo-o com líquido de densidade
baixa como o monobromonaftaleno, cuja D.R. e 1,49.
OBS: As densidades mais utilizadas. são: 2,65, 2,70 e 2,80.
METODO PICNÔMETRO
9. FRATURA
É a maneira pela qual o mineral se rompe, quando se aplica um golpe, produzindo
superfícies irregulares. Segundo o tipo da superfície produzida, a fratura pode
ser:
. Concóide - quando a fratura tem superfícies lisas, curvas, semelhantes à
superfície interna da concha. Ex: vidro, quartzo,etc. .
Um raio luminoso, ao atingir uma superfície de separação, entre dois meios ópticos
diferentes, sofre: reflexão, refração e absorção.
Há reflexão, quando a, luz atravessa um meio óptico menos denso, por exemplo o
ar, incide, obliquamente, numa superfície de separação com densidade óptica maior,
gema, e retorna ao primeiro.
Quando um raio luminoso deixa um meio menos denso (ar) e entra, obliquamente, em
outro mais denso (gema), ele muda sua trajetória e velocidade. Damos o nome de
Refração a esse comportamento da luz
O grau de refração e constante nos vários tipos de materiais, por isso, usamos essa
propriedade óptica na identificação das gemas. O grau de refração e definida como
a relação proporcional entre a velocidade da luz no ar e velocidade da luz na gema.
POLARISCÓPIO
O polariscópio consiste em duas placas de polaróide montadas de tal forma que uma
pode girar sobre a outra. O polaróide inferior chama-se polarizador e o superior
analisador.
Se a gema colocada entre os polaróides, num giro de 360º,setornar,alternadamente,
clara e escura, em intervalos de 90º, pode-se adiantar que ela exibe
birrefringência.
Se a gema permanecer escura ou clara em todas as posições, significa que se trata
de material monorrefringente. As gemas birrefringentes podem apresentar-se
como monorrefringentes, quando observadas nas direções de eixo óptico.
Portanto ao estudar uma gema deve-se coloca-la em varias posições para confirmar
ou não sua birrefringência.
FILTRO CHELSEA
Toda gema que apresentar um deles, aparecerá vermelha quando observada através
do filtro Chelsea. Para essa observação e necessário que a pedra esteja o mais
iluminada possível e o filtro, colocado aproximadamente, a trinta centímetros dela,
deve estar bem próximos do olho do observador. As gemas de cores verde, azul e
vermelha são as que mais dados fornecem ao serem observadas com o Chelsea.
No caso da esmeralda, que absorve os comprimentos de onda do amarelo ao verde e
transmite comprimentos ao redor do vermelho, portanto vista através do filtro,
mostra-se vermelha, o que não acontece com as imitações de esmeralda como
turmalinas e alguns vidros verdes, sem crômio, que continuarão verdes.
Além dos fenômenos normais de reflexão, refração e dupla refração, que ocorrem
quando um raio de luz incide sobre uma gema, outros acontecem devido a interação
luz e imperfeições da gema.
Acatassolamento ou efeito olho de gato,é um fenômeno luminoso que lembra o olho
de um gato 'chatoyance', do Frances - chat=gato e oeil=olho. Resulta da reflexão
da luz sobre as muitas inclusões dispostas paralelamente a uma direção
cristalográfica.
O maior efeito deste fenômeno se consegue quando a pedra e lapidada em forma de
cabochão. Esta propriedade, acatassolamento, e exibida pelo 'olho-de-gato' uma
variedade gemológica do crisoberilo.
Todas as outras gemas que apresentam esse fenômeno devem mencionar o nome da
gema. Exemplo: rubi olho de gato, turmalina olho de gato.
INCLUSÕES SÓLIDAS:
1. Agulhas de actinolita
2. Placas ou bastonetes de hornblenda
3. Romboedros de calcita
4. Cubos de sal gema
5. Fibras de amianto
6. Diamantes
7. Crômio diopsidio
8. Cristais prismáticos de turmalina
9. Cubos, pentagonododecaedros e cachos de pirita
10. Enstatita
11. Cristais tabulares de hematita
12. Formações dendríticas de manganês
13. Vidro natural
INCLUSÕES LÍQUIDAS:
14. Cavidade com dois ou mais líquidos imiscíveis
15. Cristais negativos com líquido e frequentemente com bolha de gás.
16 e 17.Inclusões trifásicas: líquido, gás e sólido
18 .”Impressões digitais” líquido nas fissuras do mineral
19. “Asa de inseto” líquido nas fissuras do mineral
20. Agrupamento irregular de capilares, tubos extremamente finos
preenchidos por líquidos, nas turmalinas.
Materiais de muito baixo valor são apresentados como gema. É o caso de vidro
comum, de garrafa, que lapidado, passa a ser apresentado como gema. Entre os
materiais sintetizados pelo homem encontram-se alguns que não tem equivalentes
naturais, como e o caso da zircônia cúbica, da fabulita e outros que pretendem
imitar o diamante.
GEMMOLOGIA
CAVENAGO-BIGNAMI MONETA,
S. EDITORE ULRICO HOEPLI MILANO
MANUAL DE MINERALOGIA
DANA, JAMES D. e HURLBUT JR.,CORNELIUS S.
LIVROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS EDITORA S/A 1976 R.JANEIRO
AS PEDRAS PRECIOSAS
FRANCO, RUI RIBEIRO E SOUZA CAMPOS,J.E.de
AO LIVRO TÉCNICO S/A 1981 R.JANEIRO
Em origem este filtro servia como auxiliar na distinção entre esmeraldas naturais e
suas imitações. Posteriormente encontram-se outras aplicações para ele. O filtro é
projetado com a finalidade de transmitir somente a cor vermelha viva e a cor
amarelo-verde da luz. Os melhores resultados são obtidos sob forte luz.
C- Gemas de cor Vermelha - uma clara indicação dos Rubis, naturais e sintéticos, é
uma cor vermelha brilhante característica. Sendo os sintéticos, vista de regra, mais
brilhante.
ESPECTROSCÓPIO
Quando um feixe de luz branca passa através de um prisma de vidro, ele se
decompõe nas cores fundamentais, formando um espectro. Se a luz passou antes
através de uma gema colorida, se produzirá a absorção de certos comprimentos de
onda, e, por consequência aparecerão linhas escuras ou zonas de sombra nos
espectros luminosos. Baseando-se nessa propriedade física é que foram construídos
os espectroscópios de absorção, que permitem a identificação direta da gema, ou
então fornecem importantes dados, que somados aos de outros métodos,
reconhecem completamente a gema estudada.
Em alguns casos, o espectroscópio é indispensável, como por exemplo, na distinção
entre os diamantes amarelos e castanhos tratados com radiações atômicas e os
incolores naturais; nas safiras azuis naturais e sintéticas. O espectroscópio consta
de um tubo metálico com uma janela, com abertura regulável, na parte dianteira;
três prismas no seu interior; e no outro extremo uma lente ocular que gradua a
focalização do instrumento. Nos modelos de bolso o espectro das cores não está
graduado com os comprimentos de onda respectivos. A gema estudada deve ser
iluminada com luz branca de grande intensidade (250 w).
Não se recomenda usar a luz solar por causa das linhas de Fraunhofer que aparecem
no seu espectro. Antes do exame da pedra, é necessário focalizar o instrumento, o
que se consegue facilmente, orientando-se o espectroscópio para uma luz
fluorescente e movendo a ocular até que as raias do espectro apareçam nítidas.
Quando uma gema com dicroísmo é observada através do dicroscópio uma das
imagens da janela fica com uma determinada cor e a outra imagem com cor
diferente. Algumas gemas dicróicas apresentam as seguintes cores:
Recomenda-se usar a luz do dia para iluminar a pedra que está sendo observada no
dicroscópio.
Recomenda-se, também, que a observação seja feita em várias posições diferentes
da gema, uma vez que na direção do eixo óptico não há dicroísmo.
LUPA BONOCULAR
Existem também outros métodos que podem ser realizados durante uma marcha
analítica: alguns simples e fáceis de realizar, como a prova da atração magnética em
algumas imitações de hematita, o toque com uma ponta quente para determinar
colas e plásticos. Porém, outros são mais complicados e específicos como o
endoscópio, a transparência, a luminescência aos raios X, durarão de raios X, etc.
Da mesma forma que estabelecemos um fluxograma para gemas opacas, podemos
ter um esquema para as transparentes e o critério de prioridade nos métodos é o
mesmo das gemas opacas.
Estereocópio
Lupa binocular
LUPA 10X POLARISCÓPIO REFRATÔMETRO BALANÇA
HIDROSTÁTICA Filtro Chelsea
LuzUltravioleta
Dcroscópio
ESCOLHA DO INSTRUMENTO GEMOLÓGICO ADEQUADO
COR DE PEDRA BRUTA LAPIDADA MONTADA
Pontas de dureza Pontas de dureza
OPACA Líquidos pesados e balança hidrostática
Lampada Ultravioleta
Líquidos pesados e balança hidrostática
Refratômetro
TRANSPARENTE Pontas de dureza Pontas de dureza
INCOLOR Polariscópio, Microscópio *, Ultravioleta *
Diamante Diamante-Caneta de tinta aderente
Ponta térmica Diamante-Ponta térmica
FIGURAS DE INTERFERÊNCIA
Uma esfera (esfera de Moore, semiesfera ou cabochão) é uma lente natural.
Também com uma lente 10X utilizada como "projetor" é fácil ver as figuras de
interferência na direção do eixo ótico dos minerais naturais birrefringentes:
uniaxiais e biaxiais.
Minerais uniaxiais: Um só eixo, uma só figura: Quartzo, Berilo, Turmalina, Córindon,
Zircão, etc. Minerais biaxiais: Dois eixos, duas figuras: Topázio, Espodumênio,
Crisoberilo, etc.
CONSELHOS PARA IDENTIFICAR UMA GEMA LAPIDADA
Na identificação de gemas, alguns pequenos cuidados são fundamentais para a
obtenção de uma conclusão correta.:
1) Limpar a gema com cuidado, usando um paninho que não solte pelos ou fibras;
2) Usar uma pinça para segurar a gema;
3) Quando usar o Polariscópio, colocar a gema em diferentes posições para
determinar com precisão a Anisotropia ou Isotropia da mesma;
4) Quando do uso do Refratômetro, os cuidados devem ser ainda maiores:
a) Limpar novamente a gema;
b) Colocar uma gota bem pequena do líquido. O líquido é usado APENAS para
expulsar o ar que fica entre a gema e o instrumento;
c) Ao colocar a gema na janela do Refratômetro, MUITO CUIDADO para não riscar
o vidro (muito sensível) do instrumento. Para evitar problemas sérios, NUNCA
arrastar a gema sobre o vidro do Refratômetro.
GEMAS SILICÁTICAS: BERILOS (Agua-Marinha)
CRISTALOGRAFIA
Os cristais de Berilo pertencem ao sistema hexagonal, de hábito prismático,
podendo alcançar grandes dimensões. Suas formas são simples, constituídas de um
prisma de seis faces, alongado, cuja base superior e uma superfície plana; a base
inferior esta implantada na rocha que lhe serve de base. Frequentemente estriado
e entalhado verticalmente, com sinais de corrosão nas faces.
PROPRIEDADES FTSICAS
A dureza do Berilo oscila, de acordo com variedade, entre 7 1/2 a 7 ¾, alcança oito
(8) na variedade rosa. A densidade relativa varia entre 2,60 a 2,91, os valores mais
altos são,em geral apresentados pelos de coloração rosa. O brilho e vítreo a
transparência e variável, de opaco a transparente nas variedades usadas como
gema. O Berilo é birrefringente e o índice de refração tem pequenas variações de
acordo com a coloração.
PROPRIEDADES QUÍMICAS.
O berilo e um Silicato de Alumínio e Berílio (Be3 Al Si6 O18) ,contendo pequenas
quantidades de outras substancias como Oxido de cromo, de Ferro,de Magnésio, de
Cálcio, de Lítio e traços de Fluor e Titânio. É insolúvel aos ácidos.
ASPECTOS DIAGNÓSTICOS
É reconhecido pela sua forma cristalina hexagonal e pela coloração. Distingue-se da
Apatite pela sua dureza maior. Dos minerais quartzo e Topázio distingue por suas
propriedades I.R. e D.R. e também pela ausência de clivagem.
ORIGEM
O Berilo é um mineral acessório comum de pegmatitos que são fontes naturais de
pedras preciosas. Deles provem, entre outras, a Esmeralda, a Agua-Marinha, as
Turmalinas de diversas cores, quartzo, Topázios, Crisoberilos, Espodumênios, etc.
PEGMATITOS
São rochas ígneas de granulação extremamente grossa, relacionadas geneticamente
a grandes massas Plutônicas. Os granitos, mais do que qualquer outra rocha,
possuem, pegmatitos genéticamente associados a eles; logo quando se menciona
Pegmatito sem outra referencia, podemos considera-lo como Pegmatito Granítico.
Nome: devido à sua coloração azul esverdeada semelhante a agua dos mares.
Encontram-se, porém, muitas gemas absolutamente azuis, que lembram mais o
azul/ceu.
Coloração: á devida à presença de oxido de Ferro; a coloração á distribui dá
homogêneamente.
Principais jazidas:
- no Brasil, em Minas Gerais;
na URSS, nos Montes Urais;
em Madagasca, Depósitos menos. importantes são encontrados na índia, EUA e
Austrália.
Cristais: Os cristais de Água-Marinha são frequentemente de boas dimensões e não
são raros exemplares de 2 a 3cm de comprimento e largura, puros e de boa cor.
Cristais colossais são encontrados pesando alguns quilos, com boa coloração e
transparência. Como exemplo, temos duas Águas-Marinhas encontradas no Brasil em
1910 e 1956 respectivamente com 119,5 Kg e 61 Kg, de qualidade gemológica.
IMITAÇÔES
O vidro verde é um dos produtos mais usados na imitação da Esmeralda.Suas
constantes físicas de índice de refração e densidade relativa são, respectivamente,
1,60 a 1,66 e 3,40 a 4,00. Existe, também, o vidro da própria Esmeralda com índice
1,5l5 e D.R. de 2,49.
Todos esses vidros exibem as tradicionais bolhas esféricas que logo denunciam a
sua natureza. As pedras duplas e triplas também podem imitar a Esmeralda. A
pedra dupla consiste na colagem de duas substancias diferentes, uma formando a
coroa da pedra e outra o pavilhão. As duas partes são coladas na altura da cintura.
A pedra dupla mais comum na imitação da Esmeralda é aquela em que a coroa é
Granada e o pavilhão é vidro verde. O reconhecimento desta imitação é feito pela
observação das inclusões aciculares da granada e pelas bolhas de ar que se dispões
no plano de colagem
FILTRO CHELSEA
O filtro Chelsea foi fabricado, ao redor de 1934, com a finalidade de reconhecer as
Esmeraldas naturais daquelas que eram antigamente chamadas de sintéticas, mas
que na verdade, são vidros verdes ou gemas duplas e triplas.
O Chelsea é um filtro que absorve os comprimentos de onda do espectro numa
faixa relativamente estreita, do vermelho escuro (690 nm) ao amarelo/ esverdeado
(570 nm).
Todas as Esmeraldas naturais têm certa absorção, em maior ou menor grau, no 600
nm, e uma emissão no 680 nm. Se confrontarmos os espectros de absorção da
Esmeralda e do Chelsea, fica claro que a única radiação de luz que passa em
quantidade apreciável é o vermelho, isto é, a Esmeralda olhada através do Chelsea
fica vermelha.
Este e um comportamento genérico que pode ter exceções. Certas Esmeraldas T
naturais podem apresentar reações diferentes como, por exemplo, mostrar um rosa
pálido (indianas) ou cinza/escuro (algumas brasileiras, rhodesianas e sul-africanas).
Na época da construção do filtro Chelsea ainda não eram conhecidos os jazimentos
africanos e brasileiros e nem existiam as Esmeraldas sintéticas (entendendo por
sintético, um produto fabricado pelo homem mas com as mesmas características
químicas e físicas do similar natural), assim, todas as Esmeraldas verdadeiras
ficavam vermelhas no Chelsea e as que não ficassem eram consideradas como uma
imitação.
Hoje em dia, entretanto, existem muitas fábricas de Esmeraldas sintéticas, de tal
modo que, uma gema verde que no Chelsea fica vermelha não precisa mais ser uma
Esmeralda verdadeira. Atualmente, o Chelsea deve ser olhado como um
Instrumento gemológico que da reação positiva (vermelho) para aquelas substancias
que têm, na sua constituição química, os elementos corantes Crômio ou Cobalto. De
modo geral, as Esmeraldas sintéticas, no Chelsea, mostram um vermelho mais
intenso do que aquele das naturais.
LUMINESCÊNCIA
Quando as Esmeraldas são observadas sob luz ultravioleta (U.V.) elas dão reação
semelhante àquela do Filtro Chelsea, ficam vermelhas. Na onda longa a tonalidade é
mais forte do que na onda curta, Geralmente, a Esmeralda que tem um vermelho
intenso no Chelsea, terá vermelho na onda longa e vermelho claro na curta. Algumas
Esmeraldas, entretanto, não dão reações em nenhum desses estímulos. O óleo usado
para esconder as fraturas de certas Esmeraldas é revelado pela fluorescência
amarelo claro, quando a gema e colocada sob a U.V. de onda longa.
INCLUSÕES
As Esmeraldas apresentam, ao microscópio, vários tipos de inclusões que permitem
o reconhecimento da natural e da sintética. Além disso, é possível sugerir, através
do estudo das inclusões das Esmeraldas naturais, o seu local de origem. As
inclusões das Esmeraldas colombianas da mina de Muzo apresentam os seguintes
aspectos:
trifásicas (Cloreto de Sadio, solução salina e dióxido de carbono),
cristais romboédricos de Calcita, e
cristais hexagonais de Parisita que tem um bandeamento em cores castanhas claras
e escuras que se alternam.
Em El Chivor (Colômbia) as inclusões são: trifásicas (como Muzo); cristais de Pirita
isolados ou em grupos, e cristais de Calcita.
Nas Esmeraldas brasileiras as principais inclusões são: Quartzo; Inclusões bifásicas
com formas irregulares ou como tubos, estes últimos lembram aqueles das Águas-
Marinhas; inclusões trifásicas alongadas.
Nas gemas de Sta. Terezinha (GO) observam-se: Piritas cúbicas com arestas vivas
ou arredondadas e faces corroídas, podendo ainda estar isoladas ou agrupadas em
vários cristais; cristais octaédricos de Cromita isolados ou em nuvens paralelas ao
pinacóide basal; lâminas de Talco e de Hematita:Calcita romboédrica: e inclusões
bifásicas.
As inclusões características das Esmeraldas da Rhodésia (Sandawana) são: cristais
filiformes ( em forma de fios) de tremolita: bandas alternadas retilíneas de
coloração clara e escura.
As pedras triplas são, geralmente, formadas por duas partes de Berilo, Quartzo ou
Espinélio sintético incolores coladas com um cimento verde, o qual transmite a sua
cor para toda a pedra. Para o reconhecimento desta imitação de Esmeralda é
suficiente que se observe a gema de perfil contra uma fonte de luz. O cimento
colorido logo se destaca das partes incolores que formam a coroa e o pavilhão da
pedra. As pedras duplas e triplas são, comercialmente, conhecidas como "Esme-
ralda soude" (Esmeralda soldada).
JAZIMENTOS
As jazidas de Esmeralda são geralmente do tipo primário, isto é, as concentrações
desse material ainda estão associadas as rochas que lhe deram origem. As
minerações mais antigas, do ponto de vista histórico, estão no Egito (Etbai, próximo
ao mar Vermelho) e na Áustria (Salisburg7).
Os principais produtores mundiais. de Esmeralda são:
Colômbia com as minas de Muzo e Cosquez, Peria Blanca, ei Chivor, Gachaíã e Borur;
Rhodesia com minas no vale de Sandawana;
Brasil com jazidas em Carnaíba (Bahia) e desde 1981 em Santa Terezinha de Goiás
(GO) ;
Rússia em xistos ao longo do rio Takovaya. Outras ocorrências menores estão no
Pakistão, India, África do Sul,Tanzânia, Austrália e Estados Unidos da America do
Norte.
PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS
Quanto a estrutura cristalina, a Turmalina pertence ao sistema trigonal classe
piramidal-ditrigonal.
PROPRIEDADES CARACTERISTICAS
PROPRIEDADES FÍSICAS
A Turmalina, do ponto de vista científico, é um dos minerais gemológicos mais
interessantes. Turmalina é realmente, um nome geral para um grupo de minerais
com estruturas atômicas semelhantes e composição química também semelhante.
COR: A absorção de uma porção de luz branca que penetra em uma gema
transparente ou é refletida de uma gema opaca, é responsável pela cor apresentada.
Há também, alguns agentes corantes como óxidos de Metais (Fe, Mn) que são muito
mais capazes de impor um padrão característico de cor em qualquer substancia na
qual eles predominam. Entre os agentes corantes, o Crômio e responsáveis pelos
mais ricos verdes e vermelhos, e os demais citados anteriormente, na composição
química.
FILTRO CHELSEA
Duas cores podem parecer iguais a olho nu, porém, do ponto de vista do espectro de
cores, ou seja, das cores que as compõem, pode ser completamente diferentes.
Este e o caso de, por exemplo, o vermelho ou verde, de gemas diferentes ou de uma
gema natural uma imitação. O modo mais simples de revelarmos diferenças na
composição do espectro de cores de cada uma será usando um filtro de cor.
Um filtro de cor e um pedaço de vidro colorido ou gelatina, ou ate solução colorida,
que filtra a luz ou comprimentos de onda misturados, passando por ele.
Um filtro permite a passagem de algumas cores e absorve outras.
Qualquer substancia colorida transparente, de um certo modo, e um filtro de cor,
mas os mais procurados, são os que tem faixas de absorção bem definidas e reqiões
estreitas nas quais transmitem cor.
Há uma serie de filtros de cores quase puras, ou seja, uma tentativa de produzir luz
monocromática em cada uma das principais regiões do espectro.
O filtro mais usado em qemologia e um filtro dicromático - ou seja, transmite
estreitas faixas de luz em duas regiões escolhidas do espectro. O mais eficiente e
chamado Filtro de Chelsea. Transmite vermelho escuro perto de 6.900 A e verde-
amarelado (perto de 5.700 A). Através dele as substâncias podem parecer
vermelhas, verdes ou acastanhadas que é a mistura dos dois.
Por este filtro, a Turmalina não apresenta o vermelho.
As maiores partes das gemas verdes aparecem verdes em contraposição as
Esmeraldas naturais e sintéticas que aparecem vermelhas (menos as da África do
Sul e Índia que possuem Fe.).
ESPECTRO DE ABSORÇÃO
Analisa-se a luz que passa através ou é refletida da gema. Assim, o espectro de
absorção oferece um teste prático para a identificação das gemas, nos ela não e
prejudicada de modo algum. Como a cor de uma gema o resultado da absorção
seletiva, a luz branca transmitida através do material colorido mostra faixas ou
linhas de absorção, quando este mineral e examinado por um instrumento construído
para mostrar o espectro da luz transmitida através ou refletida dele.
A cor do espectro de cores que e absorvida, já que fica na substância. A absorção,
principalmente de gemas coloridas, esta em bem marcadas faixas, ou linhas escuras
mais finas, que sobrepõem, o de outra forma espectro continuo, absorvendo certas
cores ou comprimentos de ondas, quando a luz branca passa por ela. A distribuição
destas faixas ou linhas escuras, dão-nos, muitas vezes, parcial ou completa
identificação da gema. O espectro de absorção das Turmalinas é normalmente tão
fraco, que perde o valor como meio para identificação.
Na Turmalina verde, a parte vermelha do espectro e quase completamente
absorvida e o, amarelo e o verde são o transmitidos livremente, exceto por uma
fraca região de absorção (+ 5.600A).
Na parte verde há ume faixa bastante forte e estreita (+ 4.980, (atribuída ao
Ferro). Estas são acompanhadas de uma faixa mais fraca e mais vaga (4.680R).
Algumas Turmalinas verdes e principalmente azuis têm uma forte faixa no violeta.
Turmalinas vermelhas e rosas mostram uma larga região de absorção no verde do
espectro. No fim das ondas longas pode ser vista uma linha estreia há também, duas
faixas na cor azul, muito finas.
O Manganês é responsável pelo colorido vermelho-róseo e apresenta faixa larga de
absorção na cor azul e na violeta.
TRATAMENTO TÉRMICO
A influência do calor na Turmalina é variável, sendo o resultado normalmente
clarear a cor. Experiências mostram que a +- 700ºC a Turmalina rosa descolore
completamente e as verdes claream. Uma interessante aplicação de tratamento por
calor é que certas gemas verdes escuras da Africa claream até uma cor verde-
esmeralda muito atraente.
A irradiação á indicada para:
1) Criar centros de cor, que também ocorrem naturalmente a partir de materiais
incolores.
2) Intensificar alguns efeitos luminosos dos centros de cor.
3) Restaurar centros de cor que tenham diminuído por calor ou exposição a luz
natural (infra-vermelho do sol).
4) Criar centros de cor que ainda não existem naturalmente.
5) Introduzir mudanças que não envolvam os centros de cor.
Todas estas mudanças são permanentes sob ação da luz do dia e calor (até 3OOºC).
Nas Turmalinas vermelhas, com tratamento por calor, pode-se "eliminar sobras
parecidas com a fumaça dos Quartzos". As de cor acastanhado escuro (Dravitas),
podem ser transformadas em gemas de belo tom rosa com tratamento apropriado
de calor.
INCLUSÕES
As inclusões vistas em Turmalinas são, em geral, cavidades filiformes que vistas sob
lentes de grande aumento, demonstram ser tubos cheios com líquido e muitas vezes
contendo bolha de gás. São inclusões bifásicas. Esses tubos, geralmente, estão
dispostos paralelamente ao comprimento de cristal e, se abundantes são a causa do
efeito "chatoyance" que se vê na Turmalina.
W. F. Eppler, entretanto, tem outro ponto de vista e afirma que as inclusões que
causam "chatoyance", são fibras de cristal (Asbesto, Serpentina, Rutilo). Películas
finas são, também, inclusões comuns e se elas são vistas num determinado ângulo
que faça com que a luz incidente seja totalmente refletida delas aparecem como
manchas pretas.
A Rubelita tem fraturas internas características, que são, a grosso modo, paralelas
ao eixo vertical dos cristais.Em geral, são cheias de gás e dão reflexos como um
espelho. É multo raro uma Rubelita pura sem inclusões de modo que se tornaram tão
aceitas na joalheria quanto os "jardins" das Esmeraldas.
A Turmalina verde raramente contém essas fraturas. Ela é caracterizada por
inclusões líquidas e gasosas filiformes, distribuídas igualmente e abundantemente
pela gema. A Rubelita também tem essas inclusões líquidas, mas, raramente com a
quantidade da Turmalina verde. As inclusões líquidas pequeninas da Turmalina verde
tem aparência diferente das inclusões de outras gemas. As Turmalinas de outras
cores tem inclusões similares porque o ambiente e o mesmo. As bicolores e
principalmente as tricolores quase nunca estão completamente livres de inclusões
ou defeitos internos pequenos (fraturamentos, bolhas etc.).
Esse mineral tão cheio de inclusões é, por sua vez, inclusão na Safira proveniente
de Kashmir.
RECONHECIMENTO
Como temos Turmalina em uma tal variedade de cores e tons, há a possibilidade de
confundir com outras gemas. A Turmalina é reconhecida por sua secção transversal
triangular arredondada característica dos cristais. É também, facilmente
identificada por sua forte birrefringência, caráter uniaxial negativo (-). Topázio,
Damburita, Andaluzita e Apatita, tem birrefringência muito mais alta.
Distingue-se da Hornblenda pela ausência de clivagem prismática.
A primeira fonte de Turmalina parece ter sido Sri Lanka que ainda produz seixos
rolados de boa qualidade em tons amarelos e castanhos, dos depósitos de aluviões
no SE da ilha.
Coríndon sintético
Em 1877 os franceses Frenry e Fall descrevem uma experiência na qual aqueceram
uma solução de Oxido de Alumínio em óxido de Chumbo fundido, obtendo-depois de
20 dias cristais de Coríndons de pequeno tamanho e sem qualidade gemológica.
Quinze anos depois Auguste Verneull apresenta um trabalho na Academia de
Ciências Francesa sobre seu método de obtenção de Rubi sintético. Por este
método conseguem-se muitas variedades (cores) de Coríndons sintéticos que
chegam ao comércio com nomes incorretos (Damburita, Topázio,Ametista,
Alexandrita,etc.) já que não passam de Coríndons coloridos e como tal devem ser
chamados, não utilizando o nome de outra gema por mais que sua cor lembre a cor
daquela.
Depois, do êxito com a variedade vermelha Verneull obteve Safiras com o mesmo
método. A coloração azul foi conseguida com o Titânio.
Espinélio sintético
Foi obtido por acaso por um discípulo de Verneull. Sua fabricação é moderna (1930)
e obtém do mesmo modo que o Coríndon.
O Espinélio e fabricado em muitas cores com a finalidade de imitar a Kunzita, Água-
Marinha, Topázio, Alexandrita, Zircão, Esmeralda, etc. O Espinélio natural tem a
fórmula química (MgO.Al203), porém a sintética tem (Al203) em excesso
(Mg0.2,5Al203), o que faz a Densidade Relativa subir para 3,63 (natural 3,60) e o
índice de Refração também 1,73 (natural 1,72).
Esmeralda sintética.
Uma das primeiras tentativa bem sucedida foi conseguida pela firma I.G. Farben
industrie, da Alemanha. Seu nome comercial foi “Igmeralds".
As Esmeraldas modernas são obtidas no processo Melt ou no processo Hidrotermal.
A maior parte das Esmeraldas sintéticas comercializadas são fabricadas no
processo Melt consiste em colocar-se numa autoclave, capaz de suportar 5000C e
900 atmosfera de pressão, uma solução de Molibdato de Lítio com (Al 2,03),
(Be0,Si02 e Cr2 03). As Esmeraldas obtidas têm constantes baixas IR (1,560-
1,563),Dr (2,65).
A variante hidrotermal é semelhante ao método anterior,so que .o só que o solvente
e a água. O protesto é lento, levando quatro a cinco meses de duração mas pode
chegar, em alguns casos, até dez. As suas propriedades são IR (1,567 1,572) e Dr
(2,68-2,70).
Outras gemas obtidas sinteticamente são: Quartzo, Opala, Turquesa, Rutilo,
Fa bulita, YAG ,Zircônia cúbica, Alexandritas, Lápis-lazúli.
GEMAS COMPOSTAS
São aquelas pedras formadas por duas ou mais partes coladas ou "soldadas” Podem
ser duplas ou triplas. As duplas são formadas por duas partes coladas por um
cimento. São comuns as duplas de Granada Almandina, cuja parte superior é
Almandina. e a inferior é vidro. Outra dupla que imita o Diamante que tem a coroa
de Safira sintética e o pavilhão de Fabulita.
As triplas têm três partes coladas das quais a Intermediária é um vidro colorido. A
tripla chamada "Esmeralda-Soldada" é formada por duas peças de Quartzo com
inclusões e entre elas tem um vidro verde. A imitação de Safira astérica é uma
tripla- formada por um cabochão de Quartzo rosa com asterismo, juntando-se a sua
base uma lamina azul e um fundo prateado.
VIDROS E PLÁSTICOS
São substâncias que se usam para a fabricação das pedras de imitação. Os vidros
são compostos de Sílica, Álcalis e óxidos de Chumbo, Básio,Tório, Aluminio, etc.
Os mais frequentes em gemologia são: o Flint (vidro de chumbo) e o Strass (com
muito Chumbo, 50%). Os plásticos tem composição variada, geralmente derivados
de baquelite ou poliestireno, que se empregam na imitação.
Alguns são transparentes, translúcidos ou opacos.Tem Densidade Relativa baixa
(1,05 a 1,18). Dureza também baixa e IR entre 1,50 e 1,63. Tocados com um estilete
quente nota-se o odor característico do plástico queimado.
I NCLUSOES
As inclusões podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. Podem ser agulhas de Rutilo
que se cruzam a 60°, formando as "sedas" típicas nos Rubis da Birmânia cristais de
Zircão, octaedros de Espinélio, cristais arredondados de Coríndon transparente,
cristais de Granada, de Hematita, de Magnetita. As Inclusões líquidas ou gasosas
têm forma de impressões dactiloscópicas ou de asas de mosca. Apresentam também
estriações paralelas devida a geminação polissintética.
PROPRIEDADES FÍSICAS
Sua dureza e 9 na escala de Mohs. Em geral as Safiras são ligeiramente mais duras
do que os Rubis. Não tem clivagens e a fratura é conchoidal. Apesar de ser,
constituído por elementos químicos leves (alumínio e oxigênio) sua densidade
relativa é alta (4,0). Apresenta brilho vítreo, e transparente ou translúcido. É
uniaxial negativo, com os índices 1,762 e 1,770.
A intensidade de seu pleocroísmo varia com a intensidade da cor e local de origem.
JAZIMENTOS E ORIGEM
A origem do Rubi pode ser metamórfica e nesse caso associa-se às rochas calcarias,
entretanto, os melhores exemplares são encontrados em depósitos secundários em
canais fluviais. A origem de Rubis e Safiras pode ser também ígnea. Eles podem
apresentar-se juntos num mesmo jazimento, porem as Safiras é sempre mais
abundante do que os Rubis.
a) Rubi
Birmania
São as jazidas mais importantes e as que proporcionam os Rubis de melhor
qualidade.
Sião - são depósitos aluvionares onde os Rubis são acompanhados por Safiras. Sua
cor e mais escura que os da Birmânia, porém, com uma tonalidade marrom-
amarelada, o que os torna menos apreciados.
Sri-Lanka - são de cor mais pálida do que os anteriores.
Tanzânia - de origem magmático.
b) Safira
Birmânia - cor azul e grande transparência e, portanto alta qualidade.
Sião - são as jazidas mais importantes. São ligeiramente translúcidos e de azul
intenso.
Cachemira - de azul-marinho profundo.
Camboja - de azul claro, transparentes.
Austrália - cor azul quase preto com tonalidades esverdeadas.
Montana (USA) - com cor azul pálido.
ESPINÉLIOS
ESPINÉLIO VERMELHO
A cor varia desde o vermelho claro ao escuro e vermelho violáceo. Essas cores se
devem ao crômio, e causam confusão com o Rubi, como por exemplo, o "Rubi"
Príncipe Negro da coroa inglesa que é um Espinélio.
ESPINÉLIO AZUL - Deve-se a presença do íon ferroso.
ESPINÉLIO VERDE - Causado pela presença de sais férricos e também por cobre.
GAHNITA- Espinélio cinza escuro a negro translúcido, com substituição do Mg pelo
Zn (zinco). A DR 4,01 e mais elevada do que outros Espinélios.
PICOTITA - Espinélio verde escuro com substituição do Mg por Cr (crômio).
CRISOBERILOS
A utilização do Crisoberilo em joalheria não é muito antiga; conhecida desde muito
tempo, sempre foi confundida com o Peridoto. Sua composição, química é um Oxido
duplo de Berílio e Alumínio: Be0.Al203; D=81/2; n=1,744-I,755; DR.3,70-3,72.
Apesar de sua formula ser similar a dos Espinélios, sua estrutura é semelhante a
das Olivinas. Cristaliza-se no sistema ortorrômbico; raramente em cristais
tabulares, isolados estriados verticalmente.
Seu modo mais frequente de ocorrência é em geminados múltiplos, formados por
três cristais e com o contorno hexagonal.
Suas variedades são:
a) Crisoberilo propriamente dito, de cor amarelo-claro, amarelo esverdeado;
b) Crisoberilo Olho-de-gato (cimofana) de cor amarelo-esverdeado e apresentando
o efeito "olho de gato" bem definido, devido a presença de finos canais alinhados
paralelamente;
c) Alexandrita de cor verde-oliva ou verde-esmeralda na luz natural e vermelho-
violeta na luz artificial. A cor deve-se a presença do crômio. A mudança de cor
acontece porque a pedra absorve as radiações amarelas e azuis, deixando passar as
vermelhas e verdes. Como na luz natural predominam as verdes, nessa luz a
Alexandrita é verde; já na luz artificial (incandescente) predominam as vermelhas
e portanto aí ela adquiri esse tom.
As suas inclusões são bem características: tubos ou agulhas paralelas a base do
cristal, buracos com formas geométricas que podem conter, em alguns casos,
líquidos imiscíveis. O Crisoberilo tem clivagem paralela a face de prisma e tem
fratura calcóide. Sua transparência e variável de amostra para amostra; a cimofana
e opaca. Tem pleocroísmo regular, principalmente na Alexandrita.
Suas lapidações são, nas variedades transparentes em brilhante, esmeralda ou mis
ta; no olho-de-gato em cabochão. O Coríndon sintético (com Vanãdio) que imita a
Alexandrita apresenta também a mudança de cor, porém, em cores diferentes, da
natural.
Na sintética aparece a predominância de azul na luz natural e vermelha na luz
artificial.
Quartzo - Hexagonal.
Tridimita - Hexagonal.
Cristobalita - Isométrica (inclui a Opala).
A) CRISTALINAS
1. Cristal de Rocha: É o quartzo incolor; as gemas facetadas desta variedade valem
apenas o custo da lapidação, pois além de serem extraordinariamente vulgares, a
dispersão da luz e muito fraca, não provocando, portanto, práticamente nenhum
jogo de cores. O cristal de rocha, alem de suas aplicações ópticas e eletrônicas já
citadas anteriormente, tem aplicação gemolôgica real apenas na forma de
esculturas, entalhes e objetos similares. Muito interessantes, entretanto, são as
variedades com inclusões, das quais as mais notáveis são as de Rutilo (que podem
surgir também no Quartzo enfumaçado), na forma de longas agulhas de cor amarela
a vermelho-acastanhado. São, particularmente, apreciadas quando as agulhas de
rutilo partem dos vértices de placas hexagonais de Hematita também inclusas,
formando estrelas de seis pontas.
Outras inclusões interessantes são as de areia que se depositaram em uma ou mais
etapas do crescimento do cristal, formando o que se chama de "quartzo fantasma".
Pode-se citar, ainda, inclusões de Turmalina preta, de Turmalina verde, de Pirita, de
Actinolita, de Crisocola, de Cacoxenita, etc.
As ocorrências mais importantes de Cristal de Rocha no Brasil, situam-se em
Cristalina, Goiás; em inúmeros locais na província pegmatítica de Minas Gerais; na
região que vai de Jacobina até Juazeiro, na Bahia, e na província pegmatítica do
Nordeste; no Estado de São Paulo ocorre na Serra dos Cristais, próximo Jundiaí,
onde, a então Associação Brasileira de Gemologia realizou uma de suas primeiras
excursões (revista Gemologia, Volume 9, 1957).
O Quartzo Rutilado e encontrado na região de Diamantina, e na Chapada
Diamantina, Bahia. No mundo existem importantes ocorrências, espalhadas por
inúmeros paises dentre as quais poder-se-ia destacar: a Suíça, os Estados Unidos, o
Japão, Madagascar, Birmânia, etc.
B) VARIEDADES CRIPTOCRISTALINAS
C) PSEUDOMORFOS E FÓSSEIS