ANEXO IV - CARTILHA
LISTA DE TABELAS
€ - Euro
a.a. - Ao ano
ABRAF - Associação Brasileira de Florestas Plantadas
AMS - Associação Mineira de Silvicultura
ANM - Agência Nacional de Mineração
APL - Área de Proteção Legal
APP - Área de Preservação Permanente
BB - Banco do Brasil
B/C - Relação Benefício-Custo
BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
BP - British Petroleum
BTU - Britis htermal unit
C - Celsius
CAFIR - Cadastro de Imóveis Rurais
CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
CEI - Comunidade dos estados Independentes
CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais
CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais
CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
CIF - Cost, insurance and freight
cm - centímetro
CNT - Confederação Nacional dos Transportes
CO2 - Dióxido de Carbono
CO2e - Dióxido de Carbono equivalente
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
COP - Conferência das Partes
COP 21 - Conferência das Partes (Acordo de Paris)
CSLL - Contribuição Sobre o Lucro Líquido
DAP - Disposição a Pagar
DBS - Development Bank of Singapore
DRI - Direct Reduced Iron
EIA - U.S. Energy Information Administration
EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EPA - Environment Protection Agency
EPE - Empresa de Pesquisa Energética
EVTE - Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica
FEA -Forno Elétrico a Arco
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
GBH - Grande Belo Horizonte
GEE - Gases do Efeito Estufa
ha - hectare
HBI - Hot-Briquetted Iron
IABr - Instituto Aço Brasil
IBÁ - Instituto Brasileiro de Árvores
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IDAF - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo
EVTE E PLANO DE NEGÓCIOS
UNIDADE DEMONSTRATIVA DE PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL – SISTEMA FORNO/FORNALHA
xi
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IEA - International Energy Agency
IEF - Instituto Estadual de Florestas (MG)
IMA - Incremento Médio Anual
iNDC - Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
IPEF - Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais
IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ITR - Imposto Territorial Rural
JOF - Joint Operations Facility
m3 - Metro Cúbico
MDC - Metro de Carvão
MDIC - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
MDF - Medium Density Fireboard
MG - Minas Gerais
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MME - Ministério de Minas e Energia
MVC -Método do Valor Contingente
NDC - Contribuições Nacionalmente Determinadas
NDC - Nationa lDetermined Contributions
OECD - Organization for Economic Cooperation and Development
OH - Open Heart
ONG - Organização Não Governamental
ONU - Organização das Nações Unidas
OSB - Oriented Standard Board
PCI – Pulverized Coal Injection
PEVS - Produção da Extração Vegetal e Silvicultura
PIB - Produto Interno Bruto
PIS - Programa de Integração Social
PNMC - Política Nacional sobre Mudança de Clima
ppm - Partes por Milhão
PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
RG - Rendimento Gravimétrico
RL - Reserva Legal
RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SINDIFER - Sindicato da Indústria de Ferro no estado de Minas Gerais
SINIMA - Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente
SNIF - Sistema Nacional de Informações Florestais
st - estéreo
SWOT - Strenghts, Weaknesses, Opportunities, Threats
t - Tonelada
TCFA - Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
TCFAMG - Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental de Minas Gerais
tep - Tonelada Equivalente de Petróleo
TIR - Taxa Interna de Retorno
TWh - Terawatts hora
UD - Unidade Demonstrativa
UFV - Universidade Federal de Viçosa
3 Cf. EIA - U.S. ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION: "Annual energy outlook 2017
with projections to 2050". January 5, 2017. Disponível em www.eia.gov/aeo. Acesso em
12/02/2018.
4BTU - British Termal Unit (Unidade Térmica Britânica). É uma unidade de energia que é
5 Cf. IEA - International Energy Agency: "World energy outlook 2017". Disponível em
https://www.iea.org/weo2017/. Acesso em 12/02/2018.
6IEA - International Energy Agency (2014): "World Energy Outlook (WEO), 2014". Citado em
TOLMASQUIM, Maurício T. (Coordenador): "Energia termelétrica: gás natural, biomassa,
carvão, nuclear - 2016. Disponível em: https://www.google.com.br/search?tbm=isch
&sa=1&ei=blUdWoa2D4iDwQSwh56IAQ&q=tolmasquim+ENERGIA+TERMEL%C3%89TRICA
&oq=psyab.3.47966.52291.0.53365.20.20.0.0.0.0.162.2166.0j18.18.0....0...1c.1.64.psyab..2.0.0
....0.c7tlC1PZrMU#imgrc=L3b4vvOv39L6tM. Acesso em 12/02/2018.
7Cf. BRITISH PETROLEUM - BP: "2017 Energy Outlook". Disponível em
https://www.bp.com/content/dam/bp/pdf/energy-economics/energy-outlook-2017/bp-energy-
outlook-2017.pdf Acesso em 02/02/2018.
Finalmente, tem-se a análise elaborada pela IEA (2014 - Op. Cit.) onde o
crescimento global da oferta de bioenergia é visto com otimismo. Em sua
publicação de 2014, a Agência traça três cenários para o futuro da oferta de
energia:
1) manutenção das políticas atuais;
2) introdução de políticas de incentivo de fontes renováveis e mitigação
de emissões; e
3) limitar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera em 450
ppm para evitar um aumento superior à 2ºC na temperatura global
média.
A geração de bioeletricidade conforme estes cenários é mostrada na Figura 6,
em TWh (terawatts hora).
8
EPE - Empresa de Pesquisa Energética: "Balanço Energético Nacional - 2017". Disponível
em https://ben.epe.gov.br/. Acesso em 25/03/2018.
10 Cf. BRASIL - Ministério das Minas e Energia- EPE:"Demanda de energia 2050" .Nota
técnica DEA 13/15 - série "Estudos de Demanda de Energia". Janeiro 2016. Disponível em
http://antigo.epe.gov.br/Estudos/Documents/DEA%201315%20Demanda%20de%20Energia%2
02050.pdf. Acesso em 15/03/2018.
11OBSERVAÇÃO: Vale mencionar que as projeções foram elaboradas anteriormente à crise
econômica pela qual passou o Brasil no triênio 2015-2017. Entretanto, admitindo-se que a
economia já apresenta sintomas de recuperação no rumo de sua trajetória mais frequente,
pode-se considerar as projeções por uma ótica de "configuração de longo prazo", abstraindo-se
os números absolutos.
12GENTIL, Luiz Vicente e F. Faggion: "Desafios da produção no Brasil". FGV EESP Centro de
estudos de agronegócios - Fevereiro de 2014. Disponível em
http://www.agroanalysis.com.br/2/2014/agroenergia/bioenergia-desafios-da-producao-no-brasil.
Acesso em 02/12/2017.
14
SIMIONI F. J., Moreira J. M. M. Á. P., Fachinello A. L., Buschinelli C. C. de A. , Matsu M.
I. da S. F.. "Evolução e concentração da produção de lenha e carvão vegetal da silvicultura no
Brasil". Ciência Florestal, Santa Maria, v. 27, n. 2, p. 731-742, abr.-jun., 2017.
Simioni (Op. Cit.) ainda observa que a produção nacional de lenha e carvão da
silvicultura tem sido insuficiente para atender à demanda, o que se reflete no
comportamento dos preços observados nas diversas regiões do país, mesmo
considerando a retração da economia nos anos recentes. Isso acaba por
ampliar a “pressão” por esses produtos da floresta nativa, em especial, do
Cerrado Brasileiro. Esse quadro tem gerado a necessidade de ampliar o
espaço produtivo e, sobretudo, o desenvolvimento de alternativas e novas
tecnologias para o uso eficiente desses recursos.
Esse autor ainda chama a atenção para o fato de que a concentração da
produção não apresentou grandes variações na distribuição geográfica da
produção de lenha e de carvão vegetal da silvicultura no Paísnos últimos 20
anos. Isso evidencia que houve crescimento na produção de lenha e carvão
vegetal. O fenômeno ocorreu não apenas em regiões que não produziam
madeira para fins energéticos, mas também nas regiões tradicionalmente
produtoras de madeira para energia no Brasil. Observou-se que houve também
uma concentração da produção de lenha da silvicultura nas regiões Sul e
Sudeste, e a concentração da produção de carvão vegetal nas regiões Sudeste
e Nordeste.
Paradoxalmente - e apresentando certa discrepância na análise de Simioni -
vale ressaltar que o preço do carvão em Minas Gerais seguiu caindo após
2013, segundo apurado na pesquisa de campo, fruto da recessão nacional e da
desaceleração da demanda internacional e seus impactos no setor metalúrgico
brasileiro, desestimulando fortemente a atividade no setor.
Observe-se que os dados diferem com relação a outras fontes, como o Sistema
Nacional de Informações Florestais - SNIF16 que, em termos de evolução
recente, apresenta os dados são como se segue:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria/9105-
producao-da-extracao-vegetal-e-da-silvicultura.html?=&t=o-que-e. Acesso em 04/06/2018.
De interesse direto neste estudo,é digno de nota -na medida em que afeta
diretamente as perspectivas de exportações brasileiras -o comportamento
recente dos Estados Unidos com a imposição de sobretaxa de importação ao
aço e ao alumínio.Muito embora o procedimento seja, fundamentalmente,
dirigido aos produtos oriundos da China, o fato implica em forte re(des)arranjo
no mercado internacional, com consequências imprevisíveis, pelo menos, no
curto e médio prazos.
Há ainda que se mencionar que a produção mundial já vem de alguns anos
apresentando estagnação, função da crise internacional e consequnte
desaceleração da demanda principalmente na China. Segundo estimativas da
OECD - Organization for Economic Cooperation and Development18 - as
expectativas de crescimento da demanda até 2035 situam-se entre 0,4% a.a.
(cenário "radical") e 1,4% a.a. (cenário base), com uma estimativa intermediária
de crescimento de 1,1% a.a. em função de rupturas possíveis no mercado.
Ressalta-seque estas projeções foram realizadas antes do anúncio da
sobretaxa imposta pelos Estados Unidos à China.
As Figuras 19 e 20 apresentam, respectivamente, a trajetória recente da
produção mundial de aço19 e a participação dos principais players do
mercado20.
https://www.worldsteel.org/media-centre/press-releases/2017/worldsteel-2017-steel-statistical-
yearbook-now-available-online0.html. Acesso em 15/02/2018.
20PETROFF, Alana: "The global steel industry by the numbers". Disponível em
http://money.cnn.com/2018/03/02/news/economy/steel-industry-statistics-us-china-
canada/index.html. Acesso em 15/03/2018.
1.500
TONELADAS
1.000
500
0
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018
ANOS
22DBS BANK Development Bank of Singapore:"Asian Insights: Oversupply in the steel sector
- Challenges and opportunities". July 2016. Disponível em https://www.dbs.com.sg
/.../pdfController.page?...global_steel. Acesso em 15/03/2018.
14.000
12.000
CONSUMO (1000t)
10.000
8.000
6.000
4.000
y = -507,71x + 1E+06
2.000 R² = 0,7331
0
2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018
ANOS
As razões para explicar a queda de produção dos guseiros são várias e estão
associadas às perdas em ambos os mercados, interno e externo. A queda de
mercado interno se explica pela crise da siderurgia decorrente da crise
econômica do País, com as usinas semi-integradas (rota FEA – Forno Elétrico
a Arco) reduzindo suas compras, assim como a siderurgia a coque
(complemento de carga fria nos conversores a oxigênio).
As compras totais do mercado interno de gusa estão resumidas na Tabela9,
que inclui gusa de aciaria e gusa de fundição.
26
UNIESTE - Curso de Engenharia Metalúrgica: "Alto forno - carvão vegetal". Disponível em
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfVTMAH/alto-forno-carvao-vegetal. Consultado em 07-04-
2018
27
CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais: "31o Balanço energético de Minas Gerais
2016".Disponível em http://www.cemig.com.br/pt-
br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Documents/BEEMG.pdf. Acesso
em 20/03/2018
28
SECRETARIA DEESTADODE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE
MINAS GERAIS. Silvicultura 2016 em MG ano base 2014 – 2015.Disponível em
http://www.agricultura.mg.gov.br/images/Arq_Relatorios/Perfil/Silvicultura/perfil_silvicultura_ago
sto_2016.pdf. Acesso em 06⁄04⁄2018.
4.4 PERSPECTIVAS
29RAAD, Túlio Jardim: Cadeias Produtivas do Carvão Vegetal para uso no setor de ferro-
gusa, aço e ferroligas no Brasil .Produto 2 - Análise do estado da arte de cadeias de produção
de carvão vegetal destinado ao setor de ferro-gusa, aço e ferroligas no Brasil. Projeto
BRA/14/G31 – Produção de Carvão Vegetal de Biomassa Renovável para a Indústria
Siderúrgica no Brasil – PNUD – Novembro 2017.
MÉDIOS
AGRICULTURA FAMILIAR AGRICULTURA EMPRESARIAL
PRODUTORES
39
IBGE Cidades: disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/lamim/panorama. Acesso em
09/04/2018
5.5. LOGÍSTICA
42RAAD, Túlio Jardim: "Cadeias Produtivas do Carvão Vegetal para uso no setor de ferro-
gusa, aço e ferroligas no Brasil". Projeto BRA/14/G31 – Produção de Carvão Vegetal de
Biomassa Renovável para a Indústria Siderúrgica no Brasil, Fevereirode 2018. Uso restrito.
44
:FERROVIA DO AÇO. Disponível em
,https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Mapa_Ferrovia _do_Aco.png. Acesso em
12/04/2018.
Embora nos últimos anos muitas pesquisas tenham sido desenvolvidas para
melhorar as qualidades da madeira (densidade básica, composição química),
grande parte da produção de carvão vegetal brasileira ainda ocorre em fornos
de baixo rendimento gravimétrico e com emissões de gases poluentes 45 e
gases de efeito estufa. Por esse motivo várias instituições de pesquisa e
universidades brasileiras desenvolveram trabalhos de pesquisa melhorando
rendimento gravimétrico e reduzindo emissões. No entanto, sofisticar muito o
processo de carbonização, encarecendo-o, significaria impedir a sua adoção
por pequenos produtores, onde se concentra uma grande parte da produção.
Destacou-se entre essas pesquisas com pequenos fornos os trabalhos
desenvolvidos na Universidade Federal de Viçosa identificados como processo
forno-fornalha.
Os processos produtivos de carvão vegetal evoluíram significativamente nos
últimos anos, tanto na engenharia construtiva como nos sistemas de controle
da carbonização. Entretanto, segundo Brito 2010 citado por Oliveira (Op. Cit.),
60% do carvão produzido ainda emprega fornos rudimentares de superfície,
denominados popularmente de forno ″rabo quente″. Ainda, 10 % da produção
de carvão utiliza fornos de superfície cilíndricos, 20 % emprega fornos
retangulares de maior porte e 10 % outros processos diversos. Portanto, a
grande maioria emprega processos subjetivos de controle da carbonização,
tanto pela observação da cor da fumaça expelida, como pela sensibilidade da
temperatura externa da parede do forno obtida pelo tato.
Os pequenos e médios produtores, que - na avaliação dos consultores
correspondem a 80% da produção de carvão - optam por fornos de baixa
capacidade volumétrica. Devido ao elevado custo em maquinário na
mecanização,esta só se encontra no processo em fornos maiores,que exigem
elevado investimento inicial, tanto na construção dos fornos - maiores e mais
sofisticados - como pela necessidade de equipamentos.
Segundo Oliveira, os pequenos produtores utilizam fornos de diferentes
formatos, destacando-se os tipos ″rabo quente″, superfície e encosta. Os
tamanhos e formatos variáveis fazem que o processo seja irregular, de baixo
rendimento e dependente totalmente da experiência do operador, devido à
inexistência de equipamentos de medição ou supervisão das variáveis de
operação dos fornos, principalmente a temperatura.
Segundo Oliveira (Op. Cit.), o início das pesquisas na UFV com fornos de
carbonização com fornalha para queima dos gases emitidos, se deu com o
forno MF1-UFV (Figura46). Esse forno foi construído com formato retangular e
com capacidade de 10 st de lenha. Esse forno possuía pilares e vigas de
concreto para reforço da estrutura sujeita a pressão elevada de gases
(Cardoso 2010, citado por Oliveira - Op. Cit.). O forno MF1-UFV, segundo os
mesmos autores apresenta rendimento gravimétrico de 29 % e atiços e finos de
carvão inferior a 4 %. Observou-se que a emissão de metano (CH4) e de
monóxido de carbono (CO) foi reduzida em 94% e 97% respectivamente. O
custo médio de construção do forno e da fornalha foi de R$ 1700,00 e R$
1800,00 respectivamente.
FIGURA 46: M AQUETE COM PROPOSTA DE CARVOARIA COM FORNO – FORNALHA MF1 – UFV – MG
Fonte: Acervo Pessoal Waldir Quirino.
Nas Figuras 48, 49 E 50 estão ilustrados o projeto dos fornos – fornalha UFV46:
FIGURA 48: VISTA FRONTAL DO SISTEMA FORNO – FORNALHA UFV COM MEDIDAS EM CENTIMETROS
Fonte: Costa (Op. Cit.).
FIGURA 50: PLANTA BAIXA DO SISTEMA FORNO – FORNALHA COM MEDIDAS EM CENTIMETROS
Fonte :Costa (Op. Cit.).
FIGURA 51: VISTA EM CORTE LATERAL COM DIMENSÕES DOS COMPONENTES DA FORNALHA
Fonte: Donato (Op. Cit.).
7.2 LOCALIZAÇÃO
48
OLIVEIRA (Op. Cit.)
49
Tributação na Produção do Carvão Vegetal: (Sem referência ao autor). Disponível em
http://www.florestal.gov.br/documentos/informacoes-florestais/premio-sfb/ipremio/monografias-i-
premio/profissional-1/406-profissionais-21-resumo/file. Acesso em 07/04/2018.
FIGURA 53: FORNO – FORNALHA UFV DE 12 ESTÉREOS. FONTE: PESQUISAS COM SISTEMA FORNO –
FORNALHA UFV
Fonte: CP Empreendimentos
52Principalmente
após a edição do "Relatório Brundtland": BRUNDTLAND, GroHarlen (ed.): "O
Nosso Futuro Comum", Comissão Mundial para o Ambiente e o Desenvolvimento, Nações
Unidas, 1987.
53
RAY, Anandarup: "Cost-benefit analysis: issues and methodologies". The World Bank, the
Johns Hopkins University Press, Baltimore MD, USA, 1984.
54
SQUIRE, Lynn and H. G. vander Tak: "Economic analysis of projects". Baltimore, Md. Johns
Hopkins University Press, 1975.
55DASGUPTA, Partha, S. Marglin and A. Sen: "Guidelines for project evaluation". UNIDO, New
Chicago, 1976.
57NOGUEIRA, Jorge M. e M. M. A. de Medeiros: “Quanto vale aquilo que não tem valor? Valor
de existência, economia e meio ambiente”. Trabalho submetido para o XXV Encontro Brasileiro
de Economia, ANPEC, Recife, dezembro de 1997.
58CLARKSON, Richard e Kathryn Deyes: "Estimating the social cost of carbon emissions".
Government Economic Service Working Paper 140 - Department of Environment, Food and
Rural Affairs, London, Jan 2002. Disponível em ftp://131.252.97.79/Transfer/ES_Pubs/
ESVal/carbonval/clarkson_02_socialCostCarbon_ukgov140.pdf. Acessado em 20/05/2018.
59PIERCE, David. “Economic values and the natural world”. London, EarthscanPublications,
1993.
Natural Systems and Development: An Economic Valuation Guide”. Baltimore: The Johns
Hopkins University Press, 1983.
62 Citado em CP EMPREENDIMENTOS Ltda. “Estudo de Viabilidade Econômico/financeira do
68THE WORLD BANK: "Discounting costs and benefits in economic analysis of World Bank
Projects. OPSPQ, May 9, 2016.
custos apenas recursos reais "destruídos", ou seja, se utilizados no projeto não podem ser
utilizados em outra atividade. Igualmente, as receitas são recursos "criados" pelo projeto. Os
impostos e taxas e os juros de financiamento nem criam nem destroem recursos, são simples
transferência de valores do empreendimento para o governo ou para a entidade financeira,
pelo que são ignorados nessa análise.
FONTE: Cap. 7
US$ 1 = R$ 3,90. Cotação de junho 2018, Banco Central do Brasil
Assim, apenas como indicativo da importância deste resultado, pode-se
sinalizar o valor do CO2e evitado:
• HIPÓTESE 1: 22.750t x R$ 11,70/t = R$ 266.175,00
• HIPÓTESE 2: 22.750t x R$ 58,50/t = 1.330.875,00
• HIPÓTESE 3: 22.750t x R$ 140,40/t = R$ 3.185.000,00
Ainda como indicativo: se todos os fornos (2000) em operação em Lamim
fossem substituídos pelo modelo proposto, o qual apresenta custo de
investimento superior em R$ 1.500,00 por forno (conforme estimado no Cap.
6), ter-se-ia um investimento total de R$ 3 milhões, inferior aos ganhos com o
CO2e evitado em um único ano na hipótese 3.
Numa análise mais detalhada, considerando toda a vida útil do forno proposto:
dado que as emissões evitadas foram estimadas em 76,45 kg por tonelada de
lenha seca enfornada, tem-se como valor do CO2e evitado para cada unidade
de forno fornalha UFV implantado:
TABELA40–VALOR ANUAL DO CO2E EVITADO PARA 1 CONJUNTO FORNO FORNALHA UFV (R$)
Como se vê, caso o CO2e seja cotado pela pior alternativa os ganhos
ambientais não são suficientes para justificar socialmente o investimento maior
no processo forno fornalha UFV que, como apresentado no Cap. 6 corresponde
a (R$ 10.000,00 - R$ 4.000,00 =) R$ 6.000,00. Por outro lado, vale lembrar que
a cotação do CO2 a US$ 3 refere-se ao período inicial das preocupações
globais com os GEE, ou seja, é a hipótese mais restritiva considerada.
Por outro lado, as cotações mais recentes, que levam em consideração os
desenvolvimentos havidos no tema já no Século XXI justificam com folga -
apenas com esse ganho - a adoção da nova tecnologia.
Note-se que, descontado a uma taxa anual de 10%, o VPL dos ganhos com o
fluxo de caixa social sobre o fluxo de caixa do produtor superam os R$ 100 mil.
Esse valor pode ser considerado como o "ganho extra" que a sociedade aufere
por sobre os ganhos auferidos pelo produtor, sinalizando que a adoção da
tecnologia proposta é altamente benéfica ao País.
71OBS: Nas entrevistas realizadas foi mencionado um único produtor, porém de outro
município, detentor de um contrato de fornecimento de longo prazo com uma siderúrgica.
A. Entrantes potenciais:
Segundo a pesquisa de campo desenvolvida pela Consultoria, a perspectiva de
novos fornecedores na região é, de modo geral, bastante limitada: os
produtores consideram a atividade como complementar à agropecuária ou
outras lides, estas sim suas principais fontes de renda.
Tratando-se de uma commodity, não há diferenciação de produto, assim como
a tecnologia empregada - tradicional e de conhecimento geral - não diferencia
qualquer produtor. Há ainda o aspecto da pulverização da oferta, totalmente
configurada a partir de pequenas unidades, o que sinaliza para a inexistência
de fidelização na relação oferta-demanda.
74Há grande controvérsia quanto à origem do SWOT. Segundo ABDI, Airleza, A. Maharamali,
G. Jamalpour e S. M. Sandoos - "Overview SWOT analysismethodand its apllication in
organizations" - SingaporeanJournalof Business Economicsand Management Studies Vol.1,
NO.12, 2013 disponível em https://pdfs.semanticscholar.org/83ba/2d69b3fe31fe9fad64b4ddf87
a4dd10eca1f.pdf (Acesso em 02/02/2018) o método teria sido desenvolvido na década de 1950
por dois estudantes graduados da Harvard Business School, George Albert Smith and Roland
Christensen. Outra versão, fornecida por GORNER, Justin e J. Hille - "Anessentialguideto
SWOT analysis", disponível em http://mci.ei.columbia.edu/files/2012/12/An-Essential-Guide-to-
SWOT-Analysis.pdf (Acesso em 02/02/2018), informa que a análise é o produto de uma
década de pesquisas no Stanford ResearchInstitute entre 1960 e 1970, atendendo à demanda
de um grupo de corporações americanas frustradas com as insuficiências apresentadas pelas
suas estratégias de negócios em investimentos financeiros.
Fortalezas Debilidades
(Incluir relação das principais fortalezas (Incluir relação das principais debilidades
identificadas) identificadas)
OPORTUNIDADES AMAÇAS
• Projeto de inovação tecnológica, • Incertezas da geopolítica (Estados
ainda passível de aprimoramentos Unidos, Oriente Médio e
• Aumento do rigor na legislação do Venezuela) e seu impacto no
meio ambiente na busca de mercado mundial de energia
redução de emissões • Queda no mercado internacional
• Aumento do rigor na fiscalização do uso de carvão mineral como
da utilização de mata nativa na energético e risco de pressão para
produção de carvão seu uso alternativo como coque
• Tendência mundial do crescimento • Crise mundial no mercado de
da energia renovável siderurgia e seus impactos nas
• Potencial queda de exportações brasileiras
competitividade dos concorrentes • Concorrência externa em
do Brasil no mercado siderúrgico expansão e queda histórica das
pela adesão ao Acordo de Paris e exportações brasileiras de gusa
necessidade de maior controle de • Tendência de crescimento das
suas emissões no processo usinas integradas (produtoras do
produtivo próprio carvão) em detrimento das
• Potencial de crescimento do setor independentes (consumidoras de
de silvicultura estimulado por carvão produzido em escala
políticas governamentais compatível com a do projeto)
• Alternativa ao perfil de baixa • Atração das novas gerações pela
tecnologia atualmente utilizada, cidade, restringindo a oferta de
permitindo ganhos substantivos mão de obra no campo
com a adoção de métodos mais • Perfil generalizado de baixa
sofisticados tecnificação na silvicultura entre
• Potencial de aumento da pequenos produtores
produtividade da silvicultura pela • Concorrência de outros setores
incorporação de tecnologia (celulose) pela madeira
• Ganho do rendimento gravimétrico • Concorrência de outros
na produção de carvão demandantes de madeira
• Maior produtividade (menor tempo (produtores de celulose
de ciclo de produção) principalmente) rarefazendo a
• Melhor qualidade do carvão (maior oferta de matéria prima.
teor de carbono fixo) • Insuficiência da fiscalização à
• Substituição de produto importado exploração de matas nativas em
(carvão mineral) por produto algumas regiões do país, gerando
doméstico (carvão vegetal) matéria prima concorrente em
• Ganho econômico potencial pela desigualdade de condições com a
adoção da tecnologia forno- silvicultura
fornalha proposta • Desaceleração do plantio de
• Convergência com políticas florestas plantadas
sociais de valorização de micro e • Subordinação de preços a
pequenos produtores condições externas por se
EVTE E PLANO DE NEGÓCIOS
UNIDADE DEMONSTRATIVA DE PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL – SISTEMA FORNO/FORNALHA
134
• Perspectivas de contribuição à constituir em demanda derivada
fixação produtiva do trabalhador • Desinformação de condições
no campo contribuindo para a favoráveis à atividade como
melhoria dos indicadores de oportunidades de crédito
desenvolvimento social (IDH) favorecido
• Redução quase integral da
emissão de gases
• Redução da fumaça e
consequente benefício aos
operadores do sistema
• Possibilidade, através do
treinamento, de motivação dos
produtores para formação de
cooperativas reforçando sua
capacidade negocial
• Possibilidade de comercialização
de coprodutos (moinha - briquetes)
a partir da escala
FORTALEZAS DEBILIDADES
• Reflexos do Acordo de Paris na • Falta de tradição de incorporação
redução de combustíveis de novas tecnologias pelos
poluentes e fortalecimento da produtores independentes
energia renovável • Maior custo do investimento
• Atendimento aos compromissos • Restrição, até o atual estágio da
assumidos pelo Brasil de redução pesquisa, ao tamanho (pequeno)
de 8 a 10 milhões de toneladas de do sistema
CO2eq • Fraqueza dos pequenos
• Perspectiva, no Brasil, de produtores individuais na
crescimento da energia renovável negociação pela desorganização
a taxas superiores às demais da oferta
fontes • Poder monopsônico da demanda
• Perspectiva, segundo o MME, de • Insegurança no mercado de
manutenção da participação madeira e carvão derivada do
proporcional do carvão vegetal na tempo de maturação da silvicultura
produção de ferro-gusa e aço (7 anos no caso do eucalipto) e as
• Aptidão edafoclimática para a incertezas de mercado
produção de florestas plantadas • Desinformação com respeito ao
(maior produtividade mundial) potencial de obtenção de crédito
• Disponibilidade de abundância de em condições favoráveis
fontes de financiamento em • Inexistência de linha de crédito
condições favoráveis favorecida especificamente para o
• Contribuição positiva da EMATER carvão
na assistência técnica aos • Produção de carvão como
EVTE E PLANO DE NEGÓCIOS
UNIDADE DEMONSTRATIVA DE PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL – SISTEMA FORNO/FORNALHA
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produtores acessória à geração de renda
• Forte contribuição do projeto para • Oferta (dos produtores
a sociedade, caracterizado pela independentes) pulverizada
análise macroeconômica. ofertando a um mercado com
muito maior poder de negociação
• Visão, pelos produtores, dos
órgãos governamentais como
"arrecadadores" e não como
"parceiros"
• Baixa oferta de capacitação "in
loco", obrigando os interessados a
deslocamento a outras localidades
para aquisição de conhecimento
• Oferta (dos produtores
independentes) pulverizada
ofertando a um mercado com
muito maior poder de negociação
• Baixa tecnologia empregada nas
atividades de florestamento e
reflorestamento, o que impede o
aproveitamento das condições
climáticas e edafomorfológicas do
país para a máxima produtividade
do setor
A. Objetivos Estratégicos
Algumas das oportunidades e fortalezas identificadas são exógenas ao
programa proposto para desenvolvimento do setor, ou seja, independem de
ações ou procedimentos sob comando das entidades nele envolvidas. Nessa
categoria podem ser citados, entre outros, os compromissos com o Acordo de
Paris, as políticas nacionais de fomento e crédito favorecido e as condições
edafoclimáticas favoráveis do Brasil.
B. Objetivos Estruturantes
As ameaças e debilidades são, na sua maioria, aspectos totalmente fora da
capacidade de atuação de qualquer esfera de poder nacional, como as
incertezas da geopolítica, as crises mundiais de mercado (em particular
siderúrgico) e inseguranças típicas do setor como o tempo de maturação do
reflorestamento, esse um aspecto particularmente complexo numa sociedade
em permanente transformação (ciclotímica) como a brasileira.
Pode-se, entretanto, propor como 6 objetivos estruturantes:
9.6 Associativismo
10 MONITORAMENTO
10.1 Concepção do Monitoramento
Dado o ineditismo do empreendimento - inerente a qualquer inovação
tecnológica - faz-se necessária a concepção de um sistema de monitoramento
de sua evolução. Note-se que qualquer projeto ou plano (de negócio, no caso) é
uma antevisão de futuro, ou seja, uma especulação baseada nas melhores
hipóteses possíveis de como os fatos deverão se desenrolar. Isso significa a
necessidade de monitoramento dos fatos ao longo do tempo, principalmente
daqueles identificados na Matriz SWOT como "oportunidades" e "ameaças" -
aspectos exógenos ao projeto sobre os quais os empreendedores não detêm
comando, porém podem ser decisivos para o seu sucesso ou insucesso. É a
partir do monitoramento que, eventualmente, oportunidades poderão ser melhor
aproveitadas e ameaças contornadas.
Uma ferramenta para fortalecer o desenho, a execução e a avaliação de projetos
é o Marco Lógico, instrumento útil para o monitoramento de sua evolução. É um
OBJETIVO GERAL
EM BRASÍLIA (23/01/2018)
Patrícia Peres Simão - JOF - Joint OperationsFacility;
CláudiaCâmara - JOF - Joint Operations Facility;
Mônica de Oliveira Santos da Conceição - Projeto BRA/14/G31;
Saenandoah Tiradentes Dutra - Projeto BRA/14/G31.
EM LAMIM (18-19/04/2018)
Amador Reis de Matos - Produtor - Sítio Martins
Vagner - Produtor (com tio José Gomes da Silva), Fazendas Martins de Baixo e
Martins de Cima.
Ronildo Antonio Reis Souza - Produtor - Fazenda Córrego dos Martins
Anselmo Neto Serafim - Produtor - Sítio Chico Antônio
Riuleymar Nogueira Miranda - produtor de mudas e plantador de florestas de
eucalipto para terceiros - Sítio Trovão.
Tiago Emmanuel de Almeida - EMATER MG
EM VIÇOSA (19-20/04/2018)
José de Castro Silva - Advocacia Ambiental (Prof. aposentado Ufv).
Sebastião Valverde (Chefe do Departamento de Engenharia Florestal - DEF -
UFV);
Diogo (Doutorando - DEF - UFV);
Chris (Doutorado - Energia - DEF - UFV).
Angélica de Cassia Oliveira Carneiro (Professora - DEF - UFV);
Laércio Jacovine (Professor - DEF - UFV);
Eliana Boaventura Alves (Pesquisadora - DEF - UFV);
Bruno Schettine (Doutorando - DEF - UFV;)
Marcos Aurélio da Silva Araújo (Técnico em Agropecuária, Secretaria de
Agricultura - Prefeitura de Viçosa);
Robson Mariano da Costa (Auxiliar Administrativo, Secretaria de Agricultura -
Prefeitura de Viçosa)
A) Origem da idéia
Várias instituições de pesquisa do Brasil buscaram desenvolver um forno de
fazer carvão vegetal que desse um bom rendimento em carvão e produzisse
um carvão de boa qualidade. Ainda mais, que produzisse esse carvão sem
emitir muita fumaça, sem muita poluição. A Universidade Federal de Viçosa
propôs um forno semelhante aos fornos bastante conhecido dos carvoeiros, o
forno ″rabo quente″. Construiu quatro fornos interligados com uma fornalha e
uma chaminé central, conforme mostra a figura a seguir.
C) Detalhes construtivos
C1) Preparo da Área para Construção:
1 - Antes de iniciar a construção do sistema forno fornalha, deve-se realizar o
nivelamento do solo;
2 - Depois, realiza-se a marcação de toda a área a ser destinada para a
construção do sistema fornos-fornalha, além da área destinada ao
estoque de madeira e carvão vegetal;
3 - Para que enxurradas não atinjam os fornos, recomenda-se que sejam feitas
canaletas ao redor da unidade de produção de carvão vegetal;
4 - O terreno deve ser bem aplainado, compactado, encascalhado e possuir
inclinação para escoamento da água das chuvas.
O sistema fornos-fornalha consiste em quatro fornos circulares com diâmetro
de 3 m, interligados a uma fornalha central, sendo a mesma construída com
tijolos comuns (barro queimado), em formato circular.
Para a marcação da base, levantamento das paredes e da cúpula dos fornos
utiliza-se um cintel de madeira ou outro material. Dimensões do cintel: Haste
central (comprimento: 2 m; diâmetro: 2 cm); Haste lateral (comprimento: 1,5 m
e diâmetro de 2 cm). Para a composição do cintel, a haste lateral é amarrada
horizontalmente a haste central, conforme figura abaixo.
Na parte inferior do forno são deixadas quatro aberturas “tatus” de 20 cm, para
entrada de ar e controle da carbonização.
Note que o forno UFV apresenta saldos de caixa crescentes durante os três
primeiros anos de operação, quando o rendimento ainda não é o ideal. Isto se
deve à “curva de aprendizado” considerada para a nova tecnologia, ou seja, o
período em que o operador ainda está aprimorando seu conhecimento e
aperfeiçoando seu trabalho. Para os outros tipos de fornos, cuja
operacionalização já é conhecida de todos, os saldos são constantes.
Este cálculo considera o preço de aquisição da madeira a R$ 100,00 /
tonelada, e o preço de venda do carvão a R$ 675,00 por tonelada. Com esses
valores, os saldos de caixa apresentados pelo forno UFV são sempre
superiores aos demais e a diferença do investimento - maior no forno UFV - é
facilmente compensada com os ganhos decorrentes de sua adoção em menos
de 2 anos mesmo em relação ao forno de encosta, que tem lucratividade maior
que o "rabo quente".
Um aspecto que tem que ser levado em conta: as estimativas de ganhos
anuais de todos os tipos de forno foram calculadas com o mesmo preço da
madeira e do carvão.
Entretanto, sabemos que os preços da madeira e do carvão variam muito.
Foram, então, estudadas algumas outras possibilidades para saber ate que
preços o forno UFV ainda é rentável. Essa análise é feita apenas para o forno
UFV, pois se os preços são os mesmos independentemente do tipo de forno
utilizado o melhor resultado será sempre do forno-fornalha.
Para verificar o comportamento do saldo de caixa anual (à partir da
estabilização no ano 3) sensibilizando estas duas variáveis foi elaborado um
Além disso, se o forno está próximo à moradia, o operador gasta menos tempo
de deslocamento e pode dar uma atenção mais detida e constante durante
todo o processo, evidentemente ganhando tempo para outras atividades e
qualidade na queima do carvão.