Aposentadoria por idade: Mulher aos 60 anos e homem aos 65 anos. É necessário
contribuição mínima de 180 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. Especialmente
para esse benefício, a regra válida é que as contribuições do MEI para a aposentadoria nunca
se perdem, ou seja, não importa se o empreendedor tiver parado de contribuir em algum
momento;
Auxílio doença ou invalidez: São necessários 12 meses de contribuição. O benefício
se aplica nos casos de acidente de qualquer natureza ou se o MEI sofrer de alguma
enfermidade que o impeça de exercer sua atividade;
Salário maternidade: São necessárias 10 contribuições para que o MEI tenha direito ao
pagamento. O MEI do sexo masculino também tem direito ao benefício no caso de
falecimento da mãe.
A Lei Complementar nº 128/2008 que alterou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei
Complementar nº 123/2006) cria a figura do Microempreendedor Individual.
O porte de uma empresa pode ser definido com base no faturamento anual, número de
funcionários e atividades desempenhadas. Ao longo do tempo, esses dados podem ser alterados
com a expansão do negócio.
Dados do Sebrae revelam que as micro e pequenas empresas representam 27% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro. A estimativa é que esses novos negócios alcancem a marca de
17,7 milhões de empreendimentos até 2022. Por outro lado, um levantamento realizado pelo
Serasa Experian mostra que mais de 5 milhões de micro e pequenas empresas estavam
inadimplentes em junho de 2018. Comparado com o ano anterior, houve crescimento de 9,5%.
O registro é preocupante, pois as micro e pequenas empresas são as que mais
contratam quando a economia está em alta. Quando a economia está em recessão, são as que
menos demitem. As dívidas podem prejudicar as empresas, dificultando a negociação, impedindo
a expansão e até levando ao fechamento do negócio.
Em 2018, a Receita Federal anunciou que cerca de 9 mil microempresas e empresas de
pequeno porte corriam o risco de serem excluídas do Regime Especial Unificado de
Arrecadação Tributos e Contribuições, o Simples Nacional. Essas empresas tinham débitos
previdenciários e não-previdenciários com o Fisco federal. No total, foram 716.948 empresas com
dívidas que chegavam a R$ 19,5 bilhões.
Saber em qual modelo a empresa pode se formalizar é essencial para evitar o pagamento de
tributos que não contemplam o negócio. Veja, a seguir, quais são os níveis de faturamento em
que cada modelo pode se enquadrar.
O principal aspecto de diferenciação entre ME, EPP, MEI e empresas de médio e grande é o
faturamento anual do negócio.
Empreendimento que tem receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil. Para
formalização, é necessário optar entre uma das formas de tributação (Simples Nacional, Lucro
Real ou Lucro Presumido) e realizar o registro em uma Junta Comercial. Nessa modalidade,
não há restrições para o desempenho de serviços, no entanto, é importante ter o controle
do faturamento a partir do registro correto do fluxo de caixa (que deve ser realizado em
toda empresa). Se o lucro ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto,
alterando também o regime tributário do empreendimento. A Micro Empresa pode ser dividida
em quatro categorias: sociedade simples, EIRELI, sociedade empresária e empresário.
Empresa de Pequeno Porte (EPP) Negócios com limite de faturamento anual de R$ 4,8
milhões podem ser enquadrados como EPP. Da mesma forma que a ME, o titular de uma
Empresa de Pequeno Porte deve formalizar o negócio em uma Junta Comercial, optando por um
dos regimes tributários (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido).
Empresa de médio a grande porte - Uma empresa de médio a grande porte é aquela que,
diferente de uma ME e uma EPP, não tem limite de faturamento ou tem receita bruta anual
acima de R$ 4,8 milhões. Por esse motivo, não pode optar pelo Simples Nacional.
Enquadramento Tributário - A definição do porte de um negócio tem relação direta com a
forma de tributação dos serviços prestados. Cada modelo é enquadrado em um regime, com
cobranças e fiscalizações tributárias condizentes com o seu tamanho. Atualmente há quatro
regimes fiscais que podem ser adotados por empresas brasileiras:
SIMEI - O SIMEI é o regime fiscal adotado pelos Microempreendedores Individuais. A
adoção desse regime está prevista no artigo 18-A da lei Complementar nº 123/06, que
define o recolhimento em valores mensais dos mesmos tributos do Simples Nacional. Todos os
profissionais que se formalizam como MEIs devem se enquadrar nesse modelo.
Simples Nacional - O Simples Nacional é uma forma compartilhada de arrecadação de
tributos para ME e EPP. O regime está previsto na Lei Complementar nº 123/06. Abrange em
um único documento de arrecadação (DAS), o pagamento do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI,
ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica (CPP).
Lucro Presumido
Lucro Real
O Lucro Real é um regime tributário determinado a partir do lucro líquido da empresa. São
considerados os registros contábeis e fiscais efetuados de acordo com as leis comerciais, para a
arrecadação do IRPJ e CSLL. Da mesma forma que o Lucro Presumido, os outros tributos
também são arrecadados separadamente.