Você está na página 1de 7

Sintomas de depressão: 13 sinais que

você precisa conhecer


22 de julho de 2021
  |  Tempo de leitura: 19 minutos

Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno


depressivo maior é um transtorno de humor comum, porém grave. A depressão
provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em
momentos anteriores traziam prazer.

O transtorno pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos,


além de diminuir a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais
no trabalho e em casa.

Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida


com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar, e devem estar
presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja
diagnosticado.

Depressão não é tristeza


A morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o fim de um
relacionamento são experiências difíceis para uma pessoa suportar. Assim, é
normal que sentimentos de tristeza ou de luto se desenvolvam em resposta a
tais situações. Desse modo, aqueles que experimentam perda, muitas vezes
podem descrever-se como “deprimido”.

Contudo ficar triste não é o mesmo que ter depressão. O processo de luto é
natural e único para cada indivíduo e compartilha alguns dos mesmos sinais de
depressão. Ou seja, tanto o luto quanto a depressão podem envolver tristeza
intensa e afastamento das atividades habituais.

Eles também são diferentes em aspectos importantes:

 No luto, sentimentos dolorosos vêm em ondas, muitas vezes misturadas


com lembranças positivas do falecido.
 Na depressão maior, o humor e/ou interesse (prazer) diminuem durante
a maior parte das duas semanas.
 No luto, a autoestima é geralmente mantida. Na depressão maior,
sentimentos de inutilidade e auto-aversão são comuns.

Para algumas pessoas, a morte de um ente querido pode causar depressão


grave. Perder um emprego, ser vítima de uma agressão física ou de um grande
desastre pode levar à depressão para algumas pessoas.
Quando o luto e a depressão coexistem, o luto é mais grave e dura mais do
que o luto sem depressão. Apesar de alguma sobreposição entre tristeza e
depressão, elas são diferentes. A distinção entre elas pode ajudar as pessoas
a obter ajuda, apoio ou tratamento de que precisam.

Fatores de risco para o transtorno


A depressão pode afetar qualquer pessoa – até mesmo alguém que parece
viver em circunstâncias relativamente ideais. Aquela ideia comum de que só
terá o transtorno quem já é triste é equivocada.

Inclusive, muitas vezes pessoas que têm muito dinheiro ou sucesso se veem
depressivas por não conseguirem desenhar objetivos para sua vida.

A adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A


baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas
são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem
colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito
importante que os pais fiquem atentos.

Vários fatores podem desempenhar um papel no surgimento do transtorno:

Bioquímica: Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem


contribuir para os sintomas.

Genética: Depressão pode ocorrer em famílias. Por exemplo, se um gêmeo


idêntico tem depressão, o outro tem 70% de chance de ter a doença em algum
momento da vida.

Personalidade: Pessoas com baixa autoestima, que são facilmente oprimidas


pelo estresse, ou que são geralmente pessimistas, parecem mais propensas a
sofrer de depressão.

Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência, abuso ou


pobreza pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis à depressão.

Além disso, existem ainda outros fatores que podem aumentar a chance de ter
depressão:

 Transtornos psiquiátricos correlatos;


 Estresse e ansiedade crônicos;
 Disfunções hormonais, problemas na tireóide;
 Excesso de peso, sedentarismo e dieta desregrada;
 Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);
 Hiperconexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de internet
e redes sociais;
 Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou
abuso;
 Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo
prolongado ou a perda de uma pessoa muito querida;
 Fibromialgia e outras dores crônicas;

A depressão, especialmente na meia-idade ou em adultos mais velhos, pode


ocorrer em conjunto com outras doenças médicas graves, como
diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições
são muitas vezes piores quando a depressão está presente.

Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar


efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Um médico experiente no
tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de
tratamento.

Dados sobre a depressão no Brasil


No Brasil, 5,8% da população sofre com a depressão. Ela afeta um total de
11,5 milhões de brasileiros.

Ou seja, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil


é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo
com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados
Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

Quais são os “tipos” de depressão?


Assim como outros transtornos, a depressão pode se manifestar de diferentes
formas dependendo da pessoa, de seus hábitos e dos fatores de risco, que
mencionamos acima.

É importante entender como cada um deles se apresenta para ter um


conhecimento prévio a respeito do que pode ou não ser depressão. Veja
abaixo quais são os tipos de depressão:

Transtorno depressivo persistente

Também chamado de distimia, é um humor deprimido que dura pelo menos


dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente
pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas
menos graves.

Porém os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno
depressivo persistente.

Depressāo perinatal ou pós-parto

É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de


depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas
semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby
blues” após a gestação.
As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão
durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de
extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão
perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de
cuidados diários para si e / ou para seus bebês.

Depressão psicótica

Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma
de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver
coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).  

Assim, trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas


demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo
tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como
delírios de culpa, pobreza ou doença.

Transtorno afetivo sazonal

É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza prolongada durante os


meses de inverno, quando há menos luz solar natural.

A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de


depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o
outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais
vulneráveis a flutuações normais de humor.

Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.

Transtorno afetivo bipolar

É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém


com transtorno bipolar  vivencia episódios de humores extremamente baixos
que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”).

Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente


elevados – eufóricos ou irritáveis - chamados de “mania” ou uma forma menos
grave chamada “hipomania”.

Assim, exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente


adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios
disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes)
e distúrbio disfórico pré-menstrual.

13 Sintomas de depressão 
Então, se você tem experimentado alguns dos seguintes sinais e sintomas a
maior parte do dia, quase todos os dias, durante pelo menos duas semanas,
você pode estar sofrendo de depressão:
1. Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
2. Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
3. Irritabilidade
4. Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
5. Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
6. Diminuição da energia ou fadiga
7. Mover ou falar mais devagar
8. Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
9. Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
10. Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
11. Apetite e / ou alterações de peso
12. Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
13. Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma
causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.

Como perceber os sintomas de depressão?


Contudo, nem todo mundo que está deprimido experimenta cada sintoma.
Porque algumas pessoas experimentam apenas alguns sintomas. No entanto,
outros indivíduos podem experimentar muitos. Vários sintomas persistentes,
além do humor baixo, são necessários para um diagnóstico de depressão
maior.

Pessoas com apenas alguns, mas angustiantes, sintomas podem se beneficiar


do tratamento de sua depressão “subsindrômica”. Assim, a gravidade, a
frequência dos sintomas e quanto tempo eles duram variam dependendo do
indivíduo e sua doença particular. Os sintomas de depressão também podem
variar dependendo do estágio da doença.

Tratamentos para os sintomas de depressão


A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais
cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é, atingindo de 80 a 90% de
resultados positivos. A depressão é geralmente tratada
com medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois.

Antes de um diagnóstico ou tratamento, um psicólogo ou médico psiquiatra


deve realizar uma avaliação diagnóstica completa, incluindo uma entrevista.

Em alguns casos, um exame de sangue pode ser feito para garantir que a
depressão não é causada por uma condição médica, como um problema de
tireóide. A avaliação é para identificar sintomas específicos, histórico médico
e familiar, fatores culturais e fatores ambientais para chegar a um diagnóstico e
planejar um curso de ação.

Dica rápida: Não há duas pessoas afetadas da mesma forma por depressão e


não há uma “receita de bolo” para o tratamento. Pode ser preciso algum teste e
erro para encontrar o tratamento que funciona melhor para você. Portanto, é
muito importante que você saiba como escolher um bom psicólogo e agende

Você também pode gostar