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Assinalam-se também as alterações introduzidas ao atual (DIA) em fase de projeto de execução ou a emissão
regime de taxas. Com efeito, substitui-se neste novo di- de decisão de conformidade ambiental do projeto de
ploma a atual taxa única, de valor variável, à qual acrescem execução com DIA emitida em fase de anteprojeto ou
taxas específicas contidas em legislação setorial, por uma estudo prévio;
taxa efetivamente única e de valor fixo por procedimento, ii) Regime das emissões industriais (REI), aplicável
de modo a permitir ao industrial conhecer, à partida, o valor à prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem
efetivo a pagar por todas as licenças, autorizações e outros como às regras destinadas a evitar ou reduzir as emissões
atos permissivos a emitir pelas entidades competentes no para o ar, água ou solo e a produção de resíduos;
âmbito do SIR. iii) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves
O presente decreto-lei vem, ainda, estabelecer um novo que envolvam substâncias perigosas (RPAG);
enquadramento legal para o sistema de informação dos iv) Regime geral da gestão de resíduos;
estabelecimentos industriais, que o torna um instrumento v) Regime jurídico de utilização de recursos hídricos;
efetivo de acompanhamento e monitorização da indústria vi) Regime do comércio europeu de licenças de emis-
e que resulta exclusivamente da partilha e tratamento de são de gases com efeitos de estufa (CELE);
dados já disponíveis na administração pública.
Finalmente, no contexto da aprovação do Regime do b) Regime jurídico respeitante à saúde e segurança
Licenciamento Único do Ambiente (LUA), aprovado pelo no trabalho;
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, procede o presente c) Regime jurídico relativo à exploração de ativi-
decreto-lei aos ajustamentos tidos como necessários à dade agroalimentar que utilize matéria-prima de origem
integração do LUA no âmbito dos procedimentos de ins- animal não transformada, de atividade que envolva a
talação e ou exploração de estabelecimentos industriais manipulação de subprodutos de origem animal, ou de
previstos no SIR. atividade de fabrico de alimentos para animais;
Foram ouvidas a Associação Nacional de Municípios d) Procedimentos relativos aos projetos de eletrici-
Portugueses, a CIP — Confederação Empresarial de Por- dade e de produção de energia térmica;
tugal e a Comissão Nacional de Proteção de Dados. e) Regime de instalação, funcionamento, reparação
Assim: e alteração de equipamentos sob pressão.
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte: 2 — O SIR tem como objetivos:
Artigo 1.º a) Prevenir os riscos e inconvenientes resultantes da
exploração dos estabelecimentos industriais, com vista
Objeto a salvaguardar a saúde pública e a dos trabalhadores,
O presente decreto-lei procede à primeira alteração ao a segurança de pessoas e bens, a segurança e saúde
Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado em nos locais de trabalho, a qualidade do ambiente e um
anexo ao Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto. correto ordenamento do território, num quadro de de-
senvolvimento sustentável e de responsabilidade social
das empresas;
Artigo 2.º b) Promover a simplificação e desburocratização
Alteração ao Sistema da Indústria Responsável dos atos e procedimentos da Administração Pública
necessários à aplicação dos regimes jurídicos referi-
Os artigos 1.º, 2.º, 4.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º,
dos no número anterior, tendo em vista contribuir para
13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º,
dinamização e competitividade da indústria nacional,
25.º, 30.º, 31.º, 32.º, 33.º, 34.º, 36.º, 37.º, 38.º, 39.º, 43.º,
num quadro de políticas de desenvolvimento económico
44.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 49.º, 50.º, 51.º, 52.º, 53.º, 54.º,
56.º, 57.º, 58.º, 59.º, 60.º, 61.º, 62.º, 65.º, 66.º, 67.º, 70.º, sustentável.
71.º, 72.º, 75.º, 76.º, 77.º, 79.º, 80.º, 81.º e 83.º do SIR,
passam a ter a seguinte redação: 3 — O SIR aplica-se às atividades industriais a que se
refere o anexo I ao SIR, do qual faz parte integrante, com
exclusão das secções acessórias de estabelecimentos de
«Artigo 1.º comércio e de restauração ou de bebidas destinadas à
[...] realização de atividades industriais, às quais é aplicá-
vel, para todos os efeitos legais, o regime de acesso e
1 — O Sistema da Indústria Responsável (SIR) esta- exercício da atividade que rege estes estabelecimentos,
belece os procedimentos necessários ao acesso e exer- nos termos e com os limites aí previstos.
cício da atividade industrial, à instalação e exploração
de Zonas Empresariais Responsáveis (ZER), bem como Artigo 2.º
o processo de acreditação de entidades no âmbito deste
sistema, no quadro da aplicação dos seguintes regimes [...]
jurídicos ou procedimentos: [...]:
a) Licenciamento Único Ambiental, aprovado pelo a) [...]
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, no âmbito dos b) «Alteração de estabelecimento industrial», a mo-
seguintes regimes: dificação ou a ampliação do estabelecimento ou das
i) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental respetivas instalações industriais face ao título de ex-
(RJAIA), tratando-se de procedimento de avaliação de ploração da qual possa resultar aumento dos riscos e
impacte ambiental (AIA) relativo a projeto de execução inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do
que vise a emissão de declaração de impacte ambiental n.º 2 do artigo anterior;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2339
c) «Área edificada», a área total de construção das ins- w) «Responsável técnico do projeto», a pessoa ou
talações industriais que integram o estabelecimento; entidade designada pelo industrial ou pela entidade
d) [Anterior alínea c).] gestora da ZER, no caso de instalação de ZER, para
e) «Balcão do empreendedor», o balcão único eletró- efeitos de demonstração de que o projeto se encontra
nico nacional para a realização de todas as formalidades em conformidade com a legislação aplicável e para
associadas ao exercício de uma atividade económica, o relacionamento com a entidade coordenadora e as
acessível diretamente através do Portal da Empresa ou, demais entidades intervenientes nos procedimentos de
por via mediada, através dos balcões presenciais das en- instalação e exploração de estabelecimento industrial
tidades públicas competentes, gerido pela Agência para ou de ZER;
a Modernização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.); x) [Anterior alínea u).]
f) «Condições técnicas padronizadas», conjunto de y) [Anterior alínea v).]
regras e especificações previamente definidas para z) [Anterior alínea w).]
determinada atividade ou operação a desenvolver no aa) [Anterior alínea x).]
estabelecimento industrial que constituem o objeto de bb) [Anterior alínea y).]
licença, autorização, aprovação, comunicação prévia cc) «Título digital», o título emitido pelo «Balcão do
com prazo, registo, parecer ou outro ato permissivo empreendedor» relativo à instalação e exploração de
necessário à instalação e exploração do estabelecimento um estabelecimento industrial ou de ZER que constitui
industrial; declaração de conhecimento e comprova, perante qual-
g) [Anterior alínea e).] quer entidade pública ou privada, o cumprimento das
h) [Anterior alínea f).] normas legais e regulamentares constantes dos regimes
i) [Anterior alínea g).] jurídicos do âmbito do SIR;
j) [Anterior alínea h)] dd) «Zona empresarial responsável ou ZER», a zona
k) [Anterior alínea i).] territorialmente delimitada, afeta à instalação de ativida-
l) «Entidade gestora de ZER», a entidade responsável des industriais, comerciais e de serviços, administrada
pelo integral cumprimento do título digital de explora- por uma entidade gestora;
ção da ZER, bem como pelo controlo e supervisão das ee) «Zona empresarial responsável multipolar ou
atividades nela exercidas e ainda pelo funcionamento e ZER multipolar», o conjunto de polos empresariais
manutenção das infraestruturas, serviços e instalações localizados em espaços territoriais não conexos, mas
comuns, cujos requisitos de constituição, organização funcionalmente ligados entre si e administrada pela
e funcionamento e quadro legal de obrigações e com- mesma entidade gestora.
petências são os definidos em portaria dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas da modernização Artigo 4.º
administrativa, da administração local, da economia, do
[...]
ambiente e do ordenamento do território;
m) [Anterior alínea j).] 1 — [...].
n) «Gestor do procedimento», o técnico designado 2 — As entidades acreditadas devem celebrar con-
pela entidade coordenadora para acompanhamento dos trato de seguro de responsabilidade civil extracontratual
procedimentos previstos no SIR, constituindo-se como destinado a cobrir os danos patrimoniais e não patri-
interlocutor privilegiado do industrial; moniais decorrentes de lesões corporais ou materiais
o) [Anterior alínea l).] causadas a terceiros por erros ou omissões cometidas
p) «Instalação industrial», a unidade técnica dentro no exercício da sua atividade, nos termos a definir por
de um estabelecimento industrial na qual é exercida uma portaria dos membros do Governo responsáveis pe-
ou mais atividades industriais incluindo as atividades de las áreas das finanças, da economia, do ambiente e da
armazenagem ou pré-processamento de resíduos para agricultura.
introdução no processo ou quaisquer outras atividades 3 — A regulamentação prevista nos números ante-
diretamente associadas que tenham uma relação técnica riores deve estabelecer, designadamente, os capitais
com as atividades exercidas; mínimos dos seguros, respetivos âmbitos de cobertura,
q) [Anterior alínea o).] delimitações temporal e territorial, exclusões aplicáveis,
r) [Anterior alínea p).] possibilidade de estabelecimento de franquias, condi-
s) «Potência elétrica», a potência contratada, expressa ções do exercício do direito de regresso e de sub-rogação
em kilovolt-amperes (kVA), junto de um distribuidor e pluralidade de seguros.
de energia elétrica, considerando-se, para efeitos da sua 4 — (Revogado.)
determinação, os coeficientes de equivalência descritos
no anexo II ao SIR, do qual faz parte integrante; Artigo 6.º
t) [Anterior alínea r).]
Balcão do empreendedor
u) «Pronúncia das entidades públicas consultadas»,
fase procedimental no âmbito da qual as entidades pú- 1 — O acesso e a tramitação dos procedimentos
blicas consultadas ao abrigo do SIR se pronunciam sob a previstos no SIR são realizados por via eletrónica, di-
forma de licença, autorização, aprovação, comunicação retamente ou de forma assistida, através do «Balcão do
prévia com prazo, mera comunicação prévia, registo, empreendedor».
parecer ou outro ato permissivo ou não permissivo de 2 — Pode ser prestado o serviço de atendimento
que dependa a instalação ou a exploração do estabele- digital assistido ao «Balcão do empreendedor» pelos
cimento industrial ou da ZER; serviços de atendimento presencial das entidades co-
v) [Anterior alínea s).] ordenadoras, pelas autarquias locais e por entidades
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públicas nos termos do Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 vez decorridos os prazos ou emitidas as licenças, auto-
de maio. rizações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
3 — O «Balcão do empreendedor», no âmbito do meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
SIR, disponibiliza aos utilizadores as seguintes funcio- atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
nalidades e informações: instalação ou exploração de estabelecimento industrial
a) Possibilidade de submissão e tramitação eletrónica ou de ZER;
dos procedimentos previstos no SIR relativos à emissão j) Emissão automática de comprovativos de entrega
ou submissão de todos os títulos, licenças, autorizações, e avisos automáticos a todas as entidades envolvidas
aprovações, comunicações prévias com prazo, meras sempre que sejam adicionados novos elementos ao
comunicações prévias, registos, pareceres e outros atos processo;
permissivos ou não permissivos de que dependa a ins- k) Capacidade para inserção no «Balcão do empreen-
talação, exploração ou alteração do estabelecimento dedor», com recurso à iAP e através da interação com
industrial ou da ZER; as plataformas eletrónicas relevantes, designadamente
b) Possibilidade de submissão de comunicação de o Sistema de Informação de Regime Jurídico da Urba-
suspensão, reinício e cessação da atividade, bem como nização e Edificação (SIRJUE) e o Sistema Integrado
de alteração da titularidade ou da denominação social de de Licenciamento do Ambiente (SILiamb), por parte
titular de estabelecimento industrial ou de ZER sujeito das entidades emitentes, de todas as licenças, autori-
aos procedimentos previstos no SIR; zações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
c) Apoio ao requerente e respetivos técnicos no pre- meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
enchimento dos formulários e na instrução dos proce- atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
dimentos, permitindo, designadamente, a pesquisa por instalação ou exploração de estabelecimento industrial
atividade económica, principal e secundária, dos ele- ou de ZER;
mentos relevantes para o rastreio dos condicionamentos l) Capacidade para assegurar a dispensa de entrega
legais e regulamentares aplicáveis, bem como o rastreio de documentação que se encontre em posse de qual-
específico através da introdução de dados sobre o tipo de quer serviço e organismo da Administração Pública
instalação, localização, área de implantação, capacidade que intervenha nos procedimentos previstos no SIR,
produtiva e substâncias perigosas presentes; quando o interessado preste o seu consentimento à sua
d) Preenchimento automático, total ou parcial, dos obtenção, cabendo nesse caso à entidade coordenadora
formulários eletrónicos disponíveis no «Balcão do em- ou à entidade consultada proceder à respetiva obtenção e
preendedor» no âmbito dos procedimentos previstos no integração no procedimento, nos termos do artigo 28.º-A
SIR, com a informação relevante que já se encontre na do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos
posse de outros organismos da Administração Pública, Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010,
que deverão disponibilizá-la através da Plataforma de de 16 de agosto, e 73/2014, de 13 de maio;
Interoperabilidade da Administração Pública (iAP), para m) Funcionalidade que permita ao interessado, de
este efeito; forma facultativa, gratuita e automática, uma vez inse-
e) Possibilidade de cumprimento direto e imediato ridos os dados relevantes, identificar o procedimento
de todas as exigências e formalidades necessárias para aplicável à instalação e exploração de estabelecimento
aceder e exercer uma atividade industrial, incluindo industrial ou ZER ao abrigo do previsto no SIR;
a submissão eletrónica de documentos, o pagamento n) Consulta dos requisitos aplicáveis às instalações
por meios eletrónicos e a receção de comunicações e aos equipamentos dos estabelecimentos industriais
e notificações por via eletrónica relativos a todos os resultantes da legislação e demais atos normativos;
títulos, licenças, autorizações, aprovações, comunica- o) Consulta do montante previsível das taxas devidas
ções prévias com prazo, meras comunicações prévias, e um simulador que permita identificar o custo global
registos, pareceres e outros atos permissivos ou não estimado a suportar para iniciar a atividade industrial
permissivos de que dependa a instalação ou exploração pretendida;
do estabelecimento industrial ou da ZER; p) Meios de pagamento eletrónico das taxas devi-
f) Acompanhamento e consulta dos respetivos pro- das;
cedimentos, por parte do requerente, da entidade coor- q) Informação sobre os meios de reação judiciais
denadora, das entidades intervenientes e das entidades ou extrajudiciais relativos a decisões das autoridades
com competências de fiscalização; administrativas competentes;
g) Capacidade para suportar a obrigatoriedade de r) Documentos de apoio sobre os aspetos jurídicos e
participação de todas as entidades que intervenham técnicos relevantes em cada setor industrial;
em atos ou procedimentos necessários à instalação ou s) Acesso direto a uma ferramenta de georreferen-
exploração do estabelecimento industrial ou da ZER, ciação das áreas para a instalação e exploração de es-
designadamente, das entidades coordenadoras dos pro- tabelecimentos industriais ou de ZER.
cedimentos de instalação e exploração de estabeleci-
mentos industriais e de ZER, bem como das entidades 4 — Sendo prestado o consentimento previsto na
públicas intervenientes; alínea l) do número anterior, o valor das taxas, emo-
h) Sistema que permita a contagem automática de lumentos ou outros encargos devidos pela atividade
prazos e de passagem a fases seguintes dos procedi- administrativa de recolha da documentação em falta é
mentos, uma vez decorrido o prazo ou a emissão do transmitido ao requerente com a respetiva discrimina-
ato em causa, nomeadamente para efeitos de emissão ção, para efeitos do pagamento devido.
automática de títulos digitais; 5 — As demais funcionalidades técnicas do «Balcão
i) Emissão automática de títulos digitais que titulem do empreendedor» para efeitos do SIR, bem como o
a instalação e exploração da atividade industrial, uma formato, características e mecanismos de tratamento
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2341
5 — Quando exista recurso a condições técnicas pa- ii) A sequência das tarefas, o circuito dos processos
dronizadas: internos e os períodos de tempo habitualmente consu-
midos em cada fase, os pressupostos e os resultados
a) É dispensada a pronúncia, a que se refere o ar-
esperados de cada grupo de tarefas;
tigo 23.º e o artigo 31.º, conforme aplicável, das enti-
iii) Os requisitos aplicáveis às instalações e aos equi-
dades públicas responsáveis pela emissão de condições
pamentos dos estabelecimentos industriais resultantes
técnicas padronizadas a que o requerente tenha aderido
da legislação e demais atos normativos;
no seu pedido, salvo se a especificidade do respetivo
iv) Os meios de reação judiciais ou extrajudiciais
regime jurídico dispuser em contrário;
relativos a decisões das autoridades administrativas
b) É dispensada a realização de vistoria prévia, com
competentes;
exceção dos casos de estabelecimentos industriais que
v) Os aspetos jurídicos e técnicos relevantes em cada
utilizem matéria-prima de origem animal não transfor-
setor industrial;
mada, subprodutos animais, ou que exerçam atividade
de fabrico de alimentos para animais, ou atividade de
c) Inserir no «Balcão do empreendedor» a infor-
operação de gestão de resíduos que exijam vistoria pré-
mação a que se refere a alínea anterior, bem como as
via à exploração, nos termos dos regimes legais apli-
respetivas atualizações periódicas, a publicar online
cáveis;
pela AMA, I. P.;
c) É reduzido para 1/3 o valor da taxa correspondente
d) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os
à emissão de licença, autorização, aprovação, comuni-
constantes da calendarização a que se refere a alínea d)
cação prévia com prazo, registo, parecer ou outro ato
do n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando à
permissivo que se encontre abrangida por condição
tutela, periodicamente ou sempre que tal lhe seja soli-
técnica padronizada a que o requerente tenha aderido,
citado, as situações de incumprimento que não sejam
nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o
imputáveis ao industrial.
n.º 2 do artigo 80.º
2 — (Revogado.)
6 — Os títulos digitais emitidos no âmbito dos pro-
3 — (Revogado.)
cedimentos do SIR em que o requerente tenha optado
4 — (Revogado.)
por recorrer a condições técnicas padronizadas devem
5 — (Revogado.)
fazer referência às licenças, autorizações, aprovações,
6 — (Revogado.)
registos, pareceres ou outros atos permissivos padroni-
zados necessários à atividade a desenvolver no estabe-
Artigo 10.º
lecimento industrial que tenham sido objeto do pedido.
7 — A verificação da correspondência entre as carac- [...]
terísticas e especificações do estabelecimento industrial
1 — As entidades acreditadas pelo Instituto Portu-
e o âmbito de aplicação das condições técnicas padroni-
guês da Acreditação, I. P. (IPAC, I. P.), intervêm nos
zadas a que o requerente tenha aderido é efetuada pelas
procedimentos previstos no SIR nos termos do disposto
entidades públicas consultadas no período de verificação
no capítulo VI.
de elementos instrutórios, nos termos e com os efeitos
2 — A intervenção das entidades acreditadas nos
previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7 do artigo 30.º,
termos previstos no número anterior, pode ocorrer a
conforme aplicável.
solicitação do industrial, da entidade gestora da ZER
ou das entidades públicas intervenientes.
Artigo 9.º 3 — A intervenção das entidades acreditadas nos
Apoio à aplicação do Sistema da Indústria Responsável termos do n.º 1 produz os seguintes efeitos:
1 — Compete ao IAPMEI, I. P., com a colaboração a) Dispensa a análise da boa instrução do processo
das entidades que intervenham nos procedimentos pre- em procedimentos em matéria ambiental, com a entrega,
vistos no SIR: pelo requerente, do requerimento aplicável, acompa-
nhado de um relatório de conformidade;
a) Promover as ações necessárias à aplicação correta,
b) Dispensa da pronúncia, a que se refere o artigo 23.º
previsível, eficaz e harmonizada do disposto no SIR,
e o artigo 31.º, conforme aplicável, das entidades inter-
definindo, sempre que necessário, as diretrizes e os parâ-
venientes, exceto em matéria ambiental;
metros comuns a seguir pelas mesmas, devendo, para o
c) Reduz os prazos de pronúncia de entidades con-
efeito, as entidades que intervenham nos procedimentos
sultadas, nos termos do anexo IV.
previstos no SIR fornecer ao IAPMEI, I. P., sempre que
tal lhes seja solicitado, a informação necessária para a
4 — (Revogado.)
adequada monitorização dos processos, tendo em vista
5 — (Revogado.)
a respetiva normalização e melhoria contínua;
6 — O conteúdo das licenças, autorizações, apro-
b) Elaborar e atualizar, com a colaboração das en-
vações, comunicações prévias com prazo, meras co-
tidades que intervenham nos procedimentos previstos
municações prévias, registos, pareceres e outros atos
no SIR em função das áreas em causa, em linguagem
permissivos ou não permissivos de que dependa a insta-
simples e clara, toda a informação de apoio à utilização
lação ou exploração do estabelecimento industrial ou da
do «Balcão do empreendedor», a qual deve incluir,
ZER das entidades intervenientes no SIR e a respetiva
designadamente:
fundamentação pode consistir em mera declaração de
i) As obrigações resultantes de toda a legislação apli- concordância com o conteúdo dos documentos emitidos
cável; pelas entidades acreditadas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2343
7 — Cabe ao presidente da câmara municipal exercer de verificação de elementos instrutórios, nos termos e
as competências atribuídas às câmaras municipais nos com os efeitos previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7
termos do SIR, podendo as mesmas ser delegadas nos do artigo 30.º, conforme aplicável.
vereadores, com faculdade de subdelegação, ou nos 6 — É dispensada a entrega das licenças, autoriza-
dirigentes dos serviços municipais. ções, aprovações, registos, comunicações prévias com
prazo, meras comunicações prévias, pareceres e outros
Artigo 14.º atos permissivos ou não permissivos referidos no n.º 4
quando o interessado preste consentimento à sua obten-
[...]
ção oficiosa, devendo nesse caso a entidade consultada
Nos procedimentos previstos no presente capítulo, são proceder, através do «Balcão do empreendedor», à res-
notificadas automaticamente pelo «Balcão do empreen- petiva integração no procedimento.
dedor» para se pronunciarem, nos termos das respetivas
atribuições e competências, as seguintes entidades públi- Artigo 16.º
cas responsáveis pela emissão de licenças, autorizações, Prazos e efeitos do incumprimento dos prazos
aprovações, registos, pareceres e outros atos permissivos
ou não permissivos de que dependa a instalação ou 1 — Os prazos previstos no SIR são contados nos
exploração do estabelecimento industrial: seguintes termos:
a) [...] a) Os prazos contam-se em dias úteis;
b) [Revogada]; b) Os prazos não se interrompem em caso algum;
c) [...] c) Os prazos são suspensos nos termos previstos no SIR;
d) [...] d) Os prazos prevalecem sobre quaisquer normas
e) [Revogada]; legais ou regulamentares previstas nos regimes proce-
f) [...] dimentais a que se refere o artigo 1.º do SIR;
g) A Direção-Geral da Energia e Geologia e) Os prazos previstos no anexo IV ao SIR não são
(DGEG); cumulativos, prevalecendo, no caso de serem aplicáveis
h) O Instituto Português da Qualidade, I. P. dois ou mais regimes aí previstos o prazo decisório
(IPQ, I. P.); máximo mais longo.
i) [Anterior alínea g).]
j) Outras entidades públicas cuja intervenção se re- 2 — Na falta de disposição especial, o prazo para a
vele necessária à instalação e exploração do estabele- realização de quaisquer comunicações entre as entidades
cimento industrial, quando tal se encontre previsto em intervenientes, ou entre estas e o requerente, ou para a
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas prática de quaisquer atos, é de 5 dias.
áreas da modernização administrativa, da economia e 3 — Na ausência de inserção no «Balcão do empre-
da tutela das entidades em causa. endedor» de licença, autorização, aprovação, registo,
parecer, outros atos permissivos ou não permissivos
Artigo 15.º necessários à instalação e ou exploração de estabeleci-
Âmbito da pronúncia
mento industrial ou de ZER por parte da entidade pú-
blica competente nos prazos previstos no SIR, considera-
1 — Sem prejuízo das atribuições de concertação -se que a mesma se pronunciou em sentido favorável à
de posições e de pronúncia integrada que a legislação pretensão do requerente ou que foi tacitamente deferida
cometa à APA, I. P., e às CCDR competentes, qualquer a pretensão do particular, sem necessidade de qualquer
entidade referida no artigo anterior que se pronuncie ulterior ato de entidade administrativa ou autoridade
nos procedimentos previstos no SIR deve fazê-lo ex- judicial, consoante aplicável.
clusivamente sobre áreas que se incluam no âmbito 4 — Nos casos previstos no número anterior, e não
das respetivas atribuições e competências legalmente se verificando nenhuma causa de não emissão do título
previstas, apreciando apenas as questões que lhe estejam digital relevante prevista no SIR, é o mesmo emitido.
expressamente cometidas por lei, considerando-se não 5 — A instalação e a exploração de estabelecimento
vinculativas as pronúncias que versem sobre matérias industrial ou de ZER devem cumprir os condicionamen-
alheias às respetivas competências. tos legais e regulamentares aplicáveis, bem como os
2 — (Revogado.) constantes de licença, autorização, aprovação, registo,
3 — (Revogado.) parecer ou outros atos permissivos ou não permissivos
4 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, de que dependa a instalação ou exploração do estabele-
comunicações prévias com prazo, meras comunicações cimento industrial ou da ZER, que integrem o respetivo
prévias, pareceres e outros atos permissivos ou não título digital emitido no âmbito do SIR.
permissivos de que dependa a instalação ou exploração
de estabelecimento industrial podem ser entregues pelo Artigo 17.º
requerente com o pedido de emissão do título digital
[...]
de instalação e ou exploração, não havendo lugar a
pronúncia pela entidade pública respetiva, ao abrigo 1 — As operações urbanísticas a realizar para ins-
dos artigos 23.º ou 31.º, conforme aplicável, desde que talação de estabelecimentos industriais regem-se pelo
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE),
de facto ou de direito. sem prejuízo do disposto nos números seguintes e no
5 — A verificação da manutenção dos pressupostos artigo seguinte.
de facto ou de direito a que se refere o número anterior 2 — Tratando-se de estabelecimento industrial do
é efetuada pela entidade pública aí referida, no período tipo 1 ou do tipo 2 cuja instalação ou alteração envolva
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a realização de operação urbanística de urbanização ou ção de utilização de edifício ou sua fração autónoma
de edificação sujeita a controlo prévio nos termos do destinado:
RJUE, o título digital de instalação ou de instalação e a) Ao uso de comércio, serviços ou armazenagem,
exploração, conforme aplicável, não pode ser emitido no caso de se tratar de estabelecimento industrial a que
sem que sejam apresentados os seguintes elementos: se refere a parte 2-B do anexo I ao SIR;
a) Aprovação do projeto de arquitetura; ou b) Ao uso de habitação, no caso de se tratar de esta-
b) Informação prévia favorável, requerida nos termos belecimento abrangido pela parte 2-A do anexo I ao SIR.
do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE.
4 — O procedimento para a obtenção da declaração
3 — Os elementos referidos no número anterior de- de compatibilidade referida no número anterior rege-se,
com as necessárias adaptações, pelo regime procedimen-
vem ser apresentados aquando do pedido do título digital
tal aplicável à autorização de utilização de edifícios as
de instalação ou de instalação e exploração, sem prejuízo suas frações constante do RJUE, sendo tal declaração,
de o requerente poder apresentar declaração de que opta quando favorável, inscrita, por simples averbamento, no
por diferir a respetiva entrega até ao final do prazo de título de autorização de utilização já existente.
emissão do referido título.
4 — Caso o requerente não apresente os elementos a Artigo 20.º
que se refere o n.º 2 até ao final do prazo para emissão do
título digital de instalação ou de instalação e exploração, Objeto do procedimento
é o mesmo notificado para apresentar os elementos em 1 — O procedimento para a instalação e exploração
falta até um prazo máximo de seis meses, sob pena de de um estabelecimento industrial de tipo 1 envolve:
o procedimento vir a ser declarado deserto, nos termos
a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações,
do disposto no artigo 132.º do Código do Procedimento registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não
Administrativo. permissivos de que dependa a instalação ou exploração
5 — Tratando-se de estabelecimento industrial de de estabelecimento industrial de tipo 1;
tipo 3 cuja instalação, ampliação ou alteração envolva b) A emissão de um título digital de instalação, que
a realização de operação urbanística sujeita a controlo titule o direito do requerente a executar o projeto de
prévio, deve ser obtida autorização de utilização ou instalação de estabelecimento industrial de tipo 1;
certidão comprovativa do respetivo deferimento tácito c) A realização de uma vistoria; e
antes de ser apresentada a mera comunicação prévia d) A emissão de um título digital de exploração, que
ao abrigo do SIR. titula o direito a explorar o estabelecimento industrial
6 — Sempre que se aplique o RPAG, a consulta de de tipo 1 nas condições definidas no respetivo título
entidades da administração central que se devam pro- digital de exploração.
nunciar em razão da localização é efetuada no âmbito
deste regime. 2 — (Revogado.)
7 — Sempre que a instalação ou alteração do estabe- 3 — (Revogado.)
lecimento industrial se insira numa área licenciada ou
concessionada para a exploração de recursos geológicos Artigo 21.º
e o mesmo esteja relacionado com tal exploração, não Pedido de título digital de instalação
há lugar à aprovação da localização, sem prejuízo do
cumprimento das normas de planeamento territorial e 1 — O procedimento para a emissão de título digital de
instalação é iniciado com a apresentação, no «Balcão do
do regime das servidões administrativas e restrições de empreendedor», de um pedido de emissão de título digital
utilidade pública. de instalação, acompanhado dos respetivos elementos
instrutórios, nos termos a definir por portaria dos membros
Artigo 18.º do Governo responsáveis pelas áreas da modernização
Equilíbrio urbano e ambiental administrativa, da economia, do ambiente e da agricultura.
2 — Submetido o pedido nos termos do número an-
1 — O início da exploração do estabelecimento terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática
industrial de tipo 1, 2 ou 3 que envolva a realização e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
de uma operação urbanística sujeita a controlo prévio, pelo pedido de emissão de título digital de instalação.
depende da prévia emissão pela câmara municipal ter- 3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Bal-
ritorialmente competente de título de autorização de cão do empreendedor» emite, automática e imediata-
utilização ou de certidão comprovativa do respetivo mente:
deferimento tácito. a) Comprovativo do pagamento da taxa devida, iden-
2 — Não pode ser emitido o alvará de licença ou tificando, sempre que possível, as entidades públicas
apresentada a comunicação prévia, de operação urbanís- cuja consulta seja obrigatória ao abrigo do SIR;
tica que preveja o uso industrial, sem que seja emitido o b) Notificação da entidade coordenadora e das entida-
título digital de instalação ou de instalação e exploração, des públicas a consultar, informando que o procedimento
consoante for aplicável. iniciado se encontra disponível para verificação.
3 — Quando verifique a inexistência de impacte
relevante no equilíbrio urbano e ambiental, pode a câ- 4 — Considera-se que a data do pedido de emissão
mara municipal territorialmente competente declarar de título digital de instalação é a data indicada no com-
compatível com uso industrial o alvará de autoriza- provativo a que se refere a alínea a) do número anterior.
2346 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
5 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido, tidade coordenadora, sempre que o entender conve-
a entidade coordenadora profere: niente, convoca as entidades públicas a consultar para
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual uma reunião, a ter lugar, preferencialmente, através de
especifica em concreto os elementos em falta, bem videoconferência, no prazo máximo de 20 ou 10 dias
como, se for caso disso, os esclarecimentos necessários contados da data do pedido, consoante se trate, ou não,
à boa instrução do procedimento, caso se verifiquem de pedido de título digital de instalação abrangida pelo
desconformidades sanáveis entre o pedido e respetivos RJAIA ou RPAG.
elementos instrutórios e os condicionamentos legais e 2 — Não há lugar à reunião referida no número an-
regulamentares aplicáveis; ou terior quando o pedido de emissão de título digital de
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse- instalação estiver instruído com os elementos que dis-
quente extinção do procedimento, se a não conformi- pensam a pronúncia das entidades públicas nos termos
dade com os condicionamentos legais e regulamentares do disposto no n.º 3 do artigo seguinte.
for insuscetível de suprimento ou correção. 3 — [...]:
a) [...]
6 — O prazo referido no número anterior é de 25 dias b) A identificação de eventuais elementos instrutórios
no caso de pedidos de título digital de instalação abran- em falta ou da sua não conformidade com os condicio-
gidos pelo RJAIA, RPAG ou REI. namentos legais e regulamentares aplicáveis;
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do c) [Anterior alínea b).]
n.º 5, as entidades públicas notificadas ao abrigo da d) [Anterior alínea c).]
alínea b) do n.º 3, se verificarem a existência de omis-
sões ou irregularidades no pedido solicitam à entidade
coordenadora, até ao décimo dia do prazo a que se refere 4 — (Revogado.)
o n.º 5, por uma só vez, que o requerente seja convi- 5 — A entidade coordenadora regista as conclusões
dado a suprir aquelas omissões ou irregularidades ou da conferência procedimental em ata subscrita pelos
pronunciam-se em sentido favorável ao indeferimento intervenientes, a qual é por si inserida na área reservada
liminar do pedido quando considerem que as mesmas da empresa no «Balcão do empreendedor», e acessível
não são sanáveis. à entidade coordenadora, às entidades públicas con-
8 — No caso de pedidos de título digital de instalação sultadas e ao requerente, proferindo, se for caso disso,
abrangidos pelo RJAIA, RPAG ou REI, a solicitação despacho nos termos do n.º 5 ou 6 do artigo anterior,
referida no número anterior pode ser remetida à enti- conforme aplicável.
dade coordenadora até ao vigésimo dia do prazo a que 6 — [...].
se refere o n.º 6.
9 — Decorrido o prazo previsto nos n.os 5 ou 6, con- Artigo 23.º
forme aplicável, sem que ocorra convite ao aperfeiço- Pronúncia das entidades públicas no procedimento
amento ou indeferimento liminar do pedido, o «Balcão para a emissão de título digital de instalação
do empreendedor» emite imediata e automaticamente
comprovativo eletrónico onde conste a data de apresen- 1 — As entidades públicas competentes para emissão
tação do pedido de emissão de título de instalação e a de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
menção expressa à sua regular instrução, não podendo outros atos permissivos ou não permissivos, nos ter-
ser solicitados quaisquer elementos adicionais. mos do artigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do pro-
10 — Tendo sido proferido despacho de convite ao cedimento para emissão do título digital de instalação,
aperfeiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de em cumprimento da calendarização a que se refere a
45 dias para corrigir ou completar o pedido, sob pena alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, quando aplicável,
de indeferimento liminar. ou nos prazos máximos para pronúncias previstos no
11 — Submetidos os elementos a que se refere o anexo IV ao SIR, a contar da data do pedido, devendo in-
número anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica serir a respetiva licença, autorização, aprovação, registo,
automática e imediatamente a entidade coordenadora e parecer ou outros atos permissivos ou não permissivos
as entidades públicas consultadas, para que, no prazo de no «Balcão do empreendedor» nesse prazo.
cinco dias a contar da junção ao processo dos elementos 2 — A inserção das pronúncias referidas no número
adicionais, a entidade coordenadora, após articulação anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada
com as entidades públicas consultadas, profira despacho automática e imediatamente ao requerente e à entidade
de indeferimento liminar, se verificar que subsiste a coordenadora.
não conformidade com os condicionamentos legais e 3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade
regulamentares. pública competente, quando:
12 — Decorrido o prazo previsto no número anterior
sem que seja proferido o despacho de indeferimento a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas
liminar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos ter-
e automaticamente o comprovativo eletrónico previsto mos e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º;
no n.º 9. b) For junto ao procedimento licença, autorização,
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou
Artigo 22.º não permissivo que mantenha a sua validade, desde que
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de
[...]
facto ou de direito;
1 — No prazo de 5 dias contado a partir da data do c) For junto ao procedimento relatório de avaliação
pedido de emissão de título digital de instalação, a en- da conformidade com a legislação aplicável;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2347
d) For junto ao procedimento relatório de avaliação h) Decisão desfavorável quanto à atribuição do nú-
da conformidade com a legislação aplicável na área mero de controlo veterinário ou número de identificação
técnica da saúde e segurança no trabalho elaborado por individual, consoante se trate de operador no setor dos
entidade acreditada. géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal
ou do setor dos alimentos para animais, respetivamente,
4 — (Revogado.) quando tal atribuição seja exigível nos termos da legis-
5 — (Revogado.) lação aplicável;
6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada i) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
suspende-se na data em que é remetida à entidade co- arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
ordenadora a solicitação a que se referem os n.os 7 e 8 refere o n.º 2 do artigo 17.º
do artigo 21.º, retomando o seu curso após a data da
emissão do comprovativo eletrónico de regular instrução 5 — O título digital de instalação pode ser emitido
mencionado no n.º 12 do artigo 21.º antes da decisão final nos procedimentos de licença
ambiental, de título de utilização de recursos hídricos,
Artigo 24.º de título de emissão de gases com efeito de estufa, de
parecer ou licença de operação de gestão de resíduos,
Título digital de instalação
de atribuição do número de controlo veterinário ou do
1 — O título digital de instalação contém cópia inte- número de identificação individual e de autorização de
gral das pronúncias das entidades consultadas, incluindo equipamentos a instalar em estabelecimento industrial
das condições a observar pelo requerente na execução do abrangidos por legislação específica, que são apenas
projeto e na exploração do estabelecimento industrial, condição do título digital de exploração do estabele-
ou a menção do decurso do prazo para esse efeito. cimento.
2 — Quando das pronúncias das entidades consul- 6 — O título digital de instalação é emitido de forma
tadas resultem incompatibilidades suscetíveis de invia- eletrónica e automática pelo «Balcão do empreendedor»,
bilizarem a execução do projeto e ou a exploração do sendo enviada notificação ao requerente, à entidade
estabelecimento industrial, a entidade coordenadora coordenadora, à câmara municipal territorialmente com-
promove as ações necessárias à concertação de posições, petente, às entidades públicas consultadas, bem como às
para que, no prazo a que se refere o número seguinte, entidades cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo
as entidades consultadas procedam à eventual alteração do n.º 3 do artigo 23.º
das pronúncias no sentido da conciliação dos vários 7 — Verificando-se uma causa de não emissão do
interesses em presença. título digital de instalação, nos termos previstos no n.º 4,
3 — O título digital de instalação é emitido no prazo o «Balcão do empreendedor» envia notificação às enti-
máximo de 10 dias contados da verificação de uma das dades referidas no número anterior.
seguintes circunstâncias:
Artigo 25.º
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- Pedido de título digital de exploração
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o reque-
instalação do estabelecimento industrial; ou rente deve apresentar, no «Balcão do empreendedor»,
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- um pedido de emissão de título digital de exploração,
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- acompanhado dos respetivos elementos instrutórios,
missivos ou não permissivos necessários à instalação do nos termos definidos na portaria a que se refere o n.º 1
estabelecimento industrial, quando as entidades públicas do artigo 21.º
respetivas não se tenham pronunciado, sem prejuízo do 2 — Submetido o pedido nos termos no número an-
disposto no n.º 5. terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
4 — O título digital de instalação não é emitido pelo pedido de emissão de título digital de explora-
quando ocorra uma das seguintes circunstâncias: ção.
a) DIA desfavorável ou não conformidade do projeto 3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Bal-
de execução com a DIA, conforme inscrito no Título cão do empreendedor» emite, automática e imediata-
Único Ambiental (TUA); mente:
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa de-
inscrito no TUA; vida;
c) Indeferimento do pedido de aprovação do rela- b) Notificação da entidade coordenadora e das enti-
tório de segurança ou parecer negativo da APA, I. P., dades públicas consultadas que o procedimento iniciado
relativo à compatibilidade da localização, conforme se encontra disponível para verificação.
inscrito no TUA;
d) Indeferimento do pedido de título de emissão de 4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do
gases com efeito de estufa, inscrito no TUA; título digital de exploração é a data indicada no recibo
e) Indeferimento de título ou de decisão sobre o a que se refere a alínea a) do número anterior.
pedido de informação prévia de utilização de recurso 5 — (Revogado.)
hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA; 6 — (Revogado.)
f) Indeferimento do pedido de alvará de operação de 7 — (Revogado.)
gestão de resíduos, inscrito no TUA; 8 — (Revogado.)
g) (Revogada.) 9 — (Revogado.)
2348 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
técnica da saúde e segurança no trabalho elaborado por que contrariem ou não cumpram os condicionamentos
entidade acreditada. legais e regulamentares em vigor, desde que a pronúncia
da entidade consultada atribua a tais desconformidades
4 — (Revogado.) relevo suficiente para a não emissão do título digital de
5 — (Revogado.) instalação e exploração do estabelecimento industrial;
6 — O prazo para pronúncia da entidade consul- b) Indeferimento dos pedidos de título de emissão de
tada suspende-se na data em que é remetida à entidade gases com efeito de estufa, inscrito no TUA;
coordenadora a solicitação a que se refere o n.º 7 do c) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pe-
artigo 30.º, retomando o seu curso após a data da emis- dido de informação prévia de utilização de recursos
são do comprovativo eletrónico de regular instrução hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA;
mencionado no n.º 11 do mesmo artigo. d) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
gestão de resíduos, inscrito no TUA;
Artigo 32.º e) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
Título digital de instalação e exploração
arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
refere o n.º 2 do artigo 17.º
1 — A exploração de estabelecimento industrial de
tipo 2 só pode ter início após a emissão do título digital 6 — O título digital de instalação e exploração é
de instalação e exploração nos termos previstos nos emitido de forma eletrónica e automática pelo «Balcão
números seguintes. do empreendedor», sendo enviada notificação ao re-
2 — O título digital de instalação e exploração contém querente, à entidade coordenadora, à câmara municipal
cópia integral das licenças, autorizações, aprovações, territorialmente competente, às entidades públicas con-
registos, pareceres, atos permissivos ou não permissivos sultadas, bem como às entidades cuja consulta tenha sido
necessários à instalação e exploração do estabelecimento dispensada ao abrigo do n.º 3 do artigo anterior.
industrial ou a menção do decurso do prazo para esse 7 — O requerente pode iniciar a exploração do es-
efeito, e ainda, se aplicável, as condições a observar pelo tabelecimento industrial logo que seja emitido o título
requerente na instalação e exploração, sendo emitido digital de instalação e exploração e uma vez contratado
imediata e automaticamente após a verificação de uma o seguro de responsabilidade civil a que se refere o n.º 1
das seguintes circunstâncias: do artigo 4.º
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última 8 — O requerente deve comunicar à entidade co-
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- ordenadora a data de início da exploração com uma
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à antecedência não inferior a 5 dias, sendo tal comunica-
instalação e exploração do estabelecimento industrial; ou ção notificada automaticamente através do «Balcão do
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- empreendedor» a todas as entidades consultadas, bem
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- como às entidades cuja consulta tenha sido dispensada
missivos ou não permissivos necessários à instalação nos termos do n.º 3 do artigo 30.º
e exploração do estabelecimento industrial, quando as 9 — Verificando-se uma causa de não emissão do
entidades públicas respetivas não se tenham pronun- título digital de instalação e exploração, nos termos
ciado. previstos no n.º 5, o «Balcão do empreendedor» envia
notificação ao requerente e demais entidades referidas
3 — Quando não haja lugar a pronúncia da entidade no n.º 6.
pública competente nos termos no n.º 3 do artigo ante- 10 — (Revogado.)
rior, e não ocorrendo nenhuma das circunstâncias pre- 11 — (Revogado.)
vistas no n.º 5, o título digital de instalação e exploração 12 — (Revogado.)
é emitido imediata e automaticamente na data em que 13 — (Revogado.)
seja emitido o comprovativo de regular instrução, a que
se referem os n.os 8 e 11 do artigo 30.º Artigo 33.º
4 — Sempre que haja lugar a consultas, o título di- [...]
gital de instalação e exploração é emitido imediata e
automaticamente após a verificação de uma das seguin- 1 — A exploração de estabelecimento industrial
tes circunstâncias: de tipo 3 está sujeita ao regime de mera comunicação
prévia, sem prejuízo de o interessado poder optar pela
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última sujeição ao procedimento aplicável aos estabelecimen-
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- tos de tipo 2, com vista à obtenção, de forma integrada,
res favoráveis (ou se desfavoráveis, não vinculativos), dos títulos necessários à exploração do estabelecimento
outros atos permissivos ou não permissivos emitidos industrial.
pelas entidades consultadas; 2 — Para os efeitos previstos na parte final do nú-
b) No termo do prazo para a pronúncia das entida- mero anterior, deve o interessado manifestar, no «Balcão
des públicas consultadas, sempre que alguma daquelas
do empreendedor», a opção referida e identificar no
entidades não se pronuncie.
formulário correspondente as entidades a consultar para
efeitos de obtenção dos títulos aplicáveis, cumprindo-se
5 — O título digital de instalação e exploração não o disposto na secção III do presente capítulo.
é emitido quando ocorra uma das seguintes circuns-
3 — O procedimento de mera comunicação prévia
tâncias:
consiste na inserção, no «Balcão do empreendedor», dos
a) Desconformidade das características e especifica- dados necessários à caracterização do estabelecimento
ções do estabelecimento industrial descritas no pedido industrial e respetiva atividade, bem como do título
2350 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
de restauração e bebidas, a respetiva exploração esteja 7 — Os resultados da vistoria são registados em auto
sujeita a procedimento de mera comunicação prévia. de vistoria, em formato eletrónico e ou em papel, do
2 — No caso de secções acessórias referidas no nú- qual devem constar os seguintes elementos:
mero anterior, cuja exploração, à luz da legislação apli-
cável ao acesso e exercício da atividade de comércio e a) Validação dos elementos instrutórios a que se re-
de restauração e bebidas, esteja sujeita a procedimento fere o n.º 1 do artigo anterior;
de autorização, o industrial pode optar pela obtenção b) Conformidade ou desconformidade do estabe-
dessa autorização no quadro dos procedimentos pre- lecimento industrial com os condicionamentos legais
vistos no SIR. e regulamentares, com o projeto aprovado e com as
3 — Nas situações previstas no número anterior, a condições integradas no título digital de instalação;
obtenção da autorização aí referida é desencadeada pela c) Identificação das desconformidades que necessi-
entidade coordenadora do procedimento SIR junto da tam de correção;
entidade competente para a sua emissão, aplicando-se o d) Posição sobre a procedência ou improcedência de
procedimento com vistoria, exceto nos casos em que o reclamações apresentadas na vistoria;
estabelecimento industrial e respetiva secção acessória e) Proposta de decisão final sobre o pedido de título
não careçam de vistoria prévia à exploração, à face dos digital de exploração.
regimes jurídicos que lhe são aplicáveis.
4 — A existência de secção acessória em estabele- 8 — Quando a proposta de indeferimento se fundar
cimento industrial é automaticamente comunicada à em desconformidade das instalações industriais com
Direção-Geral das Atividades Económicas, através do condicionamentos legais e regulamentares ou com as
«Balcão do empreendedor», aquando da emissão do condições fixadas, ainda que por remissão, no título
título digital do estabelecimento industrial. digital de instalação, o auto de vistoria deve indicar
as razões pelas quais aquela desconformidade assume
Artigo 25.º-A relevo suficiente para a não emissão do título digital
de exploração.
Vistoria prévia ao início da exploração 9 — Se as desconformidades identificadas forem
1 — A vistoria prévia ao início da exploração de passíveis de correção em prazo razoável deve o auto de
estabelecimento industrial tem lugar dentro dos trinta vistoria propor a emissão de título digital de explora-
dias subsequentes à data de apresentação do pedido de ção condicionado à execução das correções necessárias
emissão do título digital de exploração. dentro de um prazo razoável ou ao cumprimento das
2 — A data para a realização da vistoria é comuni- condições constantes do mesmo.
cada, com a antecedência mínima de 10 dias, pela enti- 10 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos
dade coordenadora ao requerente e a todas as entidades intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as
consultadas ao abrigo do artigo 23.º, as quais devem respetivas declarações individuais, devidamente assina-
designar os seus representantes e indicar os técnicos e ou das, sendo submetido pela entidade coordenadora no
peritos que as representarão, podendo ainda a entidade «Balcão do empreendedor» no último dia de realização
coordenadora, caso considere conveniente, convocar da vistoria ou nos cinco dias subsequentes à conclusão
outros técnicos e peritos. da mesma e disponibilizado ao requerente e às entidades
3 — A vistoria é agendada pela entidade coordena- intervenientes.
dora, após articulação com as entidades intervenientes, 11 — Não sendo realizada a vistoria no prazo refe-
e pode ter lugar em: rido no n.º 1 por motivo não imputável ao requerente,
este, sem prejuízo dos meios graciosos e contenciosos
a) Dias fixos, e neste caso implica a presença conjunta ao seu dispor, pode recorrer a entidades acreditadas
e simultânea no estabelecimento industrial dos represen- para proceder à sua realização, devendo observar, as
tantes, técnicos e peritos referidos no número anterior; seguintes condições:
b) Qualquer dia de determinado período, que não deve
exceder uma semana, e, neste caso, os representantes, a) Ser conduzida por uma ou mais entidades acredi-
técnicos e peritos referidos no número anterior podem tadas nos termos previstos no capítulo VI;
executar as respetivas missões em dias diferentes dentro b) Observar o disposto nos n.os 7, 8 e 9.
do período determinado, sem necessidade da presença
simultânea de todos no estabelecimento industrial. 12 — As entidades acreditadas que tenham proce-
dido à vistoria disponibilizam o respetivo resultado
4 — Decorrido o prazo previsto no n.º 1 para a reali- no «Balcão do empreendedor», dentro dos cinco dias
zação da vistoria sem que esta seja realizada, por motivo subsequentes à sua realização.
não imputável ao requerente, as entidades beneficiárias
da taxa a que se refere o n.º 2 do artigo anterior proce- Artigo 25.º-B
dem à devolução ao requerente do valor correspondente. Título digital de exploração
5 — Se, após a apresentação do pedido de título di-
gital de exploração for também determinada a realiza- 1 — A exploração de estabelecimento industrial só
ção de vistoria no âmbito do RJUE, o requerente pode pode ter início após a emissão do título digital de explo-
solicitar à entidade coordenadora que seja agendada ração nos termos previstos nos números seguintes.
uma única vistoria, para a qual é convocada a câmara 2 — O título digital de exploração contém cópia in-
municipal competente nos termos do n.º 2. tegral das licenças, autorizações, aprovações, registos,
6 — A realização de uma vistoria única nos termos pareceres, atos permissivos ou não permissivos neces-
do número anterior não prejudica o disposto no n.º 6 do sários à exploração do estabelecimento industrial ou a
artigo 65.º do RJUE. menção do decurso do prazo a que se refere o número
2360 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
seguinte, e ainda, se aplicável, as condições a observar entidades públicas consultadas, bem como às entidades
pelo requerente na exploração, sendo emitido imediata cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3
e automaticamente após a verificação de uma das se- do artigo 23.º
guintes circunstâncias: 8 — O requerente pode iniciar a exploração do es-
tabelecimento industrial logo que seja emitido o título
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última digital de exploração e uma vez contratado o seguro de
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- responsabilidade civil a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à 9 — O requerente deve comunicar à entidade co-
exploração do estabelecimento industrial; ou ordenadora a data de início da exploração com uma
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, auto- antecedência não inferior a cinco dias, sendo tal comu-
rizações, aprovações, registos, pareceres ou atos permis- nicação notificada automaticamente através do «Balcão
sivos ou não permissivos necessários à exploração do do empreendedor» a todas as entidades consultadas, bem
estabelecimento industrial, quando as entidades públicas como às entidades cuja consulta tenha sido dispensada
respetivas não se tenham pronunciado. nos termos do n.º 3 do artigo 23.º
10 — Verificando-se uma causa de não emissão do
3 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, título de exploração, nos termos previstos no n.º 6, o
pareceres, atos permissivos ou não permissivos neces- «Balcão do empreendedor» envia notificação ao reque-
sários à exploração do estabelecimento industrial são rente e demais entidades referidas no n.º 7.
emitidas no prazo de 10 dias contados da realização da
vistoria a que se refere o artigo anterior. Artigo 39.º-A
4 — Se o auto de vistoria evidenciar que as condições
de exploração do estabelecimento industrial não estão Apreciação prévia
conformes com o projeto aprovado ou com as condições 1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, o
estabelecidas no título digital de instalação do estabe- requerente deve submeter à entidade coordenadora pe-
lecimento industrial, mas as mesmas forem passíveis dido de apreciação prévia sobre o tipo de procedimento
de correção em prazo razoável, é emitido título digital aplicável à alteração do estabelecimento, acompanhado
de exploração condicionado à execução das correções dos elementos instrutórios definidos na portaria referida
necessárias dentro do prazo fixado no auto de vistoria, no n.º 1 do artigo 21.º, sempre que:
findo o qual é agendada nova vistoria, aplicando-se o
disposto no artigo 36.º a) Esteja em causa uma «alteração de projeto», cuja
5 — O disposto no número anterior é aplicável igual- submissão a AIA deva ser decidida com base numa
mente aos casos de medidas de correção de situações de análise caso a caso, à luz do RJAIA;
não cumprimento que sejam expressas nos autos de vis- b) Esteja em causa uma «alteração de exploração»
toria, ou no relatório técnico das entidades acreditadas, para efeitos de licença ambiental, suscetível de ser
sempre que tais medidas não constituam fundamento de abrangida pelo disposto no n.º 1 artigo 19.º do REI;
não emissão do título digital de exploração nos termos c) Esteja em causa uma alteração que possa suscitar
do número seguinte. um aumento relevante da perigosidade do estabeleci-
6 — O título digital de exploração não é emitido mento, para efeitos de RPAG.
quando ocorra uma das seguintes circunstâncias:
2 — O pedido de apreciação prévia é apresentado no
a) Desconformidade das instalações industriais com «Balcão do empreendedor», o qual emite, automática
condicionamentos legais e regulamentares ou com as e imediatamente:
condições constantes do título digital de instalação desde
que o auto de vistoria ou o relatório técnico de entidade a) Comprovativo da data do pedido;
acreditada lhes atribua relevo suficiente; b) Notificação da entidade coordenadora e, se for caso
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental, disso, das entidades públicas a consultar, informando
inscrito no TUA; que o procedimento iniciado se encontra disponível
c) Indeferimento de título de emissão de gases com para verificação.
efeito de estufa, inscrito no TUA;
d) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pe- 3 — Nas situações previstas nas alíneas a) a c) do
dido de informação prévia de utilização dos recursos n.º 1, são entidades de consulta obrigatória:
hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA; a) A APA, I. P., e a CCDR territorialmente compe-
e) Indeferimento do pedido de alvará de operação de tente, no caso da alínea a), sendo responsável pela emis-
gestão de resíduos, inscrito no TUA; são de parecer apenas aquela dessas entidades que cons-
f) Falta de decisão ou decisão desfavorável quanto à titua autoridade de AIA no projeto em apreciação;
atribuição do número de controlo veterinário ou número b)AAPA, I. P., nos casos abrangidos pelas alíneas b) e c).
de identificação individual, consoante se trate de opera-
dor no setor dos géneros alimentícios ou subprodutos de 4 — As entidades a consultar pronunciam-se no prazo
origem animal ou do setor dos alimentos para animais de 20 dias contado da data da receção do pedido.
respetivamente, quando tal atribuição seja exigível nos 5 — No prazo de cinco dias contados da disponibi-
termos da legislação aplicável. lização no «Balcão do empreendedor» do último dos
pareceres das entidades consultadas ou, não tendo estes
7 — A emissão de título digital de exploração é noti- sido emitidos, da data correspondente ao último dia
ficada, de forma eletrónica e automática, pelo «Balcão do prazo previsto para a respetiva emissão, a entidade
do empreendedor», ao requerente, à entidade coordena- coordenadora notifica o requerente, através do «Balcão
dora, à câmara municipal territorialmente competente, às do Empreendedor», do arquivamento do pedido, ou, no
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2361
caso de este não se encontrar devidamente instruído, de b) A subsecção IV da secção I, passa a ser composta pelos
estar a alteração sujeita: artigos 17.º, 18.º, 19.º, 19.º-A e 19.º-B;
c) A secção II, passa a denominar-se «Procedimento de
a) A procedimento com vistoria prévia, caso a al-
instalação e exploração com realização de vistoria prévia»,
teração em causa se enquadre no disposto no n.º 1 do
e a ser composta pelos artigos 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º,
artigo 39.º; ou
25.º, 25.º-A e 25.º-B;
b) A procedimento sem vistoria prévia, caso a alte-
d) A secção III, passa a denominar-se «Procedimento de
ração em causa, embora não abrangida pelo disposto instalação e exploração sem realização de vistoria prévia»;
no número anterior, se enquadre no disposto no n.º 3 e) A secção IV, passa a denominar-se «Procedimento de
do artigo 39.º; mera comunicação prévia»;
c) A procedimento de mera comunicação prévia, nos f) A subsecção I da secção V, passa a denominar-se «Vis-
restantes casos. torias de conformidade e reexame», e a ser composta pelos
artigos 35.º, 36.º e 37.º;
6 — Na data da notificação referida no número an- g) A subsecção II da secção V, passa a denominar-se
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática «Suspensão, reinício e cessação da atividade industrial».
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
pelo procedimento de alteração em causa. Artigo 6.º
7 — Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 5,
a submissão do pedido de apreciação prévia dispensa Norma transitória
a apresentação posterior de qualquer pedido ou mera 1 — O industrial que, à data da entrada em vigor do pre-
comunicação prévia, considerando-se tal apresentação sente decreto-lei, possua título habilitante para o exercício
como efetuada na data indicada no comprovativo de da atividade industrial que tenha sido emitido anterior-
pagamento da taxa referida no número anterior. mente à data entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 209/2008,
8 — Os elementos instrutórios que acompanham o de 28 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 24/2010,
pedido de apreciação prévia são definidos na portaria de 25 de março, e 169/2012, de 1 de agosto, ou que tendo
referida no n.º 1 do artigo 21.º sido emitido posteriormente a este diploma, não tenha o
9 — A falta de decisão da entidade coordenadora no devido suporte digital, pode solicitar, através do «Balcão
prazo estipulado no n.º 5 ou a notificação pela mesma do empreendedor», que este lhe seja disponibilizado sob o
de estar a alteração sujeita a procedimento de mera formato digital, cabendo à entidade coordenadora detentora
comunicação prévia, habilita o industrial a executar a da informação relevante a inserção no sistema informático
alteração do estabelecimento sem mais formalidades. do título solicitado, no prazo de 30 dias contado da data
10 — O disposto no número anterior não se aplica do pedido.
sempre que tenha havido pronúncia expressa das entida- 2 — Enquanto não se encontrar disponível no «Balcão
des consultadas, no prazo legalmente estipulado, quanto do empreendedor» a funcionalidade referida no número
à necessidade de ser desencadeado procedimento, com anterior, o industrial deve disponibilizar à entidade coor-
ou sem realização de vistoria prévia. denadora e às entidades com competências de fiscalização
e de controlo oficial, após solicitação, um processo organi-
Artigo 83.º-A zado e atualizado sobre os procedimentos de licenciamento
Reação contenciosa respeitantes à instalação, exploração do estabelecimento
industrial bem como as alterações efetuadas.
Os títulos digitais, bem como cada um dos atos, in-
cluindo licenças, autorizações, aprovações, pareceres, Artigo 7.º
registos ou outros atos permissivos emitidos pelas en-
tidades consultadas no âmbito dos procedimentos para Disposições finais
a emissão de títulos digitais previstos no SIR, podem 1 — As adaptações necessárias à implementação das
ser objeto de reação contenciosa, considerando-se os funcionalidades do «Balcão do empreendedor» previstas
mesmos como atos com eficácia externa, para os efei- no SIR são desenvolvidas pela Agência para a Moderni-
tos do artigo 51.º do Código de Processo nos Tribunais zação Administrativa, I. P. (AMA, I. P.), e por esta im-
Administrativos.» plementadas até à data de entrada em vigor do presente
decreto-lei.
Artigo 4.º 2 — Os encargos com adaptações referidas no nú-
Alteração aos anexos I, II, III e IV do Sistema mero anterior são suportados em partes iguais pelo IAP-
da Indústria Responsável MEI — Agência para a Competitividade e Inovação, I. P.,
e pela AMA, I. P.
Os anexos I, II, III e IV do SIR passam a ter a redação
3 — Os atos relativos aos procedimentos previstos no
constante do anexo I ao presente decreto-lei e do qual faz
SIR que dependam das adaptações a que se refere o n.º 1
parte integrante.
são praticados pelas entidades competentes no «Balcão do
empreendedor» no prazo aí referido.
Artigo 5.º
4 — Decorrido o prazo referido no número anterior, não
Alteração sistemática é possível cobrar qualquer taxa, contribuição, emolumento,
preço, tarifa ou outro valor, seja a que título for, pela emis-
São introduzidas as seguintes alterações à organização
são da licença, autorização, aprovação, parecer e outro ato
sistemática do capítulo III do SIR:
permissivo ou não permissivo de que dependa a instalação
a) A subsecção II da secção I, passa a denominar-se ou exploração da atividade industrial sem que a prática de
«Entidades intervenientes»; todos os atos relativos aos respetivos procedimentos seja
2362 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
realizada através do «Balcão do empreendedor», ressalva- aplicam-se aos processos iniciados após a data da sua
das as situações de indisponibilidade temporária atestada entrada em vigor.
pela AMA, I. P. 2 — A requerimento do interessado ou por iniciativa da
5 — Os protocolos referidos no n.º 5 do artigo 7.º-A do entidade coordenadora, salvo oposição expressa daquele,
SIR são celebrados no prazo de 90 dias a contar da data manifestada no prazo máximo de 30 dias contados da
de publicação do presente decreto-lei. data da comunicação da entidade coordenadora esta pode
6 — A funcionalidade a que se refere a alínea s) do determinar que aos processos pendentes se passe a aplicar
n.º 3 do artigo 7.º-C do SIR fica condicionada ao desen- o regime constante do presente decreto-lei, cabendo à
volvimento e implementação do Sistema Nacional de In- mesma estabelecer qual o procedimento a que o processo
formação Territorial. fica sujeito.
3 — Se a aplicação do disposto no número anterior
Artigo 8.º conduzir à alteração da entidade coordenadora competente,
Regulamentação a entidade coordenadora inicial comunica oficiosamente
tal facto à nova entidade coordenadora e disponibiliza-lhe
As portarias a que se referem o artigo 4.º, o n.º 5 do ar- o processo através do «Balcão do empreendedor».
tigo 6.º, o n.º 1 do artigo 21.º, o n.º 1 do artigo 46.º e o n.º 2
do artigo 80.º do SIR são publicadas no prazo de 90 dias Artigo 12.º
contados da data de publicação do presente decreto-lei.
Entrada em vigor
Artigo 9.º O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de junho
Norma revogatória de 2015.
São revogados: Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 de
os os
janeiro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
a) Os n. 4 e 5 do artigo 3.º, o n.º 4 do artigo 4.º, os n. 2 Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela Ma-
e 4 do artigo 7.º, os n.os 2 a 6 do artigo 9.º, os n.os 4 e 5 do ria Pinto de Miranda Rodrigues — Luís Miguel Poia-
artigo 10.º, as alíneas a), b) e c) do n.º 3 do artigo 11.º, res Pessoa Maduro — António de Magalhães Pires de
a alínea c) do n.º 4 e o n.º 6 do artigo 13.º, as alíneas b) Lima — Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva — Paulo
e e) do artigo 14.º, os n.os 2 e 3 do artigo 15.º, os n.os 2 José de Ribeiro Moita de Macedo.
e 3 do artigo 20.º, o n.º 4 do artigo 22.º, os n.os 4 e 5 do
artigo 23.º, a alínea g) do n.º 4 do artigo 24.º, os n.os 5 Promulgado em 23 de abril de 2015.
a 14.º do artigo 25.º, os artigos 26.º a 29.º, o n.º 12 do Publique-se.
artigo 30.º, os n.os 4 e 5 do artigo 31.º, os n.os 10 a 13.º do
artigo 32.º, o artigo 35.º, o n.º 2 do artigo 36.º, o n.º 3 do O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
artigo 37.º, o n.º 2 do artigo 39.º, o artigo 40.º, o artigo 41.º, Referendado em 24 de abril de 2015.
o artigo 42.º, a alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º, os n.os 2
a 4 do artigo 61.º, os n.os 3 e 4 do artigo 62.º, o n.º 2 do O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
artigo 63.º, o n.º 2 do artigo 64.º, o n.º 4 do artigo 65.º, o
n.º 2 do artigo 70.º, a alínea c) do n.º 1 do artigo 71.º, as ANEXO I
alíneas b) e o) do n.º 2 do artigo 75.º, as alíneas d), g), h),
i), j), l) e m) do n.º 1 e os n.os 3, 4 e 5 do artigo 79.º, os (a que se refere o artigo 4.º)
n.os 3 a 8 do artigo 80.º, o artigo 84.º e o anexo V do SIR;
b) As colunas do quadro que integra a parte 1 do «ANEXO I
anexo I ao SIR, contendo as referências ao grupo e à classe
das atividades económicas ali apresentadas nos termos da Atividade industrial
Classificação das Atividades Económicas (CAE-Rev.3),
aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de no- [a que se refere o n.º 3 do artigo 1.º e a alínea a)
vembro; do artigo 2.º]
c) A referência às atividades económicas incluídas na
subclasse 09900 da Classificação das Atividades Económi- Parte 1 — Atividade industrial
cas (CAE-Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007,
de 14 de novembro, e respetiva designação, constante da Considera-se atividade industrial, nos termos da
Secção B — Indústrias Extrativas da Parte 1 do anexo I alínea a) do artigo 2.º do Sistema da Indústria Respon-
ao SIR. sável, as atividades económicas que são incluídas nas
subclasses da Classificação Portuguesa das Atividades
Artigo 10.º Económicas (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-
Republicação Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, que seguidamente
É republicado no anexo II ao presente decreto-lei, que se apresentam:
dele faz parte integrante, o SIR, aprovado em anexo ao
Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, com a redação Secção B — Indústrias extrativas
atual.
Artigo 11.º Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Aplicação no tempo
05100 Extração de hulha (inclui Beneficiação de hulha (in-
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as antracite). clui antracite).
alterações introduzidas pelo presente decreto-lei ao SIR 05200 Extração de lenhite . . . Beneficiação de lenhite.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2363
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
(1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio
10130 Preparação e conservação de produ- urbano.
tos à base de carne e preparação
de enchidos, ensacados e simila- B
res . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg
10201 Preparação de produtos da pesca e Estabelecimentos industriais a que se refere a alínea a)
da aquicultura . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg do n.º 3 do artigo 18.º
10203 Preparação e conservação de peixe
e outros produtos do mar . . . . . . (1) 2 000 kg Estabelecimentos industriais com potência elétrica
10204 Salga, secagem e outras transfor- igual ou inferior a 99 kVA, potência térmica não superior
mações de produtos da pesca e
aquicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . (1) 2 000 kg a 4×106 kJ/h e número de trabalhadores não superior a
10310 Preparação e conservação de bata- 20, onde são exercidas as atividades económicas que
tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg seguidamente se identificam, na sua designação co-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2371
}
enchidos, ensacados e pratos pré-cozinhados.
similares. 10860 Fabricação de alimentos Todas.
10201 Preparação de produtos homogeneizados e die-
da pesca e da aquicul- téticos.
tura. 10891 Fabricação de fermentos, Todas.
10202 Congelação de produtos leveduras e adjuvantes
da pesca e da aquicul- Preparação e conservação para panificação e pas-
tura. de peixe e outros produ- telaria.
10203 Conservação de produtos tos do mar. 10892 Fabricação de caldos, so- Todas.
da pesca e da aquicul- pas e sobremesas.
tura em azeite e outros 10893 Fabricação de outros pro- Todas.
óleos vegetais e outros dutos alimentares diver-
molhos. sos, n. e.
10204 Salga, secagem e outras Todas (1). 11011 Fabricação de aguardentes Produção de aguardentes
transformações de pro- preparadas. vínicas (1).
dutos da pesca e aqui- 11013 Produção de licores e de Produção de licores, xaro-
cultura. outras bebidas destila- pes e aguardentes não
10310 Preparação e conservação Todas. das. vínicas.
de batatas. 11021 Produção de vinhos co- Todas.
10320 Fabricação de sumos de Todas. muns e licorosos.
frutas e de produtos 11030 Produção de cidra e outros Todas.
hortícolas. produtos fermentados.
10391 Congelação de frutos e de Todas. 11050 Fabricação de cerveja. Todas.
produtos hortícolas. 13101 Preparação e fiação de fi- Todas.
10392 Secagem e desidratação Preparação de frutos secos bras do tipo algodão.
de frutos e de produtos e secados, incluindo os 13102 Preparação e fiação de fi- Todas.
hortícolas. silvestres. bras do tipo lã.
10393 Fabricação de doces, com- Todas. 13103 Preparação e fiação da Preparação e fiação de fi-
potas, geleias e marme- seda e preparação e tex- bras têxteis.
lada. turização de filamentos
10394 Descasque e transforma- Todas. sintéticos e artificiais.
ção de frutos de casca 13105 Preparação e fiação de Preparação e fiação de fi-
rija comestíveis. fibras do tipo linho e bras têxteis.
10395 Preparação e conservação Todas. outras fibras têxteis.
de frutos e de produtos 13201 Tecelagem de fio do tipo Todas.
hortícolas por outros algodão.
processos. 13202 Tecelagem de fio do tipo Todas.
10411 Produção de óleos e gordu- Todas (1). lã.
ras animais brutos. 13203 Tecelagem de fio do tipo Todas.
10412 Produção de azeite. Todas. seda e outros têxteis.
10413 Produção de óleos vegetais Todas (1). 13920 Fabricação de artigos têx- Confeção de bonecos de
brutos (exceto azeite). teis confecionados, ex- pano e de artigos têxteis
10414 Refinação de azeite, óleos Todas (1). ceto vestuário. para o lar.
e gorduras. 13930 Fabricação de tapetes e Todas.
10420 Fabricação de margarinas Todas (1). carpetes.
e de gorduras alimenta- 13941 Fabricação de cordoaria. Todas (inclui arte de mari-
res similares. nharia e outros objetos de
10510 Indústrias do leite e deri- Todas. corda).
vados. 13961 Fabricação de passamana- Passamanaria.
10520 Fabricação de gelados e Todas. rias e sirgarias.
sorvetes. 13991 Fabricação de bordados. Todas.
10611 Moagem de cereais. Todas (1). 13992 Fabricação de rendas. Todas.
10612 Descasque, branqueamento Todas (1). 14110 Confeção de vestuário em Todas.
e outros tratamentos do couro.
arroz. 14120 Confeção de vestuário de Todas.
10613 Transformação de cereais e Todas (1). trabalho.
leguminosas, n. e. 14132 Confeção de outro ves- Todas.
10620 Fabricação de amidos, fé- Todas (1). tuário exterior por me-
culas e produtos afins. dida.
10711 Panificação. Todas. 14190 Confeção de outros artigos Todas.
10712 Pastelaria. Todas. e acessórios de vestuá-
10720 Fabricação de bolachas, Todas. rio.
biscoitos, tostas e pas- 14310 Fabricação de meias e si- Todas.
telaria de conservação. milares de malha.
10730 Fabricação de massas Todas. 14390 Fabricação de outro vestu- Todas.
alimentícias, cuscuz e ário de malha.
similares. 15111 Curtimenta e acabamento Gravura em pele; douradura
10810 Indústria do açúcar. Todas (1). de peles sem pelo. em pele.
2372 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
Subclasse Subclasse
Designação CAE Atividade produtiva Designação CAE Atividade produtiva
CAE CAE
15120 Fabricação de artigos de Todas. 25991 Fabricação de louça me- Latoaria; arte de trabalhar
viagem e de uso pessoal, tálica e artigos de uso cobre, latão, estanho,
de marroquinaria, de doméstico. bronze.
correeiro e de seleiro. 25992 Fabricação de outros pro- Latoaria; arte de trabalhar
15201 Fabricação de calçado. Todas. dutos metálicos diver- cobre, latão, estanho,
16230 Fabricação de outras obras Carpintaria para construção sos, n. e. bronze.
de carpintaria para a tradicional. 27400 Fabricação de lâmpadas Fabrico de quebra luzes
construção. elétricas e de outro (abat-jours).
16291 Fabricação de outras obras Carpintaria agrícola, car- equipamento de ilumi-
de madeira. pintaria de cena. nação.
16291 Fabricação de outras obras Todas. 31020 Fabricação de mobiliário Marcenaria.
de madeira. de cozinha.
16292 Fabricação de obras de Cestaria, esteiraria, ca- 31030 Fabricação de colchoaria Todas.
cestaria e de espartaria. pacharia, chapelaria, 31091 Fabricação de mobiliário Marcenaria; arte de cadei-
empalhamento, arte de de madeira para outros reiro; estofador.
croceiro, confeção de fins.
bonecos em folhas de 31093 Fabricação de mobiliário Fabrico de mobiliário de
milho. de outros materiais para vime ou similar.
16295 Fabricação de outros pro- Arte de trabalhar cortiça. outros fins.
dutos de cortiça. 32121 Fabricação de filigranas. Ourivesaria — filigrana.
17120 Fabricação de papel e de Fabrico de papel. 32122 Fabricação de artigos de Ourivesaria — prata cinze-
cartão (exceto cane- joalharia e de outros ar- lada; joalharia.
lado). tigos de ourivesaria.
17212 Fabricação de outras em- Cartonagem. 32130 Fabricação de bijutarias. Todas.
balagens de papel e de 32200 Fabricação de instrumen- Todas.
cartão. tos musicais.
17290 Fabricação de outros arti- Arte de trabalhar papel. 32300 Fabricação de artigos de Fabrico de aparelhos de
gos de pasta de papel, de desporto. pesca.
papel e de cartão. 32400 Fabricação de jogos e de Todas (inclui fabrico de
20411 Fabricação de sabões, de- Todas. brinquedos. miniaturas).
tergentes e glicerina. 32910 Fabricação de vassouras, Todas.
20420 Fabricação de perfumes, Todas. escovas e pincéis.
de cosméticos e de pro- 32995 Fabricação de caixões Todas.
dutos de higiene. mortuários em madeira.
23132 Cristalaria. Arte de trabalhar cristal. 32996 Outras indústrias transfor-
Fabrico de perucas; taxi-
23190 Fabricação e transforma- Arte de trabalhar o vidro madoras diversas, n. e. dermia (arte de embal-
ção de outro vidro (in- (inclui arte do vitral). samar); fabrico de flores
clui vidro técnico). artificiais; fabrico de
23311 Fabricação de azulejos. Cerâmica de construção registos e similares; fa-
tradicional. brico de adereços e en-
23312 Fabricação de ladrilhos, Cerâmica de construção feites de festa; fabrico de
mosaicos e placas de tradicional. objetos em cera; fabrico
cerâmica. de objetos em osso, chi-
23321 Fabricação de tijolos. Cerâmica de construção fre e similares; fabrico
tradicional. de objetos em materiais
23322 Fabricação de telhas. Cerâmica de construção sintéticos.
tradicional. 33110 Reparação e manutenção Todas.
23323 Fabricação de abobadi- Cerâmica de construção de produtos metálicos
lhas. tradicional. (exceto máquinas e
23411 Olaria de barro. Todas. equipamentos).
23414 Atividades de decoração Pintura cerâmica. 33120 Reparação e manutenção Todas.
de artigos cerâmicos de de máquinas e equipa-
uso doméstico e orna- mentos.
mental. 33130 Reparação e manutenção Todas.
23521 Fabricação de cal. Fabrico de cal não hidráu- de equipamento eletró-
lica. nico e ótico.
23690 Fabricação de outros pro- Arte de trabalhar o gesso. 33140 Reparação e manutenção Todas.
dutos de betão, gesso e de equipamento elé-
cimento. trico.
23701 Fabricação de artigos de Escultura em pedra; can- 35302 Produção de gelo. Todas.
mármore e de rocha si- taria. 56210 Fornecimento de refeições Todas.
milares. para eventos.
23702 Fabricação de artigos em Arte de trabalhar ardósia. 56290 Outras atividades de ser- Todas.
ardósia (lousa). viço de refeições.
23703 Fabricação de artigos de Escultura em pedra; can-
granito e de rocha, n. e. taria. (1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio urbano.
25120 Fabricação de portas, jane- Fabrico de portas, janelas e
las e elementos simila- elementos similares.
res em metal, n. e. ANEXO II
25501 Fabricação de produtos Todas.
forjados, estampados e
laminados. Fatores de conversão e coeficientes de equivalência
25710 Fabricação de cutelaria. Todas.
25731 Fabricação de ferramentas Todas. 1 — Coeficientes de equivalência a utilizar:
manuais.
25931 Fabricação de produtos de Todas. 1 kVA = 0,96 kW;
arame. 1 kcal = 4,18 kJ.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2373
05100, 05200, 07100, 07210, 07290, 08111, 08112, 08113, Todos os tipos . . . . Direção-Geral de Energia e Geologia.
08114, 08115, 08121, 08920, 08992, 11071, 19201, 19202,
24410, 24430, 24440, 24450 e 24460.
08931,10110 a 10412, 10510 e 1089310911 a 10920, 11011 a Tipos 1 e 2 . . . . . . . Direção Regional de Agricultura territorialmente competente
11013, 11021 a 11030,35302, 56210 e 56290. ou entidade gestora de ZER.
Tipo 3 . . . . . . . . . . . Câmara municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
Subclasses previstas na secção 1 do Anexo I e não identificadas Tipos 1 e 2 . . . . . . . IAPMEI, I. P., ou entidade gestora de ZER.
nas linhas anteriores desta coluna Tipo 3 . . . . . . . . . . . Câmara municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
ANEXO IV
Regimes/circunstâncias Prazos
1 — Os prazos máximos para pronúncias a que se refe-
rem a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º, a alínea e) do n.º 1
do artigo 16.º, o n.º 1 do artigo 23.º e o n.º 1 do artigo 31.º • Título de utilização de recursos hídricos (8) . . . . . . . . . 22 dias
são os constantes do quadro seguinte: • Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 25 dias
1.
• Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 15 dias
Regimes/circunstâncias Prazos 2.
(1) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei n.º
151-B/2013, de 31 de outubro.
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — De- 80 dias (2) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei n.º
claração de impacte ambiental (DIA) em fase de projeto 151-B/2013, de 31 de outubro.
(3) Regime jurídico de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, aprovado
de execução (1). pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho,
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — Re- 50 dias (4) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à prevenção e controlo integrados
latório de conformidade ambiental do projeto de execução da poluição, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
com a DIA (RECAPE) (2). (5) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à incineração e coincineração de
resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias pe- 80 dias (6) Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008,
rigosas (3) — parecer relativo ao relatório de segurança. de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009,
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias 30 dias de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho.
(7) Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março, que aprova o regime CELE.
perigosas (3) — parecer relativo à compatibilidade de lo- (8) Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada pelos De-
calização. cretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 60/2012, de 14 de março.
• Licença ambiental associada a estabelecimento industrial 80 dias
não sujeito a avaliação de impacte ambiental . . . . . . . 2 — A redução dos prazos máximos para pronúncias a
• Licença ambiental com DIA em simultâneo (4) . . . . . . 90 dias
• Licença ambiental com RECAPE em simultâneo (4) 60 dias que se refere a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º é efetuada
• Operação de gestão de resíduos — regime de incineração 50 dias de acordo com as seguintes regras:
(5).
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime 50 dias a) Tratando-se de estabelecimento ao qual é aplicável o
geral. regime jurídico de avaliação de impacte ambiental apro-
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime 30 dias vado pelo Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro
simplificado.
• Título de emissão de gases com efeito de estufa (7) . . . 30 dias (RJAIA), ou o regime jurídico de acidentes graves que en-
volvam substâncias perigosas, aprovado pelo Decreto-Lei
2374 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
n.º 254/2007, de 12 de julho (RPAG), o prazo é reduzido vi) Regime do comércio europeu de licenças de emissão
em um quarto; de gases com efeitos de estufa (CELE);
b) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao
qual existe a necessidade de obtenção de título de emissão b) Regime jurídico respeitante à saúde e segurança no
de gases com efeitos de estufa previsto no Decreto-Lei trabalho;
n.º 38/2013, de 15 de março, o prazo é reduzido em um c) Regime jurídico relativo à exploração de atividade
terço; agroalimentar que utilize matéria-prima de origem animal
c) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao não transformada, de atividade que envolva a manipula-
qual é aplicável o regime jurídico da prevenção e controlo ção de subprodutos de origem animal, ou de atividade de
integrado de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo fabrico de alimentos para animais;
II do Regime das Emissões Industriais (REI), aprovado d) Procedimentos relativos aos projetos de eletricidade
pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, o prazo e de produção de energia térmica;
é reduzido em metade; e) Regime de instalação, funcionamento, reparação e
d) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao alteração de equipamentos sob pressão.
qual são aplicáveis o regime de operação de gestão de
resíduos (regime de incineração) previsto no Decreto-Lei 2 — O SIR tem como objetivos:
n.º 127/2013, de 30 de agosto, e regimes de operação de a) Prevenir os riscos e inconvenientes resultantes da
gestão de resíduos previstos no Decreto-Lei n.º 178/2006, exploração dos estabelecimentos industriais, com vista
de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, a salvaguardar a saúde pública e a dos trabalhadores, a
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezem- segurança de pessoas e bens, a segurança e saúde nos
bro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, locais de trabalho, a qualidade do ambiente e um correto
e 73/2011, de 17 de junho, o prazo é reduzido em um ordenamento do território, num quadro de desenvolvimento
quinto.» sustentável e de responsabilidade social das empresas;
b) Promover a simplificação e desburocratização dos
ANEXO II atos e procedimentos da Administração Pública necessá-
rios à aplicação dos regimes jurídicos referidos no número
(a que se refere o artigo 10.º) anterior, tendo em vista contribuir para dinamização e
competitividade da indústria nacional, num quadro de
Republicação do Sistema da Indústria Responsável, políticas de desenvolvimento económico sustentável.
aprovado em anexo
ao Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
3 — O SIR aplica-se às atividades industriais a que
se refere o anexo I ao SIR, do qual faz parte integrante,
CAPÍTULO I com exclusão das secções acessórias de estabelecimentos
de comércio e de restauração ou de bebidas destinadas à
Disposições preliminares realização de atividades industriais, às quais é aplicável,
para todos os efeitos legais, o regime de acesso e exercício
Artigo 1.º da atividade que rege estes estabelecimentos, nos termos
Objeto e âmbito de aplicação e com os limites aí previstos.
1 — O Sistema da Indústria Responsável (SIR) estabe- Artigo 2.º
lece os procedimentos necessários ao acesso e exercício
da atividade industrial, à instalação e exploração de Zonas Definições
Empresariais Responsáveis (ZER), bem como o processo Para efeitos do SIR entende-se por:
de acreditação de entidades no âmbito deste sistema, no a) «Atividade industrial», a atividade económica pre-
quadro da aplicação dos seguintes regimes jurídicos ou vista na Classificação Portuguesa das Atividades Eco-
procedimentos: nómicas (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei
a) Licenciamento Único Ambiental, aprovado pelo n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos termos definidos
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, no âmbito dos no anexo I ao SIR;
seguintes regimes: b) «Alteração de estabelecimento industrial», a mo-
dificação ou a ampliação do estabelecimento ou das
i) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental respetivas instalações industriais face ao título de ex-
(RJAIA), tratando-se de procedimento de avaliação de ploração da qual possa resultar aumento dos riscos e
impacte ambiental (AIA) relativo a projeto de execução que inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do
vise a emissão de declaração de impacte ambiental (DIA) n.º 2 do artigo anterior;
em fase de projeto de execução ou a emissão de decisão de c) «Área edificada» — a área total de construção das
conformidade ambiental do projeto de execução com DIA instalações industriais que integram o estabelecimento;
emitida em fase de anteprojeto ou estudo prévio; d ) «Anexos mineiros e de pedreiras», as instalações e
ii) Regime das emissões industriais (REI), aplicável à oficinas para serviços integrantes ou auxiliares de explo-
prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como ração de recursos geológicos afetos àquela atividade, sitos
às regras destinadas a evitar ou reduzir as emissões para o nas áreas concessionadas ou licenciadas, nomeadamente as
ar, água ou solo e a produção de resíduos; oficinas para a manutenção dos meios mecânicos utiliza-
iii) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves dos, as instalações para acondicionamento das substâncias
que envolvam substâncias perigosas (RPAG); extraídas, para os serviços de apoio imprescindíveis aos
iv) Regime geral da gestão de resíduos; trabalhadores, bem como os estabelecimentos associados
v) Regime jurídico de utilização de recursos hídricos; à indústria extrativa;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2375
e) «Balcão do empreendedor», o balcão único eletró- introdução no processo ou quaisquer outras atividades
nico nacional para a realização de todas as formalidades diretamente associadas que tenham uma relação técnica
associadas ao exercício de uma atividade económica, aces- com as atividades exercidas;
sível diretamente através do Portal da Empresa ou, por via q) «Melhores técnicas disponíveis», a fase de desenvol-
mediada, através dos balcões presenciais das entidades vimento mais eficaz e avançada das atividades e dos seus
públicas competentes, gerido pela Agência para a Moder- modos de exploração, que demonstre a aptidão prática de
nização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.); técnicas específicas para constituírem a base dos valores-
f ) «Condições técnicas padronizadas», conjunto de limite de emissão e de outras condições do licenciamento
regras e especificações previamente definidas para de- com vista a evitar e, quando tal não seja possível, a reduzir
terminada atividade ou operação a desenvolver no es- as emissões e o impacto no ambiente no seu todo:
tabelecimento industrial que constituem o objeto de li-
cença, autorização, aprovação, comunicação prévia com i) «Melhores técnicas», as técnicas mais eficazes para
prazo, registo, parecer ou outro ato permissivo necessário alcançar um nível geral elevado de proteção do ambiente
à instalação e exploração do estabelecimento industrial; no seu todo;
g) «Ecoeficiência», a estratégia de atuação conducente ii) «Técnicas», tanto a tecnologia utilizada como o modo
ao fornecimento de bens e serviços competitivos que sa- como a instalação é projetada, construída, conservada,
tisfaçam as necessidades humanas e que, em simultâneo explorada e desativada;
e progressivamente, reduzam os impactes ambientais ne- iii) «Disponíveis», as técnicas desenvolvidas a uma
gativos e a intensidade de recursos ao longo do ciclo de escala que possibilite a sua aplicação no contexto do setor
vida dos produtos; industrial em causa em condições económica e tecnica-
h) «Ecoinovação», qualquer forma de inovação que mente viáveis, tendo em conta os custos e os benefícios,
permite ou visa progressos significativos demonstráveis na quer sejam ou não utilizadas ou produzidas a nível na-
consecução do objetivo de desenvolvimento sustentável, cional e desde que acessíveis ao operador em condições
através da redução dos impactos no ambiente, do aumento razoáveis;
da resiliência às pressões ambientais ou de uma utilização
mais eficiente e responsável dos recursos naturais; r) «Número de trabalhadores», o número total de tra-
i) «Emissão», a libertação direta ou indireta de substân- balhadores do estabelecimento industrial que, indepen-
cias, de vibrações, de calor ou de ruído para o ar, a água ou dentemente da natureza do vínculo, se encontram afetos
o solo, a partir de fontes pontuais ou difusas com origem à atividade industrial, excluindo os afetos aos setores ad-
numa dada instalação industrial; ministrativo e comercial;
j) «Entidade acreditada», a entidade reconhecida for- s) «Potência elétrica», a potência contratada, expressa
malmente pelo organismo nacional de acreditação, nos em kilovolt-amperes (kVA), junto de um distribuidor de
termos previstos no SIR, para realizar atividades que lhe energia elétrica, considerando-se, para efeitos da sua de-
são atribuídas no âmbito do mesmo; terminação, os coeficientes de equivalência descritos no
k) «Entidade coordenadora», a entidade à qual compete a anexo II ao SIR, do qual faz parte integrante;
direção plena dos procedimentos de instalação e exploração t) «Potência térmica», a soma das potências térmicas
de estabelecimentos industriais e de ZER; individuais dos diferentes sistemas instalados, expressa em
l) «Entidade gestora de ZER», a entidade responsável quilojoules por hora (kJ/h), considerando-se, para efeitos
pelo integral cumprimento do título digital de exploração da da sua determinação, os coeficientes de equivalência des-
ZER, bem como pelo controlo e supervisão das atividades critos no anexo II ao SIR;
nela exercidas e ainda pelo funcionamento e manutenção u) «Pronúncia das entidades públicas consultadas», fase
das infraestruturas, serviços e instalações comuns, cujos procedimental no âmbito da qual as entidades públicas
requisitos de constituição, organização e funcionamento e consultadas ao abrigo do SIR se pronunciam sob a forma
quadro legal de obrigações e competências são os definidos de licença, autorização, aprovação, comunicação prévia
em portaria dos membros do Governo responsáveis pelas com prazo, mera comunicação prévia, registo, parecer ou
áreas da modernização administrativa, da administração outro ato permissivo ou não permissivo de que dependa a
local, da economia, do ambiente e do ordenamento do instalação ou a exploração do estabelecimento industrial
território; ou da ZER;
m) «Estabelecimento industrial», a totalidade da área v) «Responsabilidade social», a responsabilidade de uma
coberta e não coberta sob responsabilidade do industrial, organização pelos impactes das suas decisões, atividades e
que inclui as respetivas instalações industriais, onde é produtos na sociedade e no ambiente, através de um com-
exercida atividade industrial; portamento ético e transparente que seja consistente com o
n) «Gestor do procedimento», o técnico designado pela desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade,
entidade coordenadora para acompanhamento dos procedi- tenha em conta as expectativas das partes interessadas,
mentos previstos no SIR, constituindo-se como interlocutor esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja
privilegiado do industrial; consistente com normas de conduta internacionais e esteja
o) «Industrial», a pessoa singular ou coletiva que pre- integrado em toda a organização;
tende exercer ou exerce atividade em estabelecimento w) «Responsável técnico do projeto», a pessoa ou en-
industrial ou em quem tenha sido delegado o exercício tidade designada pelo industrial ou pela entidade gestora
de um poder económico determinante sobre o respetivo da ZER, no caso de instalação de ZER, para efeitos de
funcionamento; demonstração de que o projeto se encontra em conformi-
p) «Instalação industrial», a unidade técnica dentro de dade com a legislação aplicável e para o relacionamento
um estabelecimento industrial na qual é exercida uma com a entidade coordenadora e as demais entidades inter-
ou mais atividades industriais incluindo as atividades de venientes nos procedimentos de instalação e exploração
armazenagem ou pré-processamento de resíduos para de estabelecimento industrial ou de ZER;
2376 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
x) «Sistema de gestão ambiental», a componente do edifícios, bem como o respeito pelas normas ambientais,
sistema global de gestão, que inclui a estrutura organiza- minimizando as consequências de eventuais acidentes.
cional, as atividades de planeamento, as responsabilidades,
as práticas, os processos, os procedimentos e os recursos 2 — O industrial deve respeitar, designadamente, as
destinados a definir, aplicar, consolidar, rever e manter a seguintes regras e princípios:
política ambiental; a) Adotar princípios e práticas de ecoeficiência de ma-
y) «Sistema de gestão de segurança alimentar», o sis- teriais e energia e práticas de ecoinovação;
tema que possibilita a gestão dos riscos para a segurança b) Adotar as melhores técnicas disponíveis;
alimentar, baseado nos princípios do método de análise de c) Cumprir as obrigações previstas no Código do Traba-
perigos e controlo dos pontos críticos, relacionados com lho, em lei especial e as relativas à promoção da segurança
as atividades da organização e compreendendo a estrutura e saúde no trabalho;
operacional, as atividades de planeamento, as responsabi- d) Adotar as medidas de prevenção de riscos de aciden-
lidades, as práticas, os procedimentos, os processos e os tes e limitação dos seus efeitos;
recursos para desenvolver e implementar as condições de e) Implementar sistemas de gestão ambiental, sistemas
segurança alimentar; de segurança contra incêndio em edifícios e sistemas de
z) «Segurança e saúde do trabalho», o conjunto das segurança e saúde no trabalho adequados ao tipo de ativi-
intervenções que objetivam o controlo dos riscos profis- dade e riscos inerentes, incluindo a elaboração de plano de
sionais e a promoção da segurança e saúde dos trabalha- emergência do estabelecimento e elaboração das medidas
dores da organização ou outros, incluindo trabalhadores de autoproteção, quando aplicáveis;
temporários, prestadores de serviços e trabalhadores por f) Adotar sistema de gestão de segurança alimentar
conta própria, visitantes ou qualquer outro indivíduo no adequado ao tipo de atividade, riscos e perigos inerentes,
local de trabalho; quando aplicável;
aa) «Segurança contra incêndio em edifícios», o con- g) Promover as medidas de profilaxia e vigilância da
junto de princípios gerais da preservação da vida humana, saúde legalmente estabelecidas para o tipo de atividade,
do ambiente e do património cultural visando reduzir a por forma a proteger a saúde pública e a dos trabalhadores;
ocorrência de incêndios, limitar o seu desenvolvimento, h) Adotar as medidas necessárias para evitar riscos em
circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeada- matéria de segurança e poluição, de modo que o local de
mente a propagação do fumo e gases quentes da combustão, exploração seja colocado em estado satisfatório, na altura
facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes e per- da desativação definitiva do estabelecimento industrial.
mitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro;
bb) «Sistema de Gestão da Responsabilidade Social», 3 — Sempre que seja detetada alguma anomalia no
o conjunto de elementos inter-relacionados e interatuantes funcionamento do estabelecimento, o industrial deve tomar
para estabelecer e concretizar a política e objetivos da as medidas adequadas para corrigir a situação e, se neces-
responsabilidade social; sário, proceder à suspensão da exploração, devendo ime-
cc) «Título digital», o título emitido pelo «Balcão do diatamente comunicar esse facto à entidade coordenadora.
empreendedor» relativo à instalação e exploração de um 4 — (Revogado.)
estabelecimento industrial ou de ZER que constitui de- 5 — (Revogado.)
claração de conhecimento e comprova, perante qualquer
entidade pública ou privada, o cumprimento das normas Artigo 4.º
legais e regulamentares constantes dos regimes jurídicos Seguro de responsabilidade civil
do âmbito do SIR;
dd) «Zona empresarial responsável ou ZER», a zona 1 — Sem prejuízo das obrigações que decorram do
territorialmente delimitada, afeta à instalação de atividades regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais
industriais, comerciais e de serviços, administrada por uma e da responsabilidade profissional dos representantes,
entidade gestora; agentes ou mandatários do industrial, este deve celebrar
ee) «Zona empresarial responsável multipolar ou ZER um contrato de seguro de responsabilidade civil extracon-
multipolar», o conjunto de polos empresariais localizados tratual que cubra os riscos decorrentes das instalações e
em espaços territoriais não conexos, mas funcionalmente das atividades exercidas em estabelecimento industrial
ligados entre si e administrada pela mesma entidade ges- incluído no tipo 1 ou no tipo 2, nos termos a definir por
tora. portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das finanças, da economia, da agricultura e do am-
Artigo 3.º biente.
2 — As entidades acreditadas devem celebrar contrato
Prevenção de riscos, ecoinovação, ecoeficiência, de seguro de responsabilidade civil extracontratual des-
sustentabilidade e responsabilidade social tinado a cobrir os danos patrimoniais e não patrimoniais
1 — O industrial deve exercer a atividade industrial decorrentes de lesões corporais ou materiais causadas a
através: terceiros por erros ou omissões cometidas no exercício da
sua atividade, nos termos a definir por portaria dos mem-
a) De um comportamento ético, transparente, social- bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da
mente responsável e de acordo com as disposições legais economia, do ambiente e da agricultura.
e regulamentares aplicáveis; 3 — A regulamentação prevista nos números anteriores
b) Da adoção de medidas de prevenção e controlo, no deve estabelecer, designadamente, os capitais mínimos dos
sentido de eliminar ou reduzir os riscos suscetíveis de seguros, respetivos âmbitos de cobertura, delimitações
afetar as pessoas e bens, garantindo as condições de segu- temporal e territorial, exclusões aplicáveis, possibilidade
rança e saúde no trabalho, a segurança contra incêndio em de estabelecimento de franquias, condições do exercício
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2377
instalação e exploração de estabelecimento industrial ou aí referidas, podem solicitar à entidade coordenadora que
ZER ao abrigo do previsto no SIR; os insira, devendo esta fazê-lo nos cinco dias subsequentes
n) Consulta dos requisitos aplicáveis às instalações e aos à receção do pedido.
equipamentos dos estabelecimentos industriais resultantes
da legislação e demais atos normativos; Artigo 6.º-A
o) Consulta do montante previsível das taxas devidas
Títulos digitais
e um simulador que permita identificar o custo global
estimado a suportar para iniciar a atividade industrial pre- 1 — Os títulos digitais são emitidos pelo «Balcão do
tendida; Empreendedor» quando tenham sido submetidas, emitidas
p) Meios de pagamento eletrónico das taxas devidas; ou aprovadas, expressa ou tacitamente, todas as licen-
q) Informação sobre os meios de reação judiciais ou ças, autorizações, aprovações, comunicações prévias com
extrajudiciais relativos a decisões das autoridades admi- prazo, meras comunicações prévias, registos, pareceres e
nistrativas competentes; outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
r) Documentos de apoio sobre os aspetos jurídicos e a instalação ou a exploração do estabelecimento industrial
técnicos relevantes em cada setor industrial; ao abrigo do SIR.
s) Acesso direto a uma ferramenta de georreferenciação 2 — Os títulos digitais são emitidos de forma automática
das áreas para a instalação e exploração de estabelecimen- e eletrónica e notificados pelo «Balcão do empreendedor»
tos industriais ou de ZER. ao interessado, à entidade coordenadora, às entidades con-
sultadas, à câmara municipal territorialmente competente,
4 — Sendo prestado o consentimento previsto na alí- bem como à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
nea l) do número anterior, o valor das taxas, emolumentos (DGAV), quando se trate de estabelecimento industrial do
ou outros encargos devidos pela atividade administrativa setor alimentar, do setor dos subprodutos animais e dos
de recolha da documentação em falta é transmitido ao alimentos para animais, nos termos do Regulamento (CE)
requerente com a respetiva discriminação, para efeitos do n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
pagamento devido. 29 de abril de 2004, do Regulamento (CE) n.º 1069/2009,
5 — As demais funcionalidades técnicas do «Balcão do do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro
empreendedor» para efeitos do SIR, bem como o formato, de 2009, e do Regulamento (CE) n.º 183/2005, do Parla-
características e mecanismos de tratamento da informação mento Europeu e do Conselho, de 12 de janeiro de 2005,
a disponibilizar nesse âmbito são regulamentadas por por- respetivamente.
taria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas 3 — Os títulos digitais são atualizados nos termos pre-
da modernização administrativa e da economia. vistos no SIR, sendo acessíveis no «Balcão do empre-
6 — Os interessados e as entidades responsáveis pela
endedor» mediante a disponibilização de um código de
emissão das licenças, autorizações, aprovações, comuni-
acesso.
cações prévias com prazo, meras comunicações prévias,
4 — A disponibilização do código de acesso ao título di-
registos, pareceres e outros atos permissivos ou não per-
missivos de que dependa a instalação ou exploração do gital demonstra perante qualquer entidade pública e privada
estabelecimento industrial ou da ZER devem praticar todos a titularidade do direito de instalar e explorar o estabeleci-
os atos relativos aos respetivos procedimentos no «Balcão mento industrial ou a ZER a que respeitam e constitui meio
do empreendedor». de prova para esse efeito, não podendo nenhuma entidade
7 — Quando, por motivos de indisponibilidade temporá- pública ou privada exigir comprovativo adicional quanto
ria, não se revele possível a tramitação dos procedimentos ao cumprimento de quaisquer controlos ou formalidades
previstos no SIR através do «Balcão do empreendedor», no âmbito de procedimentos previstos no SIR.
a mesma é efetuada por correio eletrónico, com conheci-
mento da AMA, I. P., para o endereço eletrónico da enti- Artigo 7.º
dade coordenadora, publicitado no respetivo sítio da inter- Sistema de informação dos estabelecimentos industriais
net e na página de acesso ao «Balcão do empreendedor», 1 — O sistema de informação dos estabelecimentos
ou em formato digital, devendo a entidade coordenadora industriais integra os dados, organizados e atualizados,
assegurar o cumprimento dos procedimentos até que o respeitantes às atividades identificadas no anexo I ao pre-
«Balcão do empreendedor» esteja operacional. sente decreto-lei, tendo por finalidade principal possibilitar
8 — Sempre que quaisquer elementos do procedimento o conhecimento efetivo das atividades industriais exercidas
sejam entregues por correio eletrónico nos termos do nú- em estabelecimentos a operar em território nacional com
mero anterior, os mesmos são obrigatoriamente inseridos vista à produção de elementos informativos de suporte à
no «Balcão do empreendedor» pela entidade coordenadora definição ou execução de políticas públicas no setor da
nos cinco dias subsequentes à cessação da situação de indústria, bem como os seguintes objetivos:
indisponibilidade temporária.
9 — Os processos relativos à instalação e exploração a) Possibilitar o preenchimento automático, total ou
de estabelecimento industrial ou de ZER devem estar dis- parcial, dos formulários eletrónicos disponíveis no «Balcão
poníveis para consulta pelos interessados na respetiva do empreendedor» para os efeitos previstos no SIR, com a
área reservada da empresa no «Balcão do empreendedor», informação relevante que já se encontre na posse de outros
podendo a entidade coordenadora, bem como as entidades organismos da Administração Pública;
consultadas e as entidades com competências de fiscaliza- b) Identificar e caracterizar os estabelecimentos e os
ção, aceder a esta informação através deste sistema. seus titulares;
10 — Quando os elementos a que se refere o número an- c) Disponibilizar ao consumidor os elementos de con-
terior não estiverem disponíveis para consulta no «Balcão tacto dos estabelecimentos e seus titulares, quando solici-
do empreendedor», o interessado, bem como as entidades tado, para o exercício dos seus direitos;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2379
mentos previstos no SIR nos termos do disposto no ca- atividade que envolva a manipulação de subprodutos de
pítulo VI. origem animal ou de atividade de fabrico de alimentos para
2 — A intervenção das entidades acreditadas, nos termos animais que careça de atribuição de número de controlo
previstos no número anterior, pode ocorrer a solicitação veterinário ou de número de identificação individual, nos
do industrial, da entidade gestora da ZER ou das entidades termos da legislação aplicável.
públicas intervenientes.
3 — A intervenção das entidades acreditadas nos termos 3 — São incluídos no tipo 2 os estabelecimentos in-
do n.º 1 produz os seguintes efeitos: dustriais não incluídos no tipo 1, desde que abrangidos
a) Dispensa a análise da boa instrução do processo em por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou
procedimentos em matéria ambiental, com a entrega, pelo circunstâncias:
requerente, do requerimento aplicável, acompanhado de a) (Revogada.)
um relatório de conformidade; b) (Revogada.)
b) Dispensa da pronúncia, a que se refere o artigo 23.º c) (Revogada.)
e o artigo 31.º, conforme aplicável, das entidades interve- d) Regime do comércio europeu de licenças de emissão
nientes, exceto em matéria ambiental; de gases com efeitos de estufa (CELE);
c) Reduz os prazos de pronúncia de entidades consul- e) Necessidade de obtenção de alvará para realização
tadas, nos termos do anexo IV. de operação de gestão de resíduos que dispense vistoria
prévia, nos termos do regime geral de gestão de resíduos,
4 — (Revogado.) com exceção dos estabelecimentos identificados pela parte
5 — (Revogado.) 2-A do anexo I ao SIR, ainda que localizados em edifício
6 — O conteúdo das licenças, autorizações, aprovações, cujo alvará admita comércio ou serviços, na condição
comunicações prévias com prazo, meras comunicações de realizarem operações de valorização de resíduos não
prévias, registos, pareceres e outros atos permissivos ou perigosos.
não permissivos de que dependa a instalação ou exploração
do estabelecimento industrial ou da ZER das entidades in- 4 — São incluídos no tipo 3 os estabelecimentos indus-
tervenientes no SIR e a respetiva fundamentação pode con- triais não abrangidos pelos tipos 1 e 2.
sistir em mera declaração de concordância com o conteúdo 5 — Sempre que num estabelecimento industrial se veri-
dos documentos emitidos pelas entidades acreditadas. fiquem circunstâncias a que correspondam tipos diferentes,
o estabelecimento é incluído no tipo mais exigente.
6 — A alteração superveniente de alguma das circuns-
CAPÍTULO III
tâncias previstas no n.º 3, que determine a inclusão do
Regimes de instalação e exploração estabelecimento industrial como tipo 2 só determina um
dos estabelecimentos industriais novo processo de licenciamento quando as mesmas per-
durarem por um período superior a seis meses.
SECÇÃO I
Artigo 12.º
Disposições gerais
Regimes procedimentais para instalação e exploração
de estabelecimento industrial
SUBSECÇÃO I
A instalação e a exploração de estabelecimento indus-
Classificação dos estabelecimentos industriais trial ficam sujeitas aos seguintes procedimentos:
e regimes procedimentais
a) Procedimento com vistoria prévia, para os estabele-
Artigo 11.º cimentos industriais incluídos no tipo 1;
b) Procedimento sem vistoria prévia, para os estabele-
Tipologias dos estabelecimentos industriais
cimentos industriais incluídos no tipo 2;
1 — Os estabelecimentos industriais classificam-se, em c) Mera comunicação prévia, para os estabelecimentos
função do grau de risco potencial inerente à sua exploração, industriais incluídos no tipo 3.
para a pessoa humana e para o ambiente, em três tipos.
2 — São incluídos no tipo 1 os estabelecimentos cujos SUBSECÇÃO II
projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos Entidades intervenientes
por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos ou
circunstâncias:
Artigo 13.º
a) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental Entidade coordenadora
(RJAIA);
b) Regime jurídico da prevenção e controlo integrado de 1 — A entidade coordenadora é a única entidade inter-
poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II do Regime locutora do industrial em todos os contactos considerados
das Emissões Industriais (REI); necessários à boa instrução e apreciação dos procedimentos
c) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves previstos no SIR, competindo-lhe a condução, monitori-
que envolvam substâncias perigosas (RPAG); zação e dinamização dos mesmos.
d) Realização de operação de gestão de resíduos que 2 — A identificação da entidade coordenadora no pro-
careça de vistoria prévia ao início da exploração, à luz do cedimento relativo ao estabelecimento industrial é feita
regime de prevenção, produção e gestão de resíduos; de acordo com o disposto no anexo III ao SIR, do qual faz
e) Exploração de atividade agroalimentar que utilize parte integrante, em função da classificação económica da
matéria-prima de origem animal não transformada, de atividade industrial, da classificação do estabelecimento
2382 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
e da área do território onde se localiza, sem prejuízo do vações, registos, comunicações prévias com prazo, meras
disposto no número seguinte. comunicações prévias, pareceres e outros atos permissivos
3 — A entidade coordenadora é a entidade gestora da ou não permissivos de que dependa a instalação ou explo-
ZER no caso de estabelecimentos a localizar no interior ração de estabelecimento industrial;
do perímetro da ZER. n) Zelar pela inserção no «Balcão do empreendedor»
4 — Compete, nomeadamente, à entidade coordena- de todas as licenças, autorizações, aprovações, registos,
dora: pareceres e outros atos permissivos ou não permissivos
a) Designar o gestor do procedimento, responsável pelo de que dependa a instalação ou exploração da atividade
acompanhamento do procedimento e pela prossecução industrial, por parte das entidades públicas responsáveis
das competências atribuídas à entidade coordenadora em pelos respetivos procedimentos.
relação aos procedimentos que lhe sejam cometidos por
esta; 5 — O ato de designação do gestor do procedimento
b) Prestar informação e apoio técnico ao industrial, contém a determinação das competências que lhe são de-
sempre que solicitado, designadamente para esclarecer legadas, não estando sujeito a publicação no Diário da
dúvidas quanto à classificação de instalações industriais República ou na publicação oficial da entidade coorde-
ou para disponibilizar documentação de referência; nadora, devendo porém estar disponível para consulta no
c) (Revogada.) sítio institucional da entidade em causa.
d) Monitorizar a tramitação do procedimento que en- 6 — (Revogado.)
volva a emissão de títulos, licenças, autorizações, aprova- 7 — Cabe ao presidente da câmara municipal exercer as
ções, registos, pareceres e outros atos permissivos ou não competências atribuídas às câmaras municipais nos termos
permissivos de que dependa a instalação ou exploração do do SIR, podendo as mesmas ser delegadas nos vereadores,
estabelecimento industrial; com faculdade de subdelegação, ou nos dirigentes dos
e) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os serviços municipais.
constantes da calendarização a que se refere a alínea d)
do n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando ao Artigo 14.º
IAPMEI, I. P., quando não seja este a entidade coordena- Entidades públicas consultadas
dora, ou à respetiva tutela, as situações de incumprimento
que não sejam imputáveis ao industrial; Nos procedimentos previstos no presente capítulo, são
f) Diligenciar no sentido de conciliar os vários interesses notificadas automaticamente pelo «Balcão do empreen-
em presença e eliminar eventuais bloqueios evidenciados dedor» para se pronunciarem, nos termos das respetivas
no procedimento e garantir o seu desenvolvimento em atribuições e competências, as seguintes entidades públicas
condições normalizadas e otimizadas; responsáveis pela emissão de licenças, autorizações, apro-
g) Analisar as solicitações de alterações e elementos vações, registos, pareceres e outros atos permissivos ou não
adicionais e reformulação de documentos, assegurando permissivos de que dependa a instalação ou exploração do
que não é solicitada ao requerente informação já disponí- estabelecimento industrial:
vel no processo ou na posse de serviços ou organismos da a) A Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA, I. P.);
Administração Pública no âmbito do sistema de informação b) (Revogada.)
dos estabelecimentos industriais; c) A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT);
h) Coligir e integrar o conteúdo das solicitações referi- d) A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
das na alínea anterior, para as concentrar, se possível num Regional (CCDR) territorialmente competente;
único pedido, a dirigir ao requerente nos termos e prazos e) (Revogada.)
previstos no SIR; f) A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV);
i) Reunir com o requerente e com o responsável técnico g) A Direção-Geral da Energia e Geologia (DGEG);
do projeto, sempre que tal se revele necessário; h) O Instituto Português da Qualidade, I. P. (IPQ, I. P.);
j) Reunir e comunicar com as demais entidades interve- i) As autarquias locais competentes;
nientes, designadamente por meios eletrónicos, tendo em j) Outras entidades públicas cuja intervenção se revele
vista a informação recíproca, a calendarização articulada necessária à instalação e exploração do estabelecimento
dos atos e formalidades, o esclarecimento e a concertação industrial, quando tal se encontre previsto em portaria
de posições, a identificação de obstáculos ao prossegui- dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
mento do processo, bem como as alternativas para a res- modernização administrativa, da economia e da tutela das
petiva superação; entidades em causa.
k) Promover a realização de vistorias por parte das enti-
dades públicas consultadas, podendo, quando considerado
SUBSECÇÃO III
adequado, acompanhar a realização das mesmas, assegu-
rando a conciliação dos vários interesses em presença e a Pronúncia das entidades públicas
eliminação de eventuais bloqueios;
l) Disponibilizar ao requerente e ou às entidades pú- Artigo 15.º
blicas consultadas informação sobre o andamento dos Âmbito da pronúncia
procedimentos relativos à instalação e exploração de es-
tabelecimento industrial; 1 — Sem prejuízo das atribuições de concertação de
m) Elaborar, atualizar e disponibilizar no «Balcão do posições e de pronúncia integrada que a legislação cometa
empreendedor» toda a informação relativa à tramitação à APA, I. P., e às CCDR competentes, qualquer entidade
necessária à emissão de títulos digitais exigíveis para a referida no artigo anterior que se pronuncie nos procedi-
instalação e exploração de estabelecimento industrial, bem mentos previstos no SIR deve fazê-lo exclusivamente sobre
como a que respeite às demais licenças, autorizações, apro- áreas que se incluam no âmbito das respetivas atribuições
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2383
e competências legalmente previstas, apreciando apenas as legais e regulamentares aplicáveis, bem como os constan-
questões que lhe estejam expressamente cometidas por lei, tes de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
considerando-se não vinculativas as pronúncias que versem outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
sobre matérias alheias às respetivas competências. a instalação ou exploração do estabelecimento industrial
2 — (Revogado.) ou da ZER, que integrem o respetivo título digital emitido
3 — (Revogado.) no âmbito do SIR.
4 — As licenças, autorizações, aprovações, registos,
comunicações prévias com prazo, meras comunicações SUBSECÇÃO IV
prévias, pareceres e outros atos permissivos ou não permis-
sivos de que dependa a instalação ou exploração de estabe- Articulação com regimes conexos
lecimento industrial podem ser entregues pelo requerente
com o pedido de emissão do título digital de instalação e Artigo 17.º
ou exploração, não havendo lugar a pronúncia pela enti- Articulação com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação
dade pública respetiva, ao abrigo dos artigos 23.º ou 31.º,
conforme aplicável, desde que se mantenham inalterados 1 — As operações urbanísticas a realizar para instalação
os respetivos pressupostos de facto ou de direito. de estabelecimentos industriais regem-se pelo Regime Ju-
5 — A verificação da manutenção dos pressupostos rídico da Urbanização e Edificação (RJUE), sem prejuízo
de facto ou de direito a que se refere o número anterior é do disposto nos números seguintes e no artigo seguinte.
efetuada pela entidade pública aí referida, no período de 2 — Tratando-se de estabelecimento industrial do tipo 1
verificação de elementos instrutórios, nos termos e com ou do tipo 2 cuja instalação ou alteração envolva a re-
os efeitos previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7 do alização de operação urbanística de urbanização ou de
artigo 30.º, conforme aplicável. edificação sujeita a controlo prévio nos termos do RJUE,
6 — É dispensada a entrega das licenças, autorizações, o título digital de instalação ou de instalação e exploração,
aprovações, registos, comunicações prévias com prazo, conforme aplicável, não pode ser emitido sem que sejam
meras comunicações prévias, pareceres e outros atos per- apresentados os seguintes elementos:
missivos ou não permissivos referidos no n.º 4 quando o a) Aprovação do projeto de arquitetura; ou
interessado preste consentimento à sua obtenção oficiosa, b) Informação prévia favorável, requerida nos termos
devendo nesse caso a entidade consultada proceder, através do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE.
do «Balcão do empreendedor», à respetiva integração no
procedimento. 3 — Os elementos referidos no número anterior devem
Artigo 16.º ser apresentados aquando do pedido do título digital de
Prazos e efeitos do incumprimento dos prazos instalação ou de instalação e exploração, sem prejuízo de
o requerente poder apresentar declaração de que opta por
1 — Os prazos previstos no SIR são contados nos se- diferir a respetiva entrega até ao final do prazo de emissão
guintes termos: do referido título.
a) Os prazos contam-se em dias úteis; 4 — Caso o requerente não apresente os elementos a
b) Os prazos não se interrompem em caso algum; que se refere o n.º 2 até ao final do prazo para emissão do
c) Os prazos são suspensos nos termos previstos no SIR; título digital de instalação ou de instalação e exploração,
d) Os prazos prevalecem sobre quaisquer normas legais é o mesmo notificado para apresentar os elementos em
ou regulamentares previstas nos regimes procedimentais falta até um prazo máximo de seis meses, sob pena de
a que se refere o artigo 1.º do SIR; o procedimento vir a ser declarado deserto, nos termos
e) Os prazos previstos no anexo IV ao SIR não são cumu- do disposto no artigo 132.º do Código do Procedimento
lativos, prevalecendo, no caso de serem aplicáveis dois Administrativo.
ou mais regimes aí previstos o prazo decisório máximo 5 — Tratando-se de estabelecimento industrial de tipo 3
mais longo. cuja instalação, ampliação ou alteração envolva a realização
de operação urbanística sujeita a controlo prévio, deve ser
2 — Na falta de disposição especial, o prazo para a obtida autorização de utilização ou certidão comprovativa
realização de quaisquer comunicações entre as entidades do respetivo deferimento tácito antes de ser apresentada a
intervenientes, ou entre estas e o requerente, ou para a mera comunicação prévia ao abrigo do SIR.
prática de quaisquer atos, é de 5 dias. 6 — Sempre que se aplique o RPAG, a consulta de en-
3 — Na ausência de inserção no «Balcão do empreen- tidades da administração central que se devam pronunciar
dedor» de licença, autorização, aprovação, registo, parecer, em razão da localização é efetuada no âmbito deste regime.
outros atos permissivos ou não permissivos necessários à 7 — Sempre que a instalação ou alteração do estabele-
instalação e ou exploração de estabelecimento industrial cimento industrial se insira numa área licenciada ou con-
ou de ZER por parte da entidade pública competente nos cessionada para a exploração de recursos geológicos e o
prazos previstos no SIR, considera-se que a mesma se pro- mesmo esteja relacionado com tal exploração, não há lugar
nunciou em sentido favorável à pretensão do requerente ou à aprovação da localização, sem prejuízo do cumprimento
que foi tacitamente deferida a pretensão do particular, sem das normas de planeamento territorial e do regime das
necessidade de qualquer ulterior ato de entidade adminis- servidões administrativas e restrições de utilidade pública.
trativa ou autoridade judicial, consoante aplicável.
4 — Nos casos previstos no número anterior, e não se Artigo 18.º
verificando nenhuma causa de não emissão do título digital Equilíbrio urbano e ambiental
relevante prevista no SIR, é o mesmo emitido.
5 — A instalação e a exploração de estabelecimento 1 — O início da exploração do estabelecimento indus-
industrial ou de ZER devem cumprir os condicionamentos trial de tipo 1, 2 ou 3 que envolva a realização de uma
2384 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
operação urbanística sujeita a controlo prévio, depende emissão de título digital nos termos do SIR, quando desti-
da prévia emissão pela câmara municipal territorialmente nadas à venda ao consumidor final de produtos produzidos
competente de título de autorização de utilização ou de nesses estabelecimentos, ou a restauração e bebidas, não
certidão comprovativa do respetivo deferimento tácito. carecem de qualquer outro título para além do exigido
2 — Não pode ser emitido o alvará de licença ou apre- relativamente ao estabelecimento industrial ao abrigo do
sentada a comunicação prévia, de operação urbanística SIR, sempre que, à luz da legislação aplicável ao acesso e
que preveja o uso industrial, sem que seja emitido o título exercício da atividade de comércio e de restauração e be-
digital de instalação ou de instalação e exploração, con- bidas, a respetiva exploração esteja sujeita a procedimento
soante for aplicável. de mera comunicação prévia.
3 — Quando verifique a inexistência de impacte re- 2 — No caso de secções acessórias referidas no número
levante no equilíbrio urbano e ambiental, pode a câmara anterior, cuja exploração, à luz da legislação aplicável ao
municipal territorialmente competente declarar compatível acesso e exercício da atividade de comércio e de restaura-
com uso industrial o alvará de autorização de utilização de ção e bebidas, esteja sujeita a procedimento de autorização,
edifício ou sua fração autónoma destinado: o industrial pode optar pela obtenção dessa autorização no
a) Ao uso de comércio, serviços ou armazenagem, no quadro dos procedimentos previstos no SIR.
caso de se tratar de estabelecimento industrial a que se 3 — Nas situações previstas no número anterior, a
refere a parte 2-B do anexo I ao SIR; obtenção da autorização aí referida é desencadeada pela
b) Ao uso de habitação, no caso de se tratar de estabele- entidade coordenadora do procedimento SIR junto da
cimento abrangido pela parte 2-A do anexo I ao SIR. entidade competente para a sua emissão, aplicando-se o
procedimento com vistoria, exceto nos casos em que o
4 — O procedimento para a obtenção da declaração estabelecimento industrial e respetiva secção acessória
de compatibilidade referida no número anterior rege-se, não careçam de vistoria prévia à exploração, à face dos
com as necessárias adaptações, pelo regime procedimental regimes jurídicos que lhe são aplicáveis.
aplicável à autorização de utilização de edifícios as suas 4 — A existência de secção acessória em estabeleci-
frações constante do RJUE, sendo tal declaração, quando mento industrial é automaticamente comunicada à Direção-
favorável, inscrita, por simples averbamento, no título de Geral das Atividades Económicas, através do «Balcão do
autorização de utilização já existente. empreendedor», aquando da emissão do título digital do
estabelecimento industrial.
Artigo 19.º
Projeto de instalação, fornecimento e produção de energia SECÇÃO II
de instalação, acompanhado dos respetivos elementos ins- 11 — Submetidos os elementos a que se refere o número
trutórios, nos termos a definir por portaria dos membros anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica automática
do Governo responsáveis pelas áreas da modernização e imediatamente a entidade coordenadora e as entidades
administrativa, da economia, do ambiente e da agricultura. públicas consultadas, para que, no prazo de cinco dias a
2 — Submetido o pedido nos termos do número anterior, contar da junção ao processo dos elementos adicionais, a
o «Balcão do empreendedor» emite automática e imedia- entidade coordenadora, após articulação com as entidades
tamente a guia para pagamento da taxa devida pelo pedido públicas consultadas, profira despacho de indeferimento
de emissão de título digital de instalação. liminar, se verificar que subsiste a não conformidade com
3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão os condicionamentos legais e regulamentares.
do empreendedor» emite, automática e imediatamente: 12 — Decorrido o prazo previsto no número anterior
sem que seja proferido o despacho de indeferimento limi-
a) Comprovativo do pagamento da taxa devida, identi- nar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata e auto-
ficando, sempre que possível, as entidades públicas cuja maticamente o comprovativo eletrónico previsto no n.º 9.
consulta seja obrigatória ao abrigo do SIR;
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida- Artigo 22.º
des públicas a consultar, informando que o procedimento
iniciado se encontra disponível para verificação. Conferência de entidades intervenientes
1 — No prazo de 5 dias contado a partir da data do pe-
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão de dido de emissão de título digital de instalação, a entidade
título digital de instalação é a data indicada no comprova- coordenadora, sempre que o entender conveniente, convoca
tivo a que se refere a alínea a) do número anterior. as entidades públicas a consultar para uma reunião, a ter
5 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido, lugar, preferencialmente, através de videoconferência, no
a entidade coordenadora profere: prazo máximo de 20 ou 10 dias contados da data do pedido,
consoante se trate, ou não, de pedido de título digital de
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual
instalação abrangida pelo RJAIA ou RPAG.
especifica em concreto os elementos em falta, bem como, 2 — Não há lugar à reunião referida no número anterior
se for caso disso, os esclarecimentos necessários à boa quando o pedido de emissão de título digital de instalação
instrução do procedimento, caso se verifiquem desconfor- estiver instruído com os elementos que dispensam a pro-
midades sanáveis entre o pedido e respetivos elementos núncia das entidades públicas nos termos do disposto no
instrutórios e os condicionamentos legais e regulamentares n.º 3 do artigo seguinte.
aplicáveis; ou 3 — A agenda da reunião inclui obrigatoriamente:
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse-
quente extinção do procedimento, se a não conformidade a) O ponto de situação do processo e seus eventuais
com os condicionamentos legais e regulamentares for in- antecedentes;
suscetível de suprimento ou correção. b) A identificação de eventuais elementos instrutórios
em falta ou da sua não conformidade com os condiciona-
6 — O prazo referido no número anterior é de 25 dias no mentos legais e regulamentares aplicáveis;
caso de pedidos de título digital de instalação abrangidos c) A identificação de possíveis condicionantes e obstácu-
pelo RJAIA, RPAG ou REI. los ao projeto e respetivas implicações procedimentais;
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 5, d) O cronograma dos procedimentos a desenvolver, de-
as entidades públicas notificadas ao abrigo da alínea b) do talhando o circuito do processo, as obrigações processuais
n.º 3, se verificarem a existência de omissões ou irregulari- do proponente e uma calendarização da Administração
dades no pedido solicitam à entidade coordenadora, até ao Pública em matéria de formalidades, que preveja a redução,
décimo dia do prazo a que se refere o n.º 5, por uma só vez, sempre que possível, dos prazos máximos fixados na lei.
que o requerente seja convidado a suprir aquelas omissões
ou irregularidades ou pronunciam-se em sentido favorável 4 — (Revogado.)
ao indeferimento liminar do pedido quando considerem 5 — A entidade coordenadora regista as conclusões
que as mesmas não são sanáveis. da conferência procedimental em ata subscrita pelos in-
8 — No caso de pedidos de título digital de instalação tervenientes, a qual é por si inserida na área reservada
da empresa no «Balcão do empreendedor», e acessível à
abrangidos pelo RJAIA, RPAG ou REI, a solicitação re-
entidade coordenadora, às entidades públicas consultadas
ferida no número anterior pode ser remetida à entidade
e ao requerente, proferindo, se for caso disso, despacho
coordenadora até ao vigésimo dia do prazo a que se refere nos termos do n.º 5 ou 6 do artigo anterior, conforme apli-
o n.º 6. cável.
9 — Decorrido o prazo previsto nos n.os 5 ou 6, conforme 6 — O requerente pode ser convidado pela entidade
aplicável, sem que ocorra convite ao aperfeiçoamento ou coordenadora a participar na reunião referida no n.º 1 a fim
indeferimento liminar do pedido, o «Balcão do empreen- de prestar os esclarecimentos sobre o respetivo pedido.
dedor» emite imediata e automaticamente comprovativo
eletrónico onde conste a data de apresentação do pedido de Artigo 23.º
emissão de título de instalação e a menção expressa à sua
regular instrução, não podendo ser solicitados quaisquer Pronúncia das entidades públicas no procedimento
para a emissão de título digital de instalação
elementos adicionais.
10 — Tendo sido proferido despacho de convite ao aper- 1 — As entidades públicas competentes para emissão de
feiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de 45 dias licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou outros
para corrigir ou completar o pedido, sob pena de indefe- atos permissivos ou não permissivos, nos termos do ar-
rimento liminar. tigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do procedimento para
2386 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
emissão do título digital de instalação, em cumprimento estabelecimento industrial, quando as entidades públicas
da calendarização a que se refere a alínea d) do n.º 3 do respetivas não se tenham pronunciado, sem prejuízo do
artigo anterior, quando aplicável, ou nos prazos máximos disposto no n.º 5.
para pronúncias previstos no anexo IV ao SIR, a contar
da data do pedido, devendo inserir a respetiva licença, 4 — O título digital de instalação não é emitido quando
autorização, aprovação, registo, parecer ou outros atos ocorra uma das seguintes circunstâncias:
permissivos ou não permissivos no «Balcão do empreen-
a) DIA desfavorável ou não conformidade do projeto de
dedor» nesse prazo.
execução com a DIA, conforme inscrito no Título Único
2 — A inserção das pronúncias referidas no número
Ambiental (TUA);
anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada au- b) Indeferimento do pedido de licença ambiental inscrito
tomática e imediatamente ao requerente e à entidade co- no TUA;
ordenadora. c) Indeferimento do pedido de aprovação do relatório
3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade de segurança ou parecer negativo da APA, I. P., relativo à
pública competente, quando: compatibilidade da localização, conforme inscrito no TUA;
a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas d) Indeferimento do pedido de título de emissão de gases
padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos termos com efeito de estufa, inscrito no TUA;
e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º; e) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pedido
b) For junto ao procedimento licença, autorização, de informação prévia de utilização de recurso hídricos em
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou instalações industriais, inscrito no TUA;
não permissivo que mantenha a sua validade, desde que f) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de gestão de resíduos, inscrito no TUA;
facto ou de direito; g) (Revogada.)
c) For junto ao procedimento relatório de avaliação da h) Decisão desfavorável quanto à atribuição do nú-
conformidade com a legislação aplicável; mero de controlo veterinário ou número de identificação
d) For junto ao procedimento relatório de avaliação da individual, consoante se trate de operador no setor dos
conformidade com a legislação aplicável na área técnica géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal
da saúde e segurança no trabalho elaborado por entidade ou do setor dos alimentos para animais, respetivamente,
acreditada. quando tal atribuição seja exigível nos termos da legislação
aplicável;
4 — (Revogado.) i) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
5 — (Revogado.) arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada refere o n.º 2 do artigo 17.º
suspende-se na data em que é remetida à entidade coor-
denadora a solicitação a que se referem os n.os 7 e 8 do 5 — O título digital de instalação pode ser emitido antes
artigo 21.º, retomando o seu curso após a data da emissão da decisão final nos procedimentos de licença ambiental, de
do comprovativo eletrónico de regular instrução mencio- título de utilização de recursos hídricos, de título de emis-
nado no n.º 12 do artigo 21.º são de gases com efeito de estufa, de parecer ou licença de
operação de gestão de resíduos, de atribuição do número
Artigo 24.º de controlo veterinário ou do número de identificação
individual e de autorização de equipamentos a instalar
Título digital de instalação em estabelecimento industrial abrangidos por legislação
1 — O título digital de instalação contém cópia inte- específica, que são apenas condição do título digital de
gral das pronúncias das entidades consultadas, incluindo exploração do estabelecimento.
das condições a observar pelo requerente na execução do 6 — O título digital de instalação é emitido de forma
projeto e na exploração do estabelecimento industrial, ou eletrónica e automática pelo «Balcão do empreendedor»,
a menção do decurso do prazo para esse efeito. sendo enviada notificação ao requerente, à entidade coor-
2 — Quando das pronúncias das entidades consultadas denadora, à câmara municipal territorialmente competente,
resultem incompatibilidades suscetíveis de inviabilizarem a às entidades públicas consultadas, bem como às entidades
execução do projeto e ou a exploração do estabelecimento cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3 do
industrial, a entidade coordenadora promove as ações ne- artigo 23.º
cessárias à concertação de posições, para que, no prazo a 7 — Verificando-se uma causa de não emissão do tí-
que se refere o número seguinte, as entidades consultadas tulo digital de instalação, nos termos previstos no n.º 4, o
procedam à eventual alteração das pronúncias no sentido «Balcão do empreendedor» envia notificação às entidades
da conciliação dos vários interesses em presença. referidas no número anterior.
3 — O título digital de instalação é emitido no prazo
máximo de 10 dias contados da verificação de uma das Artigo 25.º
seguintes circunstâncias: Pedido de título digital de exploração
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última das 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o requerente
licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres, atos deve apresentar, no «Balcão do empreendedor», um pedido
permissivos ou não permissivos necessários à instalação de emissão de título digital de exploração, acompanhado
do estabelecimento industrial; ou dos respetivos elementos instrutórios, nos termos definidos
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- na portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- 2 — Submetido o pedido nos termos no número anterior,
missivos ou não permissivos necessários à instalação do o «Balcão do empreendedor» emite automática e imedia-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2387
tamente a guia para pagamento da taxa devida pelo pedido 6 — A realização de uma vistoria única nos termos
de emissão de título digital de exploração. do número anterior não prejudica o disposto no n.º 6 do
3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão artigo 65.º do RJUE.
do empreendedor» emite, automática e imediatamente: 7 — Os resultados da vistoria são registados em auto
de vistoria, em formato eletrónico e ou em papel, do qual
a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa devida; devem constar os seguintes elementos:
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida-
des públicas consultadas que o procedimento iniciado se a) Validação dos elementos instrutórios a que se refere
o n.º 1 do artigo anterior;
encontra disponível para verificação. b) Conformidade ou desconformidade do estabeleci-
mento industrial com os condicionamentos legais e regu-
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do lamentares, com o projeto aprovado e com as condições
título digital de exploração é a data indicada no recibo a integradas no título digital de instalação;
que se refere a alínea a) do número anterior. c) Identificação das desconformidades que necessitam
5 — (Revogado.) de correção;
6 — (Revogado.) d) Posição sobre a procedência ou improcedência de
7 — (Revogado.) reclamações apresentadas na vistoria;
8 — (Revogado.) e) Proposta de decisão final sobre o pedido de título
9 — (Revogado.) digital de exploração.
10 — (Revogado.)
11 — (Revogado.) 8 — Quando a proposta de indeferimento se fundar em
12 — (Revogado.) desconformidade das instalações industriais com condi-
13 — (Revogado.) cionamentos legais e regulamentares ou com as condições
14 — (Revogado.) fixadas, ainda que por remissão, no título digital de insta-
lação, o auto de vistoria deve indicar as razões pelas quais
aquela desconformidade assume relevo suficiente para a
Artigo 25.º-A não emissão do título digital de exploração.
Vistoria prévia ao início da exploração 9 — Se as desconformidades identificadas forem
passíveis de correção em prazo razoável deve o auto de
1 — A vistoria prévia ao início da exploração de esta- vistoria propor a emissão de título digital de exploração
belecimento industrial tem lugar dentro dos 30 dias sub- condicionado à execução das correções necessárias dentro
sequentes à data de apresentação do pedido de emissão do de um prazo razoável ou ao cumprimento das condições
título digital de exploração. constantes do mesmo.
2 — A data para a realização da vistoria é comunicada, 10 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos
com a antecedência mínima de 10 dias, pela entidade coor- intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as
denadora ao requerente e a todas as entidades consultadas respetivas declarações individuais, devidamente assinadas,
ao abrigo do artigo 23.º, as quais devem designar os seus sendo submetido pela entidade coordenadora no «Balcão
representantes e indicar os técnicos e ou peritos que as do empreendedor» no último dia de realização da vistoria
representarão, podendo ainda a entidade coordenadora, ou nos cinco dias subsequentes à conclusão da mesma e
caso considere conveniente, convocar outros técnicos e disponibilizado ao requerente e às entidades intervenientes.
peritos. 11 — Não sendo realizada a vistoria no prazo referido
no n.º 1 por motivo não imputável ao requerente, este, sem
3 — A vistoria é agendada pela entidade coordenadora,
prejuízo dos meios graciosos e contenciosos ao seu dispor,
após articulação com as entidades intervenientes, e pode pode recorrer a entidades acreditadas para proceder à sua
ter lugar em: realização, devendo observar, as seguintes condições:
a) Dias fixos, e neste caso implica a presença conjunta e a) Ser conduzida por uma ou mais entidades acreditadas
simultânea no estabelecimento industrial dos representan- nos termos previstos no capítulo VI;
tes, técnicos e peritos referidos no número anterior; b) Observar o disposto nos n.os 7, 8 e 9.
b) Qualquer dia de determinado período, que não deve
exceder uma semana, e, neste caso, os representantes, técni- 12 — As entidades acreditadas que tenham procedido à
cos e peritos referidos no número anterior podem executar vistoria disponibilizam o respetivo resultado no «Balcão
as respetivas missões em dias diferentes dentro do período do empreendedor», dentro dos cinco dias subsequentes à
determinado, sem necessidade da presença simultânea de sua realização.
todos no estabelecimento industrial.
Artigo 25.º-B
4 — Decorrido o prazo previsto no n.º 1 para a reali- Título digital de exploração
zação da vistoria sem que esta seja realizada, por motivo
não imputável ao requerente, as entidades beneficiárias da 1 — A exploração de estabelecimento industrial só pode
taxa a que se refere o n.º 2 do artigo anterior procedem à ter início após a emissão do título digital de exploração
devolução ao requerente do valor correspondente. nos termos previstos nos números seguintes.
5 — Se, após a apresentação do pedido de título digital 2 — O título digital de exploração contém cópia integral
de exploração for também determinada a realização de das licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres,
vistoria no âmbito do RJUE, o requerente pode solicitar atos permissivos ou não permissivos necessários à explora-
à entidade coordenadora que seja agendada uma única ção do estabelecimento industrial ou a menção do decurso
vistoria, para a qual é convocada a câmara municipal com- do prazo a que se refere o número seguinte, e ainda, se
petente nos termos do n.º 2. aplicável, as condições a observar pelo requerente na ex-
2388 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
ploração, sendo emitido imediata e automaticamente após 8 — O requerente pode iniciar a exploração do estabe-
a verificação de uma das seguintes circunstâncias: lecimento industrial logo que seja emitido o título digital
de exploração e uma vez contratado o seguro de respon-
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última das
sabilidade civil a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º
licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres, atos 9 — O requerente deve comunicar à entidade coordena-
permissivos ou não permissivos necessários à exploração dora a data de início da exploração com uma antecedência
do estabelecimento industrial; ou não inferior a cinco dias, sendo tal comunicação notificada
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, autori- automaticamente através do «Balcão do empreendedor»
zações, aprovações, registos, pareceres ou atos permissivos a todas as entidades consultadas, bem como às entidades
ou não permissivos necessários à exploração do estabeleci- cuja consulta tenha sido dispensada nos termos do n.º 3
mento industrial, quando as entidades públicas respetivas do artigo 23.º
não se tenham pronunciado. 10 — Verificando-se uma causa de não emissão do título
de exploração, nos termos previstos no n.º 6, o «Balcão do
3 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, empreendedor» envia notificação ao requerente e demais
pareceres, atos permissivos ou não permissivos necessários entidades referidas no n.º 7.
à exploração do estabelecimento industrial são emitidas
no prazo de 10 dias contados da realização da vistoria a SUBSECÇÃO II
que se refere o artigo anterior.
4 — Se o auto de vistoria evidenciar que as condições Procedimento de autorização prévia padronizada
de exploração do estabelecimento industrial não estão con-
formes com o projeto aprovado ou com as condições esta- Artigo 26.º
belecidas no título digital de instalação do estabelecimento Objeto e âmbito do procedimento de autorização
industrial, mas as mesmas forem passíveis de correção em prévia padronizada
prazo razoável, é emitido título digital de exploração con-
dicionado à execução das correções necessárias dentro do (Revogado.)
prazo fixado no auto de vistoria, findo o qual é agendada
nova vistoria, aplicando-se o disposto no artigo 36.º Artigo 27.º
5 — O disposto no número anterior é aplicável igual- Pedido de autorização prévia padronizada
mente aos casos de medidas de correção de situações de não
(Revogado.)
cumprimento que sejam expressas nos autos de vistoria, ou
no relatório técnico das entidades acreditadas, sempre que
Artigo 28.º
tais medidas não constituam fundamento de não emissão do
título digital de exploração nos termos do número seguinte. Pronúncia de entidades públicas
6 — O título digital de exploração não é emitido quando (Revogado.)
ocorra uma das seguintes circunstâncias:
a) Desconformidade das instalações industriais com Artigo 29.º
condicionamentos legais e regulamentares ou com as Título de instalação e exploração padronizada
condições constantes do título digital de instalação desde
que o auto de vistoria ou o relatório técnico de entidade (Revogado.)
acreditada lhes atribua relevo suficiente;
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental, ins- SECÇÃO III
crito no TUA;
c) Indeferimento de título de emissão de gases com Procedimento de instalação e exploração sem realização
efeito de estufa, inscrito no TUA; de vistoria prévia
d) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pedido
de informação prévia de utilização dos recursos hídricos Artigo 30.º
em instalações industriais, inscrito no TUA; Objeto e início do procedimento
e) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
gestão de resíduos, inscrito no TUA; 1 — O procedimento para a instalação e exploração de
f) Falta de decisão ou decisão desfavorável quanto à um estabelecimento de tipo 2 envolve:
atribuição do número de controlo veterinário ou número de a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações,
identificação individual, consoante se trate de operador no registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não per-
setor dos géneros alimentícios ou subprodutos de origem missivos de que dependa a instalação ou exploração de
animal ou do setor dos alimentos para animais respetiva- estabelecimento industrial de tipo 2; e
mente, quando tal atribuição seja exigível nos termos da b) A emissão de um título digital de instalação e ex-
legislação aplicável. ploração, que titule o direito do requerente de instalar e
explorar um estabelecimento industrial de tipo 2.
7 — A emissão de título digital de exploração é noti-
ficada, de forma eletrónica e automática, pelo «Balcão 2 — O procedimento para a emissão de título digital de
do empreendedor», ao requerente, à entidade coordena- instalação e exploração é iniciado com a apresentação, no
dora, à câmara municipal territorialmente competente, às «Balcão do empreendedor», de um pedido de emissão de
entidades públicas consultadas, bem como às entidades título digital de instalação e exploração, acompanhado dos
cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3 respetivos elementos instrutórios, nos termos definidos na
do artigo 23.º portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2389
3 — Submetido o pedido nos termos do número an- liminar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática e automaticamente o comprovativo eletrónico previsto
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida no n.º 8.
pelo pedido de emissão de título digital de instalação e 12 — (Revogado.)
exploração.
4 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão Artigo 31.º
do empreendedor» emite, automática e imediatamente:
Pronúncia das entidades públicas no procedimento de instalação
a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa devida, e exploração sem realização de vistoria
identificando, sempre que possível, as entidades públicas 1 — As entidades públicas competentes para emissão,
cuja consulta seja obrigatória; de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida- outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
des públicas a consultar, informando que o procedimento a instalação e exploração do estabelecimento industrial,
iniciado se encontra disponível para verificação. nos termos do artigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do
procedimento a que se refere a presente secção, nos prazos
5 — Considera-se que a data do pedido de emissão do máximos para pronúncias previstos no anexo IV ao SIR,
título digital de instalação e exploração é a data indicada a contar da data do pedido, devendo inserir a respetiva
no recibo a que se refere a alínea a) do número anterior. licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou ou-
6 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido a tros atos permissivos ou não permissivos no «Balcão do
entidade coordenadora profere:
empreendedor» nesse prazo.
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual 2 — A inserção das pronúncias referidas no número
especifica em concreto os elementos em falta, bem como, anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada au-
se for caso disso, os esclarecimentos necessários à boa tomática e imediatamente ao requerente e à entidade co-
instrução do procedimento, caso se verifiquem desconfor- ordenadora.
midades sanáveis entre o pedido e respetivos elementos 3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade
instrutórios e os condicionamentos legais e regulamentares pública competente, quando:
aplicáveis; ou
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse- a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas
quente extinção do procedimento, se a não conformidade padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos termos
com os condicionamentos legais e regulamentares for in- e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º;
suscetível de suprimento ou correção. b) For junto ao procedimento licença, autorização,
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do nú- não permissivo que mantenha a sua validade, desde que
mero anterior, as entidades públicas notificadas ao abrigo se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de
da alínea b) do n.º 4, se verificarem a existência de omis- facto ou de direito;
sões ou irregularidades no pedido, solicitam à entidade c) For junto ao procedimento relatório de avaliação da
coordenadora, até ao décimo dia do prazo a que se refere conformidade com a legislação aplicável na área técnica
o número anterior, por uma só vez, que o requerente seja da saúde e segurança no trabalho elaborado por entidade
convidado a suprir aquelas omissões ou irregularidades acreditada.
ou pronunciam-se em sentido favorável ao indeferimento
liminar do pedido quando considerem que as mesmas não 4 — (Revogado.)
são sanáveis. 5 — (Revogado.)
8 — Decorrido o prazo previsto no n.º 6 sem que ocorra 6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada
convite ao aperfeiçoamento ou indeferimento liminar do suspende-se na data em que é remetida à entidade coorde-
pedido, o «Balcão do empreendedor» emite imediata e nadora a solicitação a que se refere o n.º 7 do artigo 30.º,
automaticamente comprovativo eletrónico onde conste retomando o seu curso após a data da emissão do com-
a data de apresentação do pedido de emissão de título provativo eletrónico de regular instrução mencionado no
digital de instalação e exploração e a menção à sua re- n.º 11 do mesmo artigo.
gular instrução, não podendo ser solicitados quaisquer
elementos adicionais. Artigo 32.º
9 — Tendo sido proferido despacho de convite ao aper- Título digital de instalação e exploração
feiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de 15 dias
para corrigir ou completar o pedido, sob pena de indefe- 1 — A exploração de estabelecimento industrial de
rimento liminar. tipo 2 só pode ter início após a emissão do título digital
10 — Submetidos os elementos a que se refere o número de instalação e exploração nos termos previstos nos nú-
anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica automática meros seguintes.
e imediatamente a entidade coordenadora e as entidades 2 — O título digital de instalação e exploração contém
públicas consultadas, para que, no prazo de 5 dias a contar cópia integral das licenças, autorizações, aprovações, re-
da junção ao processo dos elementos adicionais, a entidade gistos, pareceres, atos permissivos ou não permissivos
coordenadora, após articulação com as entidades públicas necessários à instalação e exploração do estabelecimento
consultadas, profira despacho de indeferimento liminar, se industrial ou a menção do decurso do prazo para esse efeito,
verificar que subsiste a não conformidade com os condi- e ainda, se aplicável, as condições a observar pelo reque-
cionamentos legais e regulamentares. rente na instalação e exploração, sendo emitido imediata e
11 — Decorrido o prazo previsto no número anterior automaticamente após a verificação de uma das seguintes
sem que seja proferido o despacho de indeferimento circunstâncias:
2390 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
cessação do exercício da atividade industrial é objeto de d) De tipo 1 ou 2 que, não se encontrando abrangida
comunicação pelo requerente à entidade coordenadora, pelo n.º 1, implique, por si mesma, ou por efeito acumulado
através do «Balcão do empreendedor», com a antecedência de anteriores alterações, um aumento superior a 30 % da
mínima de três meses relativamente à data prevista para capacidade produtiva existente ou a 30 % da área edificada
a cessação. do estabelecimento industrial;
3 — A inatividade de um estabelecimento industrial e) De tipo 3 que implique a sua classificação como
por um período igual ou superior a três anos determina a estabelecimento de tipo 2;
caducidade do título digital de exploração. f) De qualquer tipo, que implique a alteração das carac-
4 — No caso previsto no número anterior, a subsequente terísticas de efluentes rejeitados após tratamento ou dos
pretensão de reinício de atividade é sujeita à disciplina volumes titulados, bem como das áreas do domínio hídrico
imposta às instalações novas. ocupadas, nos termos do disposto no regime de utilização
5 — Sempre que o período de inatividade de estabe- de recursos hídricos.
lecimento industrial de tipo 1 seja superior a um ano e
inferior a três anos, o requerente apresenta, antes de rei- 4 — Fica sujeita a procedimento de mera comunicação
niciar a exploração, um pedido de vistoria, aplicando-se prévia a alteração a estabelecimento industrial de tipo 3
as disposições previstas para as vistorias prévias previstas que não se encontre abrangida pelo disposto nos n.os 1
no artigo 25.º-A, podendo ser impostas pela entidade co- e 3, que implique a alteração da atividade económica,
ordenadora, após articulação com as entidades públicas classificada de acordo com a respetiva CAE, exercida no
intervenientes, novas condições de exploração, sempre estabelecimento.
que tal se revele necessário ao cumprimento dos condi- 5 — O âmbito dos procedimentos de alteração de es-
cionamentos legais e regulamentares em vigor, através de tabelecimento referidos nos números anteriores e das
decisão fundamentada. respetivas avaliações técnicas limita-se aos elementos e
6 — As comunicações a que se refere o n.º 1 são aver- partes da instalação industrial que possam ser afetados
badas automaticamente no título digital. pela alteração, exceto se o requerente pedir a antecipação
do reexame global das condições de exploração, sendo
os respetivos elementos instrutórios definidos na portaria
CAPÍTULO IV referida no n.º 1 do artigo 21.º
Regime das alterações aos estabelecimentos 6 — O procedimento de alteração do estabelecimento
industriais industrial implica a atualização do título digital corres-
pondente.
Artigo 39.º
Artigo 39.º-A
Alterações sujeitas a procedimento
Apreciação prévia
1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia a
alteração de estabelecimento industrial que constitua: 1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, o reque-
rente deve submeter à entidade coordenadora pedido de
a) «Alteração de um projeto» na aceção do RJAIA; apreciação prévia sobre o tipo de procedimento aplicável
b) Alteração de exploração considerada «alteração subs- à alteração do estabelecimento, acompanhado dos elemen-
tancial», na aceção do regime jurídico do Regime das tos instrutórios definidos na portaria referida no n.º 1 do
Emissões Industriais (REI); artigo 21.º, sempre que:
c) «Alteração substancial» que implique um aumento
de risco do estabelecimento, na aceção do RPAG; a) Esteja em causa uma «alteração de projeto», cuja
d) Alteração, que careça por si mesma, de alvará para submissão a AIA deva ser decidida com base numa análise
operação de gestão de resíduos perigosos; caso a caso, à luz do RJAIA;
e) Alteração que implique a atribuição do número de b) Esteja em causa uma «alteração de exploração» para
controlo veterinário ou número de identificação indivi- efeitos de licença ambiental, suscetível de ser abrangida
dual, consoante se trate de operador no setor dos géneros pelo disposto no n.º 1 artigo 19.º do REI;
alimentícios ou subprodutos de origem animal ou do setor c) Esteja em causa uma alteração que possa suscitar um
dos alimentos para animais, respetivamente, de acordo com aumento relevante da perigosidade do estabelecimento,
a legislação aplicável. para efeitos de RPAG.
ditada, no prazo máximo de cinco dias contados da data decisão favorável à acreditação, salvo se a entidade gestora
do conhecimento da mesma. recorrer à subcontratação de outra entidade acreditada para
o exercício da função de entidade coordenadora;
SECÇÃO IV b) Inatividade da entidade gestora da ZER por um
período igual ou superior a três anos, salvo se esta demons-
Controlo, reexame, suspensão e cessação trar junto da entidade coordenadora que tal inatividade não
da exploração da ZER lhe é imputável.
Artigo 52.º 3 — Sempre que haja lugar a cessação ou suspensão, a
Procedimentos de controlo e reexame qualquer título, da atividade da entidade gestora da ZER,
ou à caducidade do respetivo título digital de exploração,
1 — A entidade coordenadora realiza vistorias de con- o desempenho das funções de entidade coordenadora dos
formidade à ZER, para verificação do cumprimento dos estabelecimentos industriais aí instalados é assumido pela
condicionamentos legais ou do cumprimento das condições entidade competente nos termos do anexo III ao SIR.
fixadas no título digital de exploração, para instruir a apre-
ciação de alterações à ZER ou para análise de reclamações
apresentadas, às quais é aplicável a disciplina estabelecida SECÇÃO V
nos artigos 36.º e 37.º, com as especificidades previstas Alterações à ZER
no presente artigo.
2 — Se os procedimentos de controlo revelarem que não
Artigo 54.º
estão a ser cumpridas condições impostas pelo título digital
de exploração, a entidade coordenadora toma as medidas Regimes das alterações
cautelares e as providências necessárias, entre as quais se
inclui a suspensão, por um período máximo de seis meses, 1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia
do título digital de exploração e o encerramento preventivo, aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 1, com as
parcial ou total, de instalações ou equipamentos que se necessárias adaptações, a alteração de ZER que determine
encontrem sob a administração da entidade gestora. a sujeição a AIA, nos termos do RJAIA.
3 — Sempre que o incumprimento pela entidade gestora 2 — Fica sujeita ao procedimento sem vistoria prévia
das condições impostas pelo título digital de exploração se aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 2, com as
repercutir, de forma relevante, na desconformidade da ins- necessárias adaptações, a alteração de ZER não abrangida
talação ou da exploração dos estabelecimentos a localizar pelo disposto no número anterior sempre que a referida
ou localizados na ZER com condicionamentos legais ou alteração implique um aumento superior a 30 % da respe-
regulamentares, a entidade coordenadora da ZER notifica tiva área de implantação e ou a alteração das atividades,
os titulares dos estabelecimentos em causa para, num prazo classificadas de acordo com a respetiva CAE, cuja insta-
razoável, procederem às necessárias correções, sem preju- lação é permitida na ZER.
ízo de poder acionar as medidas previstas nos artigos 72.º 3 — As alterações a ZER não abrangidas pelo número
e 73.º, caso se verifiquem as circunstâncias aí previstas. anterior ficam sujeitas ao procedimento de mera comu-
4 — A ZER está sujeita ao reexame global das condi- nicação prévia aplicável aos estabelecimentos industriais
ções constantes do título digital de exploração após terem de tipo 3.
decorrido cinco anos contados a partir da data da respetiva 4 — Aos procedimentos de alteração referidos nos nú-
emissão ou da data da última atualização do mesmo, sem meros anteriores aplica-se, com as necessárias adaptações,
prejuízo do que for exigido por legislação específica. o disposto nos n.os 5 e 6 do artigo 39.º e no artigo 39.º-A.
5 — O reexame de condições de exploração da ZER
contempla a realização de vistorias, às quais é aplicável o SECÇÃO VI
disposto no artigo 25.º-A, com as devidas adaptações.
6 — O título digital de exploração é atualizado na se- Conversão em ZER
quência da realização de vistorias, bem como na sequência
do reexame das condições de exploração. Artigo 55.º
Conversão em ZER de outros espaços afins
Artigo 53.º
Suspensão e cessação da atividade, alteração da titularidade
As zonas industriais, os parques industriais e as áreas de
ou denominação e caducidade do título digital de exploração acolhimento empresarial podem ser objeto de conversão em
ZER, mediante o procedimento estabelecido na presente
1 — As situações de suspensão, o reinício ou a cessação secção, o qual tem por objetivo avaliar a conformidade das
da atividade da ZER, bem como a alteração da titulari- respetivas condições de instalação ou exploração com os
dade ou da denominação social do respetivo titular, são preceitos constantes do SIR, devidamente adaptados.
comunicadas pela entidade gestora através do «Balcão do
empreendedor» no prazo máximo de 30 dias contados da Artigo 56.º
data do facto que lhes deu origem, sendo automaticamente
notificadas à entidade coordenadora e demais entidades Pedido de conversão
intervenientes. 1 — O pedido de conversão em ZER é apresentado à
2 — Há lugar à caducidade do título digital de explo- entidade coordenadora nos termos definidos na portaria a
ração sempre que se verifique: que se refere o n.º 1 do artigo 46.º
a) Decisão desfavorável do pedido de acreditação da 2 — Considera-se que a data do pedido é a data indicada
entidade gestora ou posterior anulação ou suspensão de no respetivo comprovativo do pagamento da taxa devida.
2396 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
5 — No caso de decisão favorável, a entidade coorde- 3 — Na medida em que se trate de atividade industrial
nadora emite título digital de exploração, onde descreve prevista no título digital de exploração da ZER, os estabe-
todas as condições de exploração da ZER. lecimentos industriais a instalar em ZER não se encontram
6 — No caso de decisão favorável condicionada, a enti- sujeitos a vistoria prévia para efeitos da emissão do respe-
dade coordenadora comunica as condições ao requerente, tivo título de exploração previsto no capítulo III, exceto se
fixando-lhe um prazo não superior a seis meses para o seu estiver em causa a exploração de atividade agroalimentar
cumprimento, findo o qual, sem que se tenham sido juntos que utilize matéria-prima de origem animal não transfor-
ao processo comprovativos do cumprimento das condições mada, caso em que a exploração só pode ser iniciada após a
exigidas, profere, no prazo de 10 dias, decisão desfavorável. comunicação ao requerente do resultado favorável daquela
7 — No caso de decisão desfavorável, a entidade co- vistoria, a qual se rege pelo artigo 25.º-A.
ordenadora profere decisão fundamentada indeferindo o 4 — Os estabelecimentos industriais a instalar em ZER
pedido de conversão. beneficiam de redução a metade das taxas previstas no n.º 1
8 — As decisões sobre o pedido de conversão em ZER do artigo 79.º e no n.º 1 do artigo 81.º
referidas nos números anteriores são disponibilizadas pela
entidade coordenadora no «Balcão do empreendedor», no Artigo 60.º
dia imediatamente subsequente à data da respetiva emissão,
Outros regimes de licenciamento
sendo enviada notificação automática ao requerente e a
todas as entidades intervenientes no processo. 1 — À instalação e exploração de estabelecimentos
de comércio, serviços e restauração em ZER aplica-se o
SECÇÃO VII regime jurídico aplicável ao acesso e exercício destas ati-
vidades, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
Instalação e exploração de atividades empresariais em ZER 2 — A instalação em ZER de grandes superfícies co-
merciais e de conjuntos comerciais não carece de:
Artigo 58.º
a) Autorização ou informação prévia de localização, na
Direitos e deveres dos titulares dos estabelecimentos medida em que tal instalação se encontre prevista no título
instalados em ZER
digital de exploração da ZER;
1 — A instalação de estabelecimentos industriais, co- b) AIA inscrita no TUA, no caso de o EIA da ZER ter
merciais ou de serviços em ZER concretiza-se mediante incluído os requisitos de informação necessários ao EIA
contrato de aquisição da propriedade, de aquisição de di- do estabelecimento de comércio ou conjunto comercial a
reito de superfície, de arrendamento ou de qualquer outro instalar em ZER, à luz do preceituado no RJAIA.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2397
a) Ambiente, incluindo água, ar, resíduos, ruído, pre- Funcionamento das entidades acreditadas
venção e controlo integrados da poluição, prevenção de
acidentes graves e AIA; Artigo 67.º
b) Segurança e saúde no trabalho, se aplicável nos ter- Deveres gerais das entidades acreditadas
mos de lei especial;
c) Segurança alimentar. Constituem deveres das entidades acreditadas:
a) Garantir o caráter absolutamente sigiloso dos seus pare-
3 — (Revogado.) ceres, relatórios e de todas as informações a que tenham acesso
4 — (Revogado.) por motivo das suas atividades, designadamente de inspeção,
2398 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
mesmo após ter cessado a vigência da respetiva acredita- b) À câmara municipal territorialmente competente nos
ção, salvaguardados os deveres legais perante as entidades estabelecimentos relativamente aos quais esta última é a
com competência fiscalizadora nas matérias em questão; entidade coordenadora.
b) Desempenhar as suas atribuições com competência c) (Revogada.)
e isenção, tendo sempre em vista a salvaguarda de pes-
soas e bens, e observar integralmente o cumprimento das 2 — A competência para a fiscalização atribuída ao
disposições técnicas e legais aplicáveis à sua atividade, abrigo do número anterior não prejudica as competências
nomeadamente no que respeita ao exercício das atividades próprias de outras entidades e a possibilidade de realização
previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 62.º; de ações de fiscalização conjunta.
c) Implementar e manter permanentemente em funciona- 3 — Para o exercício das competências previstas no
mento um sistema de gestão da qualidade, em conformidade n.º 1 e por forma a evitar divergências de critérios na apli-
com os requisitos da norma NP EN ISO/IEC 17020; cação da lei e no exercício de competências de fiscalização,
d) Manter devidamente compilados e arquivados os o IAPMEI, I. P., elabora, em articulação com as entidades
registos referentes à sua atividade, destinados a demonstrar aí referidas, linhas orientadoras não vinculativas para o
a observância dos requisitos aplicáveis, por um período exercício das ações de fiscalização, as quais devem incluir a
mínimo de cinco anos; lista dos aspetos concretos a considerar nas mesmas, sendo
e) Celebrar contrato de seguro de responsabilidade civil objeto de publicação no «Balcão do empreendedor».
extracontratual nos termos previstos no n.º 2 do artigo 4.º 4 — O industrial deve facultar às entidades fiscaliza-
doras a entrada nas suas instalações, bem como fornecer
Artigo 68.º as informações que por aquelas lhe sejam solicitadas, de
Organização das entidades acreditadas forma fundamentada, sempre que tais informações não se
encontrem já disponíveis no «Balcão do empreendedor».
As entidades acreditadas, quando se encontram integra- 5 — Quando, no decurso de uma ação de fiscalização, qual-
das em estruturas organizacionais que desenvolvem outras quer das entidades fiscalizadoras detetar o incumprimento das
atividades, devem dispor de uma unidade dotada de total medidas por ela prescritas, deve desencadear as ações adequa-
autonomia técnica e decisória, não podendo essa unidade e das, nomeadamente através do levantamento do competente
os técnicos envolvidos no exercício das respetivas funções auto de notícia, dando conhecimento de tal facto à entidade
participar, a qualquer título, em atividades de consulta- coordenadora.
doria, projeto, construção, instalação ou manutenção de Artigo 72.º
estabelecimentos industriais ou equiparados.
Medidas cautelares
Artigo 69.º Sem prejuízo das competências das entidades respon-
Ensaios sáveis pelo controlo ou fiscalização previstas em regimes
específicos, sempre que a entidade coordenadora, no âm-
Sempre que a intervenção das entidades acreditadas exija bito das vistorias referidas nos artigos 36.º e 37.º, ou as
a realização de ensaios não enquadráveis na NP EN ISO/ entidades fiscalizadoras referidas nas alíneas a) e b) do
IEC 17020, devem as mesmas recorrer a laboratórios de n.º 1 do artigo anterior detetem uma situação de infração
ensaio acreditados pelo IPAC, I. P., face à NP EN ISO/ prevista no SIR que constitua perigo grave para a saúde
IEC 17025, para os ensaios específicos em causa. pública, para a segurança de pessoas e bens, para a saúde
e segurança nos locais de trabalho ou para o ambiente
Artigo 70.º devem, individual ou coletivamente, tomar de imediato as
Acompanhamento providências adequadas para eliminar a situação de perigo,
podendo ser determinada, por um prazo máximo de seis
1 — Compete ao IPAC, I. P., dar conhecimento ao meses, a suspensão da atividade, o encerramento preven-
IAPMEI, I. P., de quaisquer sanções aplicadas às entidades tivo do estabelecimento, no todo ou em parte, ou a apreen-
acreditadas para o exercício de funções de coordenação são de todo ou parte do equipamento, mediante selagem.
dos procedimentos de instalação, exploração e alteração
de estabelecimentos industriais em ZER. Artigo 73.º
2 — (Revogado.)
Interrupção do fornecimento de energia elétrica
didas cautelares previstas no artigo 72.º e da interrupção i) O início da exploração de um estabelecimento indus-
do fornecimento de energia elétrica prevista no artigo trial de tipo 1 ou de tipo 2 sem que tenha sido emitido o
anterior, a qual é determinada se tiverem cessado as título digital de exploração a que se refere o artigo 25.º-B
situações que lhes deram causa, sem prejuízo do prosse- ou o título digital de instalação e exploração a que se refere
guimento dos processos criminais e de contraordenação o artigo 32.º, respetivamente;
já iniciados. j) O início da exploração de estabelecimento industrial
2 — No caso de interrupção do fornecimento de energia de tipo 3, em violação do disposto no artigo 34.º;
elétrica, este deve ser restabelecido mediante pedido da k) A inobservância das condições de exploração do esta-
entidade coordenadora à entidade distribuidora de energia belecimento industrial fixadas no título digital de explora-
elétrica ou por determinação judicial. ção ou no título digital de instalação e exploração, respeti-
3 — Sempre que o proprietário ou detentor legítimo vamente, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 25.º-B ou
do equipamento apreendido requeira a sua desselagem, no n.º 2 do artigo 32.º e no n.º 6 do artigo 37.º;
demonstrando documentalmente o propósito de proceder l) A inobservância das condições de exploração de ZER
à sua alienação em condições que garantam que o destino fixadas no título digital de exploração nos termos previstos
que lhe vai ser dado não é suscetível de originar novas nos n.os 2 e 3 do artigo 50.º, ou ainda, aquando da respetiva
infrações ao SIR, a entidade coordenadora deve autorizá- atualização, nos termos do n.º 6 do artigo 52.º;
-la, independentemente de vistoria. m) A infração ao dever de comunicação previsto no n.º 3
do artigo 3.º e nos n.os 1 e 4 do artigo 38.º;
SECÇÃO II n) A inobservância do disposto no artigo 4.º;
o) (Revogada.)
Regime sancionatório p) A infração ao disposto no artigo 51.º;
q) A infração ao disposto no n.º 4 do artigo 71.º
Artigo 75.º
Sanções
3 — No caso das infrações referidas nas alíneas a), c),
d), e), f), h), i) e j) do número anterior, os valores míni-
1 — Sem prejuízo da punição pela prática de crime de mos das coimas referidas no corpo do mesmo número são
falsas declarações, constitui contraordenação punível com agravados para o dobro.
coima de € 500 a € 3500 tratando-se de pessoa singular, 4 — A negligência é punível com coima de valor re-
ou de € 4400 a € 44 000, tratando-se de pessoa coletiva, a duzido a metade.
emissão pelo industrial de uma declaração de cumprimento
de condições técnicas padronizadas objeto do pedido ao Artigo 76.º
abrigo da alínea c) do n.º 4 do artigo 8.º que não corres-
Sanções acessórias
ponda à verdade.
2 — Constitui contraordenação punível com coima 1 — Podem ser aplicadas, simultaneamente com a
de € 250 a € 2500, tratando-se de pessoa singular, ou de coima, as seguintes sanções acessórias, em função da
€ 2500 a € 44 000, tratando-se de pessoa coletiva: gravidade da infração e da culpa do agente:
a) A execução de projeto de instalação de estabeleci- a) Perda, a favor do Estado, de equipamentos, máquinas
mento industrial de tipo 1, sem que tenha sido emitido o e utensílios utilizados na prática da infração;
título digital de instalação referido no artigo 24.º; b) Privação dos direitos a subsídios ou benefícios ou-
b) (Revogada.) torgados por entidades ou serviços públicos;
c) A execução de projeto de instalação de estabeleci- c) Suspensão do título de exploração;
mento industrial de tipo 2, sem que tenha sido emitido o d) Encerramento do estabelecimento e instalações.
título digital de instalação e exploração referido no ar-
tigo 32.º; 2 — As sanções previstas nas alíneas b), c) e d) do nú-
d) A execução de projeto de instalação ou o início da mero anterior têm a duração máxima de dois anos, contados
exploração de ZER, sem que tenham sido emitidos o título a partir da decisão condenatória definitiva.
digital de instalação e de exploração por força do disposto 3 — As sanções acessórias previstas nas alíneas a), b) e
no n.º 1 do artigo 43.º; c) do n.º 1, quando aplicadas a estabelecimentos industriais
e) A execução de projeto de alterações de estabeleci- de tipo 1 são publicitadas pela autoridade que aplicou a
mento industrial sujeito ao procedimento com vistoria coima, a expensas do infrator.
prévia, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 39.º,
sem que tenha sido emitido o título de alteração cor- Artigo 77.º
respondente;
Competência sancionatória
f) A execução de projeto de alterações de estabeleci-
mento industrial sujeito ao procedimento sem vistoria 1 — Compete à ASAE a instrução dos processos de
prévia ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 39.º, sem contraordenação por infração ao disposto no SIR e ao seu
que tenha sido emitido o título de alteração correspondente; inspetor-geral a aplicação das respetivas coimas e sanções
g) A execução de projeto de alterações de estabeleci- acessórias.
mento industrial sujeito a mera comunicação prévia ao 2 — Compete às câmaras municipais territorial-
abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 39.º, sem que tenha mente competentes, quando as mesmas sejam entidade
sido emitido o título de alteração correspondente; coordenadora, a instrução dos processos de contraor-
h) A execução de projeto de alterações de ZER sujeito denação por infração ao disposto no SIR e aos seus
aos procedimentos previstos no artigo 54.º, sem que tenha presidentes a aplicação das respetivas coimas e sanções
sido emitido o título de alteração correspondente; acessórias.
2400 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Limites anuais
Subclasse Atividade exercida a título individual Subclasse
de produto Designação CAE Atividade produtiva
CAE ou em microempresa CAE
acabado
}
11011 Fabricação de aguardentes pre- Produção de aguardentes
similares. paradas. vínicas (1).
10201 Preparação de produtos da 11013 Produção de licores e de outras Produção de licores, xaro-
pesca e da aquicultura. bebidas destiladas. pes e aguardentes não
10202 Congelação de produtos da vínicas.
Preparação e conservação
pesca e da aquicultura. 11021 Produção de vinhos comuns e Todas.
de peixe e outros produ-
10203 Conservação de produtos da licorosos.
tos do mar.
pesca e da aquicultura em
11030 Produção de cidra e outros pro- Todas.
azeite e outros óleos vegetais
dutos fermentados.
e outros molhos.
10204 Salga, secagem e outras trans- Todas (1). 11050 Fabricação de cerveja. . . . . . . Todas.
formações de produtos da 13101 Preparação e fiação de fibras do Todas.
pesca e aquicultura. tipo algodão.
10310 Preparação e conservação de Todas. 13102 Preparação e fiação de fibras Todas.
batatas. do tipo lã.
10320 Fabricação de sumos de frutas e Todas. 13103 Preparação e fiação da seda e Preparação e fiação de fi-
de produtos hortícolas. preparação e texturização bras têxteis.
10391 Congelação de frutos e de pro- Todas. de filamentos sintéticos e
dutos hortícolas. artificiais.
10392 Secagem e desidratação de fru- Preparação de frutos secos 13105 Preparação e fiação de fibras Preparação e fiação de fi-
tos e de produtos hortícolas. e secados, incluindo os do tipo linho e outras fibras bras têxteis.
silvestres. têxteis.
10393 Fabricação de doces, compotas, Todas. 13201 Tecelagem de fio do tipo algo- Todas.
geleias e marmelada. dão.
10394 Descasque e transformação de Todas. 13202 Tecelagem de fio do tipo lã Todas.
frutos de casca rija comes- 13203 Tecelagem de fio do tipo seda Todas.
tíveis. e outros têxteis.
2410 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015
Subclasse Subclasse
Designação CAE Atividade produtiva Designação CAE Atividade produtiva
CAE CAE
13920 Fabricação de artigos têxteis Confeção de bonecos de 23701 Fabricação de artigos de már- Escultura em pedra; can-
confecionados, exceto ves- pano e de artigos têxteis more e de rocha similares. taria.
tuário. para o lar. 23702 Fabricação de artigos em ardó- Arte de trabalhar ardósia.
13930 Fabricação de tapetes e carpetes Todas. sia (lousa).
13941 Fabricação de cordoaria . . . . . Todas (inclui arte de 23703 Fabricação de artigos de granito Escultura em pedra; can-
marinharia e outros e de rocha, n. e. taria.
objetos de corda). 25120 Fabricação de portas, janelas e Fabrico de portas, janelas e
13961 Fabricação de passamanarias e Passamanaria. elementos similares em me- elementos similares.
sirgarias. tal, n. e.
13991 Fabricação de bordados . . . . . Todas. 25501 Fabricação de produtos forja- Todas.
13992 Fabricação de rendas . . . . . . . Todas. dos, estampados e laminados.
14110 Confeção de vestuário em couro Todas. 25710 Fabricação de cutelaria . . . . . Todas.
14120 Confeção de vestuário de tra- Todas. 25731 Fabricação de ferramentas ma- Todas.
balho. nuais.
14132 Confeção de outro vestuário Todas. 25931 Fabricação de produtos de Todas.
exterior por medida. arame.
14190 Confeção de outros artigos e Todas. 25991 Fabricação de louça metálica e Latoaria; arte de tra-
acessórios de vestuário. artigos de uso doméstico. balhar cobre, la-
14310 Fabricação de meias e similares Todas. tão, estanho, bronze.
de malha. 25992 Fabricação de outros produtos Latoaria; arte de tra-
14390 Fabricação de outro vestuário Todas. metálicos diversos, n. e. balhar cobre, la-
de malha. tão, estanho, bronze.
15111 Curtimenta e acabamento de Gravura em pele; douradura 27400 Fabricação de lâmpadas elétri- Fabrico de quebra-luzes
peles sem pelo. em pele. cas e de outro equipamento (abat-jours)
15120 Fabricação de artigos de viagem Todas. de iluminação.
e de uso pessoal, de marro- 31020 Fabricação de mobiliário de Marcenaria.
quinaria, de correeiro e de cozinha.
seleiro. 31030 Fabricação de colchoaria . . . . Todas.
15201 Fabricação de calçado . . . . . . Todas. 31091 Fabricação de mobiliário de Marcenaria; arte de cadei-
16230 Fabricação de outras obras de Carpintaria para construção madeira para outros fins. reiro; estofador.
carpintaria para a construção. tradicional. 31093 Fabricação de mobiliário de ou- Fabrico de mobiliário de
16291 Fabricação de outras obras de Carpintaria agrícola, carpin- tros materiais para outros fins. vime ou similar.
madeira. taria de cena. 32121 Fabricação de filigranas . . . . . Ourivesaria — filigrana.
16291 Fabricação de outras obras de Todas. 32122 Fabricação de artigos de joa- Ourivesaria — prata cinze-
madeira. lharia e de outros artigos de lada; joalharia.
16292 Fabricação de obras de cestaria Cestaria, esteiraria, ca- ourivesaria.
e de espartaria. pacharia, chapelaria, 32130 Fabricação de bijutarias . . . . . Todas.
empalhamento, arte de 32200 Fabricação de instrumentos Todas.
croceiro, confeção de bo- musicais.
necos em folhas de milho. 32300 Fabricação de artigos de des- Fabricodeaparelhosdepesca.
16295 Fabricação de outros produtos Arte de trabalhar cortiça. porto.
de cortiça. 32400 Fabricação de jogos e de brin- Todas (inclui fabrico de mi-
17120 Fabricação de papel e de cartão Fabrico de papel. quedos. niaturas).
(exceto canelado). 32910 Fabricação de vassouras, esco- Todas.
17212 Fabricação de outras embala- Cartonagem. vas e pincéis.
gens de papel e de cartão. 32995 Fabricação de caixões mortuá- Todas.
17290 Fabricação de outros artigos de Arte de trabalhar papel. rios em madeira.
pasta de papel, de papel e de 32996 Outras indústrias transformado- Fabrico de perucas; taxi-
cartão. ras diversas, n. e. dermia (arte de embal-
20411 Fabricação de sabões, detergen- Todas. samar); fabrico de flores
tes e glicerina. artificiais; fabrico de
20420 Fabricação de perfumes, de Todas. registos e similares; fa-
cosméticos e de produtos de brico de adereços e en-
higiene. feites de festa; fabrico de
23132 Cristalaria. . . . . . . . . . . . . . . . Arte de trabalhar cristal. objetos em cera; fabrico
23190 Fabricação e transformação Arte de trabalhar o vidro de objetos em osso, chi-
de outro vidro (inclui vidro (inclui arte do vitral). fre e similares; fabrico
técnico). de objetos em materiais
23311 Fabricação de azulejos . . . . . . Cerâmica de construção sintéticos.
tradicional. 33110 Reparação e manutenção de Todas.
23312 Fabricação de ladrilhos, mosai- Cerâmica de construção produtos metálicos (exceto
cos e placas de cerâmica. tradicional. máquinas e equipamentos).
23321 Fabricação de tijolos . . . . . . . Cerâmica de construção 33120 Reparação e manutenção de Todas.
tradicional. máquinas e equipamentos.
23322 Fabricação de telhas. . . . . . . . Cerâmica de construção 33130 Reparação e manutenção de equi- Todas.
tradicional. pamento eletrónico e ótico.
23323 Fabricação de abobadilhas . . . Cerâmica de construção 33140 Reparação e manutenção de Todas.
tradicional. equipamento elétrico.
23411 Olaria de barro . . . . . . . . . . . . Todas. 35302 Produção de gelo . . . . . . . . . . Todas.
23414 Atividades de decoração de Pintura cerâmica. 56210 Fornecimento de refeições para Todas.
artigos cerâmicos de uso do- eventos.
méstico e ornamental. 56290 Outras atividades de serviço de Todas.
23521 Fabricação de cal . . . . . . . . . . Fabrico de cal não hidráulica. refeições.
23690 Fabricação de outros produtos Arte de trabalhar o gesso.
de betão, gesso e cimento. (1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio urbano.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2411
Fatores de conversão e coeficientes de equivalência Identificação das entidades coordenadoras, nos termos
do disposto no n.º 2 do artigo 13.º
1 — Coeficientes de equivalência a utilizar: do Sistema da Indústria Responsável
1 kVA = 0,96 kW; 1 — A determinação da entidade coordenadora no pro-
1 kcal = 4,18 kJ. cedimento relativo ao estabelecimento industrial é feita de
acordo com o quadro constante do presente anexo, sem
2 — Poderes caloríficos a utilizar: prejuízo do disposto nos números seguintes.
2 — Sempre que num estabelecimento industrial classi-
Fuelóleo — 9600 kcal/kg; ficado de acordo com o artigo 11.º do Sistema da Indústria
Gasóleo — 10 450 kcal/kg; Responsável sejam exercidas atividades industriais do
Petróleo — 10 450 kcal/kg; mesmo tipo às quais correspondam diferentes entidades
Propano — 11 400 kcal/kg; coordenadoras, a determinação da entidade coordenadora é
Butano — 11 400 kcal/kg; feita em função da Classificação Portuguesa das Atividades
Gás natural — 9080 kcal/m3; Económicas (CAE) da atividade principal.
Combustíveis sólidos: 3 — A entidade coordenadora do procedimento relativo
2000 kcal/kg (teor de humidade > 60 %); à instalação e exploração da Zonas Empresariais Responsá-
2500 kcal/kg (30 % < teor de humidade < 60 %); veis (ZER) é o IAPMEI — Agência para a Competitividade
3000 kcal/kg (teor de humidade < 30 %). e Inovação, I. P. (IAPMEI, I. P.).
4 — A entidade coordenadora dos anexos mineiros e
3 — Outros fatores de conversão: de pedreiras onde sejam exercidas atividades industriais
exclusivamente para a beneficiação do material extraído
1000 L de gasóleo — 835 kg; é a entidade com atribuições e competências da respetiva
1000 L de petróleo — 785 kg. atividade extrativa.
CAE-Rev 3 Tipologia
Entidade Coordenadora
(Subclasse) de estabelecimentos
05100, 05200, 07100, 07210, 07290, 08111, 08112, 08113, Todos os tipos . . . . . . Direção-Geral de Energia e Geologia.
08114, 08115, 08121, 08920, 08992, 11071, 19201, 19202,
24410, 24430, 24440, 24450 e 24460.
08931,10110 a 10412, 10510 e 1089310911 a 10920, 11011 Tipos 1 e 2 . . . . . . . . . Direção Regional de Agricultura territorialmente competente
a 11013, 11021 a 11030,35302, 56210 e 56290. ou entidade gestora de ZER.
Tipo 3 . . . . . . . . . . . . . Câmara Municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
Subclasses previstas na secção 1 do Anexo I e não identifi- Tipos 1 e 2 . . . . . . . . . IAPMEI, I. P., ou entidade gestora de ZER.
cadas nas linhas anteriores desta coluna. Tipo 3 . . . . . . . . . . . . . Câmara Municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
ANEXO IV
Regimes/circunstâncias Prazos
1 — Os prazos máximos para pronúncias a que se refe-
rem a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º, a alínea e) do n.º 1
do artigo 16.º, o n.º 1 do artigo 23.º e o n.º 1 do artigo 31.º • Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 2 15 dias
são os constantes do quadro seguinte: (1) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 151-B/2013, de 31 de outubro.
(2) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 151-B/2013, de 31 de outubro.
Regimes/circunstâncias Prazos (3) Regime jurídico de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho.
(4) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à prevenção e controlo integrados
da poluição, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — De- (5) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à incineração e coincineração de
claração de impacte ambiental (DIA) em fase de projeto resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
de execução (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 dias (6) Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008,
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009,
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — Re- de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho.
latório de conformidade ambiental do projeto de execução (7) Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março, que aprova o regime CELE.
com a DIA (RECAPE) (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 dias (8) Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada pelos
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias Decretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 60/2012, de 14 de março.
perigosas (3) — parecer relativo ao relatório de segurança 80 dias
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias peri- 2 — A redução dos prazos máximos para pronúncias a
gosas (3) — parecer relativo à compatibilidade de localização 30 dias que se refere a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º é efetuada
• Licença ambiental associada a estabelecimento industrial
não sujeito a avaliação de impacte ambiental . . . . . . . . . 80 dias de acordo com as seguintes regras:
• Licença ambiental com DIA em simultâneo (4). . . . . . . . . 90 dias
• Licença ambiental com RECAPE em simultâneo (4) . . . . 60 dias
a) Tratando-se de estabelecimento ao qual é aplicável o
• Operação de gestão de resíduos — regime de incineração (5) 50 dias regime jurídico de avaliação de impacte ambiental apro-
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime geral 50 dias vado pelo Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime (RJAIA) ou o regime jurídico de acidentes graves que en-
simplificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 dias
• Título de emissão de gases com efeito de estufa (7) . . . . . 30 dias volvam substâncias perigosas, aprovado pelo Decreto-Lei
• Título de utilização de recursos hídricos (8) . . . . . . . . . . . 22 dias n.º 254/2007, de 12 de julho (RPAG), o prazo é reduzido
• Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 1 25 dias em um quarto;
2412 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015