Você está na página 1de 76

Diário da República, 1.ª série — N.

º 90 — 11 de maio de 2015 2337

2 — [...]. MINISTÉRIO DA ECONOMIA


3 — [...].
4 — [...].
Decreto-Lei n.º 73/2015
Artigo 7.º de 11 de maio
[...] A aprovação pelo Governo do Sistema da Indústria
1 — [...]. Responsável (SIR), em anexo ao Decreto-Lei n.º 169/2012,
2 — [...]. de 1 de agosto, teve como objetivo criar um novo quadro
3 — O conselho municipal de educação pode de- jurídico para o setor da indústria, capaz de atrair novos
liberar a constituição de uma comissão permanente investimentos bem como gerar novos projetos para as
com a função de acompanhamento e articulação entre empresas já estabelecidas, diminuindo o espaço temporal
o município e os agrupamentos de escolas e escolas não que medeia entre a oportunidade de mercado e a disponi-
agrupadas da respetiva área territorial. bilização efetiva do produto industrial.
4 — A comissão permanente prevista no número Com o referido quadro jurídico pretendeu-se uma mu-
anterior é composta, designadamente, por representantes dança efetiva em matéria de licenciamento da atividade
do município e de cada um dos agrupamentos de escolas industrial, reduzindo-se as situações de controlo prévio
e escolas não agrupadas da respetiva área territorial. e reforçando-se os mecanismos de controlo a posteriori,
5 — O regimento do conselho municipal de educação apostando-se, assim, numa maior responsabilização dos
regula a composição e o funcionamento da comissão industriais e entidades intervenientes no procedimento, seja
permanente prevista nos n.os 3 e 4. em matéria de reforço da fiscalização, seja no domínio do
6 — (Anterior n.º 3.) regime sancionatório.
Adicionalmente, o SIR previa a sua revisão passados
Artigo 9.º dois anos da sua entrada em vigor, tendo a experiência da
Pareceres
aplicação deste diploma permitido identificar a possibili-
dade de melhorias adicionais.
1 — [Anterior corpo do artigo.] Assim, por um lado, o presente decreto-lei procede à
2 — Os contratos interadministrativos de delega- redução e eliminação de formalidades, simplificando a
ção de competências na área da educação celebrados instalação e exploração dos estabelecimentos industriais
ao abrigo da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do e alargando o âmbito de aplicação do regime de mera co-
Decreto-Lei n.º 30/2015, de 12 de fevereiro, podem, municação prévia já em vigor a um número significativo
mediante solicitação do respetivo município, atribuir de estabelecimentos.
carácter vinculativo aos pareceres do conselho mu- Por outro lado, os estabelecimentos industriais passam
nicipal de educação relativamente ao exercício pelo a ver a sua atividade titulada por um título digital, o qual
município das competências delegadas através daquele tem como função atestar que se encontram emitidas todas
contrato.» as licenças, autorizações, pareceres ou quaisquer outros
Artigo 3.º atos permissivos ou não permissivos, ou efetuadas todas as
Referências legais comunicações necessárias à instalação e ou exploração do
estabelecimento industrial, no quadro dos regimes jurídicos
Todas as referências legais feitas ao Ministério da Edu- abrangidos pelo SIR.
cação no Decreto-Lei n.º 7/2003, de 15 de janeiro, alterado Tal função atribuída ao título digital é, no presente
pelas Leis n.os 41/2003, de 22 de agosto, e 6/2012, de 10 de decreto-lei, consequência da opção, aqui também tomada,
fevereiro, devem considerar-se como feitas ao Ministério de centrar o papel da entidade coordenadora na direção dos
da Educação e Ciência. vários procedimentos tramitados pelas entidades compe-
Artigo 4.º tentes, no sentido de acompanhar o seu desenvolvimento
e garantir o cumprimento atempado das formalidades a
Entrada em vigor estes inerentes.
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte Também o regime procedimental aplicável aos esta-
ao da sua publicação. belecimentos industriais cuja instalação e ou exploração
está sujeita a procedimentos de maior complexidade sofre
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de reajustamentos e melhorias no presente decreto-lei.
março de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís Assim, os procedimentos inerentes ao exercício da ati-
Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela vidade industrial passam a estar agregados neste diploma
Maria Pinto de Miranda Rodrigues — Luís Maria de em duas categorias, consoante se trate de estabelecimentos
Barros Serra Marques Guedes — Luís Miguel Poiares que, face aos regimes substantivos que lhes são aplicáveis,
Pessoa Maduro — Paulo José de Ribeiro Moita de Mace- careçam, ou não, de vistoria prévia, harmonizando-se as-
do — Nuno Paulo de Sousa Arrobas Crato — Agostinho sim procedimentos relativamente a estabelecimentos que,
Correia Branquinho. em substância, se achavam já sujeitos ao mesmo tipo de
Promulgado em 27 de abril de 2015. formalidades procedimentais.
Os municípios passam a ter um papel reforçado no âm-
Publique-se. bito dos regimes procedimentais aplicáveis, combinando
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. a figura do atendimento digital assistido relativamente
a todos os estabelecimentos industriais do universo SIR
Referendado em 30 de abril de 2015.
com a possibilidade da gestão das zonas empresariais res-
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. ponsáveis.
2338 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Assinalam-se também as alterações introduzidas ao atual (DIA) em fase de projeto de execução ou a emissão
regime de taxas. Com efeito, substitui-se neste novo di- de decisão de conformidade ambiental do projeto de
ploma a atual taxa única, de valor variável, à qual acrescem execução com DIA emitida em fase de anteprojeto ou
taxas específicas contidas em legislação setorial, por uma estudo prévio;
taxa efetivamente única e de valor fixo por procedimento, ii) Regime das emissões industriais (REI), aplicável
de modo a permitir ao industrial conhecer, à partida, o valor à prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem
efetivo a pagar por todas as licenças, autorizações e outros como às regras destinadas a evitar ou reduzir as emissões
atos permissivos a emitir pelas entidades competentes no para o ar, água ou solo e a produção de resíduos;
âmbito do SIR. iii) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves
O presente decreto-lei vem, ainda, estabelecer um novo que envolvam substâncias perigosas (RPAG);
enquadramento legal para o sistema de informação dos iv) Regime geral da gestão de resíduos;
estabelecimentos industriais, que o torna um instrumento v) Regime jurídico de utilização de recursos hídricos;
efetivo de acompanhamento e monitorização da indústria vi) Regime do comércio europeu de licenças de emis-
e que resulta exclusivamente da partilha e tratamento de são de gases com efeitos de estufa (CELE);
dados já disponíveis na administração pública.
Finalmente, no contexto da aprovação do Regime do b) Regime jurídico respeitante à saúde e segurança
Licenciamento Único do Ambiente (LUA), aprovado pelo no trabalho;
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, procede o presente c) Regime jurídico relativo à exploração de ativi-
decreto-lei aos ajustamentos tidos como necessários à dade agroalimentar que utilize matéria-prima de origem
integração do LUA no âmbito dos procedimentos de ins- animal não transformada, de atividade que envolva a
talação e ou exploração de estabelecimentos industriais manipulação de subprodutos de origem animal, ou de
previstos no SIR. atividade de fabrico de alimentos para animais;
Foram ouvidas a Associação Nacional de Municípios d) Procedimentos relativos aos projetos de eletrici-
Portugueses, a CIP — Confederação Empresarial de Por- dade e de produção de energia térmica;
tugal e a Comissão Nacional de Proteção de Dados. e) Regime de instalação, funcionamento, reparação
Assim: e alteração de equipamentos sob pressão.
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte: 2 — O SIR tem como objetivos:
Artigo 1.º a) Prevenir os riscos e inconvenientes resultantes da
exploração dos estabelecimentos industriais, com vista
Objeto a salvaguardar a saúde pública e a dos trabalhadores,
O presente decreto-lei procede à primeira alteração ao a segurança de pessoas e bens, a segurança e saúde
Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado em nos locais de trabalho, a qualidade do ambiente e um
anexo ao Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto. correto ordenamento do território, num quadro de de-
senvolvimento sustentável e de responsabilidade social
das empresas;
Artigo 2.º b) Promover a simplificação e desburocratização
Alteração ao Sistema da Indústria Responsável dos atos e procedimentos da Administração Pública
necessários à aplicação dos regimes jurídicos referi-
Os artigos 1.º, 2.º, 4.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º,
dos no número anterior, tendo em vista contribuir para
13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º,
dinamização e competitividade da indústria nacional,
25.º, 30.º, 31.º, 32.º, 33.º, 34.º, 36.º, 37.º, 38.º, 39.º, 43.º,
num quadro de políticas de desenvolvimento económico
44.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 49.º, 50.º, 51.º, 52.º, 53.º, 54.º,
56.º, 57.º, 58.º, 59.º, 60.º, 61.º, 62.º, 65.º, 66.º, 67.º, 70.º, sustentável.
71.º, 72.º, 75.º, 76.º, 77.º, 79.º, 80.º, 81.º e 83.º do SIR,
passam a ter a seguinte redação: 3 — O SIR aplica-se às atividades industriais a que se
refere o anexo I ao SIR, do qual faz parte integrante, com
exclusão das secções acessórias de estabelecimentos de
«Artigo 1.º comércio e de restauração ou de bebidas destinadas à
[...] realização de atividades industriais, às quais é aplicá-
vel, para todos os efeitos legais, o regime de acesso e
1 — O Sistema da Indústria Responsável (SIR) esta- exercício da atividade que rege estes estabelecimentos,
belece os procedimentos necessários ao acesso e exer- nos termos e com os limites aí previstos.
cício da atividade industrial, à instalação e exploração
de Zonas Empresariais Responsáveis (ZER), bem como Artigo 2.º
o processo de acreditação de entidades no âmbito deste
sistema, no quadro da aplicação dos seguintes regimes [...]
jurídicos ou procedimentos: [...]:
a) Licenciamento Único Ambiental, aprovado pelo a) [...]
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, no âmbito dos b) «Alteração de estabelecimento industrial», a mo-
seguintes regimes: dificação ou a ampliação do estabelecimento ou das
i) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental respetivas instalações industriais face ao título de ex-
(RJAIA), tratando-se de procedimento de avaliação de ploração da qual possa resultar aumento dos riscos e
impacte ambiental (AIA) relativo a projeto de execução inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do
que vise a emissão de declaração de impacte ambiental n.º 2 do artigo anterior;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2339

c) «Área edificada», a área total de construção das ins- w) «Responsável técnico do projeto», a pessoa ou
talações industriais que integram o estabelecimento; entidade designada pelo industrial ou pela entidade
d) [Anterior alínea c).] gestora da ZER, no caso de instalação de ZER, para
e) «Balcão do empreendedor», o balcão único eletró- efeitos de demonstração de que o projeto se encontra
nico nacional para a realização de todas as formalidades em conformidade com a legislação aplicável e para
associadas ao exercício de uma atividade económica, o relacionamento com a entidade coordenadora e as
acessível diretamente através do Portal da Empresa ou, demais entidades intervenientes nos procedimentos de
por via mediada, através dos balcões presenciais das en- instalação e exploração de estabelecimento industrial
tidades públicas competentes, gerido pela Agência para ou de ZER;
a Modernização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.); x) [Anterior alínea u).]
f) «Condições técnicas padronizadas», conjunto de y) [Anterior alínea v).]
regras e especificações previamente definidas para z) [Anterior alínea w).]
determinada atividade ou operação a desenvolver no aa) [Anterior alínea x).]
estabelecimento industrial que constituem o objeto de bb) [Anterior alínea y).]
licença, autorização, aprovação, comunicação prévia cc) «Título digital», o título emitido pelo «Balcão do
com prazo, registo, parecer ou outro ato permissivo empreendedor» relativo à instalação e exploração de
necessário à instalação e exploração do estabelecimento um estabelecimento industrial ou de ZER que constitui
industrial; declaração de conhecimento e comprova, perante qual-
g) [Anterior alínea e).] quer entidade pública ou privada, o cumprimento das
h) [Anterior alínea f).] normas legais e regulamentares constantes dos regimes
i) [Anterior alínea g).] jurídicos do âmbito do SIR;
j) [Anterior alínea h)] dd) «Zona empresarial responsável ou ZER», a zona
k) [Anterior alínea i).] territorialmente delimitada, afeta à instalação de ativida-
l) «Entidade gestora de ZER», a entidade responsável des industriais, comerciais e de serviços, administrada
pelo integral cumprimento do título digital de explora- por uma entidade gestora;
ção da ZER, bem como pelo controlo e supervisão das ee) «Zona empresarial responsável multipolar ou
atividades nela exercidas e ainda pelo funcionamento e ZER multipolar», o conjunto de polos empresariais
manutenção das infraestruturas, serviços e instalações localizados em espaços territoriais não conexos, mas
comuns, cujos requisitos de constituição, organização funcionalmente ligados entre si e administrada pela
e funcionamento e quadro legal de obrigações e com- mesma entidade gestora.
petências são os definidos em portaria dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas da modernização Artigo 4.º
administrativa, da administração local, da economia, do
[...]
ambiente e do ordenamento do território;
m) [Anterior alínea j).] 1 — [...].
n) «Gestor do procedimento», o técnico designado 2 — As entidades acreditadas devem celebrar con-
pela entidade coordenadora para acompanhamento dos trato de seguro de responsabilidade civil extracontratual
procedimentos previstos no SIR, constituindo-se como destinado a cobrir os danos patrimoniais e não patri-
interlocutor privilegiado do industrial; moniais decorrentes de lesões corporais ou materiais
o) [Anterior alínea l).] causadas a terceiros por erros ou omissões cometidas
p) «Instalação industrial», a unidade técnica dentro no exercício da sua atividade, nos termos a definir por
de um estabelecimento industrial na qual é exercida uma portaria dos membros do Governo responsáveis pe-
ou mais atividades industriais incluindo as atividades de las áreas das finanças, da economia, do ambiente e da
armazenagem ou pré-processamento de resíduos para agricultura.
introdução no processo ou quaisquer outras atividades 3 — A regulamentação prevista nos números ante-
diretamente associadas que tenham uma relação técnica riores deve estabelecer, designadamente, os capitais
com as atividades exercidas; mínimos dos seguros, respetivos âmbitos de cobertura,
q) [Anterior alínea o).] delimitações temporal e territorial, exclusões aplicáveis,
r) [Anterior alínea p).] possibilidade de estabelecimento de franquias, condi-
s) «Potência elétrica», a potência contratada, expressa ções do exercício do direito de regresso e de sub-rogação
em kilovolt-amperes (kVA), junto de um distribuidor e pluralidade de seguros.
de energia elétrica, considerando-se, para efeitos da sua 4 — (Revogado.)
determinação, os coeficientes de equivalência descritos
no anexo II ao SIR, do qual faz parte integrante; Artigo 6.º
t) [Anterior alínea r).]
Balcão do empreendedor
u) «Pronúncia das entidades públicas consultadas»,
fase procedimental no âmbito da qual as entidades pú- 1 — O acesso e a tramitação dos procedimentos
blicas consultadas ao abrigo do SIR se pronunciam sob a previstos no SIR são realizados por via eletrónica, di-
forma de licença, autorização, aprovação, comunicação retamente ou de forma assistida, através do «Balcão do
prévia com prazo, mera comunicação prévia, registo, empreendedor».
parecer ou outro ato permissivo ou não permissivo de 2 — Pode ser prestado o serviço de atendimento
que dependa a instalação ou a exploração do estabele- digital assistido ao «Balcão do empreendedor» pelos
cimento industrial ou da ZER; serviços de atendimento presencial das entidades co-
v) [Anterior alínea s).] ordenadoras, pelas autarquias locais e por entidades
2340 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

públicas nos termos do Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 vez decorridos os prazos ou emitidas as licenças, auto-
de maio. rizações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
3 — O «Balcão do empreendedor», no âmbito do meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
SIR, disponibiliza aos utilizadores as seguintes funcio- atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
nalidades e informações: instalação ou exploração de estabelecimento industrial
a) Possibilidade de submissão e tramitação eletrónica ou de ZER;
dos procedimentos previstos no SIR relativos à emissão j) Emissão automática de comprovativos de entrega
ou submissão de todos os títulos, licenças, autorizações, e avisos automáticos a todas as entidades envolvidas
aprovações, comunicações prévias com prazo, meras sempre que sejam adicionados novos elementos ao
comunicações prévias, registos, pareceres e outros atos processo;
permissivos ou não permissivos de que dependa a ins- k) Capacidade para inserção no «Balcão do empreen-
talação, exploração ou alteração do estabelecimento dedor», com recurso à iAP e através da interação com
industrial ou da ZER; as plataformas eletrónicas relevantes, designadamente
b) Possibilidade de submissão de comunicação de o Sistema de Informação de Regime Jurídico da Urba-
suspensão, reinício e cessação da atividade, bem como nização e Edificação (SIRJUE) e o Sistema Integrado
de alteração da titularidade ou da denominação social de de Licenciamento do Ambiente (SILiamb), por parte
titular de estabelecimento industrial ou de ZER sujeito das entidades emitentes, de todas as licenças, autori-
aos procedimentos previstos no SIR; zações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
c) Apoio ao requerente e respetivos técnicos no pre- meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
enchimento dos formulários e na instrução dos proce- atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
dimentos, permitindo, designadamente, a pesquisa por instalação ou exploração de estabelecimento industrial
atividade económica, principal e secundária, dos ele- ou de ZER;
mentos relevantes para o rastreio dos condicionamentos l) Capacidade para assegurar a dispensa de entrega
legais e regulamentares aplicáveis, bem como o rastreio de documentação que se encontre em posse de qual-
específico através da introdução de dados sobre o tipo de quer serviço e organismo da Administração Pública
instalação, localização, área de implantação, capacidade que intervenha nos procedimentos previstos no SIR,
produtiva e substâncias perigosas presentes; quando o interessado preste o seu consentimento à sua
d) Preenchimento automático, total ou parcial, dos obtenção, cabendo nesse caso à entidade coordenadora
formulários eletrónicos disponíveis no «Balcão do em- ou à entidade consultada proceder à respetiva obtenção e
preendedor» no âmbito dos procedimentos previstos no integração no procedimento, nos termos do artigo 28.º-A
SIR, com a informação relevante que já se encontre na do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos
posse de outros organismos da Administração Pública, Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010,
que deverão disponibilizá-la através da Plataforma de de 16 de agosto, e 73/2014, de 13 de maio;
Interoperabilidade da Administração Pública (iAP), para m) Funcionalidade que permita ao interessado, de
este efeito; forma facultativa, gratuita e automática, uma vez inse-
e) Possibilidade de cumprimento direto e imediato ridos os dados relevantes, identificar o procedimento
de todas as exigências e formalidades necessárias para aplicável à instalação e exploração de estabelecimento
aceder e exercer uma atividade industrial, incluindo industrial ou ZER ao abrigo do previsto no SIR;
a submissão eletrónica de documentos, o pagamento n) Consulta dos requisitos aplicáveis às instalações
por meios eletrónicos e a receção de comunicações e aos equipamentos dos estabelecimentos industriais
e notificações por via eletrónica relativos a todos os resultantes da legislação e demais atos normativos;
títulos, licenças, autorizações, aprovações, comunica- o) Consulta do montante previsível das taxas devidas
ções prévias com prazo, meras comunicações prévias, e um simulador que permita identificar o custo global
registos, pareceres e outros atos permissivos ou não estimado a suportar para iniciar a atividade industrial
permissivos de que dependa a instalação ou exploração pretendida;
do estabelecimento industrial ou da ZER; p) Meios de pagamento eletrónico das taxas devi-
f) Acompanhamento e consulta dos respetivos pro- das;
cedimentos, por parte do requerente, da entidade coor- q) Informação sobre os meios de reação judiciais
denadora, das entidades intervenientes e das entidades ou extrajudiciais relativos a decisões das autoridades
com competências de fiscalização; administrativas competentes;
g) Capacidade para suportar a obrigatoriedade de r) Documentos de apoio sobre os aspetos jurídicos e
participação de todas as entidades que intervenham técnicos relevantes em cada setor industrial;
em atos ou procedimentos necessários à instalação ou s) Acesso direto a uma ferramenta de georreferen-
exploração do estabelecimento industrial ou da ZER, ciação das áreas para a instalação e exploração de es-
designadamente, das entidades coordenadoras dos pro- tabelecimentos industriais ou de ZER.
cedimentos de instalação e exploração de estabeleci-
mentos industriais e de ZER, bem como das entidades 4 — Sendo prestado o consentimento previsto na
públicas intervenientes; alínea l) do número anterior, o valor das taxas, emo-
h) Sistema que permita a contagem automática de lumentos ou outros encargos devidos pela atividade
prazos e de passagem a fases seguintes dos procedi- administrativa de recolha da documentação em falta é
mentos, uma vez decorrido o prazo ou a emissão do transmitido ao requerente com a respetiva discrimina-
ato em causa, nomeadamente para efeitos de emissão ção, para efeitos do pagamento devido.
automática de títulos digitais; 5 — As demais funcionalidades técnicas do «Balcão
i) Emissão automática de títulos digitais que titulem do empreendedor» para efeitos do SIR, bem como o
a instalação e exploração da atividade industrial, uma formato, características e mecanismos de tratamento
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2341

da informação a disponibilizar nesse âmbito são regu- c) Disponibilizar ao consumidor os elementos de


lamentadas por portaria dos membros do Governo res- contacto dos estabelecimentos e seus titulares, quando
ponsáveis pelas áreas da modernização administrativa solicitado, para o exercício dos seus direitos;
e da economia. d) Facilitar o controlo, acompanhamento e fiscaliza-
6 — Os interessados e as entidades responsáveis pela ção das atividades industriais e de outras previstas no
emissão das licenças, autorizações, aprovações, comuni- presente decreto-lei;
cações prévias com prazo, meras comunicações prévias, e) Dar informação ao industrial sobre mecanismos,
registos, pareceres e outros atos permissivos ou não programas e incentivos económicos existentes, quando
permissivos de que dependa a instalação ou exploração este assim o requeira;
do estabelecimento industrial ou da ZER devem praticar f) Apoiar a realização de estudos relativos aos se-
todos os atos relativos aos respetivos procedimentos no tores da indústria ou outros abrangidos pelo presente
«Balcão do empreendedor». decreto-lei.
7 — Quando, por motivos de indisponibilidade
temporária, não se revele possível a tramitação dos 2 — (Revogado.)
procedimentos previstos no SIR através do «Balcão do 3 — A informação constante do sistema de informa-
empreendedor», a mesma é efetuada por correio eletró- ção dos estabelecimentos industriais que não contenha
nico, com conhecimento da AMA, I. P., para o endereço dados pessoais e não seja identificada pelo interessado
eletrónico da entidade coordenadora, publicitado no res- como confidencial é pública e pode ser reutilizada,
petivo sítio na Internet e na página de acesso ao «Balcão nos termos da Lei n.º 46/2007, de 24 de agosto, sem
do empreendedor», ou em formato digital, devendo a prejuízo do disposto em legislação específica em ma-
entidade coordenadora assegurar o cumprimento dos téria de acesso aos dados constantes dos documentos
procedimentos até que o «Balcão do empreendedor» registrais.
esteja operacional. 4 — (Revogado.)
8 — Sempre que quaisquer elementos do procedi-
mento sejam entregues por correio eletrónico nos termos Artigo 8.º
do número anterior, os mesmos são obrigatoriamente
[...]
inseridos no «Balcão do empreendedor» pela entidade
coordenadora nos cinco dias subsequentes à cessação 1 — As entidades públicas que intervenham nos
da situação de indisponibilidade temporária. procedimentos previstos no SIR devem, de forma pro-
9 — Os processos relativos à instalação e exploração gressiva e incremental, adotar condições técnicas padro-
de estabelecimento industrial ou de ZER devem estar nizadas designadas por tipos de atividade ou operação
disponíveis para consulta pelos interessados na respetiva que constitua objeto de licença, autorização, aprovação,
área reservada da empresa no «Balcão do empreende- comunicação prévia com prazo, registo, parecer ou outro
dor», podendo a entidade coordenadora, bem como as ato permissivo nas respetivas áreas de atuação, salvo se
entidades consultadas e as entidades com competências a especificidade do respetivo regime jurídico, da ativi-
de fiscalização, aceder a esta informação através deste dade ou operação em causa não for compatível com a
sistema. padronização das condições de instalação ou exploração,
10 — Quando os elementos a que se refere o número designadamente nos casos em que a legislação aplicável
anterior não estiverem disponíveis para consulta no imponha a realização de consulta pública.
«Balcão do empreendedor», o interessado, bem como 2 — As entidades públicas que, embora não inter-
as entidades aí referidas, podem solicitar à entidade vindo nos procedimentos do SIR, tutelem áreas técnicas
coordenadora que os insira, devendo esta fazê-lo nos com relevância para a definição de condições de instala-
cinco dias subsequentes à receção do pedido. ção e exploração dos estabelecimentos industriais devem
igualmente adotar condições técnicas padronizadas que
Artigo 7.º constituam referenciais para o exercício da atividade
industrial na respetiva área de atuação.
Sistema de informação dos estabelecimentos industriais
3 — As condições técnicas padronizadas a que se
1 — O sistema de informação dos estabelecimentos refere o n.º 1 são aprovadas por despacho dos membros
industriais integra os dados, organizados e atualiza- do Governo responsáveis pelas áreas da economia, da
dos, respeitantes às atividades identificadas no anexo I modernização administrativa e das áreas técnicas em
ao presente decreto-lei, tendo por finalidade principal causa, sendo obrigatoriamente disponibilizadas no «Bal-
possibilitar o conhecimento efetivo das atividades in- cão do empreendedor».
dustriais exercidas em estabelecimentos a operar em 4 — O recurso pelo industrial às condições técnicas
território nacional com vista à produção de elementos padronizadas pressupõe:
informativos de suporte à definição ou execução de
a) A existência de licença, autorização, aprovação,
políticas públicas no setor da indústria, bem como os
comunicação prévia com prazo, registo, parecer ou outro
seguintes objetivos:
ato permissivo padronizado no domínio das atividades
a) Possibilitar o preenchimento automático, total ou e ou operações a desenvolver no estabelecimento in-
parcial, dos formulários eletrónicos disponíveis no «Bal- dustrial;
cão do empreendedor» para os efeitos previstos no SIR, b) A opção do requerente no pedido do título res-
com a informação relevante que já se encontre na posse petivo;
de outros organismos da Administração Pública; c) Uma declaração de responsabilidade do requerente
b) Identificar e caracterizar os estabelecimentos e de cumprimento integral das condições técnicas padro-
os seus titulares; nizadas objeto do pedido.
2342 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

5 — Quando exista recurso a condições técnicas pa- ii) A sequência das tarefas, o circuito dos processos
dronizadas: internos e os períodos de tempo habitualmente consu-
midos em cada fase, os pressupostos e os resultados
a) É dispensada a pronúncia, a que se refere o ar-
esperados de cada grupo de tarefas;
tigo 23.º e o artigo 31.º, conforme aplicável, das enti-
iii) Os requisitos aplicáveis às instalações e aos equi-
dades públicas responsáveis pela emissão de condições
pamentos dos estabelecimentos industriais resultantes
técnicas padronizadas a que o requerente tenha aderido
da legislação e demais atos normativos;
no seu pedido, salvo se a especificidade do respetivo
iv) Os meios de reação judiciais ou extrajudiciais
regime jurídico dispuser em contrário;
relativos a decisões das autoridades administrativas
b) É dispensada a realização de vistoria prévia, com
competentes;
exceção dos casos de estabelecimentos industriais que
v) Os aspetos jurídicos e técnicos relevantes em cada
utilizem matéria-prima de origem animal não transfor-
setor industrial;
mada, subprodutos animais, ou que exerçam atividade
de fabrico de alimentos para animais, ou atividade de
c) Inserir no «Balcão do empreendedor» a infor-
operação de gestão de resíduos que exijam vistoria pré-
mação a que se refere a alínea anterior, bem como as
via à exploração, nos termos dos regimes legais apli-
respetivas atualizações periódicas, a publicar online
cáveis;
pela AMA, I. P.;
c) É reduzido para 1/3 o valor da taxa correspondente
d) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os
à emissão de licença, autorização, aprovação, comuni-
constantes da calendarização a que se refere a alínea d)
cação prévia com prazo, registo, parecer ou outro ato
do n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando à
permissivo que se encontre abrangida por condição
tutela, periodicamente ou sempre que tal lhe seja soli-
técnica padronizada a que o requerente tenha aderido,
citado, as situações de incumprimento que não sejam
nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o
imputáveis ao industrial.
n.º 2 do artigo 80.º
2 — (Revogado.)
6 — Os títulos digitais emitidos no âmbito dos pro-
3 — (Revogado.)
cedimentos do SIR em que o requerente tenha optado
4 — (Revogado.)
por recorrer a condições técnicas padronizadas devem
5 — (Revogado.)
fazer referência às licenças, autorizações, aprovações,
6 — (Revogado.)
registos, pareceres ou outros atos permissivos padroni-
zados necessários à atividade a desenvolver no estabe-
Artigo 10.º
lecimento industrial que tenham sido objeto do pedido.
7 — A verificação da correspondência entre as carac- [...]
terísticas e especificações do estabelecimento industrial
1 — As entidades acreditadas pelo Instituto Portu-
e o âmbito de aplicação das condições técnicas padroni-
guês da Acreditação, I. P. (IPAC, I. P.), intervêm nos
zadas a que o requerente tenha aderido é efetuada pelas
procedimentos previstos no SIR nos termos do disposto
entidades públicas consultadas no período de verificação
no capítulo VI.
de elementos instrutórios, nos termos e com os efeitos
2 — A intervenção das entidades acreditadas nos
previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7 do artigo 30.º,
termos previstos no número anterior, pode ocorrer a
conforme aplicável.
solicitação do industrial, da entidade gestora da ZER
ou das entidades públicas intervenientes.
Artigo 9.º 3 — A intervenção das entidades acreditadas nos
Apoio à aplicação do Sistema da Indústria Responsável termos do n.º 1 produz os seguintes efeitos:
1 — Compete ao IAPMEI, I. P., com a colaboração a) Dispensa a análise da boa instrução do processo
das entidades que intervenham nos procedimentos pre- em procedimentos em matéria ambiental, com a entrega,
vistos no SIR: pelo requerente, do requerimento aplicável, acompa-
nhado de um relatório de conformidade;
a) Promover as ações necessárias à aplicação correta,
b) Dispensa da pronúncia, a que se refere o artigo 23.º
previsível, eficaz e harmonizada do disposto no SIR,
e o artigo 31.º, conforme aplicável, das entidades inter-
definindo, sempre que necessário, as diretrizes e os parâ-
venientes, exceto em matéria ambiental;
metros comuns a seguir pelas mesmas, devendo, para o
c) Reduz os prazos de pronúncia de entidades con-
efeito, as entidades que intervenham nos procedimentos
sultadas, nos termos do anexo IV.
previstos no SIR fornecer ao IAPMEI, I. P., sempre que
tal lhes seja solicitado, a informação necessária para a
4 — (Revogado.)
adequada monitorização dos processos, tendo em vista
5 — (Revogado.)
a respetiva normalização e melhoria contínua;
6 — O conteúdo das licenças, autorizações, apro-
b) Elaborar e atualizar, com a colaboração das en-
vações, comunicações prévias com prazo, meras co-
tidades que intervenham nos procedimentos previstos
municações prévias, registos, pareceres e outros atos
no SIR em função das áreas em causa, em linguagem
permissivos ou não permissivos de que dependa a insta-
simples e clara, toda a informação de apoio à utilização
lação ou exploração do estabelecimento industrial ou da
do «Balcão do empreendedor», a qual deve incluir,
ZER das entidades intervenientes no SIR e a respetiva
designadamente:
fundamentação pode consistir em mera declaração de
i) As obrigações resultantes de toda a legislação apli- concordância com o conteúdo dos documentos emitidos
cável; pelas entidades acreditadas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2343

Artigo 11.º 4 — [...]:


[...] a) Designar o gestor do procedimento, responsável
pelo acompanhamento do procedimento e pela pros-
1 — [...].
secução das competências atribuídas à entidade coor-
2 — São incluídos no tipo 1 os estabelecimentos
denadora em relação aos procedimentos que lhe sejam
cujos projetos de instalações industriais se encontrem cometidos por esta;
abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes b) [...]
jurídicos ou circunstâncias: c) [Revogada];
a) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental d) Monitorizar a tramitação do procedimento que
(RJAIA); envolva a emissão de títulos, licenças, autorizações,
b) Regime jurídico da prevenção e controlo integrado aprovações, registos, pareceres e outros atos permissi-
de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II do vos ou não permissivos de que dependa a instalação ou
Regime das Emissões Industriais (REI); exploração do estabelecimento industrial;
c) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves e) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os
que envolvam substâncias perigosas (RPAG); constantes da calendarização a que se refere a alínea d)
d) Realização de operação de gestão de resíduos que do n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando ao
careça de vistoria prévia ao início da exploração, à luz do IAPMEI, I. P., quando não seja este a entidade coorde-
regime de prevenção, produção e gestão de resíduos; nadora, ou à respetiva tutela, as situações de incumpri-
e) Exploração de atividade agroalimentar que utilize mento que não sejam imputáveis ao industrial;
matéria-prima de origem animal não transformada, de f) Diligenciar no sentido de conciliar os vários in-
atividade que envolva a manipulação de subprodutos de teresses em presença e eliminar eventuais bloqueios
origem animal ou de atividade de fabrico de alimentos evidenciados no procedimento e garantir o seu desen-
para animais que careça de atribuição de número de volvimento em condições normalizadas e otimizadas;
controlo veterinário ou de número de identificação in- g) Analisar as solicitações de alterações e elementos
dividual, nos termos da legislação aplicável. adicionais e reformulação de documentos, assegurando
que não é solicitada ao requerente informação já dispo-
3 — [...]: nível no processo ou na posse de serviços ou organismos
da Administração Pública no âmbito do sistema de in-
a) [Revogada]; formação dos estabelecimentos industriais;
b) [Revogada]; h) [Anterior alínea f).]
c) [Revogada]; i) [Anterior alínea g).]
d) Regime do comércio europeu de licenças de emis- j) [Anterior alínea h).]
são de gases com efeitos de estufa (CELE); k) Promover a realização de vistorias por parte das
e) Necessidade de obtenção de alvará para realização entidades públicas consultadas, podendo, quando consi-
de operação de gestão de resíduos que dispense vistoria derado adequado, acompanhar a realização das mesmas,
prévia, nos termos do regime geral de gestão de resíduos, assegurando a conciliação dos vários interesses em pre-
com exceção dos estabelecimentos identificados pela sença e a eliminação de eventuais bloqueios;
parte 2-A do anexo I ao SIR, ainda que localizados em l) Disponibilizar ao requerente e ou às entidades pú-
edifício cujo alvará admita comércio ou serviços, na blicas consultadas informação sobre o andamento dos
condição de realizarem operações de valorização de procedimentos relativos à instalação e exploração de
resíduos não perigosos. estabelecimento industrial;
m) Elaborar, atualizar e disponibilizar no «Balcão do
4 — [...]. empreendedor» toda a informação relativa à tramitação
5 — [...]. necessária à emissão de títulos digitais exigíveis para a
6 — [...]. instalação e exploração de estabelecimento industrial,
bem como a que respeite às demais licenças, autoriza-
Artigo 12.º ções, aprovações, registos, comunicações prévias com
prazo, meras comunicações prévias, pareceres e outros
[...] atos permissivos ou não permissivos de que dependa
[...]: a instalação ou exploração de estabelecimento indus-
trial;
a) Procedimento com vistoria prévia, para os estabe- n) Zelar pela inserção no «Balcão do empreendedor»
lecimentos industriais incluídos no tipo 1; de todas as licenças, autorizações, aprovações, registos,
b) Procedimento sem vistoria prévia, para os estabe- pareceres e outros atos permissivos ou não permissivos
lecimentos industriais incluídos no tipo 2; de que dependa a instalação ou exploração da atividade
c) [...]. industrial, por parte das entidades públicas responsáveis
pelos respetivos procedimentos.
Artigo 13.º
[...]
5 — O ato de designação do gestor do procedimento
contém a determinação das competências que lhe são
1 — [...]. delegadas, não estando sujeito a publicação no Diário
2 — [...]. da República ou na publicação oficial da entidade coor-
3 — A entidade coordenadora é a entidade gestora da denadora, devendo porém estar disponível para consulta
ZER no caso de estabelecimentos a localizar no interior no sítio institucional da entidade em causa.
do perímetro da ZER. 6 — (Revogado.)
2344 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

7 — Cabe ao presidente da câmara municipal exercer de verificação de elementos instrutórios, nos termos e
as competências atribuídas às câmaras municipais nos com os efeitos previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7
termos do SIR, podendo as mesmas ser delegadas nos do artigo 30.º, conforme aplicável.
vereadores, com faculdade de subdelegação, ou nos 6 — É dispensada a entrega das licenças, autoriza-
dirigentes dos serviços municipais. ções, aprovações, registos, comunicações prévias com
prazo, meras comunicações prévias, pareceres e outros
Artigo 14.º atos permissivos ou não permissivos referidos no n.º 4
quando o interessado preste consentimento à sua obten-
[...]
ção oficiosa, devendo nesse caso a entidade consultada
Nos procedimentos previstos no presente capítulo, são proceder, através do «Balcão do empreendedor», à res-
notificadas automaticamente pelo «Balcão do empreen- petiva integração no procedimento.
dedor» para se pronunciarem, nos termos das respetivas
atribuições e competências, as seguintes entidades públi- Artigo 16.º
cas responsáveis pela emissão de licenças, autorizações, Prazos e efeitos do incumprimento dos prazos
aprovações, registos, pareceres e outros atos permissivos
ou não permissivos de que dependa a instalação ou 1 — Os prazos previstos no SIR são contados nos
exploração do estabelecimento industrial: seguintes termos:
a) [...] a) Os prazos contam-se em dias úteis;
b) [Revogada]; b) Os prazos não se interrompem em caso algum;
c) [...] c) Os prazos são suspensos nos termos previstos no SIR;
d) [...] d) Os prazos prevalecem sobre quaisquer normas
e) [Revogada]; legais ou regulamentares previstas nos regimes proce-
f) [...] dimentais a que se refere o artigo 1.º do SIR;
g) A Direção-Geral da Energia e Geologia e) Os prazos previstos no anexo IV ao SIR não são
(DGEG); cumulativos, prevalecendo, no caso de serem aplicáveis
h) O Instituto Português da Qualidade, I. P. dois ou mais regimes aí previstos o prazo decisório
(IPQ, I. P.); máximo mais longo.
i) [Anterior alínea g).]
j) Outras entidades públicas cuja intervenção se re- 2 — Na falta de disposição especial, o prazo para a
vele necessária à instalação e exploração do estabele- realização de quaisquer comunicações entre as entidades
cimento industrial, quando tal se encontre previsto em intervenientes, ou entre estas e o requerente, ou para a
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas prática de quaisquer atos, é de 5 dias.
áreas da modernização administrativa, da economia e 3 — Na ausência de inserção no «Balcão do empre-
da tutela das entidades em causa. endedor» de licença, autorização, aprovação, registo,
parecer, outros atos permissivos ou não permissivos
Artigo 15.º necessários à instalação e ou exploração de estabeleci-
Âmbito da pronúncia
mento industrial ou de ZER por parte da entidade pú-
blica competente nos prazos previstos no SIR, considera-
1 — Sem prejuízo das atribuições de concertação -se que a mesma se pronunciou em sentido favorável à
de posições e de pronúncia integrada que a legislação pretensão do requerente ou que foi tacitamente deferida
cometa à APA, I. P., e às CCDR competentes, qualquer a pretensão do particular, sem necessidade de qualquer
entidade referida no artigo anterior que se pronuncie ulterior ato de entidade administrativa ou autoridade
nos procedimentos previstos no SIR deve fazê-lo ex- judicial, consoante aplicável.
clusivamente sobre áreas que se incluam no âmbito 4 — Nos casos previstos no número anterior, e não
das respetivas atribuições e competências legalmente se verificando nenhuma causa de não emissão do título
previstas, apreciando apenas as questões que lhe estejam digital relevante prevista no SIR, é o mesmo emitido.
expressamente cometidas por lei, considerando-se não 5 — A instalação e a exploração de estabelecimento
vinculativas as pronúncias que versem sobre matérias industrial ou de ZER devem cumprir os condicionamen-
alheias às respetivas competências. tos legais e regulamentares aplicáveis, bem como os
2 — (Revogado.) constantes de licença, autorização, aprovação, registo,
3 — (Revogado.) parecer ou outros atos permissivos ou não permissivos
4 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, de que dependa a instalação ou exploração do estabele-
comunicações prévias com prazo, meras comunicações cimento industrial ou da ZER, que integrem o respetivo
prévias, pareceres e outros atos permissivos ou não título digital emitido no âmbito do SIR.
permissivos de que dependa a instalação ou exploração
de estabelecimento industrial podem ser entregues pelo Artigo 17.º
requerente com o pedido de emissão do título digital
[...]
de instalação e ou exploração, não havendo lugar a
pronúncia pela entidade pública respetiva, ao abrigo 1 — As operações urbanísticas a realizar para ins-
dos artigos 23.º ou 31.º, conforme aplicável, desde que talação de estabelecimentos industriais regem-se pelo
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE),
de facto ou de direito. sem prejuízo do disposto nos números seguintes e no
5 — A verificação da manutenção dos pressupostos artigo seguinte.
de facto ou de direito a que se refere o número anterior 2 — Tratando-se de estabelecimento industrial do
é efetuada pela entidade pública aí referida, no período tipo 1 ou do tipo 2 cuja instalação ou alteração envolva
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2345

a realização de operação urbanística de urbanização ou ção de utilização de edifício ou sua fração autónoma
de edificação sujeita a controlo prévio nos termos do destinado:
RJUE, o título digital de instalação ou de instalação e a) Ao uso de comércio, serviços ou armazenagem,
exploração, conforme aplicável, não pode ser emitido no caso de se tratar de estabelecimento industrial a que
sem que sejam apresentados os seguintes elementos: se refere a parte 2-B do anexo I ao SIR;
a) Aprovação do projeto de arquitetura; ou b) Ao uso de habitação, no caso de se tratar de esta-
b) Informação prévia favorável, requerida nos termos belecimento abrangido pela parte 2-A do anexo I ao SIR.
do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE.
4 — O procedimento para a obtenção da declaração
3 — Os elementos referidos no número anterior de- de compatibilidade referida no número anterior rege-se,
com as necessárias adaptações, pelo regime procedimen-
vem ser apresentados aquando do pedido do título digital
tal aplicável à autorização de utilização de edifícios as
de instalação ou de instalação e exploração, sem prejuízo suas frações constante do RJUE, sendo tal declaração,
de o requerente poder apresentar declaração de que opta quando favorável, inscrita, por simples averbamento, no
por diferir a respetiva entrega até ao final do prazo de título de autorização de utilização já existente.
emissão do referido título.
4 — Caso o requerente não apresente os elementos a Artigo 20.º
que se refere o n.º 2 até ao final do prazo para emissão do
título digital de instalação ou de instalação e exploração, Objeto do procedimento
é o mesmo notificado para apresentar os elementos em 1 — O procedimento para a instalação e exploração
falta até um prazo máximo de seis meses, sob pena de de um estabelecimento industrial de tipo 1 envolve:
o procedimento vir a ser declarado deserto, nos termos
a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações,
do disposto no artigo 132.º do Código do Procedimento registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não
Administrativo. permissivos de que dependa a instalação ou exploração
5 — Tratando-se de estabelecimento industrial de de estabelecimento industrial de tipo 1;
tipo 3 cuja instalação, ampliação ou alteração envolva b) A emissão de um título digital de instalação, que
a realização de operação urbanística sujeita a controlo titule o direito do requerente a executar o projeto de
prévio, deve ser obtida autorização de utilização ou instalação de estabelecimento industrial de tipo 1;
certidão comprovativa do respetivo deferimento tácito c) A realização de uma vistoria; e
antes de ser apresentada a mera comunicação prévia d) A emissão de um título digital de exploração, que
ao abrigo do SIR. titula o direito a explorar o estabelecimento industrial
6 — Sempre que se aplique o RPAG, a consulta de de tipo 1 nas condições definidas no respetivo título
entidades da administração central que se devam pro- digital de exploração.
nunciar em razão da localização é efetuada no âmbito
deste regime. 2 — (Revogado.)
7 — Sempre que a instalação ou alteração do estabe- 3 — (Revogado.)
lecimento industrial se insira numa área licenciada ou
concessionada para a exploração de recursos geológicos Artigo 21.º
e o mesmo esteja relacionado com tal exploração, não Pedido de título digital de instalação
há lugar à aprovação da localização, sem prejuízo do
cumprimento das normas de planeamento territorial e 1 — O procedimento para a emissão de título digital de
instalação é iniciado com a apresentação, no «Balcão do
do regime das servidões administrativas e restrições de empreendedor», de um pedido de emissão de título digital
utilidade pública. de instalação, acompanhado dos respetivos elementos
instrutórios, nos termos a definir por portaria dos membros
Artigo 18.º do Governo responsáveis pelas áreas da modernização
Equilíbrio urbano e ambiental administrativa, da economia, do ambiente e da agricultura.
2 — Submetido o pedido nos termos do número an-
1 — O início da exploração do estabelecimento terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática
industrial de tipo 1, 2 ou 3 que envolva a realização e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
de uma operação urbanística sujeita a controlo prévio, pelo pedido de emissão de título digital de instalação.
depende da prévia emissão pela câmara municipal ter- 3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Bal-
ritorialmente competente de título de autorização de cão do empreendedor» emite, automática e imediata-
utilização ou de certidão comprovativa do respetivo mente:
deferimento tácito. a) Comprovativo do pagamento da taxa devida, iden-
2 — Não pode ser emitido o alvará de licença ou tificando, sempre que possível, as entidades públicas
apresentada a comunicação prévia, de operação urbanís- cuja consulta seja obrigatória ao abrigo do SIR;
tica que preveja o uso industrial, sem que seja emitido o b) Notificação da entidade coordenadora e das entida-
título digital de instalação ou de instalação e exploração, des públicas a consultar, informando que o procedimento
consoante for aplicável. iniciado se encontra disponível para verificação.
3 — Quando verifique a inexistência de impacte
relevante no equilíbrio urbano e ambiental, pode a câ- 4 — Considera-se que a data do pedido de emissão
mara municipal territorialmente competente declarar de título digital de instalação é a data indicada no com-
compatível com uso industrial o alvará de autoriza- provativo a que se refere a alínea a) do número anterior.
2346 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

5 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido, tidade coordenadora, sempre que o entender conve-
a entidade coordenadora profere: niente, convoca as entidades públicas a consultar para
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual uma reunião, a ter lugar, preferencialmente, através de
especifica em concreto os elementos em falta, bem videoconferência, no prazo máximo de 20 ou 10 dias
como, se for caso disso, os esclarecimentos necessários contados da data do pedido, consoante se trate, ou não,
à boa instrução do procedimento, caso se verifiquem de pedido de título digital de instalação abrangida pelo
desconformidades sanáveis entre o pedido e respetivos RJAIA ou RPAG.
elementos instrutórios e os condicionamentos legais e 2 — Não há lugar à reunião referida no número an-
regulamentares aplicáveis; ou terior quando o pedido de emissão de título digital de
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse- instalação estiver instruído com os elementos que dis-
quente extinção do procedimento, se a não conformi- pensam a pronúncia das entidades públicas nos termos
dade com os condicionamentos legais e regulamentares do disposto no n.º 3 do artigo seguinte.
for insuscetível de suprimento ou correção. 3 — [...]:
a) [...]
6 — O prazo referido no número anterior é de 25 dias b) A identificação de eventuais elementos instrutórios
no caso de pedidos de título digital de instalação abran- em falta ou da sua não conformidade com os condicio-
gidos pelo RJAIA, RPAG ou REI. namentos legais e regulamentares aplicáveis;
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do c) [Anterior alínea b).]
n.º 5, as entidades públicas notificadas ao abrigo da d) [Anterior alínea c).]
alínea b) do n.º 3, se verificarem a existência de omis-
sões ou irregularidades no pedido solicitam à entidade
coordenadora, até ao décimo dia do prazo a que se refere 4 — (Revogado.)
o n.º 5, por uma só vez, que o requerente seja convi- 5 — A entidade coordenadora regista as conclusões
dado a suprir aquelas omissões ou irregularidades ou da conferência procedimental em ata subscrita pelos
pronunciam-se em sentido favorável ao indeferimento intervenientes, a qual é por si inserida na área reservada
liminar do pedido quando considerem que as mesmas da empresa no «Balcão do empreendedor», e acessível
não são sanáveis. à entidade coordenadora, às entidades públicas con-
8 — No caso de pedidos de título digital de instalação sultadas e ao requerente, proferindo, se for caso disso,
abrangidos pelo RJAIA, RPAG ou REI, a solicitação despacho nos termos do n.º 5 ou 6 do artigo anterior,
referida no número anterior pode ser remetida à enti- conforme aplicável.
dade coordenadora até ao vigésimo dia do prazo a que 6 — [...].
se refere o n.º 6.
9 — Decorrido o prazo previsto nos n.os 5 ou 6, con- Artigo 23.º
forme aplicável, sem que ocorra convite ao aperfeiço- Pronúncia das entidades públicas no procedimento
amento ou indeferimento liminar do pedido, o «Balcão para a emissão de título digital de instalação
do empreendedor» emite imediata e automaticamente
comprovativo eletrónico onde conste a data de apresen- 1 — As entidades públicas competentes para emissão
tação do pedido de emissão de título de instalação e a de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
menção expressa à sua regular instrução, não podendo outros atos permissivos ou não permissivos, nos ter-
ser solicitados quaisquer elementos adicionais. mos do artigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do pro-
10 — Tendo sido proferido despacho de convite ao cedimento para emissão do título digital de instalação,
aperfeiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de em cumprimento da calendarização a que se refere a
45 dias para corrigir ou completar o pedido, sob pena alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, quando aplicável,
de indeferimento liminar. ou nos prazos máximos para pronúncias previstos no
11 — Submetidos os elementos a que se refere o anexo IV ao SIR, a contar da data do pedido, devendo in-
número anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica serir a respetiva licença, autorização, aprovação, registo,
automática e imediatamente a entidade coordenadora e parecer ou outros atos permissivos ou não permissivos
as entidades públicas consultadas, para que, no prazo de no «Balcão do empreendedor» nesse prazo.
cinco dias a contar da junção ao processo dos elementos 2 — A inserção das pronúncias referidas no número
adicionais, a entidade coordenadora, após articulação anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada
com as entidades públicas consultadas, profira despacho automática e imediatamente ao requerente e à entidade
de indeferimento liminar, se verificar que subsiste a coordenadora.
não conformidade com os condicionamentos legais e 3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade
regulamentares. pública competente, quando:
12 — Decorrido o prazo previsto no número anterior
sem que seja proferido o despacho de indeferimento a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas
liminar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos ter-
e automaticamente o comprovativo eletrónico previsto mos e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º;
no n.º 9. b) For junto ao procedimento licença, autorização,
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou
Artigo 22.º não permissivo que mantenha a sua validade, desde que
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de
[...]
facto ou de direito;
1 — No prazo de 5 dias contado a partir da data do c) For junto ao procedimento relatório de avaliação
pedido de emissão de título digital de instalação, a en- da conformidade com a legislação aplicável;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2347

d) For junto ao procedimento relatório de avaliação h) Decisão desfavorável quanto à atribuição do nú-
da conformidade com a legislação aplicável na área mero de controlo veterinário ou número de identificação
técnica da saúde e segurança no trabalho elaborado por individual, consoante se trate de operador no setor dos
entidade acreditada. géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal
ou do setor dos alimentos para animais, respetivamente,
4 — (Revogado.) quando tal atribuição seja exigível nos termos da legis-
5 — (Revogado.) lação aplicável;
6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada i) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
suspende-se na data em que é remetida à entidade co- arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
ordenadora a solicitação a que se referem os n.os 7 e 8 refere o n.º 2 do artigo 17.º
do artigo 21.º, retomando o seu curso após a data da
emissão do comprovativo eletrónico de regular instrução 5 — O título digital de instalação pode ser emitido
mencionado no n.º 12 do artigo 21.º antes da decisão final nos procedimentos de licença
ambiental, de título de utilização de recursos hídricos,
Artigo 24.º de título de emissão de gases com efeito de estufa, de
parecer ou licença de operação de gestão de resíduos,
Título digital de instalação
de atribuição do número de controlo veterinário ou do
1 — O título digital de instalação contém cópia inte- número de identificação individual e de autorização de
gral das pronúncias das entidades consultadas, incluindo equipamentos a instalar em estabelecimento industrial
das condições a observar pelo requerente na execução do abrangidos por legislação específica, que são apenas
projeto e na exploração do estabelecimento industrial, condição do título digital de exploração do estabele-
ou a menção do decurso do prazo para esse efeito. cimento.
2 — Quando das pronúncias das entidades consul- 6 — O título digital de instalação é emitido de forma
tadas resultem incompatibilidades suscetíveis de invia- eletrónica e automática pelo «Balcão do empreendedor»,
bilizarem a execução do projeto e ou a exploração do sendo enviada notificação ao requerente, à entidade
estabelecimento industrial, a entidade coordenadora coordenadora, à câmara municipal territorialmente com-
promove as ações necessárias à concertação de posições, petente, às entidades públicas consultadas, bem como às
para que, no prazo a que se refere o número seguinte, entidades cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo
as entidades consultadas procedam à eventual alteração do n.º 3 do artigo 23.º
das pronúncias no sentido da conciliação dos vários 7 — Verificando-se uma causa de não emissão do
interesses em presença. título digital de instalação, nos termos previstos no n.º 4,
3 — O título digital de instalação é emitido no prazo o «Balcão do empreendedor» envia notificação às enti-
máximo de 10 dias contados da verificação de uma das dades referidas no número anterior.
seguintes circunstâncias:
Artigo 25.º
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- Pedido de título digital de exploração
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o reque-
instalação do estabelecimento industrial; ou rente deve apresentar, no «Balcão do empreendedor»,
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- um pedido de emissão de título digital de exploração,
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- acompanhado dos respetivos elementos instrutórios,
missivos ou não permissivos necessários à instalação do nos termos definidos na portaria a que se refere o n.º 1
estabelecimento industrial, quando as entidades públicas do artigo 21.º
respetivas não se tenham pronunciado, sem prejuízo do 2 — Submetido o pedido nos termos no número an-
disposto no n.º 5. terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
4 — O título digital de instalação não é emitido pelo pedido de emissão de título digital de explora-
quando ocorra uma das seguintes circunstâncias: ção.
a) DIA desfavorável ou não conformidade do projeto 3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Bal-
de execução com a DIA, conforme inscrito no Título cão do empreendedor» emite, automática e imediata-
Único Ambiental (TUA); mente:
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa de-
inscrito no TUA; vida;
c) Indeferimento do pedido de aprovação do rela- b) Notificação da entidade coordenadora e das enti-
tório de segurança ou parecer negativo da APA, I. P., dades públicas consultadas que o procedimento iniciado
relativo à compatibilidade da localização, conforme se encontra disponível para verificação.
inscrito no TUA;
d) Indeferimento do pedido de título de emissão de 4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do
gases com efeito de estufa, inscrito no TUA; título digital de exploração é a data indicada no recibo
e) Indeferimento de título ou de decisão sobre o a que se refere a alínea a) do número anterior.
pedido de informação prévia de utilização de recurso 5 — (Revogado.)
hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA; 6 — (Revogado.)
f) Indeferimento do pedido de alvará de operação de 7 — (Revogado.)
gestão de resíduos, inscrito no TUA; 8 — (Revogado.)
g) (Revogada.) 9 — (Revogado.)
2348 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

10 — (Revogado.) que se refere o número anterior, por uma só vez, que o


11 — (Revogado.) requerente seja convidado a suprir aquelas omissões ou
12 — (Revogado.) irregularidades ou pronunciam-se em sentido favorável
13 — (Revogado.) ao indeferimento liminar do pedido quando considerem
14 — (Revogado.) que as mesmas não são sanáveis.
8 — Decorrido o prazo previsto no n.º 6 sem que
Artigo 30.º ocorra convite ao aperfeiçoamento ou indeferimento
Objeto e início do procedimento
liminar do pedido, o «Balcão do empreendedor» emite
imediata e automaticamente comprovativo eletrónico
1 — O procedimento para a instalação e exploração onde conste a data de apresentação do pedido de emissão
de um estabelecimento de tipo 2 envolve: de título digital de instalação e exploração e a menção
a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações, à sua regular instrução, não podendo ser solicitados
registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não quaisquer elementos adicionais.
permissivos de que dependa a instalação ou exploração 9 — Tendo sido proferido despacho de convite ao
de estabelecimento industrial de tipo 2; e aperfeiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de
b) A emissão de um título digital de instalação e ex- 15 dias para corrigir ou completar o pedido, sob pena
ploração, que titule o direito do requerente de instalar e de indeferimento liminar.
explorar um estabelecimento industrial de tipo 2. 10 — Submetidos os elementos a que se refere o
número anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica
2 — O procedimento para a emissão de título digital automática e imediatamente a entidade coordenadora e
de instalação e exploração é iniciado com a apresenta- as entidades públicas consultadas, para que, no prazo
ção, no «Balcão do empreendedor», de um pedido de de 5 dias a contar da junção ao processo dos elementos
emissão de título digital de instalação e exploração, adicionais, a entidade coordenadora, após articulação
acompanhado dos respetivos elementos instrutórios, com as entidades públicas consultadas, profira despacho
nos termos definidos na portaria a que se refere o n.º 1 de indeferimento liminar, se verificar que subsiste a
do artigo 21.º não conformidade com os condicionamentos legais e
3 — Submetido o pedido nos termos do número an- regulamentares.
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática 11 — Decorrido o prazo previsto no número anterior
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida sem que seja proferido o despacho de indeferimento
pelo pedido de emissão de título digital de instalação liminar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata
e exploração. e automaticamente o comprovativo eletrónico previsto
4 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Bal- no n.º 8.
cão do empreendedor» emite, automática e imediata- 12 — (Revogado.)
mente:
Artigo 31.º
a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa de-
Pronúncia das entidades públicas no procedimento
vida, identificando, sempre que possível, as entidades de instalação e exploração sem realização de vistoria
públicas cuja consulta seja obrigatória;
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida- 1 — As entidades públicas competentes para emis-
des públicas a consultar, informando que o procedimento são de licença, autorização, aprovação, registo, parecer
iniciado se encontra disponível para verificação. ou outros atos permissivos ou não permissivos de que
dependa a instalação e exploração do estabelecimento
5 — Considera-se que a data do pedido de emissão industrial, nos termos do artigo 14.º, pronunciam-se, no
do título digital de instalação e exploração é a data in- âmbito do procedimento a que se refere a presente sec-
dicada no recibo a que se refere a alínea a) do número ção, nos prazos máximos para pronúncias previstos no
anterior. anexo IV ao SIR, a contar da data do pedido, devendo in-
6 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido serir a respetiva licença, autorização, aprovação, registo,
a entidade coordenadora profere: parecer ou outros atos permissivos ou não permissivos
no «Balcão do empreendedor» nesse prazo.
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual 2 — A inserção das pronúncias referidas no número
especifica em concreto os elementos em falta, bem anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada
como, se for caso disso, os esclarecimentos necessários automática e imediatamente ao requerente e à entidade
à boa instrução do procedimento, caso se verifiquem coordenadora.
desconformidades sanáveis entre o pedido e respetivos 3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade
elementos instrutórios e os condicionamentos legais e pública competente, quando:
regulamentares aplicáveis; ou
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse- a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas
quente extinção do procedimento, se a não conformi- padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos ter-
dade com os condicionamentos legais e regulamentares mos e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º;
for insuscetível de suprimento ou correção. b) For junto ao procedimento licença, autorização,
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do não permissivo que mantenha a sua validade, desde que
número anterior, as entidades públicas notificadas ao se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de
abrigo da alínea b) do n.º 4, se verificarem a existência facto ou de direito;
de omissões ou irregularidades no pedido, solicitam à c) For junto ao procedimento relatório de avaliação
entidade coordenadora, até ao décimo dia do prazo a da conformidade com a legislação aplicável na área
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2349

técnica da saúde e segurança no trabalho elaborado por que contrariem ou não cumpram os condicionamentos
entidade acreditada. legais e regulamentares em vigor, desde que a pronúncia
da entidade consultada atribua a tais desconformidades
4 — (Revogado.) relevo suficiente para a não emissão do título digital de
5 — (Revogado.) instalação e exploração do estabelecimento industrial;
6 — O prazo para pronúncia da entidade consul- b) Indeferimento dos pedidos de título de emissão de
tada suspende-se na data em que é remetida à entidade gases com efeito de estufa, inscrito no TUA;
coordenadora a solicitação a que se refere o n.º 7 do c) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pe-
artigo 30.º, retomando o seu curso após a data da emis- dido de informação prévia de utilização de recursos
são do comprovativo eletrónico de regular instrução hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA;
mencionado no n.º 11 do mesmo artigo. d) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
gestão de resíduos, inscrito no TUA;
Artigo 32.º e) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
Título digital de instalação e exploração
arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
refere o n.º 2 do artigo 17.º
1 — A exploração de estabelecimento industrial de
tipo 2 só pode ter início após a emissão do título digital 6 — O título digital de instalação e exploração é
de instalação e exploração nos termos previstos nos emitido de forma eletrónica e automática pelo «Balcão
números seguintes. do empreendedor», sendo enviada notificação ao re-
2 — O título digital de instalação e exploração contém querente, à entidade coordenadora, à câmara municipal
cópia integral das licenças, autorizações, aprovações, territorialmente competente, às entidades públicas con-
registos, pareceres, atos permissivos ou não permissivos sultadas, bem como às entidades cuja consulta tenha sido
necessários à instalação e exploração do estabelecimento dispensada ao abrigo do n.º 3 do artigo anterior.
industrial ou a menção do decurso do prazo para esse 7 — O requerente pode iniciar a exploração do es-
efeito, e ainda, se aplicável, as condições a observar pelo tabelecimento industrial logo que seja emitido o título
requerente na instalação e exploração, sendo emitido digital de instalação e exploração e uma vez contratado
imediata e automaticamente após a verificação de uma o seguro de responsabilidade civil a que se refere o n.º 1
das seguintes circunstâncias: do artigo 4.º
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última 8 — O requerente deve comunicar à entidade co-
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- ordenadora a data de início da exploração com uma
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à antecedência não inferior a 5 dias, sendo tal comunica-
instalação e exploração do estabelecimento industrial; ou ção notificada automaticamente através do «Balcão do
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- empreendedor» a todas as entidades consultadas, bem
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- como às entidades cuja consulta tenha sido dispensada
missivos ou não permissivos necessários à instalação nos termos do n.º 3 do artigo 30.º
e exploração do estabelecimento industrial, quando as 9 — Verificando-se uma causa de não emissão do
entidades públicas respetivas não se tenham pronun- título digital de instalação e exploração, nos termos
ciado. previstos no n.º 5, o «Balcão do empreendedor» envia
notificação ao requerente e demais entidades referidas
3 — Quando não haja lugar a pronúncia da entidade no n.º 6.
pública competente nos termos no n.º 3 do artigo ante- 10 — (Revogado.)
rior, e não ocorrendo nenhuma das circunstâncias pre- 11 — (Revogado.)
vistas no n.º 5, o título digital de instalação e exploração 12 — (Revogado.)
é emitido imediata e automaticamente na data em que 13 — (Revogado.)
seja emitido o comprovativo de regular instrução, a que
se referem os n.os 8 e 11 do artigo 30.º Artigo 33.º
4 — Sempre que haja lugar a consultas, o título di- [...]
gital de instalação e exploração é emitido imediata e
automaticamente após a verificação de uma das seguin- 1 — A exploração de estabelecimento industrial
tes circunstâncias: de tipo 3 está sujeita ao regime de mera comunicação
prévia, sem prejuízo de o interessado poder optar pela
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última sujeição ao procedimento aplicável aos estabelecimen-
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- tos de tipo 2, com vista à obtenção, de forma integrada,
res favoráveis (ou se desfavoráveis, não vinculativos), dos títulos necessários à exploração do estabelecimento
outros atos permissivos ou não permissivos emitidos industrial.
pelas entidades consultadas; 2 — Para os efeitos previstos na parte final do nú-
b) No termo do prazo para a pronúncia das entida- mero anterior, deve o interessado manifestar, no «Balcão
des públicas consultadas, sempre que alguma daquelas
do empreendedor», a opção referida e identificar no
entidades não se pronuncie.
formulário correspondente as entidades a consultar para
efeitos de obtenção dos títulos aplicáveis, cumprindo-se
5 — O título digital de instalação e exploração não o disposto na secção III do presente capítulo.
é emitido quando ocorra uma das seguintes circuns-
3 — O procedimento de mera comunicação prévia
tâncias:
consiste na inserção, no «Balcão do empreendedor», dos
a) Desconformidade das características e especifica- dados necessários à caracterização do estabelecimento
ções do estabelecimento industrial descritas no pedido industrial e respetiva atividade, bem como do título
2350 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

de utilização de recursos hídricos inscrito no TUA, midades detetadas, ou o encerramento da instalação


quando legalmente exigível, acompanhado de aceita- industrial, caso contrário.
ção de termo de responsabilidade do cumprimento das 6 — [...].
exigências legais aplicáveis à atividade industrial, nos 7 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos
termos definidos na portaria a que se refere o n.º 1 do intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as
artigo 21.º respetivas declarações individuais, devidamente assina-
4 — Submetidos os dados nos termos do número das, sendo submetido pela entidade coordenadora no
anterior, o «Balcão do empreendedor» emite automática «Balcão do empreendedor» no último dia de realização
e imediatamente o título digital de exploração e a guia da vistoria ou nos cinco dias subsequentes à conclusão
para pagamento da taxa devida. da mesma e disponibilizado ao requerente e às entidades
5 — Considera-se que a data da mera comunicação intervenientes.
prévia é a data indicada no título digital a que se refere 8 — O título digital de exploração é sempre atualizado
o número anterior. pela entidade coordenadora na sequência da realização
das vistorias de conformidade.
Artigo 34.º
Artigo 37.º
[...]
[...]
1 — A exploração de estabelecimento industrial de
tipo 3 só pode ter início após a emissão do título digital 1 — Os estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2
referido no artigo anterior e do pagamento da taxa cor- estão sujeitos a reexame global das respetivas condições
respondente, quando a mesma seja devida nos termos de exploração, após terem decorrido sete anos, contados
do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 81.º a partir da data de emissão do título digital de exploração
2 — A exploração dos estabelecimentos de tipo 3 está ou da data da última atualização do mesmo, sem prejuízo
sujeita a todas as exigências legais em vigor e aplicáveis do que for exigido por legislação específica.
ao imóvel onde está situado, bem como aos condiciona- 2 — Se o estabelecimento industrial estiver sujeito ao
mentos legais e regulamentares aplicáveis à atividade RJPCIP, a que se refere o capítulo II do REI, o reexame
industrial, designadamente em matéria de ambiente, global previsto no número anterior deve ter lugar nos
segurança e saúde no trabalho, segurança alimentar e seis meses que antecedem o fim do período de validade
segurança contra incêndio em edifícios. da licença ambiental, emitida nos termos do disposto
no artigo 40.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de
Artigo 36.º agosto.
3 — (Revogado.)
[...] 4 — [...].
1 — As vistorias de conformidade são agendadas 5 — É aplicável às vistorias de reexame o regime
pela entidade coordenadora, após articulação com as das vistorias prévias previsto no artigo 25.º-A, com as
entidades públicas intervenientes nos procedimentos de devidas adaptações.
instalação e exploração aplicáveis ao estabelecimento 6 — O título digital de exploração é sempre atualizado
industrial, e têm as seguintes finalidades: pela entidade coordenadora na sequência da realização
das vistorias de conformidade.
a) Verificação do cumprimento dos condicionamen- 7 — [...].
tos legais ou das condições constantes do título digital
de instalação e ou exploração; Artigo 38.º
b) [...]
c) [...] Suspensão, reinício, cessação da atividade
e alteração de titularidade ou denominação
d) [...]
e) [...] 1 — As situações de suspensão por mais de um ano, o
f) [...]. reinício ou a cessação da atividade industrial, bem como
a alteração da titularidade ou da denominação social do
2 — (Revogado.) titular do estabelecimento industrial, são comunicadas
3 — É aplicável às vistorias de conformidade o re- pelo requerente à entidade coordenadora através do
gime das vistorias prévias previsto no artigo 25.º-A, «Balcão do empreendedor» no prazo máximo de 30 dias
com as devidas adaptações. contados da data do facto que lhes deu origem, sendo
4 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, automaticamente notificadas à entidade coordenadora,
para efeitos de verificação do cumprimento das con- às demais entidades intervenientes e à DGAV, caso se
dições fixadas nos títulos de exploração emitidos, a trate de estabelecimento industrial do setor alimentar
entidade coordenadora pode agendar a realização, no que utilize matérias-primas de origem animal não trans-
máximo, de três vistorias de conformidade à instalação formadas, do setor dos subprodutos animais e do setor
industrial. dos alimentos para animais, sem prejuízo do disposto
5 — Se a terceira vistoria de conformidade revelar no número seguinte.
que ainda não estão cumpridas todas as condições an- 2 — No caso de estabelecimentos industriais abran-
teriormente impostas, a entidade coordenadora, após gidos pelo RJPCIP, a que se refere o capítulo II do REI,
articulação com as entidades públicas intervenientes nos a cessação do exercício da atividade industrial é objeto
procedimentos de instalação e exploração aplicáveis ao de comunicação pelo requerente à entidade coordena-
estabelecimento industrial, toma as medidas cautelares dora, através do «Balcão do empreendedor», com a
e as providências necessárias, entre as quais se inclui antecedência mínima de três meses relativamente à data
a suspensão, caso se considerem sanáveis as inconfor- prevista para a cessação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2351

3 — A inatividade de um estabelecimento industrial 4 — Fica sujeita a procedimento de mera comuni-


por um período igual ou superior a três anos determina cação prévia a alteração a estabelecimento industrial
a caducidade do título digital de exploração. de tipo 3 que não se encontre abrangida pelo disposto
4 — No caso previsto no número anterior, a subse- nos n.os 1 e 3, que implique a alteração da atividade
quente pretensão de reinício de atividade é sujeita à económica, classificada de acordo com a respetiva CAE,
disciplina imposta às instalações novas. exercida no estabelecimento.
5 — Sempre que o período de inatividade de esta- 5 — O âmbito dos procedimentos de alteração de
belecimento industrial de tipo 1 seja superior a um ano estabelecimento referidos nos números anteriores e das
e inferior a três anos, o requerente apresenta, antes de respetivas avaliações técnicas limita-se aos elementos e
reiniciar a exploração, um pedido de vistoria, aplicando- partes da instalação industrial que possam ser afetados
-se as disposições previstas para as vistorias prévias pela alteração, exceto se o requerente pedir a antecipa-
previstas no artigo 25.º-A, podendo ser impostas pela ção do reexame global das condições de exploração,
sendo os respetivos elementos instrutórios definidos
entidade coordenadora, após articulação com as entida-
na portaria referida no n.º 1 do artigo 21.º
des públicas intervenientes, novas condições de explora- 6 — O procedimento de alteração do estabelecimento
ção, sempre que tal se revele necessário ao cumprimento industrial implica a atualização do título digital corres-
dos condicionamentos legais e regulamentares em vigor, pondente.
através de decisão fundamentada.
6 — As comunicações a que se refere o n.º 1 são Artigo 43.º
averbadas automaticamente no título digital.
Procedimento de instalação e exploração
Artigo 39.º 1 — A instalação e exploração da ZER está sujeita ao
Alterações sujeitas a procedimento procedimento com vistoria prévia aplicável aos estabe-
lecimentos de tipo 1, com as especificidades constantes
1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia da presente secção e das secções II e III do presente
a alteração de estabelecimento industrial que constitua: capítulo.
2 — [...].
a) [...]
3 — A coordenação do procedimento relativo a insta-
b) Alteração de exploração considerada «alteração lação e exploração da ZER compete ao IAPMEI, I. P.
substancial», na aceção do REI;
c) [...] Artigo 44.º
d) Alteração, que careça por si mesma, de alvará para
operação de gestão de resíduos perigosos; [...]
e) Alteração que implique a atribuição do número Nos procedimentos previstos no presente capítulo,
de controlo veterinário ou número de identificação in- são chamadas a pronunciar-se as entidades públicas
dividual, consoante se trate de operador no setor dos cuja intervenção deva ser considerada legalmente obri-
géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal gatória, atenta a tipologia de ZER em causa e as carac-
ou do setor dos alimentos para animais, respetivamente, terísticas específicas do respetivo projeto de instalação
de acordo com a legislação aplicável. e exploração, designadamente:
a) [...]
2 — (Revogado.)
b) [...]
3 — Fica sujeita a procedimento sem vistoria prévia, c) [...]
a alteração de estabelecimento industrial: d) [...]
a) De tipo 1 que, não se encontrando abrangida pelo e) A APA, I. P.;
disposto no n.º 1, configure, ainda assim, uma «alteração f) A Câmara Municipal territorialmente competente;
de exploração», para efeitos do disposto no n.º 1 do g) [Anterior alínea e).]
artigo 19.º ou do n.º 2 do artigo 66.º do REI;
b) De tipo 1 ou 2 que careça, por si mesma, de alvará Artigo 45.º
para operações de gestão de resíduos não perigosos; [...]
c) De tipo 1 ou 2 que corresponda a uma alteração
da natureza ou funcionamento da instalação industrial 1 — [...].
2 — Por opção do requerente, o procedimento de
na aceção do CELE;
AIA relativo a projeto de execução pode decorrer em
d) De tipo 1 ou 2 que, não se encontrando abrangida simultâneo com o procedimento de emissão de título
pelo n.º 1, implique, por si mesma, ou por efeito acu- digital para a instalação de ZER.
mulado de anteriores alterações, um aumento superior 3 — [...].
a 30 % da capacidade produtiva existente ou a 30 % da
área edificada do estabelecimento industrial; Artigo 46.º
e) De tipo 3 que implique a sua classificação como
estabelecimento de tipo 2; [...]
f) De qualquer tipo, que implique a alteração das ca- 1 — O procedimento de instalação é iniciado pela
racterísticas de efluentes rejeitados após tratamento ou entidade gestora da ZER ou, caso esta não se encontre
dos volumes titulados, bem como das áreas do domínio ainda constituída, por quem possua legitimidade para
hídrico ocupadas, nos termos do disposto no regime de proceder à sua constituição, nos termos a definir através
utilização de recursos hídricos. de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
2352 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

áreas da modernização administrativa, da administração Artigo 49.º


local, da economia, do ambiente e do ordenamento do Requisitos específicos do pedido de título
território. digital de exploração
2 — A entidade gestora de ZER deve constituir-se
como entidade acreditada para o exercício das fun- 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o reque-
ções de entidade coordenadora do procedimento de rente deve apresentar, no «Balcão do empreendedor»,
instalação, exploração e alteração dos estabelecimentos um pedido de emissão de título digital de exploração de
ZER, acompanhado dos respetivos elementos instrutó-
industriais em ZER junto do IPAC, I. P., ou, em alterna-
rios, nos termos definidos na portaria a que se refere o
tiva, optar pela subcontratação das funções de entidade n.º 1 do artigo 46.º
coordenadora junto de uma entidade acreditada para o 2 — [...].
efeito pelo organismo em causa. 3 — Considera-se que a data do pedido de emissão do
3 — Os demais requisitos de constituição, organiza- título digital de exploração de ZER é a data indicada no
ção e funcionamento e as obrigações e competências da recibo comprovativo do pagamento da taxa devida.
entidade gestora de ZER, bem como os elementos ins-
trutórios que devem acompanhar o pedido de instalação Artigo 50.º
e alteração são definidos na portaria referida no n.º 1.
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do Requisitos específicos do título digital de exploração
de Zonas Empresariais Responsáveis
título digital de instalação de ZER é a data indicada no
recibo comprovativo do pagamento da taxa devida. 1 — A emissão do título digital de exploração da
ZER é precedida de vistoria prévia, a qual se rege pelo
Artigo 47.º disposto no artigo 25.º-A.
2 — Sem prejuízo de outras condições de exploração
Título digital de instalação de Zonas da ZER que hajam sido fixadas por parte das entidades
Empresariais Responsáveis
consultadas e ou no auto de vistoria, o respetivo título
1 — O título digital de instalação de ZER não é emi- digital de exploração inclui obrigatoriamente:
tido caso se verifique ter ocorrido, no âmbito da pronún- a) [...]
cia das entidades públicas a que se refere o artigo 44.º b) [...]
pelo menos uma das seguintes situações: c) [...]
a) DIA desfavorável ou decisão de não conformidade d) [...]
ambiental do projeto de execução com a DIA inscrita e) [...]
no TUA; f) [...]
b) (Revogada.) g) [...]
c) Indeferimento de pedido de título de utilização de h) A identificação dos serviços comuns e outros ser-
recursos hídricos, inscrito no TUA; viços a prestar pela entidade gestora;
i) O regulamento interno da ZER;
d) [...]
j) [...].
e) [...].
3 — O título digital de exploração da ZER emitido
2 — O título digital de instalação de ZER pode ser nos termos do número anterior tem natureza provisória,
emitido antes da decisão final no âmbito do procedi- convertendo-se em definitivo ou caducando, respetiva-
mento de emissão do título de utilização de recursos mente, consoante seja emitida pelo IPAC, I. P., decisão
hídricos, que é apenas condição de atribuição do título favorável ou desfavorável relativamente à atribuição à
digital de exploração da ZER. entidade gestora da ZER do estatuto de entidade acre-
ditada, ao abrigo do disposto no artigo 66.º
Artigo 48.º
Caducidade do título digital de instalação Artigo 51.º
[...]
1 — O título digital de instalação da ZER caduca
se, no prazo de quatro anos após a sua emissão, não A entidade gestora deve comunicar à entidade co-
tiver sido dado início aos trabalhos de construção de ordenadora:
infraestruturas.
a) [...]
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o b) [...].
prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado
pela entidade coordenadora, a pedido da entidade ges- Artigo 52.º
tora da ZER, por igual período de tempo, quando esta
demonstre não lhe ser imputável o atraso. [...]
3 — Nos casos em que a ZER tenha sido objeto de 1 — A entidade coordenadora realiza vistorias de
decisão favorável ou favorável condicionada de im- conformidade à ZER, para verificação do cumprimento
pacte ambiental inscrita no TUA, emitida em fase de dos condicionamentos legais ou do cumprimento das
projeto de execução, ou de decisão de conformidade condições fixadas no título digital de exploração, para
ambiental do projeto de execução inscrita no TUA, a instruir a apreciação de alterações à ZER ou para aná-
prorrogação referida no número anterior só pode ser lise de reclamações apresentadas, às quais é aplicável
concedida quando houver pronúncia favorável sobre a a disciplina estabelecida nos artigos 36.º e 37.º, com as
sua prorrogação, de acordo com o RJAIA. especificidades previstas no presente artigo.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2353

2 — Se os procedimentos de controlo revelarem que Artigo 54.º


não estão a ser cumpridas condições impostas pelo título [...]
digital de exploração, a entidade coordenadora toma as
medidas cautelares e as providências necessárias, entre 1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia
as quais se inclui a suspensão, por um período máximo aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 1,
de seis meses, do título digital de exploração e o encer- com as necessárias adaptações, a alteração de ZER que
ramento preventivo, parcial ou total, de instalações ou determine a sujeição a AIA, nos termos do RJAIA.
equipamentos que se encontrem sob a administração 2 — Fica sujeita ao procedimento sem vistoria prévia
da entidade gestora. aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 2,
3 — Sempre que o incumprimento pela entidade com as necessárias adaptações, a alteração de ZER não
gestora das condições impostas pelo título digital de abrangida pelo disposto no número anterior sempre que
exploração se repercutir, de forma relevante, na des- a referida alteração implique um aumento superior a
conformidade da instalação ou da exploração dos es- 30 % da respetiva área de implantação e ou a alteração
tabelecimentos a localizar ou localizados na ZER com das atividades, classificadas de acordo com a respetiva
condicionamentos legais ou regulamentares, a entidade CAE, cuja instalação é permitida na ZER.
coordenadora da ZER notifica os titulares dos estabe- 3 — As alterações a ZER não abrangidas pelo nú-
lecimentos em causa para, num prazo razoável, proce- mero anterior ficam sujeitas ao procedimento de mera
derem às necessárias correções, sem prejuízo de poder comunicação prévia aplicável aos estabelecimentos
acionar as medidas previstas nos artigos 72.º e 73.º, caso industriais de tipo 3.
se verifiquem as circunstâncias aí previstas. 4 — Aos procedimentos de alteração referidos nos
4 — A ZER está sujeita ao reexame global das condi- números anteriores aplica-se, com as necessárias adap-
ções constantes do título digital de exploração após terem tações, o disposto nos n.os 5 e 6 do artigo 39.º e no ar-
decorrido cinco anos contados a partir da data da respetiva tigo 39.º-A.
emissão ou da data da última atualização do mesmo, sem
prejuízo do que for exigido por legislação específica. Artigo 56.º
5 — O reexame de condições de exploração da ZER
[...]
contempla a realização de vistorias, às quais é aplicável
o disposto no artigo 25.º-A, com as devidas adaptações. 1 — O pedido de conversão em ZER é apresentado à
6 — O título digital de exploração é atualizado na entidade coordenadora nos termos definidos na portaria
sequência da realização de vistorias, bem como na se- a que se refere o n.º 1 do artigo 46.º
quência do reexame das condições de exploração. 2 — Considera-se que a data do pedido é a data in-
dicada no respetivo comprovativo do pagamento da
Artigo 53.º taxa devida.
Suspensão e cessação da atividade, alteração
da titularidade ou denominação Artigo 57.º
e caducidade do título digital de exploração
[...]
1 — As situações de suspensão, o reinício ou a ces- 1 — No decurso de 30 dias subsequentes à data do
sação da atividade da ZER, bem como a alteração da pedido de conversão, a entidade coordenadora promove
titularidade ou da denominação social do respetivo ti- a consulta em simultâneo às entidades públicas que, nos
tular, são comunicadas pela entidade gestora através do termos da lei, se devam pronunciar sobre o pedido de
«Balcão do empreendedor» no prazo máximo de 30 dias conversão, designadamente:
contados da data do facto que lhes deu origem, sendo
automaticamente notificadas à entidade coordenadora a) [...]
e demais entidades intervenientes. b) [...]
2 — Há lugar à caducidade do título digital de ex- c) [...]
ploração sempre que se verifique: d) [...]
e) [...]
a) Decisão desfavorável do pedido de acreditação f) Da APA, I. P.;
da entidade gestora ou posterior anulação ou suspensão g) [Anterior alínea f).]
de decisão favorável à acreditação, salvo se a entidade
gestora recorrer à subcontratação de outra entidade 2 — [...].
acreditada para o exercício da função de entidade co- 3 — [...].
ordenadora; 4 — No prazo de 20 dias, contado do termo do prazo
b) Inatividade da entidade gestora da ZER por um referido no n.º 2, a entidade coordenadora adota uma
período igual ou superior a três anos, salvo se esta de- decisão que pode assumir uma das seguintes formas:
monstrar junto da entidade coordenadora que tal inati-
vidade não lhe é imputável. a) [...]
b) [...]
3 — Sempre que haja lugar a cessação ou suspen- c) [...].
são, a qualquer título, da atividade da entidade gestora
da ZER, ou à caducidade do respetivo título digital 5 — No caso de decisão favorável, a entidade coorde-
de exploração, o desempenho das funções de entidade nadora emite título digital de exploração, onde descreve
coordenadora dos estabelecimentos industriais aí insta- todas as condições de exploração da ZER.
lados é assumido pela entidade competente nos termos 6 — No caso de decisão favorável condicionada,
do anexo III ao SIR. a entidade coordenadora comunica as condições ao
2354 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

requerente, fixando-lhe um prazo não superior a seis Artigo 60.º


meses para o seu cumprimento, findo o qual, sem que [...]
se tenham sido juntos ao processo comprovativos do
cumprimento das condições exigidas, profere, no prazo 1 — À instalação e exploração de estabelecimentos
de 10 dias, decisão desfavorável. de comércio, serviços e restauração em ZER aplica-se
7 — No caso de decisão desfavorável, a entidade o regime jurídico aplicável ao acesso e exercício des-
coordenadora profere decisão fundamentada indeferindo tas atividades, sem prejuízo do disposto nos números
o pedido de conversão. seguintes.
8 — As decisões sobre o pedido de conversão em 2 — A instalação em ZER de grandes superfícies
ZER referidas nos números anteriores são disponibili- comerciais e de conjuntos comerciais não carece de:
zadas pela entidade coordenadora no «Balcão do empre- a) Autorização ou informação prévia de localização,
endedor», no dia imediatamente subsequente à data da na medida em que tal instalação se encontre prevista no
respetiva emissão, sendo enviada notificação automática título digital de exploração da ZER;
ao requerente e a todas as entidades intervenientes no b) AIA inscrita no TUA, no caso de o EIA da ZER ter
processo. incluído os requisitos de informação necessários ao EIA
do estabelecimento de comércio ou conjunto comercial
Artigo 58.º a instalar em ZER, à luz do preceituado no RJAIA.
[...]
3 — No caso de instalação de outros estabelecimen-
1 — [...]. tos de comércio, armazenagem, serviços e restauração
2 — A aquisição do direito de utilização referido no abrangidos pelo regime jurídico referido no n.º 1, o
número anterior obriga o respetivo titular ao cumpri- respetivo titular deve fazer prova, junto da entidade
mento do regulamento interno da ZER e demais deter- gestora da ZER, quando aplicável, de ser detentor de
minações da entidade gestora sobre o funcionamento título que o habilite à instalação e exploração do esta-
da mesma. belecimento em causa, bem como, se for caso disso,
do cumprimento das demais obrigações previstas no
Artigo 59.º referido regime jurídico.
4 — No caso dos estabelecimentos abrangidos por
[...] outros regimes específicos de licenciamento, o respetivo
titular deve fazer prova, junto da entidade gestora de
1 — [...].
ZER, de ser detentor de título que o habilite à instalação
2 — Os estabelecimentos industriais a instalar em e exploração do estabelecimento em causa à luz dos
ZER não carecem, na medida em que se trate de ativi- referidos regimes.
dade industrial prevista no título digital de exploração 5 — [...].
da ZER, de nenhuma autorização, procedimento, pare-
cer, licença ou título que já tenham sido obtidos pela Artigo 61.º
ZER, no seu processo de instalação e de exploração, [...]
designadamente: 1 — Às alterações dos estabelecimentos industriais
a) [...] instalados em ZER aplicam-se, com as necessárias adap-
b) AIA inscrita no TUA, no caso de o Estudo de Im- tações, o regime aplicável às alterações aos estabeleci-
pacte Ambiental (EIA) da ZER ter incluído os requisitos mentos industriais previsto nos artigos 39.º e 39.º-A.
de informação necessários ao EIA do estabelecimento 2 — (Revogado.)
industrial a instalar em ZER, à luz do preceituado no 3 — (Revogado.)
RJAIA; 4 — (Revogado.)
c) Título de utilização de recursos hídricos inscrito no
TUA, no caso de estabelecimento industrial não sujeito Artigo 62.º
a licença ambiental, sempre que esta utilização já esteja [...]
incluída no título de utilização dos recursos hídricos
emitido para as instalações industriais da ZER. 1 — As entidades acreditadas pelo IPAC, I. P., po-
dem, no âmbito do SIR:
3 — Na medida em que se trate de atividade indus- a) Elaborar relatórios de avaliação da conformidade
trial prevista no título digital de exploração da ZER, do projeto apresentado para a instalação, exploração e
os estabelecimentos industriais a instalar em ZER não alteração de estabelecimento industrial ou de ZER com
se encontram sujeitos a vistoria prévia para efeitos da as normas técnicas previstas na legislação aplicável;
emissão do respetivo título de exploração previsto no b) Exercer funções de entidade coordenadora dos
capítulo III, exceto se estiver em causa a exploração procedimentos de instalação, exploração e alteração de
de atividade agroalimentar que utilize matéria-prima estabelecimentos industriais em ZER.
de origem animal não transformada, caso em que a
exploração só pode ser iniciada após a comunicação 2 — As atividades de avaliação de conformidade
ao requerente do resultado favorável daquela vistoria, previstas na alínea a) do número anterior podem incidir
a qual se rege pelo artigo 25.º-A. numa ou mais das seguintes áreas técnicas:
4 — Os estabelecimentos industriais a instalar em a) Ambiente, incluindo água, ar, resíduos, ruído, pre-
ZER beneficiam de redução a metade das taxas previstas venção e controlo integrados da poluição, prevenção de
no n.º 1 do artigo 79.º e no n.º 1 do artigo 81.º acidentes graves e AIA;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2355

b) Segurança e saúde no trabalho, se aplicável nos 2 — A competência para a fiscalização atribuída ao


termos de lei especial; abrigo do número anterior não prejudica as competên-
c) Segurança alimentar. cias próprias de outras entidades e a possibilidade de
realização de ações de fiscalização conjunta.
3 — (Revogado.) 3 — Para o exercício das competências previstas
4 — (Revogado.) no n.º 1 e por forma a evitar divergências de critérios
na aplicação da lei e no exercício de competências de
Artigo 65.º fiscalização, o IAPMEI, I. P., elabora, em articulação
com as entidades aí referidas, linhas orientadoras não
[...]
vinculativas para o exercício das ações de fiscalização,
1 — As entidades não acreditadas podem exercer as quais devem incluir a lista dos aspetos concretos a
provisoriamente a sua atividade, durante o prazo má- considerar nas mesmas, sendo objeto de publicação no
ximo de seis meses, mediante a obtenção de autorização «Balcão do empreendedor».
provisória concedida pelo IAPMEI, I. P., com base em 4 — O industrial deve facultar às entidades fiscaliza-
parecer técnico favorável emitido pelo IPAC, I. P. doras a entrada nas suas instalações, bem como fornecer
2 — [...]. as informações que por aquelas lhe sejam solicitadas,
3 — A decisão do IPAC, I. P., sobre o pedido de au- de forma fundamentada, sempre que tais informações
torização de exercício provisório de atividade é emitida não se encontrem já disponíveis no «Balcão do empre-
quando este considerar que estão reunidas as condições endedor».
necessárias para se proceder à avaliação presencial com- 5 — [...].
pleta do pedido de acreditação, no prazo de 60 dias após
a receção do requerimento para o exercício provisório Artigo 72.º
da atividade. [...]
4 — (Revogado.)
Sem prejuízo das competências das entidades respon-
Artigo 66.º sáveis pelo controlo ou fiscalização previstas em regi-
mes específicos, sempre que a entidade coordenadora,
[...]
no âmbito das vistorias referidas nos artigos 36.º e 37.º,
1 — A decisão sobre o pedido de acreditação é emi- ou as entidades fiscalizadoras referidas nas alíneas a)
tida pelo IPAC, I. P., no prazo máximo de seis meses a e b) do n.º 1 do artigo anterior detetem uma situação
contar da avaliação presencial completa. de infração prevista no SIR que constitua perigo grave
2 — [...]. para a saúde pública, para a segurança de pessoas e bens,
para a saúde e segurança nos locais de trabalho ou para
Artigo 67.º o ambiente devem, individual ou coletivamente, tomar
de imediato as providências adequadas para eliminar a
[...]
situação de perigo, podendo ser determinada, por um
[...]: prazo máximo de seis meses, a suspensão da atividade,
o encerramento preventivo do estabelecimento, no todo
a) [...] ou em parte, ou a apreensão de todo ou parte do equi-
b) [...] pamento, mediante selagem.
c) [...]
d) [...]
Artigo 75.º
e) Celebrar contrato de seguro de responsabilidade
civil extracontratual nos termos previstos no n.º 2 do [...]
artigo 4.º
1 — Sem prejuízo da punição pela prática de crime
Artigo 70.º de falsas declarações, constitui contraordenação punível
com coima de € 500 a € 3 500 tratando-se de pessoa
Acompanhamento
singular, ou de € 4 400 a € 44 000, tratando-se de pessoa
1 — Compete ao IPAC, I. P., dar conhecimento ao coletiva, a emissão pelo industrial de uma declaração de
IAPMEI, I. P., de quaisquer sanções aplicadas às enti- cumprimento de condições técnicas padronizadas objeto
dades acreditadas para o exercício de funções de coor- do pedido ao abrigo da alínea c) do n.º 4 do artigo 8.º
denação dos procedimentos de instalação, exploração e que não corresponda à verdade.
alteração de estabelecimentos industriais em ZER. 2 — [...]:
2 — (Revogado.)
a) A execução de projeto de instalação de estabeleci-
mento industrial de tipo 1, sem que tenha sido emitido o
Artigo 71.º
título digital de instalação referido no artigo 24.º;
[...] b) [Revogado];
c) A execução de projeto de instalação de estabeleci-
1 — [...]:
mento industrial de tipo 2, sem que tenha sido emitido
a) À Autoridade de Segurança Alimentar e Econó- o título digital de instalação e exploração referido no
mica (ASAE); e artigo 32.º;
b) À câmara municipal territorialmente competente d) A execução de projeto de instalação ou o início
nos estabelecimentos relativamente aos quais esta última da exploração de ZER, sem que tenham sido emitidos
é a entidade coordenadora; o título digital de instalação e de exploração por força
c) (Revogada.) do disposto no n.º 1 do artigo 43.º;
2356 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

e) A execução de projeto de alterações de estabeleci- Artigo 79.º


mento industrial sujeito ao procedimento com vistoria [...]
prévia, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 39.º,
sem que tenha sido emitido o título de alteração cor- 1 — É devido o pagamento de uma taxa, da responsa-
respondente; bilidade do requerente, para cada um dos seguintes atos:
f) A execução de projeto de alterações de estabeleci-
a) Emissão dos títulos digitais previstos no SIR;
mento industrial sujeito ao procedimento sem vistoria
b) Alterações, aditamentos ou atualizações aos títulos
prévia ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 39.º,
digitais previstos no SIR, excecionadas as atualizações
sem que tenha sido emitido o título de alteração cor-
decorrentes da realização de vistorias de conformidade
respondente;
para os efeitos previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 1
g) A execução de projeto de alterações de estabeleci-
do artigo 36.º;
mento industrial sujeito a mera comunicação prévia ao
c) Atendimento digital assistido à utilização do «Bal-
abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 39.º, sem que tenha
cão do empreendedor»;
sido emitido o título de alteração correspondente;
d) (Revogada.)
h) A execução de projeto de alterações de ZER sujeito
e) [...]
aos procedimentos previstos no artigo 54.º, sem que te-
f) [...]
nha sido emitido o título de alteração correspondente;
g) (Revogada.)
i) O início da exploração de um estabelecimento
h) (Revogada.)
industrial de tipo 1 ou de tipo 2 sem que tenha sido
i) (Revogada.)
emitido o título digital de exploração a que se refere o
j) (Revogada.)
artigo 25.º-B ou o título digital de instalação e explora-
k) [...]
ção a que se refere o artigo 32.º, respetivamente;
l) (Revogada.)
j) [...]
m) (Revogada.)
k) A inobservância das condições de exploração do
estabelecimento industrial fixadas no título digital de
2 — As taxas referidas nas alíneas a) e b) do nú-
exploração ou no título digital de instalação e explora-
mero anterior incluem os montantes eventualmente
ção, respetivamente, nos termos previstos no n.º 2 do
devidos pela realização das vistorias previstas no SIR,
artigo 25.º-B ou no n.º 2 do artigo 32.º e no n.º 6 do
não podendo ser cobrada qualquer taxa avulsa pelas
artigo 37.º;
mesmas.
l) A inobservância das condições de exploração de
3 — (Revogado.)
ZER fixadas no título digital de exploração nos ter-
4 — (Revogado.)
mos previstos nos n.os 2 e 3 do artigo 50.º, ou ainda,
5 — (Revogado.)
aquando da respetiva atualização, nos termos do n.º 6
6 — [...].
do artigo 52.º;
7 — [...].
m) A infração ao dever de comunicação previsto no
8 — Os valores devidos pelas taxas aplicáveis no âm-
n.º 3 do artigo 3.º e nos n.os 1 e 4 do artigo 38.º;
bito do SIR constam de guia emitida automaticamente
n) [...]
pelo «Balcão do empreendedor», a qual reveste a forma
o) (Revogada.)
de Documento Único de Cobrança quando legalmente
p) [...]
exigível, e podem ser pagos por meios exclusivamente
q) [...].
automáticos e eletrónicos, nos termos previstos no ar-
tigo 30.º do Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio.
3 — No caso das infrações referidas nas alíneas a),
9 — Sem prejuízo do exercício imediato dos direitos
c), d), e), f), h), i) e j) do número anterior, os valores
ou interesses legalmente protegidos do interessado no
mínimos das coimas referidas no corpo do mesmo nú-
procedimento, não são devidas taxas quando os res-
mero são agravados para o dobro.
petivos valores ou fórmulas de cálculo não sejam in-
4 — [...].
troduzidos no «Balcão do empreendedor» nos termos
Artigo 76.º
previstos no artigo 62.º do Código do Procedimento
[...] Administrativo.
Artigo 80.º
1 — [...].
2 — [...]. Taxa única
3 — As sanções acessórias previstas nas alíneas a),
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a
b) e c) do n.º 1, quando aplicadas a estabelecimentos
taxa referida no n.º 1 do artigo anterior é constituída por
industriais de tipo 1 são publicitadas pela autoridade
um valor global, que inclui todas as licenças, autoriza-
que aplicou a coima, a expensas do infrator.
ções, aprovações, pareceres, comunicações prévias com
prazo, vistorias prévias, meras comunicações prévias e
Artigo 77.º outros atos permissivos ou não permissivos necessários
[...] ou integrados no procedimento.
2 — Por portaria dos membros do Governo responsáveis
1 — [...].
pelas áreas das finanças, da modernização administrativa,
2 — Compete às câmaras municipais territorialmente
da economia, do ambiente e da agricultura, são regulamen-
competentes, quando as mesmas sejam entidade coor-
tados os seguintes aspetos em matéria de taxas:
denadora, a instrução dos processos de contraordenação
por infração ao disposto no SIR e aos seus presidentes a) A fórmula de cálculo da taxa única, correspon-
a aplicação das respetivas coimas e sanções acessórias. dente à intervenção de todas as entidades públicas da
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2357

administração central intervenientes nos procedimen- 5 — A entidade coordenadora dá conhecimento da


tos previstos no SIR, e as regras aplicáveis à respetiva decisão ao reclamante, ao industrial, às entidades con-
atualização; sultadas e no caso de reclamação relativa a estabeleci-
b) Os modos de pagamento, que incluem obrigatoria- mento industrial situado em ZER, ao IAPMEI, I. P.
mente o pagamento por meios exclusivamente automá- 6 — A entidade coordenadora verifica, através de vis-
ticos e eletrónicos, nos termos previstos no artigo 30.º toria, o cumprimento das condições impostas na decisão
do Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio; sobre a reclamação, sendo aplicável, com as devidas
c) Os termos e condições da redução das taxas apli- adaptações, o disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 36.º.»
cáveis nos casos de adesão a condições técnicas pa-
dronizadas, bem como nos casos de estabelecimentos Artigo 3.º
industriais localizados em ZER, nos termos do disposto
Aditamento ao Sistema da Indústria Responsável
na alínea c) do n.º 5 do artigo 8.º e no n.º 4 do artigo 59.º,
respetivamente; São aditados ao SIR, os artigos 6.º-A, 7.º-A, 7.º-B, 7.º-C,
d) Os termos e condições da cobrança de um valor 19.º-A, 19.º-B, 25.º-A, 25.º-B, 39.º-A e 83.º-A, com a
adicional relativamente à taxa devida pela prestação seguinte redação:
do serviço de atendimento digital assistido à utilização
do «Balcão do empreendedor» pelas entidades coorde- «Artigo 6.º-A
nadoras e entidades públicas definidas nos termos do Títulos digitais
Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio;
e) Os termos da cobrança, da repartição, e respetiva 1 — Os títulos digitais são emitidos pelo «Balcão
operacionalização, das receitas das taxas devidas do Empreendedor» quando tenham sido submetidas,
ao abrigo do n.º 1 do artigo anterior, incluindo nas emitidas ou aprovadas, expressa ou tacitamente, todas as
situações de ausência de pronúncia expressa de uma licenças, autorizações, aprovações, comunicações pré-
ou mais entidades que devam pronunciar-se no âm- vias com prazo, meras comunicações prévias, registos,
bito de procedimentos e dentro dos prazos previstos pareceres e outros atos permissivos ou não permissivos
no SIR; de que dependa a instalação ou a exploração do estabe-
f) Os termos e condições dos pagamentos devidos por lecimento industrial ao abrigo do SIR.
despesas feitas pelos serviços que constituam encargo 2 — Os títulos digitais são emitidos de forma au-
do requerente. tomática e eletrónica e notificados pelo «Balcão do
empreendedor» ao interessado, à entidade coordenadora,
3 — (Revogado.) às entidades consultadas, à câmara municipal territo-
4 — (Revogado.) rialmente competente, bem como à Direção-Geral de
5 — (Revogado.) Alimentação e Veterinária (DGAV), quando se trate de
6 — (Revogado.) estabelecimento industrial do setor alimentar, do setor
7 — (Revogado.) dos subprodutos animais e dos alimentos para animais,
8 — (Revogado.) nos termos do Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Par-
lamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004,
Artigo 81.º do Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 21 de outubro de 2009,
[...]
e do Regulamento (CE) n.º 183/2005, do Parlamento
1 — No exercício do seu poder regulamentar próprio, Europeu e do Conselho, de 12 de janeiro de 2005, res-
os municípios aprovam, em execução do SIR, regula- petivamente.
mentos municipais relativos ao lançamento e liquidação 3 — Os títulos digitais são atualizados nos termos
de taxas pelos atos a que se refere o artigo 79.º, sempre previstos no SIR, sendo acessíveis no «Balcão do em-
que a entidade coordenadora for a câmara municipal. preendedor» mediante a disponibilização de um código
2 — Aos meios de pagamento das taxas devidas bem de acesso.
como às condições para a exigibilidade das mesmas é 4 — A disponibilização do código de acesso ao título
aplicável o disposto nos n.os 8 e 9 do artigo 79.º digital demonstra perante qualquer entidade pública e
3 — Os projetos dos regulamentos referidos no n.º 1 privada a titularidade do direito de instalar e explorar o
são submetidos a discussão pública, por prazo não in- estabelecimento industrial ou a ZER a que respeitam e
ferior a 30 dias, antes da sua aprovação pelos órgãos constitui meio de prova para esse efeito, não podendo
municipais. nenhuma entidade pública ou privada exigir compro-
4 — Após aprovação, os regulamentos são objeto vativo adicional quanto ao cumprimento de quaisquer
de publicação na 2.ª série do Diário da República e a controlos ou formalidades no âmbito de procedimentos
respetiva informação disponibilizada pelos municípios previstos no SIR.
competentes no «Balcão do empreendedor», sem preju-
ízo das demais formas de publicidade previstas na lei. Artigo 7.º-A
Entidade responsável
Artigo 83.º
O IAPMEI — Agência para a Competitividade e
[...]
Inovação, I. P. (IAPMEI, I. P.), é a entidade responsá-
1 — [...]. vel pelo tratamento de dados relativos ao sistema de
2 — [...]. informação dos estabelecimentos industriais para os
3 — [...]. efeitos da alínea d) do artigo 3.º da Lei n.º 67/98, de
4 — [...]. 26 de outubro.
2358 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Artigo 7.º-B de 24 de março, 292/2009, de 13 de outubro, 209/2012,


Dados recolhidos
de 19 de setembro, e 10/2015, de 16 de janeiro;
c) Base de dados da Autoridade Tributária e Adua-
1 — São recolhidos para tratamento automatizado no neira (AT) para obtenção de informação sobre identi-
âmbito do sistema de informação dos estabelecimentos ficação e localização, data de início e fim de atividade
industriais os dados na posse dos serviços ou organis- dos empresários em nome individual e respetiva CAE;
mos da Administração Pública referentes às pessoas d) Outros sistemas de informação ou bases de dados
singulares ou coletivas titulares de estabelecimentos que da Administração Pública, caso tal venha a ser estabe-
exercem atividades industriais, designadamente: lecido por portaria dos membros do Governo respon-
a) Identificação, com menção do nome ou firma; sáveis pelas áreas da modernização administrativa, da
b) Nome das pessoas singulares titulares de Estabele- economia e pela tutela do serviço ou organismo que gere
cimento Individual de Responsabilidade Limitada; o sistema de informação ou a base de dados em causa.
c) Domicílio fiscal, endereço da sede ou residência;
d) Informação sobre a instalação, modificação e en- 3 — A recolha de dados no âmbito de pedidos de
cerramento de estabelecimentos; emissão de licenças, autorizações ou de realização de
e) Informação sobre a localização de estabelecimentos; comunicações prévias com ou sem prazo é acessória,
f) Identificação e localização, data de início e fim não podendo tais procedimentos, em caso algum, ser im-
de atividade dos empresários em nome individual e postos com o único propósito de recolha de informação
respetiva Classificação Portuguesa das Atividades Eco- para a base de dados dos estabelecimentos industriais.
nómicas (CAE); 4 — A recolha de dados no âmbito do sistema de
g) Início, alteração e cessação da atividade; informação dos estabelecimentos industriais não pode,
h) Informação sobre operações de valorização de por si só, determinar a formulação de pedidos de infor-
resíduos desenvolvidas na instalação, com indicação mação ao industrial, devendo os serviços e organismos
do código da operação de gestão de resíduos, respetiva da Administração Pública cooperar entre si no sentido
capacidade instalada, bem como código dos resíduos de disponibilizarem os dados necessários à alimentação
valorizados de acordo com a Lista Europeia de Resí- do sistema.
duos. 5 — A recolha de dados a que se refere o n.º 2 é
regulada através de protocolo a celebrar entre as enti-
2 — Para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 1 dades responsáveis pelas bases de dados ou sistemas
do artigo 7.º, os serviços e organismos da Administra- de informação em causa, designadamente, o Instituto
ção Pública devem garantir a partilha da informação dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.), e a AT,
relevante que já se encontre na sua posse e seja neces- conforme aplicável, a AMA, I. P., e o IAPMEI, I. P.
sária à instrução dos procedimentos previstos no SIR, 6 — A portaria a que se refere a alínea d) do n.º 2,
permitindo o acesso à mesma através do «Balcão do bem como os protocolos a que se refere o número an-
empreendedor». terior, são submetidos a prévia apreciação da Comissão
3 — Os dados a que se referem os números anteriores Nacional da Proteção de Dados.
são partilhados pelos serviços e organismos competen-
tes, que devem permitir o acesso aos mesmos através do Artigo 19.º-A
«Balcão do empreendedor», preferencialmente através
da iAP. Articulação com regimes ambientais
1 — O procedimento de AIA relativo ao projeto de
Artigo 7.º-C execução, bem como os procedimentos de notificação
Modo de recolha e de aprovação do relatório de segurança e de emissão
de título ou informação prévia de utilização de recursos
1 — O sistema de informação dos estabelecimentos hídricos são integrados no SIR nos termos do disposto
industriais é alimentado com a informação constante do no n.º 1 do artigo 1.º
«Balcão do empreendedor» relativamente aos procedi- 2 — Sempre que esteja em causa a instalação de
mentos tramitados ao abrigo do SIR ou da legislação estabelecimento industrial cuja submissão a AIA deva
que o precedeu, bem como com a informação relevante ser decidida com base numa análise caso a caso à luz
na posse de outros serviços ou organismos da Admi- do RJAIA, é aplicável, com as devidas adaptações, o
nistração Pública, através da integração dos sistemas disposto no artigo 39.º-A.
de informação ou bases de dados desses serviços ou
organismos via iAP. Artigo 19.º-B
2 — Para os efeitos previstos na parte final do número
anterior, os dados constantes do sistema de informação Venda ao público em estabelecimentos industriais
dos estabelecimentos industriais são recolhidos junto 1 — As secções acessórias inseridas em estabeleci-
dos serviços ou organismos da Administração Pública mentos industriais cuja instalação e exploração dependa
responsáveis pela respetiva gestão e incluem os dados da emissão de título digital nos termos do SIR, quando
constantes de: destinadas à venda ao consumidor final de produtos
a) Registo comercial e registo nacional de pessoas produzidos nesses estabelecimentos, ou a restauração e
coletivas; bebidas, não carecem de qualquer outro título para além
b) Informação empresarial simplificada, nos termos do do exigido relativamente ao estabelecimento industrial
Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de janeiro, alterado pelos ao abrigo do SIR, sempre que, à luz da legislação apli-
Decretos-Leis n.os 116/2008, de 4 de julho, 69-A/2009, cável ao acesso e exercício da atividade de comércio e
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2359

de restauração e bebidas, a respetiva exploração esteja 7 — Os resultados da vistoria são registados em auto
sujeita a procedimento de mera comunicação prévia. de vistoria, em formato eletrónico e ou em papel, do
2 — No caso de secções acessórias referidas no nú- qual devem constar os seguintes elementos:
mero anterior, cuja exploração, à luz da legislação apli-
cável ao acesso e exercício da atividade de comércio e a) Validação dos elementos instrutórios a que se re-
de restauração e bebidas, esteja sujeita a procedimento fere o n.º 1 do artigo anterior;
de autorização, o industrial pode optar pela obtenção b) Conformidade ou desconformidade do estabe-
dessa autorização no quadro dos procedimentos pre- lecimento industrial com os condicionamentos legais
vistos no SIR. e regulamentares, com o projeto aprovado e com as
3 — Nas situações previstas no número anterior, a condições integradas no título digital de instalação;
obtenção da autorização aí referida é desencadeada pela c) Identificação das desconformidades que necessi-
entidade coordenadora do procedimento SIR junto da tam de correção;
entidade competente para a sua emissão, aplicando-se o d) Posição sobre a procedência ou improcedência de
procedimento com vistoria, exceto nos casos em que o reclamações apresentadas na vistoria;
estabelecimento industrial e respetiva secção acessória e) Proposta de decisão final sobre o pedido de título
não careçam de vistoria prévia à exploração, à face dos digital de exploração.
regimes jurídicos que lhe são aplicáveis.
4 — A existência de secção acessória em estabele- 8 — Quando a proposta de indeferimento se fundar
cimento industrial é automaticamente comunicada à em desconformidade das instalações industriais com
Direção-Geral das Atividades Económicas, através do condicionamentos legais e regulamentares ou com as
«Balcão do empreendedor», aquando da emissão do condições fixadas, ainda que por remissão, no título
título digital do estabelecimento industrial. digital de instalação, o auto de vistoria deve indicar
as razões pelas quais aquela desconformidade assume
Artigo 25.º-A relevo suficiente para a não emissão do título digital
de exploração.
Vistoria prévia ao início da exploração 9 — Se as desconformidades identificadas forem
1 — A vistoria prévia ao início da exploração de passíveis de correção em prazo razoável deve o auto de
estabelecimento industrial tem lugar dentro dos trinta vistoria propor a emissão de título digital de explora-
dias subsequentes à data de apresentação do pedido de ção condicionado à execução das correções necessárias
emissão do título digital de exploração. dentro de um prazo razoável ou ao cumprimento das
2 — A data para a realização da vistoria é comuni- condições constantes do mesmo.
cada, com a antecedência mínima de 10 dias, pela enti- 10 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos
dade coordenadora ao requerente e a todas as entidades intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as
consultadas ao abrigo do artigo 23.º, as quais devem respetivas declarações individuais, devidamente assina-
designar os seus representantes e indicar os técnicos e ou das, sendo submetido pela entidade coordenadora no
peritos que as representarão, podendo ainda a entidade «Balcão do empreendedor» no último dia de realização
coordenadora, caso considere conveniente, convocar da vistoria ou nos cinco dias subsequentes à conclusão
outros técnicos e peritos. da mesma e disponibilizado ao requerente e às entidades
3 — A vistoria é agendada pela entidade coordena- intervenientes.
dora, após articulação com as entidades intervenientes, 11 — Não sendo realizada a vistoria no prazo refe-
e pode ter lugar em: rido no n.º 1 por motivo não imputável ao requerente,
este, sem prejuízo dos meios graciosos e contenciosos
a) Dias fixos, e neste caso implica a presença conjunta ao seu dispor, pode recorrer a entidades acreditadas
e simultânea no estabelecimento industrial dos represen- para proceder à sua realização, devendo observar, as
tantes, técnicos e peritos referidos no número anterior; seguintes condições:
b) Qualquer dia de determinado período, que não deve
exceder uma semana, e, neste caso, os representantes, a) Ser conduzida por uma ou mais entidades acredi-
técnicos e peritos referidos no número anterior podem tadas nos termos previstos no capítulo VI;
executar as respetivas missões em dias diferentes dentro b) Observar o disposto nos n.os 7, 8 e 9.
do período determinado, sem necessidade da presença
simultânea de todos no estabelecimento industrial. 12 — As entidades acreditadas que tenham proce-
dido à vistoria disponibilizam o respetivo resultado
4 — Decorrido o prazo previsto no n.º 1 para a reali- no «Balcão do empreendedor», dentro dos cinco dias
zação da vistoria sem que esta seja realizada, por motivo subsequentes à sua realização.
não imputável ao requerente, as entidades beneficiárias
da taxa a que se refere o n.º 2 do artigo anterior proce- Artigo 25.º-B
dem à devolução ao requerente do valor correspondente. Título digital de exploração
5 — Se, após a apresentação do pedido de título di-
gital de exploração for também determinada a realiza- 1 — A exploração de estabelecimento industrial só
ção de vistoria no âmbito do RJUE, o requerente pode pode ter início após a emissão do título digital de explo-
solicitar à entidade coordenadora que seja agendada ração nos termos previstos nos números seguintes.
uma única vistoria, para a qual é convocada a câmara 2 — O título digital de exploração contém cópia in-
municipal competente nos termos do n.º 2. tegral das licenças, autorizações, aprovações, registos,
6 — A realização de uma vistoria única nos termos pareceres, atos permissivos ou não permissivos neces-
do número anterior não prejudica o disposto no n.º 6 do sários à exploração do estabelecimento industrial ou a
artigo 65.º do RJUE. menção do decurso do prazo a que se refere o número
2360 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

seguinte, e ainda, se aplicável, as condições a observar entidades públicas consultadas, bem como às entidades
pelo requerente na exploração, sendo emitido imediata cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3
e automaticamente após a verificação de uma das se- do artigo 23.º
guintes circunstâncias: 8 — O requerente pode iniciar a exploração do es-
tabelecimento industrial logo que seja emitido o título
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última digital de exploração e uma vez contratado o seguro de
das licenças, autorizações, aprovações, registos, parece- responsabilidade civil a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º
res, atos permissivos ou não permissivos necessários à 9 — O requerente deve comunicar à entidade co-
exploração do estabelecimento industrial; ou ordenadora a data de início da exploração com uma
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, auto- antecedência não inferior a cinco dias, sendo tal comu-
rizações, aprovações, registos, pareceres ou atos permis- nicação notificada automaticamente através do «Balcão
sivos ou não permissivos necessários à exploração do do empreendedor» a todas as entidades consultadas, bem
estabelecimento industrial, quando as entidades públicas como às entidades cuja consulta tenha sido dispensada
respetivas não se tenham pronunciado. nos termos do n.º 3 do artigo 23.º
10 — Verificando-se uma causa de não emissão do
3 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, título de exploração, nos termos previstos no n.º 6, o
pareceres, atos permissivos ou não permissivos neces- «Balcão do empreendedor» envia notificação ao reque-
sários à exploração do estabelecimento industrial são rente e demais entidades referidas no n.º 7.
emitidas no prazo de 10 dias contados da realização da
vistoria a que se refere o artigo anterior. Artigo 39.º-A
4 — Se o auto de vistoria evidenciar que as condições
de exploração do estabelecimento industrial não estão Apreciação prévia
conformes com o projeto aprovado ou com as condições 1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, o
estabelecidas no título digital de instalação do estabe- requerente deve submeter à entidade coordenadora pe-
lecimento industrial, mas as mesmas forem passíveis dido de apreciação prévia sobre o tipo de procedimento
de correção em prazo razoável, é emitido título digital aplicável à alteração do estabelecimento, acompanhado
de exploração condicionado à execução das correções dos elementos instrutórios definidos na portaria referida
necessárias dentro do prazo fixado no auto de vistoria, no n.º 1 do artigo 21.º, sempre que:
findo o qual é agendada nova vistoria, aplicando-se o
disposto no artigo 36.º a) Esteja em causa uma «alteração de projeto», cuja
5 — O disposto no número anterior é aplicável igual- submissão a AIA deva ser decidida com base numa
mente aos casos de medidas de correção de situações de análise caso a caso, à luz do RJAIA;
não cumprimento que sejam expressas nos autos de vis- b) Esteja em causa uma «alteração de exploração»
toria, ou no relatório técnico das entidades acreditadas, para efeitos de licença ambiental, suscetível de ser
sempre que tais medidas não constituam fundamento de abrangida pelo disposto no n.º 1 artigo 19.º do REI;
não emissão do título digital de exploração nos termos c) Esteja em causa uma alteração que possa suscitar
do número seguinte. um aumento relevante da perigosidade do estabeleci-
6 — O título digital de exploração não é emitido mento, para efeitos de RPAG.
quando ocorra uma das seguintes circunstâncias:
2 — O pedido de apreciação prévia é apresentado no
a) Desconformidade das instalações industriais com «Balcão do empreendedor», o qual emite, automática
condicionamentos legais e regulamentares ou com as e imediatamente:
condições constantes do título digital de instalação desde
que o auto de vistoria ou o relatório técnico de entidade a) Comprovativo da data do pedido;
acreditada lhes atribua relevo suficiente; b) Notificação da entidade coordenadora e, se for caso
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental, disso, das entidades públicas a consultar, informando
inscrito no TUA; que o procedimento iniciado se encontra disponível
c) Indeferimento de título de emissão de gases com para verificação.
efeito de estufa, inscrito no TUA;
d) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pe- 3 — Nas situações previstas nas alíneas a) a c) do
dido de informação prévia de utilização dos recursos n.º 1, são entidades de consulta obrigatória:
hídricos em instalações industriais, inscrito no TUA; a) A APA, I. P., e a CCDR territorialmente compe-
e) Indeferimento do pedido de alvará de operação de tente, no caso da alínea a), sendo responsável pela emis-
gestão de resíduos, inscrito no TUA; são de parecer apenas aquela dessas entidades que cons-
f) Falta de decisão ou decisão desfavorável quanto à titua autoridade de AIA no projeto em apreciação;
atribuição do número de controlo veterinário ou número b)AAPA, I. P., nos casos abrangidos pelas alíneas b) e c).
de identificação individual, consoante se trate de opera-
dor no setor dos géneros alimentícios ou subprodutos de 4 — As entidades a consultar pronunciam-se no prazo
origem animal ou do setor dos alimentos para animais de 20 dias contado da data da receção do pedido.
respetivamente, quando tal atribuição seja exigível nos 5 — No prazo de cinco dias contados da disponibi-
termos da legislação aplicável. lização no «Balcão do empreendedor» do último dos
pareceres das entidades consultadas ou, não tendo estes
7 — A emissão de título digital de exploração é noti- sido emitidos, da data correspondente ao último dia
ficada, de forma eletrónica e automática, pelo «Balcão do prazo previsto para a respetiva emissão, a entidade
do empreendedor», ao requerente, à entidade coordena- coordenadora notifica o requerente, através do «Balcão
dora, à câmara municipal territorialmente competente, às do Empreendedor», do arquivamento do pedido, ou, no
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2361

caso de este não se encontrar devidamente instruído, de b) A subsecção IV da secção I, passa a ser composta pelos
estar a alteração sujeita: artigos 17.º, 18.º, 19.º, 19.º-A e 19.º-B;
c) A secção II, passa a denominar-se «Procedimento de
a) A procedimento com vistoria prévia, caso a al-
instalação e exploração com realização de vistoria prévia»,
teração em causa se enquadre no disposto no n.º 1 do
e a ser composta pelos artigos 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º,
artigo 39.º; ou
25.º, 25.º-A e 25.º-B;
b) A procedimento sem vistoria prévia, caso a alte-
d) A secção III, passa a denominar-se «Procedimento de
ração em causa, embora não abrangida pelo disposto instalação e exploração sem realização de vistoria prévia»;
no número anterior, se enquadre no disposto no n.º 3 e) A secção IV, passa a denominar-se «Procedimento de
do artigo 39.º; mera comunicação prévia»;
c) A procedimento de mera comunicação prévia, nos f) A subsecção I da secção V, passa a denominar-se «Vis-
restantes casos. torias de conformidade e reexame», e a ser composta pelos
artigos 35.º, 36.º e 37.º;
6 — Na data da notificação referida no número an- g) A subsecção II da secção V, passa a denominar-se
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática «Suspensão, reinício e cessação da atividade industrial».
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida
pelo procedimento de alteração em causa. Artigo 6.º
7 — Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 5,
a submissão do pedido de apreciação prévia dispensa Norma transitória
a apresentação posterior de qualquer pedido ou mera 1 — O industrial que, à data da entrada em vigor do pre-
comunicação prévia, considerando-se tal apresentação sente decreto-lei, possua título habilitante para o exercício
como efetuada na data indicada no comprovativo de da atividade industrial que tenha sido emitido anterior-
pagamento da taxa referida no número anterior. mente à data entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 209/2008,
8 — Os elementos instrutórios que acompanham o de 28 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 24/2010,
pedido de apreciação prévia são definidos na portaria de 25 de março, e 169/2012, de 1 de agosto, ou que tendo
referida no n.º 1 do artigo 21.º sido emitido posteriormente a este diploma, não tenha o
9 — A falta de decisão da entidade coordenadora no devido suporte digital, pode solicitar, através do «Balcão
prazo estipulado no n.º 5 ou a notificação pela mesma do empreendedor», que este lhe seja disponibilizado sob o
de estar a alteração sujeita a procedimento de mera formato digital, cabendo à entidade coordenadora detentora
comunicação prévia, habilita o industrial a executar a da informação relevante a inserção no sistema informático
alteração do estabelecimento sem mais formalidades. do título solicitado, no prazo de 30 dias contado da data
10 — O disposto no número anterior não se aplica do pedido.
sempre que tenha havido pronúncia expressa das entida- 2 — Enquanto não se encontrar disponível no «Balcão
des consultadas, no prazo legalmente estipulado, quanto do empreendedor» a funcionalidade referida no número
à necessidade de ser desencadeado procedimento, com anterior, o industrial deve disponibilizar à entidade coor-
ou sem realização de vistoria prévia. denadora e às entidades com competências de fiscalização
e de controlo oficial, após solicitação, um processo organi-
Artigo 83.º-A zado e atualizado sobre os procedimentos de licenciamento
Reação contenciosa respeitantes à instalação, exploração do estabelecimento
industrial bem como as alterações efetuadas.
Os títulos digitais, bem como cada um dos atos, in-
cluindo licenças, autorizações, aprovações, pareceres, Artigo 7.º
registos ou outros atos permissivos emitidos pelas en-
tidades consultadas no âmbito dos procedimentos para Disposições finais
a emissão de títulos digitais previstos no SIR, podem 1 — As adaptações necessárias à implementação das
ser objeto de reação contenciosa, considerando-se os funcionalidades do «Balcão do empreendedor» previstas
mesmos como atos com eficácia externa, para os efei- no SIR são desenvolvidas pela Agência para a Moderni-
tos do artigo 51.º do Código de Processo nos Tribunais zação Administrativa, I. P. (AMA, I. P.), e por esta im-
Administrativos.» plementadas até à data de entrada em vigor do presente
decreto-lei.
Artigo 4.º 2 — Os encargos com adaptações referidas no nú-
Alteração aos anexos I, II, III e IV do Sistema mero anterior são suportados em partes iguais pelo IAP-
da Indústria Responsável MEI — Agência para a Competitividade e Inovação, I. P.,
e pela AMA, I. P.
Os anexos I, II, III e IV do SIR passam a ter a redação
3 — Os atos relativos aos procedimentos previstos no
constante do anexo I ao presente decreto-lei e do qual faz
SIR que dependam das adaptações a que se refere o n.º 1
parte integrante.
são praticados pelas entidades competentes no «Balcão do
empreendedor» no prazo aí referido.
Artigo 5.º
4 — Decorrido o prazo referido no número anterior, não
Alteração sistemática é possível cobrar qualquer taxa, contribuição, emolumento,
preço, tarifa ou outro valor, seja a que título for, pela emis-
São introduzidas as seguintes alterações à organização
são da licença, autorização, aprovação, parecer e outro ato
sistemática do capítulo III do SIR:
permissivo ou não permissivo de que dependa a instalação
a) A subsecção II da secção I, passa a denominar-se ou exploração da atividade industrial sem que a prática de
«Entidades intervenientes»; todos os atos relativos aos respetivos procedimentos seja
2362 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

realizada através do «Balcão do empreendedor», ressalva- aplicam-se aos processos iniciados após a data da sua
das as situações de indisponibilidade temporária atestada entrada em vigor.
pela AMA, I. P. 2 — A requerimento do interessado ou por iniciativa da
5 — Os protocolos referidos no n.º 5 do artigo 7.º-A do entidade coordenadora, salvo oposição expressa daquele,
SIR são celebrados no prazo de 90 dias a contar da data manifestada no prazo máximo de 30 dias contados da
de publicação do presente decreto-lei. data da comunicação da entidade coordenadora esta pode
6 — A funcionalidade a que se refere a alínea s) do determinar que aos processos pendentes se passe a aplicar
n.º 3 do artigo 7.º-C do SIR fica condicionada ao desen- o regime constante do presente decreto-lei, cabendo à
volvimento e implementação do Sistema Nacional de In- mesma estabelecer qual o procedimento a que o processo
formação Territorial. fica sujeito.
3 — Se a aplicação do disposto no número anterior
Artigo 8.º conduzir à alteração da entidade coordenadora competente,
Regulamentação a entidade coordenadora inicial comunica oficiosamente
tal facto à nova entidade coordenadora e disponibiliza-lhe
As portarias a que se referem o artigo 4.º, o n.º 5 do ar- o processo através do «Balcão do empreendedor».
tigo 6.º, o n.º 1 do artigo 21.º, o n.º 1 do artigo 46.º e o n.º 2
do artigo 80.º do SIR são publicadas no prazo de 90 dias Artigo 12.º
contados da data de publicação do presente decreto-lei.
Entrada em vigor
Artigo 9.º O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de junho
Norma revogatória de 2015.
São revogados: Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 de
os os
janeiro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
a) Os n. 4 e 5 do artigo 3.º, o n.º 4 do artigo 4.º, os n. 2 Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela Ma-
e 4 do artigo 7.º, os n.os 2 a 6 do artigo 9.º, os n.os 4 e 5 do ria Pinto de Miranda Rodrigues — Luís Miguel Poia-
artigo 10.º, as alíneas a), b) e c) do n.º 3 do artigo 11.º, res Pessoa Maduro — António de Magalhães Pires de
a alínea c) do n.º 4 e o n.º 6 do artigo 13.º, as alíneas b) Lima — Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva — Paulo
e e) do artigo 14.º, os n.os 2 e 3 do artigo 15.º, os n.os 2 José de Ribeiro Moita de Macedo.
e 3 do artigo 20.º, o n.º 4 do artigo 22.º, os n.os 4 e 5 do
artigo 23.º, a alínea g) do n.º 4 do artigo 24.º, os n.os 5 Promulgado em 23 de abril de 2015.
a 14.º do artigo 25.º, os artigos 26.º a 29.º, o n.º 12 do Publique-se.
artigo 30.º, os n.os 4 e 5 do artigo 31.º, os n.os 10 a 13.º do
artigo 32.º, o artigo 35.º, o n.º 2 do artigo 36.º, o n.º 3 do O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
artigo 37.º, o n.º 2 do artigo 39.º, o artigo 40.º, o artigo 41.º, Referendado em 24 de abril de 2015.
o artigo 42.º, a alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º, os n.os 2
a 4 do artigo 61.º, os n.os 3 e 4 do artigo 62.º, o n.º 2 do O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
artigo 63.º, o n.º 2 do artigo 64.º, o n.º 4 do artigo 65.º, o
n.º 2 do artigo 70.º, a alínea c) do n.º 1 do artigo 71.º, as ANEXO I
alíneas b) e o) do n.º 2 do artigo 75.º, as alíneas d), g), h),
i), j), l) e m) do n.º 1 e os n.os 3, 4 e 5 do artigo 79.º, os (a que se refere o artigo 4.º)
n.os 3 a 8 do artigo 80.º, o artigo 84.º e o anexo V do SIR;
b) As colunas do quadro que integra a parte 1 do «ANEXO I
anexo I ao SIR, contendo as referências ao grupo e à classe
das atividades económicas ali apresentadas nos termos da Atividade industrial
Classificação das Atividades Económicas (CAE-Rev.3),
aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de no- [a que se refere o n.º 3 do artigo 1.º e a alínea a)
vembro; do artigo 2.º]
c) A referência às atividades económicas incluídas na
subclasse 09900 da Classificação das Atividades Económi- Parte 1 — Atividade industrial
cas (CAE-Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007,
de 14 de novembro, e respetiva designação, constante da Considera-se atividade industrial, nos termos da
Secção B — Indústrias Extrativas da Parte 1 do anexo I alínea a) do artigo 2.º do Sistema da Indústria Respon-
ao SIR. sável, as atividades económicas que são incluídas nas
subclasses da Classificação Portuguesa das Atividades
Artigo 10.º Económicas (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-
Republicação Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, que seguidamente
É republicado no anexo II ao presente decreto-lei, que se apresentam:
dele faz parte integrante, o SIR, aprovado em anexo ao
Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, com a redação Secção B — Indústrias extrativas
atual.
Artigo 11.º Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

Aplicação no tempo
05100 Extração de hulha (inclui Beneficiação de hulha (in-
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as antracite). clui antracite).
alterações introduzidas pelo presente decreto-lei ao SIR 05200 Extração de lenhite . . . Beneficiação de lenhite.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2363

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

07100 Extração e preparação de Beneficiação de minérios 10412 Produção de azeite . . . Todas.


minérios de ferro. de ferro. 10413 Produção de óleos ve- Todas.
07210 Extração e preparação de Beneficiação de minérios getais brutos (exceto
minérios de urânio e de de urânio e tório. azeite).
tório. 10414 Refinação de azeite, óleos Todas.
07290 Extração e preparação de Beneficiação de outros e gorduras.
outros minérios metá- minérios metálicos não 10420 Fabricação de margarinas Todas.
licos não ferrosos. ferrosos. e de gorduras alimen-
08111 Extração de mármore e Beneficiação de mármores tares similares.
outras rochas carbo- e de outras rochas car- 10510 Indústrias do leite e de- Todas.
natadas. bonatadas. rivados.
08112 Extração de granito orna- Beneficiação de granitos e 10520 Fabricação de gelados e Todas.
mental e rochas simi- de rochas similares. sorvetes.
lares. 10611 Moagem de cereais . . . Todas.
08113 Extração de calcário e cré Beneficiação de calcário 10612 Descasque, branquea- Todas.
e cré. mento e outros trata-
08114 Extração de gesso . . . . Beneficiação de gesso. mentos do arroz.
08115 Extração de ardósia . . . Acabamento da ardósia. 10613 Transformação de cereais Todas.
08121 Extração de saibro, areia Beneficiação de saibro, e leguminosas, n. e.
e pedra britada. areia e pedra britada. 10620 Fabricação de amidos, fé- Todas.
08920 Extração da turfa . . . . . Beneficiação da turfa. culas e produtos afins.
08931 Extração de sal marinho Extração de sal marinho. 10711 Panificação . . . . . . . . . Todas.
08992 Extração de outros mine- Beneficiação de minerais 10712 Pastelaria . . . . . . . . . . . Todas.
rais não metálicos, n. e. não metálicos. 10720 Fabricação de bolachas, Todas.
(Revogado.) (Revogado.) (Revogado.) biscoitos, tostas e
pastelaria de conser-
vação.
Secção C — Indústrias transformadoras 10730 Fabricação de massas Todas.
alimentícias, cuscuz e
Divisão 10 — Indústrias alimentares similares.
10810 Indústria do açúcar . . . Todas.
10821 Fabricação de cacau e de Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida chocolate.
10822 Fabricação de produtos Todas.
de confeitaria.
10110 Abate de gado (produção Todas. 10830 Indústria do café e do chá Todas.
de carne). 10840 Fabricação de condimen- Todas.
10120 Abate de aves (produção Todas. tos e temperos.
de carne). 10850 Fabricação de refeições e Todas.
10130 Fabricação de produtos à Todas. pratos pré-cozinhados.
base de carne. 10860 Fabricação de alimentos Todas.
10201 Preparação de produtos da Todas. homogeneizados e die-
pesca e da aquicultura. téticos.
10202 Congelação de produtos Todas. 10891 Fabricação de fermentos, Todas.
da pesca e da aquicul- leveduras e adjuvantes
tura. para panificação e pas-
10203 Conservação de produtos Todas. telaria.
da pesca e da aquicul- 10892 Fabricação de caldos, so- Todas.
tura em azeite e outros pas e sobremesas.
óleos vegetais e outros 10893 Fabricação de outros Todas
molhos. produtos alimentares
10204 Salga, secagem e outras Todas. diversos, n. e.
atividades de transfor- 10911 Fabricação de pré-mis- Todas.
mação de produtos da turas.
pesca e aquicultura. 10912 Fabricação de alimentos Todas.
10310 Preparação e conservação Todas. para animais de cria-
de batatas. ção (exceto para aqui-
10320 Fabricação de sumos de Todas. cultura).
frutos e de produtos 10913 Fabricação de alimentos Todas.
hortícolas. para aquicultura.
10391 Congelação de frutos e de Todas. 10920 Fabricação de alimentos Todas.
produtos hortícolas. para animais de com-
10392 Secagem e desidratação Todas. panhia.
de frutos e de produtos
hortícolas.
10393 Fabricação de doces, Todas.
compotas, geleias e
marmelada. Divisão 11 — Indústrias das bebidas
10394 Descasque e transforma- Todas.
ção de frutos de casca
rija comestíveis. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
10395 Preparação e conservação Todas.
de frutos e de produtos
hortícolas por outros 11011 Fabricação de aguarden- Todas.
processos. tes preparadas.
10411 Produção de óleos e gor- Todas. 11012 Fabricação de aguarden- Todas.
duras animais brutos. tes não preparadas.
2364 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

11013 Produção de licores e de Todas. 13950 Fabricação de não tecidos Todas.


outras bebidas desti- e respetivos artigos, ex-
ladas. ceto vestuário.
11021 Produção de vinhos co- Todas. 13961 Fabricação de passama- Todas.
muns e licorosos. narias e sirgarias.
11022 Produção de vinhos espu- Todas. 13962 Fabricação de têxteis Todas.
mantes e espumosos. para uso técnico e in-
11030 Fabricação de cidra e ou- Todas. dustrial, n. e.
tras bebidas fermenta- 13991 Fabricação de bordados Todas.
das de frutos. 13992 Fabricação de rendas . . . Todas.
11040 Fabricação de vermutes Todas. 13993 Fabricação de outros têx- Todas.
e de outras bebidas teis diversos, n. e.
fermentadas não des-
tiladas.
11050 Fabricação de cerveja . . .
Todas, exceto fabrico de Divisão 14 — Indústria do vestuário
cerveja em estabeleci-
mentos de bebidas para Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
consumo no local.
11060 Fabricação de malte . . . Todas.
11071 Engarrafamento de águas Todas.
minerais naturais e de 14110 Confeção de vestuário Todas, exceto confeção
nascente. em couro. por medida.
11072 Fabricação de refrigeran- Todas. 14120 Confeção de vestuário de Todas, exceto confeção
tes e de outras bebidas trabalho. por medida.
não alcoólicas, n. e. 14131 Confeção de outro vestuá- Todas.
rio exterior em série.
14132 Confeção de outro ves- Todas.
Divisão 12 — Indústrias do tabaco tuário exterior por
medida.
14133 Atividades de acaba- Todas, exceto confeção
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida mento de artigos de por medida.
vestuário.
14140 Confeção de vestuário Todas, exceto confeção
12000 Indústria do tabaco . . . Todas. interior. por medida.
14190 Confeção de outros ar- Todas, exceto confeção
tigos e acessórios de por medida.
vestuário.
Divisão 13 — Fabricação de têxteis 14200 Fabricação de artigos de Todas.
peles com pelo.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 14310 Fabricação de meias e Todas.
similares de malha.
14390 Fabricação de outro ves- Todas.
13101 Preparação e fiação de fi- Todas. tuário de malha.
bras do tipo algodão.
13102 Preparação e fiação de Todas. Divisão 15 — Indústria do couro e dos produtos do couro
fibras do tipo lã.
13103 Preparação e fiação da Todas.
seda e preparação e Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
texturização de fila-
mentos sintéticos e
artificiais. 15111 Curtimenta e acabamento Todas.
13104 Fabricação de linhas de Todas. de peles sem pelo.
costura. 15112 Fabricação de couro re- Todas.
13105 Preparação e fiação de Todas. constituído.
linho e outras fibras 15113 Curtimenta e acabamento Todas.
têxteis. de peles com pelo.
13201 Tecelagem de fio do tipo Todas. 15120 Fabricação de artigos de Todas.
algodão. viagem e de uso pes-
13202 Tecelagem de fio do tipo Todas. soal, de marroquina-
lã. ria, de correeiro e de
13203 Tecelagem de fio do tipo Todas. seleiro.
seda e de outros têxteis. 15201 Fabricação de calçado Todas.
13301 Branqueamento e tingi- Todas. 15202 Fabricação de componen- Todas.
mento. tes para calçado.
13302 Estampagem . . . . . . . . Todas.
13303 Acabamento de fios, te- Todas.
cidos e artigos têxteis,
n. e. Divisão 16 — Indústria da madeira e da cortiça e suas obras,
13910 Fabricação de tecidos de Todas. exceto mobiliário,
malha. fabricação de obras de cestaria e de espartaria
13920 Fabricação de artigos Todas.
têxteis confecionados,
exceto vestuário. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
13930 Fabricação de tapetes e Todas.
carpetes.
13941 Fabricação de cordoaria Todas. 16101 Serração de madeira . . . Todas.
13942 Fabricação de redes . . . Todas. 16102 Impregnação de madeira Todas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2365

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

16211 Fabricação de painéis de Todas. 19203 Fabricação de briquetes e Todas.


partículas de madeira. aglomerados de hulha
16212 Fabricação de painéis de Todas. e lenhite.
fibras de madeira.
16213 Fabricação de folhea- Todas.
dos, contraplacados, Divisão 20 — Fabricação de produtos químicos e de fibras
lamelados e de outros sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos
painéis.
16220 Parqueteria . . . . . . . . . Todas.
16230 Fabricação de outras Todas. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
obras de carpintaria
para a construção.
16240 Fabricação de embala- Todas. 20110 Fabricação de gases in- Todas.
gens de madeira. dustriais.
16291 Fabricação de outras Todas, exceto arte de so- 20120 Fabricação de corantes e Todas.
obras de madeira. queiro e tamanqueiro. pigmentos.
16292 Fabricação de obras de Todas. 20130 Fabricação de outros pro- Todas.
cestaria e de espartaria. dutos químicos inorgâ-
16293 Indústria de preparação Todas. nicos de base.
da cortiça. 20141 Fabricação de resinosos Todas.
16294 Fabricação de rolhas de Todas. e seus derivados.
cortiça. 20142 Fabricação de carvão (ve- Todas.
16295 Fabricação de outros pro- Todas. getal e animal) e pro-
dutos de cortiça. dutos associados.
20143 Fabricação de álcool etí- Todas.
lico de fermentação.
Divisão 17 — Fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos 20144 Fabricação de outros pro- Todas.
dutos químicos orgâni-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
cos de base, n. e.
20151 Fabricação de adubos Todas.
químicos ou minerais
e de compostos azo-
17110 Fabricação de pasta . . . Todas. tados.
17120 Fabricação de papel e de Todas. 20152 Fabricação de adubos Todas.
cartão (exceto cane- orgânicos e organo-
lado). minerais.
17211 Fabricação de papel e de Todas. 20160 Fabricação de matérias Todas.
cartão canelados (in- plásticas sob formas
clui embalagens). primárias.
17212 Fabricação de outras em- Todas. 20170 Fabricação de borracha Todas.
balagens de papel e de sintética sob formas
cartão. primárias.
17220 Fabricação de artigos de Todas. 20200 Fabricação de pesticidas Todas.
papel para uso domés- e de outros produtos
tico e sanitário. agroquímicos.
17230 Fabricação de artigos de Todas. 20301 Fabricação de tintas Todas.
papel para papelaria. (exceto impressão),
17240 Fabricação de papel de Todas. vernizes, mastiques e
parede. produtos similares.
17290 Fabricação de outros arti- Todas. 20302 Fabricação de tintas de Todas.
gos de pasta de papel, impressão.
de papel e de cartão. 20303 Fabricação de pigmentos Todas.
preparados, composi-
Divisão 18 — Impressão e reprodução de suportes gravados ções vitrificáveis e
afins.
20411 Fabricação de sabões, de- Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida tergentes e glicerina.
20412 Fabricação de produtos Todas.
de limpeza, polimento
18110 Impressão de jornais . . . Todas. e proteção.
18120 Outra impressão . . . . . Todas. 20420 Fabricação de perfumes, Todas.
de cosméticos e de
produtos de higiene.
Divisão 19 — Fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados 20520 Fabricação de colas . . . Todas.
e de aglomerados de combustíveis 20530 Fabricação de óleos es- Todas.
senciais.
20591 Fabricação de biodiesel Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 20592 Fabricação de produtos Todas.
químicos auxiliares
para uso industrial.
19100 Fabricação de produtos Todas. 20593 Fabricação de óleos e Todas.
de coqueria. massas lubrificantes,
19201 Fabricação de produtos Todas. com exclusão da efe-
petrolíferos refinados. tuada nas refinarias.
19202 Fabricação de produtos Todas. 20594 Fabricação de outros pro- Todas.
petrolíferos a partir de dutos químicos diver-
resíduos. sos, n. e.
2366 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

20600 Fabricação de fibras sin- Todas. 23321 Fabricação de tijolos . . . Todas.


téticas ou artificiais. 23322 Fabricação de telhas . . . Todas.
23323 Fabricação de abobadi- Todas.
lhas.
Divisão 21 — Fabricação de produtos farmacêuticos de base 23324 Fabricação de outros pro- Todas.
e de preparações farmacêuticas dutos cerâmicos para a
construção.
23411 Olaria de barro . . . . . . Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 23412 Fabricação de artigos Todas.
de uso doméstico de
faiança, porcelana e
21100 Fabricação de produ- Todas. grés fino.
tos farmacêuticos de 23413 Fabricação de artigos Todas.
base. de ornamentação de
21201 Fabricação de medica- Todas. faiança, porcelana e
mentos. grés fino.
21202 Fabricação de outras pre- Todas. 23414 Atividades de decoração Todas.
parações e de artigos de artigos cerâmicos
farmacêuticos. de uso doméstico e
ornamental.
23420 Fabricação de artigos Todas.
cerâmicos para usos
Divisão 22 — Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas sanitários.
23430 Fabricação de isoladores Todas.
e peças isolantes em
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida cerâmica.
23440 Fabricação de outros Todas.
produtos em cerâmica
22111 Fabricação de pneus e Todas. para usos técnicos.
câmaras-de-ar. 23490 Fabricação de outros pro- Todas.
22112 Reconstrução de pneus Todas. dutos cerâmicos não
22191 Fabricação de componen- Todas. refratários.
tes de borracha para 23510 Fabricação de cimento Todas.
calçado. 23521 Fabricação de cal . . . . . Todas.
22192 Fabricação de outros Todas.
produtos de borracha, 23522 Fabricação de gesso . . . Todas.
n. e. 23610 Fabricação de produtos Todas.
22210 Fabricação de chapas, Todas. de betão para a cons-
folhas, tubos e perfis trução.
de plástico. 23620 Fabricação de produtos Todas.
22220 Fabricação de embala- Todas. de gesso para a cons-
gens de plástico. trução.
22230 Fabricação de artigos de Todas. 23630 Fabricação de betão Todas.
plástico para a cons- pronto.
trução. 23640 Fabricação de argamassas Todas.
22291 Fabricação de compo- Todas. 23650 Fabricação de produtos Todas.
nentes de plástico para de fibrocimento.
calçado. 23690 Fabricação de outros pro- Todas.
22292 Fabricação de outros arti- Todas. dutos de betão, gesso e
gos de plástico, n. e. cimento.
23701 Fabricação de artigos de Todas.
mármore e de rochas
similares.
Divisão 23 — Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 23702 Fabricação de artigos em Todas.
ardósia (lousa).
23703 Fabricação de artigos de Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida granito e de rochas,
n. e.
23910 Fabricação de produtos Todas.
23110 Fabricação de vidro Todas. abrasivos.
plano. 23991 Fabricação de misturas Todas.
23120 Moldagem e transforma- Todas. betuminosas.
ção de vidro plano. 23992 Fabricação de outros pro- Todas.
23131 Fabricação de vidro de Todas. dutos minerais não me-
embalagem. tálicos diversos, n. e.
23132 Cristalaria. Todas.
23140 Fabricação de fibras de Todas.
vidro.
23190 Fabricação e transforma- Todas.
ção de outro vidro (in- Divisão 24 — Indústrias metalúrgicas de base
clui vidro técnico).
23200 Fabricação de produtos Todas.
cerâmicos refratários. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
23311 Fabricação de azulejos. Todas.
23312 Fabricação de ladrilhos, Todas.
mosaicos e placas de 24100 Siderurgia e fabricação Todas.
cerâmica. de ferro — ligas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2367

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

24200 Fabricação de tubos, Todas. 25720 Fabricação de fechadu- Todas.


condutas, perfis ocos e ras, dobradiças e de
respetivos acessórios, outras ferragens.
de aço. 25731 Fabricação de ferramen- Todas.
24310 Estiragem a frio . . . . . . Todas. tas manuais.
24320 Laminagem a frio de arco Todas. 25732 Fabricação de ferramen- Todas.
ou banda. tas mecânicas.
24330 Perfilagem a frio . . . . . Todas. 25733 Fabricação de peças sin- Todas.
24340 Trefilagem a frio . . . . . Todas. terizadas.
24410 Obtenção e primeira Todas. 25734 Fabricação de moldes Todas.
transformação de me- metálicos.
tais preciosos. 25910 Fabricação de embala- Todas.
24420 Obtenção e primeira Todas. gens metálicas pesadas.
transformação de alu- 25920 Fabricação de embala- Todas.
mínio. gens metálicas ligeiras.
24430 Obtenção e primeira Todas. 25931 Fabricação de produtos Todas.
transformação de de arame.
chumbo, zinco e es- 25932 Fabricação de molas . . . Todas.
tanho. 25933 Fabricação de correntes Todas.
24440 Obtenção e primeira Todas. metálicas.
transformação de co- 25940 Fabricação de rebites, pa- Todas.
bre. rafusos e porcas.
24450 Obtenção e primeira Todas. 25991 Fabricação de louça me- Todas.
transformação de ou- tálica e artigos de uso
tros metais não ferro- doméstico.
sos. 25992 Fabricação de outros pro- Todas.
24460 Tratamento de combustí- Todas. dutos metálicos diver-
vel nuclear. sos n. e.
24510 Fundição de ferro fun- Todas.
dido.
24520 Fundição de aço . . . . . Todas.
24530 Fundição de metais le- Todas.
Divisão 26 — Fabricação de equipamentos informáticos,
ves. equipamento para comunicações
24540 Fundição de outros me- Todas.
tais não ferrosos.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

26110 Fabricação de componen- Todas.


tes eletrónicos.
Divisão 25 — Fabricação de produtos metálicos, 26120 Fabricação de placas de Todas.
exceto máquinas e equipamentos circuitos eletrónicos.
26200 Fabricação de compu- Todas.
tadores e de equipa-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
mento periférico.
26300 Fabricação de aparelhos e Todas.
de equipamentos para
25110 Fabricação de estruturas Todas. comunicações.
de construções metá- 26400 Fabricação de recetores Todas.
licas. de rádio e de televisão
25120 Fabricação de portas, Todas. e bens de consumo si-
janelas e elementos milares.
similares em metal. 26511 Fabricação de contado- Todas.
25210 Fabricação de caldeiras e Todas. res de eletricidade,
radiadores para aque- gás, água e de outros
cimento central. líquidos
25290 Fabricação de outros re- Todas. 26512 Fabricação de instru- Todas.
servatórios e recipien- mentos e aparelhos de
tes metálicos. medida, verificação,
25300 Fabricação de gerado- Todas. navegação e outros
res de vapor (exceto fins, n. e.
caldeiras para aqueci- 26520 Fabricação de relógios e Todas.
mento central). material de relojoaria.
25401 Fabricação de armas de Todas. 26600 Fabricação de equipa- Todas.
caça, de desporto e mentos de radiação,
defesa. eletromedicina e ele-
25402 Fabricação de armamento Todas. troterapêutico.
25501 Fabricação de produtos Todas. 26701 Fabricação de instrumen- Todas.
forjados, estampados tos e equipamentos óti-
e laminados. cos não oftálmicos.
25502 Fabricação de produtos Todas. 26702 Fabricação de material Todas.
por pulverometalurgia. fotográfico e cinema-
25610 Tratamento e revesti- Todas. tográfico.
mento de metais. 26800 Fabricação de suportes Todas.
25620 Atividades de mecânica Todas. de informação mag-
geral. néticos e óticos.
25710 Fabricação de cutelaria Todas.
2368 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Divisão 27 — Fabricação de equipamento elétrico


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

28240 Fabricação de máquinas- Todas.


ferramentas portáteis
27110 Fabricação de motores, Todas. com motor.
geradores e transfor- 28250 Fabricação de equipa- Todas.
madores elétricos. mento não doméstico
27121 Fabricação de material Todas. para refrigeração e
de distribuição e de ventilação.
controlo para instala-
28291 Fabricação de máquinas Todas.
ções elétricas de alta
de acondicionamento
tensão.
27122 Fabricação de material Todas. e de embalagem.
de distribuição e de 28292 Fabricação de balanças e Todas.
controlo para instala- de outro equipamento
ções elétricas de baixa para pesagem.
tensão. 28293 Fabricação de outras má- Todas.
27200 Fabricação de acumula- Todas. quinas diversas de uso
dores e pilhas. geral, n. e.
27310 Fabricação de cabos de Todas. 28300 Fabricação de máquinas Todas.
fibra ótica. e de tratores para a
27320 Fabricação de outros fios Todas. agricultura, pecuária e
e cabos elétricos e ele- silvicultura.
trónicos. 28410 Fabricação de máqui- Todas.
27330 Fabricação de dispositi- Todas. nas-ferramentas para
vos e acessórios para metais.
instalações elétricas, 28490 Fabricação de outras má- Todas.
de baixa tensão. quinas-ferramentas.
27400 Fabricação de lâmpadas Todas. 28910 Fabricação de máquinas Todas.
elétricas e de outro para a metalurgia.
equipamento de ilu- 28920 Fabricação de máquinas Todas.
minação. para as indústrias ex-
27510 Fabricação de eletrodo- Todas. trativas e para a cons-
mésticos. trução.
27520 Fabricação de aparelhos Todas. 28930 Fabricação de máquinas Todas.
não elétricos para uso para as indústrias ali-
doméstico. mentares, das bebidas
27900 Fabricação de outro equi- Todas. e do tabaco.
pamento elétrico. 28940 Fabricação de máquinas Todas.
para as indústrias têx-
til, do vestuário e do
Divisão 28 — Fabricação de máquinas e equipamento n. e. couro.
28950 Fabricação de máquinas Todas.
para as indústrias do
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida papel e do cartão.
28960 Fabricação de máquinas Todas.
para as indústrias do
28110 Fabricação de motores e Todas. plástico e da borracha.
turbinas, exceto mo- 28991 Fabricação de máquinas Todas.
tores para aeronaves, para as indústrias de
automóveis e motoci- materiais de constru-
clos. ção, cerâmica e vidro.
28120 Fabricação de equipa- Todas. 28992 Fabricação de outras má- Todas.
mento hidráulico e quinas diversas para
pneumático. uso específico, n. e.
28130 Fabricação de outras Todas.
bombas e compres-
sores.
28140 Fabricação de outras tor- Todas.
neiras e válvulas. Divisão 29 — Fabricação de veículos automóveis, reboques,
28150 Fabricação de rolamen- Todas. semirreboques e componentes para veículos automóveis
tos, de engrenagens
e de outros órgãos de Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
transmissão.
28210 Fabricação de fornos e Todas.
queimadores. 29100 Fabricação de veículos Todas.
28221 Fabricação de ascenso- Todas. automóveis.
res e monta-cargas, 29200 Fabricação de carroça- Todas.
escadas e passadeiras rias, reboques e se-
rolantes. mirreboques.
28222 Fabricação de equipa- Todas. 29310 Fabricação de equipa- Todas.
mentos de elevação mento elétrico e ele-
e de movimentação, trónico para veículos
n. e. automóveis.
28230 Fabricação de máquinas e Todas. 29320 Fabricação de outros Todas.
equipamento de escri- componentes e aces-
tório, exceto computa- sórios para veículos
dores e equipamento automóveis.
periférico.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2369

Divisão 30 — Fabricação de outro equipamento de transporte


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida


32400 Fabricação de jogos e de Todas.
brinquedos.
30111 Construção de embarca- Todas. 32501 Fabricação de material Todas.
ções metálicas e estru- ótico oftálmico.
turas flutuantes, exceto 32502 Fabricação de material Todas.
de recreio e desporto. ortopédico e próteses
30112 Construção de embar- Todas. e de instrumentos mé-
cações não metálicas, dico-cirúrgicos.
exceto de recreio e 32910 Fabricação de vassouras, Todas.
desporto. escovas e pincéis.
30120 Construção de embarca- Todas. 32991 Fabricação de canetas, Todas.
ções de recreio e des- lápis e similares.
porto. 32992 Fabricação de fechos de Todas.
30200 Fabricação de material Todas. correr, botões e simi-
circulante para cami- lares.
nhos-de-ferro. 32993 Fabricação de guarda-sóis Todas.
30300 Fabricação de aeronaves, Todas. e chapéus-de-chuva.
de veículos espaciais e 32994 Fabricação de equipa- Todas.
equipamento relacio- mento de proteção e
nado. segurança.
30400 Fabricação de veículos Todas. 32995 Fabricação de caixões Todas.
militares de combate. mortuários em ma-
30910 Fabricação de motociclos Todas. deira.
30920 Fabricação de bicicletas Todas. 32996 Outras indústrias trans- Todas, com exclusão de:
e veículos para invá- formadoras diversas, arte de trabalhar flores
lidos. n. e., secas; arte de trabalhar
30990 Fabricação de outro equi- Todas. miolo de figueira e si-
pamento de transporte, milares; arte de traba-
n. e. lhar cascas de cebola,
alho e similares; gra-
vura em metal; cons-
Divisão 31 — Fabricação de mobiliário e de colchões trução de maquetas;
arte de fazer abat-jours;
produção manual de pe-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida rucas; produção manual
de flores artificiais; pro-
dução manual de adere-
31010 Fabricação de mobiliá- Todas. ços e enfeites de festa;
rio para escritório e arte de trabalhar cera;
comércio. arte de trabalhar osso,
31020 Fabricação de mobiliário Todas. chifre e similares; arte
de cozinha. de trabalhar conchas;
31030 Fabricação de colchoaria Todas. arte de trabalhar pe-
31091 Fabricação de mobiliário Todas. nas; arte de trabalhar
de madeira para outros escamas de peixe; arte
fins. de trabalhar materiais
31092 Fabricação de mobiliário Todas. sintéticos; gnomónica
metálico para outros (arte de construir reló-
fins. gios de sol).
31093 Fabricação de mobiliá- Todas.
rio de outros materiais
para outros fins.
31094 Atividades de acaba- Todas. Divisão 33 — Reparação, manutenção e instalação de máquinas
mento de mobiliário. e equipamentos

Divisão 32 — Outras indústrias transformadoras Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 33110 Reparação e manutenção Todas.


de produtos metálicos
(exceto máquinas e
32110 Cunhagem de moedas Todas. equipamentos).
32121 Fabricação de filigranas Todas. 33120 Reparação e manutenção Todas.
32122 Fabricação de artigos de Todas. de máquinas e equipa-
joalharia e de outros mentos.
artigos de ourivesaria. 33130 Reparação e manutenção Todas.
32123 Trabalho de diamantes e Todas. de equipamento eletró-
de outras pedras pre- nico e ótico.
ciosas ou semiprecio- 33140 Reparação e manuten- Todas.
sas para joalharia e uso ção de equipamento
industrial. elétrico.
32130 Fabricação de bijutarias. Todas. 33150 Reparação e manutenção Todas.
32200 Fabricação de instrumen- Todas. de embarcações.
tos musicais. 33160 Reparação e manutenção Todas.
32300 Fabricação de artigos de Todas. de aeronaves e de veí-
desporto. culos espaciais.
2370 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Atividade exercida a título individual Limites anuais


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
CAE ou em microempresa de produto acabado

33170 Reparação e manutenção Todas. 10392 Preparação de frutos secos e seca-


de outro equipamento dos, incluindo os silvestres . . . . 5 000 kg
de transporte. 10393 Preparação de doces, compotas, ge-
33190 Reparação e manuten- Todas. leias e marmelada . . . . . . . . . . . 5 000 kg
ção de outro equipa- 10394 Descasque e transformação de frutos
mento. de casca rija comestíveis . . . . . . 5 000 kg
33200 Instalação de máquinas Todas. 10395 Preparação e conservação de frutos
e de equipamentos in- e de produtos hortícolas . . . . . . 5 000 kg
dustriais. 10510 Indústrias do leite e derivados . . . . 12 000 L
10520 Preparação de gelados e sorvetes 1 500 kg
10711 Fabrico de pão e produtos afins do
Secção D — Eletricidade, gás, vapor, pão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 000 kg
água quente e fria e ar frio 10712 Fabrico de bolos, tortas e produtos
similares de pastelaria . . . . . . . . 5 000 kg
Divisão 35 — Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 10822 Fabrico de rebuçados, caramelos,
frutos e cascas de frutos cristali-
zados e secos com açúcar, amên-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida doas cobertas com açúcar e outros
confeitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
10840 Preparação de plantas aromáticas,
35302 Produção de gelo . . . . . Todas. condimentos e temperos (incluindo
produção de vinagre) . . . . . . . . . 1 500 kg
11011 Fabricação de aguardentes prepa-
Secção I — Alojamento, restauração e similares radas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (1) 1 500 L
11013 Produção de licores, xaropes e
Divisão 56 — Fornecimento de refeições para eventos aguardentes não vínicas . . . . . . 1 500 L
e outras atividades de serviço de refeições 11021 Produção de vinhos comuns e lico-
rosos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 500 L
11030 Produção de cidra e outros produtos
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida fermentados de frutos . . . . . . . . (1) 2 500 L
11050 Fabricação de cerveja . . . . . . . . . . 2 500 L
13930 Produção de tapetes e tapeçaria.
56210 Fornecimento de refei- Apenas quando o local de 13961 Passamanaria.
ções para eventos. preparação das refei- 13991 Confeção de bordados.
ções não é o local onde 13992 Confeção de artigos de renda.
decorrem os eventos.
56290 Outras atividades de ser- Apenas atividade de pre- 14120 Confeção de vestuário de trabalho.
viço de refeições. paração de refeições 14132 Confeção de vestuário por medida.
para fornecimento e 14190 Fabrico de acessórios de vestuário e
consumo em local dis- confeção de calçado de pano.
tinto do local de prepa- 14310 Fabricação de meias e similares de
ração. malha.
14390 Fabricação de outro vestuário de
malha.
Parte 2 — Estabelecimentos industriais 15201 Fabricação de calçado.
a que se refere o n.º 3 do artigo 18.º 16291 Arte de soqueiro e tamanqueiro.
16292 Cestaria, esteiraria, capacharia,
A chapelaria, empalhamento, arte
de croceiro, confeção de bonecos
Estabelecimentos industriais a que se refere a alínea b) em folhas de milho.
do n.º 3 do artigo 18.º 17290 Arte de trabalhar papel.
22292 Arte de trabalhar plástico.
Estabelecimentos industriais com potência elétrica não superior a 41,4 kVA e 23132 Arte de trabalhar cristal.
potência térmica não superior a 4×105 kJ/h, onde são exercidas, a título in- 23190 Arte de trabalhar vidro (inclui arte
dividual ou em microempresa até cinco trabalhadores, as atividades expres- do vitral).
samente identificadas no quadro seguinte, com indicação da subclasse na 32121 Ourivesaria — filigrana.
Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE — rev. 3), e com 32122 Ourivesaria — prata cinzelada; jo-
os valores limite anuais de produção estabelecidos no mesmo quadro. alharia.
32130 Fabrico de bijutarias.
Subclasse Atividade exercida a título individual Limites anuais 32400 Fabrico de jogos e brinquedos (inclui
CAE ou em microempresa de produto acabado confeção de bonecos de pano).

(1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio
10130 Preparação e conservação de produ- urbano.
tos à base de carne e preparação
de enchidos, ensacados e simila- B
res . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg
10201 Preparação de produtos da pesca e Estabelecimentos industriais a que se refere a alínea a)
da aquicultura . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg do n.º 3 do artigo 18.º
10203 Preparação e conservação de peixe
e outros produtos do mar . . . . . . (1) 2 000 kg Estabelecimentos industriais com potência elétrica
10204 Salga, secagem e outras transfor- igual ou inferior a 99 kVA, potência térmica não superior
mações de produtos da pesca e
aquicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . (1) 2 000 kg a 4×106 kJ/h e número de trabalhadores não superior a
10310 Preparação e conservação de bata- 20, onde são exercidas as atividades económicas que
tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg seguidamente se identificam, na sua designação co-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2371

loquial, com indicação da respetiva nomenclatura e


Subclasse
subclasse na Classificação Portuguesa das Atividades CAE
Designação CAE Atividade produtiva

Económicas (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei


n.º 381/2007, de 14 de novembro. 10821 Fabricação de cacau e de Todas.
chocolate.
Subclasse
10822 Fabricação de produtos de Todas.
Designação CAE Atividade produtiva confeitaria.
CAE
10830 Indústria do café e do chá Todas.
10840 Fabricação de condimen- Preparação de ervas aro-
10130 Fabricação de produtos à Preparação e conservação tos e temperos. máticas e medicinais e
base de carne. de produtos à base de produção de vinagre.
carne e preparação de 10850 Fabricação de refeições e Todas.

}
enchidos, ensacados e pratos pré-cozinhados.
similares. 10860 Fabricação de alimentos Todas.
10201 Preparação de produtos homogeneizados e die-
da pesca e da aquicul- téticos.
tura. 10891 Fabricação de fermentos, Todas.
10202 Congelação de produtos leveduras e adjuvantes
da pesca e da aquicul- Preparação e conservação para panificação e pas-
tura. de peixe e outros produ- telaria.
10203 Conservação de produtos tos do mar. 10892 Fabricação de caldos, so- Todas.
da pesca e da aquicul- pas e sobremesas.
tura em azeite e outros 10893 Fabricação de outros pro- Todas.
óleos vegetais e outros dutos alimentares diver-
molhos. sos, n. e.
10204 Salga, secagem e outras Todas (1). 11011 Fabricação de aguardentes Produção de aguardentes
transformações de pro- preparadas. vínicas (1).
dutos da pesca e aqui- 11013 Produção de licores e de Produção de licores, xaro-
cultura. outras bebidas destila- pes e aguardentes não
10310 Preparação e conservação Todas. das. vínicas.
de batatas. 11021 Produção de vinhos co- Todas.
10320 Fabricação de sumos de Todas. muns e licorosos.
frutas e de produtos 11030 Produção de cidra e outros Todas.
hortícolas. produtos fermentados.
10391 Congelação de frutos e de Todas. 11050 Fabricação de cerveja. Todas.
produtos hortícolas. 13101 Preparação e fiação de fi- Todas.
10392 Secagem e desidratação Preparação de frutos secos bras do tipo algodão.
de frutos e de produtos e secados, incluindo os 13102 Preparação e fiação de fi- Todas.
hortícolas. silvestres. bras do tipo lã.
10393 Fabricação de doces, com- Todas. 13103 Preparação e fiação da Preparação e fiação de fi-
potas, geleias e marme- seda e preparação e tex- bras têxteis.
lada. turização de filamentos
10394 Descasque e transforma- Todas. sintéticos e artificiais.
ção de frutos de casca 13105 Preparação e fiação de Preparação e fiação de fi-
rija comestíveis. fibras do tipo linho e bras têxteis.
10395 Preparação e conservação Todas. outras fibras têxteis.
de frutos e de produtos 13201 Tecelagem de fio do tipo Todas.
hortícolas por outros algodão.
processos. 13202 Tecelagem de fio do tipo Todas.
10411 Produção de óleos e gordu- Todas (1). lã.
ras animais brutos. 13203 Tecelagem de fio do tipo Todas.
10412 Produção de azeite. Todas. seda e outros têxteis.
10413 Produção de óleos vegetais Todas (1). 13920 Fabricação de artigos têx- Confeção de bonecos de
brutos (exceto azeite). teis confecionados, ex- pano e de artigos têxteis
10414 Refinação de azeite, óleos Todas (1). ceto vestuário. para o lar.
e gorduras. 13930 Fabricação de tapetes e Todas.
10420 Fabricação de margarinas Todas (1). carpetes.
e de gorduras alimenta- 13941 Fabricação de cordoaria. Todas (inclui arte de mari-
res similares. nharia e outros objetos de
10510 Indústrias do leite e deri- Todas. corda).
vados. 13961 Fabricação de passamana- Passamanaria.
10520 Fabricação de gelados e Todas. rias e sirgarias.
sorvetes. 13991 Fabricação de bordados. Todas.
10611 Moagem de cereais. Todas (1). 13992 Fabricação de rendas. Todas.
10612 Descasque, branqueamento Todas (1). 14110 Confeção de vestuário em Todas.
e outros tratamentos do couro.
arroz. 14120 Confeção de vestuário de Todas.
10613 Transformação de cereais e Todas (1). trabalho.
leguminosas, n. e. 14132 Confeção de outro ves- Todas.
10620 Fabricação de amidos, fé- Todas (1). tuário exterior por me-
culas e produtos afins. dida.
10711 Panificação. Todas. 14190 Confeção de outros artigos Todas.
10712 Pastelaria. Todas. e acessórios de vestuá-
10720 Fabricação de bolachas, Todas. rio.
biscoitos, tostas e pas- 14310 Fabricação de meias e si- Todas.
telaria de conservação. milares de malha.
10730 Fabricação de massas Todas. 14390 Fabricação de outro vestu- Todas.
alimentícias, cuscuz e ário de malha.
similares. 15111 Curtimenta e acabamento Gravura em pele; douradura
10810 Indústria do açúcar. Todas (1). de peles sem pelo. em pele.
2372 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Subclasse
Designação CAE Atividade produtiva Designação CAE Atividade produtiva
CAE CAE

15120 Fabricação de artigos de Todas. 25991 Fabricação de louça me- Latoaria; arte de trabalhar
viagem e de uso pessoal, tálica e artigos de uso cobre, latão, estanho,
de marroquinaria, de doméstico. bronze.
correeiro e de seleiro. 25992 Fabricação de outros pro- Latoaria; arte de trabalhar
15201 Fabricação de calçado. Todas. dutos metálicos diver- cobre, latão, estanho,
16230 Fabricação de outras obras Carpintaria para construção sos, n. e. bronze.
de carpintaria para a tradicional. 27400 Fabricação de lâmpadas Fabrico de quebra luzes
construção. elétricas e de outro (abat-jours).
16291 Fabricação de outras obras Carpintaria agrícola, car- equipamento de ilumi-
de madeira. pintaria de cena. nação.
16291 Fabricação de outras obras Todas. 31020 Fabricação de mobiliário Marcenaria.
de madeira. de cozinha.
16292 Fabricação de obras de Cestaria, esteiraria, ca- 31030 Fabricação de colchoaria Todas.
cestaria e de espartaria. pacharia, chapelaria, 31091 Fabricação de mobiliário Marcenaria; arte de cadei-
empalhamento, arte de de madeira para outros reiro; estofador.
croceiro, confeção de fins.
bonecos em folhas de 31093 Fabricação de mobiliário Fabrico de mobiliário de
milho. de outros materiais para vime ou similar.
16295 Fabricação de outros pro- Arte de trabalhar cortiça. outros fins.
dutos de cortiça. 32121 Fabricação de filigranas. Ourivesaria — filigrana.
17120 Fabricação de papel e de Fabrico de papel. 32122 Fabricação de artigos de Ourivesaria — prata cinze-
cartão (exceto cane- joalharia e de outros ar- lada; joalharia.
lado). tigos de ourivesaria.
17212 Fabricação de outras em- Cartonagem. 32130 Fabricação de bijutarias. Todas.
balagens de papel e de 32200 Fabricação de instrumen- Todas.
cartão. tos musicais.
17290 Fabricação de outros arti- Arte de trabalhar papel. 32300 Fabricação de artigos de Fabrico de aparelhos de
gos de pasta de papel, de desporto. pesca.
papel e de cartão. 32400 Fabricação de jogos e de Todas (inclui fabrico de
20411 Fabricação de sabões, de- Todas. brinquedos. miniaturas).
tergentes e glicerina. 32910 Fabricação de vassouras, Todas.
20420 Fabricação de perfumes, Todas. escovas e pincéis.
de cosméticos e de pro- 32995 Fabricação de caixões Todas.
dutos de higiene. mortuários em madeira.
23132 Cristalaria. Arte de trabalhar cristal. 32996 Outras indústrias transfor-
Fabrico de perucas; taxi-
23190 Fabricação e transforma- Arte de trabalhar o vidro madoras diversas, n. e. dermia (arte de embal-
ção de outro vidro (in- (inclui arte do vitral). samar); fabrico de flores
clui vidro técnico). artificiais; fabrico de
23311 Fabricação de azulejos. Cerâmica de construção registos e similares; fa-
tradicional. brico de adereços e en-
23312 Fabricação de ladrilhos, Cerâmica de construção feites de festa; fabrico de
mosaicos e placas de tradicional. objetos em cera; fabrico
cerâmica. de objetos em osso, chi-
23321 Fabricação de tijolos. Cerâmica de construção fre e similares; fabrico
tradicional. de objetos em materiais
23322 Fabricação de telhas. Cerâmica de construção sintéticos.
tradicional. 33110 Reparação e manutenção Todas.
23323 Fabricação de abobadi- Cerâmica de construção de produtos metálicos
lhas. tradicional. (exceto máquinas e
23411 Olaria de barro. Todas. equipamentos).
23414 Atividades de decoração Pintura cerâmica. 33120 Reparação e manutenção Todas.
de artigos cerâmicos de de máquinas e equipa-
uso doméstico e orna- mentos.
mental. 33130 Reparação e manutenção Todas.
23521 Fabricação de cal. Fabrico de cal não hidráu- de equipamento eletró-
lica. nico e ótico.
23690 Fabricação de outros pro- Arte de trabalhar o gesso. 33140 Reparação e manutenção Todas.
dutos de betão, gesso e de equipamento elé-
cimento. trico.
23701 Fabricação de artigos de Escultura em pedra; can- 35302 Produção de gelo. Todas.
mármore e de rocha si- taria. 56210 Fornecimento de refeições Todas.
milares. para eventos.
23702 Fabricação de artigos em Arte de trabalhar ardósia. 56290 Outras atividades de ser- Todas.
ardósia (lousa). viço de refeições.
23703 Fabricação de artigos de Escultura em pedra; can-
granito e de rocha, n. e. taria. (1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio urbano.
25120 Fabricação de portas, jane- Fabrico de portas, janelas e
las e elementos simila- elementos similares.
res em metal, n. e. ANEXO II
25501 Fabricação de produtos Todas.
forjados, estampados e
laminados. Fatores de conversão e coeficientes de equivalência
25710 Fabricação de cutelaria. Todas.
25731 Fabricação de ferramentas Todas. 1 — Coeficientes de equivalência a utilizar:
manuais.
25931 Fabricação de produtos de Todas. 1 kVA = 0,96 kW;
arame. 1 kcal = 4,18 kJ.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2373

2 — Poderes caloríficos a utilizar: ANEXO III

Fuelóleo — 9600 kcal/kg; Identificação das entidades coordenadoras, nos termos


do disposto no n.º 2 do artigo 13.º
Gasóleo — 10 450 kcal/kg; do Sistema da Indústria Responsável
Petróleo — 10 450 kcal/kg; 1 — A determinação da entidade coordenadora no pro-
Propano — 11 400 kcal/kg; cedimento relativo ao estabelecimento industrial é feita de
acordo com o quadro constante do presente anexo, sem
Butano — 11 400 kcal/kg; prejuízo do disposto nos números seguintes.
Gás natural — 9080 kcal/m3; 2 — Sempre que num estabelecimento industrial classi-
ficado de acordo com o artigo 11.º do Sistema da Indústria
Responsável sejam exercidas atividades industriais do
Combustíveis sólidos: mesmo tipo às quais correspondam diferentes entidades
coordenadoras, a determinação da entidade coordenadora é
feita em função da Classificação Portuguesa das Atividades
2000 kcal/kg (teor de humidade > 60 %);
Económicas (CAE) da atividade principal.
2500 kcal/kg (30 % < teor de humidade < 60 %); 3 — A entidade coordenadora do procedimento relativo
3000 kcal/kg (teor de humidade < 30 %). à instalação e exploração da Zonas Empresariais Responsá-
veis (ZER) é o IAPMEI — Agência para a Competitividade
e Inovação, I. P. (IAPMEI, I. P.).
3 — Outros fatores de conversão: 4 — A entidade coordenadora dos anexos mineiros e
de pedreiras onde sejam exercidas atividades industriais
exclusivamente para a beneficiação do material extraído
1000 L de gasóleo — 835 kg; é a entidade com atribuições e competências da respetiva
1000 L de petróleo — 785 kg. atividade extrativa.
CAE-Rev3 Tipologia de estabeleci-
Entidade coordenadora
(subclasse) mentos

05100, 05200, 07100, 07210, 07290, 08111, 08112, 08113, Todos os tipos . . . . Direção-Geral de Energia e Geologia.
08114, 08115, 08121, 08920, 08992, 11071, 19201, 19202,
24410, 24430, 24440, 24450 e 24460.
08931,10110 a 10412, 10510 e 1089310911 a 10920, 11011 a Tipos 1 e 2 . . . . . . . Direção Regional de Agricultura territorialmente competente
11013, 11021 a 11030,35302, 56210 e 56290. ou entidade gestora de ZER.
Tipo 3 . . . . . . . . . . . Câmara municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
Subclasses previstas na secção 1 do Anexo I e não identificadas Tipos 1 e 2 . . . . . . . IAPMEI, I. P., ou entidade gestora de ZER.
nas linhas anteriores desta coluna Tipo 3 . . . . . . . . . . . Câmara municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.

ANEXO IV
Regimes/circunstâncias Prazos
1 — Os prazos máximos para pronúncias a que se refe-
rem a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º, a alínea e) do n.º 1
do artigo 16.º, o n.º 1 do artigo 23.º e o n.º 1 do artigo 31.º • Título de utilização de recursos hídricos (8) . . . . . . . . . 22 dias
são os constantes do quadro seguinte: • Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 25 dias
1.
• Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 15 dias
Regimes/circunstâncias Prazos 2.
(1) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei n.º
151-B/2013, de 31 de outubro.
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — De- 80 dias (2) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei n.º
claração de impacte ambiental (DIA) em fase de projeto 151-B/2013, de 31 de outubro.
(3) Regime jurídico de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, aprovado
de execução (1). pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho,
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — Re- 50 dias (4) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à prevenção e controlo integrados
latório de conformidade ambiental do projeto de execução da poluição, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
com a DIA (RECAPE) (2). (5) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à incineração e coincineração de
resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias pe- 80 dias (6) Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008,
rigosas (3) — parecer relativo ao relatório de segurança. de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009,
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias 30 dias de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho.
(7) Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março, que aprova o regime CELE.
perigosas (3) — parecer relativo à compatibilidade de lo- (8) Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada pelos De-
calização. cretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 60/2012, de 14 de março.
• Licença ambiental associada a estabelecimento industrial 80 dias
não sujeito a avaliação de impacte ambiental . . . . . . . 2 — A redução dos prazos máximos para pronúncias a
• Licença ambiental com DIA em simultâneo (4) . . . . . . 90 dias
• Licença ambiental com RECAPE em simultâneo (4) 60 dias que se refere a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º é efetuada
• Operação de gestão de resíduos — regime de incineração 50 dias de acordo com as seguintes regras:
(5).
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime 50 dias a) Tratando-se de estabelecimento ao qual é aplicável o
geral. regime jurídico de avaliação de impacte ambiental apro-
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime 30 dias vado pelo Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro
simplificado.
• Título de emissão de gases com efeito de estufa (7) . . . 30 dias (RJAIA), ou o regime jurídico de acidentes graves que en-
volvam substâncias perigosas, aprovado pelo Decreto-Lei
2374 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

n.º 254/2007, de 12 de julho (RPAG), o prazo é reduzido vi) Regime do comércio europeu de licenças de emissão
em um quarto; de gases com efeitos de estufa (CELE);
b) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao
qual existe a necessidade de obtenção de título de emissão b) Regime jurídico respeitante à saúde e segurança no
de gases com efeitos de estufa previsto no Decreto-Lei trabalho;
n.º 38/2013, de 15 de março, o prazo é reduzido em um c) Regime jurídico relativo à exploração de atividade
terço; agroalimentar que utilize matéria-prima de origem animal
c) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao não transformada, de atividade que envolva a manipula-
qual é aplicável o regime jurídico da prevenção e controlo ção de subprodutos de origem animal, ou de atividade de
integrado de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo fabrico de alimentos para animais;
II do Regime das Emissões Industriais (REI), aprovado d) Procedimentos relativos aos projetos de eletricidade
pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, o prazo e de produção de energia térmica;
é reduzido em metade; e) Regime de instalação, funcionamento, reparação e
d) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao alteração de equipamentos sob pressão.
qual são aplicáveis o regime de operação de gestão de
resíduos (regime de incineração) previsto no Decreto-Lei 2 — O SIR tem como objetivos:
n.º 127/2013, de 30 de agosto, e regimes de operação de a) Prevenir os riscos e inconvenientes resultantes da
gestão de resíduos previstos no Decreto-Lei n.º 178/2006, exploração dos estabelecimentos industriais, com vista
de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, a salvaguardar a saúde pública e a dos trabalhadores, a
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezem- segurança de pessoas e bens, a segurança e saúde nos
bro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, locais de trabalho, a qualidade do ambiente e um correto
e 73/2011, de 17 de junho, o prazo é reduzido em um ordenamento do território, num quadro de desenvolvimento
quinto.» sustentável e de responsabilidade social das empresas;
b) Promover a simplificação e desburocratização dos
ANEXO II atos e procedimentos da Administração Pública necessá-
rios à aplicação dos regimes jurídicos referidos no número
(a que se refere o artigo 10.º) anterior, tendo em vista contribuir para dinamização e
competitividade da indústria nacional, num quadro de
Republicação do Sistema da Indústria Responsável, políticas de desenvolvimento económico sustentável.
aprovado em anexo
ao Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
3 — O SIR aplica-se às atividades industriais a que
se refere o anexo I ao SIR, do qual faz parte integrante,
CAPÍTULO I com exclusão das secções acessórias de estabelecimentos
de comércio e de restauração ou de bebidas destinadas à
Disposições preliminares realização de atividades industriais, às quais é aplicável,
para todos os efeitos legais, o regime de acesso e exercício
Artigo 1.º da atividade que rege estes estabelecimentos, nos termos
Objeto e âmbito de aplicação e com os limites aí previstos.
1 — O Sistema da Indústria Responsável (SIR) estabe- Artigo 2.º
lece os procedimentos necessários ao acesso e exercício
da atividade industrial, à instalação e exploração de Zonas Definições
Empresariais Responsáveis (ZER), bem como o processo Para efeitos do SIR entende-se por:
de acreditação de entidades no âmbito deste sistema, no a) «Atividade industrial», a atividade económica pre-
quadro da aplicação dos seguintes regimes jurídicos ou vista na Classificação Portuguesa das Atividades Eco-
procedimentos: nómicas (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei
a) Licenciamento Único Ambiental, aprovado pelo n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos termos definidos
Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio, no âmbito dos no anexo I ao SIR;
seguintes regimes: b) «Alteração de estabelecimento industrial», a mo-
dificação ou a ampliação do estabelecimento ou das
i) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental respetivas instalações industriais face ao título de ex-
(RJAIA), tratando-se de procedimento de avaliação de ploração da qual possa resultar aumento dos riscos e
impacte ambiental (AIA) relativo a projeto de execução que inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do
vise a emissão de declaração de impacte ambiental (DIA) n.º 2 do artigo anterior;
em fase de projeto de execução ou a emissão de decisão de c) «Área edificada» — a área total de construção das
conformidade ambiental do projeto de execução com DIA instalações industriais que integram o estabelecimento;
emitida em fase de anteprojeto ou estudo prévio; d ) «Anexos mineiros e de pedreiras», as instalações e
ii) Regime das emissões industriais (REI), aplicável à oficinas para serviços integrantes ou auxiliares de explo-
prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como ração de recursos geológicos afetos àquela atividade, sitos
às regras destinadas a evitar ou reduzir as emissões para o nas áreas concessionadas ou licenciadas, nomeadamente as
ar, água ou solo e a produção de resíduos; oficinas para a manutenção dos meios mecânicos utiliza-
iii) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves dos, as instalações para acondicionamento das substâncias
que envolvam substâncias perigosas (RPAG); extraídas, para os serviços de apoio imprescindíveis aos
iv) Regime geral da gestão de resíduos; trabalhadores, bem como os estabelecimentos associados
v) Regime jurídico de utilização de recursos hídricos; à indústria extrativa;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2375

e) «Balcão do empreendedor», o balcão único eletró- introdução no processo ou quaisquer outras atividades
nico nacional para a realização de todas as formalidades diretamente associadas que tenham uma relação técnica
associadas ao exercício de uma atividade económica, aces- com as atividades exercidas;
sível diretamente através do Portal da Empresa ou, por via q) «Melhores técnicas disponíveis», a fase de desenvol-
mediada, através dos balcões presenciais das entidades vimento mais eficaz e avançada das atividades e dos seus
públicas competentes, gerido pela Agência para a Moder- modos de exploração, que demonstre a aptidão prática de
nização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.); técnicas específicas para constituírem a base dos valores-
f ) «Condições técnicas padronizadas», conjunto de limite de emissão e de outras condições do licenciamento
regras e especificações previamente definidas para de- com vista a evitar e, quando tal não seja possível, a reduzir
terminada atividade ou operação a desenvolver no es- as emissões e o impacto no ambiente no seu todo:
tabelecimento industrial que constituem o objeto de li-
cença, autorização, aprovação, comunicação prévia com i) «Melhores técnicas», as técnicas mais eficazes para
prazo, registo, parecer ou outro ato permissivo necessário alcançar um nível geral elevado de proteção do ambiente
à instalação e exploração do estabelecimento industrial; no seu todo;
g) «Ecoeficiência», a estratégia de atuação conducente ii) «Técnicas», tanto a tecnologia utilizada como o modo
ao fornecimento de bens e serviços competitivos que sa- como a instalação é projetada, construída, conservada,
tisfaçam as necessidades humanas e que, em simultâneo explorada e desativada;
e progressivamente, reduzam os impactes ambientais ne- iii) «Disponíveis», as técnicas desenvolvidas a uma
gativos e a intensidade de recursos ao longo do ciclo de escala que possibilite a sua aplicação no contexto do setor
vida dos produtos; industrial em causa em condições económica e tecnica-
h) «Ecoinovação», qualquer forma de inovação que mente viáveis, tendo em conta os custos e os benefícios,
permite ou visa progressos significativos demonstráveis na quer sejam ou não utilizadas ou produzidas a nível na-
consecução do objetivo de desenvolvimento sustentável, cional e desde que acessíveis ao operador em condições
através da redução dos impactos no ambiente, do aumento razoáveis;
da resiliência às pressões ambientais ou de uma utilização
mais eficiente e responsável dos recursos naturais; r) «Número de trabalhadores», o número total de tra-
i) «Emissão», a libertação direta ou indireta de substân- balhadores do estabelecimento industrial que, indepen-
cias, de vibrações, de calor ou de ruído para o ar, a água ou dentemente da natureza do vínculo, se encontram afetos
o solo, a partir de fontes pontuais ou difusas com origem à atividade industrial, excluindo os afetos aos setores ad-
numa dada instalação industrial; ministrativo e comercial;
j) «Entidade acreditada», a entidade reconhecida for- s) «Potência elétrica», a potência contratada, expressa
malmente pelo organismo nacional de acreditação, nos em kilovolt-amperes (kVA), junto de um distribuidor de
termos previstos no SIR, para realizar atividades que lhe energia elétrica, considerando-se, para efeitos da sua de-
são atribuídas no âmbito do mesmo; terminação, os coeficientes de equivalência descritos no
k) «Entidade coordenadora», a entidade à qual compete a anexo II ao SIR, do qual faz parte integrante;
direção plena dos procedimentos de instalação e exploração t) «Potência térmica», a soma das potências térmicas
de estabelecimentos industriais e de ZER; individuais dos diferentes sistemas instalados, expressa em
l) «Entidade gestora de ZER», a entidade responsável quilojoules por hora (kJ/h), considerando-se, para efeitos
pelo integral cumprimento do título digital de exploração da da sua determinação, os coeficientes de equivalência des-
ZER, bem como pelo controlo e supervisão das atividades critos no anexo II ao SIR;
nela exercidas e ainda pelo funcionamento e manutenção u) «Pronúncia das entidades públicas consultadas», fase
das infraestruturas, serviços e instalações comuns, cujos procedimental no âmbito da qual as entidades públicas
requisitos de constituição, organização e funcionamento e consultadas ao abrigo do SIR se pronunciam sob a forma
quadro legal de obrigações e competências são os definidos de licença, autorização, aprovação, comunicação prévia
em portaria dos membros do Governo responsáveis pelas com prazo, mera comunicação prévia, registo, parecer ou
áreas da modernização administrativa, da administração outro ato permissivo ou não permissivo de que dependa a
local, da economia, do ambiente e do ordenamento do instalação ou a exploração do estabelecimento industrial
território; ou da ZER;
m) «Estabelecimento industrial», a totalidade da área v) «Responsabilidade social», a responsabilidade de uma
coberta e não coberta sob responsabilidade do industrial, organização pelos impactes das suas decisões, atividades e
que inclui as respetivas instalações industriais, onde é produtos na sociedade e no ambiente, através de um com-
exercida atividade industrial; portamento ético e transparente que seja consistente com o
n) «Gestor do procedimento», o técnico designado pela desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade,
entidade coordenadora para acompanhamento dos procedi- tenha em conta as expectativas das partes interessadas,
mentos previstos no SIR, constituindo-se como interlocutor esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja
privilegiado do industrial; consistente com normas de conduta internacionais e esteja
o) «Industrial», a pessoa singular ou coletiva que pre- integrado em toda a organização;
tende exercer ou exerce atividade em estabelecimento w) «Responsável técnico do projeto», a pessoa ou en-
industrial ou em quem tenha sido delegado o exercício tidade designada pelo industrial ou pela entidade gestora
de um poder económico determinante sobre o respetivo da ZER, no caso de instalação de ZER, para efeitos de
funcionamento; demonstração de que o projeto se encontra em conformi-
p) «Instalação industrial», a unidade técnica dentro de dade com a legislação aplicável e para o relacionamento
um estabelecimento industrial na qual é exercida uma com a entidade coordenadora e as demais entidades inter-
ou mais atividades industriais incluindo as atividades de venientes nos procedimentos de instalação e exploração
armazenagem ou pré-processamento de resíduos para de estabelecimento industrial ou de ZER;
2376 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

x) «Sistema de gestão ambiental», a componente do edifícios, bem como o respeito pelas normas ambientais,
sistema global de gestão, que inclui a estrutura organiza- minimizando as consequências de eventuais acidentes.
cional, as atividades de planeamento, as responsabilidades,
as práticas, os processos, os procedimentos e os recursos 2 — O industrial deve respeitar, designadamente, as
destinados a definir, aplicar, consolidar, rever e manter a seguintes regras e princípios:
política ambiental; a) Adotar princípios e práticas de ecoeficiência de ma-
y) «Sistema de gestão de segurança alimentar», o sis- teriais e energia e práticas de ecoinovação;
tema que possibilita a gestão dos riscos para a segurança b) Adotar as melhores técnicas disponíveis;
alimentar, baseado nos princípios do método de análise de c) Cumprir as obrigações previstas no Código do Traba-
perigos e controlo dos pontos críticos, relacionados com lho, em lei especial e as relativas à promoção da segurança
as atividades da organização e compreendendo a estrutura e saúde no trabalho;
operacional, as atividades de planeamento, as responsabi- d) Adotar as medidas de prevenção de riscos de aciden-
lidades, as práticas, os procedimentos, os processos e os tes e limitação dos seus efeitos;
recursos para desenvolver e implementar as condições de e) Implementar sistemas de gestão ambiental, sistemas
segurança alimentar; de segurança contra incêndio em edifícios e sistemas de
z) «Segurança e saúde do trabalho», o conjunto das segurança e saúde no trabalho adequados ao tipo de ativi-
intervenções que objetivam o controlo dos riscos profis- dade e riscos inerentes, incluindo a elaboração de plano de
sionais e a promoção da segurança e saúde dos trabalha- emergência do estabelecimento e elaboração das medidas
dores da organização ou outros, incluindo trabalhadores de autoproteção, quando aplicáveis;
temporários, prestadores de serviços e trabalhadores por f) Adotar sistema de gestão de segurança alimentar
conta própria, visitantes ou qualquer outro indivíduo no adequado ao tipo de atividade, riscos e perigos inerentes,
local de trabalho; quando aplicável;
aa) «Segurança contra incêndio em edifícios», o con- g) Promover as medidas de profilaxia e vigilância da
junto de princípios gerais da preservação da vida humana, saúde legalmente estabelecidas para o tipo de atividade,
do ambiente e do património cultural visando reduzir a por forma a proteger a saúde pública e a dos trabalhadores;
ocorrência de incêndios, limitar o seu desenvolvimento, h) Adotar as medidas necessárias para evitar riscos em
circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeada- matéria de segurança e poluição, de modo que o local de
mente a propagação do fumo e gases quentes da combustão, exploração seja colocado em estado satisfatório, na altura
facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes e per- da desativação definitiva do estabelecimento industrial.
mitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro;
bb) «Sistema de Gestão da Responsabilidade Social», 3 — Sempre que seja detetada alguma anomalia no
o conjunto de elementos inter-relacionados e interatuantes funcionamento do estabelecimento, o industrial deve tomar
para estabelecer e concretizar a política e objetivos da as medidas adequadas para corrigir a situação e, se neces-
responsabilidade social; sário, proceder à suspensão da exploração, devendo ime-
cc) «Título digital», o título emitido pelo «Balcão do diatamente comunicar esse facto à entidade coordenadora.
empreendedor» relativo à instalação e exploração de um 4 — (Revogado.)
estabelecimento industrial ou de ZER que constitui de- 5 — (Revogado.)
claração de conhecimento e comprova, perante qualquer
entidade pública ou privada, o cumprimento das normas Artigo 4.º
legais e regulamentares constantes dos regimes jurídicos Seguro de responsabilidade civil
do âmbito do SIR;
dd) «Zona empresarial responsável ou ZER», a zona 1 — Sem prejuízo das obrigações que decorram do
territorialmente delimitada, afeta à instalação de atividades regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais
industriais, comerciais e de serviços, administrada por uma e da responsabilidade profissional dos representantes,
entidade gestora; agentes ou mandatários do industrial, este deve celebrar
ee) «Zona empresarial responsável multipolar ou ZER um contrato de seguro de responsabilidade civil extracon-
multipolar», o conjunto de polos empresariais localizados tratual que cubra os riscos decorrentes das instalações e
em espaços territoriais não conexos, mas funcionalmente das atividades exercidas em estabelecimento industrial
ligados entre si e administrada pela mesma entidade ges- incluído no tipo 1 ou no tipo 2, nos termos a definir por
tora. portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das finanças, da economia, da agricultura e do am-
Artigo 3.º biente.
2 — As entidades acreditadas devem celebrar contrato
Prevenção de riscos, ecoinovação, ecoeficiência, de seguro de responsabilidade civil extracontratual des-
sustentabilidade e responsabilidade social tinado a cobrir os danos patrimoniais e não patrimoniais
1 — O industrial deve exercer a atividade industrial decorrentes de lesões corporais ou materiais causadas a
através: terceiros por erros ou omissões cometidas no exercício da
sua atividade, nos termos a definir por portaria dos mem-
a) De um comportamento ético, transparente, social- bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da
mente responsável e de acordo com as disposições legais economia, do ambiente e da agricultura.
e regulamentares aplicáveis; 3 — A regulamentação prevista nos números anteriores
b) Da adoção de medidas de prevenção e controlo, no deve estabelecer, designadamente, os capitais mínimos dos
sentido de eliminar ou reduzir os riscos suscetíveis de seguros, respetivos âmbitos de cobertura, delimitações
afetar as pessoas e bens, garantindo as condições de segu- temporal e territorial, exclusões aplicáveis, possibilidade
rança e saúde no trabalho, a segurança contra incêndio em de estabelecimento de franquias, condições do exercício
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2377

do direito de regresso e de sub-rogação e pluralidade de disponibilizá-la através da Plataforma de Interoperabili-


seguros. dade da Administração Pública (iAP), para este efeito;
4 — (Revogado.) e) Possibilidade de cumprimento direto e imediato de
todas as exigências e formalidades necessárias para aceder
Artigo 5.º e exercer uma atividade industrial, incluindo a submissão
Articulação com medidas voluntárias
eletrónica de documentos, o pagamento por meios ele-
trónicos e a receção de comunicações e notificações por
Os acordos e os contratos celebrados entre as entida- via eletrónica relativos a todos os títulos, licenças, auto-
des públicas e os industriais, através das suas estruturas rizações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
empresariais representativas ou a título individual, ou a meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
colaboração entre estas entidades a qualquer outro título, atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
em matérias pertinentes ao âmbito dos objetivos consig- instalação ou exploração do estabelecimento industrial
nados no SIR, incluindo a adoção de sistemas certificados ou da ZER;
de gestão ambiental, de segurança alimentar, de segurança f) Acompanhamento e consulta dos respetivos procedi-
e saúde no trabalho e de gestão da responsabilidade social, mentos, por parte do requerente, da entidade coordenadora,
devem ser acompanhados pela entidade coordenadora, sem das entidades intervenientes e das entidades com compe-
prejuízo das competências próprias das entidades compe- tências de fiscalização;
tentes em razão da matéria objeto do acordo ou contrato. g) Capacidade para suportar a obrigatoriedade de parti-
cipação de todas as entidades que intervenham em atos ou
CAPÍTULO II procedimentos necessários à instalação ou exploração do
estabelecimento industrial ou da ZER, designadamente, das
Instrumentos técnicos de suporte ao SIR entidades coordenadoras dos procedimentos de instalação e
exploração de estabelecimentos industriais e de ZER, bem
Artigo 6.º como das entidades públicas intervenientes;
h) Sistema que permita a contagem automática de pra-
Balcão do empreendedor
zos e de passagem a fases seguintes dos procedimentos,
1 — O acesso e a tramitação dos procedimentos previs- uma vez decorrido o prazo ou a emissão do ato em causa,
tos no SIR são realizados por via eletrónica, diretamente nomeadamente para efeitos de emissão automática de tí-
ou de forma assistida, através do «Balcão do empreen- tulos digitais;
dedor». i) Emissão automática de títulos digitais que titulem
2 — Pode ser prestado o serviço de atendimento digital a instalação e exploração da atividade industrial, uma
assistido ao «Balcão do empreendedor» pelos serviços de vez decorridos os prazos ou emitidas as licenças, auto-
atendimento presencial das entidades coordenadoras, pelas rizações, aprovações, comunicações prévias com prazo,
autarquias locais e por entidades públicas nos termos do meras comunicações prévias, registos, pareceres e outros
Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio. atos permissivos ou não permissivos de que dependa a
3 — O «Balcão do empreendedor», no âmbito do SIR, instalação ou exploração de estabelecimento industrial
disponibiliza aos utilizadores as seguintes funcionalidades ou de ZER;
e informações: j) Emissão automática de comprovativos de entrega e
a) Possibilidade de submissão e tramitação eletrónica avisos automáticos a todas as entidades envolvidas sempre
dos procedimentos previstos no SIR relativos à emissão que sejam adicionados novos elementos ao processo;
ou submissão de todos os títulos, licenças, autorizações, k) Capacidade para inserção no «Balcão do empreen-
aprovações, comunicações prévias com prazo, meras co- dedor», com recurso à iAP e através da interação com
municações prévias, registos, pareceres e outros atos per- as plataformas eletrónicas relevantes, designadamente o
missivos ou não permissivos de que dependa a instalação, Sistema de Informação de Regime Jurídico da Urbanização
exploração ou alteração do estabelecimento industrial ou e Edificação (SIRJUE) e o Sistema Integrado de Licen-
da ZER; ciamento do Ambiente (SILiamb), por parte das entidades
b) Possibilidade de submissão de comunicação de sus- emitentes, de todas as licenças, autorizações, aprovações,
pensão, reinício e cessação da atividade, bem como de comunicações prévias com prazo, meras comunicações
alteração da titularidade ou da denominação social de prévias, registos, pareceres e outros atos permissivos ou
titular de estabelecimento industrial ou de ZER sujeito não permissivos de que dependa a instalação ou exploração
aos procedimentos previstos no SIR; de estabelecimento industrial ou de ZER;
c) Apoio ao requerente e respetivos técnicos no pre- l) Capacidade para assegurar a dispensa de entrega de
enchimento dos formulários e na instrução dos proce- documentação que se encontre em posse de qualquer ser-
dimentos, permitindo, designadamente, a pesquisa por viço e organismo da Administração Pública que intervenha
atividade económica, principal e secundária, dos elementos nos procedimentos previstos no SIR, quando o interessado
relevantes para o rastreio dos condicionamentos legais e preste o seu consentimento à sua obtenção, cabendo nesse
regulamentares aplicáveis, bem como o rastreio específico caso à entidade coordenadora ou à entidade consultada pro-
através da introdução de dados sobre o tipo de instalação, ceder à respetiva obtenção e integração no procedimento,
localização, área de implantação, capacidade produtiva e nos termos do artigo 28.º-A do Decreto-Lei n.º 135/99,
substâncias perigosas presentes; de 22 de abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 29/2000,
d) Preenchimento automático, total ou parcial, dos for- de 13 de março, 72-A/2010, de 16 de agosto, e 73/2014,
mulários eletrónicos disponíveis no «Balcão do empre- de 13 de maio;
endedor» no âmbito dos procedimentos previstos no SIR, m) Funcionalidade que permita ao interessado, de forma
com a informação relevante que já se encontre na posse de facultativa, gratuita e automática, uma vez inseridos os
outros organismos da Administração Pública, que deverão dados relevantes, identificar o procedimento aplicável à
2378 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

instalação e exploração de estabelecimento industrial ou aí referidas, podem solicitar à entidade coordenadora que
ZER ao abrigo do previsto no SIR; os insira, devendo esta fazê-lo nos cinco dias subsequentes
n) Consulta dos requisitos aplicáveis às instalações e aos à receção do pedido.
equipamentos dos estabelecimentos industriais resultantes
da legislação e demais atos normativos; Artigo 6.º-A
o) Consulta do montante previsível das taxas devidas
Títulos digitais
e um simulador que permita identificar o custo global
estimado a suportar para iniciar a atividade industrial pre- 1 — Os títulos digitais são emitidos pelo «Balcão do
tendida; Empreendedor» quando tenham sido submetidas, emitidas
p) Meios de pagamento eletrónico das taxas devidas; ou aprovadas, expressa ou tacitamente, todas as licen-
q) Informação sobre os meios de reação judiciais ou ças, autorizações, aprovações, comunicações prévias com
extrajudiciais relativos a decisões das autoridades admi- prazo, meras comunicações prévias, registos, pareceres e
nistrativas competentes; outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
r) Documentos de apoio sobre os aspetos jurídicos e a instalação ou a exploração do estabelecimento industrial
técnicos relevantes em cada setor industrial; ao abrigo do SIR.
s) Acesso direto a uma ferramenta de georreferenciação 2 — Os títulos digitais são emitidos de forma automática
das áreas para a instalação e exploração de estabelecimen- e eletrónica e notificados pelo «Balcão do empreendedor»
tos industriais ou de ZER. ao interessado, à entidade coordenadora, às entidades con-
sultadas, à câmara municipal territorialmente competente,
4 — Sendo prestado o consentimento previsto na alí- bem como à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
nea l) do número anterior, o valor das taxas, emolumentos (DGAV), quando se trate de estabelecimento industrial do
ou outros encargos devidos pela atividade administrativa setor alimentar, do setor dos subprodutos animais e dos
de recolha da documentação em falta é transmitido ao alimentos para animais, nos termos do Regulamento (CE)
requerente com a respetiva discriminação, para efeitos do n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
pagamento devido. 29 de abril de 2004, do Regulamento (CE) n.º 1069/2009,
5 — As demais funcionalidades técnicas do «Balcão do do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro
empreendedor» para efeitos do SIR, bem como o formato, de 2009, e do Regulamento (CE) n.º 183/2005, do Parla-
características e mecanismos de tratamento da informação mento Europeu e do Conselho, de 12 de janeiro de 2005,
a disponibilizar nesse âmbito são regulamentadas por por- respetivamente.
taria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas 3 — Os títulos digitais são atualizados nos termos pre-
da modernização administrativa e da economia. vistos no SIR, sendo acessíveis no «Balcão do empre-
6 — Os interessados e as entidades responsáveis pela
endedor» mediante a disponibilização de um código de
emissão das licenças, autorizações, aprovações, comuni-
acesso.
cações prévias com prazo, meras comunicações prévias,
4 — A disponibilização do código de acesso ao título di-
registos, pareceres e outros atos permissivos ou não per-
missivos de que dependa a instalação ou exploração do gital demonstra perante qualquer entidade pública e privada
estabelecimento industrial ou da ZER devem praticar todos a titularidade do direito de instalar e explorar o estabeleci-
os atos relativos aos respetivos procedimentos no «Balcão mento industrial ou a ZER a que respeitam e constitui meio
do empreendedor». de prova para esse efeito, não podendo nenhuma entidade
7 — Quando, por motivos de indisponibilidade temporá- pública ou privada exigir comprovativo adicional quanto
ria, não se revele possível a tramitação dos procedimentos ao cumprimento de quaisquer controlos ou formalidades
previstos no SIR através do «Balcão do empreendedor», no âmbito de procedimentos previstos no SIR.
a mesma é efetuada por correio eletrónico, com conheci-
mento da AMA, I. P., para o endereço eletrónico da enti- Artigo 7.º
dade coordenadora, publicitado no respetivo sítio da inter- Sistema de informação dos estabelecimentos industriais
net e na página de acesso ao «Balcão do empreendedor», 1 — O sistema de informação dos estabelecimentos
ou em formato digital, devendo a entidade coordenadora industriais integra os dados, organizados e atualizados,
assegurar o cumprimento dos procedimentos até que o respeitantes às atividades identificadas no anexo I ao pre-
«Balcão do empreendedor» esteja operacional. sente decreto-lei, tendo por finalidade principal possibilitar
8 — Sempre que quaisquer elementos do procedimento o conhecimento efetivo das atividades industriais exercidas
sejam entregues por correio eletrónico nos termos do nú- em estabelecimentos a operar em território nacional com
mero anterior, os mesmos são obrigatoriamente inseridos vista à produção de elementos informativos de suporte à
no «Balcão do empreendedor» pela entidade coordenadora definição ou execução de políticas públicas no setor da
nos cinco dias subsequentes à cessação da situação de indústria, bem como os seguintes objetivos:
indisponibilidade temporária.
9 — Os processos relativos à instalação e exploração a) Possibilitar o preenchimento automático, total ou
de estabelecimento industrial ou de ZER devem estar dis- parcial, dos formulários eletrónicos disponíveis no «Balcão
poníveis para consulta pelos interessados na respetiva do empreendedor» para os efeitos previstos no SIR, com a
área reservada da empresa no «Balcão do empreendedor», informação relevante que já se encontre na posse de outros
podendo a entidade coordenadora, bem como as entidades organismos da Administração Pública;
consultadas e as entidades com competências de fiscaliza- b) Identificar e caracterizar os estabelecimentos e os
ção, aceder a esta informação através deste sistema. seus titulares;
10 — Quando os elementos a que se refere o número an- c) Disponibilizar ao consumidor os elementos de con-
terior não estiverem disponíveis para consulta no «Balcão tacto dos estabelecimentos e seus titulares, quando solici-
do empreendedor», o interessado, bem como as entidades tado, para o exercício dos seus direitos;
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2379

d) Facilitar o controlo, acompanhamento e fiscalização «Balcão do empreendedor», preferencialmente através


das atividades industriais e de outras previstas no presente da iAP.
decreto-lei;
e) Dar informação ao industrial sobre mecanismos, pro- Artigo 7.º-C
gramas e incentivos económicos existentes, quando este Modo de recolha
assim o requeira;
f) Apoiar a realização de estudos relativos aos setores da 1 — O sistema de informação dos estabelecimentos
indústria ou outros abrangidos pelo presente decreto-lei. industriais é alimentado com a informação constante do
«Balcão do empreendedor» relativamente aos procedimen-
2 — (Revogado.) tos tramitados ao abrigo do SIR ou da legislação que o pre-
3 — A informação constante do sistema de informação cedeu, bem como com a informação relevante na posse de
dos estabelecimentos industriais que não contenha dados outros serviços ou organismos da Administração Pública,
pessoais e não seja identificada pelo interessado como através da integração dos sistemas de informação ou bases
confidencial é pública e pode ser reutilizada, nos termos da de dados desses serviços ou organismos via iAP.
Lei n.º 46/2007, de 24 de agosto, sem prejuízo do disposto 2 — Para os efeitos previstos na parte final do número
em legislação específica em matéria de acesso aos dados anterior, os dados constantes do sistema de informação dos
constantes dos documentos registrais. estabelecimentos industriais são recolhidos junto dos servi-
4 — (Revogado.) ços ou organismos da Administração Pública responsáveis
pela respetiva gestão e incluem os dados constantes de:
Artigo 7.º-A a) Registo comercial e registo nacional de pessoas co-
Entidade responsável letivas;
b) Informação empresarial simplificada, nos termos do
O IAPMEI — Agência para a Competitividade e Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de janeiro, alterado pelos
Inovação, I. P. (IAPMEI, I. P.), é a entidade responsável Decretos-Leis n.os 116/2008, de 4 de julho, 69-A/2009, de
pelo tratamento de dados relativos ao sistema de infor- 24 de março, 292/2009, de 13 de outubro, 209/2012, de 19
mação dos estabelecimentos industriais para os efeitos da de setembro, e 10/2015, de 16 de janeiro;
alínea d) do artigo 3.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro. c) Base de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira
(AT) para obtenção de informação sobre identificação e
Artigo 7.º-B localização, data de início e fim de atividade dos empre-
Dados recolhidos
sários em nome individual e respetiva CAE;
d) Outros sistemas de informação ou bases de dados da
1 — São recolhidos para tratamento automatizado no Administração Pública, caso tal venha a ser estabelecido
âmbito do sistema de informação dos estabelecimentos por portaria dos membros do Governo responsáveis pe-
industriais os dados na posse dos serviços ou organismos las áreas da modernização administrativa, da economia e
da Administração Pública referentes às pessoas singulares pela tutela do serviço ou organismo que gere o sistema de
ou coletivas titulares de estabelecimentos que exercem informação ou a base de dados em causa.
atividades industriais, designadamente:
3 — A recolha de dados no âmbito de pedidos de emis-
a) Identificação, com menção do nome ou firma; são de licenças, autorizações ou de realização de comuni-
b) Nome das pessoas singulares titulares de Estabeleci- cações prévias com ou sem prazo é acessória, não podendo
mento Individual de Responsabilidade Limitada; tais procedimentos, em caso algum, ser impostos com o
c) Domicílio fiscal, endereço da sede ou residência; único propósito de recolha de informação para a base de
d) Informação sobre a instalação, modificação e encer- dados dos estabelecimentos industriais.
ramento de estabelecimentos; 4 — A recolha de dados no âmbito do sistema de in-
e) Informação sobre a localização de estabelecimentos; formação dos estabelecimentos industriais não pode, por
f) Identificação e localização, data de início e fim de si só, determinar a formulação de pedidos de informação
atividade dos empresários em nome individual e respe- ao industrial, devendo os serviços e organismos da Admi-
tiva Classificação Portuguesa das Atividades Económicas nistração Pública cooperar entre si no sentido de disponi-
(CAE); bilizarem os dados necessários à alimentação do sistema.
g) Início, alteração e cessação da atividade; 5 — A recolha de dados a que se refere o n.º 2 é regulada
h) Informação sobre operações de valorização de resí- através de protocolo a celebrar entre as entidades respon-
duos desenvolvidas na instalação, com indicação do código sáveis pelas bases de dados ou sistemas de informação
da operação de gestão de resíduos, respetiva capacidade em causa, designadamente, o Instituto dos Registos e do
instalada, bem como código dos resíduos valorizados de Notariado, I. P. (IRN, I. P.), e a AT, conforme aplicável, a
acordo com a Lista Europeia de Resíduos. AMA, I. P., e o IAPMEI, I. P.
6 — A portaria a que se refere a alínea d) do n.º 2, bem
2 — Para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 1 do como os protocolos a que se refere o número anterior, são
artigo 7.º, os serviços e organismos da Administração Pú- submetidos a prévia apreciação da Comissão Nacional da
blica devem garantir a partilha da informação relevante que Proteção de Dados.
já se encontre na sua posse e seja necessária à instrução
dos procedimentos previstos no SIR, permitindo o acesso Artigo 8.º
à mesma através do «Balcão do empreendedor».
Condições técnicas padronizadas
3 — Os dados a que se referem os números anteriores
são partilhados pelos serviços e organismos competen- 1 — As entidades públicas que intervenham nos proce-
tes, que devem permitir o acesso aos mesmos através do dimentos previstos no SIR devem, de forma progressiva
2380 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

e incremental, adotar condições técnicas padronizadas 7 — A verificação da correspondência entre as caracte-


designadas por tipos de atividade ou operação que constitua rísticas e especificações do estabelecimento industrial e o
objeto de licença, autorização, aprovação, comunicação âmbito de aplicação das condições técnicas padronizadas a
prévia com prazo, registo, parecer ou outro ato permissivo que o requerente tenha aderido é efetuada pelas entidades
nas respetivas áreas de atuação, salvo se a especificidade públicas consultadas no período de verificação de elementos
do respetivo regime jurídico, da atividade ou operação em instrutórios, nos termos e com os efeitos previstos no n.º 7
causa não for compatível com a padronização das condi- do artigo 21.º e no n.º 7 do artigo 30.º, conforme aplicável.
ções de instalação ou exploração, designadamente nos
casos em que a legislação aplicável imponha a realização Artigo 9.º
de consulta pública.
Apoio à aplicação do Sistema da Indústria Responsável
2 — As entidades públicas que, embora não intervindo
nos procedimentos do SIR, tutelem áreas técnicas com 1 — Compete ao IAPMEI, I. P., com a colaboração das
relevância para a definição de condições de instalação e entidades que intervenham nos procedimentos previstos
exploração dos estabelecimentos industriais devem igual- no SIR:
mente adotar condições técnicas padronizadas que consti-
a) Promover as ações necessárias à aplicação correta,
tuam referenciais para o exercício da atividade industrial
previsível, eficaz e harmonizada do disposto no SIR, defi-
na respetiva área de atuação.
nindo, sempre que necessário, as diretrizes e os parâmetros
3 — As condições técnicas padronizadas a que se re-
comuns a seguir pelas mesmas, devendo, para o efeito, as
fere o n.º 1 são aprovadas por despacho dos membros do
entidades que intervenham nos procedimentos previstos
Governo responsáveis pelas áreas da economia, da mo-
no SIR fornecer ao IAPMEI, I. P., sempre que tal lhes
dernização administrativa e das áreas técnicas em causa,
seja solicitado, a informação necessária para a adequada
sendo obrigatoriamente disponibilizadas no «Balcão do
monitorização dos processos, tendo em vista a respetiva
empreendedor».
normalização e melhoria contínua;
4 — O recurso pelo industrial às condições técnicas
b) Elaborar e atualizar, com a colaboração das entidades
padronizadas pressupõe:
que intervenham nos procedimentos previstos no SIR em
a) A existência de licença, autorização, aprovação, co- função das áreas em causa, em linguagem simples e clara,
municação prévia com prazo, registo, parecer ou outro ato toda a informação de apoio à utilização do «Balcão do
permissivo padronizado no domínio das atividades e ou empreendedor», a qual deve incluir, designadamente:
operações a desenvolver no estabelecimento industrial;
i) As obrigações resultantes de toda a legislação apli-
b) A opção do requerente no pedido do título respetivo;
cável;
c) Uma declaração de responsabilidade do requerente de
ii) A sequência das tarefas, o circuito dos processos in-
cumprimento integral das condições técnicas padronizadas
ternos e os períodos de tempo habitualmente consumidos
objeto do pedido.
em cada fase, os pressupostos e os resultados esperados
de cada grupo de tarefas;
5 — Quando exista recurso a condições técnicas pa-
iii) Os requisitos aplicáveis às instalações e aos equi-
dronizadas:
pamentos dos estabelecimentos industriais resultantes da
a) É dispensada a pronúncia, a que se refere o artigo 23.º legislação e demais atos normativos;
e o artigo 31.º, conforme aplicável, das entidades públicas iv) Os meios de reação judiciais ou extrajudiciais re-
responsáveis pela emissão de condições técnicas padro- lativos a decisões das autoridades administrativas com-
nizadas a que o requerente tenha aderido no seu pedido, petentes;
salvo se a especificidade do respetivo regime jurídico v) Os aspetos jurídicos e técnicos relevantes em cada
dispuser em contrário; setor industrial.
b) É dispensada a realização de vistoria prévia, com
exceção dos casos de estabelecimentos industriais que uti- c) Inserir no «Balcão do empreendedor» a informação
lizem matéria-prima de origem animal não transformada, a que se refere a alínea anterior, bem como as respetivas
subprodutos animais, ou que exerçam atividade de fabrico atualizações periódicas, a publicar online pela AMA, I. P.;
de alimentos para animais, ou atividade de operação de d) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os
gestão de resíduos que exijam vistoria prévia à exploração, constantes da calendarização a que se refere a alínea d) do
nos termos dos regimes legais aplicáveis; n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando à tutela,
c) É reduzido para um terço o valor da taxa corres- periodicamente ou sempre que tal lhe seja solicitado, as
pondente à emissão de licença, autorização, aprovação, situações de incumprimento que não sejam imputáveis
comunicação prévia com prazo, registo, parecer ou outro ao industrial.
ato permissivo que se encontre abrangida por condição
técnica padronizada a que o requerente tenha aderido, nos 2 — (Revogado.)
termos a regulamentar na portaria a que se refere o n.º 2 3 — (Revogado.)
do artigo 80.º 4 — (Revogado.)
5 — (Revogado.)
6 — Os títulos digitais emitidos no âmbito dos proce- 6 — (Revogado.)
dimentos do SIR em que o requerente tenha optado por
recorrer a condições técnicas padronizadas devem fazer Artigo 10.º
referência às licenças, autorizações, aprovações, registos,
Entidades acreditadas
pareceres ou outros atos permissivos padronizados ne-
cessários à atividade a desenvolver no estabelecimento 1 — As entidades acreditadas pelo Instituto Português
industrial que tenham sido objeto do pedido. da Acreditação, I. P. (IPAC, I. P.), intervêm nos procedi-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2381

mentos previstos no SIR nos termos do disposto no ca- atividade que envolva a manipulação de subprodutos de
pítulo VI. origem animal ou de atividade de fabrico de alimentos para
2 — A intervenção das entidades acreditadas, nos termos animais que careça de atribuição de número de controlo
previstos no número anterior, pode ocorrer a solicitação veterinário ou de número de identificação individual, nos
do industrial, da entidade gestora da ZER ou das entidades termos da legislação aplicável.
públicas intervenientes.
3 — A intervenção das entidades acreditadas nos termos 3 — São incluídos no tipo 2 os estabelecimentos in-
do n.º 1 produz os seguintes efeitos: dustriais não incluídos no tipo 1, desde que abrangidos
a) Dispensa a análise da boa instrução do processo em por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou
procedimentos em matéria ambiental, com a entrega, pelo circunstâncias:
requerente, do requerimento aplicável, acompanhado de a) (Revogada.)
um relatório de conformidade; b) (Revogada.)
b) Dispensa da pronúncia, a que se refere o artigo 23.º c) (Revogada.)
e o artigo 31.º, conforme aplicável, das entidades interve- d) Regime do comércio europeu de licenças de emissão
nientes, exceto em matéria ambiental; de gases com efeitos de estufa (CELE);
c) Reduz os prazos de pronúncia de entidades consul- e) Necessidade de obtenção de alvará para realização
tadas, nos termos do anexo IV. de operação de gestão de resíduos que dispense vistoria
prévia, nos termos do regime geral de gestão de resíduos,
4 — (Revogado.) com exceção dos estabelecimentos identificados pela parte
5 — (Revogado.) 2-A do anexo I ao SIR, ainda que localizados em edifício
6 — O conteúdo das licenças, autorizações, aprovações, cujo alvará admita comércio ou serviços, na condição
comunicações prévias com prazo, meras comunicações de realizarem operações de valorização de resíduos não
prévias, registos, pareceres e outros atos permissivos ou perigosos.
não permissivos de que dependa a instalação ou exploração
do estabelecimento industrial ou da ZER das entidades in- 4 — São incluídos no tipo 3 os estabelecimentos indus-
tervenientes no SIR e a respetiva fundamentação pode con- triais não abrangidos pelos tipos 1 e 2.
sistir em mera declaração de concordância com o conteúdo 5 — Sempre que num estabelecimento industrial se veri-
dos documentos emitidos pelas entidades acreditadas. fiquem circunstâncias a que correspondam tipos diferentes,
o estabelecimento é incluído no tipo mais exigente.
6 — A alteração superveniente de alguma das circuns-
CAPÍTULO III
tâncias previstas no n.º 3, que determine a inclusão do
Regimes de instalação e exploração estabelecimento industrial como tipo 2 só determina um
dos estabelecimentos industriais novo processo de licenciamento quando as mesmas per-
durarem por um período superior a seis meses.
SECÇÃO I
Artigo 12.º
Disposições gerais
Regimes procedimentais para instalação e exploração
de estabelecimento industrial
SUBSECÇÃO I
A instalação e a exploração de estabelecimento indus-
Classificação dos estabelecimentos industriais trial ficam sujeitas aos seguintes procedimentos:
e regimes procedimentais
a) Procedimento com vistoria prévia, para os estabele-
Artigo 11.º cimentos industriais incluídos no tipo 1;
b) Procedimento sem vistoria prévia, para os estabele-
Tipologias dos estabelecimentos industriais
cimentos industriais incluídos no tipo 2;
1 — Os estabelecimentos industriais classificam-se, em c) Mera comunicação prévia, para os estabelecimentos
função do grau de risco potencial inerente à sua exploração, industriais incluídos no tipo 3.
para a pessoa humana e para o ambiente, em três tipos.
2 — São incluídos no tipo 1 os estabelecimentos cujos SUBSECÇÃO II
projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos Entidades intervenientes
por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos ou
circunstâncias:
Artigo 13.º
a) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental Entidade coordenadora
(RJAIA);
b) Regime jurídico da prevenção e controlo integrado de 1 — A entidade coordenadora é a única entidade inter-
poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II do Regime locutora do industrial em todos os contactos considerados
das Emissões Industriais (REI); necessários à boa instrução e apreciação dos procedimentos
c) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves previstos no SIR, competindo-lhe a condução, monitori-
que envolvam substâncias perigosas (RPAG); zação e dinamização dos mesmos.
d) Realização de operação de gestão de resíduos que 2 — A identificação da entidade coordenadora no pro-
careça de vistoria prévia ao início da exploração, à luz do cedimento relativo ao estabelecimento industrial é feita
regime de prevenção, produção e gestão de resíduos; de acordo com o disposto no anexo III ao SIR, do qual faz
e) Exploração de atividade agroalimentar que utilize parte integrante, em função da classificação económica da
matéria-prima de origem animal não transformada, de atividade industrial, da classificação do estabelecimento
2382 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

e da área do território onde se localiza, sem prejuízo do vações, registos, comunicações prévias com prazo, meras
disposto no número seguinte. comunicações prévias, pareceres e outros atos permissivos
3 — A entidade coordenadora é a entidade gestora da ou não permissivos de que dependa a instalação ou explo-
ZER no caso de estabelecimentos a localizar no interior ração de estabelecimento industrial;
do perímetro da ZER. n) Zelar pela inserção no «Balcão do empreendedor»
4 — Compete, nomeadamente, à entidade coordena- de todas as licenças, autorizações, aprovações, registos,
dora: pareceres e outros atos permissivos ou não permissivos
a) Designar o gestor do procedimento, responsável pelo de que dependa a instalação ou exploração da atividade
acompanhamento do procedimento e pela prossecução industrial, por parte das entidades públicas responsáveis
das competências atribuídas à entidade coordenadora em pelos respetivos procedimentos.
relação aos procedimentos que lhe sejam cometidos por
esta; 5 — O ato de designação do gestor do procedimento
b) Prestar informação e apoio técnico ao industrial, contém a determinação das competências que lhe são de-
sempre que solicitado, designadamente para esclarecer legadas, não estando sujeito a publicação no Diário da
dúvidas quanto à classificação de instalações industriais República ou na publicação oficial da entidade coorde-
ou para disponibilizar documentação de referência; nadora, devendo porém estar disponível para consulta no
c) (Revogada.) sítio institucional da entidade em causa.
d) Monitorizar a tramitação do procedimento que en- 6 — (Revogado.)
volva a emissão de títulos, licenças, autorizações, aprova- 7 — Cabe ao presidente da câmara municipal exercer as
ções, registos, pareceres e outros atos permissivos ou não competências atribuídas às câmaras municipais nos termos
permissivos de que dependa a instalação ou exploração do do SIR, podendo as mesmas ser delegadas nos vereadores,
estabelecimento industrial; com faculdade de subdelegação, ou nos dirigentes dos
e) Zelar pelo cumprimento dos prazos, incluindo os serviços municipais.
constantes da calendarização a que se refere a alínea d)
do n.º 3 do artigo 22.º, quando aplicável, reportando ao Artigo 14.º
IAPMEI, I. P., quando não seja este a entidade coordena- Entidades públicas consultadas
dora, ou à respetiva tutela, as situações de incumprimento
que não sejam imputáveis ao industrial; Nos procedimentos previstos no presente capítulo, são
f) Diligenciar no sentido de conciliar os vários interesses notificadas automaticamente pelo «Balcão do empreen-
em presença e eliminar eventuais bloqueios evidenciados dedor» para se pronunciarem, nos termos das respetivas
no procedimento e garantir o seu desenvolvimento em atribuições e competências, as seguintes entidades públicas
condições normalizadas e otimizadas; responsáveis pela emissão de licenças, autorizações, apro-
g) Analisar as solicitações de alterações e elementos vações, registos, pareceres e outros atos permissivos ou não
adicionais e reformulação de documentos, assegurando permissivos de que dependa a instalação ou exploração do
que não é solicitada ao requerente informação já disponí- estabelecimento industrial:
vel no processo ou na posse de serviços ou organismos da a) A Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA, I. P.);
Administração Pública no âmbito do sistema de informação b) (Revogada.)
dos estabelecimentos industriais; c) A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT);
h) Coligir e integrar o conteúdo das solicitações referi- d) A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
das na alínea anterior, para as concentrar, se possível num Regional (CCDR) territorialmente competente;
único pedido, a dirigir ao requerente nos termos e prazos e) (Revogada.)
previstos no SIR; f) A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV);
i) Reunir com o requerente e com o responsável técnico g) A Direção-Geral da Energia e Geologia (DGEG);
do projeto, sempre que tal se revele necessário; h) O Instituto Português da Qualidade, I. P. (IPQ, I. P.);
j) Reunir e comunicar com as demais entidades interve- i) As autarquias locais competentes;
nientes, designadamente por meios eletrónicos, tendo em j) Outras entidades públicas cuja intervenção se revele
vista a informação recíproca, a calendarização articulada necessária à instalação e exploração do estabelecimento
dos atos e formalidades, o esclarecimento e a concertação industrial, quando tal se encontre previsto em portaria
de posições, a identificação de obstáculos ao prossegui- dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
mento do processo, bem como as alternativas para a res- modernização administrativa, da economia e da tutela das
petiva superação; entidades em causa.
k) Promover a realização de vistorias por parte das enti-
dades públicas consultadas, podendo, quando considerado
SUBSECÇÃO III
adequado, acompanhar a realização das mesmas, assegu-
rando a conciliação dos vários interesses em presença e a Pronúncia das entidades públicas
eliminação de eventuais bloqueios;
l) Disponibilizar ao requerente e ou às entidades pú- Artigo 15.º
blicas consultadas informação sobre o andamento dos Âmbito da pronúncia
procedimentos relativos à instalação e exploração de es-
tabelecimento industrial; 1 — Sem prejuízo das atribuições de concertação de
m) Elaborar, atualizar e disponibilizar no «Balcão do posições e de pronúncia integrada que a legislação cometa
empreendedor» toda a informação relativa à tramitação à APA, I. P., e às CCDR competentes, qualquer entidade
necessária à emissão de títulos digitais exigíveis para a referida no artigo anterior que se pronuncie nos procedi-
instalação e exploração de estabelecimento industrial, bem mentos previstos no SIR deve fazê-lo exclusivamente sobre
como a que respeite às demais licenças, autorizações, apro- áreas que se incluam no âmbito das respetivas atribuições
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2383

e competências legalmente previstas, apreciando apenas as legais e regulamentares aplicáveis, bem como os constan-
questões que lhe estejam expressamente cometidas por lei, tes de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
considerando-se não vinculativas as pronúncias que versem outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
sobre matérias alheias às respetivas competências. a instalação ou exploração do estabelecimento industrial
2 — (Revogado.) ou da ZER, que integrem o respetivo título digital emitido
3 — (Revogado.) no âmbito do SIR.
4 — As licenças, autorizações, aprovações, registos,
comunicações prévias com prazo, meras comunicações SUBSECÇÃO IV
prévias, pareceres e outros atos permissivos ou não permis-
sivos de que dependa a instalação ou exploração de estabe- Articulação com regimes conexos
lecimento industrial podem ser entregues pelo requerente
com o pedido de emissão do título digital de instalação e Artigo 17.º
ou exploração, não havendo lugar a pronúncia pela enti- Articulação com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação
dade pública respetiva, ao abrigo dos artigos 23.º ou 31.º,
conforme aplicável, desde que se mantenham inalterados 1 — As operações urbanísticas a realizar para instalação
os respetivos pressupostos de facto ou de direito. de estabelecimentos industriais regem-se pelo Regime Ju-
5 — A verificação da manutenção dos pressupostos rídico da Urbanização e Edificação (RJUE), sem prejuízo
de facto ou de direito a que se refere o número anterior é do disposto nos números seguintes e no artigo seguinte.
efetuada pela entidade pública aí referida, no período de 2 — Tratando-se de estabelecimento industrial do tipo 1
verificação de elementos instrutórios, nos termos e com ou do tipo 2 cuja instalação ou alteração envolva a re-
os efeitos previstos no n.º 7 do artigo 21.º e no n.º 7 do alização de operação urbanística de urbanização ou de
artigo 30.º, conforme aplicável. edificação sujeita a controlo prévio nos termos do RJUE,
6 — É dispensada a entrega das licenças, autorizações, o título digital de instalação ou de instalação e exploração,
aprovações, registos, comunicações prévias com prazo, conforme aplicável, não pode ser emitido sem que sejam
meras comunicações prévias, pareceres e outros atos per- apresentados os seguintes elementos:
missivos ou não permissivos referidos no n.º 4 quando o a) Aprovação do projeto de arquitetura; ou
interessado preste consentimento à sua obtenção oficiosa, b) Informação prévia favorável, requerida nos termos
devendo nesse caso a entidade consultada proceder, através do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE.
do «Balcão do empreendedor», à respetiva integração no
procedimento. 3 — Os elementos referidos no número anterior devem
Artigo 16.º ser apresentados aquando do pedido do título digital de
Prazos e efeitos do incumprimento dos prazos instalação ou de instalação e exploração, sem prejuízo de
o requerente poder apresentar declaração de que opta por
1 — Os prazos previstos no SIR são contados nos se- diferir a respetiva entrega até ao final do prazo de emissão
guintes termos: do referido título.
a) Os prazos contam-se em dias úteis; 4 — Caso o requerente não apresente os elementos a
b) Os prazos não se interrompem em caso algum; que se refere o n.º 2 até ao final do prazo para emissão do
c) Os prazos são suspensos nos termos previstos no SIR; título digital de instalação ou de instalação e exploração,
d) Os prazos prevalecem sobre quaisquer normas legais é o mesmo notificado para apresentar os elementos em
ou regulamentares previstas nos regimes procedimentais falta até um prazo máximo de seis meses, sob pena de
a que se refere o artigo 1.º do SIR; o procedimento vir a ser declarado deserto, nos termos
e) Os prazos previstos no anexo IV ao SIR não são cumu- do disposto no artigo 132.º do Código do Procedimento
lativos, prevalecendo, no caso de serem aplicáveis dois Administrativo.
ou mais regimes aí previstos o prazo decisório máximo 5 — Tratando-se de estabelecimento industrial de tipo 3
mais longo. cuja instalação, ampliação ou alteração envolva a realização
de operação urbanística sujeita a controlo prévio, deve ser
2 — Na falta de disposição especial, o prazo para a obtida autorização de utilização ou certidão comprovativa
realização de quaisquer comunicações entre as entidades do respetivo deferimento tácito antes de ser apresentada a
intervenientes, ou entre estas e o requerente, ou para a mera comunicação prévia ao abrigo do SIR.
prática de quaisquer atos, é de 5 dias. 6 — Sempre que se aplique o RPAG, a consulta de en-
3 — Na ausência de inserção no «Balcão do empreen- tidades da administração central que se devam pronunciar
dedor» de licença, autorização, aprovação, registo, parecer, em razão da localização é efetuada no âmbito deste regime.
outros atos permissivos ou não permissivos necessários à 7 — Sempre que a instalação ou alteração do estabele-
instalação e ou exploração de estabelecimento industrial cimento industrial se insira numa área licenciada ou con-
ou de ZER por parte da entidade pública competente nos cessionada para a exploração de recursos geológicos e o
prazos previstos no SIR, considera-se que a mesma se pro- mesmo esteja relacionado com tal exploração, não há lugar
nunciou em sentido favorável à pretensão do requerente ou à aprovação da localização, sem prejuízo do cumprimento
que foi tacitamente deferida a pretensão do particular, sem das normas de planeamento territorial e do regime das
necessidade de qualquer ulterior ato de entidade adminis- servidões administrativas e restrições de utilidade pública.
trativa ou autoridade judicial, consoante aplicável.
4 — Nos casos previstos no número anterior, e não se Artigo 18.º
verificando nenhuma causa de não emissão do título digital Equilíbrio urbano e ambiental
relevante prevista no SIR, é o mesmo emitido.
5 — A instalação e a exploração de estabelecimento 1 — O início da exploração do estabelecimento indus-
industrial ou de ZER devem cumprir os condicionamentos trial de tipo 1, 2 ou 3 que envolva a realização de uma
2384 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

operação urbanística sujeita a controlo prévio, depende emissão de título digital nos termos do SIR, quando desti-
da prévia emissão pela câmara municipal territorialmente nadas à venda ao consumidor final de produtos produzidos
competente de título de autorização de utilização ou de nesses estabelecimentos, ou a restauração e bebidas, não
certidão comprovativa do respetivo deferimento tácito. carecem de qualquer outro título para além do exigido
2 — Não pode ser emitido o alvará de licença ou apre- relativamente ao estabelecimento industrial ao abrigo do
sentada a comunicação prévia, de operação urbanística SIR, sempre que, à luz da legislação aplicável ao acesso e
que preveja o uso industrial, sem que seja emitido o título exercício da atividade de comércio e de restauração e be-
digital de instalação ou de instalação e exploração, con- bidas, a respetiva exploração esteja sujeita a procedimento
soante for aplicável. de mera comunicação prévia.
3 — Quando verifique a inexistência de impacte re- 2 — No caso de secções acessórias referidas no número
levante no equilíbrio urbano e ambiental, pode a câmara anterior, cuja exploração, à luz da legislação aplicável ao
municipal territorialmente competente declarar compatível acesso e exercício da atividade de comércio e de restaura-
com uso industrial o alvará de autorização de utilização de ção e bebidas, esteja sujeita a procedimento de autorização,
edifício ou sua fração autónoma destinado: o industrial pode optar pela obtenção dessa autorização no
a) Ao uso de comércio, serviços ou armazenagem, no quadro dos procedimentos previstos no SIR.
caso de se tratar de estabelecimento industrial a que se 3 — Nas situações previstas no número anterior, a
refere a parte 2-B do anexo I ao SIR; obtenção da autorização aí referida é desencadeada pela
b) Ao uso de habitação, no caso de se tratar de estabele- entidade coordenadora do procedimento SIR junto da
cimento abrangido pela parte 2-A do anexo I ao SIR. entidade competente para a sua emissão, aplicando-se o
procedimento com vistoria, exceto nos casos em que o
4 — O procedimento para a obtenção da declaração estabelecimento industrial e respetiva secção acessória
de compatibilidade referida no número anterior rege-se, não careçam de vistoria prévia à exploração, à face dos
com as necessárias adaptações, pelo regime procedimental regimes jurídicos que lhe são aplicáveis.
aplicável à autorização de utilização de edifícios as suas 4 — A existência de secção acessória em estabeleci-
frações constante do RJUE, sendo tal declaração, quando mento industrial é automaticamente comunicada à Direção-
favorável, inscrita, por simples averbamento, no título de Geral das Atividades Económicas, através do «Balcão do
autorização de utilização já existente. empreendedor», aquando da emissão do título digital do
estabelecimento industrial.
Artigo 19.º
Projeto de instalação, fornecimento e produção de energia SECÇÃO II

1 — Os projetos de eletricidade e de produção de ener- Procedimento de instalação e exploração com realização


gia térmica, instruídos nos termos da legislação aplicável, de vistoria prévia
são entregues:
SUBSECÇÃO I
a) À entidade coordenadora, que os remete às entidades
competentes para os devidos efeitos; ou Procedimento de autorização prévia individualizada
b) Diretamente junto das entidades competentes para a
sua apreciação, devendo nesse caso o industrial fazer prova Artigo 20.º
da sua entrega junto da entidade coordenadora. Objeto do procedimento

2 — No caso de instalações elétricas já existentes, o 1 — O procedimento para a instalação e exploração de


projeto de eletricidade pode ser substituído por declaração um estabelecimento industrial de tipo 1 envolve:
da entidade competente para o licenciamento elétrico, da a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações,
qual conste a aprovação do projeto das referidas instala- registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não per-
ções elétricas. missivos de que dependa a instalação ou exploração de
Artigo 19.º-A estabelecimento industrial de tipo 1;
Articulação com regimes ambientais
b) A emissão de um título digital de instalação, que titule
o direito do requerente a executar o projeto de instalação
1 — O procedimento de AIA relativo ao projeto de de estabelecimento industrial de tipo 1;
execução, bem como os procedimentos de notificação c) A realização de uma vistoria; e
e de aprovação do relatório de segurança e de emissão d) A emissão de um título digital de exploração, que
de título ou informação prévia de utilização de recursos titula o direito a explorar o estabelecimento industrial de
hídricos são integrados no SIR nos termos do disposto no tipo 1 nas condições definidas no respetivo título digital
n.º 1 do artigo 1.º de exploração.
2 — Sempre que esteja em causa a instalação de esta-
belecimento industrial cuja submissão a AIA deva ser de- 2 — (Revogado.)
cidida com base numa análise caso a caso à luz do RJAIA, 3 — (Revogado.)
é aplicável, com as devidas adaptações, o disposto no
artigo 39.º-A. Artigo 21.º
Artigo 19.º-B Pedido de título digital de instalação
Venda ao público em estabelecimentos industriais
1 — O procedimento para a emissão de título digital de
1 — As secções acessórias inseridas em estabelecimen- instalação é iniciado com a apresentação, no «Balcão do
tos industriais cuja instalação e exploração dependa da empreendedor», de um pedido de emissão de título digital
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2385

de instalação, acompanhado dos respetivos elementos ins- 11 — Submetidos os elementos a que se refere o número
trutórios, nos termos a definir por portaria dos membros anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica automática
do Governo responsáveis pelas áreas da modernização e imediatamente a entidade coordenadora e as entidades
administrativa, da economia, do ambiente e da agricultura. públicas consultadas, para que, no prazo de cinco dias a
2 — Submetido o pedido nos termos do número anterior, contar da junção ao processo dos elementos adicionais, a
o «Balcão do empreendedor» emite automática e imedia- entidade coordenadora, após articulação com as entidades
tamente a guia para pagamento da taxa devida pelo pedido públicas consultadas, profira despacho de indeferimento
de emissão de título digital de instalação. liminar, se verificar que subsiste a não conformidade com
3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão os condicionamentos legais e regulamentares.
do empreendedor» emite, automática e imediatamente: 12 — Decorrido o prazo previsto no número anterior
sem que seja proferido o despacho de indeferimento limi-
a) Comprovativo do pagamento da taxa devida, identi- nar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata e auto-
ficando, sempre que possível, as entidades públicas cuja maticamente o comprovativo eletrónico previsto no n.º 9.
consulta seja obrigatória ao abrigo do SIR;
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida- Artigo 22.º
des públicas a consultar, informando que o procedimento
iniciado se encontra disponível para verificação. Conferência de entidades intervenientes
1 — No prazo de 5 dias contado a partir da data do pe-
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão de dido de emissão de título digital de instalação, a entidade
título digital de instalação é a data indicada no comprova- coordenadora, sempre que o entender conveniente, convoca
tivo a que se refere a alínea a) do número anterior. as entidades públicas a consultar para uma reunião, a ter
5 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido, lugar, preferencialmente, através de videoconferência, no
a entidade coordenadora profere: prazo máximo de 20 ou 10 dias contados da data do pedido,
consoante se trate, ou não, de pedido de título digital de
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual
instalação abrangida pelo RJAIA ou RPAG.
especifica em concreto os elementos em falta, bem como, 2 — Não há lugar à reunião referida no número anterior
se for caso disso, os esclarecimentos necessários à boa quando o pedido de emissão de título digital de instalação
instrução do procedimento, caso se verifiquem desconfor- estiver instruído com os elementos que dispensam a pro-
midades sanáveis entre o pedido e respetivos elementos núncia das entidades públicas nos termos do disposto no
instrutórios e os condicionamentos legais e regulamentares n.º 3 do artigo seguinte.
aplicáveis; ou 3 — A agenda da reunião inclui obrigatoriamente:
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse-
quente extinção do procedimento, se a não conformidade a) O ponto de situação do processo e seus eventuais
com os condicionamentos legais e regulamentares for in- antecedentes;
suscetível de suprimento ou correção. b) A identificação de eventuais elementos instrutórios
em falta ou da sua não conformidade com os condiciona-
6 — O prazo referido no número anterior é de 25 dias no mentos legais e regulamentares aplicáveis;
caso de pedidos de título digital de instalação abrangidos c) A identificação de possíveis condicionantes e obstácu-
pelo RJAIA, RPAG ou REI. los ao projeto e respetivas implicações procedimentais;
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 5, d) O cronograma dos procedimentos a desenvolver, de-
as entidades públicas notificadas ao abrigo da alínea b) do talhando o circuito do processo, as obrigações processuais
n.º 3, se verificarem a existência de omissões ou irregulari- do proponente e uma calendarização da Administração
dades no pedido solicitam à entidade coordenadora, até ao Pública em matéria de formalidades, que preveja a redução,
décimo dia do prazo a que se refere o n.º 5, por uma só vez, sempre que possível, dos prazos máximos fixados na lei.
que o requerente seja convidado a suprir aquelas omissões
ou irregularidades ou pronunciam-se em sentido favorável 4 — (Revogado.)
ao indeferimento liminar do pedido quando considerem 5 — A entidade coordenadora regista as conclusões
que as mesmas não são sanáveis. da conferência procedimental em ata subscrita pelos in-
8 — No caso de pedidos de título digital de instalação tervenientes, a qual é por si inserida na área reservada
da empresa no «Balcão do empreendedor», e acessível à
abrangidos pelo RJAIA, RPAG ou REI, a solicitação re-
entidade coordenadora, às entidades públicas consultadas
ferida no número anterior pode ser remetida à entidade
e ao requerente, proferindo, se for caso disso, despacho
coordenadora até ao vigésimo dia do prazo a que se refere nos termos do n.º 5 ou 6 do artigo anterior, conforme apli-
o n.º 6. cável.
9 — Decorrido o prazo previsto nos n.os 5 ou 6, conforme 6 — O requerente pode ser convidado pela entidade
aplicável, sem que ocorra convite ao aperfeiçoamento ou coordenadora a participar na reunião referida no n.º 1 a fim
indeferimento liminar do pedido, o «Balcão do empreen- de prestar os esclarecimentos sobre o respetivo pedido.
dedor» emite imediata e automaticamente comprovativo
eletrónico onde conste a data de apresentação do pedido de Artigo 23.º
emissão de título de instalação e a menção expressa à sua
regular instrução, não podendo ser solicitados quaisquer Pronúncia das entidades públicas no procedimento
para a emissão de título digital de instalação
elementos adicionais.
10 — Tendo sido proferido despacho de convite ao aper- 1 — As entidades públicas competentes para emissão de
feiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de 45 dias licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou outros
para corrigir ou completar o pedido, sob pena de indefe- atos permissivos ou não permissivos, nos termos do ar-
rimento liminar. tigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do procedimento para
2386 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

emissão do título digital de instalação, em cumprimento estabelecimento industrial, quando as entidades públicas
da calendarização a que se refere a alínea d) do n.º 3 do respetivas não se tenham pronunciado, sem prejuízo do
artigo anterior, quando aplicável, ou nos prazos máximos disposto no n.º 5.
para pronúncias previstos no anexo IV ao SIR, a contar
da data do pedido, devendo inserir a respetiva licença, 4 — O título digital de instalação não é emitido quando
autorização, aprovação, registo, parecer ou outros atos ocorra uma das seguintes circunstâncias:
permissivos ou não permissivos no «Balcão do empreen-
a) DIA desfavorável ou não conformidade do projeto de
dedor» nesse prazo.
execução com a DIA, conforme inscrito no Título Único
2 — A inserção das pronúncias referidas no número
Ambiental (TUA);
anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada au- b) Indeferimento do pedido de licença ambiental inscrito
tomática e imediatamente ao requerente e à entidade co- no TUA;
ordenadora. c) Indeferimento do pedido de aprovação do relatório
3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade de segurança ou parecer negativo da APA, I. P., relativo à
pública competente, quando: compatibilidade da localização, conforme inscrito no TUA;
a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas d) Indeferimento do pedido de título de emissão de gases
padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos termos com efeito de estufa, inscrito no TUA;
e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º; e) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pedido
b) For junto ao procedimento licença, autorização, de informação prévia de utilização de recurso hídricos em
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou instalações industriais, inscrito no TUA;
não permissivo que mantenha a sua validade, desde que f) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de gestão de resíduos, inscrito no TUA;
facto ou de direito; g) (Revogada.)
c) For junto ao procedimento relatório de avaliação da h) Decisão desfavorável quanto à atribuição do nú-
conformidade com a legislação aplicável; mero de controlo veterinário ou número de identificação
d) For junto ao procedimento relatório de avaliação da individual, consoante se trate de operador no setor dos
conformidade com a legislação aplicável na área técnica géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal
da saúde e segurança no trabalho elaborado por entidade ou do setor dos alimentos para animais, respetivamente,
acreditada. quando tal atribuição seja exigível nos termos da legislação
aplicável;
4 — (Revogado.) i) Falta de apresentação da aprovação do projeto de
5 — (Revogado.) arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se
6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada refere o n.º 2 do artigo 17.º
suspende-se na data em que é remetida à entidade coor-
denadora a solicitação a que se referem os n.os 7 e 8 do 5 — O título digital de instalação pode ser emitido antes
artigo 21.º, retomando o seu curso após a data da emissão da decisão final nos procedimentos de licença ambiental, de
do comprovativo eletrónico de regular instrução mencio- título de utilização de recursos hídricos, de título de emis-
nado no n.º 12 do artigo 21.º são de gases com efeito de estufa, de parecer ou licença de
operação de gestão de resíduos, de atribuição do número
Artigo 24.º de controlo veterinário ou do número de identificação
individual e de autorização de equipamentos a instalar
Título digital de instalação em estabelecimento industrial abrangidos por legislação
1 — O título digital de instalação contém cópia inte- específica, que são apenas condição do título digital de
gral das pronúncias das entidades consultadas, incluindo exploração do estabelecimento.
das condições a observar pelo requerente na execução do 6 — O título digital de instalação é emitido de forma
projeto e na exploração do estabelecimento industrial, ou eletrónica e automática pelo «Balcão do empreendedor»,
a menção do decurso do prazo para esse efeito. sendo enviada notificação ao requerente, à entidade coor-
2 — Quando das pronúncias das entidades consultadas denadora, à câmara municipal territorialmente competente,
resultem incompatibilidades suscetíveis de inviabilizarem a às entidades públicas consultadas, bem como às entidades
execução do projeto e ou a exploração do estabelecimento cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3 do
industrial, a entidade coordenadora promove as ações ne- artigo 23.º
cessárias à concertação de posições, para que, no prazo a 7 — Verificando-se uma causa de não emissão do tí-
que se refere o número seguinte, as entidades consultadas tulo digital de instalação, nos termos previstos no n.º 4, o
procedam à eventual alteração das pronúncias no sentido «Balcão do empreendedor» envia notificação às entidades
da conciliação dos vários interesses em presença. referidas no número anterior.
3 — O título digital de instalação é emitido no prazo
máximo de 10 dias contados da verificação de uma das Artigo 25.º
seguintes circunstâncias: Pedido de título digital de exploração
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última das 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o requerente
licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres, atos deve apresentar, no «Balcão do empreendedor», um pedido
permissivos ou não permissivos necessários à instalação de emissão de título digital de exploração, acompanhado
do estabelecimento industrial; ou dos respetivos elementos instrutórios, nos termos definidos
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, au- na portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
torizações, aprovações, registos, pareceres ou atos per- 2 — Submetido o pedido nos termos no número anterior,
missivos ou não permissivos necessários à instalação do o «Balcão do empreendedor» emite automática e imedia-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2387

tamente a guia para pagamento da taxa devida pelo pedido 6 — A realização de uma vistoria única nos termos
de emissão de título digital de exploração. do número anterior não prejudica o disposto no n.º 6 do
3 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão artigo 65.º do RJUE.
do empreendedor» emite, automática e imediatamente: 7 — Os resultados da vistoria são registados em auto
de vistoria, em formato eletrónico e ou em papel, do qual
a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa devida; devem constar os seguintes elementos:
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida-
des públicas consultadas que o procedimento iniciado se a) Validação dos elementos instrutórios a que se refere
o n.º 1 do artigo anterior;
encontra disponível para verificação. b) Conformidade ou desconformidade do estabeleci-
mento industrial com os condicionamentos legais e regu-
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do lamentares, com o projeto aprovado e com as condições
título digital de exploração é a data indicada no recibo a integradas no título digital de instalação;
que se refere a alínea a) do número anterior. c) Identificação das desconformidades que necessitam
5 — (Revogado.) de correção;
6 — (Revogado.) d) Posição sobre a procedência ou improcedência de
7 — (Revogado.) reclamações apresentadas na vistoria;
8 — (Revogado.) e) Proposta de decisão final sobre o pedido de título
9 — (Revogado.) digital de exploração.
10 — (Revogado.)
11 — (Revogado.) 8 — Quando a proposta de indeferimento se fundar em
12 — (Revogado.) desconformidade das instalações industriais com condi-
13 — (Revogado.) cionamentos legais e regulamentares ou com as condições
14 — (Revogado.) fixadas, ainda que por remissão, no título digital de insta-
lação, o auto de vistoria deve indicar as razões pelas quais
aquela desconformidade assume relevo suficiente para a
Artigo 25.º-A não emissão do título digital de exploração.
Vistoria prévia ao início da exploração 9 — Se as desconformidades identificadas forem
passíveis de correção em prazo razoável deve o auto de
1 — A vistoria prévia ao início da exploração de esta- vistoria propor a emissão de título digital de exploração
belecimento industrial tem lugar dentro dos 30 dias sub- condicionado à execução das correções necessárias dentro
sequentes à data de apresentação do pedido de emissão do de um prazo razoável ou ao cumprimento das condições
título digital de exploração. constantes do mesmo.
2 — A data para a realização da vistoria é comunicada, 10 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos
com a antecedência mínima de 10 dias, pela entidade coor- intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as
denadora ao requerente e a todas as entidades consultadas respetivas declarações individuais, devidamente assinadas,
ao abrigo do artigo 23.º, as quais devem designar os seus sendo submetido pela entidade coordenadora no «Balcão
representantes e indicar os técnicos e ou peritos que as do empreendedor» no último dia de realização da vistoria
representarão, podendo ainda a entidade coordenadora, ou nos cinco dias subsequentes à conclusão da mesma e
caso considere conveniente, convocar outros técnicos e disponibilizado ao requerente e às entidades intervenientes.
peritos. 11 — Não sendo realizada a vistoria no prazo referido
no n.º 1 por motivo não imputável ao requerente, este, sem
3 — A vistoria é agendada pela entidade coordenadora,
prejuízo dos meios graciosos e contenciosos ao seu dispor,
após articulação com as entidades intervenientes, e pode pode recorrer a entidades acreditadas para proceder à sua
ter lugar em: realização, devendo observar, as seguintes condições:
a) Dias fixos, e neste caso implica a presença conjunta e a) Ser conduzida por uma ou mais entidades acreditadas
simultânea no estabelecimento industrial dos representan- nos termos previstos no capítulo VI;
tes, técnicos e peritos referidos no número anterior; b) Observar o disposto nos n.os 7, 8 e 9.
b) Qualquer dia de determinado período, que não deve
exceder uma semana, e, neste caso, os representantes, técni- 12 — As entidades acreditadas que tenham procedido à
cos e peritos referidos no número anterior podem executar vistoria disponibilizam o respetivo resultado no «Balcão
as respetivas missões em dias diferentes dentro do período do empreendedor», dentro dos cinco dias subsequentes à
determinado, sem necessidade da presença simultânea de sua realização.
todos no estabelecimento industrial.
Artigo 25.º-B
4 — Decorrido o prazo previsto no n.º 1 para a reali- Título digital de exploração
zação da vistoria sem que esta seja realizada, por motivo
não imputável ao requerente, as entidades beneficiárias da 1 — A exploração de estabelecimento industrial só pode
taxa a que se refere o n.º 2 do artigo anterior procedem à ter início após a emissão do título digital de exploração
devolução ao requerente do valor correspondente. nos termos previstos nos números seguintes.
5 — Se, após a apresentação do pedido de título digital 2 — O título digital de exploração contém cópia integral
de exploração for também determinada a realização de das licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres,
vistoria no âmbito do RJUE, o requerente pode solicitar atos permissivos ou não permissivos necessários à explora-
à entidade coordenadora que seja agendada uma única ção do estabelecimento industrial ou a menção do decurso
vistoria, para a qual é convocada a câmara municipal com- do prazo a que se refere o número seguinte, e ainda, se
petente nos termos do n.º 2. aplicável, as condições a observar pelo requerente na ex-
2388 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

ploração, sendo emitido imediata e automaticamente após 8 — O requerente pode iniciar a exploração do estabe-
a verificação de uma das seguintes circunstâncias: lecimento industrial logo que seja emitido o título digital
de exploração e uma vez contratado o seguro de respon-
a) Inserção no «Balcão do Empreendedor» da última das
sabilidade civil a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º
licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres, atos 9 — O requerente deve comunicar à entidade coordena-
permissivos ou não permissivos necessários à exploração dora a data de início da exploração com uma antecedência
do estabelecimento industrial; ou não inferior a cinco dias, sendo tal comunicação notificada
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, autori- automaticamente através do «Balcão do empreendedor»
zações, aprovações, registos, pareceres ou atos permissivos a todas as entidades consultadas, bem como às entidades
ou não permissivos necessários à exploração do estabeleci- cuja consulta tenha sido dispensada nos termos do n.º 3
mento industrial, quando as entidades públicas respetivas do artigo 23.º
não se tenham pronunciado. 10 — Verificando-se uma causa de não emissão do título
de exploração, nos termos previstos no n.º 6, o «Balcão do
3 — As licenças, autorizações, aprovações, registos, empreendedor» envia notificação ao requerente e demais
pareceres, atos permissivos ou não permissivos necessários entidades referidas no n.º 7.
à exploração do estabelecimento industrial são emitidas
no prazo de 10 dias contados da realização da vistoria a SUBSECÇÃO II
que se refere o artigo anterior.
4 — Se o auto de vistoria evidenciar que as condições Procedimento de autorização prévia padronizada
de exploração do estabelecimento industrial não estão con-
formes com o projeto aprovado ou com as condições esta- Artigo 26.º
belecidas no título digital de instalação do estabelecimento Objeto e âmbito do procedimento de autorização
industrial, mas as mesmas forem passíveis de correção em prévia padronizada
prazo razoável, é emitido título digital de exploração con-
dicionado à execução das correções necessárias dentro do (Revogado.)
prazo fixado no auto de vistoria, findo o qual é agendada
nova vistoria, aplicando-se o disposto no artigo 36.º Artigo 27.º
5 — O disposto no número anterior é aplicável igual- Pedido de autorização prévia padronizada
mente aos casos de medidas de correção de situações de não
(Revogado.)
cumprimento que sejam expressas nos autos de vistoria, ou
no relatório técnico das entidades acreditadas, sempre que
Artigo 28.º
tais medidas não constituam fundamento de não emissão do
título digital de exploração nos termos do número seguinte. Pronúncia de entidades públicas
6 — O título digital de exploração não é emitido quando (Revogado.)
ocorra uma das seguintes circunstâncias:
a) Desconformidade das instalações industriais com Artigo 29.º
condicionamentos legais e regulamentares ou com as Título de instalação e exploração padronizada
condições constantes do título digital de instalação desde
que o auto de vistoria ou o relatório técnico de entidade (Revogado.)
acreditada lhes atribua relevo suficiente;
b) Indeferimento do pedido de licença ambiental, ins- SECÇÃO III
crito no TUA;
c) Indeferimento de título de emissão de gases com Procedimento de instalação e exploração sem realização
efeito de estufa, inscrito no TUA; de vistoria prévia
d) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pedido
de informação prévia de utilização dos recursos hídricos Artigo 30.º
em instalações industriais, inscrito no TUA; Objeto e início do procedimento
e) Indeferimento do pedido de alvará de operação de
gestão de resíduos, inscrito no TUA; 1 — O procedimento para a instalação e exploração de
f) Falta de decisão ou decisão desfavorável quanto à um estabelecimento de tipo 2 envolve:
atribuição do número de controlo veterinário ou número de a) A obtenção das licenças, autorizações, aprovações,
identificação individual, consoante se trate de operador no registos, pareceres ou outros atos permissivos ou não per-
setor dos géneros alimentícios ou subprodutos de origem missivos de que dependa a instalação ou exploração de
animal ou do setor dos alimentos para animais respetiva- estabelecimento industrial de tipo 2; e
mente, quando tal atribuição seja exigível nos termos da b) A emissão de um título digital de instalação e ex-
legislação aplicável. ploração, que titule o direito do requerente de instalar e
explorar um estabelecimento industrial de tipo 2.
7 — A emissão de título digital de exploração é noti-
ficada, de forma eletrónica e automática, pelo «Balcão 2 — O procedimento para a emissão de título digital de
do empreendedor», ao requerente, à entidade coordena- instalação e exploração é iniciado com a apresentação, no
dora, à câmara municipal territorialmente competente, às «Balcão do empreendedor», de um pedido de emissão de
entidades públicas consultadas, bem como às entidades título digital de instalação e exploração, acompanhado dos
cuja consulta tenha sido dispensada ao abrigo do n.º 3 respetivos elementos instrutórios, nos termos definidos na
do artigo 23.º portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2389

3 — Submetido o pedido nos termos do número an- liminar, o «Balcão do empreendedor» emite imediata
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática e automaticamente o comprovativo eletrónico previsto
e imediatamente a guia para pagamento da taxa devida no n.º 8.
pelo pedido de emissão de título digital de instalação e 12 — (Revogado.)
exploração.
4 — Verificado o pagamento da taxa devida, o «Balcão Artigo 31.º
do empreendedor» emite, automática e imediatamente:
Pronúncia das entidades públicas no procedimento de instalação
a) Recibo comprovativo do pagamento da taxa devida, e exploração sem realização de vistoria
identificando, sempre que possível, as entidades públicas 1 — As entidades públicas competentes para emissão,
cuja consulta seja obrigatória; de licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou
b) Notificação da entidade coordenadora e das entida- outros atos permissivos ou não permissivos de que dependa
des públicas a consultar, informando que o procedimento a instalação e exploração do estabelecimento industrial,
iniciado se encontra disponível para verificação. nos termos do artigo 14.º, pronunciam-se, no âmbito do
procedimento a que se refere a presente secção, nos prazos
5 — Considera-se que a data do pedido de emissão do máximos para pronúncias previstos no anexo IV ao SIR,
título digital de instalação e exploração é a data indicada a contar da data do pedido, devendo inserir a respetiva
no recibo a que se refere a alínea a) do número anterior. licença, autorização, aprovação, registo, parecer ou ou-
6 — No prazo de 15 dias contados da data do pedido a tros atos permissivos ou não permissivos no «Balcão do
entidade coordenadora profere:
empreendedor» nesse prazo.
a) Despacho de convite ao aperfeiçoamento, no qual 2 — A inserção das pronúncias referidas no número
especifica em concreto os elementos em falta, bem como, anterior no «Balcão do empreendedor» é notificada au-
se for caso disso, os esclarecimentos necessários à boa tomática e imediatamente ao requerente e à entidade co-
instrução do procedimento, caso se verifiquem desconfor- ordenadora.
midades sanáveis entre o pedido e respetivos elementos 3 — Não há lugar a pronúncia da respetiva entidade
instrutórios e os condicionamentos legais e regulamentares pública competente, quando:
aplicáveis; ou
b) Despacho de indeferimento liminar, com a conse- a) O pedido esteja abrangido por condições técnicas
quente extinção do procedimento, se a não conformidade padronizadas a que o requerente tenha aderido, nos termos
com os condicionamentos legais e regulamentares for in- e condições previstos no n.º 5 do artigo 8.º;
suscetível de suprimento ou correção. b) For junto ao procedimento licença, autorização,
aprovação, registo, parecer ou outro ato permissivo ou
7 — Para os efeitos previstos nas alíneas a) e b) do nú- não permissivo que mantenha a sua validade, desde que
mero anterior, as entidades públicas notificadas ao abrigo se mantenham inalterados os respetivos pressupostos de
da alínea b) do n.º 4, se verificarem a existência de omis- facto ou de direito;
sões ou irregularidades no pedido, solicitam à entidade c) For junto ao procedimento relatório de avaliação da
coordenadora, até ao décimo dia do prazo a que se refere conformidade com a legislação aplicável na área técnica
o número anterior, por uma só vez, que o requerente seja da saúde e segurança no trabalho elaborado por entidade
convidado a suprir aquelas omissões ou irregularidades acreditada.
ou pronunciam-se em sentido favorável ao indeferimento
liminar do pedido quando considerem que as mesmas não 4 — (Revogado.)
são sanáveis. 5 — (Revogado.)
8 — Decorrido o prazo previsto no n.º 6 sem que ocorra 6 — O prazo para pronúncia da entidade consultada
convite ao aperfeiçoamento ou indeferimento liminar do suspende-se na data em que é remetida à entidade coorde-
pedido, o «Balcão do empreendedor» emite imediata e nadora a solicitação a que se refere o n.º 7 do artigo 30.º,
automaticamente comprovativo eletrónico onde conste retomando o seu curso após a data da emissão do com-
a data de apresentação do pedido de emissão de título provativo eletrónico de regular instrução mencionado no
digital de instalação e exploração e a menção à sua re- n.º 11 do mesmo artigo.
gular instrução, não podendo ser solicitados quaisquer
elementos adicionais. Artigo 32.º
9 — Tendo sido proferido despacho de convite ao aper- Título digital de instalação e exploração
feiçoamento, o requerente dispõe de um prazo de 15 dias
para corrigir ou completar o pedido, sob pena de indefe- 1 — A exploração de estabelecimento industrial de
rimento liminar. tipo 2 só pode ter início após a emissão do título digital
10 — Submetidos os elementos a que se refere o número de instalação e exploração nos termos previstos nos nú-
anterior, o «Balcão do empreendedor» notifica automática meros seguintes.
e imediatamente a entidade coordenadora e as entidades 2 — O título digital de instalação e exploração contém
públicas consultadas, para que, no prazo de 5 dias a contar cópia integral das licenças, autorizações, aprovações, re-
da junção ao processo dos elementos adicionais, a entidade gistos, pareceres, atos permissivos ou não permissivos
coordenadora, após articulação com as entidades públicas necessários à instalação e exploração do estabelecimento
consultadas, profira despacho de indeferimento liminar, se industrial ou a menção do decurso do prazo para esse efeito,
verificar que subsiste a não conformidade com os condi- e ainda, se aplicável, as condições a observar pelo reque-
cionamentos legais e regulamentares. rente na instalação e exploração, sendo emitido imediata e
11 — Decorrido o prazo previsto no número anterior automaticamente após a verificação de uma das seguintes
sem que seja proferido o despacho de indeferimento circunstâncias:
2390 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última das automaticamente através do «Balcão do empreendedor»


licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres, atos a todas as entidades consultadas, bem como às entidades
permissivos ou não permissivos necessários à instalação e cuja consulta tenha sido dispensada nos termos do n.º 3
exploração do estabelecimento industrial; ou do artigo 30.º
b) Termo do prazo para a emissão das licenças, autori- 9 — Verificando-se uma causa de não emissão do título
zações, aprovações, registos, pareceres ou atos permissivos digital de instalação e exploração, nos termos previstos no
ou não permissivos necessários à instalação e exploração n.º 5, o «Balcão do empreendedor» envia notificação ao
do estabelecimento industrial, quando as entidades públicas requerente e demais entidades referidas no n.º 6.
respetivas não se tenham pronunciado. 10 — (Revogado.)
11 — (Revogado.)
3 — Quando não haja lugar a pronúncia da entidade 12 — (Revogado.)
pública competente nos termos no n.º 3 do artigo anterior, 13 — (Revogado.)
e não ocorrendo nenhuma das circunstâncias previstas no
n.º 5, o título digital de instalação e exploração é emitido SECÇÃO IV
imediata e automaticamente na data em que seja emitido
o comprovativo de regular instrução, a que se referem os Procedimento de mera comunicação prévia
n.os 8 e 11 do artigo 30.º
4 — Sempre que haja lugar a consultas, o título digi- Artigo 33.º
tal de instalação e exploração é emitido imediata e au- Procedimento de mera comunicação prévia
tomaticamente após a verificação de uma das seguintes
circunstâncias: 1 — A exploração de estabelecimento industrial de
tipo 3 está sujeita ao regime de mera comunicação pré-
a) Inserção no «Balcão do empreendedor» da última via, sem prejuízo de o interessado poder optar pela su-
das licenças, autorizações, aprovações, registos, pareceres jeição ao procedimento aplicável aos estabelecimentos
favoráveis (ou se desfavoráveis, não vinculativos), outros de tipo 2, com vista à obtenção, de forma integrada,
atos permissivos ou não permissivos emitidos pelas enti-
dos títulos necessários à exploração do estabelecimento
dades consultadas;
industrial.
b) No termo do prazo para a pronúncia das entidades
2 — Para os efeitos previstos na parte final do número
públicas consultadas, sempre que alguma daquelas enti-
anterior, deve o interessado manifestar, no «Balcão do em-
dades não se pronuncie.
preendedor», a opção referida e identificar no formulário
correspondente as entidades a consultar para efeitos de
5 — O título digital de instalação e exploração não é obtenção dos títulos aplicáveis, cumprindo-se o disposto
emitido quando ocorra uma das seguintes circunstâncias: na secção III do presente capítulo.
a) Desconformidade das características e especifica- 3 — O procedimento de mera comunicação prévia
ções do estabelecimento industrial descritas no pedido que consiste na inserção, no «Balcão do empreendedor», dos
contrariem ou não cumpram os condicionamentos legais dados necessários à caracterização do estabelecimento
e regulamentares em vigor, desde que a pronúncia da en- industrial e respetiva atividade, bem como do título de
tidade consultada atribua a tais desconformidades relevo utilização de recursos hídricos inscrito no TUA, quando
suficiente para a não emissão do título digital de instalação legalmente exigível, acompanhado de aceitação de termo
e exploração do estabelecimento industrial; de responsabilidade do cumprimento das exigências legais
b) Indeferimento dos pedidos de título de emissão de aplicáveis à atividade industrial, nos termos definidos na
gases com efeito de estufa, inscrito no TUA; portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
c) Indeferimento de título ou de decisão sobre o pedido 4 — Submetidos os dados nos termos do número an-
de informação prévia de utilização de recursos hídricos em terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática e
instalações industriais, inscrito no TUA; imediatamente o título digital de exploração e a guia para
d) Indeferimento do pedido de alvará de operação de pagamento da taxa devida.
gestão de resíduos, inscrito no TUA; 5 — Considera-se que a data da mera comunicação
e) Falta de apresentação da aprovação do projeto de prévia é a data indicada no título digital a que se refere o
arquitetura ou da informação prévia favorável, a que se número anterior.
refere o n.º 2 do artigo 17.º
Artigo 34.º
6 — O título digital de instalação e exploração é emi- Início de exploração
tido de forma eletrónica e automática pelo «Balcão do
empreendedor», sendo enviada notificação ao requerente, 1 — A exploração de estabelecimento industrial de
à entidade coordenadora, à câmara municipal territorial- tipo 3 só pode ter início após a emissão do título digital
mente competente, às entidades públicas consultadas, bem referido no artigo anterior e do pagamento da taxa cor-
como às entidades cuja consulta tenha sido dispensada ao respondente, quando a mesma seja devida nos termos do
abrigo do n.º 3 do artigo anterior. disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 81.º
7 — O requerente pode iniciar a exploração do estabele- 2 — A exploração dos estabelecimentos de tipo 3 está
cimento industrial logo que seja emitido o título digital de sujeita a todas as exigências legais em vigor e aplicáveis
instalação e exploração e uma vez contratado o seguro de ao imóvel onde está situado, bem como aos condicio-
responsabilidade civil a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º namentos legais e regulamentares aplicáveis à atividade
8 — O requerente deve comunicar à entidade coordena- industrial, designadamente em matéria de ambiente, segu-
dora a data de início da exploração com uma antecedência rança e saúde no trabalho, segurança alimentar e segurança
não inferior a 5 dias, sendo tal comunicação notificada contra incêndio em edifícios.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2391

SECÇÃO V da vistoria ou nos cinco dias subsequentes à conclusão


da mesma e disponibilizado ao requerente e às entidades
Controlo, reexame, suspensão e cessação
da exploração industrial intervenientes.
8 — O título digital de exploração é sempre atualizado
pela entidade coordenadora na sequência da realização das
SUBSECÇÃO I
vistorias de conformidade.
Vistorias de conformidade e reexame
Artigo 37.º
Artigo 35.º Vistorias de reexame
Vistoria prévia ao início da exploração
1 — Os estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2
(Revogado.) estão sujeitos a reexame global das respetivas condições
de exploração, após terem decorrido sete anos, contados
Artigo 36.º a partir da data de emissão do título digital de exploração
ou da data da última atualização do mesmo, sem prejuízo
Vistorias de conformidade
do que for exigido por legislação específica.
1 — As vistorias de conformidade são agendadas pela 2 — Se o estabelecimento industrial estiver sujeito ao
entidade coordenadora, após articulação com as entidades RJPCIP, a que se refere o capítulo II do REI, o reexame
públicas intervenientes nos procedimentos de instalação e global previsto no número anterior deve ter lugar nos seis
exploração aplicáveis ao estabelecimento industrial, e têm meses que antecedem o fim do período de validade da
as seguintes finalidades: licença ambiental, emitida nos termos do disposto no ar-
tigo 40.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
a) Verificação do cumprimento dos condicionamentos 3 — (Revogado.)
legais ou das condições constantes do título digital de 4 — O reexame das condições de exploração do esta-
instalação e ou exploração; belecimento industrial contempla a realização de vistorias
b) Instrução e apreciação de alterações à instalação cuja agenda deve ser comunicada pela entidade coorde-
industrial; nadora, com a antecedência mínima de 30 dias relativa-
c) Análise de reclamações e recursos hierárquicos; mente à data prevista para a sua realização, ao requerente,
d) Verificação do cumprimento de medidas impostas à câmara municipal territorialmente competente e a todas
no âmbito de decisões proferidas sobre reclamações e as entidades públicas que, nos termos da lei, se devem
recursos hierárquicos; pronunciar sobre as condições de exploração do estabele-
e) Verificação do cumprimento de medidas impostas cimento em causa.
aquando da desativação definitiva do estabelecimento in- 5 — É aplicável às vistorias de reexame o regime das
dustrial; vistorias prévias previsto no artigo 25.º-A, com as devidas
f) A pedido do industrial. adaptações.
6 — O título digital de exploração é sempre atualizado
2 — (Revogado.) pela entidade coordenadora na sequência da realização das
3 — É aplicável às vistorias de conformidade o regime vistorias de conformidade.
das vistorias prévias previsto no artigo 25.º-A, com as 7 — A não realização atempada da vistoria de reexame,
devidas adaptações. por motivo não imputável ao industrial, não prejudica a
4 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, continuidade da exploração do estabelecimento industrial.
para efeitos de verificação do cumprimento das condições
fixadas nos títulos de exploração emitidos, a entidade co- SUBSECÇÃO II
ordenadora pode agendar a realização, no máximo, de três
Suspensão, reinício e cessação da atividade industrial
vistorias de conformidade à instalação industrial.
5 — Se a terceira vistoria de conformidade revelar
Artigo 38.º
que ainda não estão cumpridas todas as condições ante-
riormente impostas, a entidade coordenadora, após ar- Suspensão, reinício, cessação da atividade e alteração
ticulação com as entidades públicas intervenientes nos de titularidade ou denominação
procedimentos de instalação e exploração aplicáveis ao 1 — As situações de suspensão por mais de um ano, o
estabelecimento industrial, toma as medidas cautelares reinício ou a cessação da atividade industrial, bem como
e as providências necessárias, entre as quais se inclui a a alteração da titularidade ou da denominação social
suspensão, caso se considerem sanáveis as inconformida- do titular do estabelecimento industrial, são comunica-
des detetadas, ou o encerramento da instalação industrial, das pelo requerente à entidade coordenadora através do
caso contrário. «Balcão do empreendedor» no prazo máximo de 30 dias
6 — Os estabelecimentos que obtiveram a exclusão contados da data do facto que lhes deu origem, sendo
do regime de prevenção e controlo integrado da poluição automaticamente notificadas à entidade coordenadora,
estão sujeitos a verificação das condições de exclusão às demais entidades intervenientes e à DGAV, caso se
impostas e a vistorias de conformidade, com periodicidade trate de estabelecimento industrial do setor alimentar
mínima anual. que utilize matérias-primas de origem animal não trans-
7 — O auto de vistoria é elaborado e assinado pelos formadas, do setor dos subprodutos animais e do setor
intervenientes na vistoria, podendo conter em anexo as dos alimentos para animais, sem prejuízo do disposto
respetivas declarações individuais, devidamente assi- no número seguinte.
nadas, sendo submetido pela entidade coordenadora no 2 — No caso de estabelecimentos industriais abrangi-
«Balcão do empreendedor» no último dia de realização dos pelo RJPCIP, a que se refere o capítulo II do REI, a
2392 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

cessação do exercício da atividade industrial é objeto de d) De tipo 1 ou 2 que, não se encontrando abrangida
comunicação pelo requerente à entidade coordenadora, pelo n.º 1, implique, por si mesma, ou por efeito acumulado
através do «Balcão do empreendedor», com a antecedência de anteriores alterações, um aumento superior a 30 % da
mínima de três meses relativamente à data prevista para capacidade produtiva existente ou a 30 % da área edificada
a cessação. do estabelecimento industrial;
3 — A inatividade de um estabelecimento industrial e) De tipo 3 que implique a sua classificação como
por um período igual ou superior a três anos determina a estabelecimento de tipo 2;
caducidade do título digital de exploração. f) De qualquer tipo, que implique a alteração das carac-
4 — No caso previsto no número anterior, a subsequente terísticas de efluentes rejeitados após tratamento ou dos
pretensão de reinício de atividade é sujeita à disciplina volumes titulados, bem como das áreas do domínio hídrico
imposta às instalações novas. ocupadas, nos termos do disposto no regime de utilização
5 — Sempre que o período de inatividade de estabe- de recursos hídricos.
lecimento industrial de tipo 1 seja superior a um ano e
inferior a três anos, o requerente apresenta, antes de rei- 4 — Fica sujeita a procedimento de mera comunicação
niciar a exploração, um pedido de vistoria, aplicando-se prévia a alteração a estabelecimento industrial de tipo 3
as disposições previstas para as vistorias prévias previstas que não se encontre abrangida pelo disposto nos n.os 1
no artigo 25.º-A, podendo ser impostas pela entidade co- e 3, que implique a alteração da atividade económica,
ordenadora, após articulação com as entidades públicas classificada de acordo com a respetiva CAE, exercida no
intervenientes, novas condições de exploração, sempre estabelecimento.
que tal se revele necessário ao cumprimento dos condi- 5 — O âmbito dos procedimentos de alteração de es-
cionamentos legais e regulamentares em vigor, através de tabelecimento referidos nos números anteriores e das
decisão fundamentada. respetivas avaliações técnicas limita-se aos elementos e
6 — As comunicações a que se refere o n.º 1 são aver- partes da instalação industrial que possam ser afetados
badas automaticamente no título digital. pela alteração, exceto se o requerente pedir a antecipação
do reexame global das condições de exploração, sendo
os respetivos elementos instrutórios definidos na portaria
CAPÍTULO IV referida no n.º 1 do artigo 21.º
Regime das alterações aos estabelecimentos 6 — O procedimento de alteração do estabelecimento
industriais industrial implica a atualização do título digital corres-
pondente.
Artigo 39.º
Artigo 39.º-A
Alterações sujeitas a procedimento
Apreciação prévia
1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia a
alteração de estabelecimento industrial que constitua: 1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, o reque-
rente deve submeter à entidade coordenadora pedido de
a) «Alteração de um projeto» na aceção do RJAIA; apreciação prévia sobre o tipo de procedimento aplicável
b) Alteração de exploração considerada «alteração subs- à alteração do estabelecimento, acompanhado dos elemen-
tancial», na aceção do regime jurídico do Regime das tos instrutórios definidos na portaria referida no n.º 1 do
Emissões Industriais (REI); artigo 21.º, sempre que:
c) «Alteração substancial» que implique um aumento
de risco do estabelecimento, na aceção do RPAG; a) Esteja em causa uma «alteração de projeto», cuja
d) Alteração, que careça por si mesma, de alvará para submissão a AIA deva ser decidida com base numa análise
operação de gestão de resíduos perigosos; caso a caso, à luz do RJAIA;
e) Alteração que implique a atribuição do número de b) Esteja em causa uma «alteração de exploração» para
controlo veterinário ou número de identificação indivi- efeitos de licença ambiental, suscetível de ser abrangida
dual, consoante se trate de operador no setor dos géneros pelo disposto no n.º 1 artigo 19.º do REI;
alimentícios ou subprodutos de origem animal ou do setor c) Esteja em causa uma alteração que possa suscitar um
dos alimentos para animais, respetivamente, de acordo com aumento relevante da perigosidade do estabelecimento,
a legislação aplicável. para efeitos de RPAG.

2 — (Revogado.) 2 — O pedido de apreciação prévia é apresentado no


3 — Fica sujeita a procedimento sem vistoria prévia, a «Balcão do empreendedor», o qual emite, automática e
alteração de estabelecimento industrial: imediatamente:
a) Comprovativo da data do pedido;
a) De tipo 1 que, não se encontrando abrangida pelo
b) Notificação da entidade coordenadora e, se for caso
disposto no n.º 1, configure, ainda assim, uma «alteração de
disso, das entidades públicas a consultar, informando que
exploração», para efeitos do n.º 1 do artigo 19.º ou do n.º 2
o procedimento iniciado se encontra disponível para ve-
do artigo 66.º do Regime das Emissões Industriais (REI);
rificação.
b) De tipo 1 ou 2 que careça, por si mesma, de alvará
para operações de gestão de resíduos não perigosos;
3 — Nas situações previstas nas alíneas a) a c) do n.º 1,
c) De tipo 1 ou 2 que corresponda a uma alteração da
são entidades de consulta obrigatória:
natureza ou funcionamento da instalação industrial na
aceção do regime do comércio europeu de licenças de a) A APA, I. P., e a CCDR territorialmente competente,
emissão de gases com efeitos de estufa (CELE); no caso da alínea a), sendo responsável pela emissão de
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2393

parecer apenas aquela dessas entidades que constitua au- CAPÍTULO V


toridade de AIA no projeto em apreciação;
b) A APA, I. P., nos casos abrangidos pelas alíneas b) e c). Regime de instalação e exploração de ZER

4 — As entidades a consultar pronunciam-se no prazo SECÇÃO I


de 20 dias contado da data da receção do pedido.
Regime procedimental e articulação com regimes conexos
5 — No prazo de cinco dias contados da disponibili-
zação no «Balcão do empreendedor» do último dos pa-
Artigo 43.º
receres das entidades consultadas ou, não tendo estes
sido emitidos, da data correspondente ao último dia do Procedimento de instalação e exploração
prazo previsto para a respetiva emissão, a entidade co- 1 — A instalação e exploração da ZER está sujeita ao
ordenadora notifica o requerente, através do «Balcão do procedimento com vistoria prévia aplicável aos estabele-
Empreendedor», do arquivamento do pedido, ou, no caso cimentos de tipo 1, com as especificidades constantes da
de este não se encontrar devidamente instruído, de estar presente secção e das secções II e III do presente capítulo.
a alteração sujeita: 2 — O regime estabelecido no presente capítulo aplica-
a) A procedimento com vistoria prévia, caso a alteração -se, com as necessárias adaptações, às ZER multipolares.
em causa se enquadre no disposto no n.º 1 do artigo 39.º; ou 3 — A coordenação do procedimento relativo a instala-
b) A procedimento sem vistoria prévia, caso a altera- ção e exploração da ZER compete ao IAPMEI, I. P.
ção em causa, embora não abrangida pelo disposto no
número anterior, se enquadre no disposto no n.º 3 do Artigo 44.º
artigo 39.º; Entidades consultadas
c) A procedimento de mera comunicação prévia, nos
restantes casos. Nos procedimentos previstos no presente capítulo, são
chamadas a pronunciar-se as entidades públicas cuja in-
6 — Na data da notificação referida no número an- tervenção deva ser considerada legalmente obrigatória,
terior, o «Balcão do empreendedor» emite automática e atenta a tipologia de ZER em causa e as características
imediatamente a guia para pagamento da taxa devida pelo específicas do respetivo projeto de instalação e exploração,
procedimento de alteração em causa. designadamente:
7 — Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 5, a) A ACT;
a submissão do pedido de apreciação prévia dispensa a b) A CCDR territorialmente competente;
apresentação posterior de qualquer pedido ou mera co- c) A autoridade de saúde de âmbito regional territorial-
municação prévia, considerando-se tal apresentação como mente competente;
efetuada na data indicada no comprovativo de pagamento d) O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.
da taxa referida no número anterior. (IMT, I. P.);
8 — Os elementos instrutórios que acompanham o pe- e) A APA, I. P.;
dido de apreciação prévia são definidos na portaria referida f) A Câmara Municipal territorialmente competente;
no n.º 1 do artigo 21.º g) Outras entidades previstas em legislação específica.
9 — A falta de decisão da entidade coordenadora no
prazo estipulado no n.º 5 ou a notificação pela mesma de Artigo 45.º
estar a alteração sujeita a procedimento de mera comuni- Articulação com regimes conexos
cação prévia, habilita o industrial a executar a alteração
do estabelecimento sem mais formalidades. 1 — As ZER estão sujeitas a procedimento de avaliação
10 — O disposto no número anterior não se aplica sem- de impacte ambiental sempre que este seja exigível nos
pre que tenha havido pronúncia expressa das entidades termos do respetivo regime jurídico, seguindo a tramitação
consultadas, no prazo legalmente estipulado, quanto à aí referida, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
necessidade de ser desencadeado procedimento, com ou 2 — Por opção do requerente, o procedimento de AIA
sem realização de vistoria prévia. relativo a projeto de execução pode decorrer em simultâ-
neo com o procedimento de emissão de título digital para
Artigo 40.º a instalação de ZER.
3 — Sempre que a instalação de ZER envolva a rea-
Procedimento de autorização prévia de alteração lização de operação urbanística sujeita a controlo prévio
de estabelecimento
aplica-se o regime previsto nos artigos 17.º e 18.º para os
(Revogado.) estabelecimentos de tipo 1.

Artigo 41.º SECÇÃO II


Procedimento de comunicação prévia com prazo
de alteração de estabelecimento
Instalação de ZER

(Revogado.) Artigo 46.º


Iniciativa procedimental e elementos instrutórios
Artigo 42.º
Mera comunicação prévia de alteração de estabelecimento
1 — O procedimento de instalação é iniciado pela en-
tidade gestora da ZER ou, caso esta não se encontre ainda
(Revogado.) constituída, por quem possua legitimidade para proceder à
2394 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

sua constituição, nos termos a definir através de portaria SECÇÃO III


dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Exploração da ZER
modernização administrativa, da administração local, da
economia, do ambiente e do ordenamento do território.
Artigo 49.º
2 — A entidade gestora de ZER deve constituir-se como
entidade acreditada para o exercício das funções de entidade Requisitos específicos do pedido de título digital de exploração
coordenadora do procedimento de instalação, exploração e 1 — Quando pretenda iniciar a exploração, o requerente
alteração dos estabelecimentos industriais em ZER junto deve apresentar, no «Balcão do empreendedor», um pedido
do IPAC, I. P., ou, em alternativa, optar pela subcontrata- de emissão de título digital de exploração de ZER, acom-
ção das funções de entidade coordenadora junto de uma panhado dos respetivos elementos instrutórios, nos termos
entidade acreditada para o efeito pelo organismo em causa. definidos na portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 46.º
3 — Os demais requisitos de constituição, organização e 2 — Caso o requerente pretenda a execução faseada da
funcionamento e as obrigações e competências da entidade obra de urbanização, deve apresentar ainda a decisão da
gestora de ZER, bem como os elementos instrutórios que respetiva câmara municipal sobre o pedido de execução
devem acompanhar o pedido de instalação e alteração são de obra por fases, nos termos do RJUE.
definidos na portaria referida no n.º 1. 3 — Considera-se que a data do pedido de emissão do
4 — Considera-se que a data do pedido de emissão do título digital de exploração de ZER é a data indicada no
título digital de instalação de ZER é a data indicada no recibo comprovativo do pagamento da taxa devida.
recibo comprovativo do pagamento da taxa devida.
Artigo 50.º
Artigo 47.º
Requisitos específicos do título digital de exploração
Título digital de instalação de Zonas Empresariais Responsáveis de Zonas Empresariais Responsáveis
1 — O título digital de instalação de ZER não é emitido 1 — A emissão do título digital de exploração da ZER
caso se verifique ter ocorrido, no âmbito da pronúncia das é precedida de vistoria prévia, a qual se rege pelo disposto
entidades públicas a que se refere o artigo 44.º pelo menos no artigo 25.º-A.
uma das seguintes situações: 2 — Sem prejuízo de outras condições de exploração
da ZER que hajam sido fixadas por parte das entidades
a) DIA desfavorável ou decisão de não conformidade am- consultadas e ou no auto de vistoria, o respetivo título
biental do projeto de execução com a DIA inscrita no TUA; digital de exploração inclui obrigatoriamente:
b) (Revogada.)
c) Indeferimento de pedido de título de utilização de a) A área total de implantação;
recursos hídricos, inscrito no TUA; b) Os tipos de atividades industriais, comerciais e de
d) Parecer desfavorável do IMT, I. P., por incompatibi- serviços permitidos;
lidade do projeto com a Rede Nacional de Plataformas Lo- c) Os tipos de emissões permitidas e fixação dos res-
gísticas ou com as redes de transportes rodo e ferroviárias; petivos valores limite;
e) Existência de parecer ou decisão negativa de natureza d) Os tipos e volumes de resíduos e de efluentes ad-
vinculativa por parte de quaisquer outras entidades de mitidos;
consulta obrigatória. e) As medidas de monitorização das emissões para o
ambiente;
2 — O título digital de instalação de ZER pode ser f) As medidas de prevenção, tratamento, valorização ou
emitido antes da decisão final no âmbito do procedimento eliminação dos resíduos e dos efluentes;
de emissão do título de utilização de recursos hídricos, g) Outras características, condições e limites impostos;
que é apenas condição de atribuição do título digital de h) A identificação dos serviços comuns e outros serviços
exploração da ZER. a prestar pela entidade gestora;
i) O regulamento interno da ZER;
Artigo 48.º j) A planta de síntese.
Caducidade do título digital de instalação 3 — O título digital de exploração da ZER emitido
1 — O título digital de instalação da ZER caduca se, nos termos do número anterior tem natureza provisória,
no prazo de quatro anos após a sua emissão, não tiver sido convertendo-se em definitivo ou caducando, respetiva-
dado início aos trabalhos de construção de infraestruturas. mente, consoante seja emitida pelo IPAC, I. P., decisão
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o favorável ou desfavorável relativamente à atribuição à
prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado pela entidade gestora da ZER do estatuto de entidade acreditada,
entidade coordenadora, a pedido da entidade gestora da ao abrigo do disposto no artigo 66.º
ZER, por igual período de tempo, quando esta demonstre
não lhe ser imputável o atraso. Artigo 51.º
3 — Nos casos em que a ZER tenha sido objeto de Comunicações à entidade coordenadora
decisão favorável ou favorável condicionada de impacte
ambiental inscrita no TUA, emitida em fase de projeto A entidade gestora deve comunicar à entidade coor-
de execução, ou de decisão de conformidade ambiental denadora:
do projeto de execução inscrita no TUA, a prorrogação a) A data em que dá início à exploração da ZER, com
referida no número anterior só pode ser concedida quando uma antecedência não inferior a cinco dias;
houver pronúncia favorável sobre a sua prorrogação, de b) A existência de decisão favorável ou desfavorável
acordo com o RJAIA. no que respeita à atribuição do estatuto de entidade acre-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2395

ditada, no prazo máximo de cinco dias contados da data decisão favorável à acreditação, salvo se a entidade gestora
do conhecimento da mesma. recorrer à subcontratação de outra entidade acreditada para
o exercício da função de entidade coordenadora;
SECÇÃO IV b) Inatividade da entidade gestora da ZER por um
período igual ou superior a três anos, salvo se esta demons-
Controlo, reexame, suspensão e cessação trar junto da entidade coordenadora que tal inatividade não
da exploração da ZER lhe é imputável.
Artigo 52.º 3 — Sempre que haja lugar a cessação ou suspensão, a
Procedimentos de controlo e reexame qualquer título, da atividade da entidade gestora da ZER,
ou à caducidade do respetivo título digital de exploração,
1 — A entidade coordenadora realiza vistorias de con- o desempenho das funções de entidade coordenadora dos
formidade à ZER, para verificação do cumprimento dos estabelecimentos industriais aí instalados é assumido pela
condicionamentos legais ou do cumprimento das condições entidade competente nos termos do anexo III ao SIR.
fixadas no título digital de exploração, para instruir a apre-
ciação de alterações à ZER ou para análise de reclamações
apresentadas, às quais é aplicável a disciplina estabelecida SECÇÃO V
nos artigos 36.º e 37.º, com as especificidades previstas Alterações à ZER
no presente artigo.
2 — Se os procedimentos de controlo revelarem que não
Artigo 54.º
estão a ser cumpridas condições impostas pelo título digital
de exploração, a entidade coordenadora toma as medidas Regimes das alterações
cautelares e as providências necessárias, entre as quais se
inclui a suspensão, por um período máximo de seis meses, 1 — Fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia
do título digital de exploração e o encerramento preventivo, aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 1, com as
parcial ou total, de instalações ou equipamentos que se necessárias adaptações, a alteração de ZER que determine
encontrem sob a administração da entidade gestora. a sujeição a AIA, nos termos do RJAIA.
3 — Sempre que o incumprimento pela entidade gestora 2 — Fica sujeita ao procedimento sem vistoria prévia
das condições impostas pelo título digital de exploração se aplicável aos estabelecimentos industriais de tipo 2, com as
repercutir, de forma relevante, na desconformidade da ins- necessárias adaptações, a alteração de ZER não abrangida
talação ou da exploração dos estabelecimentos a localizar pelo disposto no número anterior sempre que a referida
ou localizados na ZER com condicionamentos legais ou alteração implique um aumento superior a 30 % da respe-
regulamentares, a entidade coordenadora da ZER notifica tiva área de implantação e ou a alteração das atividades,
os titulares dos estabelecimentos em causa para, num prazo classificadas de acordo com a respetiva CAE, cuja insta-
razoável, procederem às necessárias correções, sem preju- lação é permitida na ZER.
ízo de poder acionar as medidas previstas nos artigos 72.º 3 — As alterações a ZER não abrangidas pelo número
e 73.º, caso se verifiquem as circunstâncias aí previstas. anterior ficam sujeitas ao procedimento de mera comu-
4 — A ZER está sujeita ao reexame global das condi- nicação prévia aplicável aos estabelecimentos industriais
ções constantes do título digital de exploração após terem de tipo 3.
decorrido cinco anos contados a partir da data da respetiva 4 — Aos procedimentos de alteração referidos nos nú-
emissão ou da data da última atualização do mesmo, sem meros anteriores aplica-se, com as necessárias adaptações,
prejuízo do que for exigido por legislação específica. o disposto nos n.os 5 e 6 do artigo 39.º e no artigo 39.º-A.
5 — O reexame de condições de exploração da ZER
contempla a realização de vistorias, às quais é aplicável o SECÇÃO VI
disposto no artigo 25.º-A, com as devidas adaptações.
6 — O título digital de exploração é atualizado na se- Conversão em ZER
quência da realização de vistorias, bem como na sequência
do reexame das condições de exploração. Artigo 55.º
Conversão em ZER de outros espaços afins
Artigo 53.º
Suspensão e cessação da atividade, alteração da titularidade
As zonas industriais, os parques industriais e as áreas de
ou denominação e caducidade do título digital de exploração acolhimento empresarial podem ser objeto de conversão em
ZER, mediante o procedimento estabelecido na presente
1 — As situações de suspensão, o reinício ou a cessação secção, o qual tem por objetivo avaliar a conformidade das
da atividade da ZER, bem como a alteração da titulari- respetivas condições de instalação ou exploração com os
dade ou da denominação social do respetivo titular, são preceitos constantes do SIR, devidamente adaptados.
comunicadas pela entidade gestora através do «Balcão do
empreendedor» no prazo máximo de 30 dias contados da Artigo 56.º
data do facto que lhes deu origem, sendo automaticamente
notificadas à entidade coordenadora e demais entidades Pedido de conversão
intervenientes. 1 — O pedido de conversão em ZER é apresentado à
2 — Há lugar à caducidade do título digital de explo- entidade coordenadora nos termos definidos na portaria a
ração sempre que se verifique: que se refere o n.º 1 do artigo 46.º
a) Decisão desfavorável do pedido de acreditação da 2 — Considera-se que a data do pedido é a data indicada
entidade gestora ou posterior anulação ou suspensão de no respetivo comprovativo do pagamento da taxa devida.
2396 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Artigo 57.º direito que confira ao interessado o direito de utilização


Tramitação e decisão do procedimento de conversão
de uma parcela de terreno ou de um edifício ou respetiva
fração, de acordo com o estabelecido no regulamento in-
1 — No decurso de 30 dias subsequentes à data do pe- terno da ZER.
dido de conversão, a entidade coordenadora promove a 2 — A aquisição do direito de utilização referido no
consulta em simultâneo às entidades públicas que, nos número anterior obriga o respetivo titular ao cumprimento
termos da lei, se devam pronunciar sobre o pedido de do regulamento interno da ZER e demais determinações da
conversão, designadamente: entidade gestora sobre o funcionamento da mesma.
a) Da câmara municipal territorialmente competente;
b) Da CCDR territorialmente competente; Artigo 59.º
c) Da autoridade de saúde de âmbito regional territorial- Instalação de estabelecimentos industriais
mente competente, caso a conversão possa ter incidências
ao nível da saúde pública; 1 — À instalação, exploração e alteração dos estabele-
d) Da ACT; cimentos industriais que pretendam localizar-se em ZER
e) Do IMT, I. P.; aplica-se o regime previsto nos capítulos III e IV do SIR,
f) Da APA, I. P.; sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
g) De outras entidades previstas em legislação específica. 2 — Os estabelecimentos industriais a instalar em ZER
não carecem, na medida em que se trate de atividade in-
2 — As entidades públicas pronunciam-se no prazo de dustrial prevista no título digital de exploração da ZER, de
30 dias contados da receção dos elementos do processo nenhuma autorização, procedimento, parecer, licença ou
remetidos pela entidade coordenadora. título que já tenham sido obtidos pela ZER, no seu processo
3 — A pronúncia desfavorável das entidades só é vin- de instalação e de exploração, designadamente:
culativa quando tal resulte da lei, desde que se fundamente a) Autorização de localização;
em condicionamentos legais ou regulamentares e seja dis- b) AIA no TUA, no caso de o Estudo de Impacte Am-
ponibilizada à entidade coordenadora no prazo previsto biental (EIA) da ZER ter incluído os requisitos de infor-
no número anterior. mação necessários ao EIA do estabelecimento industrial a
4 — No prazo de 20 dias, contado do termo do prazo instalar em ZER, à luz do preceituado no RJAIA;
referido no n.º 2, a entidade coordenadora adota uma de- c) Título de utilização de recursos hídricos inscrito no
cisão que pode assumir uma das seguintes formas: TUA, no caso de estabelecimento industrial não sujeito a
a) Decisão favorável; licença ambiental, sempre que esta utilização já esteja in-
b) Decisão favorável condicionada; cluída no título de utilização dos recursos hídricos emitido
c) Decisão desfavorável. para as instalações industriais da ZER.

5 — No caso de decisão favorável, a entidade coorde- 3 — Na medida em que se trate de atividade industrial
nadora emite título digital de exploração, onde descreve prevista no título digital de exploração da ZER, os estabe-
todas as condições de exploração da ZER. lecimentos industriais a instalar em ZER não se encontram
6 — No caso de decisão favorável condicionada, a enti- sujeitos a vistoria prévia para efeitos da emissão do respe-
dade coordenadora comunica as condições ao requerente, tivo título de exploração previsto no capítulo III, exceto se
fixando-lhe um prazo não superior a seis meses para o seu estiver em causa a exploração de atividade agroalimentar
cumprimento, findo o qual, sem que se tenham sido juntos que utilize matéria-prima de origem animal não transfor-
ao processo comprovativos do cumprimento das condições mada, caso em que a exploração só pode ser iniciada após a
exigidas, profere, no prazo de 10 dias, decisão desfavorável. comunicação ao requerente do resultado favorável daquela
7 — No caso de decisão desfavorável, a entidade co- vistoria, a qual se rege pelo artigo 25.º-A.
ordenadora profere decisão fundamentada indeferindo o 4 — Os estabelecimentos industriais a instalar em ZER
pedido de conversão. beneficiam de redução a metade das taxas previstas no n.º 1
8 — As decisões sobre o pedido de conversão em ZER do artigo 79.º e no n.º 1 do artigo 81.º
referidas nos números anteriores são disponibilizadas pela
entidade coordenadora no «Balcão do empreendedor», no Artigo 60.º
dia imediatamente subsequente à data da respetiva emissão,
Outros regimes de licenciamento
sendo enviada notificação automática ao requerente e a
todas as entidades intervenientes no processo. 1 — À instalação e exploração de estabelecimentos
de comércio, serviços e restauração em ZER aplica-se o
SECÇÃO VII regime jurídico aplicável ao acesso e exercício destas ati-
vidades, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
Instalação e exploração de atividades empresariais em ZER 2 — A instalação em ZER de grandes superfícies co-
merciais e de conjuntos comerciais não carece de:
Artigo 58.º
a) Autorização ou informação prévia de localização, na
Direitos e deveres dos titulares dos estabelecimentos medida em que tal instalação se encontre prevista no título
instalados em ZER
digital de exploração da ZER;
1 — A instalação de estabelecimentos industriais, co- b) AIA inscrita no TUA, no caso de o EIA da ZER ter
merciais ou de serviços em ZER concretiza-se mediante incluído os requisitos de informação necessários ao EIA
contrato de aquisição da propriedade, de aquisição de di- do estabelecimento de comércio ou conjunto comercial a
reito de superfície, de arrendamento ou de qualquer outro instalar em ZER, à luz do preceituado no RJAIA.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2397

3 — No caso de instalação de outros estabelecimentos Artigo 63.º


de comércio, armazenagem, serviços e restauração abran- Critérios e requisitos da acreditação
gidos pelo regime jurídico referido no n.º 1, o respetivo
titular deve fazer prova, junto da entidade gestora da ZER, 1 — A acreditação de entidades a que se refere o pre-
quando aplicável, de ser detentor de título que o habilite sente capítulo resulta de avaliação do cumprimento pelas
à instalação e exploração do estabelecimento em causa, mesmas quer dos requisitos definidos na NP EN ISO/
bem como, se for caso disso, do cumprimento das demais IEC 17020 quer do disposto no artigo 68.º em matéria de
obrigações previstas no referido regime jurídico. organização dessas entidades, a efetuar pelo IPAC, I. P.
4 — No caso dos estabelecimentos abrangidos por 2 — (Revogado.)
outros regimes específicos de licenciamento, o respetivo
titular deve fazer prova, junto da entidade gestora de ZER, SECÇÃO II
de ser detentor de título que o habilite à instalação e ex-
ploração do estabelecimento em causa à luz dos referidos Procedimento de acreditação e exercício
regimes. provisório de atividade
5 — No caso de as informações referidas nos n.os 3 e
4 estarem disponíveis no «Balcão do empreendedor», Artigo 64.º
são dispensadas as obrigações referidas nesses mesmos Pedido de acreditação
números.
1 — O pedido de acreditação é apresentado ao
IPAC, I. P., de acordo com o modelo de formulário e ele-
Artigo 61.º
mentos instrutórios por este definidos.
Alterações dos estabelecimentos instalados em ZER 2 — (Revogado.)
1 — Às alterações dos estabelecimentos industriais ins-
Artigo 65.º
talados em ZER aplicam-se, com as necessárias adapta-
ções, o regime aplicável às alterações aos estabelecimentos Exercício provisório de atividade
industriais previsto nos artigos 39.º e 39.º-A. 1 — As entidades não acreditadas podem exercer pro-
2 — (Revogado.) visoriamente a sua atividade, durante o prazo máximo de
3 — (Revogado.) seis meses, mediante a obtenção de autorização provisória
4 — (Revogado.) concedida pelo IAPMEI, I. P., com base em parecer técnico
favorável emitido pelo IPAC, I. P.
CAPÍTULO VI 2 — Quando o requerente pretenda obter a autorização
provisória prevista no número anterior, deve manifestar
Acreditação de entidades essa intenção no pedido a que se refere o artigo anterior,
devendo juntar cópia da documentação de candidatura
SECÇÃO I relevante.
3 — A decisão do IPAC, I. P. sobre o pedido de autoriza-
Âmbito e requisitos da acreditação ção de exercício provisório de atividade é emitida quando
este considerar que estão reunidas as condições necessárias
Artigo 62.º para se proceder à avaliação presencial completa do pedido
de acreditação, no prazo de 60 dias após a receção do re-
Âmbito da acreditação
querimento para o exercício provisório da atividade.
1 — As entidades acreditadas pelo IPAC, I. P., podem, 4 — (Revogado.)
no âmbito do SIR:
Artigo 66.º
a) Elaborar relatórios de avaliação da conformidade
do projeto apresentado para a instalação, exploração e Decisão de acreditação
alteração de estabelecimento industrial ou de ZER com as 1 — A decisão sobre o pedido de acreditação é emitida
normas técnicas previstas na legislação aplicável; pelo IPAC, I. P., no prazo máximo de seis meses a contar
b) Exercer funções de entidade coordenadora dos pro- da avaliação presencial completa.
cedimentos de instalação, exploração e alteração de esta- 2 — Do anexo técnico de acreditação devem constar o
belecimentos industriais em ZER. âmbito e as condições de intervenção da entidade acredi-
tada em ações ligadas ao disposto no SIR.
2 — As atividades de avaliação de conformidade pre-
vistas na alínea a) do número anterior podem incidir numa
ou mais das seguintes áreas técnicas: SECÇÃO III

a) Ambiente, incluindo água, ar, resíduos, ruído, pre- Funcionamento das entidades acreditadas
venção e controlo integrados da poluição, prevenção de
acidentes graves e AIA; Artigo 67.º
b) Segurança e saúde no trabalho, se aplicável nos ter- Deveres gerais das entidades acreditadas
mos de lei especial;
c) Segurança alimentar. Constituem deveres das entidades acreditadas:
a) Garantir o caráter absolutamente sigiloso dos seus pare-
3 — (Revogado.) ceres, relatórios e de todas as informações a que tenham acesso
4 — (Revogado.) por motivo das suas atividades, designadamente de inspeção,
2398 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

mesmo após ter cessado a vigência da respetiva acredita- b) À câmara municipal territorialmente competente nos
ção, salvaguardados os deveres legais perante as entidades estabelecimentos relativamente aos quais esta última é a
com competência fiscalizadora nas matérias em questão; entidade coordenadora.
b) Desempenhar as suas atribuições com competência c) (Revogada.)
e isenção, tendo sempre em vista a salvaguarda de pes-
soas e bens, e observar integralmente o cumprimento das 2 — A competência para a fiscalização atribuída ao
disposições técnicas e legais aplicáveis à sua atividade, abrigo do número anterior não prejudica as competências
nomeadamente no que respeita ao exercício das atividades próprias de outras entidades e a possibilidade de realização
previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 62.º; de ações de fiscalização conjunta.
c) Implementar e manter permanentemente em funciona- 3 — Para o exercício das competências previstas no
mento um sistema de gestão da qualidade, em conformidade n.º 1 e por forma a evitar divergências de critérios na apli-
com os requisitos da norma NP EN ISO/IEC 17020; cação da lei e no exercício de competências de fiscalização,
d) Manter devidamente compilados e arquivados os o IAPMEI, I. P., elabora, em articulação com as entidades
registos referentes à sua atividade, destinados a demonstrar aí referidas, linhas orientadoras não vinculativas para o
a observância dos requisitos aplicáveis, por um período exercício das ações de fiscalização, as quais devem incluir a
mínimo de cinco anos; lista dos aspetos concretos a considerar nas mesmas, sendo
e) Celebrar contrato de seguro de responsabilidade civil objeto de publicação no «Balcão do empreendedor».
extracontratual nos termos previstos no n.º 2 do artigo 4.º 4 — O industrial deve facultar às entidades fiscaliza-
doras a entrada nas suas instalações, bem como fornecer
Artigo 68.º as informações que por aquelas lhe sejam solicitadas, de
Organização das entidades acreditadas forma fundamentada, sempre que tais informações não se
encontrem já disponíveis no «Balcão do empreendedor».
As entidades acreditadas, quando se encontram integra- 5 — Quando, no decurso de uma ação de fiscalização, qual-
das em estruturas organizacionais que desenvolvem outras quer das entidades fiscalizadoras detetar o incumprimento das
atividades, devem dispor de uma unidade dotada de total medidas por ela prescritas, deve desencadear as ações adequa-
autonomia técnica e decisória, não podendo essa unidade e das, nomeadamente através do levantamento do competente
os técnicos envolvidos no exercício das respetivas funções auto de notícia, dando conhecimento de tal facto à entidade
participar, a qualquer título, em atividades de consulta- coordenadora.
doria, projeto, construção, instalação ou manutenção de Artigo 72.º
estabelecimentos industriais ou equiparados.
Medidas cautelares
Artigo 69.º Sem prejuízo das competências das entidades respon-
Ensaios sáveis pelo controlo ou fiscalização previstas em regimes
específicos, sempre que a entidade coordenadora, no âm-
Sempre que a intervenção das entidades acreditadas exija bito das vistorias referidas nos artigos 36.º e 37.º, ou as
a realização de ensaios não enquadráveis na NP EN ISO/ entidades fiscalizadoras referidas nas alíneas a) e b) do
IEC 17020, devem as mesmas recorrer a laboratórios de n.º 1 do artigo anterior detetem uma situação de infração
ensaio acreditados pelo IPAC, I. P., face à NP EN ISO/ prevista no SIR que constitua perigo grave para a saúde
IEC 17025, para os ensaios específicos em causa. pública, para a segurança de pessoas e bens, para a saúde
e segurança nos locais de trabalho ou para o ambiente
Artigo 70.º devem, individual ou coletivamente, tomar de imediato as
Acompanhamento providências adequadas para eliminar a situação de perigo,
podendo ser determinada, por um prazo máximo de seis
1 — Compete ao IPAC, I. P., dar conhecimento ao meses, a suspensão da atividade, o encerramento preven-
IAPMEI, I. P., de quaisquer sanções aplicadas às entidades tivo do estabelecimento, no todo ou em parte, ou a apreen-
acreditadas para o exercício de funções de coordenação são de todo ou parte do equipamento, mediante selagem.
dos procedimentos de instalação, exploração e alteração
de estabelecimentos industriais em ZER. Artigo 73.º
2 — (Revogado.)
Interrupção do fornecimento de energia elétrica

CAPÍTULO VII As entidades coordenadoras e fiscalizadoras, por si ou em


conjunto, podem notificar a entidade distribuidora de ener-
Fiscalização, medidas cautelares e sanções gia elétrica para interromper o fornecimento desta a qual-
quer estabelecimento industrial, sempre que se verifique:
SECÇÃO I a) Oposição às medidas cautelares previstas no artigo
anterior;
Fiscalização e medidas cautelares
b) Quebra de selos apostos no equipamento;
c) Reiterado incumprimento das medidas, condições ou
Artigo 71.º orientações impostas para a exploração.
Fiscalização
1 — A fiscalização do cumprimento do disposto no Artigo 74.º
SIR incumbe: Cessação das medidas cautelares
a) À Autoridade de Segurança Alimentar e Económica 1 — Sem prejuízo dos meios contenciosos ao seu
(ASAE); e dispor, o interessado pode requerer a cessação das me-
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2399

didas cautelares previstas no artigo 72.º e da interrupção i) O início da exploração de um estabelecimento indus-
do fornecimento de energia elétrica prevista no artigo trial de tipo 1 ou de tipo 2 sem que tenha sido emitido o
anterior, a qual é determinada se tiverem cessado as título digital de exploração a que se refere o artigo 25.º-B
situações que lhes deram causa, sem prejuízo do prosse- ou o título digital de instalação e exploração a que se refere
guimento dos processos criminais e de contraordenação o artigo 32.º, respetivamente;
já iniciados. j) O início da exploração de estabelecimento industrial
2 — No caso de interrupção do fornecimento de energia de tipo 3, em violação do disposto no artigo 34.º;
elétrica, este deve ser restabelecido mediante pedido da k) A inobservância das condições de exploração do esta-
entidade coordenadora à entidade distribuidora de energia belecimento industrial fixadas no título digital de explora-
elétrica ou por determinação judicial. ção ou no título digital de instalação e exploração, respeti-
3 — Sempre que o proprietário ou detentor legítimo vamente, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 25.º-B ou
do equipamento apreendido requeira a sua desselagem, no n.º 2 do artigo 32.º e no n.º 6 do artigo 37.º;
demonstrando documentalmente o propósito de proceder l) A inobservância das condições de exploração de ZER
à sua alienação em condições que garantam que o destino fixadas no título digital de exploração nos termos previstos
que lhe vai ser dado não é suscetível de originar novas nos n.os 2 e 3 do artigo 50.º, ou ainda, aquando da respetiva
infrações ao SIR, a entidade coordenadora deve autorizá- atualização, nos termos do n.º 6 do artigo 52.º;
-la, independentemente de vistoria. m) A infração ao dever de comunicação previsto no n.º 3
do artigo 3.º e nos n.os 1 e 4 do artigo 38.º;
SECÇÃO II n) A inobservância do disposto no artigo 4.º;
o) (Revogada.)
Regime sancionatório p) A infração ao disposto no artigo 51.º;
q) A infração ao disposto no n.º 4 do artigo 71.º
Artigo 75.º
Sanções
3 — No caso das infrações referidas nas alíneas a), c),
d), e), f), h), i) e j) do número anterior, os valores míni-
1 — Sem prejuízo da punição pela prática de crime de mos das coimas referidas no corpo do mesmo número são
falsas declarações, constitui contraordenação punível com agravados para o dobro.
coima de € 500 a € 3500 tratando-se de pessoa singular, 4 — A negligência é punível com coima de valor re-
ou de € 4400 a € 44 000, tratando-se de pessoa coletiva, a duzido a metade.
emissão pelo industrial de uma declaração de cumprimento
de condições técnicas padronizadas objeto do pedido ao Artigo 76.º
abrigo da alínea c) do n.º 4 do artigo 8.º que não corres-
Sanções acessórias
ponda à verdade.
2 — Constitui contraordenação punível com coima 1 — Podem ser aplicadas, simultaneamente com a
de € 250 a € 2500, tratando-se de pessoa singular, ou de coima, as seguintes sanções acessórias, em função da
€ 2500 a € 44 000, tratando-se de pessoa coletiva: gravidade da infração e da culpa do agente:
a) A execução de projeto de instalação de estabeleci- a) Perda, a favor do Estado, de equipamentos, máquinas
mento industrial de tipo 1, sem que tenha sido emitido o e utensílios utilizados na prática da infração;
título digital de instalação referido no artigo 24.º; b) Privação dos direitos a subsídios ou benefícios ou-
b) (Revogada.) torgados por entidades ou serviços públicos;
c) A execução de projeto de instalação de estabeleci- c) Suspensão do título de exploração;
mento industrial de tipo 2, sem que tenha sido emitido o d) Encerramento do estabelecimento e instalações.
título digital de instalação e exploração referido no ar-
tigo 32.º; 2 — As sanções previstas nas alíneas b), c) e d) do nú-
d) A execução de projeto de instalação ou o início da mero anterior têm a duração máxima de dois anos, contados
exploração de ZER, sem que tenham sido emitidos o título a partir da decisão condenatória definitiva.
digital de instalação e de exploração por força do disposto 3 — As sanções acessórias previstas nas alíneas a), b) e
no n.º 1 do artigo 43.º; c) do n.º 1, quando aplicadas a estabelecimentos industriais
e) A execução de projeto de alterações de estabeleci- de tipo 1 são publicitadas pela autoridade que aplicou a
mento industrial sujeito ao procedimento com vistoria coima, a expensas do infrator.
prévia, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 39.º,
sem que tenha sido emitido o título de alteração cor- Artigo 77.º
respondente;
Competência sancionatória
f) A execução de projeto de alterações de estabeleci-
mento industrial sujeito ao procedimento sem vistoria 1 — Compete à ASAE a instrução dos processos de
prévia ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 39.º, sem contraordenação por infração ao disposto no SIR e ao seu
que tenha sido emitido o título de alteração correspondente; inspetor-geral a aplicação das respetivas coimas e sanções
g) A execução de projeto de alterações de estabeleci- acessórias.
mento industrial sujeito a mera comunicação prévia ao 2 — Compete às câmaras municipais territorial-
abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 39.º, sem que tenha mente competentes, quando as mesmas sejam entidade
sido emitido o título de alteração correspondente; coordenadora, a instrução dos processos de contraor-
h) A execução de projeto de alterações de ZER sujeito denação por infração ao disposto no SIR e aos seus
aos procedimentos previstos no artigo 54.º, sem que tenha presidentes a aplicação das respetivas coimas e sanções
sido emitido o título de alteração correspondente; acessórias.
2400 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Artigo 78.º 8 — Os valores devidos pelas taxas aplicáveis no âmbito


Destino da receita das coimas
do SIR constam de guia emitida automaticamente pelo
«Balcão do empreendedor», a qual reveste a forma de Do-
1 — A afetação do produto das coimas cobradas em cumento Único de Cobrança quando legalmente exigível, e
aplicação do SIR faz-se da seguinte forma: podem ser pagos por meios exclusivamente automáticos e
eletrónicos, nos termos previstos no artigo 30.º do Decreto-
a) 10 % para a entidade que levanta o auto de notícia;
-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio.
b) 30 % para a entidade que procede à instrução e de-
9 — Sem prejuízo do exercício imediato dos direitos
cisão do processo;
ou interesses legalmente protegidos do interessado no
c) 60 % para o Estado.
procedimento, não são devidas taxas quando os res-
petivos valores ou fórmulas de cálculo não sejam in-
2 — Excetuam-se do disposto no número anterior as troduzidos no «Balcão do empreendedor» nos termos
coimas aplicadas pelas câmaras municipais, cuja receita previstos no artigo 62.º do Código do Procedimento
reverte na totalidade para o respetivo município. Administrativo.

CAPÍTULO VIII Artigo 80.º


Taxas Taxa única
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a taxa
Artigo 79.º referida no n.º 1 do artigo anterior é constituída por um
Taxas e despesas de controlo valor global, que inclui todas as licenças, autorizações,
aprovações, pareceres, comunicações prévias com prazo,
1 — É devido o pagamento de uma taxa, da responsabi- vistorias prévias, meras comunicações prévias e outros atos
lidade do requerente, para cada um dos seguintes atos: permissivos ou não permissivos necessários ou integrados
a) Emissão dos títulos digitais previstos no SIR; no procedimento.
b) Alterações, aditamentos ou atualizações aos títulos 2 — Por portaria dos membros do Governo responsáveis
digitais previstos no SIR, excecionadas as atualizações pelas áreas das finanças, da modernização administrativa, da
decorrentes da realização de vistorias de conformidade economia, do ambiente e da agricultura, são regulamentados
para os efeitos previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 1 do os seguintes aspetos em matéria de taxas:
artigo 36.º; a) A fórmula de cálculo da taxa única, correspondente à
c) Atendimento digital assistido à utilização do «Balcão intervenção de todas as entidades públicas da administra-
do empreendedor»; ção central intervenientes nos procedimentos previstos no
d) (Revogada.) SIR, e as regras aplicáveis à respetiva atualização;
e) Apreciação dos pedidos de exclusão do regime de b) Os modos de pagamento, que incluem obrigatoria-
prevenção e controlo integrados da poluição; mente o pagamento por meios exclusivamente automáti-
f) Apreciação dos pedidos de conversão em ZER; cos e eletrónicos, nos termos previstos no artigo 30.º do
g) (Revogada.) Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio;
h) (Revogada.) c) Os termos e condições da redução das taxas apli-
i) (Revogada.) cáveis nos casos de adesão a condições técnicas pa-
j) (Revogada.) dronizadas, bem como nos casos de estabelecimentos
k) Selagem e desselagem de máquinas, aparelhos e de- industriais localizados em ZER, nos termos do disposto
mais equipamentos; na alínea c) do n.º 5 do artigo 8.º e no n.º 4 do artigo 59.º,
l) (Revogada.) respetivamente;
m) (Revogada.) d) Os termos e condições da cobrança de um valor adi-
cional relativamente à taxa devida pela prestação do serviço
2 — As taxas referidas nas alíneas a) e b) do número de atendimento digital assistido à utilização do «Balcão do
anterior incluem os montantes eventualmente devidos pela empreendedor» pelas entidades coordenadoras e entidades
realização das vistorias previstas no SIR, não podendo ser públicas definidas nos termos do Decreto-Lei n.º 74/2014,
cobrada qualquer taxa avulsa pelas mesmas. de 13 de maio;
3 — (Revogado.) e) Os termos da cobrança, da repartição, e respetiva
4 — (Revogado.) operacionalização, das receitas das taxas devidas ao abrigo
5 — (Revogado.) do n.º 1 do artigo anterior, incluindo nas situações de au-
6 — As despesas a realizar com colheitas de amos- sência de pronúncia expressa de uma ou mais entidades
tras, ensaios laboratoriais ou quaisquer outras avaliações que devam pronunciar-se no âmbito de procedimentos e
necessárias para apreciação das condições do exercício dentro dos prazos previstos no SIR;
da atividade de um estabelecimento constituem encargo f) Os termos e condições dos pagamentos devidos por
das entidades que as tenham promovido, salvo quando despesas feitas pelos serviços que constituam encargo do
decorram de obrigações legais ou da verificação de inob- requerente.
servância das prescrições técnicas obrigatórias, caso em
que os encargos são suportados pelo requerente. 3 — (Revogado.)
7 — As despesas relacionadas com o corte e restabele- 4 — (Revogado.)
cimento do fornecimento de energia elétrica constituem 5 — (Revogado.)
encargo do requerente, sendo os respetivos valores publi- 6 — (Revogado.)
cados anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços 7 — (Revogado.)
Energéticos. 8 — (Revogado.)
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2401

Artigo 81.º sobre a reclamação, sendo aplicável, com as devidas adap-


Taxas em procedimentos municipais
tações, o disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 36.º

1 — No exercício do seu poder regulamentar próprio, os Artigo 83.º-A


municípios aprovam, em execução do SIR, regulamentos Reação contenciosa
municipais relativos ao lançamento e liquidação de taxas
pelos atos a que se refere o artigo 79.º, sempre que a enti- Os títulos digitais, bem como cada um dos atos, in-
dade coordenadora for a câmara municipal. cluindo licenças, autorizações, aprovações, pareceres, re-
2 — Aos meios de pagamento das taxas devidas bem gistos ou outros atos permissivos emitidos pelas entidades
como às condições para a exigibilidade das mesmas é consultadas no âmbito dos procedimentos para a emissão
aplicável o disposto nos n.os 8 e 9 do artigo 79.º de títulos digitais previstos no SIR, podem ser objeto de
3 — Os projetos dos regulamentos referidos no n.º 1 são reação contenciosa, considerando-se os mesmos como
submetidos a discussão pública, por prazo não inferior a atos com eficácia externa, para os efeitos do artigo 51.º do
30 dias, antes da sua aprovação pelos órgãos municipais. Código de Processo nos Tribunais Administrativos.
4 — Após aprovação, os regulamentos são objeto de
publicação na 2.ª série do Diário da República e a respetiva
informação disponibilizada pelos municípios competentes CAPÍTULO X
no «Balcão do empreendedor», sem prejuízo das demais Disposição final
formas de publicidade previstas na lei.
Artigo 84.º
Artigo 82.º
Notificações, comunicações e prazos
Cobrança coerciva das taxas
(Revogado.)
A cobrança coerciva das dívidas provenientes da falta
de pagamento das taxas realiza-se através de processo de ANEXO I
execução fiscal, servindo de título executivo a certidão
passada pela entidade que prestar os serviços. Atividade industrial

[a que se refere o n.º 3 do artigo 1.º e a alínea a) do artigo 2.º]


CAPÍTULO IX
Parte 1 — Atividade industrial
Meios de tutela
Considera-se atividade industrial, nos termos da alí-
Artigo 83.º nea a) do artigo 2.º do Sistema da Indústria Responsável,
as atividades económicas que são incluídas nas subclasses
Reclamação de terceiros
da Classificação Portuguesa das Atividades Económicas
1 — A instalação, alteração, exploração e desativação (CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007,
de qualquer estabelecimento industrial pode ser objeto de 14 de novembro, que seguidamente se apresentam:
de reclamação fundamentada de entidade com interesse
direto na mesma, junto da entidade coordenadora ou da Secção B — Indústrias extrativas
entidade a quem cabe a salvaguarda dos direitos e inte-
resses em causa. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
2 — Quando apresentada à entidade a quem cabe a sal-
vaguarda dos direitos e interesses em causa, a reclamação
05100 Extração de hulha (inclui Beneficiação de hulha (in-
é comunicada à entidade coordenadora, acompanhada de antracite). clui antracite).
parecer fundamentado ou de decisão, no caso de exercício 05200 Extração de lenhite. . . . . Beneficiação de lenhite.
de competências próprias, no prazo máximo de 40 dias. 07100 Extração e preparação de Beneficiação de minérios
3 — A entidade coordenadora dá conhecimento ao minérios de ferro. de ferro.
07210 Extração e preparação de Beneficiação de minérios
industrial da existência da reclamação e toma as provi- minérios de urânio e de de urânio e tório.
dências adequadas, nomeadamente através de vistorias tório.
para análise e decisão das reclamações, envolvendo ou 07290 Extração e preparação de Beneficiação de outros
consultando, sempre que tal se justifique, as entidades outros minérios metáli- minérios metálicos não
a quem cabe a salvaguarda dos direitos e interesses em cos não ferrosos. ferrosos.
08111 Extração de mármore e Beneficiação de mármores
causa, que se pronunciam no prazo previsto no número outras rochas carbona- e de outras rochas carbo-
anterior. tadas. natadas.
4 — A entidade coordenadora profere a decisão sobre a 08112 Extração de granito orna- Beneficiação de granitos e
reclamação no prazo máximo de 40 dias contados a partir mental e rochas similares. de rochas similares.
08113 Extração de calcário e cré Beneficiação de calcário
da data em que a reclamação lhe é apresentada ou, no e cré.
caso de haver lugar a consultas, nos 20 dias subsequentes 08114 Extração de gesso. . . . . . Beneficiação de gesso.
à pronúncia ou ao termo do respetivo prazo. 08115 Extração de ardósia . . . . Acabamento da ardósia.
5 — A entidade coordenadora dá conhecimento da deci- 08121 Extração de saibro, areia e Beneficiação de saibro,
pedra britada. areia e pedra britada.
são ao reclamante, ao industrial, às entidades consultadas e 08920 Extração da turfa . . . . . . Beneficiação da turfa.
no caso de reclamação relativa a estabelecimento industrial 08931 Extração de sal marinho Extração de sal marinho.
situado em ZER, ao IAPMEI, I. P. 08992 Extração de outros mine- Beneficiação de minerais
6 — A entidade coordenadora verifica, através de vis- rais não metálicos, n. e. não metálicos.
(Revogado.) (Revogado.) (Revogado.)
toria, o cumprimento das condições impostas na decisão
2402 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Secção C — Indústrias transformadoras


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Divisão 10 — Indústrias alimentares
10822 Fabricação de produtos de Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida confeitaria.
10830 Indústria do café e do chá Todas.
10840 Fabricação de condimen- Todas.
10110 Abate de gado (produção Todas. tos e temperos.
de carne). 10850 Fabricação de refeições e Todas.
10120 Abate de aves (produção Todas. pratos pré-cozinhados.
de carne) 10860 Fabricação de alimentos Todas.
10130 Fabricação de produtos à Todas. homogeneizados e die-
base de carne. téticos.
10201 Preparação de produtos da Todas. 10891 Fabricação de fermentos, Todas.
pesca e da aquicultura. leveduras e adjuvantes
10202 Congelação de produtos da Todas. para panificação e pas-
pesca e da aquicultura. telaria.
10203 Conservação de produtos Todas. 10892 Fabricação de caldos, so- Todas.
da pesca e da aquicul- pas e sobremesas.
tura em azeite e outros 10893 Fabricação de outros pro- Todas
óleos vegetais e outros dutos alimentares diver-
molhos. sos, n. e.
10204 Salga, secagem e outras Todas. 10911 Fabricação de pré-misturas Todas.
atividades de transfor- 10912 Fabricação de alimentos Todas.
mação de produtos da para animais de criação
pesca e aquicultura. (exceto para aquicul-
10310 Preparação e conservação Todas. tura).
de batatas. 10913 Fabricação de alimentos Todas.
10320 Fabricação de sumos de Todas. para aquicultura.
frutos e de produtos 10920 Fabricação de alimentos Todas.
hortícolas. para animais de com-
10391 Congelação de frutos e de Todas. panhia.
produtos hortícolas.
10392 Secagem e desidratação Todas.
de frutos e de produtos
hortícolas. Divisão 11 — Indústrias das bebidas
10393 Fabricação de doces, com- Todas.
potas, geleias e marme-
lada. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
10394 Descasque e transforma- Todas.
ção de frutos de casca
rija comestíveis. 11011 Fabricação de aguardentes Todas.
10395 Preparação e conservação Todas. preparadas.
de frutos e de produtos 11012 Fabricação de aguardentes Todas.
hortícolas por outros não preparadas.
processos. 11013 Produção de licores e de ou- Todas.
10411 Produção de óleos e gordu- Todas. tras bebidas destiladas.
ras animais brutos. 11021 Produção de vinhos co- Todas.
10412 Produção de azeite . . . . . Todas. muns e licorosos.
10413 Produção de óleos vegetais Todas. 11022 Produção de vinhos espu- Todas.
brutos (exceto azeite). mantes e espumosos.
10414 Refinação de azeite, óleos Todas. 11030 Fabricação de cidra e ou- Todas.
e gorduras. tras bebidas fermenta-
10420 Fabricação de margarinas Todas. das de frutos.
e de gorduras alimenta- 11040 Fabricação de vermutes e Todas.
res similares. de outras bebidas fer-
10510 Indústrias do leite e deri- Todas. mentadas não destiladas.
vados. 11050 Fabricação de cerveja. . . Todas, exceto fabrico de
10520 Fabricação de gelados e Todas. cerveja em estabeleci-
sorvetes. mentos de bebidas para
10611 Moagem de cereais . . . . Todas. consumo no local.
10612 Descasque, branqueamento Todas. 11060 Fabricação de malte . . . . Todas.
e outros tratamentos do 11071 Engarrafamento de águas Todas.
arroz. minerais naturais e de
10613 Transformação de cereais Todas. nascente.
e leguminosas, n. e. 11072 Fabricação de refrigeran- Todas.
10620 Fabricação de amidos, fé- Todas. tes e de outras bebidas
culas e produtos afins. não alcoólicas, n. e.
10711 Panificação. . . . . . . . . . . Todas.
10712 Pastelaria . . . . . . . . . . . . Todas.
10720 Fabricação de bolachas, Todas.
biscoitos, tostas e pas-
telaria de conservação. Divisão 12 — Indústrias do tabaco
10730 Fabricação de massas Todas.
alimentícias, cuscuz e Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
similares.
10810 Indústria do açúcar. . . . . Todas.
10821 Fabricação de cacau e de Todas. 12000 Indústria do tabaco. . . . . Todas.
chocolate.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2403

Divisão 13 — Fabricação de têxteis Divisão 15 — Indústria do couro e dos produtos do couro

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

13101 Preparação e fiação de fi- Todas. 15111 Curtimenta e acabamento Todas.


bras do tipo algodão. de peles sem pelo.
13102 Preparação e fiação de fi- Todas. 15112 Fabricação de couro re- Todas.
bras do tipo lã. constituído.
13103 Preparação e fiação da Todas. 15113 Curtimenta e acabamento Todas.
seda e preparação e tex- de peles com pelo.
turização de filamentos 15120 Fabricação de artigos de Todas.
sintéticos e artificiais. viagem e de uso pes-
13104 Fabricação de linhas de Todas. soal, de marroquinaria,
costura. de correeiro e de seleiro.
13105 Preparação e fiação de linho Todas. 15201 Fabricação de calçado Todas.
e outras fibras têxteis. 15202 Fabricação de componen- Todas.
13201 Tecelagem de fio do tipo Todas. tes para calçado.
algodão.
13202 Tecelagem de fio do tipo lã Todas.
13203 Tecelagem de fio do tipo Todas. Divisão 16 — Indústria da madeira e da cortiça e suas obras, exceto
seda e de outros têxteis. mobiliário, fabricação de obras de cestaria e de espartaria
13301 Branqueamento e tingi- Todas.
mento.
13302 Estampagem. . . . . . . . . . Todas. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
13303 Acabamento de fios, teci- Todas.
dos e artigos têxteis, n. e.
13910 Fabricação de tecidos de Todas. 16101 Serração de madeira. . . . Todas.
malha. 16102 Impregnação de madeira Todas.
13920 Fabricação de artigos Todas. 16211 Fabricação de painéis de Todas.
têxteis confecionados, partículas de madeira.
exceto vestuário. 16212 Fabricação de painéis de Todas.
13930 Fabricação de tapetes e Todas. fibras de madeira.
carpetes. 16213 Fabricação de folheados, Todas.
13941 Fabricação de cordoaria Todas. contraplacados, lamela-
13942 Fabricação de redes . . . . Todas. dos e de outros painéis.
13950 Fabricação de não tecidos Todas. 16220 Parqueteria . . . . . . . . . . . Todas.
e respetivos artigos, ex- 16230 Fabricação de outras obras Todas.
ceto vestuário. de carpintaria para a
13961 Fabricação de passamana- Todas. construção.
rias e sirgarias. 16240 Fabricação de embalagens Todas.
13962 Fabricação de têxteis para Todas. de madeira.
uso técnico e industrial, 16291 Fabricação de outras obras Todas, exceto arte de so-
n. e. de madeira. queiro e tamanqueiro.
13991 Fabricação de bordados Todas. 16292 Fabricação de obras de Todas.
13992 Fabricação de rendas . . . Todas. cestaria e de espartaria.
13993 Fabricação de outros têx- Todas. 16293 Indústria de preparação da Todas.
teis diversos, n. e. cortiça.
16294 Fabricação de rolhas de Todas.
cortiça.
16295 Fabricação de outros pro- Todas.
dutos de cortiça.

Divisão 14 — Indústria do vestuário


Divisão 17 — Fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

14110 Confeção de vestuário em Todas, exceto confeção por


couro. medida. 17110 Fabricação de pasta . . . . Todas.
14120 Confeção de vestuário de Todas, exceto confeção por 17120 Fabricação de papel e de Todas.
trabalho. medida. cartão (exceto canelado).
14131 Confeção de outro vestuá- Todas. 17211 Fabricação de papel e de Todas.
rio exterior em série. cartão canelados (inclui
14132 Confeção de outro vestuá- Todas. embalagens).
rio exterior por medida. 17212 Fabricação de outras em- Todas.
14133 Atividades de acabamento Todas, exceto confeção por balagens de papel e de
de artigos de vestuário. medida. cartão.
14140 Confeção de vestuário in- Todas, exceto confeção por 17220 Fabricação de artigos de Todas.
terior. medida. papel para uso domés-
14190 Confeção de outros artigos Todas, exceto confeção por tico e sanitário.
e acessórios de vestuário. medida. 17230 Fabricação de artigos de Todas.
14200 Fabricação de artigos de Todas. papel para papelaria.
peles com pelo. 17240 Fabricação de papel de Todas.
14310 Fabricação de meias e si- Todas. parede.
milares de malha. 17290 Fabricação de outros arti- Todas.
14390 Fabricação de outro ves- Todas. gos de pasta de papel, de
tuário de malha. papel e de cartão.
2404 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Divisão 18 — Impressão e reprodução de suportes gravados


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida


20420 Fabricação de perfumes, Todas.
de cosméticos e de pro-
18110 Impressão de jornais . . . Todas. dutos de higiene.
18120 Outra impressão . . . . . . . Todas. 20520 Fabricação de colas . . . . Todas.
20530 Fabricação de óleos essen- Todas.
ciais.
Divisão 19 — Fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados 20591 Fabricação de biodiesel Todas.
e de aglomerados de combustíveis 20592 Fabricação de produtos Todas.
químicos auxiliares para
uso industrial.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 20593 Fabricação de óleos e mas- Todas.
sas lubrificantes, com
exclusão da efetuada
19100 Fabricação de produtos de Todas. nas refinarias.
coqueria. 20594 Fabricação de outros pro- Todas.
19201 Fabricação de produtos pe- Todas. dutos químicos diver-
trolíferos refinados. sos, n. e.
19202 Fabricação de produtos Todas. 20600 Fabricação de fibras sinté- Todas.
petrolíferos a partir de ticas ou artificiais.
resíduos.
19203 Fabricação de briquetes e Todas.
aglomerados de hulha e Divisão 21 — Fabricação de produtos farmacêuticos de base
lenhite. e de preparações farmacêuticas

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida


Divisão 20 — Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas
ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos
21100 Fabricação de produtos Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida farmacêuticos de base.
21201 Fabricação de medica- Todas.
mentos.
20110 Fabricação de gases indus- Todas. 21202 Fabricação de outras pre- Todas.
triais. parações e de artigos
20120 Fabricação de corantes e Todas. farmacêuticos.
pigmentos.
20130 Fabricação de outros pro- Todas.
dutos químicos inorgâ- Divisão 22 — Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
nicos de base.
20141 Fabricação de resinosos e Todas. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
seus derivados.
20142 Fabricação de carvão (ve- Todas.
getal e animal) e produ- 22111 Fabricação de pneus e Todas.
tos associados. câmaras-de-ar.
20143 Fabricação de álcool etí- Todas. 22112 Reconstrução de pneus Todas.
lico de fermentação. 22191 Fabricação de componen- Todas.
20144 Fabricação de outros pro- Todas. tes de borracha para
dutos químicos orgâni- calçado.
cos de base, n. e. 22192 Fabricação de outros pro- Todas.
20151 Fabricação de adubos quí- Todas. dutos de borracha, n. e.
micos ou minerais e de 22210 Fabricação de chapas, fo- Todas.
compostos azotados. lhas, tubos e perfis de
20152 Fabricação de adubos orgâ- Todas. plástico.
nicos e organo-minerais. 22220 Fabricação de embalagens Todas.
20160 Fabricação de matérias Todas. de plástico.
plásticas sob formas 22230 Fabricação de artigos de Todas.
primárias. plástico para a cons-
20170 Fabricação de borracha Todas. trução.
sintética sob formas 22291 Fabricação de componentes Todas.
primárias. de plástico para calçado.
20200 Fabricação de pesticidas e Todas. 22292 Fabricação de outros arti- Todas.
de outros produtos agro- gos de plástico, n. e.
químicos.
20301 Fabricação de tintas (ex- Todas.
ceto impressão), verni-
zes, mastiques e produ- Divisão 23 — Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
tos similares.
20302 Fabricação de tintas de Todas.
impressão. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
20303 Fabricação de pigmentos Todas.
preparados, composi-
ções vitrificáveis e afins. 23110 Fabricação de vidro plano Todas.
20411 Fabricação de sabões, de- Todas. 23120 Moldagem e transforma- Todas.
tergentes e glicerina. ção de vidro plano.
20412 Fabricação de produtos Todas. 23131 Fabricação de vidro de Todas.
de limpeza, polimento embalagem.
e proteção. 23132 Cristalaria. . . . . . . . . . . . Todas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2405

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

23140 Fabricação de fibras de Todas. 24200 Fabricação de tubos, condu- Todas.


vidro. tas, perfis ocos e respeti-
23190 Fabricação e transforma- Todas. vos acessórios, de aço.
ção de outro vidro (in- 24310 Estiragem a frio . . . . . . . Todas.
clui vidro técnico). 24320 Laminagem a frio de arco Todas.
23200 Fabricação de produtos ce- Todas. ou banda.
râmicos refratários. 24330 Perfilagem a frio . . . . . . Todas.
23311 Fabricação de azulejos Todas. 24340 Trefilagem a frio . . . . . . Todas.
23312 Fabricação de ladrilhos, Todas. 24410 Obtenção e primeira trans- Todas.
mosaicos e placas de formação de metais pre-
cerâmica. ciosos.
23321 Fabricação de tijolos . . . Todas. 24420 Obtenção e primeira trans- Todas.
23322 Fabricação de telhas. . . . Todas. formação de alumínio.
23323 Fabricação de abobadilhas Todas. 24430 Obtenção e primeira trans- Todas.
23324 Fabricação de outros pro- Todas. formação de chumbo,
dutos cerâmicos para a zinco e estanho.
construção. 24440 Obtenção e primeira trans- Todas.
23411 Olaria de barro . . . . . . . . Todas. formação de cobre.
23412 Fabricação de artigos de uso Todas. 24450 Obtenção e primeira trans- Todas.
doméstico de faiança, formação de outros me-
porcelana e grés fino. tais não ferrosos.
23413 Fabricação de artigos de or- Todas. 24460 Tratamento de combustí- Todas.
namentação de faiança, vel nuclear.
porcelana e grés fino. 24510 Fundição de ferro fundido Todas.
23414 Atividades de decoração de Todas. 24520 Fundição de aço . . . . . . . Todas.
artigos cerâmicos de uso 24530 Fundição de metais leves Todas.
doméstico e ornamental. 24540 Fundição de outros metais Todas.
23420 Fabricação de artigos ce- Todas. não ferrosos.
râmicos para usos sani-
tários.
23430 Fabricação de isoladores Todas. Divisão 25 — Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas
e peças isolantes em e equipamentos
cerâmica.
23440 Fabricação de outros pro- Todas.
dutos em cerâmica para Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
usos técnicos.
23490 Fabricação de outros pro- Todas.
dutos cerâmicos não 25110 Fabricação de estruturas de Todas.
refratários. construções metálicas.
23510 Fabricação de cimento. . . Todas. 25120 Fabricação de portas, jane- Todas.
23521 Fabricação de cal . . . . . . Todas. las e elementos simila-
23522 Fabricação de gesso . . . . Todas. res em metal.
23610 Fabricação de produtos de Todas. 25210 Fabricação de caldeiras e Todas.
betão para a construção. radiadores para aqueci-
23620 Fabricação de produtos de Todas. mento central.
gesso para a construção. 25290 Fabricação de outros re- Todas.
23630 Fabricação de betão pronto Todas. servatórios e recipientes
23640 Fabricação de argamassas Todas. metálicos.
23650 Fabricação de produtos de Todas. 25300 Fabricação de geradores Todas.
fibrocimento. de vapor (exceto cal-
23690 Fabricação de outros pro- Todas. deiras para aquecimento
dutos de betão, gesso e central).
cimento. 25401 Fabricação de armas de Todas.
23701 Fabricação de artigos de Todas. caça, de desporto e de-
mármore e de rochas fesa.
similares. 25402 Fabricação de armamento Todas.
23702 Fabricação de artigos em Todas. 25501 Fabricação de produtos Todas.
ardósia (lousa). forjados, estampados e
23703 Fabricação de artigos de Todas. laminados.
granito e de rochas, n. e. 25502 Fabricação de produtos por Todas.
23910 Fabricação de produtos Todas. pulverometalurgia.
abrasivos. 25610 Tratamento e revestimento Todas.
23991 Fabricação de misturas Todas. de metais.
betuminosas. 25620 Atividades de mecânica Todas.
23992 Fabricação de outros pro- Todas. geral.
dutos minerais não me- 25710 Fabricação de cutelaria Todas.
tálicos diversos, n. e. 25720 Fabricação de fechaduras, Todas.
dobradiças e de outras
ferragens.
Divisão 24 — Indústrias metalúrgicas de base 25731 Fabricação de ferramentas Todas.
manuais.
25732 Fabricação de ferramentas Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida mecânicas.
25733 Fabricação de peças sin- Todas.
terizadas.
24100 Siderurgia e fabricação de Todas. 25734 Fabricação de moldes me- Todas.
ferro — ligas. tálicos.
2406 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

25910 Fabricação de embalagens Todas. 27122 Fabricação de material de Todas.


metálicas pesadas. distribuição e de con-
25920 Fabricação de embalagens Todas. trolo para instalações
metálicas ligeiras. elétricas de baixa tensão.
25931 Fabricação de produtos de Todas. 27200 Fabricação de acumulado- Todas.
arame. res e pilhas.
25932 Fabricação de molas. . . . Todas. 27310 Fabricação de cabos de Todas.
25933 Fabricação de correntes Todas. fibra ótica.
metálicas. 27320 Fabricação de outros fios Todas.
25940 Fabricação de rebites, pa- Todas. e cabos elétricos e ele-
rafusos e porcas. trónicos.
25991 Fabricação de louça me- Todas. 27330 Fabricação de dispositi- Todas.
tálica e artigos de uso vos e acessórios para
doméstico. instalações elétricas, de
25992 Fabricação de outros pro- Todas. baixa tensão.
dutos metálicos diver- 27400 Fabricação de lâmpadas Todas.
sos n. e. elétricas e de outro equi-
pamento de iluminação.
27510 Fabricação de eletrodo- Todas.
Divisão 26 — Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento mésticos.
para comunicações 27520 Fabricação de aparelhos Todas.
não elétricos para uso
doméstico.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida 27900 Fabricação de outro equi- Todas.
pamento elétrico.

26110 Fabricação de componen- Todas.


tes eletrónicos.
26120 Fabricação de placas de Todas.
circuitos eletrónicos. Divisão 28 — Fabricação de máquinas e equipamento n. e.
26200 Fabricação de computa- Todas.
dores e de equipamento
periférico. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
26300 Fabricação de aparelhos e Todas.
de equipamentos para
comunicações. 28110 Fabricação de motores e Todas.
26400 Fabricação de recetores Todas. turbinas, exceto moto-
de rádio e de televisão res para aeronaves, au-
e bens de consumo si- tomóveis e motociclos.
milares. 28120 Fabricação de equipamento Todas.
26511 Fabricação de contadores Todas. hidráulico e pneumático.
de eletricidade, gás, água 28130 Fabricação de outras bom- Todas.
e de outros líquidos. bas e compressores.
26512 Fabricação de instrumentos Todas. 28140 Fabricação de outras tor- Todas.
e aparelhos de medida, neiras e válvulas.
verificação, navegação 28150 Fabricação de rolamentos, Todas.
e outros fins, n. e. de engrenagens e de
26520 Fabricação de relógios e Todas. outros órgãos de trans-
material de relojoaria. missão.
26600 Fabricação de equipamen- Todas. 28210 Fabricação de fornos e Todas.
tos de radiação, eletro- queimadores.
medicina e eletrotera- 28221 Fabricação de ascensores e Todas.
pêutico. monta-cargas, escadas e
26701 Fabricação de instrumen- Todas. passadeiras rolantes.
tos e equipamentos óti- 28222 Fabricação de equipamen- Todas.
cos não oftálmicos. tos de elevação e de mo-
26702 Fabricação de material Todas. vimentação, n. e.
fotográfico e cinemato- 28230 Fabricação de máquinas Todas.
gráfico. e equipamento de es-
26800 Fabricação de suportes de Todas. critório, exceto compu-
informação magnéticos tadores e equipamento
e óticos. periférico.
28240 Fabricação de máquinas- Todas.
-ferramentas portáteis
Divisão 27 — Fabricação de equipamento elétrico com motor.
28250 Fabricação de equipamento Todas.
não doméstico para re-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida frigeração e ventilação.
28291 Fabricação de máquinas de Todas.
acondicionamento e de
27110 Fabricação de motores, ge- Todas. embalagem.
radores e transformado- 28292 Fabricação de balanças e Todas.
res elétricos. de outro equipamento
27121 Fabricação de material de Todas. para pesagem.
distribuição e de con- 28293 Fabricação de outras má- Todas.
trolo para instalações quinas diversas de uso
elétricas de alta tensão. geral, n. e.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2407

Subclasse Designação Atividade industrial abrangida Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

28300 Fabricação de máquinas e Todas. 30300 Fabricação de aeronaves, Todas.


de tratores para a agri- de veículos espaciais e
cultura, pecuária e sil- equipamento relacio-
vicultura. nado.
28410 Fabricação de máquinas- Todas. 30400 Fabricação de veículos mi- Todas.
-ferramentas para metais. litares de combate.
28490 Fabricação de outras Todas. 30910 Fabricação de motociclos Todas.
máquinas-ferramentas. 30920 Fabricação de bicicletas e Todas.
28910 Fabricação de máquinas Todas. veículos para inválidos.
para a metalurgia. 30990 Fabricação de outro equipa- Todas.
28920 Fabricação de máquinas Todas. mento de transporte, n. e.
para as indústrias extra-
tivas e para a construção.
28930 Fabricação de máquinas Todas. Divisão 31 — Fabricação de mobiliário e de colchões
para as indústrias ali-
mentares, das bebidas e
do tabaco. Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
28940 Fabricação de máquinas Todas.
para as indústrias têxtil,
do vestuário e do couro. 31010 Fabricação de mobiliário Todas.
28950 Fabricação de máquinas Todas. para escritório e comér-
para as indústrias do cio.
papel e do cartão. 31020 Fabricação de mobiliário Todas.
28960 Fabricação de máquinas Todas. de cozinha.
para as indústrias do 31030 Fabricação de colchoaria Todas.
plástico e da borracha. 31091 Fabricação de mobiliário de Todas.
28991 Fabricação de máquinas Todas. madeira para outros fins.
para as indústrias de 31092 Fabricação de mobiliário Todas.
materiais de construção, metálico para outros fins.
cerâmica e vidro. 31093 Fabricação de mobiliário Todas.
28992 Fabricação de outras má- Todas. de outros materiais para
quinas diversas para uso outros fins.
específico, n. e. 31094 Atividades de acabamento Todas.
de mobiliário.

Divisão 32 — Outras indústrias transformadoras


Divisão 29 — Fabricação de veículos automóveis, reboques,
semirreboques e componentes para veículos automóveis
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida

32110 Cunhagem de moedas Todas.


29100 Fabricação de veículos au- Todas. 32121 Fabricação de filigranas Todas.
tomóveis. 32122 Fabricação de artigos de Todas.
29200 Fabricação de carroçarias, Todas. joalharia e de outros ar-
reboques e semirrebo- tigos de ourivesaria.
ques. 32123 Trabalho de diamantes e Todas.
29310 Fabricação de equipamento Todas. de outras pedras pre-
elétrico e eletrónico para ciosas ou semiprecio-
veículos automóveis. sas para joalharia e uso
29320 Fabricação de outros com- Todas. industrial.
ponentes e acessórios 32130 Fabricação de bijutarias Todas.
para veículos automó- 32200 Fabricação de instrumen- Todas.
veis. tos musicais.
32300 Fabricação de artigos de Todas.
desporto.
32400 Fabricação de jogos e de Todas.
brinquedos.
Divisão 30 — Fabricação de outro equipamento de transporte 32501 Fabricação de material Todas.
ótico oftálmico.
32502 Fabricação de material Todas.
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida ortopédico e próteses e
de instrumentos médico-
-cirúrgicos.
30111 Construção de embarca- Todas. 32910 Fabricação de vassouras, Todas.
ções metálicas e estru- escovas e pincéis.
turas flutuantes, exceto 32991 Fabricação de canetas, lá- Todas.
de recreio e desporto. pis e similares.
30112 Construção de embarcações Todas. 32992 Fabricação de fechos de Todas.
não metálicas, exceto correr, botões e similares.
de recreio e desporto. 32993 Fabricação de guarda-sóis Todas.
30120 Construção de embarcações Todas. e chapéus-de-chuva.
de recreio e desporto. 32994 Fabricação de equipamento Todas.
30200 Fabricação de material cir- Todas. de proteção e segurança.
culante para caminhos- 32995 Fabricação de caixões mor- Todas.
-de-ferro. tuários em madeira.
2408 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Secção I — Alojamento, restauração e similares


Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
Divisão 56 — Fornecimento de refeições para eventos
e outras atividades de serviço de refeições
32996 Outras indústrias transfor- Todas, com exclusão de:
madoras diversas, n. e. arte de trabalhar flores
secas; arte de trabalhar Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
miolo de figueira e si-
milares; arte de trabalhar
cascas de cebola, alho e 56210 Fornecimento de refeições Apenas quando o local de
similares; gravura em para eventos. preparação das refeições
metal; construção de não é o local onde decor-
maquetas; arte de fazer rem os eventos.
abat-jours; produção 56290 Outras atividades de ser- Apenas atividade de prepa-
manual de perucas; pro- viço de refeições. ração de refeições para
dução manual de flores fornecimento e consumo
artificiais; produção em local distinto do local
manual de adereços e de preparação.
enfeites de festa; arte
de trabalhar cera; arte Parte 2
de trabalhar osso, chi-
fre e similares; arte de
trabalhar conchas; arte Estabelecimentos industriais a que se refere
de trabalhar penas; arte o n.º 3 do artigo 18.º
de trabalhar escamas de
peixe; arte de trabalhar A
materiais sintéticos; gno-
mónica (arte de construir Estabelecimentos industriais a que se refere a alínea b)
relógios de sol). do n.º 3 do artigo 18.º
Estabelecimentos industriais com potência elétrica não
superior a 41,4 kVA e potência térmica não superior a
4 × 105 kJ/h, onde são exercidas, a título individual ou
Divisão 33 — Reparação, manutenção e instalação de máquinas em microempresa até cinco trabalhadores, as atividades
e equipamentos
expressamente identificadas no quadro seguinte, com indi-
cação da subclasse na Classificação Portuguesa das Ativi-
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida dades Económicas (CAE — rev. 3), e com os valores limite
anuais de produção estabelecidos no mesmo quadro.
33110 Reparação e manutenção Todas.
Limites anuais
de produtos metálicos Subclasse Atividade exercida a título individual
de produto
(exceto máquinas e CAE ou em microempresa
acabado
equipamentos).
33120 Reparação e manutenção Todas. 10130 Preparação e conservação de produtos à base de
de máquinas e equipa- carne e preparação de enchidos, ensacados e
mentos. similares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg
33130 Reparação e manutenção Todas. 10201 Preparação de produtos da pesca e da aquicultura 2 000 kg
de equipamento eletró- 10203 Preparação e conservação de peixe e outros pro-
nico e ótico. dutos do mar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 000 kg (1)
33140 Reparação e manutenção Todas. 10204 Salga, secagem e outras transformações de pro-
de equipamento elétrico. dutos da pesca e aquicultura . . . . . . . . . . . . 2 000 kg (1)
33150 Reparação e manutenção Todas. 10310 Preparação e conservação de batatas . . . . . . . . 5 000 kg
de embarcações. 10392 Preparação de frutos secos e secados, incluindo
33160 Reparação e manutenção Todas. os silvestres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
de aeronaves e de veí- 10393 Preparação de doces, compotas, geleias e mar-
culos espaciais. melada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
33170 Reparação e manutenção Todas. 10394 Descasque e transformação de frutos de casca
de outro equipamento rija comestíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
de transporte. 10395 Preparação e conservação de frutos e de produtos
33190 Reparação e manutenção Todas. hortícolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
de outro equipamento. 10510 Indústrias do leite e derivados . . . . . . . . . . . . . 12 000 L
33200 Instalação de máquinas e Todas. 10520 Preparação de gelados e sorvetes. . . . . . . . . . . 1 500 kg
de equipamentos indus- 10711 Fabrico de pão e produtos afins do pão . . . . . . 8 000 kg
triais. 10712 Fabrico de bolos, tortas e produtos similares de
pastelaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000 kg
10822 Fabrico de rebuçados, caramelos, frutos e cascas de
frutos cristalizados e secos com açúcar, amên-
doas cobertas com açúcar e outros confeitos 5000 kg
Secção D — Eletricidade, gás, vapor, água quente 10840 Preparação de plantas aromáticas, condimentos
e fria e ar frio e temperos (incluindo produção de vinagre) 1 500 kg
11011 Fabricação de aguardentes preparadas. . . . . . . 1 500 L (1)
11013 Produção de licores, xaropes e aguardentes não
Divisão 35 — Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio vínicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 500 L
11021 Produção de vinhos comuns e licorosos . . . . . 2 500 L
Subclasse Designação Atividade industrial abrangida
11030 Produção de cidra e outros produtos fermentados
de frutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 500 L (1)
11050 Fabricação de cerveja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 500 L
35302 Produção de gelo . . . . . . Todas. 13930 Produção de tapetes e tapeçaria . . . . . . . . . . . .
13961 Passamanaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2409

Limites anuais
Subclasse Atividade exercida a título individual Subclasse
de produto Designação CAE Atividade produtiva
CAE ou em microempresa CAE
acabado

13991 Confeção de bordados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10395 Preparação e conservação de Todas.


13992 Confeção de artigos de renda. . . . . . . . . . . . . . frutos e de produtos hortíco-
14120 Confeção de vestuário de trabalho. . . . . . . . . . las por outros processos.
14132 Confeção de vestuário por medida. . . . . . . . . . 10411 Produção de óleos e gorduras Todas (1).
14190 Fabrico de acessórios de vestuário e confeção animais brutos.
de calçado de pano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10412 Produção de azeite . . . . . . . . . Todas.
14310 Fabricação de meias e similares de malha . . . . 10413 Produção de óleos vegetais bru- Todas (1).
14390 Fabricação de outro vestuário de malha. . . . . . tos (exceto azeite).
15201 Fabricação de calçado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10414 Refinação de azeite, óleos e Todas (1).
16291 Arte de soqueiro e tamanqueiro . . . . . . . . . . . . gorduras.
16292 Cestaria, esteiraria, capacharia, chapelaria, 10420 Fabricação de margarinas e de Todas (1).
empalhamento, arte de croceiro, confeção de gorduras alimentares simi-
bonecos em folhas de milho. . . . . . . . . . . . . lares.
17290 Arte de trabalhar papel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10510 Indústrias do leite e derivados Todas.
22292 Arte de trabalhar plástico . . . . . . . . . . . . . . . . . 10520 Fabricação de gelados e sorvetes Todas.
23132 Arte de trabalhar cristal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10611 Moagem de cereais . . . . . . . . Todas (1).
23190 Arte de trabalhar vidro (inclui arte do vitral). . . 10612 Descasque, branqueamento e Todas (1).
32121 Ourivesaria — filigrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . outros tratamentos do arroz.
32122 Ourivesaria — prata cinzelada; joalharia. . . . . 10613 Transformação de cereais e le- Todas (1).
32130 Fabrico de bijutarias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . guminosas, n. e.
32400 Fabrico de jogos e brinquedos (inclui confeção
10620 Fabricação de amidos, féculas Todas (1).
de bonecos de pano). . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e produtos afins.
(1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio urbano. 10711 Panificação. . . . . . . . . . . . . . . Todas.
10712 Pastelaria . . . . . . . . . . . . . . . . Todas
10720 Fabricação de bolachas, bis- Todas.
B coitos, tostas e pastelaria de
conservação.
Estabelecimentos industriais a que se refere a alínea a) 10730 Fabricação de massas alimentí- Todas.
do n.º 3 do artigo 18.º cias, cuscuz e similares.
10810 Indústria do açúcar. . . . . . . . . Todas (1).
Estabelecimentos industriais com potência elétrica 10821 Fabricação de cacau e de cho- Todas.
igual ou inferior a 99 kVA, potência térmica não supe- colate.
10822 Fabricação de produtos de con- Todas.
rior a 4 × 106 kJ/h e n.º de trabalhadores não superior a feitaria.
20, onde são exercidas as atividades económicas, que 10830 Indústria do café e do chá . . . Todas.
seguidamente se identificam, na sua designação coloquial, 10840 Fabricação de condimentos e Preparação de ervas aro-
com indicação da respetiva nomenclatura e subclasse temperos. máticas e medicinais e
produção de vinagre.
na Classificação Portuguesa das Atividades Económicas 10850 Fabricação de refeições e pratos Todas.
(CAE — rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, pré-cozinhados.
de 14 de novembro. 10860 Fabricação de alimentos homo- Todas.
geneizados e dietéticos.
Subclasse
10891 Fabricação de fermentos, le- Todas.
CAE
Designação CAE Atividade produtiva veduras e adjuvantes para
panificação e pastelaria.
10892 Fabricação de caldos, sopas e Todas.
10130 Fabricação de produtos à base Preparação e conservação sobremesas.
de carne. de produtos à base de 10893 Fabricação de outros produtos Todas.
carne e preparação de alimentares diversos, n. e.
enchidos, ensacados e

}
11011 Fabricação de aguardentes pre- Produção de aguardentes
similares. paradas. vínicas (1).
10201 Preparação de produtos da 11013 Produção de licores e de outras Produção de licores, xaro-
pesca e da aquicultura. bebidas destiladas. pes e aguardentes não
10202 Congelação de produtos da vínicas.
Preparação e conservação
pesca e da aquicultura. 11021 Produção de vinhos comuns e Todas.
de peixe e outros produ-
10203 Conservação de produtos da licorosos.
tos do mar.
pesca e da aquicultura em
11030 Produção de cidra e outros pro- Todas.
azeite e outros óleos vegetais
dutos fermentados.
e outros molhos.
10204 Salga, secagem e outras trans- Todas (1). 11050 Fabricação de cerveja. . . . . . . Todas.
formações de produtos da 13101 Preparação e fiação de fibras do Todas.
pesca e aquicultura. tipo algodão.
10310 Preparação e conservação de Todas. 13102 Preparação e fiação de fibras Todas.
batatas. do tipo lã.
10320 Fabricação de sumos de frutas e Todas. 13103 Preparação e fiação da seda e Preparação e fiação de fi-
de produtos hortícolas. preparação e texturização bras têxteis.
10391 Congelação de frutos e de pro- Todas. de filamentos sintéticos e
dutos hortícolas. artificiais.
10392 Secagem e desidratação de fru- Preparação de frutos secos 13105 Preparação e fiação de fibras Preparação e fiação de fi-
tos e de produtos hortícolas. e secados, incluindo os do tipo linho e outras fibras bras têxteis.
silvestres. têxteis.
10393 Fabricação de doces, compotas, Todas. 13201 Tecelagem de fio do tipo algo- Todas.
geleias e marmelada. dão.
10394 Descasque e transformação de Todas. 13202 Tecelagem de fio do tipo lã Todas.
frutos de casca rija comes- 13203 Tecelagem de fio do tipo seda Todas.
tíveis. e outros têxteis.
2410 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

Subclasse Subclasse
Designação CAE Atividade produtiva Designação CAE Atividade produtiva
CAE CAE

13920 Fabricação de artigos têxteis Confeção de bonecos de 23701 Fabricação de artigos de már- Escultura em pedra; can-
confecionados, exceto ves- pano e de artigos têxteis more e de rocha similares. taria.
tuário. para o lar. 23702 Fabricação de artigos em ardó- Arte de trabalhar ardósia.
13930 Fabricação de tapetes e carpetes Todas. sia (lousa).
13941 Fabricação de cordoaria . . . . . Todas (inclui arte de 23703 Fabricação de artigos de granito Escultura em pedra; can-
marinharia e outros e de rocha, n. e. taria.
objetos de corda). 25120 Fabricação de portas, janelas e Fabrico de portas, janelas e
13961 Fabricação de passamanarias e Passamanaria. elementos similares em me- elementos similares.
sirgarias. tal, n. e.
13991 Fabricação de bordados . . . . . Todas. 25501 Fabricação de produtos forja- Todas.
13992 Fabricação de rendas . . . . . . . Todas. dos, estampados e laminados.
14110 Confeção de vestuário em couro Todas. 25710 Fabricação de cutelaria . . . . . Todas.
14120 Confeção de vestuário de tra- Todas. 25731 Fabricação de ferramentas ma- Todas.
balho. nuais.
14132 Confeção de outro vestuário Todas. 25931 Fabricação de produtos de Todas.
exterior por medida. arame.
14190 Confeção de outros artigos e Todas. 25991 Fabricação de louça metálica e Latoaria; arte de tra-
acessórios de vestuário. artigos de uso doméstico. balhar cobre, la-
14310 Fabricação de meias e similares Todas. tão, estanho, bronze.
de malha. 25992 Fabricação de outros produtos Latoaria; arte de tra-
14390 Fabricação de outro vestuário Todas. metálicos diversos, n. e. balhar cobre, la-
de malha. tão, estanho, bronze.
15111 Curtimenta e acabamento de Gravura em pele; douradura 27400 Fabricação de lâmpadas elétri- Fabrico de quebra-luzes
peles sem pelo. em pele. cas e de outro equipamento (abat-jours)
15120 Fabricação de artigos de viagem Todas. de iluminação.
e de uso pessoal, de marro- 31020 Fabricação de mobiliário de Marcenaria.
quinaria, de correeiro e de cozinha.
seleiro. 31030 Fabricação de colchoaria . . . . Todas.
15201 Fabricação de calçado . . . . . . Todas. 31091 Fabricação de mobiliário de Marcenaria; arte de cadei-
16230 Fabricação de outras obras de Carpintaria para construção madeira para outros fins. reiro; estofador.
carpintaria para a construção. tradicional. 31093 Fabricação de mobiliário de ou- Fabrico de mobiliário de
16291 Fabricação de outras obras de Carpintaria agrícola, carpin- tros materiais para outros fins. vime ou similar.
madeira. taria de cena. 32121 Fabricação de filigranas . . . . . Ourivesaria — filigrana.
16291 Fabricação de outras obras de Todas. 32122 Fabricação de artigos de joa- Ourivesaria — prata cinze-
madeira. lharia e de outros artigos de lada; joalharia.
16292 Fabricação de obras de cestaria Cestaria, esteiraria, ca- ourivesaria.
e de espartaria. pacharia, chapelaria, 32130 Fabricação de bijutarias . . . . . Todas.
empalhamento, arte de 32200 Fabricação de instrumentos Todas.
croceiro, confeção de bo- musicais.
necos em folhas de milho. 32300 Fabricação de artigos de des- Fabricodeaparelhosdepesca.
16295 Fabricação de outros produtos Arte de trabalhar cortiça. porto.
de cortiça. 32400 Fabricação de jogos e de brin- Todas (inclui fabrico de mi-
17120 Fabricação de papel e de cartão Fabrico de papel. quedos. niaturas).
(exceto canelado). 32910 Fabricação de vassouras, esco- Todas.
17212 Fabricação de outras embala- Cartonagem. vas e pincéis.
gens de papel e de cartão. 32995 Fabricação de caixões mortuá- Todas.
17290 Fabricação de outros artigos de Arte de trabalhar papel. rios em madeira.
pasta de papel, de papel e de 32996 Outras indústrias transformado- Fabrico de perucas; taxi-
cartão. ras diversas, n. e. dermia (arte de embal-
20411 Fabricação de sabões, detergen- Todas. samar); fabrico de flores
tes e glicerina. artificiais; fabrico de
20420 Fabricação de perfumes, de Todas. registos e similares; fa-
cosméticos e de produtos de brico de adereços e en-
higiene. feites de festa; fabrico de
23132 Cristalaria. . . . . . . . . . . . . . . . Arte de trabalhar cristal. objetos em cera; fabrico
23190 Fabricação e transformação Arte de trabalhar o vidro de objetos em osso, chi-
de outro vidro (inclui vidro (inclui arte do vitral). fre e similares; fabrico
técnico). de objetos em materiais
23311 Fabricação de azulejos . . . . . . Cerâmica de construção sintéticos.
tradicional. 33110 Reparação e manutenção de Todas.
23312 Fabricação de ladrilhos, mosai- Cerâmica de construção produtos metálicos (exceto
cos e placas de cerâmica. tradicional. máquinas e equipamentos).
23321 Fabricação de tijolos . . . . . . . Cerâmica de construção 33120 Reparação e manutenção de Todas.
tradicional. máquinas e equipamentos.
23322 Fabricação de telhas. . . . . . . . Cerâmica de construção 33130 Reparação e manutenção de equi- Todas.
tradicional. pamento eletrónico e ótico.
23323 Fabricação de abobadilhas . . . Cerâmica de construção 33140 Reparação e manutenção de Todas.
tradicional. equipamento elétrico.
23411 Olaria de barro . . . . . . . . . . . . Todas. 35302 Produção de gelo . . . . . . . . . . Todas.
23414 Atividades de decoração de Pintura cerâmica. 56210 Fornecimento de refeições para Todas.
artigos cerâmicos de uso do- eventos.
méstico e ornamental. 56290 Outras atividades de serviço de Todas.
23521 Fabricação de cal . . . . . . . . . . Fabrico de cal não hidráulica. refeições.
23690 Fabricação de outros produtos Arte de trabalhar o gesso.
de betão, gesso e cimento. (1) Atividades que não podem ser desenvolvidas em fração autónoma de prédio urbano.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015 2411

ANEXO II ANEXO III

Fatores de conversão e coeficientes de equivalência Identificação das entidades coordenadoras, nos termos
do disposto no n.º 2 do artigo 13.º
1 — Coeficientes de equivalência a utilizar: do Sistema da Indústria Responsável
1 kVA = 0,96 kW; 1 — A determinação da entidade coordenadora no pro-
1 kcal = 4,18 kJ. cedimento relativo ao estabelecimento industrial é feita de
acordo com o quadro constante do presente anexo, sem
2 — Poderes caloríficos a utilizar: prejuízo do disposto nos números seguintes.
2 — Sempre que num estabelecimento industrial classi-
Fuelóleo — 9600 kcal/kg; ficado de acordo com o artigo 11.º do Sistema da Indústria
Gasóleo — 10 450 kcal/kg; Responsável sejam exercidas atividades industriais do
Petróleo — 10 450 kcal/kg; mesmo tipo às quais correspondam diferentes entidades
Propano — 11 400 kcal/kg; coordenadoras, a determinação da entidade coordenadora é
Butano — 11 400 kcal/kg; feita em função da Classificação Portuguesa das Atividades
Gás natural — 9080 kcal/m3; Económicas (CAE) da atividade principal.
Combustíveis sólidos: 3 — A entidade coordenadora do procedimento relativo
2000 kcal/kg (teor de humidade > 60 %); à instalação e exploração da Zonas Empresariais Responsá-
2500 kcal/kg (30 % < teor de humidade < 60 %); veis (ZER) é o IAPMEI — Agência para a Competitividade
3000 kcal/kg (teor de humidade < 30 %). e Inovação, I. P. (IAPMEI, I. P.).
4 — A entidade coordenadora dos anexos mineiros e
3 — Outros fatores de conversão: de pedreiras onde sejam exercidas atividades industriais
exclusivamente para a beneficiação do material extraído
1000 L de gasóleo — 835 kg; é a entidade com atribuições e competências da respetiva
1000 L de petróleo — 785 kg. atividade extrativa.

CAE-Rev 3 Tipologia
Entidade Coordenadora
(Subclasse) de estabelecimentos

05100, 05200, 07100, 07210, 07290, 08111, 08112, 08113, Todos os tipos . . . . . . Direção-Geral de Energia e Geologia.
08114, 08115, 08121, 08920, 08992, 11071, 19201, 19202,
24410, 24430, 24440, 24450 e 24460.
08931,10110 a 10412, 10510 e 1089310911 a 10920, 11011 Tipos 1 e 2 . . . . . . . . . Direção Regional de Agricultura territorialmente competente
a 11013, 11021 a 11030,35302, 56210 e 56290. ou entidade gestora de ZER.
Tipo 3 . . . . . . . . . . . . . Câmara Municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.
Subclasses previstas na secção 1 do Anexo I e não identifi- Tipos 1 e 2 . . . . . . . . . IAPMEI, I. P., ou entidade gestora de ZER.
cadas nas linhas anteriores desta coluna. Tipo 3 . . . . . . . . . . . . . Câmara Municipal territorialmente competente ou entidade
gestora de ZER.

ANEXO IV
Regimes/circunstâncias Prazos
1 — Os prazos máximos para pronúncias a que se refe-
rem a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º, a alínea e) do n.º 1
do artigo 16.º, o n.º 1 do artigo 23.º e o n.º 1 do artigo 31.º • Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 2 15 dias
são os constantes do quadro seguinte: (1) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 151-B/2013, de 31 de outubro.
(2) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 151-B/2013, de 31 de outubro.
Regimes/circunstâncias Prazos (3) Regime jurídico de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho.
(4) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à prevenção e controlo integrados
da poluição, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — De- (5) Regime jurídico de emissões industriais aplicável à incineração e coincineração de
claração de impacte ambiental (DIA) em fase de projeto resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto.
de execução (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 dias (6) Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008,
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009,
• Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental — Re- de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho.
latório de conformidade ambiental do projeto de execução (7) Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março, que aprova o regime CELE.
com a DIA (RECAPE) (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 dias (8) Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada pelos
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias Decretos-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 60/2012, de 14 de março.
perigosas (3) — parecer relativo ao relatório de segurança 80 dias
• Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias peri- 2 — A redução dos prazos máximos para pronúncias a
gosas (3) — parecer relativo à compatibilidade de localização 30 dias que se refere a alínea c) do n.º 3 do artigo 10.º é efetuada
• Licença ambiental associada a estabelecimento industrial
não sujeito a avaliação de impacte ambiental . . . . . . . . . 80 dias de acordo com as seguintes regras:
• Licença ambiental com DIA em simultâneo (4). . . . . . . . . 90 dias
• Licença ambiental com RECAPE em simultâneo (4) . . . . 60 dias
a) Tratando-se de estabelecimento ao qual é aplicável o
• Operação de gestão de resíduos — regime de incineração (5) 50 dias regime jurídico de avaliação de impacte ambiental apro-
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime geral 50 dias vado pelo Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro
• Operação de gestão de resíduos (6) — alvará do regime (RJAIA) ou o regime jurídico de acidentes graves que en-
simplificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 dias
• Título de emissão de gases com efeito de estufa (7) . . . . . 30 dias volvam substâncias perigosas, aprovado pelo Decreto-Lei
• Título de utilização de recursos hídricos (8) . . . . . . . . . . . 22 dias n.º 254/2007, de 12 de julho (RPAG), o prazo é reduzido
• Outras consultas para estabelecimentos industriais de tipo 1 25 dias em um quarto;
2412 Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 11 de maio de 2015

b) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao documentos de prestação de contas incorporem de forma


qual existe a necessidade de obtenção de título de emissão adequada, e no período a que efetivamente respeita, a
de gases com efeitos de estufa previsto no Decreto-Lei valorização das suas carteiras de participações.
n.º 38/2013, de 15 de março, o prazo é reduzido em um Foi ouvida, a título facultativo, a Comissão do Mercado
terço; de Valores Mobiliários.
c) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao qual Assim:
é aplicável o regime jurídico da prevenção e controlo inte- Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da
grado de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II Constituição, o Governo decreta o seguinte:
do Regime das Emissões Industriais (REI), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, o prazo é re- Artigo 1.º
duzido em metade;
d) Tratando-se de estabelecimento relativamente ao Objeto
qual são aplicáveis o regime de operação de gestão de O presente decreto-lei procede à segunda alteração ao
resíduos (regime de incineração) previsto no Decreto-Lei Decreto-Lei n.º 187/2002, de 21 de agosto, alterado pelo
n.º 127/2013, de 30 de agosto, e regimes de operação de Decreto-Lei n.º 13/2007, de 19 de janeiro, e à primeira
gestão de resíduos previstos no Decreto-Lei n.º 178/2006, alteração ao Decreto-Lei n.º 175/2008, de 26 de agosto, no
de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, sentido de conformar os respetivos regimes de aprovação
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64/2008, de 31 de dezembro, anual de contas ao calendário de aprovação de contas das
e pelos Decretos-Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, e entidades em que detêm participações.
73/2011, de 17 de junho, o prazo é reduzido em um quinto.
Artigo 2.º
ANEXO V
Alteração ao Decreto-Lei n.º 187/2002, de 21 de agosto
Taxa única
Os artigos 1.º, 4.º, 8.º, 10.º, 11.º e 14.º do Decreto-Lei
(Revogado.) n.º 187/2002, de 21 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei
n.º 13/2007, de 19 de janeiro, passam a ter a seguinte
Decreto-Lei n.º 74/2015 redação:
de 11 de maio «Artigo 1.º
O Decreto-Lei n.º 187/2002, de 21 de agosto, alterado […]
pelo Decreto-Lei n.º 13/2007, de 19 de janeiro, criou o
quadro legal dos fundos de sindicação de capital de risco 1 — A constituição e o funcionamento dos fundos de
(FSCR), estabelecidos com o intuito de permitir a con- sindicação de capital de risco, adiante designados apenas
cretização do apoio público às intervenções do capital por FSCR, regem-se pelo presente diploma e, subsi-
de risco no quadro do Programa para a Produtividade e o diariamente, com as devidas adaptações, pelo regime
Crescimento da Economia, e dando execução a um meca- jurídico aplicável aos fundos de capital de risco, com
nismo integrado no Programa Operacional da Economia exclusão das competências da Comissão do Mercado
2000-2006. de Valores Mobiliários nessa matéria.
O Decreto-Lei n.º 175/2008, de 26 de agosto, constituiu 2 — […].
o FINOVA – Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação,
instrumento privilegiado para a concretização dos objetivos Artigo 4.º
estabelecidos no SAFPRI (Sistema de Apoio ao Financia-
[…]
mento e Partilha de Risco), com o intuito de impulsionar
a disseminação de instrumentos de financiamento que 1 — Os FSCR são administrados por uma enti-
proporcionem melhores condições de financiamento às dade especializada, a entidade gestora, indicada pelo
pequenas e médias empresas portuguesas. IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inova-
Face à sua natureza, e sem prejuízo de prosseguirem, ção, I.P. (IAPMEI, I.P.), cujo capital social seja detido
indubitavelmente, objetivos distintos, tanto os FSCR como total ou maioritariamente pelo IAPMEI, I.P., e ou pelo
o FINOVA podem investir diretamente em empresas, ou Instituto do Turismo de Portugal, I.P. (Turismo de Por-
assumir a natureza de fundo de fundos, investindo de forma tugal, I.P.).
indireta. 2 — […].
No entanto, os respetivos regimes jurídicos não tiveram 3 — […].
presente que desta configuração resulta a necessidade de 4 — […].
refletir adequadamente a valorização das suas carteiras de
participações no período a que efetivamente diz respeito Artigo 8.º
nos documentos contabilísticos dos próprios fundos, es-
tabelecendo uma obrigação de discussão e aprovação dos […]
relatórios e contas anuais destas entidades até 31 de março, 1 — […]:
prazo esse que é igual ao de discussão e aprovação dos
relatórios e contas anuais das sociedades comerciais em a) […];
que participam, e inferior em um mês ao dos fundos de b) […];
capital de risco. c) Créditos concedidos a entidades especializadas de
Através do presente decreto-lei pretende-se corrigir os capital de risco, em que se incluem, nomeadamente, as
calendários de aprovação de contas destes fundos, esten- sociedades de capital de risco, as sociedades de inves-
dendo o respetivo prazo, por forma a permitir que os seus timento em capital de risco, as sociedades gestoras de

Você também pode gostar