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Campanha de venda de novas variedades de milho Pioneer para Silagem para Triangulo
Mineiro
VANUSA SIEGA
UBERLÂNDIA - 2021
VANUSA SIEGA
UBERLÂNDIA
2021
Araújo, Natália Pagan de.
Sistema de multicanais : desafios enfrentados na migração da venda
tradicional de varejo para o sistema omnichannel / Natália Pagan de Araújo. -
2018.
53 f.
CDU 658.8(816.11)
Ficha catalográfica elaborada por: Isabele Oliveira dos Santos Garcia CRB SP-010191/O Biblioteca
Karl A. Boedecker da Fundação Getulio Vargas - SP
VANUSA SIEGA
SISTEMA DE MULTICANAIS
Desafios enfrentados na migração da venda tradicional de varejo para o sistema omnichannel
Data da Aprovação
23/06/2018
Banca Examinadora:
A escolha correta do híbrido de milho é uma das decisões de gestão mais importantes na produção
de silagem, já que pode significar a diferença entre lucro e prejuízo na alimentação do rebanho.
Em grãos ou ensilado, é usado na alimentação das vacas em mais de 70% das propriedades
leiteiras do País.
O híbrido destinado à produção de silagem deve ter boa estabilidade agronômica, com maior
tolerância à pragas e doenças, de modo que possa expressar as características produtivas
desejadas, como alta produção de forragem (matéria seca - MS) com grande participação de grãos
no seu conteúdo, que é a porção responsável por quase 65% da energia digestível contida na
silagem, e a fração determinante para obtenção de maiores rendimentos de leite ou carne por
hectare.
No planejamento agronômico da lavoura a opção por “sistemas de combinação de híbridos”
podem ser uma ferramenta importante para se ampliar a janela de corte do milho para silagem. O
posicionamento correto de híbridos de ciclos diferentes reduz os riscos de perdas agronômicas,
favorece o corte no momento ideal e permite maior eficiência das operações (corte, transporte e
compactação) no processo de ensilagem.
Estabelecidas as condições ideias de produtividade para grãos e forragem devemos considerar as
características de digestibilidade da fração fibrosa (DFDN) da forragem, que além de fonte de
energia é também necessária para otimizar a função ruminal. A maior digestibilidade da fibra faz
com que o seu tempo de permanência (enchimento) no rúmem seja menor, permitindo maior
ingestão de matéria seca de forragem pelos animais, demandando menos alimentos concentrados
e/ou aumentando a produtividade do rebanho.
A digestibilidade da fibra (DFDN) da silagem de milho é extremamente variável e pouco
relacionada com os teores de FDN, FDA ou mesmo a proteína bruta (PB), que são geralmente
empregadas na formulação das dietas. Os resultados indicam que existem grandes variações nos
teores de fibra digestível (DFDN) entre amostras de silagens de híbridos comerciais. Essas
variações podem ser decorrentes, por exemplo, da estrutura da planta, que se modifica de acordo
com a população estabelecida na área, das condições de fertilidade do solo e danos decorrentes de
pragas, doenças e, principalmente, do estresse hídrico. Nesse sentido, os novos adventos da
biotecnologia, como o uso de técnicas de marcadores moleculares, vêm identificando genes que
conferem maior tolerância fitossanitária para a planta de milho, reduzindo danos agronômicos e
resultando em maiores produtividades de grãos e melhor qualidade de forragem.
Num segundo momento, devemos considerar ainda que a qualidade da silagem de milho sofre
interferência de variáveis relacionadas ao manejo da ensilagem, como momento de corte, tamanho
de picado, tempo de conservação no silo, relação concentrado volumoso na dieta, e
consequentemente, no seu potencial de transformação em leite e carne.
Channel integration can present opportunities and threats for companies that can improve or
compromise performance. In view of the challenges of this integration as well as the
development of strategies that meet the different customer profiles, the consequences of
adopting the strategic multi-channel positioning are highly relevant in practical and theoretical
terms. Omnichannel is the true convergence of consumer experience. It extends to the whole
nature of the brand and aims to make the consumer realize that this experience is part of a
whole. This represents a new form of positioning and development of channels that now come
to act as points of contact. Thus, the present work was developed from the perspective of a
consulting project that produced the opinion on the implementation of the positioning strategy
omnichannel by the company Romapar Tools. The results show that the strategy has produced
positive financial results and demonstrates how the company came to such, as well as the
challenges of sustaining these changes.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 17
2.1 EVOLUÇÃO DE MULTI CANAIS ........................................................................................... 17
2.2. CONCEITO DE OMNICHANNEL ............................................................................................ 20
2.3. COMO MIGRAR PARA ABORDAGEM OMNICHANNEL.................................................... 21
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 22
4. APRESENTAÇÃO DO CASO .......................................................................................... 26
4.1. DADOS DA EMPRESA OBJETO DO ESTUDO ..................................................................... 26
4.2. ANÁLISE DO MERCADO ....................................................................................................... 28
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 30
5.1. FASE 1 – LEVANTAMENTO .................................................................................................. 32
5.2. FASE 2 – DESENHO ................................................................................................................ 37
5. 3. – FASE 3 - PLANEJAMENTO ................................................................................................ 38
5.3. FASE 4 - IMPLEMENTAÇÃO ................................................................................................. 41
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 48
6.1. COMO ORGANIZAR TODOS ESSES ESFORÇOS ............................................................... 48
6.2. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 48
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 50
8. APÊNDICES ....................................................................................................................... 54
1. INTRODUÇÃO
A preocupação em produzir alimento volumoso para os rebanhos, particularmente no período seco
do ano quando as pastagens naturais tornam-se cada vez mais precárias, tem aumentado a
utilização da silagem especialmente entre os pecuaristas que se dedicam à produção de leite.
Embora existam várias plantas forrageiras, anuais e perenes, que servem para a produção de
silagem, o milho é uma das culturas mais utilizadas neste processo no Brasil por apresentar um
bom rendimento de matéria verde, excelente qualidade de fermentação e manutenção do valor
nutritivo da massa ensilada. Outras vantagens que o cereal proporciona são um baixo custo
operacional de produção e uma boa aceitabilidade por parte dos animais.
O milho é a forragem mais tradicional por apresentar condições ideais para a produção de uma
boa silagem, como o teor de matéria seca por ocasião da ensilagem entre 30% e 35%, mais de 3%
de carboidratos solúveis na matéria original e baixo poder tampão. No passado, as tecnologias
recomendadas para a produção de milho para silagem visavam basicamente a produção de massa
verde, dando ênfase ao uso de cultivares de porte alto e com alta densidade de plantio.
Posteriormente, a qualidade da silagem passou a ser avaliada somente através da porcentagem de
grãos na matéria seca. Isto foi atribuído devido ao grande número de trabalhos desenvolvidos até
a década de 1970, demonstrando que os grãos de milho são mais digestíveis do que as folhas e
hastes da planta e, desta forma, aumentando-se sua proporção na silagem. Desta forma,
aumentaria também a qualidade da mesma. A partir dos anos oitenta, vários trabalhos de pesquisa
mostraram que a digestibilidade da porção volumosa (colmos + folhas) também deveria ser
avaliada na determinação da qualidade da cultivar a ser ensilada.
A produção de silagem de milho de boa qualidade varia de ano para ano em função de uma série
de condições, tais como a escolha da cultivar, as condições de clima e solo e o manejo cultural.
Dentre as cultivares de milho comercializadas na safra 2009/10 há indicação de 104 cultivares
para a produção de silagem de planta inteira, 29 cultivares para a produção de silagem de grãos
úmidos e 17 cultivares indicadas para ambos os tipos de silagem. No caso da silagem, é sabido
que algumas cultivares apresentam melhor comportamento do que outras; entretanto, pelo número
de cultivares indicadas para silagem, pode-se inferir que essa recomendação está generalizada, o
que até certo ponto é compreensível, considerando a alta qualidade natural do milho como planta
forrageira. A não recomendação da cultivar para silagem não implica necessariamente que o
material não deva ser usado como tal.
O conhecimento do valor nutritivo das silagens utilizadas para ruminantes é de grande
importância, principalmente para animais de grande produção, como vacas em lactação. Dietas
deficientes em energia reduzem a produção de leite, causam excessiva perda de peso, geram
problemas reprodutivos e podem diminuir a resistência a doenças. Por outro lado, o excesso de
energia aumenta o custo de alimentação, acumula gordura nos animais e causa problemas
metabólicos. O conhecimento do percentual de matéria seca contido na silagem é importante, pois
é com base nele que se estabelece o cálculo da dieta, já que o consumo do alimento pelos animais
é estabelecido em kg de MS animal-1dia-1. Assim, quanto menor o teor de matéria seca, maior
será o consumo. Existe uma faixa de percentagem de matéria seca que é ideal tanto para o
consumo como para a produção e conservação da silagem. Considerando que, embora existam
algumas variações no ponto ideal de colheita, recomenda-se o estádio compreendido entre 32% e
35% de matéria seca (MS). o que deverá ocorrer no ponto em que os grãos estiverem no estádio
farináceo-duro, começando a apresentar a conformação dentada.
As vantagens de se cortar a planta nesse estádio são:
a) decréscimo na produção de matéria verde, porém com aumento significativo na produção de
matéria seca por área;
b) decréscimo nas perdas no armazenamento, principalmente pela redução de efluentes;
c) aumento significativo no consumo voluntário da silagem;
d) menor concentração de ácidos durante a fermentação no silo e pH mais elevado.
Como desvantagem, ocorre, provavelmente, um pequeno aumento nas perdas no campo e na
colheita. Normalmente, a elevação do teor de MS (matéria seca) está associado ao aumento do
consumo voluntário de MS da silagem de milho.
1.1. Escolha da semente
A escolha de cultivares de porte alto com elevada produção de massa seca total como era utilizado
no passado, mostrou-se inadequada principalmente devido à pequena percentagem de grãos
presentes na massa. Vários estudos mostram a importância da espiga na produção e na qualidade
da planta do milho. Estes estudos mostram que, sendo responsável por aproximadamente 50% da
produção total de matéria seca, a produção de grãos está geralmente correlacionada à produção de
matéria seca total na planta. Há um consenso entre extensionistas e pesquisadores que define a
planta ideal para ensilagem como sendo aquela que apresenta alta percentagem de grãos na
silagem, que contenha fibras de melhor digestibilidade e, obviamente, apresente alta
produtividade de massa.
A cultivar deve, ainda, possuir características agronômicas favoráveis, de forma a ser compatível
com sistemas de produção eficientes e competitivos. É importante conhecer o nível protéico da
forragem ou silagem de milho, que normalmente varia de 6% a 9%, com média ao redor de 7% -
7,5%. O teor de Fibra em Detergente Neutro (FDN) representa a quantidade total de fibra no
alimento, a qual está negativamente correlacionada ao consumo de MS porque a fibra fermenta
mais lentamente e permanece por períodos mais prolongados no rúmen, se comparada a outros
componentes da ração. Assim, quanto menor o nível de Fibra em Detergente Neutro (FDN), maior
o consumo de matéria seca. Resultado de pesquisa mostra que animais leiteiros que receberam
silagem de milho com menor percentagem de Fibra em Detergente Neutro (FDN) e de melhor
digestibilidade, aumentaram o consumo de MS e, consequentemente, a produção de leite.
Os níveis de Fibra em Detergente Neutro (FDN) variam conforme a espécie vegetal e o estádio
vegetativo. Normalmente, os níveis de Fibra em Detergente Neutro (FDN) nas leguminosas são
mais baixos do que nas gramíneas. Dentro da mesma espécie vegetal, as plantas mais novas
apresentam níveis de Fibra em Detergente Neutro (FDN) mais baixos, o que é facilmente
detectado com o maior consumo pelos animais. Os níveis de Fibra em Detergente Neutro (FDN)
nas silagem de milho variam bastante, porém é considerado um bom nível ao redor de 50%.
Atualmente, com base em pesquisas, estabeleceu-se, por exemplo, que o consumo total de Fibra
em Detergente Neutro (FDN), nas vacas em lactação, deve ficar em 1,2% do seu peso vivo em
que 75% devem ser oriundos dos volumosos (silagem). Uma análise dos últimos artigos
encontrados em literatura confirmam a grande variação nos teores de Fibra em Detergente Neutro
(FDN), sendo verificado uma amplitude de 36,67% a 75%. A Fibra em Detergente Ácido (FDA)
indica a digestibilidade da silagem, já que contém a maior proporção de lignina, fração de fibra
indigestível. A Fibra em Detergente Ácido (FDA) indica a quantidade de fibra que não é
digestível. A Fibra em Detergente Ácido é um indicador do valor energético da silagem: quanto
menor a Fibra em Detergente Ácido (FDA), maior o valor energético. Na média, um bom nível de
Fibra em Detergente Ácido na silagem de milho fica ao redor de 30%.
De forma semelhante ao que ocorre com os teores de Fibra em Detergente Neutro (FDN), uma
análise dos últimos artigos encontrados na literatura, confirmam a grande variação nos teores de
Fibra em Detergente Ácido, sendo verificado uma amplitude de 20,63% a 54,3%. De acordo com
os trabalhos apresentados e as informações disponíveis, a escolha do material para silagem deve
ser criteriosa, levando-se em conta o ciclo e o tipo de cultivar, sua produção de grãos e massa
seca, sua proporção de grãos e boa qualidade da fração verde. Dificilmente todas essas
características serão encontradas em uma única cultivar. Neste caso, aconselha-se optar por
aquelas que apresentem alta produtividade de massa e boa percentagem de grãos, assegurando um
processo de fermentação melhor e garantindo ingestão voluntária compatível com o elevado
desempenho animal esperado.
Outro aspecto importante na produção de silagem de milho é a densidade de plantio. Dentro das
técnicas de manejo cultural, é um dos parâmetros mais importantes. De maneira generalizada, a
causa dos baixos rendimentos de milho, tanto para grãos quanto para forragem, é função do baixo
número de plantas por área. Além disso, a densidade de plantio pode também afetar a qualidade
da silagem, uma vez que afeta a proporção entre as partes da planta (espiga, colmos e folhas).
Resultados de pesquisa mostram que os percentuais de colmo crescem quando ocorre aumento na
população de plantas/ha. Considerando que a maior concentração de fibra (Fibra em Detergente
Neutro; FDN) está presente no colmo, consequentemente o excesso de população de plantas, que
propicia maior percentagem de colmos, resultará em menor digestibilidade e consumo do material
produzido. Normalmente, a recomendação da densidade de plantas para milho, grãos ou forragem
segue os mesmos valores, uma vez que a densidade que proporcionar maior rendimento de grãos
por hectare fornecerá também maior rendimento de forragem ou silagem de boa qualidade
nutritiva.
Esse princípio se baseia no fato de que, para uma determinada cultivar, quanto maior a produção
de grãos melhor será a qualidade da forragem. A melhor população de plantas para silagem é a
mesma recomendada para uma melhor produção de grãos. A participação de colmo na matéria
seca da silagem gira em torno de 25% com a pior fração de digestibilidade (51,7%). Isto significa
que, com aumento da população de plantas, a porcentagem de colmo pode passar de 30%,
aumentando também o valor total das fibras e comprometendo o consumo e a digestibilidade da
silagem. Além disso, pode aumentar o desgaste do solo com nutrientes, aumentar o nível de
acamamento, doenças e requeima. Aliado a este fato, podem ainda ocorrer condições climáticas
desfavoráveis, como a ocorrência de seca, onde a produtividade e a qualidade ficarão muito mais
comprometidas, encarecendo o custo total da silagem produzida. Estudos mostram que, com boa
adubação ou em solos férteis, não se deve aumentar mais do que 10% a população de plantas por
hectare para não comprometer a qualidade final da silagem. Não adianta aumentar a população em
demasia buscando ganhos de produtividade e perder significativamente em qualidade.
Também como ocorre em lavouras para a produção de grãos, o plantio com o espaçamento
reduzido, que tem promovido o aumento da produtividade de grãos, melhora a qualidade da
silagem, aumentando a porcentagem de NDT e reduzindo a porcentagem de participação de fibras
na matéria seca. Entretanto, vale a pena ressaltar que não se deve aumentar mais do que 10% a
população de plantas para não comprometer a qualidade da silagem, senão ocorrerá aumento
significativo nas porcentagens de Fibra em Detergente Neutro (FDN) e Fibra em Detergente
Ácido (FDA), reduzindo o consumo e a digestibilidade da silagem, respectivamente.
Se o produtor possui ensiladeira de área total ou automotriz, reduzindo o espaçamento e
trabalhando com ensiladeiras convencionais de uma ou duas linhas, aumenta-se
significativamente o custo de corte, transporte e óleo diesel, além de promover maior
compactação do solo.
1.6. Colheita
A época de colheita da lavoura para a silagem ou o ponto ideal de colheita para a produção de
silagem é assunto que já foi bastante discutido entre produtores e técnicos, mas até hoje é
considerado um dos principais gargalos na produção de silagem. É muito frequente situações
desfavoráveis de produção de silagem de milho devido à antecipação do momento ideal para a
colheita quando a planta ainda não apresenta teor de matéria seca desejado e os grãos ainda não
acumularam quantidade suficiente de amido. Embora existam informações técnicas sobre o efeito
do teor de matéria seca sobre a produção e qualidade da silagem e mesmo sobre o seu efeito na
nutrição animal, os agricultores ainda têm dificuldades de efetuar essa colheita no momento
oportuno por uma série de razões, exigindo principalmente dos órgãos de fomento e assistência
técnica uma melhor estratégia de abordagem para a resolução desse problema.
Quando o milho para silagem é colhido antes de completar seu ciclo, isto é, antes do milho atingir
sua maturidade fisiológica, a data da colheita afeta a produção de massa seca total e a composição
relativa das diferentes partes da planta, principalmente a percentagem de grãos na massa seca
total. O corte antecipado do milho para silagem resulta em perdas significativas na produção total
de matéria seca e na percentagem de grãos na planta e também será menor será a qualidade da
silagem. A antecipação do corte do milho para silagem, em função da menor quantidade de grãos,
eleva os teores de fibras e reduz sensivelmente os teores de energia da silagem. Embora o teor de
matéria seca reduzido (abaixo de 30%) seja indesejável, a colheita do milho com teores de MS
acima de 35% - 37% também não é desejável, pois aumenta a resistência da massa de silagem à
compactação durante a sua produção, reduzindo a densidade. Altos teores de MS (acima de 40%)
também exigem maior potência do equipamento que realiza a colheita para manter o tamanho da
partícula uniforme.
Além desses fatores, quando o grão atinge a maturidade fisiológica, a digestibilidade do amido
decresce, principalmente em cultivares que apresentam textura de grãos do tipo duro. O teor de
matéria seca é considerado um dos mais importantes fatores que contribuem para a obtenção de
uma boa silagem. Para se conseguirem silagens com adequado teor de matéria seca, as plantas
devem ser cortadas com os grãos entre a textura pastosa e farinácea dura. Existe uma faixa de
percentagem de matéria seca que é ideal tanto para o consumo como para a produção e
conservação da silagem, que, no caso do milho, fica em torno de 30% a 35%. Teor de MS
(matéria seca) inferior a 25% propicia ambiente favorável à proliferação e ao desenvolvimento de
bactérias produtoras de ácido butírico e também a perdas de princípios nutritivos, por lixiviação, e
intensa degradação de proteínas. No ponto farináceo-duro, a silagem produzida tem como
principal característica alto consumo, o que, sem dúvida, eleva o seu valor nutritivo.
É interessante notar que a digestibilidade da matéria seca e o valor de Nutrientes Digestíveis
Totais (NDT), como indicativos do valor nutritivo do alimento, sofrem pequenas alterações com a
evolução da maturação fisiológica. Esse fato pode ser explicado pela maior participação
percentual do colmo na qualidade da planta nos estádios iniciais de maturação. Nos estádios mais
avançados, este é gradativamente substituído pela fração de grãos, que assume maior participação
na matéria seca da planta, caracterizada pela maior densidade energética e maior teor de matéria
seca, enquanto que o colmo passa a perder qualidade rapidamente devido ao espessamento e à
lignificação da parede celular. Um exemplo prático da vantagem de se colher o milho no
momento certo é apresentado na tabela 1, cujos resultados foram obtidos em uma mesma
propriedade que plantou a mesma cultivar (AG 1051, uma das cultivares mais plantadas em Minas
Gerais) em ambas as safras, participando do Concurso de Produtividade de Milho promovido pela
Emater-MG na região central de Minas Gerais.
Na safra 2006/07, o milho foi colhido com teor de matéria seca (MS) de 20,22%, portanto bem
abaixo do recomendado. A produtividade de massa verde (MV) foi de cerca de 70 t/ha, mas a
massa seca produzida foi de apenas 14,27 t/ha. Por outro lado, na safra 2008/09, quando o milho
foi colhido com o teor de MS (matéria seca) de 33,17%, portanto dentro da faixa recomendada, a
MV foi menor (cerca de 65 t/ha), mas a MS, que é o que interessa, foi de 21,74 t/ha, portanto 7
t/ha a mais. Além disso, a qualidade da silagem colhida com o teor de MS (matéria seca)
adequado resultou em silagem de melhor qualidade.
Tabela 2. Produção de massa verde e seca e teor de matéria seca em silagem de milho
Na maioria das situações, o produtor faz a opção pelo corte antecipado da planta mais verde por
quatro motivos:
(i) ensiladeira corta mais fácil;
(ii) a compactação no silo é facilitada;
(iii) os animais consomem mais e
(iv) perde-se menos grãos nas fezes.
Outra razão seria devido ao fenômeno de clorose das folhas inferiores das plantas devido à
adubação inadequada, principalmente com nitrogênio e enxofre. Esse fenômeno daria uma falsa
impressão que a planta está secando, o que levaria muitos agricultores a iniciar a colheita de
forma antecipada. Para melhorar o corte do milho no ponto ideal de colheita, o agricultor deverá
trabalhar a colheitadeira, fazendo a afiação das facas, no mínimo duas vezes ao dia, bem como
fazer a aproximação das facas com contrafacas de maneira a se obter tamanhos regulares de
partículas e a máxima quebra dos grãos.
Geralmente, as regulagens de corte recomendadas para as ensiladeiras disponíveis no mercado
variam entre 4 mm e 6 mm, proporcionando partículas com tamanho entre 1 cm e 3 cm e com boa
eficiência na quebra de grãos. Eventualmente, regulagens até menores são recomendadas se os
teores de MS forem mais elevados.
1 REFERENCIAL TEÓRICO
Para o desenvolvimento teórico deste trabalho realizou-se a abordagem de três temas
para construção da linha de raciocínio a ser aplicada na análise dos dados obtidos bem como a
construção de estratégias e adoção de medidas para a aplicação prática desses conceitos.
Quadro 1: Desenvolvimento teórico
2 METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos que respondem à pergunta inicial foram definidos e
relacionados à (1) ações propostas segundo a perspectiva do cliente (2) faturamento e
investimentos (3) engajamento com a marca.
O caso caracteriza-se como um trabalho de intervenção, realizado sob a ótica de um
processo de consultoria o qual focou na transformação da organização em questão e aponta os
motivos da escolha da estratégia bem como os resultados práticos da implantação do sistema.
A construção das frentes de trabalho que, neste caso, atenderam à essa estratégia foi
pautada em informações coletadas a partir de respostas obtidas dos participantes da pesquisa.
Sendo assim, o método utilizado para a construção do trabalho foi a investigação qualitativa.
Creswell (2010) afirma a pesquisa qualitativa é um meio para explorar e entender o significado
que os indivíduos ou grupos atribuem a um problema social. Do mesmo modo focou no caráter
subjetivo do objeto analisado, estudando as suas particularidades e experiências individuais. A
escolha do método permitiu que os entrevistados ficassem mais livres para apontar suas
percepções sobre determinados temas importantes para o estudo.
A estratégia da investigação qualitativa foi a fenomenológica que, segundo Creswell
(2010), é uma tática onde o pesquisador identifica a essência das experiências humanas,
relacionadas a um fenômeno, descritas pelos participantes. O procedimento envolve um número
reduzido de indivíduos por meio do engajamento extensivo e prolongado para desenvolver
padrões e relações significativas.
O formato da entrevista, bem como o tipo de registro observacional, determina de
maneira estreita a análise de dados que é possível e adequada realizar. Sendo assim, ao realizar
uma análise qualitativa é fundamental verificar a maneira da realização da coleta de dados, mais
especificamente, qual o formato de entrevista mais pertinente (ROMANELLI; BIASOLI,
1998). E, segundo os autores, o formato se encaminha para propostas de entrevistas definidas
como semiestruturadas, que pedem uma composição de roteiro com tópicos gerais selecionados
e elaborados de tal forma a serem abordados com todos os entrevistados.
Portanto, como fonte primária foi realizada a coleta de dados a parir de questionários
semiestruturados aplicados com clientes e não clientes, os quais funcionaram como roteiros de
pesquisa, traduzindo em opiniões um conjunto de informações para que fossem classificados e
analisados. Sendo uma pesquisa qualitativa as respostas não foram objetivas, e o propósito foi
conseguir compreender o comportamento do grupo-alvo.
3 APRESENTAÇÃO DO CASO
R$5.000.000,00
R$4.500.000,00
R$4.000.000,00
R$3.500.000,00
R$3.000.000,00
R$2.500.000,00
R$2.000.000,00
R$1.500.000,00
R$1.000.000,00
R$500.000,00
R$-
Faturamento
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
Crescimento
-5,00%
-10,00%
Nas próximas seções serão apresentadas as etapas realizadas pela empresa bem como
os resultados obtidos que cumprem com as etapas propostas.
- Não clientes
responderam mediante
contato pessoal da autora;
-Clientes sem cadastro
responderam o
questionário, na loja,
enquanto realizavam suas
compras;
Questionário
Entrevistas - Clientes com ticket Agosto/2017
semiestruturado
médio de até R$ 3.000,00
responderam via
formulários Google;
- Clientes com ticket
médio acima de R$ 3000
responderam mediante
contato pessoal da autora
- Atribuição de
características emocionais -Informações
e psicológicas para o coletadas a partir
responsável pela compra; das entrevistas;
- Debates e formalização - Percepções da
dos perfis em mapas de equipe interna e Agosto/ a
Definição das personas
empatia; externa Outubro/2017
- Inserção da informação (consultorias);
nos dados cadastrais - Informações de
(quando presente) para concorrentes e
outras análises e coletas. mercado.
5. 3. – FASE 3 - PLANEJAMENTO
Figura 14: Fase 3 - Planejamento
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O varejo omnichannel é uma estratégia de canal predominante entre os varejistas
contemporâneos. É distinto do varejo multicanal em termos de envolvimento do cliente e
controles. Enquanto o varejo omnichannel obtém sinergia da integração total de canais ao
simplificar as interações entre canais com os clientes, sua contrapartida multicanal concentra-
se na intensidade com que os varejistas estão presentes em diversos canais. No entanto, falta
uma apreciação profunda da reação dos clientes à essa integração (LI et al., 2018).
As frentes de trabalho propostas têm o objetivo de participar da jornada do consumidor,
disponibilizando diferentes pontos de contato onde o cliente perceba o valor da marca, entre
em contato com as propostas da empresa e claro, finalize suas compras em qualquer canal que
seja mais confortável para ele.
6.2. CONCLUSÃO
Uma estratégia de integração de canais é um projeto complexo para qualquer empresa.
Requer um esforço integrado e mudanças estruturais em toda a organização. Uma
reestruturação dessa magnitude requer um direcionamento e apoio da direção bem como a
coesão da equipe no entendimento desse modelo de negócios; estes deverão estar preparados
para os futuros desafios e mudanças de cultura. Nenhum projeto omnichannel terá força se for
executado por um departamento apenas, sem o apoio total da direção e dos demais envolvidos.
Ter pessoas motivadas e comprometidas é chave nesse processo.
Antes de mudanças tecnológicas para integrar os sistemas, a estratégia deve visar
colocar o consumidor como ponto central na visão da empresa. Essa mudança requer muitas
vezes a alteração de estruturas ou da cultura organizacional de uma empresa, que muitas vezes
está cravada no DNA, enraizada em departamentos no seu modo de operar.
Neste estudo, verificou-se que a adoção dessas estratégias gerou resultados positivos em
se tratando do aumento do volume de vendas. Do mesmo modo, considera-se que os
investimentos realizados para a construção dos novos canais e pontos de contato foram baixos
em relação ao volume de vendas e, o retorno sobre o investimento previsto para dezembro de
2018, acontecerá em cerca de três meses, fato que demonstra a viabilidade da implantação do
projeto. Importante citar que o baixo custo dos investimentos se dá, também, através do
contexto da empresa em questão bem como do mercado inserido. Neste caso, foi possível
contratar mão-de-obra e serviços a preços acessíveis, mas que atenderam aos requisitos da
implantação do projeto.
Deste modo, a conclusão obtida foi a de que, através do desenvolvimento de estratégias
mais assertivas para o posicionamento omnichannel, foi possível a construção de novos canais
de atendimento e pontos de contato que ampliaram a atuação da empresa e proporcionaram
maiores volumes de venda, número de clientes e ticket médio. Essas conclusões foram validadas
apenas e tão somente para a empresa em questão. Entretanto poderão servir como incentivo
para outras empresas que desejam adotar a estratégia.
O desafio portanto está em definir e aprender como apropriar a influência de cada ponto
de contato nesse processo bem como a atuação da equipe interna para que as estratégias se
efetivem e assim, julgar quais investimentos possuem mais retorno. Caso contrário, poderá
cometer o erro de julgar erroneamente resultados, cortando iniciativas que aparentemente não
trazem resultado, mas que influenciam no processo de decisão de compra. Ao mesmo tempo, o
devido cuidado em não comprometer a marca e seus resultados atuais propondo-se a entregar
soluções e experiências sem embasamento e estrutura adequada (física, processos e humanas)
que sustentem essas propostas.
7. REFERÊNCIAS
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8. APÊNDICES
PESQUISA
Você identificou que quer adquirir um produto. Em breves palavras, como você
descreve o processo de compra em relação à: