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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOLUÇÕES ESTRUTURAIS COM LAJE LISA,

LAJE NERVURADA E LAJE CONVENCIONAL EM UM PAVIMENTO DE UMA


EDIFICAÇÃO

Paulo Moss Hasselmann de Moraes

Projeto de Graduação apresentado ao


Curso de Engenharia Civil da Escola
Politécnica, Universidade Federal do Rio
de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de
Engenheiro.

Orientador: Henrique Innecco Longo

Rio de Janeiro

Fevereiro de 2019
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOLUÇÕES ESTRUTURAIS COM LAJE LISA,
LAJE NERVURADA E LAJE CONVENCIONAL EM UM PAVIMENTO DE UMA
EDIFICAÇÃO

Paulo Moss Hasselmann de Moraes

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE


ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

________________________________________

Prof. Henrique Innecco Longo, D.Sc.

________________________________________

Prof. Sergio Hampshire de Carvalho Santos, D.Sc

________________________________________

Prof. Júlio Jerônimo Holtz Silva Filho, D.Sc.

Rio de Janeiro

Fevereiro de 2019
De Moraes, Paulo Moss Hasselmann

Análise Comparativa entre Soluções Estruturais com Laje


Lisa, Laje Nervurada e Laje Convencional em um
Pavimento de uma Edificação / Paulo Moss Hasselmann
de Moraes – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica,
2019.

IX, 141p.: il.; 29,7cm

Orientador: Henrique Innecco Longo

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/


Engenharia Civil, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 106-107.

1. Análise Estrutural. 2. Comparações. 3. Laje Lisa. 4. Laje


Nervurada. 5. Laje Convencional. I. Longo, Henrique
Innecco et al. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil III. Título.

iii
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por tudo alcançado até aqui e sabedoria adquirida no


caminho.

A minha mãe Danuza, pelo o amor que me deu e pela confiança depositada
em mim para que eu conquistasse meus objetivos.

Ao meu pai Moss, por todo o ensinamento que me inspirou para que eu
seguisse nessa profissão e por todo o apoio que me deu.

A minha irmã Ixthá, por estar sempre do meu lado para auxiliar nas minhas
escolhas e me ajudar a ser uma pessoa melhor.

A minha avó Hely, pelo carinho que me deu e por todo o suporte que contribuiu
no meu desenvolvimento.

Aos meus amigos de faculdade da UFRJ, pelas conversas, amizade e pela


disponibilidade para ajudar.

Ao professor e orientador Henrique Innecco Longo, pelos ensinamentos e pela


contribuição para a realização desse trabalho.

Aos professores que tive na UFRJ, por todo o conhecimento que foi transmitido
ao longo desses anos.

iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOLUÇÕES ESTRUTURAIS COM LAJE LISA,


LAJE NERVURADA E LAJE CONVENCIONAL EM UM PAVIMENTO DE UMA
EDIFICAÇÃO

Paulo Moss Hasselmann de Moraes

Fevereiro/2019

Orientador: Henrique Innecco Longo

Curso: Engenharia Civil

O projeto de lajes em concreto armado abrange a implementação de diversas


soluções estruturais possíveis. Os sistemas mais tradicionais foram analisados e
dimensionados, sendo eles: lajes lisas, composta por apenas uma laje maciça e
pilares; laje nervurada, composta por nervuras nas duas direções e vigas; lajes
convencionais, composta por lajes, vigas e pilares. Este trabalho de graduação foi
desenvolvido com a finalidade de apresentar uma comparação entre essas
diferentes soluções estruturais para lajes em concreto armado com diferentes vãos.
Com a intenção de auxiliar o engenheiro na escolha do elemento estrutural, esse
trabalho apresenta as características e o funcionamento de cada modelo de laje e
também fornece uma indicação da quantidade de material consumido em cada caso.
O estudo foi elaborado com base em um projeto de um pavimento e, através da
imposição da alteração dos vãos da estrutura, foi feita uma análise do
comportamento de cada tipo de laje com o auxílio do programa computacional de
elementos finitos e foi feito o dimensionamento da estrutura.

Palavras-Chave: Análise Comparativa, Concreto Armado, Laje Lisa, Laje Nervurada,


Laje Convencional.

v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Civil Engineer.

COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN STRUCTURAL SOLUTIONS WITH FLAT


SLAB, RIBBED SLAB AND CONVENTIONAL SLAB IN A BUILDING PAVEMENT

Paulo Moss Hasselmann de Moraes

February/2019

Advisor: Henrique Innecco Longo

Course: Civil Engineering

The project of slabs in reinforced concrete covers the implementation of several


possible structural solutions. The most traditional systems were analyzed and
dimensioned, being: flat slabs, composed only of a massive slab and pillars; ribbed
slabs, consisting of ribs in both directions and beams; conventional slabs, consisting
of slabs, beams and pillars. This undergraduate project was developed with the
purpose of presenting a comparison between these different structural solutions for
slabs in reinforced concrete with different spans. With the intention of assisting the
engineer in the choice of structural element, this work presents the characteristics
and operation of each slab model and also provides an indication of the amount of
material consumed in each case. The study was elaborated based on a floor design
and, through the imposition of the alteration of the spans of the structure, an analysis
was made of the behavior of each type of slab with the aid of the finite element
computational program and the dimensioning of the structure.

Keywords: Comparative Analysis, Reinforced Concrete, Flat Slab, Ribbed Slab,


Conventional Slab.

vi
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1 MOTIVAÇÃO ................................................................................................. 3
1.2 OBJETIVO .................................................................................................... 4
1.3 METODOLOGIA............................................................................................ 4
1.4 ESTRUTURA DO TEXTO ............................................................................. 5

2 TIPOS DE LAJES ................................................................................................. 7


2.1 LAJE CONVENCIONAL ................................................................................ 7
2.1.1 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL ...................................................... 8
2.1.2 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS ................................................ 10
2.2 LAJE LISA ................................................................................................... 11
2.2.1 PUNCIONAMENTO ................................................................................. 14
2.2.2 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL .................................................... 16
2.2.3 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS ................................................ 18
2.3 LAJE NERVURADA .................................................................................... 20
2.3.1 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL .................................................... 22
2.3.2 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS ................................................ 24

3 PROJETO DO PAVIMENTO .............................................................................. 26


3.1 LAJE LISA ................................................................................................... 27
3.2 LAJE CONVENCIONAL .............................................................................. 29
3.3 LAJE NERVURADA .................................................................................... 31
3.4 CARREGAMENTOS E COMBINAÇÕES..................................................... 33

4 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE LISA....................................... 34


4.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m ..................................................................... 34
4.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 34
4.1.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 35
4.1.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 36
4.1.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO .................................................. 40
4.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m .................................................................... 41
4.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 42
4.2.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 43

vii
4.2.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 44
4.2.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO .................................................. 47
4.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m ....................................................................... 48
4.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 48
4.3.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 49
4.3.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 50
4.3.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO .................................................. 53

5 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE NERVURADA ........................ 54


5.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m ..................................................................... 54
5.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 55
5.1.2 ESFORÇOS DE CORTANTE .................................................................. 57
5.1.3 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 59
5.1.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 60
5.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m .................................................................... 65
5.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 66
5.2.2 ESFORÇOS DE CORTANTE .................................................................. 68
5.2.3 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 70
5.2.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 70
5.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m ....................................................................... 73
5.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 74
5.3.2 ESFORÇOS DE CORTANTE .................................................................. 76
5.3.3 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 78
5.3.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 78

6 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE CONVENCIONAL .................. 82


6.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m ..................................................................... 82
6.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 82
6.1.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 83
6.1.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 84
6.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m .................................................................... 87
6.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 87
6.2.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 88
6.2.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 89

viii
6.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m ....................................................................... 92
6.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO ................................................................... 92
6.3.2 FLECHA MÁXIMA ................................................................................... 93
6.3.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ............................................. 94

7 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE LAJES ................................ 97


7.1 PAVIMENTO COM VÃO DE 12x10 m ......................................................... 97
7.2 PAVIMENTO COM VÃO DE 9x7,5 m .......................................................... 99
7.3 PAVIMENTO COM VÃO DE 6x5 m ........................................................... 102

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 104


8.1 CONCLUSÃO............................................................................................ 104
8.2 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................... 105

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 106

APÊNDICE A............................................................................................................ 108

APÊNDICE B............................................................................................................ 120

APÊNDICE C............................................................................................................ 130

ANEXO I ................................................................................................................... 139

ix
1 INTRODUÇÃO

Devido a evolução tecnológica, os materiais empregados na construção civil


sofreram uma significativa melhora de qualidade, resultando no aumento da
resistência do aço e do concreto. Nas construções mais antigas, as peças de
estruturas necessitavam de grandes volumes de concreto para atender com
segurança às solicitações exigidas. Atualmente, esses materiais mais resistentes
possibilitam a diminuição das seções dos elementos estruturais e a realização de
vãos cada vez maiores.

O avanço tecnológico também possibilitou a elaboração de programas


computacionais capazes de desenvolver cálculos de estruturas cada vez mais
complexas. O engenheiro estrutural agora conta com ferramentas capazes de
auxilia-lo na escolha e análise da estrutura. Embora seja necessária a verificação
dos dados apresentados pelo programa, com o intuito de evitar o surgimento e
propagação de erros durante os cálculos, essa facilidade obtida pelo
desenvolvimento da ferramenta computacional possibilita que o engenheiro possa
pesquisar a melhor solução estrutural para seu projeto.

A laje convencional é um elemento estrutural que foi mais utilizado no passado,


tendo em vista que as construções mais antigas possuíam vãos relativamente
pequenos. Com o passar dos anos e do surgimento da necessidade de vencer vãos
maiores para atender projetos comerciais e industriais, foram desenvolvidas novas
técnicas para a construção de lajes. Com isso, as lajes nervuradas aparecem como
uma alternativa eficiente, atendendo a demanda dos vãos maiores. A laje nervurada
possui uma característica singular que permite a existência de vazios entre as
nervuras (ver a Figura 1), diminuindo assim o volume de concreto utilizado e
consequentemente, o peso próprio da estrutura (LONGO, 2018).

Além da laje nervurada, a laje lisa surgiu como uma alternativa à laje
convencional. As lajes lisas (ver a Figura 2) possuem a particularidade de
transferirem as cargas diretamente para os pilares (podendo ter ou não vigas de
bordo). Essa ausência de vigas no interior do pavimento possibilita uma melhor
interação do projeto estrutural com o projeto arquitetônico da edificação, permitindo
a construção de pavimentos no qual as paredes não estão condicionadas ao
posicionamento das vigas.

1
Figura 1 - Sistema construtivo com laje nervurada (LONGO, 2018)

No entanto, para suportar a ausência das vigas na estrutura, é necessário que


haja um acréscimo da espessura da laje. Nos pontos de encontro da laje com o pilar
esse acréscimo da espessura pode ser ainda maior para evitar o efeito de
puncionamento, com a utilização dos capiteis.

Figura 2 - Sistema construtivo com laje lisa (RABELLO, 2016)

A escolha da solução estrutural a ser usada na construção é baseada em


diferentes parâmetros podendo ser eles subjetivos, como a estética e gosto do
cliente ou essa escolha pode ser influenciada por questões diretas, como limitações
da arquitetura, os esforços solicitantes, métodos construtivos e falta de infraestrutura
da região. Analisando todas as possibilidades de construção, o engenheiro estrutural
deve buscar a solução mais econômica e adequada para cada situação.

2
Com a disponibilidade de diferentes técnicas construtivas no mercado, as
empresas tendem a pesquisar e optar pela melhor solução com o objetivo de reduzir
os custos e o desperdício dos materiais envolvidos na construção. Aplicado ao
sistema de lajes, esse estudo mais elaborado torna-se fundamental devido ao seu
maior consumo em relação aos outros elementos estruturais. O aumento do número
dos pavimentos faz com que a construção da laje seja repetida diversas vezes
durante a execução de uma mesma edificação, tendo um volume de materiais
utilizados muito maior do que outros componentes como vigas e pilares.

O desenvolvimento da estrutura corresponde a uma parcela significativa do


custo final da construção (15% a 20% do custo total). Dessa forma, a elaboração de
um projeto de qualidade, considerando a pesquisa da solução estrutural mais
adequada, é capaz de diminuir o custo da obra, influenciando na sua viabilidade
(ALBUQUERQUE, 1999). Assim, a escolha de um tipo de laje coerente para uma
determinada situação pode reduzir significativamente os materiais utilizados ao
longo dos pavimentos, resultando em uma considerável economia financeira.

Atualmente (2018), o cenário político de instabilidade no Brasil tornou essa


economia financeira um fator imprescindível para possibilitar o desenvolvimento do
projeto de edificação. Após alguns anos imerso nessa crise, o setor da construção
civil precisou se adaptar através da redução dos custos, melhoria da rentabilidade e
estudo das melhores soluções tecnológicas. Apesar do enfraquecimento da
construção civil, estima-se que o mercado retome o crescimento do setor e que a
demanda por novos empreendimentos volte a crescer em breve.

1.1 MOTIVAÇÃO

O projeto de lajes em concreto armado abrange a implementação de diversas


soluções estruturais possíveis e, devido a necessidade de redução dos custos das
construções, tornou-se indispensável um estudo detalhado sobre qual sistema
estrutural se adequa melhor a cada caso especifico. Nesse sentido, para a
realização desse estudo é necessário ter o conhecimento das características e do
funcionamento de cada modelo de laje.

Os trabalhos já realizados e disponíveis para pesquisa são limitados a estudos


com projetos base para um único vão de laje. Então, percebe-se a falta de dados
consistentes que possibilitem uma análise comparativa em função dos vãos,
mantendo os mesmos critérios de comparação entre as lajes.

3
Assim, este trabalho foi desenvolvido para fornecer informações relevantes
para que o engenheiro possa escolher o tipo de laje a ser empregada, indicado qual
laje possui o menor consumo de aço e concreto em função da variação dos vãos.

1.2 OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise comparativa da


distribuição de esforços e dos materiais empregados nos tipos de lajes mais
tradicionais da construção civil. Nesse estudo, a comparação será feita entre as lajes
maciças convencionais, lajes nervuradas e lajes lisas.

Além disso, será realizada uma comparação dos custos desses diferentes
sistemas estruturais, considerando o volume de concreto e a área de armadura
utilizada. Serão apresentadas também as características desses diferentes modelos
de lajes e algumas das vantagens e desvantagens de cada um deles. Dessa forma,
os resultados encontrados têm a pretensão de auxiliar na escolha da laje,
possibilitando a avaliação do comportamento de cada sistema estrutural.

Entretanto, deve-se ressaltar que o estudo apresentado não busca determinar


uma solução ideal de projeto estrutural, considerando que esta análise está restrita
à parâmetros comparativos como: espessura das lajes e das vigas, resistência do
concreto, peso do aço, distribuição das armaduras, área de fôrmas das lajes e vigas
e facilidade de construção.

1.3 METODOLOGIA

Para realizar a comparação desejada, foi feito o desenho da planta de forma


do um pavimento de um edifício, utilizando o programa AutoCAD. Esse projeto foi
desenvolvido empregando três diferentes soluções estruturais e, para possibilitar a
avaliação do comportamento de cada laje, a planta de forma foi elaborada possuindo
vãos de 12mx10m; 9mx7,5m; 6mx5m. A partir da variação dos vãos a serem
vencidos, é possível determinar a sensibilidade de cada laje com relação ao
acréscimo dos esforços internos.

Tendo as plantas de forma do pavimento já definidas, é necessário então fazer


o pré-dimensionamento de cada uma das lajes. Para manter um padrão de
comparação, os critérios utilizados no dimensionamento desse trabalho são
referentes à espessura mínima das lajes e altura mínima das vigas com armadura

4
simples, de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), sendo utilizado concreto com
resistência C50 e módulo de elasticidade secante do concreto (Ecs) de 37 GPa.

O carregamento que atua sobre as lajes é composto por cargas distribuídas


referentes ao peso próprio da estrutura, sobrecarga permanente, revestimento do
piso e peso das paredes. A combinação desses carregamentos será feita para o
ELU (estado limite último) no dimensionamento das armaduras e ELS (estado limite
de serviço) na determinação do máximo deslocamento vertical. Assim, os diferentes
sistemas de lajes serão analisados pelo programa computacional de elementos
finitos SAP2000, com o objetivo de calcular os esforços gerados na estrutura.

Após a análise computacional, foi realizado o dimensionamento das armaduras


seguindo as recomendações e verificações indicadas pela NBR 6118 (ABNT, 2014).
Com o cálculo das armaduras das lajes e das vigas, é possível comparar a
quantidade de aço, volume de concreto, área de formas e os moldes necessários
para cada uma das variações estruturais impostas nesse trabalho.

Com a obtenção desses dados, foi feito um estudo comparativo que relaciona
a quantidade de material utilizado com o acréscimo dos esforços internos gerados
pela variação dos vãos do pavimento, refletindo no custo final da construção. Dessa
forma, foi possível indicar qual tipo de laje se adequa melhor ao comprimento de vão
a ser vencido, para um mesmo parâmetro de cálculo utilizado.

1.4 ESTRUTURA DO TEXTO

Este trabalho se encontra organizado em capítulos que podem ser descritos


da seguinte forma:

Capítulo 1: Introdução do tema abordado, motivação para elaboração do trabalho,


objetivos e metodologia utilizada para comparação.

Capítulo 2: Revisão bibliográfica e apresentação das características de cada uma


das lajes presentes nesse trabalho, incluindo suas vantagens e desvantagens.

Capítulo 3: Apresentação do projeto base para o estudo e determinação dos


parâmetros comparativos.

Capítulo 4: Análise do modelo estrutural e dimensionamento das armaduras para os


diferentes vãos, compostos apenas por laje lisa.

5
Capítulo 5: Análise do modelo estrutural e dimensionamento das armaduras para os
diferentes vãos, compostos apenas por laje nervurada.

Capítulo 6: Análise do modelo estrutural e dimensionamento das armaduras para os


diferentes vãos, compostos apenas por laje convencional.

Capítulo 7: Comparação entre os resultados obtidos em cada dimensionamento.

Capítulo 8: Apresenta a conclusão final do trabalho.

Capítulo 9: Apresenta as referências bibliográficas utilizadas ao longo do trabalho.

6
2 TIPOS DE LAJES

As lajes, também conhecidas como elementos de superfície ou placas, são


classificadas como elementos planos bidimensionais, no qual o comprimento e a
largura possuem a mesma ordem de grandeza e ambas são muito maiores do que
a espessura. Esse elemento estrutural recebe a maior parte dos carregamentos
aplicados numa construção, sendo essas ações referentes ao peso de pessoas,
objetos, revestimentos, paredes e os mais variados tipos de carga que podem existir
em função da finalidade que o projeto da laje faz parte. As solicitações que atuam
sobre a laje normalmente são perpendiculares ao plano da laje, podendo ocorrer de
forma distribuída em uma área, distribuídas linearmente ou como forças
concentradas. Além do carregamento vertical, também podem ocorrer ações
externas na forma de momentos fletores, normalmente aplicados nas bordas das
lajes (BASTOS, 2015).

Além de resistir às cargas verticais aplicadas sobre ela, as lajes têm como
função transmiti-las aos outros elementos estruturais que as suportam (vigas,
paredes e pilares). As lajes podem ser classificadas de acordo com seu método
construtivo, sendo elas (SANTOS, 2017):

• Lajes maciças - Construção convencional, apoiadas em vigas;


• Lajes cogumelo ou lajes lisas - Apoiadas diretamente sobre os pilares;
• Lajes nervuradas - Apoiadas sobre vigotas ou nervuras, havendo ou não
preenchimento com material inerte entre as nervuras;

Além desses modelos de lajes em concreto armado mais tradicionais da


construção civil, existem outros tipos de lajes como a laje pré-moldada e as lajes
protendidas, mas elas não serão abordadas nesse trabalho.

2.1 LAJE CONVENCIONAL

Por definição, as lajes maciças convencionais são elementos de placa de


espessura uniforme, apoiadas ao longo do seu contorno (ver a Figura 3). Esse
sistema estrutural é responsável pelo recebimento das cargas de utilização ao longo
do seu comprimento e transmita-la para os apoios, geralmente constituídos por
vigas, posicionados na sua borda.

7
Figura 3 - Sistema construtivo com laje convencional (SPOHR, 2008)

Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), nas lajes maciças devem ser respeitados
os seguintes limites mínimos para a espessura:

a) 7 cm para cobertura não em balanço;

b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;

c) 10 cm para lajes em balanço;

d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;

e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
𝑙
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de 42
para
𝑙
lajes de piso biapoiadas e para lajes de piso contínuas;
50

g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.

No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo


a serem considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional ϒ𝑛 =
1,95 − 0,05ℎ, onde h é a altura da laje em centímetros. Para ℎ ≥ 19𝑐𝑚, ϒ𝑛 = 1,0.

2.1.1 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Após determinar os valores dos esforços utilizando o programa computacional,


o dimensionamento da laje é feito de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014),
considerando uma seção retangular de largura 𝑏 e altura útil de concreto 𝑑 com
resistência a compressão de projeto 𝑓𝑐𝑑 , são calculados os fatores adimensionais
𝑘𝑚𝑑 , 𝑘𝑧 e 𝑘𝑥 para então determinar a área de armadura 𝐴𝑠 utilizando as seguintes
equações:

8
𝑀𝑑 (2.1)
𝑘𝑚𝑑 =
𝑏 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑓𝑐𝑑

(2.2)
𝑘𝑚𝑑
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 −
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 𝑘𝑧 ) (2.3)

𝑀𝑑 (2.4)
𝐴𝑠 =
𝑘𝑧 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
O valor mínimo da taxa de armadura deve respeitar os valores recomendados
pela NBR 6118 (ABNT, 2014), apresentados nas Tabelas 1 e 2:

Tabela 1 - Armaduras Mínimas para lajes convencionais (ABNT, 2014)

9
Tabela 2 - Taxas mínimas de armadura em função do fck (ABNT, 2014)

De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), nas lajes armadas em duas
direções, suas armaduras positivas mínimas podem ser de 2/3 da armadura mínima
básica acima definida. Nas bordas de lajes sem continuidade com lajes adjacentes
deve ser disposta armadura negativa mínima, também correspondente a 2/3 da
armadura mínima básica. Em lajes armadas em uma só direção, a armadura positiva
secundária (de distribuição) pode ser de 1/2 da armadura mínima básica, mas deve
ter no mínimo 1/5 da área da armadura principal da laje, com pelo menos 0,9 cm2
por metro, conforme mostra a Tabela 1.

A região a ser coberta pela armadura negativa deva ser, no mínimo 0,25 do
maior dos dois vãos menores. Para as armaduras negativas nas bordas de lajes sem
continuidade com as adjacentes, a armadura deve se estender até pelo menos 0,15
do vão menor da laje a partir da face do apoio. Toda a armadura positiva deve ser
levada até os apoios, não se permitindo escalonamento. A armadura deve ser
prolongada no mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio (SANTOS, 2017).

Segundo a tabela 7.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014), os cobrimentos a serem


considerados na construção são os cobrimentos nominais (cnom), que variam de
acordo com a classe de agressividade ambiental do local.

Lajes usuais em edifícios, submetidas a cargas uniformemente distribuídas,


normalmente não necessitam de armadura de cisalhamento. De acordo com o item
19.4.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014), as lajes maciças de concreto armado podem
prescindir de armadura transversal para resistir à força cortante, quando a força
cortante de cálculo atender à expressão VSd ≤ VRd1 (SANTOS, 2017).

2.1.2 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Podemos citar como vantagem na utilização das lajes convencionais os


seguintes itens (SPOHR, 2008), (ALBUQUERQUE, 1999) e (FARIA, 2010):

10
• Por ser um elemento estrutural consolidado e utilizado há muito tempo na
construção, a disponibilidade de mão-de-obra treinada agiliza o processo de
construção.
• A estrutura possui uma boa rigidez, considerando que a utilização das vigas gera
uma estrutura aporticada, melhorando a estabilidade global.
• A possibilidade de construir lajes com alturas descontinuas em um mesmo
pavimento.

Podemos citar como desvantagem na utilização das lajes convencionais os


seguintes itens (SPOHR, 2008) e (ALBUQUERQUE, 1999):

• Por apresentar uma grande quantidade de vigas, o pavimento possui muitos


recortes, o que diminui a produtividade e aumenta o consumo de formas.
• A montagem e desmontagem das formas é relativamente demorada.

2.2 LAJE LISA

As lajes lisas são elementos estruturais que são apoiados diretamente sobre
os pilares (Figura 4), não sendo necessária a utilização de vigas no interior do
pavimento para realizar a transferência dos carregamentos, podendo ter ou não
vigas de bordo.

Essa ausência das vigas possibilita uma adaptação do projeto estrutural


permitindo a construção de pavimentos sem as restrições de pé direito e locação
das paredes impostas pelo uso das vigas.

Figura 4 - Modelo de laje lisa e laje cogumelo (GABRIELA, 2009)

11
Entretanto, devido à inexistência dos vigamentos, a edificação não apresenta
uma estrutura aporticada, formada pela ligação entre vigas e pilares. Dessa forma,
esse modelo de laje apresenta menor rigidez, podendo resultar em grandes
deslocamentos transversais e problemas relacionados à estabilidade global.
Portanto, torna-se necessário o dimensionamento de elementos para realizar o
contraventamento da estrutura, como por exemplo núcleos rígidos na região da
escada e dos elevadores.

Em regiões próximas aos apoios da laje lisa, surgem momentos fletores


principais negativos que se desenvolvem em círculos concêntricos e de formato
radial. Já os momentos nos vãos são positivos e aparecem em um grande trecho
nas direções paralelas aos bordos da laje (ver a Figura 5). Na prática, os momentos
fletores negativos circulares são absorvidos por uma armadura superior e os
momentos radiais positivos por uma armadura inferior, dispostas em malha em duas
direções ortogonais (LEONHARDT e MONNIG, 1977).

Figura 5 - Momentos radiais e circulares nas lajes lisas


(LEONHARDT e MONNIG, 1977)

Em um ensaio de uma laje lisa apoiado em um pilar, conforme mostrado por


LEONHARDT e MONNIG, 1977 na Figura 6, podemos observar que aparecem
inicialmente fissuras circulares de flexão e, no final do ensaio, fissuras de
cisalhamento devido ao esforço cortante elevado atuante.

12
Figura 6 - Fissuras após ensaios de uma laje apoiada diretamente sobre o pilar
(LEONHARDT e MONNIG, 1977)

Figura 7 – Transferência das cargas da laje lisa para o pilar (ALVES, 2014)

Dessa forma, como a transferência dos carregamentos é feita diretamente da


laje para os pilares, percebe-se a existência de um ponto de concentração de
esforços na junção entre esses elementos estruturais, onde pode ocorrer o
fenômeno de punção (Figura 7).

O desenvolvimento dos momentos radial e tangencial depende da distribuição


das forças de compressão no pilar. No caso da força cortante, a sua distribuição
aumenta consideravelmente nas regiões de entorno do pilar. Dessa forma, valores
elevados de esforços cortantes coincidem com os momentos principais negativos
nas duas direções, ocasionando uma solicitação desfavorável que pode levar à

13
punção. Devido a esta fragilidade, o dimensionamento da ligação laje-pilar é o ponto
mais crítico do projeto de uma estrutura em lajes lisas (LEONHARDT e MONNIG,
1977).

2.2.1 PUNCIONAMENTO

A punção pode ser caracterizada como uma ruptura transversal por


cisalhamento em torno de pequenas regiões submetidas à carregamentos
localizados. Assim, uma carga de grande intensidade aplicada em área reduzida,
gerada pela reação de apoio, resultará em elevadas tensões cisalhantes que, por
consequência, ocasionam microfissuras, evoluindo para fissurações radiais até sua
ruptura, conforme mostra a Figura 8 (WERNECK, 2017 apud CORDOVIL e FUSCO,
1995).

Figura 8 - Ruptura por punção em laje lisa (GABRIELA, 2009)

No colapso que pode ocorrer por puncionamento, a superfície de ruptura tem


forma tronco-cônica com inclinação de 30⁰ a 35⁰ chegando a 45⁰ em determinadas
lajes de fundação com grandes cargas atuantes (LONGO, 2018).

Existem diversos parâmetros da estrutura que exercem influência na


resistência ao puncionamento, sendo os mais relevantes a altura útil da laje, suas
dimensões, formato e posição do pilar na laje, a resistência do concreto, a relação
entre o momento fletor e o esforço cortante, a taxa de armadura de flexão e a
existência de armadura de punção. A contribuição desses diferentes fatores
inviabiliza uma avaliação a partir de modelos matemáticos exatos. Dessa forma, as
formulações apresentadas na NBR 6118 (ABNT, 2014), são baseadas em modelos
empíricos, desenvolvidos a partir de ensaios que determinaram as suas relações a
partir da variação de cada fator de influência. (WERNECK, 2017)

14
Assim, o método mais utilizado na verificação do puncionamento corresponde
a um modelo de cálculo para o dimensionamento das lajes à punção relativo à
verificação das tensões de cisalhamento em duas ou mais superfícies críticas
definidas no entorno da força concentrada (ver a Figura 9).

Figura 9 - Perímetro crítico em pilares internos (ABNT, 2014)

Na superfície crítica de contorno C do pilar deve ser verificada indiretamente a


tensão de compressão diagonal do concreto, através da tensão de cisalhamento.

Na superfície crítica de contorno C’ afastado 2d do pilar deve ser verificada a


resistência à tração diagonal. Esta verificação também se faz através de uma tensão
de cisalhamento, utilizando o contorno crítico C’. Caso haja necessidade, a ligação
deve ser reforçada por armadura transversal.

A superfície crítica de contorno C” apenas deve ser verificada quando for


necessário definir o limite de armadura transversal.

Pela NBR-6118 (ABNT, 2014), a tensão solicitante de cálculo 𝜏𝑆𝑑 devido ao


efeito de puncionamento em um pilar com carregamento simétrico pode ser
representada por:

𝐹𝑆𝑑 (2.5)
𝜏𝑆𝑑 =
𝑢∙𝑑
sendo:

𝐹𝑆𝑑 = Força solicitante de cálculo devido à reação do pilar

𝑢 = Perímetro do contorno crítico

𝑑 = Altura útil da laje

Para o cálculo da tensão resistente em pilares internos são utilizadas a


seguintes equações.

15
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑉 ∙ 𝑓𝑐𝑑 (2.6)

(2.7)
20 1/3
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ (1 + √ ) ∙ (100 ∙ 𝜌 ∙ 𝑓𝑐𝑘 )
𝑑

sendo:

𝜏𝑅𝑑2 = Tensão resistente de compressão diagonal na superfície critica C

𝜏𝑅𝑑1 =Tensão resistente na superfície critica C’ em trechos sem armadura de punção

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑉 = (1 − )
250

𝜌 = √𝜌𝑥 𝜌𝑦 ) = Taxa geométrica de armadura de flexão aderente

Nos pilares localizados nas bordas ou nos cantos da laje, o efeito da punção
se torna ainda mais crítico devido a diminuição do perímetro que contribui para a
resistência ao puncionamento. Observa-se, então, que uma das principais
fragilidades dos elementos estruturais compostos por lajes lisas sem viga de bordo,
está localizada na borda e no canto (LONGO, 2018).

2.2.2 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Para as lajes lisas calculadas, as armaduras serão dispostas de acordo com


𝑙𝑦 𝑙𝑦
as porcentagens nas faixas da região dos apoios ( ) e na região central ( ) ,
4 2

conforme mostram as Figuras 11 e 12. Além disso, ao menos duas barras inferiores
devem passar continuamente sobre os apoios, respeitando-se também a armadura
de colapso progressivo e em lajes com capitéis, as barras inferiores interrompidas,
além de atender às demais prescrições, devem penetrar pelo menos 30 cm ou 24Φ
no capitel.

Pela NBR-6118 (ABNT, 2014), para garantir a ductilidade local e a


consequente proteção contra o colapso progressivo, a armadura de flexão inferior
que atravessa o contorno C, deve estar suficientemente ancorada além do perímetro
C', conforme a Figura 10:

16
Figura 10 - Armadura contra colapso progressivo (ABNT, 2014)

Assim, a armadura deve cobrir a região transversal a ela, compreendida pala


dimensão dos apoios, acrescida de 1,5h para cada lado com comprimento de
ancoragem 𝑙𝑏 > 25Ø. Além disso, também será calculado o transpasse necessário
para as barras do momento positivo.

Ø 𝑓𝑦𝑑 (2.8)
𝑙𝑏 = ∙ > 25Ø
4 𝑓𝑏𝑑
𝐴𝑠 (2.9)
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝑙𝑏 ∙
𝐴𝑠,𝑒𝑓

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒 = 2 ∙ 𝑑 + 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 (2.10)

Figura 11 - Armaduras para momentos positivos (LONGO, 2018)

17
Figura 12 - Armaduras para momentos negativos (LONGO, 2018)

Segundo a NBR-6118 (ABNT, 2014), o dimensionamento das lajes lisas segue


o mesmo critério apresentado anteriormente nas Equações 2.1 a 2.4 e também nas
Tabelas 1 e 2 para taxas de armadura mínima.

2.2.3 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Segundo LONGO (2018) e SMIRIGLIO (2015 apud HENRICHS, 2003), a


utilização da laje lisa na construção apresenta as seguintes vantagens:

• Possibilidades de reformas futuras e modificações das paredes divisórias,


racionalização de vedações.
• Simplificação das fôrmas e menor consumo de materiais. Por não apresentarem
obstáculos, as espessuras das lajes podem ser uniformizadas, facilitando a
montagem e desmontagem das formas, diminuindo a mão-de-obra e
padronizando a execução dos escoramentos.
• Facilidade de concretagem e colocação das armaduras. Devido à ausência de
vigas, as operações de corte, dobra e montagem das armaduras são facilitadas.
A simplificação da concretagem ocorre pois existem poucos recortes nas lajes,
facilitando o acesso dos vibradores, diminuindo a ocorrência de falhas e
proporcionando tetos lisos com melhor aspecto estético.

18
• Facilidade para passagem de dutos e tubulações. É necessária uma menor
quantidade de fios e dutos, ocasionando uma menor incidência de cortes e
emendas. Dessa forma, as possíveis modificações futuras também são
facilitadas.
• Maior rapidez na execução. Devido à simplificação nas fôrmas, armaduras,
concretagem e instalações, ocorre a redução do tempo de execução.
• Melhor acabamento e maior altura livre do pavimento devido a uma melhor
interação do projeto estrutural com o projeto arquitetônico, permitindo a
construção de pavimentos com maior pé direito útil.

Além disso, as vigas de borda são capazes de proporcionar algumas


vantagens para o sistema estrutural (ALBUQUERQUE, 1999).

• Formam pórticos que aumentam a rigidez da estrutura, diminuindo os


deslocamentos horizontais.
• Diminuem os deslocamentos verticais nas bordas.
• Eliminam a necessidade de verificação de punção em alguns pilares.

Entretanto, a utilização das lajes lisas apresenta algumas desvantagens, sendo


as principais:

• Possibilidade de ruptura da laje por puncionamento. A punção das lajes lisas é


um dos principais problemas desse elemento estrutural, que pode ser solucionado
através da utilização de uma espessura de laje adequada e/ou adotando uma
armadura de punção.
• Pavimentos mais flexíveis e flechas maiores. Os deslocamentos transversais das
lajes lisas, para um mesmo vão, é maior do que aqueles nas lajes sobre vigas.
• Estrutura mais esbelta. Devido a não existência de vigas que servem como
contraventamento, a estabilidade global do edifício (no caso de edifícios altos)
diminui devido às ações horizontais, nesse caso deve-se vincular as lajes em
paredes estruturais ou em núcleos rígidos.
• Análise numérica mais complexa quando a geometria do pavimento for irregular

19
2.3 LAJE NERVURADA

As lajes nervuradas são formadas por nervuras, muitas vezes nas duas
direções, pouco espaçadas e uma mesa superior. De acordo com a NBR-6118
(ABNT, 2014), “as lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras
pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos esteja localizada nas
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”.

As lajes nervuradas podem ser executadas utilizando moldes de polipropileno


reaproveitáveis (Figura 13), para que sejam utilizados nos pavimentos
subsequentes. Esses moldes são leves, de fácil manuseio, que agilizam o processo
de montagem e desmontagem e ficam apoiados diretamente sobre o escoramento,
não sendo necessário o uso de formas adicionais para concretagem da laje. Com
estes moldes não é preciso colocar materiais inertes entre as nervuras, reduzindo
assim o peso da laje (LONGO, 2018). Além disso, os moldes proporcionam uma
economia de materiais e de mão-de-obra, aumentando assim a viabilidade do
sistema construtivo e também simplifica a execução, diminuindo as perdas e
aumentando a produtividade da construção (PINHEIRO, 2007).

Figura 13 - Moldes para laje nervurada (ATEX, 2017)

Assim como as lajes lisas, as lajes nervuradas são apoiadas diretamente sobre
os pilares. Nessa região dos apoios são utilizados capiteis maciços de concreto ou
são feitas faixas de concreto maciço entre os apoios, com objetivo de resistir aos
momentos fletores e tensões de cisalhamento característicos dessas regiões
conforme mostram as Figuras 14 e 15 (SPOHR, 2008).

20
Figura 14 - Laje nervurada com faixas entre os apoios (ATEX, 2017)

Figura 15 - Laje nervurada com capitel nos apoios (SPOHR, 2008)

A Figura 16 mostra as dimensões da laje nervurada segundo a NBR 6118


(ABNT, 2014), “A espessura da mesa (ℎ𝑓 ) , quando não existirem tubulações
horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a 1/15 da distância entre as faces
das nervuras (𝑡0 ) e não menor que 4 cm. Quando existirem tubulações embutidas
de diâmetro menor ou igual a 10 mm, o valor mínimo absoluto da espessura da mesa
deve ser 5 cm. Para tubulações com diâmetro Φ maior que 10 mm, a mesa deve ter
a espessura mínima de 4 cm + Φ, ou 4 cm + 2 Φ no caso de haver cruzamento
destas tubulações. A espessura das nervuras (𝑏𝑤 ) não pode ser inferior a 5 cm.

21
Nervuras com espessura menor que 8 cm não podem conter armadura de
compressão”.

Para o projeto das lajes nervuradas, devem ser obedecidas as seguintes condições:

a) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras (𝑡) menor ou igual a 65 cm,
pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do
cisalhamento da região das nervuras, permite-se a consideração dos critérios de
laje;

b) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras (𝑡) entre 65 cm e 110 cm,
exige-se a verificação da flexão da mesa, e as nervuras devem ser verificadas ao
cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento
entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que
12 cm;

c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras (𝑡) maior que
110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas,
respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.

Figura 16 - Dimensões da laje nervurada (LONGO, 2018)

2.3.1 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

As armaduras longitudinais das lajes nervuradas devem ser calculadas


considerando a seção como uma viga T. Dessa forma calcula-se o momento 𝑀𝑛𝑒𝑟𝑣
em cada nervura (LONGO, 2018).

𝑀𝑛𝑒𝑟𝑣 = 𝑀 ∙ 𝑏𝑓 (2.11)

Para o dimensionamento das armaduras submetidas a um momento positivo


(ver Figura 17), o valor de 𝑘𝑚𝑑 é calculado com a largura da mesa 𝑏𝑓 :

22
𝑀𝑑 (2.12)
𝑘𝑚𝑑 =
𝑏𝑓 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑓𝑐𝑑
Feito o cálculo do 𝑘𝑚𝑑 , 𝑘𝑧 e 𝑘𝑥 , é possível determinar a posição da linha neutra.

𝑥 = 𝑘𝑥 ∙ d (2.13)

Figura 17 - Armaduras para momentos positivos (LONGO, 2018)

Caso 0,8 ∙ 𝑥 ≤ ℎ𝑓 então a linha neutra passa pela mesa.

𝑀𝑑 (2.14)
𝐴𝑠,𝑛𝑒𝑟𝑣 =
𝑘𝑧 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
Caso 0,8 ∙ 𝑥 > ℎ𝑓 então a linha neutra passa pela nervura. Dessa forma teremos que:

ℎ𝑓 (2.15)
𝑀𝑚𝑑 = 0,85 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ∙ (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤 ) ∙ ℎ𝑓 ∙ (d − )
2
𝑀𝑛𝑑 = 𝑀𝑑 − 𝑀𝑚𝑑 (2.16)

𝑀𝑛𝑑 (2.17)
𝑘𝑚𝑑 =
𝑏𝑤 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑓𝑐𝑑
sendo:

𝑀𝑚𝑑 = Momento resistido pela mesa

𝑀𝑛𝑑 = Momento resistido pela nervura

Se 𝑘𝑚𝑑 ≤ 0,251 então será utilizada armadura simples. A armadura então é


calculada considerando as parcelas da mesa e da nervura, com seus braços de
alavanca.

𝑀𝑚𝑑 𝑀𝑛𝑑 (2.18)


𝐴𝑠,𝑛𝑒𝑟𝑣 = +
ℎ𝑓 𝑘𝑧 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
(d − 2 ) ∙ 𝑓𝑦𝑑

Para o dimensionamento das armaduras submetidas a um momento negativo


(ver Figura 18), o valor de 𝑘𝑚𝑑 é calculado com a largura da nervura 𝑏𝑤 :

23
𝑀𝑑 (2.19)
𝑘𝑚𝑑 =
𝑏𝑤 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑓𝑐𝑑

Figura 18 - Armaduras para momentos negativos (LONGO, 2018)

Com este valor de 𝑘𝑚𝑑 obtém-se o valor de 𝑘𝑧 . O cálculo da armadura deverá


ser feito por metro, pois ela ficará distribuída na parte superior da seção transversal.

𝐴𝑠 𝑀𝑑 1 (2.20)
=( )∙
𝑚 𝑘𝑧 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑏𝑓

De acordo com a NBR-6118 (ABNT, 2014), as lajes nervuradas ainda podem


precisar de armadura para resistir aos esforços de tração devido à força cortante.
Isso ocorrerá quando a força cortante de cálculo 𝑉𝑆𝑑 , a uma distância 2d da face do
apoio, for menor do que a força cortante resistente 𝑉𝑅𝑑1 :

𝑉𝑅𝑑1 = [0,25 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 ∙ k ∙ (1,2 + 40 ∙ 𝜌1 )] ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑 (2.21)


sendo:

2/3
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 0,15 ∙ 𝑓𝑐𝑘

𝐴𝑠1
𝜌1 = ≤ 0,02
𝑏𝑤 ∙ 𝑑

𝐴𝑠1 = Área da armadura de tração

𝑘 = 1 ; Quando 50% da armadura inferior não chega até o apoio

𝑘 =∣ 1,6 − 𝑑 ∣ ; Para os demais casos, com 𝑑 em metros

2.3.2 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Dentre as principais vantagens presentes no uso das lajes nervuradas,


podemos citar as seguintes (LONGO, 2018) e (SPOHR, 2008):

24
• É um elemento estrutural mais leve se comparado com lajes maciças de mesma
espessura.
• Economia das fôrmas e maior facilidade na execução devido à concepção das
vigas na própria laje (sem vigas altas), agilizando também o processo de
montagem.
• Boa resistência a cargas uniformemente distribuídas.
• A maior inércia gerada pelas nervuras possibilita vencer vãos maiores e diminui o
número de pilares utilizados.
• O material inerte, caso esteja presente entre as vigas, pode servir como isolante
térmico e acústico, podendo ser utilizado em prédios de sala de aula e bibliotecas.
• A elaboração do projeto arquitetônico fica com mais liberdade pois o
posicionamento das paredes não precisa seguir uma distribuição das vigas

Dentre as principais desvantagens presentes no uso das lajes nervuradas,


podemos citar as seguintes (LONGO, 2018) e (FARIA, 2010 apud ARAUJO, 2008):

• Menor capacidade para resistir a cargas concentradas


• Dificuldade para passagem de tubulações, sendo necessário um estudo para
minimizar a sua utilização.
• A irregularidade das nervuras acaba comprometendo a estética da laje.
• Necessidade de colocação de estribos nas nervuras, ocasionando um maior
consumo de aço.

25
3 PROJETO DO PAVIMENTO

Os valores das dimensões das lajes e vigas foram obtidos de maneira iterativa
com o programa computacional, de forma a resultar uma deformação máxima
permitida abaixo do limite estabelecido pela NBR 6118 (ABNT, 2014) e também para
resultar em armaduras simples, critério estabelecido como parâmetro comparativo.

Na análise computacional, os pilares foram modelados como apoios pontuais,


fazendo com que a curva de momentos negativos atinja valores muito grandes, o
que não representa adequadamente os valores reais da estrutura. Para corrigir essa
aproximação os valores dos momentos de dimensionamento serão reduzidos
considerando as dimensões dos pilares, utilizando os momentos obtidos na face do
pilar.

Todas as armaduras positivas e negativas de uma viga serão definidas de


acordo com o maior momento fletor existente naquela viga. O cobrimento nominal
usado nos cálculos foi de 2,5 cm.

Para o cálculo dos estribos, a força cortante oriunda da carga distribuída foi
considerada, no trecho entre o apoio e a seção situada à distância d/2 da face de
apoio, constante e igual à desta seção, conforme a Figura 19.

Figura 19 - Cortante reduzido (LONGO, 2018)

As plantas de armaduras feitas para auxiliar no levantamento do consumo de


aço de cada laje se encontram nos apêndices, assim como a numeração das barras
de aço e as tabelas de cálculo do consumo dos materiais.

26
3.1 LAJE LISA

A Figura 20 mostra a planta de forma do pavimento com laje lisa, com a


variação dos vãos para os diferentes casos analisados.

Figura 20 - Planta do pavimento com laje lisa

27
No modelo computacional da laje lisa, mostrado na Figura 21, os pilares foram
projetados com 3 metros de altura, sendo 1,5 metros acima e 1,5 metros abaixo do
eixo da laje. Os apoios utilizados são do segundo gênero, simulando o
comportamento padrão do pilar, com momento nulo nas extremidades e máximo no
eixo da laje. A laje foi modelada com elementos finitos de 50x50 cm, assim como o
pilar parede P10 e P14.

As vigas foram modeladas como elementos lineares posicionados em seu eixo.


Dessa forma, para uma correta representação da estrutura, as vigas foram
posicionadas abaixo da laje e a conexão desses elementos foi feita através da
utilização de “links” rígidos.

Figura 21 - Modelagem computacional do pavimento com laje lisa

28
3.2 LAJE CONVENCIONAL

A Figura 22 mostra a planta de forma do pavimento com laje convencional, com


a variação dos vãos para os diferentes casos analisados.

Figura 22 - Planta do pavimento com laje convencional

29
No modelo computacional da laje convencional, mostrado na Figura 23, os
pilares foram projetados com 3 metros de altura. Os apoios utilizados são do
segundo gênero, simulando o comportamento padrão do pilar, com momento nulo
no meio do pavimento e máximo no eixo da laje. A laje foi modelada com elementos
finitos de 50x50 cm.

As vigas foram modeladas como elementos lineares posicionados em seu eixo.


Dessa forma, para uma correta representação da estrutura, a viga foi posicionada
abaixo da laje e a conexão desses elementos foi feita através da utilização de “links”
rígidos.

Figura 23 - Modelagem computacional do pavimento com laje convencional

30
3.3 LAJE NERVURADA

A Figura 24 mostra a planta de forma do pavimento com laje nervurada, com a


variação dos vãos para os diferentes casos analisados.

Figura 24 - Planta do pavimento com laje nervurada

31
No modelo computacional da laje nervurada, mostrado na Figura 25, os pilares
foram projetados com 3 metros de altura. Os apoios utilizados são do segundo
gênero, simulando o comportamento padrão do pilar, com momento nulo na
extremidade e máximo no eixo da laje. A laje foi modelada como elementos finitos
de 50x50 cm. As faixas também foram modeladas com elementos finitos de área de
50x50 cm e a conexão foi feita com “links” rígidos devido à sua maior espessura e
consequentemente o deslocamento do seu eixo.

As vigas de bordo e as nervuras foram modeladas como elementos lineares


posicionados em seu eixo. Dessa forma, para uma correta representação da
estrutura, a conexão desses elementos foi feita através da utilização de “links”
rígidos. As nervuras possuem distancias de 50x50 cm, coincidindo com os
elementos finitos das lajes.

Figura 25 - Modelagem computacional do pavimento com laje nervurada

32
3.4 CARREGAMENTOS E COMBINAÇÕES

Pela NBR 6118 (ABNT, 2014), um carregamento é definido pela combinação


de ações que têm probabilidades não desprezíveis de atuarem simultaneamente
sobre a estrutura, durante um período pré-estabelecido. Esta combinação de ações
deve ser feita de modo que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis
para a estrutura.

Os carregamentos presentes nos cálculos do pavimento, serão compostos


pelo peso próprio da estrutura, revestimento de 0,5 kN/m², sobrecarga de 2,0 kN/m²
e peso de parede de 1 kN/m². O peso das paredes foi considerado uniforme ao longo
do pavimento por questões comparativas e devido à falta da planta de arquitetura do
pavimento. Para análise de esforços e deformações no pavimento, utilizaremos as
seguintes combinações:

𝐶𝑜𝑚𝑏 1 (𝐸𝐿𝑈) = 1,4 ∙ (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 + 𝑅𝑒𝑣. +𝑃𝑎𝑟. +𝑆𝑜𝑏𝑟. ) (3.22)

𝐶𝑜𝑚𝑏 2 (𝐸𝐿𝑆) = 1,0 ∙ (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 + 𝑅𝑒𝑣. +𝑃𝑎𝑟. +𝑆𝑜𝑏𝑟) (3.23)

De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), a flecha limite para lajes pode ser
considerada como:

𝑙 (3.24)
𝑓𝑙𝑖𝑚 =
250
Sendo 𝑙 o menor vão do painel caracterizado por um trecho da laje entre 4
pilares. Além disso, é preciso considerar o efeito de fluência para cargas de longa
duração. Assim, é assumido um coeficiente de fluência médio de 2,5 e a flecha total
𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 para esforços em serviço pode ser estimada por:

𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,5 ∙ (∑𝑓𝑜𝑔 + 𝜓2 ∙ 𝑓𝑞 ) (3.25)

sendo:

𝑓𝑜𝑔 = Soma das flechas imediatas para ações permanentes

𝑓𝑞 = Flecha imediata para ações variáveis

𝜓2 = 0,3 (edifícios residenciais)

Dessa forma, a modelagem computacional foi feita aplicando uma combinação


de serviço que já considera o coeficiente de deformação gerados pela fluência do
concreto.

33
4 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE LISA
4.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m

Espessura ℎ da laje lisa e distância 𝑑′ do centro de gravidade das armaduras até a


face:
ℎ = 35 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo será de:

𝑏 = 20 𝑐𝑚

ℎ = 60 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 10 𝑐𝑚

4.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 26 e 27 mostram os valores dos momentos obtidos pelo programa


computacional em diferentes pontos de interesse do pavimento.

Figura 26 - Momentos na direção X

34
Figura 27 - Momentos na direção Y

Assim, o momento negativo arredondado utilizado no dimensionamento na


faixa do pilar interno, considerando um pilar de 30x30 cm será de:

4.1.2 FLECHA MÁXIMA

Para determinar a curva de deformada da laje lisa, a estrutura foi submetida a


uma combinação de carregamentos no estado limite de serviço pré-definido no item
3.4. Dessa forma, a Figura 28 mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento
será de 3,99 cm.

1000
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 4,0 𝑐𝑚
250

𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝟑, 𝟗𝟗 𝒄𝒎 < 4,00 𝑐𝑚

35
Figura 28 - Deformação máxima da laje lisa

Portanto, percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação referente a flecha limite para o estado limite de serviço considerando o
fenômeno da fluência.

4.1.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

Para o dimensionamento das armaduras da laje lisa foram utilizados os


critérios apresentados no item 2.2.2. O cálculo feito será apresentado em forma de
equação apenas uma vez e o restante dos valores obtidos se encontram nas tabelas
3, 4 e 5. A seguir será apresentado o cálculo feito para a armadura positiva na faixa
de apoio da laje 1.

36
155,74
𝑘𝑚𝑑 = = 0,0454
50000
1 ∙ 0,312 ∙ 1,4

0,0454
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,973
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,973) = 0,068

155,54
𝐴𝑠 = = 11,88 𝑐𝑚2 /𝑚
50
0,973 ∙ 0,31 ∙
1,15

1,25 43,48
𝑙𝑏 = ∙ = 30𝑐𝑚 > 25 ∙ 1,25 = 25cm
4 0,458

11,88
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 30 ∙ = 29 𝑐𝑚
12,30

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒 = 2 ∙ 31 + 29 = 91𝑐𝑚 ≅ 95 𝑐𝑚

Tabela 3 - Cálculo das armaduras dos vãos externos na direção X

Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 1
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N1 155,74 11,88 Ø 12,5 c 10 1115
Faixa de Apoio M (-) N5 -715 61,90 Ø 20 c 5 700
M (-)ext N4 -715 61,90 Ø 20 c 5 370
L1
M (+) N1 100,14 7,56 Ø 12,5 c 15 1115
Faixa Interna M (-) N6 -90,96 6,86 Ø 12,5 c 17,5 500
M (-)ext - - - - -
M (+) N8 127,35 9,67 Ø 12,5 c 12,5 1040
L2 Faixa Total M (-) N7 -385,6 30,80 Ø 20 c 10 270
M (-)ext N7 -273,8 24,80 Ø 20 c 12,5 270
M (+) N9 46,53 Asmin Ø 10 c 15 740
L3 Faixa Total M (-) N7 -385,6 30,80 Ø 20 c 10 270
M (-)ext N7 -273,8 24,80 Ø 20 c 12,5 270
M (+) N1 117 8,87 Ø 12,5 c 12,5 1115
Faixa de Apoio M (-) N5 -517 42,54 Ø 20 c 5 700
M (-)ext N4 -464 37,71 Ø 20 c 7,5 370
L4
M (+) N1 103,47 7,82 Ø 12,5 c 15 1115
Faixa Interna M (-) 26,84 - - -
M (-)ext - - - -

37
Tabela 4 - Cálculo das armaduras dos vãos internos na direção X

Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 2
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
Faixa de Apoio M (+) N2 88,9 6,7 Ø 12,5 c 17,5 1190
L1
Faixa Interna M (+) N3 45,12 Asmin Ø 10 c 15 1190
Faixa de Apoio M (+) N3 46,53 Asmin Ø 10 c 15 1190
L2
Faixa Interna M (+) N3 38,04 Asmin Ø 10 c 15 1190

Tabela 5 - Cálculo das armaduras na direção Y

Direção Y
Laje Faixa de Análise
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N10 179,16 12,80 Ø 12,5 c 7,5 1315
Faixa de Apoio M (-) N11 -715 61,90 Ø 20 c 5 840
M (-)ext N12 -715 61,90 Ø 20 c 5 440
L1
M (+) N10 158,77 12,12 Ø 12,5 c 10 1315
Faixa Interna M (-) N13 -116,32 8,46 Ø 12,5 c 12,5 600
M (-)ext - - - -
M (+) - - - -
L2 Faixa Total M (-) N14 -87,63 6,60 Ø 12,5 c 17,5 680
M (-)ext N15 -249,8 19,40 Ø 20 c 15 680
M (+) - - - -
L3 Faixa Total M (-) N14 -153,8 11,73 Ø 12,5 c 10 680
M (-)ext N15 -650 55,29 Ø 20 c 5 680
M (+) N16 215,88 15,47 Ø 12,5 c 7,5 1240
Faixa de Apoio M (-) N12 -660 60,40 Ø 20 c 5 440
M (-)ext N12 -715 61,90 Ø 20 c 5 440
L2
M (+) N16 194,97 14,98 Ø 12,5 c 7,5 1240
Faixa Interna M (-) N17 153,8 11,73 Ø 12,5 c 10 320
M (-)ext - - - -

O dimensionamento das armaduras das vigas do bordo será apresentado em


forma de equação apenas uma vez e o restante dos valores obtidos se encontram
nas tabelas 6 e 7. A seguir será apresentado o cálculo feito para a armadura positiva,
negativa e os estribos na viga 1.

• Determinação da largura efetiva de laje contribuinte com a viga e


dimensionamento da armadura longitudinal positiva:

Distância entre vigas = 12m; a = 0,6; b1 = 0,1. (0,6 ∙ 12) = 0,72 𝑚;

bf = 2 ∙ 0,72 + 0,20 = 1,64 𝑚; d′ = 0,10 𝑚;

119,15
𝑘𝑚𝑑 = = 0,008
50000
1,64 ∙ 0,502 ∙ 1,4

0,008
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,995
1,7

38
𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,995) = 0,0125

119,15
𝐴𝑠 = = 5,5 𝑐𝑚2
50
0,995 ∙ 0,50 ∙
1,15
• Dimensionamento da armadura longitudinal negativa:

223
𝑘𝑚𝑑 = = 0,125
50000
0,2 ∙ 0,502 ∙ 1,4

0,125
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,920
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,956) = 0,200


223
𝐴𝑠 = = 11,15 𝑐𝑚2
50
0,920 ∙ 0,50 ∙
1,15
Tabela 6 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N18 119 5,5 3 Ø 16 1030


1 N19 -223 11,15 4 Ø 20 450
N20 -223 11,15 4 Ø 20 170
N18 140 6,48 3 Ø 16 1030
2 N19 -252 12,76 4 Ø 20 450
N20 -252 12,76 4 Ø 20 170
3 N21 -185 9,1 3 Ø 20 330
N18 140 6,48 3 Ø 16 1030
4 N19 -252 12,76 4 Ø 20 450
N20 -252 12,76 4 Ø 20 170
N18 124 5,5 3 Ø 16 1030
5 N19 -226 11,25 4 Ø 20 450
N20 -226 11,25 4 Ø 20 170
N22 149 6,9 3 Ø 16 1230
N23 -307,5 15,97 5 Ø 20 800
6
N24 -307,5 15,97 5 Ø 20 600
N25 -307,5 15,97 5 Ø 20 220
7 N19 -172 8,42 3 Ø 20 450
8 N19 -137 6,62 3 Ø 20 450
9 N19 -202 10,01 4 Ø 20 450
N22 193,5 8,97 5 Ø 16 1230
N23 -314 16,36 6 Ø 20 800
10
N24 -314 16,36 6 Ø 20 600
N25 -314 16,36 6 Ø 20 220

• Dimensionamento dos estribos:

𝑉𝑠𝑑 = 103,15 𝑘𝑁

39
50000
𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ ∙ 0,20 ∙ 0,50 = 771,4 𝑘𝑁
1,4
2
(0,3 ∙ 0,7 ∙ 503 )
𝑉𝑐 = 0,6 ∙ ∙ 0,2 ∙ 0,5 = 122,2 𝑘𝑁
1,4
50 𝑘𝑁
𝑓𝑦𝑤𝑑 =
1,15 𝑚2
𝐴𝑠𝑤 103,15 − 122,2 𝐴𝑠𝑤
= = 𝑚𝑖𝑛
𝑠 50 𝑠
0,9 ∙ 0,5 ∙
1,15
A armadura mínima será:
𝐴𝑠𝑤 4,07 4
𝑐𝑚2
𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ 0,2 ∙ ∙ 10 = 3,26
𝑠 500 𝑚

2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 ∙ 503 = 4,07 𝑀𝑃𝑎

Tabela 7 - Cálculo das armaduras transversais das vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N26 103,15 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150


2 N26 209 4,44 Ø 6,3 c 12,5 150
3 N26 55,4 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
4 N26 277,9 7,96 Ø 6,3 c 7,5 150
5 N26 108,5 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
6 N26 131,8 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
7 N26 363,3 12,33 Ø 6,3 c 5 150
8 N26 219,5 4,98 Ø 6,3 c 12,5 150
9 N26 201,2 4,04 Ø 6,3 c 15 150
10 N26 246,5 6,36 Ø 6,3 c 7,5 150

4.1.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO

Analisando os dados do programa computacional, a reação máxima se


encontra no pilar P7 com valor de 1286 kN conforme mostra a Figura 29. Os valores
de momento nesse pilar foram desprezados por serem muito pequenos.

Figura 29 - Reação de apoio máxima

40
Além disso, o cálculo foi feito apenas para pilares internos, tendo em vista que
os pilares de bordo e de canto possuem as vigas de bordo. Pela NBR-6118 (ABNT,
2014), a tensão solicitante de cálculo devida ao efeito de puncionamento em um pilar
com carregamento simétrico pode ser representada por:

• Perímetro C
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) = 1,2 𝑚

1.286
𝜏𝑆𝑑 = = 3460 𝑘𝑁/𝑚²
1,2 ∙ 0,31
• Perímetro C’
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) + 2 ∙ 𝜋 ∙ (2 ∙ 31 𝑐𝑚) = 5,10 𝑚

1.286
𝜏𝑆𝑑 = = 810 𝑘𝑁/𝑚²
5,1 ∙ 0,31

• Tensão resistente de compressão diagonal na superfície critica C:

50.000
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ = 7710 𝑘𝑁/𝑚²
1,4

• Tensão resistente na superfície critica C’ em trechos sem armadura de


punção para pilares internos:
𝐴′𝑠,𝑥 = 𝐴′𝑠,𝑦 = Ø 20 a cada 5 cm = 62,8 cm2 /𝑚

𝐴𝑠,𝑥 = 𝐴𝑠,𝑦 = 2 ∙ Ø 12,5 a cada 10 cm = 12,3 cm2 /𝑚

𝐴𝑠 /𝑚 62,8 + 2 ∙ 12,3
𝜌𝑥 = 𝜌𝑦 = = = 0,025
ℎ 35

20
𝜏𝑆𝑑 = 810 𝑘𝑁/𝑚² < 𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ (1 + √ ) ∙ (100 ∙ 0,025 ∙ 50)1/3 = 1170 𝑘𝑁/𝑚²
31

Portanto, analisando os valores calculados, é possível perceber que as tensões


diagonais de compressão e de tração solicitante no pilar interior são inferiores à
tensão resistente. Dessa forma não se faz necessário o uso da armadura de
puncionamento ou construção de capitel.

4.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m

Espessura ℎ da laje lisa e distância 𝑑′ do centro de gravidade das armaduras até


a face:
ℎ = 22 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

41
A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo será de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 35 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 5 𝑐𝑚

4.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

A Figura 30 mostra os valores dos momentos na direção X obtidos pelo


programa computacional. Percebe-se uma significativa redução dos momentos
negativos sobre os apoios, com relação ao pavimento de 12x10.

Figura 30 - Momentos na direção X

42
A Figura 31 mostra os valores dos momentos na direção Y obtidos pelo
programa computacional em diferentes pontos de interesse do pavimento.

Figura 31 - Momentos na direção Y

4.2.2 FLECHA MÁXIMA

A Figura 32, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de


3,00 cm.

750
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 3,0 𝑐𝑚
250

𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝟑, 𝟎𝟎 𝒄𝒎 < 3,00 𝑐𝑚

43
Figura 32 - Deformação máxima na laje lisa
Portanto, percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto
à verificação referente a flecha limite para o estado limite de serviço considerando o
fenômeno da fluência.

4.2.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

Para o dimensionamento das armaduras foram utilizados os critérios


apresentados anteriormente no item 4.1.3.

0,208
𝐴𝑠,min(+) = 0,67 ∙ ∙ 22 ∙ 100 = 3,06 𝑐𝑚2 /𝑚
100
7,72
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 30 ∙ = 28 𝑐𝑚
8,20

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒 = 2 ∙ 18 + 28 = 64𝑐𝑚 ≅ 65 𝑐𝑚

44
As tabelas 8, 9 e 10 mostram os cálculos das armaduras nas lajes.

Tabela 8 - Cálculo das armaduras dos vãos internos na direção X


Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 2
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
Faixa de Apoio M (+) N2 38,9 5,07 Ø 10 c 15 880
L1
Faixa Interna M (+) N3 20,95 Asmin Ø 8 c 15 880
Faixa de Apoio M (+) N2 34,5 4,49 Ø 10 c 17,5 880
L2
Faixa Interna M (+) N3 12,97 Asmin Ø 8 c 15 880

Tabela 9 - Cálculo das armaduras dos vãos externos na direção X


Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 1
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N1 58,55 7,72 Ø 12,5 c 15 830
Faixa de Apoio M (-) N5 -235 34,86 Ø 20 c 7,5 525
M (-)ext N4 -200 28,87 Ø 20 c 10 275
L1
M (+) N1 37,38 4,87 Ø 12,5 c 20 830
Faixa Interna M (-) N6 -26,67 Asmin Ø 10 c 17,5 375
M (-)ext - - - - -
M (+) N8 48,51 6,36 Ø 10 c 12,5 780
L2 Faixa Total M (-) N7 -153 21,36 Ø 16 c 7,5 200
M (-)ext N7 -107 14,51 Ø 16 c 12,5 200
M (+) N9 15,1 Asmin Ø 8 c 15 480
L3 Faixa Total M (-) N7 -112 15,23 Ø 16 c 12,5 200
M (-)ext N7 -70 9,29 Ø 16 c 20 200
M (+) N1 50,01 6,56 Ø 12,5 c 17,5 830
Faixa de Apoio M (-) N5 -124 17,00 Ø 20 c 17,5 525
M (-)ext N4 -110,5 15,02 Ø 20 c 20 275
L4
M (+) N1 41 5,35 Ø 12,5 c 20 830
Faixa Interna M (-) N6 -14,52 Asmin Ø 10 c 17,5 375
M (-)ext - -

Tabela 10 - Cálculo das armaduras na direção Y

Direção Y
Laje Faixa de Análise
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N10 67,18 8,90 Ø 12,5 c 12,5 980
Faixa de Apoio M (-) N11 -257 38,84 Ø 20 c 7,5 630
M (-)ext N12 -187 26,74 Ø 20 c 10 330
L1
M (+) N10 57,3 7,55 Ø 12,5 c 15 980
Faixa Interna M (-) N13 62,98 8,32 Ø 12,5 c 12,5 450
M (-)ext - - - - -
M (+) - - - - -
L2 Faixa Total M (-) N14 -39,1 5,10 Ø 10 c 15 670
M (-)ext N15 -106 14,37 Ø 16 c 12,5 670
M (+) - - - - -
L3 Faixa Total M (-) N14 -55,38 7,29 Ø 10 c 10 670
M (-)ext N15 -172 24,33 Ø 16 c 7,5 670
M (+) N16 79,53 10,61 Ø 12,5 c 10 930
Faixa de Apoio M (-) N12 -212,5 30,97 Ø 20 c 10 330
M (-)ext N12 -140,5 19,46 Ø 20 c 15 330
L2
M (+) N16 70,5 9,36 Ø 12,5 c 12,5 930
Faixa Interna M (-) N17 -55,38 7,29 Ø 12,5 c 15 240
M (-)ext - - - - -

45
As tabelas 11 e 12 mostram os cálculos das armaduras longitudinais e
transversais nas vigas de bordo.

Tabela 11 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N18 21,75 1,67 4Ø8 770


1 N19 -41,15 3,38 3 Ø 12,5 375
N20 -41,15 3,38 3 Ø 12,5 125
N18 24,18 1,86 4Ø8 770
2 N19 -47,75 3,98 4 Ø 12,5 375
N20 -47,75 3,98 4 Ø 12,5 125
3 N21 -38,37 3,14 3 Ø 12,5 320
N18 25,5 1,96 4Ø8 770
4 N19 -52,78 4,44 4 Ø 12,5 375
N20 -52,78 4,44 4 Ø 12,5 125
N18 23,17 1,7 4Ø8 770
5 N19 -41,55 3,38 3 Ø 12,5 375
N20 -41,55 3,38 3 Ø 12,5 125
N22 31 2,39 2 Ø 12,5 920
N23 -97 9,07 5 Ø 16 670
6
N24 -97 9,07 5 Ø 16 450
N25 -97 9,07 5 Ø 16 150
7 N19 -39,55 3,24 3 Ø 12,5 430
8 N19 -21 1,67 2 Ø 12,5 430
9 N19 -21,86 1,67 2 Ø 12,5 430
N22 34,5 2,66 3 Ø 12,5 920
N23 -75,75 6,7 4 Ø 16 670
10
N24 -75,75 6,7 4 Ø 16 450
N25 -75,75 6,7 4 Ø 16 150

A armadura mínima dos estribos será:


𝐴𝑠𝑤 4,07 4
𝑐𝑚2
𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ 0,12 ∙ ∙ 10 = 1,95
𝑠 500 𝑚

Tabela 12 - Cálculo das armaduras transversais das vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N26 69,57 2,18 Ø 5 c 17,5 84


2 N26 60,1 Asmin Ø 5 c 20 84
3 N26 69,7 2,19 Ø 5 c 17,5 84
4 N26 74,35 2,59 Ø 5 c 12,5 84
5 N26 74,73 2,62 Ø 5 c 12,5 84
6 N26 16,1 Asmin Ø 5 c 20 84
7 N26 66,5 Asmin Ø 5 c 20 84
8 N26 66,5 Asmin Ø 5 c 20 84
9 N26 18 Asmin Ø 5 c 20 84
10 N26 76,5 2,77 Ø 5 c 12,5 84

46
4.2.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO

Analisando os dados do programa computacional, a reação máxima se


encontra no pilar P7 com valor de 511 kN, conforme mostra a Figura 33. Os valores
de momento nesse pilar foram desprezados por serem muito pequenos.

Figura 33 - Reação de apoio máxima

Além disso, o cálculo foi feito apenas para pilares internos, tendo em vista que
os pilares de bordo e de canto possuem as vigas de bordo. Pela NBR-6118 (ABNT,
2014), a tensão solicitante de cálculo pode ser representada por:

• Perímetro C
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) = 1,2 𝑚
511
𝜏𝑆𝑑 = = 2370 𝑘𝑁/𝑚²
1,2 ∙ 0,18
• Perímetro C’
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) + 2 ∙ 𝜋 ∙ (2 ∙ 18 𝑐𝑚) = 3,46 𝑚
511
𝜏𝑆𝑑 = = 820 𝑘𝑁/𝑚²
3,46 ∙ 0,18
• Tensão resistente de compressão diagonal na superfície critica C:

50.000
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ = 7710 𝑘𝑁/𝑚²
1,4

• Tensão resistente na superfície critica C’ em trechos sem armadura de punção


para pilares internos:
𝐴′𝑠,𝑥 = 𝐴′𝑠,𝑦 = Ø 20 a cada 7,5 cm = 41,9 cm2 /𝑚

𝐴𝑠,𝑥 = 𝐴𝑠,𝑦 = 2 ∙ Ø 12,5 a cada 15 cm = 8,2 cm2 /𝑚

𝐴𝑠 /𝑚 41,9 + 2 ∙ 8,2
𝜌𝑥 = 𝜌𝑦 = = = 0,0265
ℎ 22

20
𝜏𝑆𝑑 = 820 𝑘𝑁/𝑚² < 𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ (1 + √ ) ∙ (100 ∙ 0,0265 ∙ 50)1/3 = 1360 𝑘𝑁/𝑚²
18

47
Portanto, é possível perceber que as tensões solicitantes são inferiores à
tensão resistente. Dessa forma não se faz necessário o uso da armadura de
puncionamento ou construção de capitel.

4.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m

Espessura ℎ da laje lisa e distância 𝑑′ do centro de gravidade das armaduras até


a face:
ℎ = 16 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚
A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 20 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 5 𝑐𝑚

4.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

Figura 34 - Momentos na direção X

48
Figura 35 - Momentos na direção Y

As Figuras 34 e 35 mostram os valores dos momentos obtidos pelo programa


computacional em diferentes pontos de interesse do pavimento.

4.3.2 FLECHA MÁXIMA

A Figura 36, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de


1,17 cm.

500
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 2,0 𝑐𝑚
250

𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝟏, 𝟏𝟕 𝒄𝒎 < 2,00 𝑐𝑚

49
Figura 36 - Deformação máxima na laje lisa

Portanto, percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto


a verificação referente a flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

4.3.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

Para o dimensionamento das armaduras foram utilizados os critérios apresentados


anteriormente no item 4.1.3.

0,208
𝐴𝑠,min(+) = 0,67 ∙ ∙ 16 ∙ 100 = 2,22 𝑐𝑚2 /𝑚
100
4,10
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 20 ∙ = 17 𝑐𝑚
5,00

𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒 = 2 ∙ 12 + 17 = 41𝑐𝑚 ≅ 45 𝑐𝑚

50
As tabelas 13, 14 e 15 mostram os cálculos das armaduras nas lajes.

Tabela 13 - Cálculo das armaduras dos vãos internos na direção X

Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 2
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
Faixa de Apoio M (+) N2 15 2,93 Ø 8 c 15 590
L1
Faixa Interna M (+) N2 9,6 Asmin Ø 8 c 20 590
Faixa de Apoio M (+) N2 13,6 2,65 Ø 8 c 17,5 590
L2
Faixa Interna M (+) N2 7,9 Asmin Ø 8 c 20 590

Tabela 14 - Cálculo das armaduras dos vãos externos na direção X

Direção X
Laje Faixa de Análise Vão 1
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N1 20,9 4,10 Ø 8 c 10 555
Faixa de Apoio M (-) N4 -72,5 15,30 Ø 12,5 c 7,5 350
M (-)ext N3 -61,5 12,76 Ø 12,5 c 7,5 185
L1
M (+) N1 13,1 2,55 Ø 8 c 17,5 555
Faixa Interna M (-) N5 -14 2,73 Ø 8 c 17,5 250
M (-)ext - - - - -
M (+) N8 20,2 3,97 Ø 8 c 12,5 520
L2 Faixa Total M (-) N6 -39,5 7,95 Ø 12,5 c 15 135
M (-)ext N6 -39,5 7,95 Ø 12,5 c 15 135
M (+) N9 1,29 Asmin Ø 8 c 20 220
L3 Faixa Total M (-) N7 -11 Asmin Ø 8 c 20 135
M (-)ext N7 -24,5 4,84 Ø 8 c 10 135
M (+) N1 20,2 3,97 Ø 8 c 12,5 555
Faixa de Apoio M (-) N4 -42 Asmin Ø 12,5 c 12,5 350
M (-)ext N3 -42 Asmin Ø 12,5 c 12,5 185
L4
M (+) N1 16,1 3,15 Ø 8 c 15 555
Faixa Interna M (-) N5 -10,1 Asmin Ø 8 c 20 250
M (-)ext - - - -

Tabela 15 - Cálculo das armaduras na direção Y

Direção Y
Laje Faixa de Análise
N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)
M (+) N10 23,8 4,63 Ø 8 c 10 655
Faixa de Apoio M (-) N11 -76,5 16,24 Ø 12,5 c 7,5 420
M (-)ext N12 -73 15,41 Ø 12,5 c 7,5 220
L1
M (+) N10 19,2 3,77 Ø 8 c 12,5 655
Faixa Interna M (-) N13 -27,5 5,45 Ø 8 c 7,5 300
M (-)ext - - - -
M (+) - - - -
L2 Faixa Total M (-) N14 -6,6 Asmin Ø 8 c 20 580
M (-)ext N15 -35,5 7,11 Ø 12,5 c 15 580
M (+) - - - -
L3 Faixa Total M (-) N15 -45 9,12 Ø 12,5 c 12,5 580
M (-)ext N15 -45 9,12 Ø 12,5 c 12,5 580
M (+) N16 27,2 5,45 Ø 8 c 7,5 620
Faixa de Apoio M (-) N12 -81 17,31 Ø 12,5 c 5 220
M (-)ext N12 -45 Asmin Ø 12,5 c 10 220
L2
M (+) N16 23,2 4,63 Ø 8 c 10 620
Faixa Interna M (-) N17 -6,6 Asmin Ø 8 c 20 160
M (-)ext - - - -

51
As tabelas 16 e 17 mostram os cálculos das armaduras longitudinais e
transversais nas vigas de bordo.

Tabela 16 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N18 4,1 0,63 2Ø8 510


1 N19 -9,3 1,52 2 Ø 10 250
N20 -9,3 1,52 2 Ø 10 80
N18 4,2 0,63 2Ø8 510
2 N19 -12,3 2,05 3 Ø 10 250
N20 -12,3 2,05 3 Ø 10 80
3 N21 -5,6 0,89 2Ø8 310
N18 4,2 0,63 2Ø8 510
4 N19 -12,3 2,05 3 Ø 10 250
N20 -12,3 2,05 3 Ø 10 80
N18 4,4 0,68 2Ø8 510
5 N19 -10,2 1,68 3 Ø 10 250
N20 -10,2 1,68 3 Ø 10 80
N22 6,4 0,99 2Ø8 610
N23 -16,4 2,83 4 Ø 10 580
6
N24 -16,4 2,83 4 Ø 10 300
N25 -16,4 2,83 4 Ø 10 100
7 N19 -10,2 1,68 3 Ø 10 410
8 N19 -10,2 1,68 3 Ø 10 410
9 N19 -3,3 0,52 2 Ø 10 410
N22 6,4 0,99 2Ø8 610
N23 -16,4 2,83 4 Ø 10 580
10
N24 -16,4 2,83 4 Ø 10 300
N25 -16,4 2,83 4 Ø 10 100

A armadura mínima dos estribos será:


𝐴𝑠𝑤 4,07 𝑐𝑚2
𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ 0,12 ∙ ∙ 104 = 1,95
𝑠 500 𝑚

Tabela 17 - Cálculo das armaduras transversais das vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N26 18,1 Asmin Ø 5 c 20 54


2 N26 16,2 Asmin Ø 5 c 20 54
3 N26 3,3 Asmin Ø 5 c 20 54
4 N26 18 Asmin Ø 5 c 20 54
5 N26 19,2 Asmin Ø 5 c 20 54
6 N26 19,1 Asmin Ø 5 c 20 54
7 N26 15,2 Asmin Ø 5 c 20 54
8 N26 15,2 Asmin Ø 5 c 20 54
9 N26 9,4 Asmin Ø 5 c 20 54
10 N26 19,5 Asmin Ø 5 c 20 54

52
4.3.4 VERIFICAÇÃO AO PUNCIONAMENTO

Analisando os dados do programa computacional, a reação máxima se


encontra no pilar P7 com valor de 185,5 kN, conforme mostra a Figura 37.

Figura 37 - Reação de apoio máxima

• Perímetro C
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) = 1,2 𝑚

185,5
𝜏𝑆𝑑 = = 1290 𝑘𝑁/𝑚²
1,2 ∙ 0,12
• Perímetro C’
𝑢 = 2 ∙ (30𝑐𝑚 + 30𝑐𝑚) + 2 ∙ 𝜋 ∙ (2 ∙ 12 𝑐𝑚) = 2,71 𝑚

185,5
𝜏𝑆𝑑 = = 570 𝑘𝑁/𝑚²
2,71 ∙ 0,12

• Tensão resistente de compressão diagonal na superfície critica C:

50.000
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ = 7710 𝑘𝑁/𝑚²
1,4

• Tensão resistente na superfície critica C’ em trechos sem armadura de punção


para pilares internos:
𝐴′𝑠,𝑥 = 𝐴′𝑠,𝑦 = Ø 12,5 a cada 7,5 cm = 16,4 cm2 /𝑚

𝐴𝑠,𝑥 = 𝐴𝑠,𝑦 = 2 ∙ Ø 8 a cada 10 cm = 5 cm2 /𝑚

𝐴𝑠 /𝑚 16,4 + 2 ∙ 5
𝜌𝑥 = 𝜌𝑦 = = = 0,0165
ℎ 16

20
𝜏𝑆𝑑 = 570 𝑘𝑁/𝑚² < 𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ (1 + √ ) ∙ (100 ∙ 0,0165 ∙ 50)1/3 = 1300 𝑘𝑁/𝑚²
12

Portanto, analisando os valores calculados, é possível perceber que as tensões


diagonais de compressão e de tração solicitante no pilar interior são inferiores à
tensão resistente. Dessa forma não se faz necessário o uso da armadura de
puncionamento ou construção de capitel.

53
5 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE NERVURADA
5.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m

Espessura da laje:
ℎ𝑓 = 5 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 3 𝑐𝑚

Espessura das lajes L7 e L8:

ℎ𝑓 = 8 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 3 𝑐𝑚

Altura ℎ das nervuras, distância 𝑡 entre os eixos das nervuras e largura 𝑏:

ℎ = 27 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

𝑡 = 50 𝑐𝑚

𝑏 = 10 𝑐𝑚

Altura ℎ das faixas de concreto e largura 𝑏𝑤 :

ℎ = 27 𝑐𝑚

𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠)

𝑏𝑤 = 50 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 50 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 10 𝑐𝑚

54
5.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 38 e 39 mostram os valores dos momentos nas direções X e Y,


obtidos pelo programa computacional em diferentes pontos de interesse do
pavimento. Os momentos apresentados serão utilizados para o dimensionamento
das faixas. Percebe-se que os valores obtidos são consideravelmente menores do
que os obtidos na laje lisa com vãos de mesma dimensão.

As Figuras 40 e 41 mostram o valor do momento máximo positivo e negativo


nas nervuras nas direções X e Y.

Figura 38 - Momentos na direção X das faixas

55
Figura 39 - Momentos na direção Y das faixas

Figura 40 - Momento máximo nas nervuras direção X

Figura 41 - Momento máximo nas nervuras direção Y

56
5.1.2 ESFORÇOS DE CORTANTE

As Figuras 42 e 43 mostram os valores dos cortantes presentes nas faixas nas


direções X e Y, obtidos pelo programa computacional considerando o critério
mostrado no capitulo 3.

As Figuras 44 e 45 mostram o valor do cortante máximo nas nervuras nas


direções X e Y.

Figura 42 - Cortante nas faixas na direção X

57
Figura 43 - Cortante nas faixas na direção Y

Figura 44 - Cortante máximo nas nervuras direção X

Figura 45 - Cortante máximo nas nervuras direção Y

58
5.1.3 FLECHA MÁXIMA

Para determinar a curva de deformada da laje nervurada, a estrutura foi


submetida a uma combinação de carregamentos no estado limite de serviço pré-
definido no item 3.4. Dessa forma, a Figura 45, mostra que a flecha máxima
encontrada no pavimento será de 4,00 cm.

1000
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 4,0 𝑐𝑚
250

Figura 46 - Deformação máxima da laje nervurada

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

59
5.1.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

O dimensionamento das armaduras das lajes L7 e L8 será feito conforme o


item 2.1.1 e está apresentado na tabela 18. Já as vigas de bordo, as faixas e as
nervuras serão dimensionadas como vigas.

Tabela 18 - Cálculo das armaduras das lajes

Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

N1 1,93 Asmin Ø 5 c 20 1040


L7 N2 -5,39 Asmin Ø 6,3 c 20 700
N4 -11,05 Asmin Ø 6,3 c 20 150
N6 -5 Asmin Ø 6,3 c 20 740
L8
N2 -20,67 Asmin Ø 6,3 c 20 700

O dimensionamento das vigas de bordo segue a mesma lógica vista


anteriormente apresentada no item 4.1.3 e está representado nas tabelas 19 e 20.

Tabela 19 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N7 54,3 3,13 2 Ø 16 1030


1 N8 -89,4 5,61 2 Ø 20 450
N9 -89,4 5,61 2 Ø 20 170
N7 67,16 3,88 2 Ø 16 1030
2 N10 -109,94 7,07 4 Ø 16 450
N11 -109,94 7,07 4 Ø 16 170
3 N12 -22 1,29 2 Ø 12,5 330
N7 67,16 3,88 2 Ø 16 1030
4 N10 -109,94 7,07 4 Ø 16 450
N11 -109,94 7,07 4 Ø 16 170
N7 53 3,06 2 Ø 16 1030
5 N8 -80 4,97 2 Ø 20 450
N9 -80 4,97 2 Ø 20 170
N12 85 4,92 2 Ø 20 1230
N13 -156,96 10,75 4 Ø 20 800
6
N14 -156,96 10,75 4 Ø 20 600
N15 -156,96 10,75 4 Ø 20 220
7 N16 -141 9,44 4 Ø 16 450
8 N16 -108 6,93 4 Ø 16 450
9 N16 -81 5,04 4 Ø 16 450
N12 93 5,34 2 Ø 20 1230
N13 -201 14,85 5 Ø 20 800
10
N14 -201 14,85 5 Ø 20 600
N15 -201 14,85 5 Ø 20 220

60
• Dimensionamento dos estribos:

𝑉𝑠𝑑 = 114,1 𝑘𝑁

50000
𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ ∙ 0,12 ∙ 0,40 = 370,3 𝑘𝑁
1,4
2
(0,3 ∙ 0,7 ∙ 503 )
𝑉𝑐 = 0,6 ∙ ∙ 0,12 ∙ 0,40 = 58,6 𝑘𝑁
1,4

𝐴𝑠𝑤 114,1 − 58,6 𝑐𝑚2


= = 3,54
𝑠 50 𝑚
0,9 ∙ 0,4 ∙
1,15
A armadura mínima será:
𝐴𝑠𝑤 4,07 𝑐𝑚2
𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ 0,12 ∙ ∙ 104 = 1,95
𝑠 500 𝑚

2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 ∙ 503 = 4,07 𝑀𝑃𝑎

Tabela 20 - Cálculo das armaduras transversais das vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N18 114,1 3,54 Ø 6,3 c 17,5 116


2 N18 112,9 3,47 Ø 6,3 c 17,5 116
3 N18 9,5 Asmin Ø 6,3 c 20 116
4 N18 132,4 4,71 Ø 6,3 c 12,5 116
5 N18 120,4 3,95 Ø 6,3 c 15 116
6 N18 177 7,56 Ø 6,3 c 7,5 116
7 N18 51 Asmin Ø 6,3 c 20 116
8 N18 37 Asmin Ø 6,3 c 20 116
9 N18 44,1 Asmin Ø 6,3 c 20 116
10 N18 205 9,35 Ø 6,3 c 5 116

O dimensionamento das armaduras das faixas será apresentado em forma de


equação apenas uma vez e o restante dos valores obtidos se encontram nas tabelas
21 e 22.

A seguir será apresentado o cálculo feito para a armadura positiva, negativa e os


estribos na faixa 1.

• Dimensionamento da armadura longitudinal positiva da faixa:

75,15
𝑘𝑚𝑑 = = 0,073
50000
0,50 ∙ 0,242 ∙
1,4

61
0,073
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,955
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,955) = 0,113

75,15
𝐴𝑠 = = 7,54 𝑐𝑚2
50
0,955 ∙ 0,24 ∙
1,15
• Dimensionamento da armadura longitudinal negativa da faixa:

251,09
𝑘𝑚𝑑 = = 0,244
50000
0,5 ∙ 0,242 ∙ 1,4

0,244
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,826
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,826) = 0,43

251,09
𝐴𝑠 = = 29,11 𝑐𝑚2
50
0,826 ∙ 0,24 ∙
1,15

• Dimensionamento dos estribos da faixa:

𝑉𝑠𝑑 = 648 𝑘𝑁

50000
𝑉𝑟𝑑2 = 0,27 ∙ 0,8 ∙ ∙ 0,50 ∙ 0,240 = 925,7 𝑘𝑁
1,4
𝑉𝑠𝑑 < 𝑉𝑟𝑑2

2
(0,3 ∙ 0,7 ∙ 503 )
𝑉𝑐 = 0,6 ∙ ∙ 0,5 ∙ 0,24 = 146,6 𝑘𝑁
1,4

𝐴𝑠𝑤 648 − 146,6 𝑐𝑚2


= = 53,56
𝑠 50 𝑚
0,9 ∙ 0,24 ∙
1,15

62
A armadura mínima será:
𝐴𝑠𝑤 4,07 𝑐𝑚2
𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ 0,5 ∙ ∙ 104 = 8,14
𝑠 500 𝑚
2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 ∙ 503 = 4,07 𝑀𝑃𝑎

Tabela 21 - Cálculo das armaduras longitudinais das faixas

Faixas N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N7 75,15 7,54 4 Ø 16 1030


1 N8 -251,09 29,11 10 Ø 20 450
N9 -251,09 29,11 10 Ø 20 170
N7 181,3 18,38 10 Ø 16 1030
2 N8 -516,5 60,37 20 Ø 20 450
N9 -516,5 60,37 20 Ø 20 170
N7 90,64 9,19 5 Ø 16 1030
3 N8 -249,4 28,88 10 Ø 20 450
N9 -249,4 28,88 10 Ø 20 170
N7 90,64 8,92 5 Ø 16 1030
4 N8 -254,3 29,69 10 Ø 20 450
N9 -254,3 29,69 10 Ø 20 170
N7 82,1 8,28 5 Ø 16 1030
5 N8 -255,7 29,81 10 Ø 20 450
N9 -255,7 29,81 10 Ø 20 170
N17 114,8 11,84 6 Ø 16 1230
6a
N15 -252,1 29,27 10 Ø 20 220
N17 97,03 9,88 5 Ø 16 1230
6b N14 -253 29,41 10 Ø 20 600
N15 -253 29,41 10 Ø 20 220
N12 240,4 24,89 8 Ø 20 1230
7a
N15 -516 60,3 20 Ø 20 220
N12 208 21,29 7 Ø 20 1230
7b N14 -516 60,3 20 Ø 20 600
N15 -516 60,3 20 Ø 20 220
N12 250,1 21,24 7 Ø 20 1230
8a
N15 -516 60,3 20 Ø 20 220
N12 207,6 21,24 7 Ø 20 1230
8b N14 -516 60,3 20 Ø 20 600
N15 -516 60,3 20 Ø 20 220
N17 124,36 12,91 7 Ø 16 1230
9a
N15 -251 29,19 10 Ø 20 220
N17 95,37 9,7 5 Ø 16 1230
9b N14 -251,5 29,19 10 Ø 20 600
N15 -251,5 29,19 10 Ø 20 220

63
Tabela 22 - Cálculo das armaduras transversais das faixas

Faixas N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N19 648 53,56 2 Ø 10 c 5 2x114


2 N19 700 43,32 2 Ø 10 c 7,5 2x180
3 N19 423,2 29,46 2 Ø 10 c 10 2x114
4 N19 635 52,01 2 Ø 10 c 5 2x114
5 N19 621 50,52 2 Ø 10 c 5 2x114
6 N19 709 59,89 2 Ø 10 c 5 2x114
7 N19 744 48,01 2 Ø 10 c 5 2x180
8 N19 879 62,38 2 Ø 10 c 5 2x180
9 N19 759 65,21 2 Ø 10 c 5 2x114

As tabelas 23 a 25 apresentam o cálculo feito para as armaduras na nervura.


Como os valores máximos encontrados são próximos, foi adotada a mesma
armadura para as duas direções.

Tabela 23 - Cálculo das armaduras longitudinais das nervuras na direção X

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N20 18,5 2,67 4 Ø 10 930
(cm²)
Negativo N3 -38,6 12,44 Ø 12,5 c 7,5 600
(cm²/m) N4 -14 Asmin Ø 6,3 c 20 150

Tabela 24 - Cálculo das armaduras longitudinais das nervuras na direção Y

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N20 25,29 2,67 4 Ø 10 1130
(cm²)
Negativo N5 -50,15 12,44 Ø 12,5 c 7,5 700
(cm²/m) N4 -14 Asmin Ø 6,3 c 20 150

Tabela 25 - Cálculo das armaduras transversais nas nervuras

Nerv. N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

Nerv. N21 46,2 2,01 Ø 5 c 20 140

64
5.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m

Espessura da laje:
ℎ𝑓 = 5 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 3 𝑐𝑚

Espessura das lajes L7 e L8:

ℎ𝑓 = 8 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 3 𝑐𝑚

Altura ℎ das nervuras, distância 𝑡 entre os eixos das nervuras e largura 𝑏:

ℎ = 25 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

𝑡 = 50 𝑐𝑚

𝑏 = 10 𝑐𝑚

Altura ℎ das faixas de concreto e largura 𝑏𝑤 :

ℎ = 25 𝑐𝑚

𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠)

𝑏𝑤 = 50 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 35 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 5 𝑐𝑚

65
5.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 47 e 48 mostram os valores dos momentos nas direções X e Y,


obtidos pelo programa computacional em diferentes pontos de interesse do
pavimento. Percebe-se que os valores obtidos nos vãos de 9x7,5 são
consideravelmente menores do que os obtidos na laje de 12x10.

As Figuras 49 e 50 mostram o valor do momento máximo positivo e negativo


nas nervuras nas direções X e Y.

Figura 47 - Momentos na direção X das faixas

66
Figura 48 - Momentos na direção Y das faixas

Figura 49 - Momento máximo nas nervuras direção X

Figura 50 - Momento máximo nas nervuras direção Y

67
5.2.2 ESFORÇOS DE CORTANTE

As Figuras 51 e 52 mostram os valores dos cortantes presentes nas faixas nas


direções X e Y, obtidos pelo programa computacional considerando o critério
mostrado no capitulo 3.

As Figuras 53 e 54 mostram o valor do cortante máximo nas nervuras nas


direções X e Y.

Figura 51 - Cortante nas faixas na direção X

68
Figura 52 - Cortante nas faixas na direção Y

Figura 53 - Cortante máximo nas nervuras direção X

Figura 54 - Cortante máximo nas nervuras direção Y

69
5.2.3 FLECHA MÁXIMA

A Figura 55, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de 2,99 cm.

750
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 3,0 𝑐𝑚
250

Figura 55 - Deformação máxima da laje nervurada

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

5.2.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

O dimensionamento das armaduras será feito conforme o mostrado no item


5.1.4 e está apresentado nas tabelas 26 a 33.

70
Tabela 26 - Cálculo das armaduras das lajes

Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

N1 6,33 3,1 Ø 6,3 c 10 730


L7 N2 -12 6,1 Ø 10 c 12,5 670
N4 -4,7 2,3 Ø 6,3 c 12,5 125
N6 -4,27 2,3 Ø 6,3 c 12,5 480
L8
N2 -12 6,1 Ø 10 c 12,5 670

Tabela 27 - Cálculo das armaduras longitudinais nas vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N7 17,5 1,35 2 Ø 12,5 770


1 N8 -34,2 2,78 2 Ø 16 375
N9 -34,2 2,78 2 Ø 16 125
N7 24,1 1,85 2 Ø 12,5 770
2 N10 -50,8 4,51 4 Ø 16 375
N11 -50,8 4,51 4 Ø 16 125
3 N22 -13,7 1,07 2 Ø 10 330
N7 25,6 1,97 2 Ø 12,5 770
4 N10 -53,6 4,51 4 Ø 16 375
N11 -53,6 4,51 4 Ø 16 125
N7 18,7 1,44 2 Ø 12,5 770
5 N8 -35,8 2,91 2 Ø 16 375
N9 -35,8 2,91 2 Ø 16 125
N12 27,5 2,23 2 Ø 12,5 920
N13 -65,3 5,66 3 Ø 16 670
6
N14 -65,3 5,66 3 Ø 16 450
N15 -65,3 5,66 3 Ø 16 150
7 N16 -47,7 4,51 4 Ø 12,5 450
8 N16 -36,3 2,91 3 Ø 12,5 450
9 N16 -20,6 1,63 2 Ø 12,5 450
N12 29 2,23 2 Ø 12,5 920
N13 -65,5 5,66 3 Ø 16 670
10
N14 -65,5 5,66 3 Ø 16 450
N15 -65,5 5,66 3 Ø 16 150

Tabela 28 - Cálculo das armaduras transversais nas vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N18 52 Asmin Ø 5 c 20 84
2 N18 62,6 Asmin Ø 5 c 20 84
3 N18 6,4 Asmin Ø 5 c 20 84
4 N18 69 2,13 Ø 5 c 17,5 84
5 N18 56,5 Asmin Ø 5 c 20 84
6 N18 64,7 Asmin Ø 5 c 20 84
7 N18 29,3 Asmin Ø 5 c 20 84
8 N18 20,4 Asmin Ø 5 c 20 84
9 N18 17,1 Asmin Ø 5 c 20 84
10 N18 57,9 Asmin Ø 5 c 20 84

71
Tabela 29 - Cálculo das armaduras longitudinais nas faixas

Faixas N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N7 54,8 5,96 5 Ø 12,5 770


1 N8 -114,5 13,09 7 Ø 16 375
N9 -114,5 13,09 7 Ø 16 125
N7 85,1 9,17 8 Ø 12,5 770
2 N8 -230 26,3 13 Ø 16 375
N9 -230 26,3 13 Ø 16 125
N7 71 7,82 7 Ø 12,5 770
3 N8 -114,5 13,09 7 Ø 16 375
N9 -114,5 13,09 7 Ø 16 125
N7 71 7,82 7 Ø 12,5 770
4 N8 -114,5 13,09 7 Ø 16 375
N9 -114,5 13,09 7 Ø 16 125
N7 57,6 6,28 6 Ø 12,5 770
5 N8 -120 13,78 7 Ø 16 375
N9 -120 13,78 7 Ø 16 125
N17 89,6 10,02 5 Ø 16 920
6a
N15 -130 15,07 8 Ø 16 150
N17 68,3 7,51 4 Ø 16 920
6b N14 -147,5 17,39 9 Ø 16 450
N15 -147,5 17,39 9 Ø 16 150
N12 118,3 12,91 11 Ø 12,5 920
7a
N15 -213,5 24,23 12 Ø 16 150
N12 97,2 10,52 9 Ø 12,5 920
7b N14 -287,5 33,77 17 Ø 16 450
N15 -287,5 33,77 17 Ø 16 150
N12 118,3 12,91 11 Ø 12,5 920
8a
N15 -213,5 24,23 12 Ø 16 150
N12 97,2 10,52 9 Ø 12,5 920
8b N14 -287,5 33,77 17 Ø 16 450
N15 -287,5 33,77 17 Ø 16 150
N17 89,6 10,02 5 Ø 16 920
9a
N15 -130 15,07 8 Ø 16 150
N17 68,3 7,51 4 Ø 16 920
9b N14 -147,5 17,39 9 Ø 16 450
N15 -147,5 17,39 9 Ø 16 150

72
Tabela 30 - Cálculo das armaduras transversais nas faixas

Faixas N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N19 99,2 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114


2 N23 207,6 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x180
3 N19 128,4 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114
4 N19 114,3 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114
5 N19 106,8 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114
6 N19 124,5 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114
7 N23 190 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x180
8 N23 184,4 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x180
9 N19 101 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x114

Tabela 31 - Cálculo das armaduras longitudinais das nervuras na direção X

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N24 11,9 1,34 2 Ø 10 670
(cm²)
Negativo N3 -19,6 4,66 Ø 10 c 15 475
(cm²/m) N4 -12,1 2,78 Ø 6,3 c 10 125

Tabela 32 - Cálculo das armaduras longitudinais das nervuras na direção Y

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N20 9 1 2 Ø 10 820
(cm²)
Negativo N5 -12,1 2,78 Ø 10 c 15 550
(cm²/m) N4 -12,1 2,78 Ø 6,3 c 10 125

Tabela 33 - Cálculo das armaduras transversais nas nervuras

Nerv. N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

Nerv. N21 29 Asmin Ø 5 c 20 60

5.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m

Espessura da laje:
ℎ𝑓 = 5 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 3 𝑐𝑚

Altura ℎ das nervuras, distância 𝑡 entre os eixos das nervuras e largura 𝑏:

ℎ = 15 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

𝑡 = 50 𝑐𝑚

𝑏 = 10 𝑐𝑚

73
Altura ℎ das faixas de concreto e largura 𝑏𝑤 :

ℎ = 15 𝑐𝑚

𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠)

𝑏𝑤 = 50 𝑐𝑚 (𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas de bordo serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 20 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 5 𝑐𝑚

5.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

Figura 56 - Momentos na direção X das faixas

74
Figura 57 - Momentos na direção Y das faixas

Figura 58 - Momentos na direção X das nervuras

Figura 59 - Momentos na direção Y das nervuras

75
5.3.2 ESFORÇOS DE CORTANTE

As Figuras 60 e 61 mostram os valores dos cortantes presentes nas faixas nas


direções X e Y, obtidos pelo programa computacional considerando o critério
mostrado no capitulo 3.

As Figuras 62 e 63 mostram o valor do cortante máximo nas nervuras nas


direções X e Y.

Figura 60 - Cortante nas faixas na direção X

76
Figura 61 - Cortante nas faixas na direção Y

Figura 62 - Cortante nas nervuras na direção X

Figura 63 - Cortante nas nervuras na direção Y

77
5.3.3 FLECHA MÁXIMA

A Figura 64, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de 1,40 cm
localizada fora do painel nervurado. Assim, a flecha limite será de:

400
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 1,60 𝑐𝑚
250

Figura 64 - Deformação máxima da laje nervurada

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

5.3.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

O dimensionamento das armaduras será feito conforme o mostrado no item


5.1.4 e está apresentado nas tabelas 34 a 41.

78
Tabela 34 - Cálculo das armaduras das lajes

Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

N1 2,4 1,12 Ø 6,3 c 20 520


N2 -6 2,88 Ø 8 c 15 150
L7
N4 -6 2,88 Ø 8 c 15 100
N16 3,3 1,55 Ø 8 c 20 410
N6 1,5 5,26 Ø 5 c 20 220
L8
N2 -6 5,26 Ø 8 c 15 150

Tabela 35 - Cálculo das armaduras longitudinais nas vigas de bordo

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N7 1,7 Asmin 2 Ø 6,3 510


1 N8 -5,4 0,86 2Ø8 250
N9 -5,4 0,86 2Ø8 80
N7 2,3 Asmin 2 Ø 6,3 510
2 N10 -6,7 1,07 2 Ø 10 250
N11 -6,7 1,07 2 Ø 10 80
3 N22 -3,3 0,52 2 Ø 6,3 310
N7 2,3 Asmin 2 Ø 6,3 510
4 N10 -6,7 1,07 2 Ø 10 250
N11 -6,7 1,07 2 Ø 10 80
N7 1,7 Asmin 2 Ø 6,3 510
5 N8 -5,4 0,86 2Ø8 250
N9 -5,4 0,86 2Ø8 80
N12 2,5 0,38 2 Ø 6,3 610
N13 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 580
6
N14 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 300
N15 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 100
7 N16 -6 0,96 4Ø8 410
8 N16 -6 0,96 4Ø8 410
9 N16 -6 0,96 4Ø8 410
N12 2,5 0,38 2 Ø 6,3 610
N13 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 580
10
N14 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 300
N15 -8,5 1,38 2 Ø 12,5 100

Tabela 36 - Cálculo das armaduras transversais nas vigas de bordo

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N18 10 Asmin Ø 5 c 20 54
2 N18 12,8 Asmin Ø 5 c 20 54
3 N18 2,2 Asmin Ø 5 c 20 54
4 N18 13,7 Asmin Ø 5 c 20 54
5 N18 10 Asmin Ø 5 c 20 54
6 N18 12,3 Asmin Ø 5 c 20 54
7 N18 12,8 Asmin Ø 5 c 20 54
8 N18 12,8 Asmin Ø 5 c 20 54
9 N18 12,8 Asmin Ø 5 c 20 54
10 N18 12,3 Asmin Ø 5 c 20 54

79
Tabela 37 - Cálculo das armaduras longitudinais nas faixas

Faixas N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N25 15,4 3,06 4 Ø 10 510


1 N26 -35 7,35 6 Ø 12,5 250
N27 -35 7,35 6 Ø 12,5 80
N25 15,2 2,97 4 Ø 10 510
2 N26 -58 11,97 10 Ø 12,5 250
N27 -58 11,97 10 Ø 12,5 80
N25 19,1 3,84 5 Ø 10 510
3 N26 -40,5 8,66 8 Ø 12,5 250
N27 -40,5 8,66 8 Ø 12,5 80
N25 19,1 3,84 5 Ø 10 510
4 N26 -40,5 8,66 8 Ø 12,5 250
N27 -40,5 8,66 8 Ø 12,5 80
N25 15,6 3,06 4 Ø 10 510
5 N26 -43 9,27 8 Ø 12,5 250
N27 -43 9,27 8 Ø 12,5 80
N17 21,4 4,32 6 Ø 10 610
6a
N15 -55 12,37 10 Ø 12,5 100
N17 18,3 3,67 5 Ø 10 610
6b N14 -48 10,52 9 Ø 12,5 300
N15 -48 10,52 9 Ø 12,5 100
N28 21,2 4,17 6 Ø 10 610
7a
N15 64,5 13,44 11 Ø 12,5 100
N28 18,1 3,54 5 Ø 10 610
7b N14 -63 13,1 11 Ø 12,5 300
N15 -63 13,1 11 Ø 12,5 100
N28 21,2 4,17 6 Ø 10 610
8a
N15 64,5 13,44 11 Ø 12,5 100
N28 18,1 3,54 5 Ø 10 610
8b N14 -63 13,1 11 Ø 12,5 300
N15 -63 13,1 11 Ø 12,5 100
N17 21,4 4,32 6 Ø 10 610
9a
N15 -55 12,37 10 Ø 12,5 100
N17 18,3 3,67 5 Ø 10 610
9b N14 -48 10,52 9 Ø 12,5 300
N15 -48 10,52 9 Ø 12,5 100

80
Tabela 38 - Cálculo das armaduras transversais nas faixas

Faixas N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N19 54,3 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90


2 N23 65,6 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x156
3 N19 64,3 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90
4 N19 51,8 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90
5 N19 49,3 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90
6 N19 50 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90
7 N23 68 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x156
8 N23 72 Asmin 2 Ø 10 c 17,5 2x156
9 N19 51,6 Asmin 2 Ø 8 c 20 2x90

Tabela 39 - Cálculo das armaduras longitudinais na direção X das nervuras

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N24 1,6 0,34 2Ø8 410
(cm²)
Negativo N3 -2,2 0,47 Ø 6,3 c 20 300
(cm²/m) N4 -6 2,88 Ø 8 c 15 100

Tabela 40 - Cálculo das armaduras longitudinais na direção Y das nervuras

Nerv. N Momento (kNm/m) As,nec Armadura Comprimento

Positivo
N20 2,5 0,53 2Ø8 510
(cm²)
Negativo N5 -3,2 1,4 Ø 6,3 c 20 350
(cm²/m) N4 -6 2,88 Ø 8 c 15 100

Tabela 41 - Cálculo das armaduras transversais nas nervuras

Nerv. N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

Nerv. N21 9,6 Asmin Ø 5 c 20 40

81
6 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO PARA LAJE CONVENCIONAL
6.1 LAJE COM VÃO DE 12x10 m

Espessura da laje:
ℎ = 27 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas serão de:

𝑏 = 20 𝑐𝑚

ℎ = 60 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 10 𝑐𝑚

6.1.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 65 e 66 mostram os valores dos momentos na direção X e Y obtidos pelo


programa computacional.

Figura 65 - Momentos na direção X

82
Figura 66 - Momentos na direção Y

6.1.2 FLECHA MÁXIMA

Para determinar a curva de deformada da laje convencional, a estrutura foi


submetida a uma combinação de carregamentos no estado limite de serviço pré-
definido no item 3.4. Dessa forma, a Figura 67, mostra que a flecha máxima
encontrada no pavimento será de 4,00 cm.

1000
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 4,0 𝑐𝑚
250

83
Figura 67 - Deformação máxima da laje convencional

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

6.1.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

A seguir será apresentado o cálculo feito para a armadura positiva da laje 1 e


o restante será apresentado nas tabelas 42 a 45.

69,35
𝑘𝑚𝑑 = = 0,0367
2 50000
1 ∙ 0,23 ∙ 1,4

0,0367
𝑘𝑧 = 0,5 + √0,25 − = 0,978
1,7

𝑘𝑥 = 2,5 ∙ (1 − 0,978) = 0,055

84
69,35
𝐴𝑠 = = 7,092 𝑐𝑚2 /𝑚
50
0,978 ∙ 0,23 ∙
1,15
0,208
𝐴𝑠 (−) 𝑚𝑖𝑛 = ∙ 27 ∙ 100 = 5,62 𝑐𝑚2 /𝑚
100

𝐴𝑠 (+) 𝑚𝑖𝑛 = 0,67 ∙ 5,62 = 3,74 𝑐𝑚2 /𝑚

Tabela 42 - Cálculo das armaduras das lajes na direção X

Direção X
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N1 69,35 7,092 Ø 10 c 10 1040


L1/L2 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L2 N1 38,24 As min Ø 10 c 20 1040
L2/L3 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L3 N1 69,35 7,092 Ø 10 c 10 1040
L4 N1 69,35 7,092 Ø 10 c 10 1040
L4/L5 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L5 N1 38,24 As min Ø 10 c 20 1040
L5/L6 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L6 N1 69,35 7,092 Ø 10 c 10 1040
L7 N1 52,5 5,34 Ø 10 c 12,5 1040
L7(-) N4 -270 29,76 Ø 20 c 10 170
L8 N5 11,38 As min Ø 10 c 20 740
L8(-) N6 -8,73 As min Ø 10 c 12,5 125
L9 N1 74,65 7,65 Ø 10 c 10 1040
L9/L10 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L10 N1 36,86 As min Ø 10 c 20 1040
L10/L11 N3 -300 33,49 Ø 20 c 7,5 500
L11 N1 74,65 7,65 Ø 10 c 10 1040

Tabela 43 - Cálculo das armaduras das lajes na direção Y

Direção Y
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N2 85,36 8,77 Ø 10 c 7,5 1240


L1/L4 N7 -330 37,34 Ø 20 c 7,5 600
L2 N2 85,36 8,77 Ø 10 c 7,5 1240
L2/L5 N7 -330 37,34 Ø 20 c 7,5 600
L3 N2 85,36 8,77 Ø 10 c 7,5 1240
L3/L6 N7 -330 37,34 Ø 20 c 7,5 600
L4 N2 73,09 7,48 Ø 10 c 10 1240
L5 N2 73,09 7,48 Ø 10 c 10 1240
L6 N2 73,09 7,48 Ø 10 c 10 1240
L7 N8 -80 8,21 Ø 10 c 7,5 600
L8 N8 -93,54 9,65 Ø 10 c 7,5 600
L9 N2 101,3 10,47 Ø 10 c 7,5 1240
L10 N2 101,3 10,47 Ø 10 c 7,5 1240
L11 N2 101,3 10,47 Ø 10 c 7,5 1240
L11(-) N9 -365 41,99 Ø 20 c 5 200

85
Tabela 44 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N10 93,05 4,39 3 Ø 16 1030


1 N11 -152,82 7,42 3 Ø 20 450
N12 -152,82 7,42 3 Ø 20 170
N10 160,6 7,44 4 Ø 16 1030
2 N11 -270,68 13,82 5 Ø 20 450
N12 -270,68 13,82 5 Ø 20 170
N10 123,5 5,71 3 Ø 16 1030
3 N11 -157,11 7,65 3 Ø 20 450
N12 -157,11 7,65 3 Ø 20 170
4 N13 -185,1 9,11 3 Ø 20 330
N10 120 5,55 3 Ø 16 1030
5 N11 -155 7,54 3 Ø 20 450
N12 -155 7,54 3 Ø 20 170
N10 97 4,48 3 Ø 16 1030
6 N11 -156 7,54 3 Ø 20 450
N12 -156 7,54 3 Ø 20 170
N14 139,05 6,43 4 Ø 16 1230
N15 -223 11,15 4 Ø 20 800
7
N16 -223 11,15 4 Ø 20 600
N17 -223 11,15 4 Ø 20 220
N14 205,9 9,55 5 Ø 16 1230
N15 -400 21,8 7 Ø 20 800
8
N16 -400 21,8 7 Ø 20 600
N17 -400 21,8 7 Ø 20 220
9 N11 -91 4,32 2 Ø 20 450
N14 216 10,02 5 Ø 16 1230
N15 -399 21,8 7 Ø 20 800
10
N16 -399 21,8 7 Ø 20 600
N17 -399 21,8 7 Ø 20 220
N14 161 7,45 4 Ø 16 1230
N15 -224 11,2 4 Ø 20 800
11
N16 -224 11,2 4 Ø 20 600
N17 -224 11,2 4 Ø 20 220

Tabela 45 - Cálculo das armaduras transversais das vigas

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N18 132,3 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150


2 N19 303,1 9,25 Ø 8 c 10 150
3 N18 159,4 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
4 N18 70 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
5 N19 202 4,08 Ø 8 c 20 150
6 N18 136 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
7 N18 158,2 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
8 N19 300 9,09 Ø 8 c 10 150
9 N18 35 Asmin Ø 6,3 c 17,5 150
10 N19 355,2 11,91 Ø 8 c 7,5 150
11 N19 216,6 4,83 Ø 8 c 20 150

86
6.2 LAJE COM VÃO DE 9 x 7,5 m

Espessura da laje:
ℎ = 15 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 40 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 10 𝑐𝑚

6.2.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 68 e 69 mostram os valores dos momentos na direção X e Y em


diferentes pontos de interesse, obtidos pelo programa computacional.

Figura 68 - Momentos na direção X

87
Figura 69 - Momentos na direção Y

6.2.2 FLECHA MÁXIMA

A Figura 70, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de 2,99 cm.

750
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 3,0 𝑐𝑚
250

88
Figura 70 - Deformação máxima da laje convencional

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

6.2.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

Para o dimensionamento das armaduras foram utilizados os critérios


apresentados anteriormente no item 6.1.3 e serão mostrados nas tabelas 46 a 49.

0,208
𝐴𝑠 (−) 𝑚𝑖𝑛 = ∙ 15 ∙ 100 = 3,12 𝑐𝑚2 /𝑚
100

𝐴𝑠 (+) 𝑚𝑖𝑛 = 0,67 ∙ 3,12 = 2,08 𝑐𝑚2 /𝑚

89
Tabela 46 - Cálculo das armaduras das lajes na direção X

Direção X
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N1 24,15 5,23 Ø 10 c 15 780


L1/L2 N3 -63,5 14,68 Ø 16 c 12,5 375
L2 N1 16,64 3,56 Ø 10 c 20 780
L2/L3 N3 -63,5 14,68 Ø 16 c 12,5 375
L3 N1 24,15 5,23 Ø 10 c 15 780
L4 N1 24,15 5,23 Ø 10 c 15 780
L4/L5 N3 -63,5 14,68 Ø 16 c 12,5 375
L5 N1 16,64 3,56 Ø 10 c 20 780
L5/L6 N3 -63,5 14,68 Ø 16 c 12,5 375
L6 N1 24,15 5,23 Ø 10 c 15 780
L7 N1 10,87 2,3 Ø 10 c 20 780
L7(-) N4 -80,7 19,3 Ø 16 c 10 130
L8 N5 1,47 Asmin Ø 8 c 20 660
L8(-) N6 -30 6,55 Ø 10 c 10 90
L9 N1 27,24 5,92 Ø 10 c 12,5 780
L9/L10 N3 -40 8,78 Ø 16 c 20 375
L10 N1 15 3,2 Ø 10 c 20 780
L10/L11 N3 -40 8,78 Ø 16 c 20 375
L11 N1 27,24 5,92 Ø 10 c 12,5 780

Tabela 47 - Cálculo das armaduras das lajes na direção Y

Direção Y
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930


L1/L4 N7 -70,5 16,52 Ø 16 c 10 450
L2 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930
L2/L5 N7 -70,5 16,52 Ø 16 c 10 450
L3 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930
L3/L6 N7 -70,5 16,52 Ø 16 c 10 450
L4 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930
L5 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930
L6 N2 23,89 5,17 Ø 10 c 15 930
L7 N8 -26,1 5,67 Ø 10 c 12,5 530
L8 N8 -30,52 6,67 Ø 10 c 10 530
L9 N2 27,5 5,98 Ø 10 c 12,5 930
L10 N2 27,5 5,98 Ø 10 c 12,5 930
L11 N2 27,5 5,98 Ø 10 c 12,5 930
L11(-) N9 -100 24,97 Ø 20 c 10 150

90
Tabela 48 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N10 18,8 1,45 2 Ø 10 770


1 N11 -32,2 2,6 3 Ø 12,5 375
N12 -32,2 2,6 3 Ø 12,5 125
N10 35,78 2,76 2 Ø 10 770
2 N11 -79,9 7,14 6 Ø 12,5 375
N12 -79,9 7,14 6 Ø 12,5 125
N10 32,6 2,76 4 Ø 10 770
3 N11 -60,2 5,14 3 Ø 12,5 375
N12 -60,2 5,14 3 Ø 12,5 125
4 N13 -35,4 2,76 3 Ø 12,5 330
N10 34,2 2,76 4 Ø 10 770
5 N11 -57,7 5,14 5 Ø 12,5 375
N12 -57,7 5,14 5 Ø 12,5 125
N10 19,7 1,5 2 Ø 10 770
6 N11 -32,5 2,76 3 Ø 12,5 375
N12 -32,5 2,76 3 Ø 12,5 125
N14 25,3 1,98 2 Ø 12,5 920
N15 -52,4 4,4 3 Ø 16 670
7
N16 -52,4 4,4 3 Ø 16 450
N17 -52,4 4,4 3 Ø 16 150
N14 50,8 3,96 4 Ø 12,5 920
N15 -95 8,84 5 Ø 16 670
8
N16 -95 8,84 5 Ø 16 450
N17 -95 8,84 5 Ø 16 150
9 N18 -13,9 1,1 2 Ø 10 450
N14 49,9 3,86 4 Ø 12,5 920
N15 -95 8,84 5 Ø 16 670
10
N16 -95 8,84 5 Ø 16 450
N17 -95 8,84 5 Ø 16 150
N14 29,7 2,29 2 Ø 12,5 920
N15 -67,5 5,86 3 Ø 16 670
11
N16 -67,5 5,86 3 Ø 16 450
N17 -67,5 5,86 3 Ø 16 150

Tabela 49 - Cálculo das armaduras transversais das vigas

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N19 60,5 Asmin Ø 5 c 20 94


2 N20 150,2 9,05 Ø 6,3 c 5 94
3 N20 120,7 6,54 Ø 6,3 c 7,5 94
4 N19 15 Asmin Ø 5 c 20 94
5 N20 130,7 7,39 Ø 6,3 c 7,5 94
6 N19 61,7 Asmin Ø 5 c 20 94
7 N20 84,4 3,44 Ø 6,3 c 17,5 94
8 N20 192,2 12,63 Ø 6,3 c 5 94
9 N19 5,2 Asmin Ø 5 c 20 94
10 N20 194,4 12,81 Ø 6,3 c 5 94
11 N20 95,2 4,36 Ø 6,3 c 12,5 94

91
6.3 LAJE COM VÃO DE 6 x 5 m

Espessura da laje:
ℎ = 8 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 4 𝑐𝑚

A largura 𝑏 e a altura ℎ das vigas serão de:

𝑏 = 12 𝑐𝑚

ℎ = 30 𝑐𝑚 ; 𝑑′ = 5 𝑐𝑚

6.3.1 ESFORÇOS DE MOMENTO

As Figuras 71 e 72 mostram os valores dos momentos na direção X e Y em


diferentes pontos de interesse, obtidos pelo programa computacional.

Figura 71 - Momentos na direção X

92
Figura 72 - Momentos na direção Y

6.3.2 FLECHA MÁXIMA

A Figura 73, mostra que a flecha máxima encontrada no pavimento será de 1,94 cm.

500
𝑓𝑙𝑖𝑚 = = 2,0 𝑐𝑚
250

93
Figura 73 - Deformação máxima da laje convencional

Percebe-se que o pavimento analisado se encontra adequado quanto a


verificação da flecha limite considerando o fenômeno da fluência.

6.3.3 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

Para o dimensionamento das armaduras foram utilizados os critérios


apresentados anteriormente no item 6.1.3 e mostrado nas tabelas 50 a 53.

0,208
𝐴𝑠 (−) 𝑚𝑖𝑛 = ∙ 8 ∙ 100 = 1,66 𝑐𝑚2 /𝑚
100

𝐴𝑠 (+) 𝑚𝑖𝑛 = 0,67 ∙ 1,66 = 1,11 𝑐𝑚2 /𝑚

94
Tabela 50 - Cálculo das armaduras das lajes na direção X

Direção X
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N1 7,2 3,49 Ø 6,3 c 7,5 520


L1/L2 N3 -11,1 5,55 Ø 10 c 12,5 250
L2 N1 5,8 2,78 Ø 6,3 c 10 520
L2/L3 N3 -11,1 5,55 Ø 10 c 12,5 250
L3 N1 7,2 3,49 Ø 6,3 c 7,5 520
L4 N1 7,2 3,49 Ø 6,3 c 7,5 520
L4/L5 N3 -11,1 5,55 Ø 10 c 12,5 250
L5 N1 5,8 2,78 Ø 6,3 c 10 520
L5/L6 N3 -11,1 5,55 Ø 10 c 12,5 250
L6 N1 7,2 3,49 Ø 6,3 c 7,5 520
L7 N1 4,5 5,34 Ø 6,3 c 12,5 520
L7(-) N4 -22,3 12,49 Ø 12,5 c 7,5 100
L8 N5 1,6 As min Ø 5 c 17,5 220
L8(-) N6 -4,5 2,14 Ø 6,3 c 12,5 80
L9 N1 8 3,9 Ø 6,3 c 7,5 520
L9/L10 N3 -10 4,95 Ø 10 c 15 250
L10 N1 8 3,9 Ø 6,3 c 7,5 520
L10/L11 N3 -10 4,95 Ø 10 c 15 250
L11 N1 8 3,9 Ø 6,3 c 7,5 520
L11 (-) N6 -6 2,78 Ø 6,3 c 10 80

Tabela 51 - Cálculo das armaduras das lajes na direção Y

Direção Y
Laje N Momento (kNm/m) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

L1 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620


L1/L4 N7 13,3 6,78 Ø 10 c 10 300
L2 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620
L2/L5 N7 13,3 6,78 Ø 10 c 10 300
L3 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620
L3/L6 N7 13,3 6,78 Ø 10 c 10 300
L4 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620
L5 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620
L6 N2 6,8 3,28 Ø 6,3 c 7,5 620
L7 N1 2,3 As min Ø 6,3 c 20 520
L8 N8 -9,8 4,84 Ø 10 c 15 520
L9 N2 7,4 3,59 Ø 6,3 c 7,5 620
L10 N2 7,4 3,59 Ø 6,3 c 7,5 620
L11 N2 7,4 3,59 Ø 6,3 c 7,5 620
L11(-) N9 -11,5 5,77 Ø 10 c 12,5 100

95
Tabela 52 - Cálculo das armaduras longitudinais das vigas

Viga N Momento (kNm/m) As,nec (cm²) Armadura Comprimento (cm)

N10 10,1 0,92 2Ø8 510


1 N11 -18,3 1,73 3 Ø 10 250
N12 -18,3 1,73 3 Ø 10 80
N10 20,5 1,9 4Ø8 510
2 N11 -43 4,42 6 Ø 10 250
N12 -43 4,42 6 Ø 10 80
N10 23,4 2,17 5Ø8 510
3 N11 -44,9 4,65 6 Ø 10 250
N12 -44,9 4,65 6 Ø 10 80
4 N13 -14,8 1,41 2 Ø 10 330
N10 23,4 2,17 5Ø8 510
5 N11 -44,9 4,65 6 Ø 10 250
N12 -44,9 4,65 6 Ø 10 80
N10 10,1 0,92 2Ø8 510
6 N11 -18,3 1,73 3 Ø 10 250
N12 -18,3 1,73 3 Ø 10 80
N14 15,4 1,42 2 Ø 10 610
N15 -28 2,76 4 Ø 10 580
7
N16 -28 2,76 4 Ø 10 300
N17 -28 2,76 4 Ø 10 100
N14 30,2 2,81 4 Ø 10 610
N15 -60,5 6,61 9 Ø 10 580
8
N16 -60,5 6,61 9 Ø 10 300
N17 -60,5 6,61 9 Ø 10 100
9 N18 -14,8 1,41 2 Ø 10 450
N14 29,1 2,81 4 Ø 10 610
N15 -50,5 5,32 7 Ø 10 580
10
N16 -50,5 5,32 7 Ø 10 300
N17 -50,5 5,32 7 Ø 10 100
N14 15,4 1,42 2 Ø 10 610
N15 -28 2,76 4 Ø 10 580
11
N16 -28 2,76 4 Ø 10 300
N17 -28 2,76 4 Ø 10 100

Tabela 53 - Cálculo das armaduras transversais das vigas

Viga N Cortante (kN) As,nec (cm²/m) Armadura Comprimento (cm)

1 N19 26,3 Asmin Ø 5 c 20 74


2 N19 65 2,90 Ø 5 c 12,5 74
3 N19 65,6 2,96 Ø 5 c 12,5 74
4 N19 7,7 Asmin Ø 5 c 20 74
5 N19 65,6 Asmin Ø 5 c 20 74
6 N19 26,3 Asmin Ø 5 c 20 74
7 N19 34,4 Asmin Ø 5 c 20 74
8 N19 82,6 4,70 Ø 5 c 7,5 74
9 N19 7,7 Asmin Ø 5 c 20 74
10 N19 80,3 4,46 Ø 5 c 7,5 74
11 N19 35,9 Asmin Ø 5 c 20 74

96
7 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE LAJES

Nesse capitulo serão apresentadas as comparações dos quantitativos dos


materiais consumidos para os três diferentes sistemas construtivos, assim como o
valor gasto com esses materiais. As tabelas usadas para auxiliar a realização dos
cálculos encontram-se nos apêndices. O preço dos materiais utilizados foi obtido
através de um levantamento da SINAPI referente ao ano de 2019. No caso dos
moldes (cubetas) das lajes nervuradas, o preço da locação considerado será para
um mês de aluguel. Além disso, cálculo dos materiais foi feito apenas para os valores
líquidos, desconsiderando as perdas e sobras, e o consumo de aço foi calculado
considerando os comprimentos das barras dos apêndices anexados.

7.1 PAVIMENTO COM VÃO DE 12x10 m

Primeiro será feita a análise do consumo de aço de cada solução estrutural e


o valor gasto com as armaduras.

Consumo de Aço (kg)


70000,00 66831,26
60000,00 55018,51
50000,00 44898,13
40000,00
30000,00
20000,00
10000,00
0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 74 - Consumo de Aço

Preço das Armaduras (Vão 12x10)


R$ 350.000,00
R$ 312.129,05
R$ 300.000,00
R$ 261.081,42
R$ 250.000,00 R$ 223.337,64
R$ 200.000,00
R$ 150.000,00
R$ 100.000,00
R$ 50.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 75 - Valor gasto com armaduras

97
Como mostrado nas Figuras 74 e 75, percebe-se que o consumo de aço da
laje lisa é o maior entre as três lajes. Esse aumento no consumo ocorre devido a
necessidade de aumentar a taxa de armadura da laje, principalmente nos pontos
onde há pilar, para resistir aos esforços de momento negativo tendo em vista que
essa laje não possui a contribuição das vigas internas, aumentando assim o
consumo de aço. Já a laje nervurada mostra o menor consumo relativo.

Custo do Concreto (Vão 12x10)


R$ 200.000,00
R$ 179.592,00

R$ 150.000,00 R$ 146.160,00

R$ 95.292,96
R$ 100.000,00

R$ 50.000,00

R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 76 - Valor gasto com concreto

Além de uma maior necessidade de armação, a laje lisa necessita de uma


espessura maior para compensar a falta de vigas internas. Dessa forma esse
elemento estrutural resulta em um consumo maior de concreto (ver Figura 76). Por
outro lado, a laje nervurada apresenta o menor consumo de concreto devido aos
vazios presentes entre as nervuras.

Valores Formas (Vão 12x10)


R$ 50.000,00
R$ 45.277,70
R$ 40.000,00
R$ 31.390,30
R$ 28.574,28
R$ 30.000,00

R$ 20.000,00

R$ 10.000,00

R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 77 - Valor gasto com formas

No entanto, a laje nervurada apresenta um maior gasto com formas (ver Figura
77), devido principalmente ao elevado valor dos moldes necessários para realização

98
das nervuras. A laje lisa, por possuir um menor número de vigas, mostra um
consumo de formas reduzido.

Valor total dos materiais


R$ 600.000,00
R$ 533.880,18
R$ 500.000,00 R$ 449.687,67
R$ 400.000,00 R$ 371.116,53

R$ 300.000,00

R$ 200.000,00

R$ 100.000,00

R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 78 - Valor total dos materiais

Assim é possível fazer a comparação do custo final de cada solução estrutural.


Como mostra a Figura 78, a laje nervurada possui o menor consumo e se mostra
como o sistema construtivo com bom comportamento para lajes com grandes vãos,
reduzindo aproximadamente 21% o custo com relação a laje convencional e 44%
com relação a laje lisa.

7.2 PAVIMENTO COM VÃO DE 9x7,5 m

Primeiro será feita a análise do consumo de aço de cada solução estrutural e


o valor gasto com as armaduras.

Consumo de Armadura (kg)


30000,00
26889,74
25000,00
20000,00
14312,92 14680,12
15000,00
10000,00
5000,00
0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 79 - Consumo de Aço

99
Valor das Armaduras (Vão 9x7,5)
R$ 140.000,00
R$ 127.707,32
R$ 120.000,00
R$ 100.000,00
R$ 68.851,36 R$ 75.107,83
R$ 80.000,00
R$ 60.000,00
R$ 40.000,00
R$ 20.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 80 - Valor gasto com armaduras

A medida que vão do pavimento é reduzido, percebe-se que o consumo de aço


da laje convencional reduz significativamente como mostram as Figuras 79 e 80,
ficando ligeiramente menor do que a laje nervurada. A laje lisa por sua vez continua
apresentando o maior consumo de aço e o maior custo.

Valor de Concreto (Vão 9x7,5)


R$ 70.000,00 R$ 68.318,47
R$ 60.000,00 R$ 58.014,72
R$ 49.700,57
R$ 50.000,00
R$ 40.000,00
R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
R$ 10.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 81 - Valor gasto com concreto

Para o vão de 9x7,5 o valor gasto com concreto apresenta um equilíbrio maior
entre as soluções estruturais, tendo a laje lisa com o maior consumo e a laje
convencional com o menor consumo (ver Figura 81).

100
Valores Formas (Vão 9x7,5)
R$ 30.000,00
R$ 25.108,24
R$ 25.000,00
R$ 19.649,01
R$ 20.000,00
R$ 15.626,92
R$ 15.000,00

R$ 10.000,00

R$ 5.000,00

R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 82 - Valor gasto com formas

A laje nervurada continua apresentando um maior gasto com formas, devido


principalmente aos moldes necessários para realização das nervuras. A laje lisa
também continua com o menor consumo de formas (ver Figura 82).

Valor total dos materiais


R$ 250.000,00
R$ 211.652,71
R$ 200.000,00
R$ 158.230,78
R$ 150.000,00 R$ 138.200,94

R$ 100.000,00

R$ 50.000,00

R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 83 - Custo total dos materiais

Assim é possível fazer a comparação do custo final de cada solução estrutural.


Como mostra a Figura 83, a laje convencional possui o menor consumo possuindo
valores finais menores do que os obtidos na laje nervurada, com redução
aproximada de 14% com relação ao custo da laje nervurada e 55% com relação a
laje lisa.

101
7.3 PAVIMENTO COM VÃO DE 6x5 m

Consumo de Armadura (kg)


6000,00 5720,54
5167,28
5000,00
4000,00 3225,17
3000,00
2000,00
1000,00
0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 84 - Consumo de Aço

Valor das Armaduras (Vão 6x5)


R$ 35.000,00
R$ 30.391,32
R$ 30.000,00
R$ 25.444,95
R$ 25.000,00
R$ 20.000,00 R$ 16.963,25
R$ 15.000,00
R$ 10.000,00
R$ 5.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 85 - Valor gasto com armaduras

No pavimento com menor vão, percebe-se pelas Figuras 84 e 85 que a laje


convencional apresenta o menor consumo, com significativa redução em relação as
outras lajes analisadas. Nesse caso, a laje nervurada apresenta o maior consumo
de aço.

Valor de Concreto (Vão 6x5)


R$ 25.000,00 R$ 22.830,65
R$ 20.537,92
R$ 20.000,00
R$ 15.000,00 R$ 13.535,03

R$ 10.000,00
R$ 5.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 86 - Valor gasto com concreto

102
No vão de 6x5 o valor gasto com concreto na laje convencional é
consideravelmente menor com relação as outras lajes. A laje lisa e a laje nervurada
apresentam consumo relativamente próximos como mostrado na Figura 86.

Valores Formas (Vão 6x5)


R$ 12.000,00 R$ 11.556,72
R$ 10.569,92
R$ 10.000,00
R$ 8.000,00 R$ 7.096,83
R$ 6.000,00
R$ 4.000,00
R$ 2.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 87 - Valor gasto com formas

Nas lajes com vãos menores, a não utilização de vigas internas nas lajes lisas
tem um impacto bastante significativo nos custos das formas, com uma redução
considerável em relação as outras duas lajes (ver Figura 87).

Valor total dos materiais


R$ 70.000,00
R$ 62.485,95
R$ 60.000,00 R$ 55.372,43
R$ 50.000,00
R$ 41.068,20
R$ 40.000,00
R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
R$ 10.000,00
R$ 0,00
LAJE LISA LAJE CONVENCIONAL LAJE NERVURADA

Figura 88 - Custo total dos materiais

Assim é possível fazer a comparação do custo final de cada solução estrutural.


Como mostra a Figura 88, a laje convencional possui o menor consumo possuindo
valores finais com redução de 51% com relação ao custo da laje nervurada e 34%
com relação a laje lisa. Nos pavimentos com vãos pequenos, a laje nervurada deixa
de ser uma boa alternativa.

103
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8.1 CONCLUSÃO

Percebe-se que os estudos apresentados foram satisfatórios tanto nas


análises das deformações no estado limite de serviço quanto na adequação aos
esforços do estado limite último. Os elementos estruturais em estudo mostram-se
adequados ao pavimento e seu dimensionamento é compatível com os esforços
calculados e apresentados pelo programa computacional utilizado.

Dessa forma, a laje convencional apresentou o menor consumo nos vãos de


6x5, com redução de 51% com relação ao custo da laje nervurada e 34% com
relação a laje lisa. Já no pavimento com vãos de 12x10, a laje nervurada apresentou
o menor consumo com redução de 20% com relação ao custo da laje convencional
e 44% com relação a laje lisa. Nos vãos de 9x7,5 as lajes convencionais e
nervuradas apresentam consumo similar, enquanto a laje lisa demanda um consumo
maior.

O gráfico da Figura 89 mostra a relação dos custos totais dos materiais com a
área do pavimento de cada caso analisado. Nele, a taxa de crescimento dos custos
para laje convencional aumenta consideravelmente a partir de lajes com vãos de
9x7,5. As lajes nervuradas, apesar de possuírem o maior custo para vãos de 6x5,
mostram uma taxa de crescimento menor com relação as outras soluções
estruturais, tornando-a uma boa alternativa para vãos de maiores dimensões.

Custo x m²
R$ 500,00
R$ 450,00
R$ 400,00
R$ 350,00
R$ 300,00
R$ 250,00
R$ 200,00
R$ 150,00
R$ 100,00
R$ 50,00
R$ 0,00
(6x5) (9x7,5) (12x10)

Laje Lisa Laje Convencional Laje Nervurada

Figura 89 - Gráfico Custo x Vão

104
As lajes lisas, assim como as convencionais, apresentam um grande aumento
na taxa de crescimento dos custos na análise de vãos acima de 9x7,5, possuindo
custos de materiais equivalentes aos obtidos pelas outras lajes apenas em vãos de
menores dimensões.

Apesar do maior consumo de materiais, a laje lisa apresenta uma maior


facilidade construtiva com relação às lajes convencionais e nervuradas, requisitando
um trabalho menos especializado, o que resulta na redução do tempo de construção
necessário. Porém, no presente trabalho realizado não foram considerados os
custos de mão de obra para a execução dessas lajes e o tempo necessário para
cada construção.

Por último, vale ressaltar que a escolha do sistema estrutural depende de


diferentes fatores e que esta análise está restrita à parâmetros comparativos
previamente impostos. Portanto, o presente trabalho não pretende tornar os
resultados obtidos genéricos para todas as situações, mas apresentar dados que
possam contribuir na análise de pavimentos semelhantes e compreender o
comportamento de cada sistema estrutural.

8.2 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS

São apresentadas a seguir algumas sugestões para trabalhos futuros


envolvendo projeto de lajes em concreto armado:

• Estudo comparativo considerando um pavimento com planta arquitetônica


diferente;

• Realização do projeto com novos tipos de lajes.

• Avaliação da influência da mão de obra e tempo de construção no custo final;

• Alterar os parâmetros comparativos impostos inicialmente e comparar os


resultados obtidos.

105
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Projeto de


Estruturas de Concreto - NBR 6118. Rio de Janeiro. 2014.

ALBUQUERQUE, A. T. D. Análise de Alternativas Estruturais para Edifícios em


Concreto Armado. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São
Carlos. 1999.

AÇO4000, AEC Web. Tabela de Produtos, Pesos e Medidas. Disponivel em: <
https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/ACO4000/TabelaProdutosPesosMedidas
.pdf >. Acesso em: 18 Janeiro 2019.

ALVES, S. D. K. Apostila de Concreto Armado II. Notas de Aula. Universidade do


Estado de Santa Catarina. [S.l.]. 2014.

ATEX. Atex do Brasil. Disponivel em: < https://www.atex.com.br/pt/obras/>. Acesso


em: 27 Fevereiro 2019.

BASTOS, P. S. S. Lajes de Concreto. Notas de Aula. UNESP. São Paulo. 2015.

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Comparativa de Soluções com Lajes Convencionais, Lisas e Nervuradas.
Trabalho de Conclusão De Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto
Alegre. 2010.

GABRIELA, N. Análise Experimental de Lajes Lisas Nervuradas de Concreto


Armado com Região Maciça de Geometria Variável ao Puncionamento.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Pará. [S.l.]. 2009.

LEONHARDT, F.; MONNIG, E. Princípios Básicos do Dimensionamento de


Estruturas de Concreto Armado. 2a Edição. ed. Germany: Interciência LTDA,
1977.

LONGO, H. I. Considerações Sobre o Projeto de Estruturas de Edificações de


Concreto Armado. Notas de Aula. Escola Politécnica da Universidade do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro. 2018.

PINHEIRO, L. M. Fundamentos do Concreto Armado e Projeto de Edifícios.


Notas de Aula. USP. São Carlos, p. 17.2. 2007.

RABELLO, F. T. Estudo de Lajes Lisas de Concreto com Visão Integrada de


Flexão e Punção. Tese de Doutorado. UFSC. Florianópolis. 2016.

106
SANTOS, S. H. C. Fundamentos de Concreto Armado II. Notas de Aula. UFRJ.
Rio de Janeiro. 2017.

SINAPI – Índices da Construção Civil. Disponível em: <


http://www.caixa.gov.br/site/Paginas/downloads.aspx#categoria_656> . Acesso em
28 Fevereiro 2019

SMIRIGLIO, G. D. S. Análise Comparativa de Projeto de um Pavimento, Feito


em Lajes Maciças Convencionais e em Lajes Lisas. Trabalho de Conclusão de
Curso. UFRJ. Rio de Janeiro. 2015.

SPOHR, V. H. Análise Comparativa: Sistemas Estruturais Convencionais e


Estruturas de Lajes Nervuradas. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria.
2008.

WERNECK, P. P. D. T. Avaliação da Punção em Lajes Lisas de Concreto


Armado. Trabalho de Conclusão de Curso. UFRJ. Rio de Janeiro. 2017.

107
APÊNDICE A
Nesse apêndice serão apresentados as tabelas de consumo de armaduras e
o cálculo dos materiais de que foram utilizados para fazer a análise das lajes lisas.
Além disso serão mostradas as plantas de armação das lajes lisas para cada vão
estudado. As Figuras 90 e 91 mostram as distribuições das armaduras para o
modelo de pavimento de laje lisa com vão de 12x10.

Figura 90 - Distribuição das armaduras na direção X para lajes de 12x10

108
Figura 91 - Distribuição das armaduras na direção Y para lajes de 12x10

As Figuras 92 a 95 mostram as distribuições das armaduras nas vigas de bordo do


pavimento de laje lisa com vão de 12x10.

109
Figura 92 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V4, V5

Figura 93 - Distribuição das armaduras nas vigas V6 e V10

Figura 94 - Distribuição das armaduras na viga V3

Figura 95 - Distribuição das armaduras na viga V7, V8 e V9

110
Tabela 54 - Numeração das armaduras no pavimento de 12x10
Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 576 12,5 6422,4
N2 69 12,5 821,1
N3 160 10 1904
N4 640 20 2368
N5 720 20 5040
N6 138 12,5 690
N7 144 20 532,8
N8 32 12,5 332,8
N9 27 10 199,8
N10 700 12,5 9205
N11 300 20 2520
N12 1200 20 5280
N13 120 12,5 720
N14 64 12,5 435,2
N15 104 20 707,2
N16 350 12,5 4340
N17 300 12,5 960
N18 12 16 123,6
N19 26 20 117
N20 16 20 27,2
N21 3 20 9,9
N22 8 16 98,4
N23 11 20 88
N24 11 20 66
N25 11 20 24,2
N26 2072 6,3 3108

Tabela 55 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Lisa (12x10)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
10,00 12,00 0,35 215,00 0,12

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
401,80 25,80 R$ 451,77 R$ 193.176,85

Área das lajes


Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de (m²)
Formas
1148,00 301,00 R$ 19,72 R$ 28.574,28

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 0,00 0,00 R$ 4,54 R$ 0,00
6,3 3108,00 761,46 R$ 5,13 R$ 3.906,29
8 0,00 0,00 R$ 5,14 R$ 0,00
Armadura 10 2103,80 1298,04 R$ 4,92 R$ 6.386,38
12,5 23926,50 23041,22 R$ 4,66 R$ 107.372,08
16 222,00 350,32 R$ 4,66 R$ 1.632,47
20 16780,30 41380,22 R$ 4,66 R$ 192.831,82
Total - 66831,26 - R$ 312.129,05
Valor total dos insumos R$ 533.880,18

111
As Figuras 96 e 97 mostram as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje lisa com vão de 9x7,5.

Figura 96 - Distribuição das armaduras na direção X para lajes de 9x7,5

112
Figura 97 - Distribuição das armaduras na direção Y para lajes de 9x7,5

113
As Figuras 98 a 101 mostram as distribuições das armaduras nas vigas de bordo do
pavimento de laje lisa com vão de 9x7,5.

Figura 98 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V4, V5

Figura 99 - Distribuição das armaduras nas vigas V6 e V10

Figura 100 - Distribuição das armaduras na viga V3

Figura 101 - Distribuição das armaduras na viga V7, V8 e V9

114
Tabela 56 - Numeração das armaduras no pavimento de 9x7,5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 307 12,5 2548,1
N2 86 10 756,8
N3 90 8 792
N4 225 20 618,75
N5 292 20 1533
N6 155 10 581,25
N7 138 16 276
N8 32 10 8112
N9 27 8 129,6
N10 330 12,5 3234
N11 150 20 945
N12 450 20 1485
N13 90 12,5 405
N14 48 10 321,6
N15 25 16 167,5
N16 203 12,5 1887,9
N17 150 12,5 360
N18 16 8 123,2
N19 21 12,5 78,75
N20 14 12,5 17,5
N21 3 12,5 9,6
N22 5 12,5 46
N23 9 16 60,3
N24 9 16 40,5
N25 9 16 13,5
N26 1082 5 908,88

Tabela 57 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Lisa (9x7,5)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
7,50 9,00 0,22 167,00 0,04

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
144,21 7,01 R$ 451,77 R$ 68.318,47

Área das lajes


Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de (m²)
Formas
655,50 136,94 R$ 19,72 R$ 15.626,92

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 908,88 139,97 R$ 4,54 R$ 635,45
6,3 0,00 0,00 R$ 5,13 R$ 0,00
8 1044,80 412,70 R$ 5,14 R$ 2.121,26
Armadura 10 9771,65 6029,11 R$ 4,92 R$ 29.663,21
12,5 8586,85 8269,14 R$ 4,66 R$ 38.534,18
16 557,80 880,21 R$ 4,66 R$ 4.101,77
20 4581,75 11298,60 R$ 4,66 R$ 52.651,46
Total - 26889,74 - R$ 127.707,32
Valor total dos insumos R$ 211.652,71

115
As Figuras 102 e 103 mostram as distribuições das armaduras para o modelo
de pavimento de laje lisa com vão de 6x5.

Figura 102 - Distribuição das armaduras na direção X para lajes de 6x5

116
Figura 103 - Distribuição das armaduras na direção Y para lajes de 6x5

As Figuras 104 a 107 mostram as distribuições das armaduras nas vigas de bordo
do pavimento de laje lisa com vão de 6x5.

117
Figura 104 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V4, V5

Figura 105 - Distribuição das armaduras nas vigas V6 e V10

Figura 106 - Distribuição das armaduras na viga V3

Figura 107 - Distribuição das armaduras na viga V7, V8 e V9

118
Tabela 58 - Numeração das armaduras no pavimento de 6x5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 257 8 1426,35
N2 103 8 607,7
N3 208 12,5 384,8
N4 220 12,5 770
N5 35 8 87,5
N6 54 12,5 72,9
N7 60 8 81
N8 32 8 166,4
N9 20 8 44
N10 270 8 1768,5
N11 100 12,5 420
N12 400 12,5 880
N13 100 8 300
N14 25 8 145
N15 57 12,5 330,6
N16 175 8 1085
N17 75 8 120
N18 8 8 40,8
N19 19 10 47,5
N20 11 10 8,8
N21 2 8 6,2
N22 4 8 24,4
N23 8 10 46,4
N24 8 10 24
N25 8 10 8
N26 595 5 321,3

Tabela 59 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Lisa (6x5)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
5,00 6,00 0,16 119,00 0,02

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
47,68 2,86 R$ 451,77 R$ 22.830,65

Área das lajes


Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de (m²)
Formas
298,00 61,88 R$ 19,72 R$ 7.096,83

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5,0 321,30 49,48 R$ 4,54 R$ 224,64
6,3 0,00 0,00 R$ 5,13 R$ 0,00
8,0 5902,85 2331,63 R$ 5,14 R$ 11.984,56
Armadura 10,0 134,70 83,11 R$ 4,92 R$ 408,90
12,5 2858,30 2752,54 R$ 4,66 R$ 12.826,85
16,0 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
20,0 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
Total - 5167,28 - R$ 25.444,95
Valor total dos insumos R$ 55.372,43

119
APÊNDICE B
Nesse apêndice serão apresentados as tabelas de consumo de armaduras e
o cálculo dos materiais de que foram utilizados para fazer a análise das lajes
nervuradas. Além disso serão mostradas as plantas de armação para cada vão
estudado. A Figura 108 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje nervurada com vão de 12x10.

Figura 108 - Distribuição das armaduras nas lajes de 12x10

120
A distribuição das vigas das lajes nervuradas é similar à apresentada no
apêndice A, nas vigas de bordo das lajes lisas, e não será representada novamente.
A Figura 109 mostra as distribuições das armaduras nas nervuras. Já as Figuras 110
e 111 mostram as distribuições das armaduras nas faixas.

Figura 109 - Distribuição das armaduras na nervura

Figura 110 - Distribuição das armaduras nas faixas 1, 2, 3, 4 e 5

Figura 111 - Distribuição das armaduras nas faixas 6, 7, 8, 9 e 10

121
Tabela 60 - Numeração das armaduras no pavimento de 12x10

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 20 5 208
N2 97 8 680
N3 960 12,5 5760
N4 1280 10 1920
N5 400 12,5 2800
N6 20 8 148
N7 37 16 381,1
N8 64 20 4680
N9 64 20 108,8
N10 8 16 36
N11 8 16 13,6
N12 33 20 405,9
N13 9 20 72
N14 69 20 414
N15 129 20 283,8
N16 13 16 58,5
N17 23 16 282,9
N18 2192 6,3 2542,72
N19 7080 10 8071,2
N20 684 10 7729,2
N21 18720 5 11980,8
N22 2 12,5 6,6
N23 3680 10 6624
N24 828 10 7700,4

Tabela 61 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Nervurada (12x10)

Laje Viga Nervura Faixa


X Y h Comp.(m Área (m²) Comp. (m) Área (m²) Comp.(m)
Dimensões
10,00 12,00 0,05 215,00 0,060 3744,00 0,027 294,00

Volume das Volume das vigas Volume das Volume das faixas
R$/m³ Valor
Volume de lajes (m³) (m³) nervuras (m³) (m³)
concreto
59,44 12,90 101,09 53,46 R$ 451,77 R$ 102.501,19

Área das Cubetas das nerv.


Área das vigas (m²) Área das faixas (m²) R$/m² Valor
lajes (m²) (R$ 9,90/unid.)
Área de Formas
68,00 240,80 3564 unid. 198,00 R$ 19,72 R$ 45.277,70

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 12188,80 1877,08 R$ 4,54 R$ 8.521,92
6,3 2542,72 622,97 R$ 5,13 R$ 3.195,82
8 828,00 327,06 R$ 5,14 R$ 1.681,09
Armadura 10 32044,80 19771,64 R$ 4,92 R$ 97.276,48
12,5 8566,60 8249,64 R$ 4,66 R$ 38.443,30
16 772,10 1218,37 R$ 4,66 R$ 5.677,62
20 5964,50 14708,46 R$ 4,66 R$ 68.541,41
Total - 44898,13 - R$ 223.337,64
Valor total dos insumos R$ 371.116,53

122
A Figura 112 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje nervurada com vão de 9x7,5.

Figura 112 - Distribuição das armaduras nas lajes de 9x7,5

123
A distribuição das vigas das lajes nervuradas é similar à apresentada no
apêndice A, nas vigas de bordo das lajes lisas, e não será representada novamente.
A Figura 113 mostra as distribuições das armaduras nas nervuras. Já as Figuras 114
e 115 mostram as distribuições das armaduras nas faixas.

Figura 113 - Distribuição das armaduras na nervura

Figura 114 - Distribuição das armaduras nas faixas 1, 2, 3, 4 e 5

Figura 115 - Distribuição das armaduras nas faixas 6, 7, 8, 9 e 10

124
Tabela 62 - Numeração das armaduras no pavimento de 9x7,5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 40 6,3 292
N2 96 10 643,2
N3 360 10 1710
N4 976 6,3 1220
N5 150 10 825
N6 32 6,3 153,6
N7 41 12,5 315,7
N8 45 16 3900
N9 45 16 56,25
N10 8 16 30
N11 8 16 10
N12 44 12,5 404,8
N13 6 16 40,2
N14 58 16 261
N15 98 16 147
N16 9 12,5 40,5
N17 18 16 165,6
N18 900 5 756
N19 1520 8 1732,8
N20 252 10 2066,4
N21 10013 5 6007,8
N22 2 12,5 6,6
N23 966 10 1738,8
N24 306 10 2050,2

Tabela 63 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Nervurada (9x7,5)

Laje Viga Nervura Faixa


X Y h Comp.(m Área (m²) Comp. (m) Área (m²) Comp.(m)
Dimensões
7,50 9,00 0,05 167,00 0,042 2002,50 0,025 220,50

Volume das Volume das vigas Volume das Volume das faixas
R$/m³ Valor
Volume de lajes (m³) (m³) nervuras (m³) (m³)
concreto
34,22 7,01 50,06 37,13 R$ 451,77 R$ 58.014,72

Área das Cubetas das nerv.


Área das vigas (m²) Área das faixas (m²) R$/m² Valor
lajes (m²) (R$ 9,90/unid.)
Área de Formas
48,00 136,94 1872 unid. 148,50 R$ 19,72 R$ 25.108,24

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 6763,80 1041,63 R$ 4,54 R$ 4.728,98
6,3 1665,60 408,07 R$ 5,13 R$ 2.093,41
8 1732,80 684,46 R$ 5,14 R$ 3.518,10
Armadura 10 9033,60 5573,73 R$ 4,92 R$ 27.422,76
12,5 767,60 739,20 R$ 4,66 R$ 3.444,67
16 4610,05 7274,66 R$ 4,66 R$ 33.899,91
20 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
Total - 14680,12 - R$ 75.107,83
Valor total dos insumos R$ 158.230,78

125
A Figura 116 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje nervurada com vão de 6x5.

Figura 116 - Distribuição das armaduras nas lajes de 6x5

126
A distribuição das vigas das lajes nervuradas é similar à apresentada no
apêndice A, nas vigas de bordo das lajes lisas, e não será representada novamente.
A Figura 117 mostra as distribuições das armaduras nas nervuras. Já as Figuras 118
e 119 mostram as distribuições das armaduras nas faixas.

Figura 117 - Distribuição das armaduras na nervura

Figura 118 - Distribuição das armaduras nas faixas 1, 2, 3, 4 e 5

Figura 119 - Distribuição das armaduras nas faixas 6, 7, 8, 9 e 10

127
Tabela 64 - Numeração das armaduras no pavimento de 6x5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 20 6,3 104
N2 93 8 653,3333
N3 180 6,3 540
N4 560 8 560
N5 200 6,3 7000
N6 20 5 44
N7 8 6,3 40,8
N8 4 8 2600
N9 4 8 3,2
N10 4 10 10
N11 4 10 3,2
N12 4 6,3 24,4
N13 4 12,5 23,2
N14 44 12,5 132
N15 86 12,5 86
N16 37 8 151,7
N17 22 10 134,2
N18 595 5 321,3
N19 1040 8 936
N20 162 8 826,2
N21 4005 5 1602
N22 2 6,3 6,2
N23 675 10 1053
N24 198 8 811,8
N25 22 10 112,2
N26 40 12,5 100
N27 40 12,5 32
N28 22 10 134,2

128
Tabela 65 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Nervurada (6x5)

Laje Viga Nervura Faixa


X Y h Comp.(m Área (m²) Comp. (m) Área (m²) Comp.(m)
Dimensões
5,00 6,00 0,05 119,00 0,024 801,00 0,015 147,00

Volume das Volume das vigas Volume das Volume das faixas
R$/m³ Valor
Volume de lajes (m³) (m³) nervuras (m³) (m³)
concreto
15,74 2,86 12,02 14,85 R$ 451,77 R$ 20.537,92

Área das Cubetas das nerv.


Área das vigas (m²) Área das faixas (m²) R$/m² Valor
lajes (m²) (R$ 9,90/unid.)
Área de Formas
28,00 97,58 720 unid. 99,00 R$ 19,72 R$ 11.556,72

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 1967,30 302,96 R$ 4,54 R$ 1.375,46
6,3 7691,00 1884,30 R$ 5,13 R$ 9.666,43
8 6542,23 2584,18 R$ 5,14 R$ 13.282,70
Armadura 10 1446,80 892,68 R$ 4,92 R$ 4.391,96
12,5 373,20 359,39 R$ 4,66 R$ 1.674,76
16 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
20 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
Total - 5720,54 - R$ 30.391,32
Valor total dos insumos R$ 62.485,95

129
APÊNDICE C
Nesse apêndice serão apresentados as tabelas de consumo de armaduras e
o cálculo dos materiais de que foram utilizados para fazer a análise das lajes
convencionais. Além disso serão mostradas as plantas de armação para cada vão
estudado. A Figura 120 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje convencional com vão de 12x10.

Figura 120 - Distribuição das armaduras nas lajes de 12x10

130
As Figuras 121 a 123 mostram as distribuições das armaduras nas vigas do
pavimento de laje convencional com vão de 12x10.

Figura 121 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V3, V5 e V6

Figura 122 - Distribuição das armaduras nas vigas V7, V8, V10 e V11

Figura 123 - Distribuição das armaduras na viga V4

131
Tabela 66 - Numeração das armaduras no pavimento de 12x10

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 932 10 9692,8
N2 1200 10 14880
N3 960 20 4800
N4 440 20 748
N5 20 10 148
N6 64 10 80
N7 400 20 2400
N8 136 10 816
N9 1440 20 2880
N10 16 16 164,8
N11 17 20 76,5
N12 17 20 28,9
N13 3 20 9,9
N14 18 16 221,4
N15 22 20 176
N16 22 20 132
N17 22 20 48,4
N18 783 6,3 1174,5
N19 1584 8 2376

Tabela 67 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Convencional (12x10)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
10,00 12,00 0,27 317,00 0,12

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
309,96 38,04 R$ 451,77 R$ 157.215,96

Área das lajes (m²) Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de Formas
1148,00 443,80 R$ 19,72 R$ 31.390,30

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 0,00 0,00 R$ 4,54 R$ 0,00
6,3 1174,50 287,75 R$ 5,13 R$ 1.476,17
8 2376,00 938,52 R$ 5,14 R$ 4.823,99
Armadura 10 25616,80 15805,57 R$ 4,92 R$ 77.763,38
12,5 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
16 6414,20 10121,61 R$ 4,66 R$ 47.166,69
20 11299,70 27865,06 R$ 4,66 R$ 129.851,18
Total - 55018,51 - R$ 261.081,42
Valor total dos insumos R$ 449.687,67

132
A Figura 124 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje convencional com vão de 9x7,5.

Figura 124 - Distribuição das armaduras nas lajes de 9x7,5

133
As Figuras 125 a 127 mostram as distribuições das armaduras nas vigas do
pavimento de laje convencional com vão de 9x7,5.

Figura 125 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V3, V5 e V6

Figura 126 - Distribuição das armaduras nas vigas V7, V8, V10 e V11

Figura 127 - Distribuição das armaduras na viga V4

134
Tabela 68 - Numeração das armaduras no pavimento de 9x7,5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 539 10 4204,2
N2 480 10 4464
N3 378 16 1417,5
N4 350 16 455
N5 20 8 132
N6 80 10 72
N7 225 16 1012,5
N8 105 10 556,5
N9 452 20 678
N10 14 10 107,8
N11 20 12,5 75
N12 20 12,5 25
N13 3 12,5 9,9
N14 12 12,5 110,4
N15 16 16 107,2
N16 16 16 72
N17 16 16 24
N18 2 10 9
N19 493 5 463,42
N20 2716 6,3 2553,04

Tabela 69 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Convencional (9x7,5)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
7,50 9,00 0,15 243,50 0,05

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
98,33 11,69 R$ 451,77 R$ 49.700,57

Área das lajes (m²) Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de Formas
655,50 340,90 R$ 19,72 R$ 19.649,01

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 463,42 71,37 R$ 4,54 R$ 324,00
6,3 2553,04 625,49 R$ 5,13 R$ 3.208,79
8 132,00 52,14 R$ 5,14 R$ 268,00
Armadura 10 9413,50 5808,13 R$ 4,92 R$ 28.576,00
12,5 220,30 212,15 R$ 4,66 R$ 988,61
16 3766,20 5943,06 R$ 4,66 R$ 27.694,68
20 678,00 1671,95 R$ 4,66 R$ 7.791,28
Total - 14312,92 - R$ 68.851,36
Valor total dos insumos R$ 138.200,94

135
A Figura 128 mostra as distribuições das armaduras para o modelo de
pavimento de laje convencional com vão de 6x5.

Figura 128 - Distribuição das armaduras nas lajes de 6x5

136
As Figuras 129 a 131 mostram as distribuições das armaduras nas vigas do
pavimento de laje convencional com vão de 6x5.

Figura 129 - Distribuição das armaduras nas vigas V1, V2, V3, V5 e V6

Figura 130 - Distribuição das armaduras nas vigas V7, V8, V10 e V11

Figura 131 - Distribuição das armaduras na viga V4

137
Tabela 70 - Numeração das armaduras no pavimento de 6x5

Quantidade de barras
N Qnt Ø Comp.(m)
N1 752 6,3 3910,4
N2 600 6,3 3720
N3 272 10 680
N4 107 12,5 107
N5 23 5 50,6
N6 244 6,3 195,2
N7 150 10 450
N8 14 10 72,8
N9 288 10 288
N10 18 8 91,8
N11 24 10 60
N12 24 10 19,2
N13 2 10 6,6
N14 12 10 73,2
N15 24 10 139,2
N16 24 10 72
N17 24 10 24
N18 2 10 9
N19 1307 5 967,18

Tabela 71 - Cálculo de consumo de materiais

Laje Convencional (6x5)

Laje Viga
X Y h Comprimento (m) Área (m²)
Dimensões
5,00 6,00 0,08 170,00 0,04

Volume das lajes Volume das vigas


R$/m³ Valor
Volume de (m³) (m³)
concreto
23,84 6,12 R$ 451,77 R$ 13.535,03

Área das lajes (m²) Área das vigas (m²) R$/m² Valor
Área de Formas
298,00 238,00 R$ 19,72 R$ 10.569,92

Ø Comprimento (m) Peso (kg) R$/kg Valor


5 1017,78 156,74 R$ 4,54 R$ 711,59
6,3 7825,60 1917,27 R$ 5,13 R$ 9.835,61
8 91,80 36,26 R$ 5,14 R$ 186,38
Armadura 10 1894,00 1168,60 R$ 4,92 R$ 5.749,50
12,5 107,00 103,04 R$ 4,66 R$ 480,17
16 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
20 0,00 0,00 R$ 4,66 R$ 0,00
Total - 3225,17 - R$ 16.963,25
Valor total dos insumos R$ 41.068,20

138
ANEXO I

A Tabela 72 mostra as propriedades das barras de aço utilizada no cálculo do


consumo.

Tabela 72 - Especificações do aço utilizado (AÇO4000, 2018)

139
As Tabelas 73 a 76 mostram os preços dos materiais em um levantamento feito pela
SINAPI em 2019.

Tabela 73 - Preço das barras de aço (SINAPI,2019)

Tabela 74 - Preço das formas de madeira (SINAPI,2019)

140
Tabela 75 - Preço do concreto C50 (SINAPI,2019)

Tabela 76 - Preço de locação dos moldes da laje nervurada (SINAPI,2019)

141

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