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Campanha de Missões_2021

1º Sermão – 4 de setembro de 2021

O Imperativo da pregação do evangelho

Texto Bíblico
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura
(Marcos: 16.15 – ARA).

Introdução
Hoje, pela graça de Deus, iniciamos essa série bíblica de sermões, promovida
pela Junta de Missões da IAP, que será ministrada nos sábados desse mês de
setembro, intitulada: Pregue o Evangelho – reflexões acerca dos importantes
aspectos da pregação do evangelho para o cumprimento da missão.
No sermão desta manhã, vamos refletir sobre o tema: O imperativo da
pregação do evangelho.
Sem dúvida, o ato de pregar o evangelho é um importante imperativo, isto é,
uma ordem dada por Jesus à sua igreja. Veja bem: o Mestre não incumbiu o dever
da pregação somente ao pastor, à missionária ou à liderança da igreja, mas a todos
os discípulos! O imperativo do “Ide” é para todos nós. Pregar o evangelho é nossa
responsabilidade.
Essa ordem de Jesus é de extrema relevância. Por meio de seu cumprimento,
é possível conduzir as pessoas ao conhecimento de Cristo. Com isso em mente,
precisamos atentar para três importantes aspectos do imperativo da pregação.
Vamos ao primeiro:
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1. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM QUE ENVOLVE UMA


AUTORIDADE SUPREMA

A ordem de pregar o evangelho procede de Jesus. Foi ele quem ordenou: Ide
por todo o mundo e pregai o evangelho... (Mc 16.15). Ao se dispor a testemunhar o
evangelho, a igreja não deve perder de vista que a pregação é uma ordem advinda
da autoridade suprema, a saber, Cristo. O que torna isso claro no evangelho narrado
por Marcos, é o fato da ressurreição.
É sobre esse assunto, a ressurreição, que o capítulo 16 começa tratando. As
mulheres foram ao sepulcro no intuito de encontrar o corpo de Jesus, mas não o
encontraram ali. Antes, ouviram do anjo, no v.6: Ele ressuscitou! Não está aqui. Ora,
ao ressuscitar dentre os mortos, Jesus prova que não é um simples profeta, mas o
verdadeiro Filho de Deus, o Messias há muito aguardado, o algoz da morte e Senhor
da vida!
Mateus, em seu evangelho, confirma a autoridade de Jesus. Ele mostra que
Jesus, após ter provado aos discípulos que havia ressuscitado, lhes disse: ... É me
dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). Pois bem, foi com a autoridade
manifesta em sua ressurreição, que Jesus ordenou aos discípulos que pregassem o
evangelho. Preguemos o evangelho crendo na autoridade daquele que nos
comissionou.
A incredulidade dos discípulos foi censurada no versículo 14. Antes de
comissioná-los, Jesus os estimulou a crer. Creiamos piamente que o evangelho que
pregamos possui autoridade do alto! Além disso, se aquele que nos comissionou
tem autoridade, então, devemos acatar a sua ordem. Foi o que os discípulos
fizeram: saíram e pregaram por toda parte (v. 20). Creiamos na autoridade de Cristo
e obedeçamos ao seu imperativo!
Vimos que a pregação do evangelho é uma ordem que envolve uma
autoridade suprema. Esse o primeiro aspecto do imperativo da pregação.
Analisemos o segundo:
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2. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM QUE ABORDA UM


CONTEÚDO EXCELENTE

Ao comissionar os discípulos a pregar, Jesus é muito específico quanto ao


conteúdo da pregação. Disse ele: [...] ide por todo o mundo e pregai o evangelho...
(Mc 16:15). O termo evangelho (gr. evangelion) significa boas-novas. “Para Marcos,
a história de Jesus é a boa-nova a ser proclamada”.1 Logo, Jesus estava instruindo
os discípulos a testemunhar acerca dele mesmo.
O evangelho que Cristo nos instiga a proclamar não é o da teologia da
prosperidade, cujo propósito é levar as pessoas a buscar tesouros na terra, onde a
traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam (Mt 6:19);
também não é o evangelho que se propõe a promover o pregador e a ressaltar suas
qualidades, tornando-o o centro das atenções.
O evangelho que devemos proclamar “é a mensagem de que Deus está
agindo por meio de Jesus, Seu Filho, trazendo libertação ao cativo, quebrando o
poder do diabo, do pecado e da morte”.2 Jesus é o excelente conteúdo que faz do
evangelho o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16).
Podemos até usar diferentes estratégias de pregação, mas seu conteúdo jamais
poderá ser alterado ou substituído.
Façamos da pessoa de Jesus o centro da nossa pregação! Que ele seja o
conteúdo abordado em nossas reuniões de pequenos grupos, nos cultos de
celebração, em nossas programações dos ministérios, nas reuniões de comunhão.
Que sejamos usados por Deus como instrumentos, por meio dos quais, os
pecadores sejam levados a ter um encontro transformador com Jesus.
A pregação do evangelho é uma ordem que envolve uma autoridade suprema
e um conteúdo excelente. Esses foram os dois aspectos do imperativo da pregação
analisados até aqui. Vejamos, portanto, o terceiro e último:

1
Lopes (2019:1089)
2
Idem
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3. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM QUE REQUER UM


PROPÓSITO GRANDIOSO

Ao comissionar os seus discípulos a proclamar o evangelho, Jesus tem mente


um propósito grandioso, conforme expressam as palavras de Marcos 16:16a, que
afirmam: Quem crer e for batizado será salvo. A salvação do pecador é o propósito
da pregação. A Timóteo, seu filho na fé, Paulo alertou que as sagradas letras,
podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2Tm 3.15).
O propósito da pregação, portanto, não é promover entretenimento, autoajuda,
ou prosperidade financeira, mas conduzir o pecador a salvação em Jesus. Não há
propósito maior. Foi para garantir a nossa salvação que o Verbo, isto é, Cristo, se
fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Foi em prol desse propósito que ele se
entregou e caminhou rumo ao Gólgota, como cordeiro para o matadouro (Is 53.7).
Em nossa pregação, precisamos levar em conta uma condição necessária. O
evangelho de Cristo é suficiente para salvar o ser humano, mas este, por sua vez,
precisa crer no evangelho. Há situações em que “uma pessoa pode ser salva sem o
batismo, como foi o ladrão que se arrependeu na cruz, mas jamais alguém pode ser
salvo sem crer em Jesus”.3 Que isso fique claro no teor da mensagem proferida por
nós.
Proclamemos o evangelho certos de que, quem nele crer não será condenado
e, portanto, não ressurgirá na segunda ressurreição, nem perderá o seu galardão.
Quem crê no evangelho terá o privilégio de viver eternamente com Cristo, pois,
ainda que perca a sua vida, por amor a Cristo, a encontrará (Mc 10.39). A salvação
do pecador é o propósito da nossa pregação. Nisso cremos!

3
Lopes (2019: 1090)
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CONCLUSÃO

Para concluir o sermão de hoje, é oportuno mencionar que, sempre que


pregamos o glorioso evangelho de Jesus para alguém, demonstramos, com essa
atitude, o amor de Deus. É projeto dEle que nós, como Igreja de Cristo, sejamos a
sua agência missionária na terra. Deus quer alcançar o pecador porque ele o ama, e
a mensagem da cruz, expressa em João 3.16, é uma prova irrefutável dessa
verdade.
Além de demonstrar o amor de Deus, a pregação do evangelho de Cristo é,
também, a demonstração do amor humano. Ao direcionarmos uma pessoa a Cristo,
por meio da pregação do evangelho, demonstramos amor, pois almejamos que ela,
assim como nós, obtenha o bem maior, a salvação em Cristo. O evangelho de Cristo
é amor em ação! Portanto, pregue o evangelho!

Referência
LOPES, Hernandes Dias. Comentário expositivo: os Evangelhos. São Paulo: Hagnos, 2019.

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