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Legislação tributária

Limitações ao Poder de Tributar


3ª parte - Imunidades

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◼ LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
◼ Imunidades

◼ 3ª PARTE

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IMUNIDADES

◼ Delimitação negativa da competência tributária.


◼ Momento: distribuição de competências.
◼ Diferenças entre imunidade e isenção:
 Imunidade atribuição de competência.
 Isenção exercício da competência.

 Imunidade: interpretação ampla / Isenção: interpretação literal.

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IMUNIDADES

◼ Análise do artigo 150, VI, CF/88 – refere-se


somente a impostos.
◼ Análise ampla da CF/88 – impõe observar
imunidade em outras espécies tributárias:
 Art. 5º, XXXIV, LXXIII, CF/88: não incidência de taxas;
 Art. 149, §2º,I, CF/88: não incidência de Contribuição social e CIDE nas
exportações;
 Art. 195, §7º,CF/88: não incidência de Contribuição social relativa às
sociedades de assistência social.

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IMUNIDADES

◼ Não existe regra de imunidade para


contribuições de melhoria e empréstimos
compulsórios.

◼ Vincula-se à obrigação tributária principal = R$.

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IMUNIDADES GENÉRICAS

◼ Art. 150, VI, CF/88 – (Impostos)


 “a”. Imunidade recíproca;
 “b”. Templos religiosos;
 “c”. Partidos políticos, sindicatos de empregados,
instituições de educação e entidades de
assistência social;
 “d”. Imprensa.
 “e”. Musical. (EC 75 de 15 de outubro de 2013)

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Imunidade recíproca

◼ Sinônimo: imunidade intergovernamental.

◼ Princípio federativo (pacto federativo).

◼ Ausência da capacidade contributiva dos entes


políticos (não manifestam riqueza – vínculo às
atividades essenciais – necessidades públicas).

◼ Ocorrência: quando o Ente é o contribuinte de direito.

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Imunidade recíproca

◼ Incluem-se:
 autarquias (agências executivas e reguladoras,
corporativas)
 fundações públicas (art. 150, §2º, CF/88) –

condicionada ao propósito autárquico ou


fundacional.
◼ Se imóvel ou renda... não é utilizada para o objeto
das entidades, há tributação!

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Imunidade recíproca

 Empresa Pública
 Sociedade de Economia Mista

tributação normal
Estado atuando na exploração da atividade
econômica – art. 173, § 2º, CF/88

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Imunidade recíproca

◼ Exceções:
 atividades dotadas de estatalidade (SERVIÇO
PÚBLICO) - IMUNIDADE:
◼ Correios (empr. pública);
◼ Infraero (empr. pública);

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Imunidade recíproca

◼ Imunidade recíproca não se aplica:


◼ quando o Estado desempenhar a atividade
econômica em regime de economia privada;
◼ quando o Estado cobrar preço público/tarifas pela
prestação de serviços públicos.(comissionárias ou
permissionárias de serviços públicos).
◼ em relação ao promitente comprador de um imóvel
público.
◼ aos Cartórios (particulares – delegação).

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Imunidade religiosa

◼ Templos de qualquer culto.


◼ Laicismo estatal.
◼ Templo: é uma entidade ou organização cuja
proteção imunizante poderá alcançar as
atividades direta ou indiretamente
relacionadas com o propósito religioso. (art.
5º, VI ao VIII, CF/88).
 Se o recurso não for vertido para a atividade,
mesmo que indiretamente, haverá tributação.
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Imunidades NÃO
autoaplicáveis

◼ Imunidade subjetiva:
 Partidos políticos, incluídos suas fundações;
 Sindicato dos trabalhadores;
 Instituição de educação (escolas, faculdades,
museus, bibliotecas públicas, centros de
pesquisa, etc.) – sem fins lucrativos;
 Entidade de assistência social (impostos e
contribuição social previdenciária) – sem fins
lucrativos.

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Imunidades NÃO
autoaplicáveis

◼ Auxiliam o Estado em suas atividades


essenciais - Direitos fundamentais:
◼ Direitos políticos;
◼ Direitos sociais.

◼ Na condição de contribuinte de direito.


◼ Condicionados aos objetivos das entidades.
◼ Entidades sem fins lucrativos.

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Imunidades NÃO
autoaplicáveis

◼ Reversão da renda para o exercício de suas


próprias atividades.
◼ Poderá remunerar seus colaboradores, porém
dentro do mercado.
◼ OBS: não ter finalidade lucrativa, não quer
dizer gratuidade, NEM NÃO TER LUCRO. Não
se pode é distribuir lucros aos mantenedores –
O LUCRO DEVE SER REVERTIDO
EXCLUSIVAMENTE PARA EXERCÍCIO DE
SUAS ATIVIDADES.

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Imunidades NÃO
autoaplicáveis

◼ Não cumprindo os requisitos – suspensão


da imunidade.
◼ Entidades de Assistência Social:
 Impostos
 Contribuições sociais.

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Imunidade de imprensa

◼ Imunidade objetiva, real ou cultural (art. 150,


VI, “d”, CF/88):
 Livro;
 Jornal;
 Periódico;
 Papeldestinado à impressão de tais veículos de
pensamento.
◼ Proteção à cultura, à educação, à liberdade
de manifestação do pensamento e ideias.
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Imunidade de imprensa

◼ Imunidades objetivas, reais:


 Impostos reais: ICMS, IPI, II e IE.
◼ A proteção (imunidade) não é para o autor,
empresas jornalísticas, editora...
◼ Imuniza os materiais – redução de custos.
◼ Proteção à utilidade pública destes veículos
de comunicação.
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Imunidade de imprensa

◼ Livros, jornais, revistas e periódicos:


 Apostilas;
 Listas telefônicas;
 Álbum de figurinhas;
 Livro eletrônico (Repercussão Geral – 09/2012);
 Bíblia;
 Revistas com conteúdo adulto; (não há
julgamento moral do conteúdo veiculado).
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Imunidade musical

◼ EC 75, 15/10/2013
 Fonogramas
 Videofonogramas
◼ Musicais
◼ Literomusicais

 Produzidos no Brasil – autores brasileiros


 Outras obras – interpretados por brasileiros
 Suporte materiais - cd, dvd, blue ray
 Arquivos digitais – internet, ring tones...

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◼ F I M

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Referências
bibliográficas
◼ BELTRÃO, Irapuã. Curso de direito tributário. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
◼ BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7a
o.htm, em 12/9/2014.
◼ BRASIL. Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm, em 12/9/2014.
◼ BRASIL. STF - http://www.stf.jus.br/portal/ jurisprudencia, acessado
aos 12/6/2014.

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◼ MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28 ed. ver.
atual. ampl. São Paulo: Malheiros, 2007.
◼ PAULSEN, Leandro. Direito tributário: costituição e código tributário
à luz da doutrina e da jurisprudência. 11 ed. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 2009.
◼ SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 6. ed. – São
Paulo: Saraiva, 2014.

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Centro Universitário
de Formiga

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