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Contexto histórico/citação.....
Onde está citando o tema
Problemática/argumento
Detalhes da problemática
Agente
Ação
Meio/modo
Finalidade
Detalhamento
Redação de MATTHEUS MARTINS WENGENROTH CARDOSO (2018)
Outrossim, a busca pelo ganho pessoal acima de tudo também pode ser apontado como
responsável pelo problema. De acordo com o pensamento marxista, priorizar o bem pessoal
em detrimento do coletivo gera inúmeras dificuldades para a sociedade. Ao vender dados
particulares e manipular o comportamento de usuários, empresas invadem a privacidade dos
indivíduos e ferem importantes direitos da população em nome de interesse individuais. Desse
modo, a união da sociedade é essencial para garantir o bem-estar coletivo e combater o
controle de dados e a manipulação do comportamento no meio digital.
Segundo o filósofo Friedrich Nietzsche, a arte existe para impedir que a realidade nos
destrua. Sob essa ótica, é inegável a crucialidade das expressões culturais para a promoção
do bem-estar do homem moderno. No entanto, ao se observar o caráter excludente do acesso
ao cinema no Brasil, é notório que essa imprescindibilidade não tem sido considerada no país.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a negligência governamental e a escassa abordagem do
problema agravam essa situação.
Primeiramente, é válido destacar que a displicência estatal colabora com esse cenário. De
acordo com o Artigo 6º da Constituição Federal do Brasil, promulgada no ano de 1988 , todo
cidadão brasileiro tem direito ao lazer. Entretanto, ao se analisar a concentração de cinemas
nas áreas de renda mais alta das grandes cidades, é indiscutível que essa premissa
constitucional não é valorizada pelo governo nacional. Dessa maneira, é importante salientar
que essa má atuação do Estado provoca o acesso desigual a essa atividade de exibição por
parte da população e, consequentemente, garante a condição de sub cidadania de diversos
indivíduos.
Além disso, é pertinente ressaltar que a insuficiente exposição dessa problemática contribui
para a não democratização desse programa cultural. Nessa perspectiva, muitas vezes, a mídia
negligencia o debate acerca da ausência de lazer nas periferias urbanas e no interior do país, o
que faz com que a carência de cinemas nessas regiões não seja denunciada. Dessa forma, é
indubitável que a pouca abordagem midiática com relação ao caráter restritivo do universo
cinematográfico proporciona a perpetuação da concentração regional dessa atividade de
exibição.
Retomada do
contexto feito na
introdução
Redação da Maria Júlia Passos
Ademais, a ausência de compromisso do Estado para com a saúde mental dos cidadãos é
outro ponto que fomenta o estigma criado sobre o problema. De certo, a falta de incentivos
financeiros na área da psiquiatria e na acessibilidade é a realidade enfrentada no país,
resultando nos diagnósticos tardios e na exclusão de uma parcela significativa da sociedade
que necessita de cuidados especiais. Segundo o filósofo John Rawls, em sua obra “Uma
Teoria da Justiça”, um governo ético é aquele que disponibiliza recursos financeiros para todos
os setores, promovendo uma igualdade de oportunidades a todos os cidadãos e o acesso a
uma vida digna. Sob essa óptica, torna-se evidente que o Brasil não é um exemplo dessa ética
do pensador inglês, visto que negligencia a saúde mental dos brasileiros ao não investir
corretamente nos setores públicos voltados ao atendimento e ao acolhimento desses
indivíduos, submetendo-os a uma notória subcidadania.
Fica exposta, portanto, a necessidade de medidas para mitigar o estigma associado aos
transtornos. Destarte, as Secretarias de Educação devem desenvolver projetos educativos, por
meio de palestras e de dinâmicas que levem profissionais da saúde mental e pacientes para
debaterem sobre o preconceito enfrentado no cotidiano, uma vez que o depoimento individual
sensibiliza os estudantes. Isso deve ser feito com a finalidade de ultrapassar os estereótipos
prejudiciais. Outrossim, o Ministério da Fazenda deve redistribuir as verbas, principalmente
para hospitais públicos e para campanhas de conscientização. Por fim, será possível criar um
país mais democrático e longe da realidade retratada por Daniel Arbex.