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A queima do fusing

junho 26, 2015


A queima ou técnica de cozimento do vidro
O vidro possui características físicas bastante complexas. Não quero com isso
criar um teorema ou complicar a cabeça, simplesmente é interessante saber algo
sobre o comportamento do vidro para dominar os resultados obtidos em cada
queima. Nesta postagem vamos falar sobre o ciclo de cozedura e o
comportamento do vidro.
Como já disse anteriormente a fusão do vidro ou fusing glass consiste em fundir
chapas de vidro em alta temperatura usando esmaltes ou não. A maior ciência
certamente, não está nos livros, mas na experiência. Aprender a manejar a
temperatura, conhecer o comportamento do vidro permite-nos desenvolver a
técnica.  Isso irá depender do vidro que vc usa, o tamanho e espessura, do
tamanho do seu forno, tipo do forno e resultado esperado.
Basicamente vamos colocar aqui um ESQUEMA. Ele será um guia, um começo
para formamos nosso caderno de experiencias pessoais.
Sempre a queima segue fases. Não tem como desconhecer isso. Essas fases são
marcadas por um comportamento do vidro. Ele amolece, derrete, flui e depois
endurece e tudo isso pode ser observado em uma temperatura aproximada. Assim
definimos essas fases e determinamos um tempo para atingir determinada
temperatura.

As Fases:
Fase 1: aquecimento inicial
É o inicio da cozedura, desde a temperatura ambiente até um pouco acima
do ponto de tensão , o que significa por volta de 540 0C. Este aquecimento deve
seguir lento aproximadamente 2200C por hora, que para chegar a 540 0 C você
deve levar no mínimo 2 horas. Isso deve ser feito para evitar o choque térmico
provocado por um aumento brusco na temperatura. Aqui o vidro ainda é solido,
mas pouco a pouco se torna fluido superando o ponto de tensão.
Ponto de tensão: até essa temperatura 450 0C(mais ou menos) o vidro não tem
tensões. É um sólido rígido.
Fase 2: aquecimento rápido
Essa fase se desenvolve rapidamente, com velocidade maior possível,
dependendo do forno, até atingir a temperatura de trabalho.(varia de acordo com
o resultado esperado). Mais ou menos no meio dessa fase vc pode estabilizar
brevemente a temperatura, evitando a desvitrificação. Aqui existe o ponto de
abrandamento onde o vidro se deforma com seu peso de forma visível e adere a
outras superfícies.
Fase 3: temperatura de trabalho
Aqui fazemos o que chamamos de patamar ou estabilização. Mantém-se a
temperatura constante por um determinado tempo até atingirmos o resultado
esperado.
A temperatura de trabalho varia de acordo com a técnica por exemplo
- entre 7300C e 7600C : vitrofusão parcial. As duas chapas de vidro se aderem e
arredondam as bordas
- entre 7600C e 8200C : vitrofusão total, termoformado,queda livre. União
completa das duas chapas, vidro adquire a forma do molde.
- entre 8200C e 8700C : vitrofusão total, inclusões, vidro vertido, pasta de vidro.
A temperatura máxima faz com que o vidro penetre em pequenos detalhes do
molde. A superfície do vidro torna-se lisa e líquida, bolhas de ar presas no interior
das chapas podem vir a superfície. Aqui se não estiver dentro do molde pode
escorrer suas bordas.
- entre 8700C e 9300C : vidro vertido. Aumenta a fluidez do vidro.
- superior a 9300C: derrame a partir de molde de cera perdida.
Fase 4: esfriamento rápido
Esse esfriamento deve ser o mais rápido possível. Abrimos o forno para atingir
a temperatura de temperado (entre 4500 C e 5400) onde o vidro se estabiliza.
Quando se fala de aquecer e esfriar o mais rápido possível, é certamente para
evitar problemas da desvitrificação.
Fase 5: patamar de temperatura de temperado
 Na temperatura de temperado ou recozimento as tensões internas do vidro são
eliminadas mediante a estabilização do material.
Fase 6: esfriamento lento
Esfriamento controlado até atingir o ponto de tensão
Fase 7: esfriamento final
Desligamos o forno mas se evita o choque térmico. Não é possível abrir o forno
antes que a temperatura interna seja igual a temperatura ambiente. As peças
devem estar frias. Mais ou menos 24 horas.
Como disse no inicio, manejar o forno é o grande segredo. Se vc consultar
diferentes autores, eles ensinam, cada um, um ESQUEMA diferente. Por que?
Porque existem muitas variantes para fazer uma queima. Isso nos faz instigados a
experimentar e aprender com nosso trabalho.
Como um esquema básico a gente pode se guiar por esse e ir com cada
experiência, anotando nossos erros e acertos.
Para começar suas queimas, vc deve manter por escrito registro de todos os
trabalhos. Escreva seus cronogramas, registre o molde e desmoldante . Também
anote alguma coisa que pudesse te ajudara descobrir o que pode desencadear o
problema. Daí a peça queimada torna-se altamente espetacular, vc vai saber o que
vc faz que tanto possa repetir. Se vc abre o forno durante o processo anote
quando e quanto tempo, marque ambos a temperatura do forno quando vc abriu e
quanto tempo vc o manteve aberto. No fim da queima, se houve tal problema como
bolhas, desvitrificação, ou embaçado .
Espero ter dado uma noção.
A gente continua detalhando isso.
Até...
Tatiana

http://tatilinka.blogspot.com/2015/06/a-queima-ou-tecnica-de-cozimentodo.html
Queima do vidro - informações importantes
julho 13, 2015

Amigos... navegando pela rede descobri novas técnicas e até um forum de vidro
americano muito interessante para estudarmos. Fiz a tradução e adaptação e ai
vai...

A fusão de vidro pode ser dividida nestas sete fases* :

Fases de aquecimento:

•  1) Aquecimento Inicial

O que faz:

Aquece-se o vidro a partir da temperatura ambiente até cerca de 900 ° F (482 ° C).

Coisas a considerar:

Para a maioria dos disparos de vidro, a única coisa com que se preocupar no
aquecimento inicial é o choque térmico . O choque térmico pode acontecer quando
o vidro aquece de forma desigual e parte do vidro se expande muito mais do que
uma outra parte. Como o vidro é sólido e não estica, ele quebra.

Aqui estão algumas situações que podem causar choque térmico:

 Chapa mais espessa de vidro e aquecimento muito rapido: pode resultar no


exterior do vidro de expansão muito maior do que o interior do vidro.

 Vidro que está perto de elementos de aquecimento do forno: vai aquecer mais
rápido o vidro do que o vidro que é mais longe. Exemplos incluem grandes
projetos cujas arestas estão perto das resistencias e a queda nos projectos que
ficam no alto de moldes perto do topo dos elementos laterais.

 Inclusões de metal, dicróicas e superfícies iridecentes: tudo muda  na maneira


como o calor é refletido e absorvido em seu projeto, causando aquecimento
desigual.

 Grandes áreas de vidro diferente - por exemplo, um círculo que é a metade


transparente e meia opaca -, muitas vezes, absorve o calor de forma diferente.

Ao considerar o risco de choque térmico, lembre-se que todos os seus fatores de


risco podem trabalhar juntos. Um grosso pedaço de vidro que está perto dos
elementos laterais e tem um grande pedaço de folha de cobre entre as camadas
incorporado vai exigir muito mais cuidado durante o aquecimento inicial.
Redução de Risco:

A melhor defesa contra choque térmico é diminuir a velocidade da temperatura de


aquecimento inicial. Felizmente, você sempre pode abrandar este passo, sem
quaisquer consequências negativas.

Você também pode reduzir o risco de choque térmico, garantindo carregar o seu
forno com os projetos maiores em direção ao centro da plataforma, onde o calor
será mais difuso.

Quando a borda de seu projeto grande deve estar perto dos elementos laterais
(quando essa é a única maneira que vai se encaixar no forno), considerar a
construção de uma pequena parede de mobiliário com peças refratárias entre as
resistencias e o vidro. Isto irá atuar como um distribuidor de calor e proteger o
vidro de aumentos bruscos diretos de calor. Se o forno for de abrir e não do tipo
arca.

 • 2)Eliminação de bolhas

O que faz:

A redução do número e tamanho das bolhas, tanto entre as camadas de vidro e


entre o vidro e a prateleira do forno.

Coisas a considerar:

O vidro é pesado. Ao gastar um tempo extra na queda livre, o peso do vidro vai
ajudar as camadas de vidro a resolver em conjunto, apertando para fora o ar que
poderia de outra forma ser aprisionado entre eles ou entre o vidro e a
prateleira. Com menos ar aprisionado, bolhas tornam-se menores e ocorrem com
menos frequência.

Aqui estão algumas razões para considerar alongar a fase:

 O vidro tem uma superfície irregular que cria lugares para o ar a ser capturado.
 Seu projeto inclui amplos pedaços de vidro onde escapar ar e tem uma longa
distância a percorrer para escapar.

 Você tem tido problemas com grandes bolhas que estouram através da
superfície.
 Esta fase pode ser de apenas 30 minutos de duração (patamar) ou  pode
durar duas horas ou mais
  fundir vidro raramente é completamente livre de bolhas.
 Além de minimizar o ar preso, o vidro vai derreter mais uniformemente
quando se funde.

3) Aquecimento final

O que faz:

Aquece-se o forno tão rápido quanto possível para obter o vidro a temperaturas de
fusão.

Coisas a considerar:

No momento em que chegar ao aquecimento final estamos bem além do ponto em


que nós precisamos nos preocupar com o choque térmico,  não ha necessidade de
desacelerar.

Na verdade, o nosso vidro já entrou no intervalo de temperatura em


que desvitrificação pode ocorrer.
Queremos chegar ao nosso topo de temperatura tão rapidamente quanto possível,
trabalhar a peça e esfriar rapidamente, evitando a possível desvitrificação.

4) Patamar da Temperatura de trabalho

O que faz:

Altera o vidro para o estado desejado. Podemos abrir o forno e fazer interferencias

Coisas a considerar:
Esta é a única etapa que torna permanentes as mudanças em seu vidro. Os
horários para queima do vidro de uma determinada espessura de um fusing parcial
ou fusing completo serão todos idênticos, exceto para esta etapa.

Durante esta fase crítica, a melhor maneira de alcançar os resultados desejados é


olhar no forno e observar as mudanças como elas acontecem.
Em temperaturas de fusão, todos os vidros brilham em vermelho. Quando as cores
diferentes podem aparecer como diferentes tons de vermelho, claro que quando o
vidro esfria, as cores vão voltar.
O brilho luminoso de os elementos e a superfície molhada fundido torna-se difícil
ver a forma da superfície. Uma maneira de julgar o nivelamento do vidro é olhar
para a reflexão dos elementos da tampa. Quando a superfície do vidro não é
plano, o reflexo dos elementos será distorcido como se visto num espelho de casa
de diversão.

Enquanto a temperatura de trabalho é importante, tempo nesse patamar é


igualmente fundamental para os resultados. Você pode encontrar informações, por
exemplo, que a realização de 1475 ° F durante 5 minutos e mantendo a 1425 ° F
durante 15 minutos pode dar o mesmo resultado. Em caso de dúvida, escolha
sempre menor, mais lento, e por mais tempo. Vidro derrete de forma previsível
quando se aquece uniformemente.

Fases de Resfriamento

5) Rápido resfriamento  

O que faz:

Esfria o seu trabalho para um pouco acima do ponto em que o estresse pode ser
criado.

Coisas a considerar:
Tal como acontece com resfriamento Final, esta é simplesmente uma fase de
transição - um passo para nos levar de uma temperatura (patamar da temperatura
de trabalho) para outro (emparelhamento).Diferente do esfriamento, não há nada a
fazer e há pouco que pode dar errado. Para quase qualquer ESQUEMA, o
segmento para esta fase é o mesmo: o mais rápido possível até a nossa fase de
recozimento ou tempera.

6) Patamar deTempera ou recozimento

O que faz:

Controla a taxa de esfriamento para reduzir o stress permanente no vidro.

Por que é importante:

A temperatura do ar em torno do vidro desce rapidamente, de fato, mais rápido


que a temperatura do vidro. Logo nos encontramos com um forno cheio de 800 ° F
ar em torno de um bloco de 1200 ° F vidro. Esta camada de ar frio, esfria a
superfície do nosso bloco de vidro.

Nós agora temos um problema. O centro do nosso bloco de vidro é muito mais quente
do que a superfície. A superfície mais fria está a tentar contrair, mas o meio do vidro
não está pronta para encolher. Mesmo que a superfície impessa de se contrair, ainda
solidifica.

O calor no interior da peça irá eventualmente escapar. Quando isso acontecer, o vidro


vai contrair e solidificar. Como contrai-se, no entanto, que se afasta da superfície
agora sólida. Isso resulta em uma tensão permanente no vidro, o que pode gerar
quebra do trabalho.

Para evitar esta situação, é preciso arrefecer, esfriar o vidro, gradualmente, para
minimizar a diferença de temperatura entre o interior e o exterior do vidro. Chamamos
isso de recozimento do vidro.

Como funciona:

É impossível manter todas as partes do vidro exatamente à mesma temperatura. Em


primeiro lugar, não existe tal coisa como um forno que aquece e resfria perfeitamente
de maneira uniforme. Segundo, o vidro que toca o ar irá sempre esfriar primeiro do
que o vidro que está em baixo. Não há riscos desde que não haja tensão suficiente
para quebrar nosso trabalho artístico.

 Manter a temperatura do forno constante o tempo suficiente para assegurar


que a temperatura do vidro seja uniforme. Esta temperatura, chamada de ponto
de recozimento, varia entre os diferentes tipos de vidro. Para determinar o
ponto de recozimento de seu vidro, consulte o fabricante. 
 Diminuir a temperatura, gradualmente, para minimizar a diferença de
temperatura entre o centro e a superfície do vidro. Este arrefecimento lento
continua até o ponto de esforço (também especificada pelo fabricante)

Coisas a considerar:
Há uma série de coisas para olhar para o que pode ser motivo para estender o
esfriamento para o recozimento. Esses incluem:

 Como os projetos ficam mais grossos, recozimento fica mais longo


 Considere o posicionamento das resistencias no forno. Uma vez colocado no
seu forno, uma extremidade do vidro está mais próxima dos elementos do que
a outra extremidade?

 Certifique-se de ler todas as notas que vêm com uma programação das
queimas.

 Nunca abrir o forno durante esta fase. Mesmo uma pequena rajada de ar
temperatura ambiente pode apresentar estresse no vidro.

Em caso de dúvida, é necessário um patamar por mais tempo do que você acredita. A
menos que você possa testar vidro para o recozimento adequado.

7) Resfriamento final

O que faz:

Esfria o seu trabalho à temperatura ambiente.

Coisas a considerar:

Tal como acontece com o nosso aquecimento inicial, choque térmico é a


preocupação número um durante o resfriamento final. 
O stress em vidro tem um efeito acumulativo. A recozimento ligeiramente
agressivo não pode causar a quebra mas se ocorrer junto com a temperatura cair
rápido, pode. Se o vidro estiver devidamente recozido, qualquer quebra durante o
resfriamento final é quase sempre o resultado de choque térmico, vidro
incompatível, ou colagem de vidro na prateleira.

Conclusões...

A tarefa de criar horários, ESQUEMAS, scredulle em inglês, tem uma reputação de


ser difícil. Mas felizmente, não precisamos de uma profunda compreensão das
coisas e sim de um começo, um cronograma confiável, uma compreensão básica
do que cada estágio e vontade de aprender um pouco mais cada vez que fizer
uma queima do vidro.

Ter paciência e senso de humor, estar disposto a aprender mesmo quando, apesar
de nossos melhores esforços, as coisas não funcionam exatamente da maneira
que havíamos planejado. Tomando o tempo para entender as falhas de queima é a
melhor maneira de expandir suas habilidades em adaptar os horários de projetos
difíceis.

Por último sempre guarde suas anotações! Nós não precisamos sempre querem
mudar coisas nas proximas queimas. Nossos registros de disparos anteriores, o
que deu certo, o que deu errado estão algumas das nossas melhores informações
para desenvolver nosso próximo projeto.  
Cronograma de queima - fusing para bijouterias
janeiro 15, 2018

Queima de pequenas peças em vidro para bijouterias.


Vamos usar esse Esquema 1, ou cronograma de queima para pequenas peças em
vidro de janela como base para fundir duas chapas de vidro com tamanho de 4cm
x 4cm ou menos.
Como já falamos, o forno pode pedir um ajuste na velocidade e tempo se for maior
que aprox. 24 litros ( 40 cm x 40 cm x 15 cm ) ou tiver prateleiras. Isso "rouba" o
calor. Certo?
Vamos lá...
Programe o forno aumentar a temperatura 333C por hora ou 600F por hora.
Isso equivale a 2 horas e 25 minutos para chegar a temperatura de 796C ou
1465F.
Aqui haverá a Rampa 1.
Significa que essa temperatura de 796C ou 1465F será mantida constante por 15
minutos.
Poderá abrir a porta do forno para verificar se as bordas aredondaram, se precisa
manter mais tempo na Rampa (R1) .
O passo seguinte é fazer a queda de temperatura brusca. O menor tempo possível
atingir 516C. Vc precisa alcançar isso em segundos.
A Rampa 2 (R2) é manter a temperatura de 516C por 30 minutos.
Desligue o forno e aguarde esfriar 24h para abrir.
Totalmente frio vc pode tirar as peças, lava-las e iniciar o acabamento.
Fusing no Brasil
janeiro 08, 2018

Aqui no Brasil, Fusing Glass é uma técnica bastante incipiente. Existe alguns
artistas e pouquíssima informação. Confesso que comprei alguns livros importados
e me senti muito defraudada. Esperava muito e o livro me dizia sempre a mesma
coisa. Mas, hj percebo o quanto essa tecnologia exige do artista : A prática.
A teoria é sempre a mesma. Basicamente:
Material: vidro + forno + esmalte para fusing

Como fazer:
1-Limpar o vidro deixando livre de poeira e gorduras.
2-Aplicar o esmalte para fusing.
3-Levar ao forno.
A queima deve levar em conta a espessura do vidro, o tamanho da chapa, a
técnica empregada ( com modelagem , fundição) tamanho do forno ( quanto maior
o forno mais controle na temperatura, pois tem áreas de maior e menor calor).
4-Acabamento significa lixa e polimento. Lixar com lixa d'água grossa e ir usando
lixas mais finas. E por fim polimento.

Simples assim.
 Mas aonde está o segredo?
Segredo esta em fazer.
Fazer e aprender fazendo... Vc e o forno. Algo particular que depende de vc.
Esmaltes- fórmulas para fabricação
agosto 23, 2015

As fórmulas para Grisallas são usadas para contornos e dar sombras. São tipos de
esmaltes duros. Segundo o seu uso se trabalha mais espesso ou mais fino. No geral,
a fórmula  é composta de:

-1 parte de óxido

3- partes de fluxo

podendo ser também substituída por:


-10 grs. de pigmento ou oxido
-5 grs. de fluxo
-20 grs. de argila seca

Grisallas negras (para parte anterior do vidro):


5 grs. de fluxo
15 grs. de pigmento negro.

Grisallas negras (para a parte posterior, a que vai sobre o caolin):


10 grs de fluxo
15 grs de pigmento negro.

Grisalla para filetar (cor muito escura):


2 partes de Minio - não tenho idéia do que seja
2 partes de Manganez
1 parte de Cobre
1/2 parte de Cobalto
Grisalla vermelha:
2 partes de oxido de ferro
3 partes de fluxo

Grisalla vermelha:
10 grs. oxido de ferro
10 grs. flux

Grisalla de oxido de ferro e magnésio (fica mais escura que a anterior):


1 parte de oxido de ferro
1 parte de oxido de manganez
3 partes de fluxo

Grisalla verde:
2 partes de oxido de cromo
3 partes de fluxo.

Grisalla por Corda Seca:

É a mescla de esmalte transparente, calcina ou oxido colorante, veículo para cor - uma
espécie de óleo e se dilui com terebentina. Não faz bolhas como o manganês e resulta
um negro intenso e bem definido.

- Esmalte transparente (2 partes).

- Calcina (um pó colorante levado a uma temperatura prévia).


 esses dois elementos são misturados com o chamado veículo para cor ou médio para
esmalte e por último para diluí-lo um pouco mais e fazer possível o pincelado sobre o
vidro se recorre a terebentina.
Se não conseguir a calcina pode usar óxidos colorantes
 (Fe, Cu, Cr, Mn, Co).

Sugestões de uso:

Usar na fórmula umas gotas de goma arábica para dar consistencia, para que não
desapareça quando fizer a veladura, isto é, as sombras.

O exito das grisallas:

Depende da quantidade de pureza dos óxidos e da boa homogenização da mistura.


Obs:

meça bem as quantidades da fórmula escolhida e misture até que estejam bem
homogêneos. Triture o pó primeiramente seco e depois com água.

Como realizar as amostras:

Se cortam vidros (por ex, de 7 cm. por 3 cm e outros de 1,5 cm. por 7 cm), pinte a
metade vertical (3 x 3,5 ), com meia carga de pintura/esmalte e a outra metade com
muita carga. Se faz colocando pontinhos de pintura com a ponta do pincel, um ponto
ao lado do outro. Busque golpear um pouco para emparelhar a carga. Deixe uma
borda de 0,5 mm sem esmalte e espere secar. Risque com uma ponta, retirando o
esmalte das duas cargas isso para provar se o esmalte fica igual ou se separa.

Cobrimos com outra chapa de vidro para observar as amostras com pouca carga e
com muita carga entre vidros e outra descoberta.
As amostras tem que ter uma identificação com caneta de retro projetor escritas na
face do vidro apoiada sob o piso do forno, para não se mesclar com o esmalte.

Os esmaltes para vidro estão compostos por:

Fundentes: abaixam o ponto de fusão e podendo ser  Minio, Bórax, Fluxo.


Refratários: sobem o ponto de fusão (Quartzo, feldspato y argilas).
Opacificantes: são os que impedem que o esmalte deixem passar a luz. Ex: Oxido
estanho, oxido de zircónio, silicato de zircónio, oxido de Zinco y oxido de titânio.
Mudam a cor, já que aclaram. 

Em fórmulas só com fluxo, dependendo da quantidade, dão distintas tonalidades de


opacos e brancos.
Colorantes: dão cor a qualquer preparo

Podem ser os óxidos metálicos como o oxido de cobre, o de cobalto e manganés e os


pigmentos.
Os compostos de alguns óxidos como o cobalto, cobre o manganés, provocam bolhas.
Para evitar as bolhas nos óxidos, pode-se por a quantidade a ser utilizada dentro de
um pequeno crisol e incluir em uma queima.

Elaboração das cores:

Morado:
30 grs. Bórax
2 grs. dióxido de manganés

Verde:
30 grs. Bórax
5 grs. oxido de níquel.

Turquesa:
30 grs. Bórax
4 grs. de oxido de cobre

Amarelo/Laranja:
30 grs. Bórax
8 grs. cromato de chumbo

Azul:
30 grs. Bórax
1,5 grs. oxido de cobalto

Amarelo Esverdeado:
30 grs. flux (para vidro)
3 grs. bicromato de potassio

Morado:
30 grs. flux
1.5 grs. dióxido de manganês

Branco:
30 grs. flux
8 gr. Silicato de zircónio

Verde claro:
30 grs. flux
2 grs. oxido de cobre
2 grs cromato de chumbo

Ambar:
30 grs. flux
1 grs. oxido de manganês
4 grs. de cromato de chumbo

Marrom:
Para um marrom escuro pode mesclar una parte de oxido de manganés com 7 partes
de fluxo, misturando com bicromato de potássio.

ARTE EM VIDRO
fevereiro 10, 2012

Arte do vidro é tão antiga quanto a humanidade. O homem sempre sentiu-se


atraído pela mágica de seu brilho, cor e forma. Comigo não foi diferente. Apesar de
ter experimentado tantas técnicas, essa sensação místico artística não me
abandona. Entre fenícios, caldeus e egipcios "o fazer" era secreto. As técnicas
vinham sendo ensinadas de mestre para dicípulos dentro das oficinas como
algo cheio de segredos e mistérios. Hoje o conhecimento está nos livros, na
internet, nos ateliers, mas ainda "o fazer" é único e transformador, torna-nos
experientes. Cada forno tem seu segredo, cada peça uma surpresa. Meu intuito
com o blog é dividir o conhecimento e amadurecer meu trabalho.  

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