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As Fases:
Fase 1: aquecimento inicial
É o inicio da cozedura, desde a temperatura ambiente até um pouco acima
do ponto de tensão , o que significa por volta de 540 0C. Este aquecimento deve
seguir lento aproximadamente 2200C por hora, que para chegar a 540 0 C você
deve levar no mínimo 2 horas. Isso deve ser feito para evitar o choque térmico
provocado por um aumento brusco na temperatura. Aqui o vidro ainda é solido,
mas pouco a pouco se torna fluido superando o ponto de tensão.
Ponto de tensão: até essa temperatura 450 0C(mais ou menos) o vidro não tem
tensões. É um sólido rígido.
Fase 2: aquecimento rápido
Essa fase se desenvolve rapidamente, com velocidade maior possível,
dependendo do forno, até atingir a temperatura de trabalho.(varia de acordo com
o resultado esperado). Mais ou menos no meio dessa fase vc pode estabilizar
brevemente a temperatura, evitando a desvitrificação. Aqui existe o ponto de
abrandamento onde o vidro se deforma com seu peso de forma visível e adere a
outras superfícies.
Fase 3: temperatura de trabalho
Aqui fazemos o que chamamos de patamar ou estabilização. Mantém-se a
temperatura constante por um determinado tempo até atingirmos o resultado
esperado.
A temperatura de trabalho varia de acordo com a técnica por exemplo
- entre 7300C e 7600C : vitrofusão parcial. As duas chapas de vidro se aderem e
arredondam as bordas
- entre 7600C e 8200C : vitrofusão total, termoformado,queda livre. União
completa das duas chapas, vidro adquire a forma do molde.
- entre 8200C e 8700C : vitrofusão total, inclusões, vidro vertido, pasta de vidro.
A temperatura máxima faz com que o vidro penetre em pequenos detalhes do
molde. A superfície do vidro torna-se lisa e líquida, bolhas de ar presas no interior
das chapas podem vir a superfície. Aqui se não estiver dentro do molde pode
escorrer suas bordas.
- entre 8700C e 9300C : vidro vertido. Aumenta a fluidez do vidro.
- superior a 9300C: derrame a partir de molde de cera perdida.
Fase 4: esfriamento rápido
Esse esfriamento deve ser o mais rápido possível. Abrimos o forno para atingir
a temperatura de temperado (entre 4500 C e 5400) onde o vidro se estabiliza.
Quando se fala de aquecer e esfriar o mais rápido possível, é certamente para
evitar problemas da desvitrificação.
Fase 5: patamar de temperatura de temperado
Na temperatura de temperado ou recozimento as tensões internas do vidro são
eliminadas mediante a estabilização do material.
Fase 6: esfriamento lento
Esfriamento controlado até atingir o ponto de tensão
Fase 7: esfriamento final
Desligamos o forno mas se evita o choque térmico. Não é possível abrir o forno
antes que a temperatura interna seja igual a temperatura ambiente. As peças
devem estar frias. Mais ou menos 24 horas.
Como disse no inicio, manejar o forno é o grande segredo. Se vc consultar
diferentes autores, eles ensinam, cada um, um ESQUEMA diferente. Por que?
Porque existem muitas variantes para fazer uma queima. Isso nos faz instigados a
experimentar e aprender com nosso trabalho.
Como um esquema básico a gente pode se guiar por esse e ir com cada
experiência, anotando nossos erros e acertos.
Para começar suas queimas, vc deve manter por escrito registro de todos os
trabalhos. Escreva seus cronogramas, registre o molde e desmoldante . Também
anote alguma coisa que pudesse te ajudara descobrir o que pode desencadear o
problema. Daí a peça queimada torna-se altamente espetacular, vc vai saber o que
vc faz que tanto possa repetir. Se vc abre o forno durante o processo anote
quando e quanto tempo, marque ambos a temperatura do forno quando vc abriu e
quanto tempo vc o manteve aberto. No fim da queima, se houve tal problema como
bolhas, desvitrificação, ou embaçado .
Espero ter dado uma noção.
A gente continua detalhando isso.
Até...
Tatiana
http://tatilinka.blogspot.com/2015/06/a-queima-ou-tecnica-de-cozimentodo.html
Queima do vidro - informações importantes
julho 13, 2015
Amigos... navegando pela rede descobri novas técnicas e até um forum de vidro
americano muito interessante para estudarmos. Fiz a tradução e adaptação e ai
vai...
Fases de aquecimento:
O que faz:
Aquece-se o vidro a partir da temperatura ambiente até cerca de 900 ° F (482 ° C).
Coisas a considerar:
Para a maioria dos disparos de vidro, a única coisa com que se preocupar no
aquecimento inicial é o choque térmico . O choque térmico pode acontecer quando
o vidro aquece de forma desigual e parte do vidro se expande muito mais do que
uma outra parte. Como o vidro é sólido e não estica, ele quebra.
Vidro que está perto de elementos de aquecimento do forno: vai aquecer mais
rápido o vidro do que o vidro que é mais longe. Exemplos incluem grandes
projetos cujas arestas estão perto das resistencias e a queda nos projectos que
ficam no alto de moldes perto do topo dos elementos laterais.
Você também pode reduzir o risco de choque térmico, garantindo carregar o seu
forno com os projetos maiores em direção ao centro da plataforma, onde o calor
será mais difuso.
Quando a borda de seu projeto grande deve estar perto dos elementos laterais
(quando essa é a única maneira que vai se encaixar no forno), considerar a
construção de uma pequena parede de mobiliário com peças refratárias entre as
resistencias e o vidro. Isto irá atuar como um distribuidor de calor e proteger o
vidro de aumentos bruscos diretos de calor. Se o forno for de abrir e não do tipo
arca.
• 2)Eliminação de bolhas
O que faz:
Coisas a considerar:
O vidro é pesado. Ao gastar um tempo extra na queda livre, o peso do vidro vai
ajudar as camadas de vidro a resolver em conjunto, apertando para fora o ar que
poderia de outra forma ser aprisionado entre eles ou entre o vidro e a
prateleira. Com menos ar aprisionado, bolhas tornam-se menores e ocorrem com
menos frequência.
O vidro tem uma superfície irregular que cria lugares para o ar a ser capturado.
Seu projeto inclui amplos pedaços de vidro onde escapar ar e tem uma longa
distância a percorrer para escapar.
Você tem tido problemas com grandes bolhas que estouram através da
superfície.
Esta fase pode ser de apenas 30 minutos de duração (patamar) ou pode
durar duas horas ou mais
fundir vidro raramente é completamente livre de bolhas.
Além de minimizar o ar preso, o vidro vai derreter mais uniformemente
quando se funde.
3) Aquecimento final
O que faz:
Aquece-se o forno tão rápido quanto possível para obter o vidro a temperaturas de
fusão.
Coisas a considerar:
O que faz:
Altera o vidro para o estado desejado. Podemos abrir o forno e fazer interferencias
Coisas a considerar:
Esta é a única etapa que torna permanentes as mudanças em seu vidro. Os
horários para queima do vidro de uma determinada espessura de um fusing parcial
ou fusing completo serão todos idênticos, exceto para esta etapa.
Fases de Resfriamento
5) Rápido resfriamento
O que faz:
Esfria o seu trabalho para um pouco acima do ponto em que o estresse pode ser
criado.
Coisas a considerar:
Tal como acontece com resfriamento Final, esta é simplesmente uma fase de
transição - um passo para nos levar de uma temperatura (patamar da temperatura
de trabalho) para outro (emparelhamento).Diferente do esfriamento, não há nada a
fazer e há pouco que pode dar errado. Para quase qualquer ESQUEMA, o
segmento para esta fase é o mesmo: o mais rápido possível até a nossa fase de
recozimento ou tempera.
O que faz:
Nós agora temos um problema. O centro do nosso bloco de vidro é muito mais quente
do que a superfície. A superfície mais fria está a tentar contrair, mas o meio do vidro
não está pronta para encolher. Mesmo que a superfície impessa de se contrair, ainda
solidifica.
Para evitar esta situação, é preciso arrefecer, esfriar o vidro, gradualmente, para
minimizar a diferença de temperatura entre o interior e o exterior do vidro. Chamamos
isso de recozimento do vidro.
Como funciona:
Coisas a considerar:
Há uma série de coisas para olhar para o que pode ser motivo para estender o
esfriamento para o recozimento. Esses incluem:
Certifique-se de ler todas as notas que vêm com uma programação das
queimas.
Nunca abrir o forno durante esta fase. Mesmo uma pequena rajada de ar
temperatura ambiente pode apresentar estresse no vidro.
Em caso de dúvida, é necessário um patamar por mais tempo do que você acredita. A
menos que você possa testar vidro para o recozimento adequado.
7) Resfriamento final
O que faz:
Coisas a considerar:
Conclusões...
Ter paciência e senso de humor, estar disposto a aprender mesmo quando, apesar
de nossos melhores esforços, as coisas não funcionam exatamente da maneira
que havíamos planejado. Tomando o tempo para entender as falhas de queima é a
melhor maneira de expandir suas habilidades em adaptar os horários de projetos
difíceis.
Por último sempre guarde suas anotações! Nós não precisamos sempre querem
mudar coisas nas proximas queimas. Nossos registros de disparos anteriores, o
que deu certo, o que deu errado estão algumas das nossas melhores informações
para desenvolver nosso próximo projeto.
Cronograma de queima - fusing para bijouterias
janeiro 15, 2018
Aqui no Brasil, Fusing Glass é uma técnica bastante incipiente. Existe alguns
artistas e pouquíssima informação. Confesso que comprei alguns livros importados
e me senti muito defraudada. Esperava muito e o livro me dizia sempre a mesma
coisa. Mas, hj percebo o quanto essa tecnologia exige do artista : A prática.
A teoria é sempre a mesma. Basicamente:
Material: vidro + forno + esmalte para fusing
Como fazer:
1-Limpar o vidro deixando livre de poeira e gorduras.
2-Aplicar o esmalte para fusing.
3-Levar ao forno.
A queima deve levar em conta a espessura do vidro, o tamanho da chapa, a
técnica empregada ( com modelagem , fundição) tamanho do forno ( quanto maior
o forno mais controle na temperatura, pois tem áreas de maior e menor calor).
4-Acabamento significa lixa e polimento. Lixar com lixa d'água grossa e ir usando
lixas mais finas. E por fim polimento.
Simples assim.
Mas aonde está o segredo?
Segredo esta em fazer.
Fazer e aprender fazendo... Vc e o forno. Algo particular que depende de vc.
Esmaltes- fórmulas para fabricação
agosto 23, 2015
As fórmulas para Grisallas são usadas para contornos e dar sombras. São tipos de
esmaltes duros. Segundo o seu uso se trabalha mais espesso ou mais fino. No geral,
a fórmula é composta de:
-1 parte de óxido
3- partes de fluxo
Grisalla vermelha:
10 grs. oxido de ferro
10 grs. flux
Grisalla verde:
2 partes de oxido de cromo
3 partes de fluxo.
É a mescla de esmalte transparente, calcina ou oxido colorante, veículo para cor - uma
espécie de óleo e se dilui com terebentina. Não faz bolhas como o manganês e resulta
um negro intenso e bem definido.
Sugestões de uso:
Usar na fórmula umas gotas de goma arábica para dar consistencia, para que não
desapareça quando fizer a veladura, isto é, as sombras.
meça bem as quantidades da fórmula escolhida e misture até que estejam bem
homogêneos. Triture o pó primeiramente seco e depois com água.
Se cortam vidros (por ex, de 7 cm. por 3 cm e outros de 1,5 cm. por 7 cm), pinte a
metade vertical (3 x 3,5 ), com meia carga de pintura/esmalte e a outra metade com
muita carga. Se faz colocando pontinhos de pintura com a ponta do pincel, um ponto
ao lado do outro. Busque golpear um pouco para emparelhar a carga. Deixe uma
borda de 0,5 mm sem esmalte e espere secar. Risque com uma ponta, retirando o
esmalte das duas cargas isso para provar se o esmalte fica igual ou se separa.
Cobrimos com outra chapa de vidro para observar as amostras com pouca carga e
com muita carga entre vidros e outra descoberta.
As amostras tem que ter uma identificação com caneta de retro projetor escritas na
face do vidro apoiada sob o piso do forno, para não se mesclar com o esmalte.
Morado:
30 grs. Bórax
2 grs. dióxido de manganés
Verde:
30 grs. Bórax
5 grs. oxido de níquel.
Turquesa:
30 grs. Bórax
4 grs. de oxido de cobre
Amarelo/Laranja:
30 grs. Bórax
8 grs. cromato de chumbo
Azul:
30 grs. Bórax
1,5 grs. oxido de cobalto
Amarelo Esverdeado:
30 grs. flux (para vidro)
3 grs. bicromato de potassio
Morado:
30 grs. flux
1.5 grs. dióxido de manganês
Branco:
30 grs. flux
8 gr. Silicato de zircónio
Verde claro:
30 grs. flux
2 grs. oxido de cobre
2 grs cromato de chumbo
Ambar:
30 grs. flux
1 grs. oxido de manganês
4 grs. de cromato de chumbo
Marrom:
Para um marrom escuro pode mesclar una parte de oxido de manganés com 7 partes
de fluxo, misturando com bicromato de potássio.
ARTE EM VIDRO
fevereiro 10, 2012