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NUTRIÇÃO

DE RUMINANTES

APTIDÃO LEITEIRA

 Habilidade “natural” para produzir leite


 Potencial genético
 Alimentação
Níveis de produção

 Alto: > 4200 kg/lactação. Empregar raça especializada europeia.


 Médio: 2800 a 4200 kg/lactação Cruzamento alternado com repetição do
europeu e uso de F1, ou vacas ¾ holandês X Zebu.
 Baixo: <2800 kg/lactação. Girolando e raças zebuínas leiteiras.

Curva de lactação

Curva de Ingestão de MS

 O pico da produção de leite (2° mês) não coincide com o pico de ingestão de MS
(4° mês)
 O 2 primeiro mês de lactação = balanço E negativo.
 Mobilização de gordura corporal para suprir o déficit energético
 Podemos “manipular” esse ponto com manejo alimentar.
Concentrado

 18 a 22% PB
 1 kg para cada 2,5 kg de leite produzidos
 Exemplo de mistura: milho moído e farelo de soja ou de algodão, calcário e sal
mineral, ou, dependendo da disponibilidade, soja em grão moída ou caroço de
algodão.
 Vacas de alta produção de leite manejadas a pasto ou em confinamento
precisam ter ajustes em seu manejo e plano alimentar.

Dieta Completa
 Volumoso (silagem, feno ou capim picado) + concentrado (proteico e energético)
 Recomenda-se a inclusão de 0,8 a 1% de bicarbonato de sódio e 0,5% de óxido
de magnésio na dieta total (evitar acidose)
 Muito usada em confinamento total.
 Vantagem: evita o consumo somente de concentrado de uma vez, que poderia
causar acidose.
 O melhor teor de matéria seca da ração total enstá entre 50 e 75%.
 Rações mais secas ou mais úmidas podem limitar o consumo.
 Por isso, o teor de umidade da silagem deve ser monitorado.
 Dieta completa após a ordenha = aumento do consumo voluntário.

Alimentação no Período Seco

 60 a 14 dias antes do parto


 Requerimento da vaca seca: mantença, crescimento fetal e reposição de
reservas corporais.
 Consumo MS = 2% pv, sendo que o consumo de forragens deverá ser a metade
(1% pv ou 50% MS).

Alimentação na Fase de Transição

 Essa fase é bastante delicada e muito importante para ajustar a vaca seca ao
parto, á ração de lactação e prevenir problemas metabólicos.
 Alguns grãos, não previamente fornecidos, poderão ser incluídos
progressivamente nas dietas, duas semanas antes do parto previsto+ adaptação
da flora ruminal (evitar distúrbios metabólicos).
 Fornecer grãos para adaptar o microbiota ruminal e estimular a formação das
papilas ruminais responsáveis pela absorção.
 Aumentar a quantidade de proteína da dieta.
 Limitar ou retirar a gordura da dieta, pois pode reduzir o consumo.
 Lançar mão de niacina ou sais aniônicos para ajudar a prevenir cetose e febre do
leite.

Água
 A água é o nutriente que a vaca requer em maior quantidade e é extremamente
importante para a produção de leite.
 Regra geral, a vaca lactante bebe 3.5 a 5.5 kg de água por kg de matéria seca
ingerida.
 Por exemplo: uma vaca que come 12 kg de matéria seca consome 12 X 4.5 = 54
kg de água/dia no mínimo.

Pecuária de corte é dividida em rês fases:

 1. Cria
 2. Recria
 3. Engorda

Fase da Cria
1. Cria
 Do nascimento até a desmama
 Desmama tradicional: de 8 a 10 meses, 120-150 kg;
 Desmama precoce: 5 – semanas, 170-230 kg, creep feeding.

De pré-ruminante a ruminante

 A mudança de monogástrico
para ruminante é lenta e
normalmente começa a
partir da 2º - 3º semana de
vida e depende muito da
disponibilidade de forragens
ou grãos presentes na dieta alimentar do animal.
 Quando a dieta e apenas láctea o rúmen se desenvolve muito vagarosamente.

Transição

 Aos 90 dias de vida o bovino já é ruminante.


 O metabolismo intermediário e desviado da utilização de glicose para os AGVs.
Durante o período de transição os pré-estômagos dobram seu tamanho relativo
e o abomaso diminui para menos da metade.

“Creep feeding”

 Suplementação pré-desmame inicia após os 30 ias de vida, que estimula o


dese4nvolvimento precoce do rúmen e incentiva os animais a procurar outros
alimentos, além do leite materno.
 No momento do desmame os animais já estarão habituados a suplementação
em cochos, diminuindo o período de adaptação e, consequentemente, o
estresse e a perda de peso.

 Aumentar a taxa de ganho de peso dos bezerros (as) reduzindo a idade ao abate
ou a idade a primeira prenhes.
 Produzir lotes de bezerros mais uniformes.
 Diminuir o estresse pós-desmama;
 Melhorar a condição corporal das primíparas e vacas magras, de forma que
cheguem ao final do período de amamentação em melhores condições.

Desmame precose

 Pode ser feita em animais com idade de 90 a 120 dias.


 Peso mínimo de 90 kg.
 1 mês antes devem ser puplementados com creep feeding.
 Lote separado com pasto exclusivo de excelente qualidade.
 Suplementação com ração concentrada até 5-6 meses de
idade.

Rações Creep

 Grãos: aveia, cevada.


 Farelo de trigo, soja e milho.
 Polpa cítrica
 Feno de alfafa
 Melaço
 Sal
 0,5 – 1% pv bezerro em concentrado.
Recria

 Tempo entre a desmama e o


abate.
 Separar machos e fêmeas em
lotes.
 Melhor pasto.
 A recria é a fase onde o
rebanho apresenta a melhor resposta a um programa de suplementação.
Engorda

4 Tipos de engorda bovina durante a


época da seca.

 (elevado investimento)
 Pastagem irrigada (elevado
investimento)
 Suplementação a pasto (semi-
confinamento)
 Integração lavoura-pecuária-
floresta

Sistema Extensivo

 Só a pasto (média brasileira é menor que 0,65 UA/hectare/ano).


 Há concentração de oferta por seguir a produção anual de forragem.
 Requer poucas operações com os animais.
 Pode ser econômico.

Sistema Semi-intensivo

 A pasto, mas com suplementação alimentar.


 Suplemento a base de forragem e/ou grão.
 Lotação média de 1 a 2UA/hectare/ano.

Vantagens do Semi-confinamento

 Mais acessível aos produtores


 Estrutura simples
 Pequenos volumes
 Pequenos investimentos.
 Abate com curto prazo.

Animais para semi-confinamento

 Machos: em geral entre 2 a 3 anos de idade.


 Femêas: novilhas e vacas de descarte.
 Depende mais do peso do que da idade
 Peso: próximo ao peso mínimo de abate
 Faltando em torno de 3@ para atingirem o ponto de abate.
Estrutura

 Cocho de banda: 3 animais por cocho

Bebedouros

Efeito da quantidade de ração no semi-confinamento.

Item 0,5% PV 2,0% PV


Peso inicial, kg 480 480
Peso final, kg 527,5 613,9
Peso de carcaça, kg 18,9@ 24,1@
Rendimento de carcaça, % 53,8 58,8
Rendimento do ganho, % 53 76
Sistema Intensivo (Confinamento)

 Necessidade de escala
 Necessidade de gestão profissional
 Conhecimento técnico e de mercado
 Uso estratégico para aumento da procução.

Idade ideal para confinamento

 Animais + jovens (7 – 17 meses) apresentam melhor eficiência de conversão


alimentar (ECA = 6,3 kg de MS ingerida por kg de ganho de PV).
 Animais > 20 meses: ECA de 8,7
 Vantagem de 27% em favor do confinamento de animais mais jovens.

Instalações para confinamento

 Alto custo de investimento


 Simple, funcionais: facilitar mão de obra
 Evitr um investimento inicial alto, com instalações sofisticadas.
 Aproveitar galpões ociosos
 Dependendo do número e do tipo de animai, do regime alimentar, do período do
confinamento:
1. A céu aberto
2. Parcialmente coberto
3. Fechado ou curral coberto.

1. Curral de engorda: Sistema a Céu Abetto

O piso deverá ser cascalhado e compactado com uma declividade mínima de 3%.
2. Sistema Parcialmente Coberto

 Idem anterior, exceto: cobertura do cocho de alimentação- 3,5 m de largura


 Área coberta deve ser calçada.
 Disposição da cobertura deve ser no sentido Norte-Sul.

3 Sistema Fechado ou Curral Coberto

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