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CAROLINA SILVIANE (1); MARCOS HUMBERTO (2); MARIA CAROLINA BARBOSA (3);
MARIANA LEONARDO (4); MARIANA MENDONÇA (5); NATHAN RUAS (6)
RESUMO
Para a apuração dos dados pedidos no relatório técnico-científico sobre o mercado fornecedor
de argamassa considerou-se uma obra hipotética na cidade de Uberlândia no estado de Minas
Gerais no endereço – Rua: Tomaz Falbo, número: 97, Bairro: Santa Mônica. Considerou-se a
argamassa de revestimento com objeto de pesquisa cujas propriedades são abordadas nas aulas
de Materiais de Construção Civil 2. Embora os sistemas construtivos tenham um alto
desenvolvimento tecnológico, ainda não há outro tipo de material de construção de
revestimentos aplicado nas paredes externas que dispute com a argamassa de revestimento
obtida com a mistura de cimento, cal, areia a aditivo. A argamassa de revestimento tem fáceis
produção e aplicação; este produto deve apresentar os parâmetros e dimensões de espessura,
cura e resistência de aderência à tração, conforme estabelecido na norma NBR 13749:1996. Esta
estabelece os limites para a argamassa de revestimento quanto a prumo, espessura, nivelamento
e aderência, sem fixar condições para os outros diversos tipos de argamassa para revestimento.
Considerou-se para efeitos comparativos a argamassa de revestimento estabilizada, a argamassa
de revestimento industrializada ensacada e os insumos para argamassa de revestimento.
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QUALIFICATION OF THE MORTAR SUPPLY MARKET
ABSTRACT
In order to determine the data requested in the technical-scientific report on the mortar supply
market, a hypothetical project was considered in the city of Uberlândia in the state of Minas Gerais
at the address - Rua: Tomaz Falbo, number: 97, Neighborhood: Santa Mônica. The coating mortar
with a research object was considered, whose properties are covered in the Civil Construction
Materials 2 class. Although the construction systems have a high technological development, there
is still no other type of coating construction material applied on the external walls that compete
with the coating mortar obtained with the mixture of cement, lime, sand and additive. The coating
mortar is easy to produce and apply; this product must present the parameters and dimensions of
thickness, cure and tensile adhesion resistance, as established in standard NBR 13749: 1996. NBR
13749: 1996 establishes the limits for the plastering mortar in terms of plumb, thickness, leveling
and adhesion, without setting conditions for the other different types of plastering mortar. For
comparative purposes, stabilized coating mortar, bagged industrialized coating mortar and inputs
for coating mortar were considered.
Key-words: Mortar supplier market, mortar lining, stabilized lining mortar, inputs for lining mortar.
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1. INTRODUÇÃO
Nesse sentido, considera-se uma obra hipótetica e cota-se cada tipo de argamassa, a quantidade
mínima de venda, o frete e os seus insumos. A partir disso, é feita uma comparação entre esses
materiais em relação ao seu uso e aplicação. E o mais importante, compara-se o seu custo-benefício
para determinar a melhor escolha para tal fim. Assim, cotou-se na empresa Supermix, Impercid,
Marciano Cimento e Cal Ltda, Areia Reis e Dias Ltda.
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influenciadas diretamente pelo tempo de uso deste tipo de argamassa (4) .
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2.3.1. Areia
De acordo com a NBR 11720 (ABNT, 1990) a cal é definida como um aglomerante constituído
por óxido de cálcio ou óxido de cálcio em presença natural de óxido de magnésio. Sendo
apresentada de duas formas: a cal virgem definida como a cal obtida através de processos de
calcinação, podendo reagir com água e a cal hidradata denominada como a cal sob a forma de pó
seco, obtida pela hidratação da cal virgem, resultando como principal componente o hidróxido de
cálcio.
2.3.3. Cimento
É o componente responsável pela ligação das partículas soltas da massa, e pelas suas
propriedades mecânicas ele é um dos possíveis aglomerantes usados para fabricação de
argamassas. Maccari (2010) reforça que é necessário uma data recente de fabricação e que as
qualidades do cimento estejam bem descritas na embalagem. O cimento Portland é caracterizado
como sendo um pó fino de origem mineral originado da calcinação de misturas de argila e calcário
submetidas a alta temperatura, denominadas “clínquer” mais outras adições. Sendo que as adições
mais comuns são: escória de alto-forno, matérias pozolânicos, gesso e materiais carbonáticos.
Yazigi (2002) afirma que os constituintes fundamentais do cimento Portland são : Cal (CaO) , Sílica
(SiO2). Aluminia(Al203) ,uma determinada proporção de magnésia (MgO) e uma pequena
proporção de anidrido sulfúrico (SO3) adicionado após a calcinação afim de retardar o tempo de
pega o produto.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Areia.
O cimento e a cal hidratada foram cotados na empresa Marciano Cimento & Cal Ltda, inscrita no
CNPJ: 71.354.070/0001-96 e localizada na Avenida João Leão, 5549, Bairro Custódio Pereira,
Uberlândia/MG. O preço unitário do saco de cimento CPII da marca Ciplan é R$26,50 e o da marca
Itaú tem o valor de R$ 27,50. Ambas as marcas são certificadas e de qualidade. O pedido mínimo é
de 50 sacos de cimento e o preço do frete para entrega em qualquer região de Uberlândia já está
incluso no preço do material. Já o preço unitário do saco de cal hidratada é de R$10,00, sendo o
pedido mínimo necessário de 60 sacos e o frete, assim como no cimento, já incluso do valor do
material.
A areia, por sua vez, foi cotada na empresa Areia Reis e Dias LTDA, localizada na Rua Oscar Gomes
Moreira Júnior, 467, bairro Tubalina, Uberlândia/MG. O metro cúbico (m³) de areia, tanto da fina
quanto da média tem o custo de R$110 reais. A quantidade mínima do pedido para ter direito a
frete, no valor de R$60,00 é de 6m³. Quantidades inferiores a 6m³ não trabalham com entregas,
mas vendem caso o comprador busque o material no local.
Para o estudo em questão, será comparado o preço por metro cúbico de argamassa.
Como cada saco de argamassa pesa 20 Kg, para a análise em questão serão necessários 80 sacos.
De forma que, o valor investido seria de R$960,00.
Em relação a argamassa usinada, o preço de venda já é baseado no m³, de forma que, para análise,
1 m³ de argamassa é vendido por R$370,00.
Para a argamassa preparada em obra, por sua vez, considerou-se a proporção volumétrica 1
cimento : 2 cal hidratado : 9 Areia. De forma que, para realizar o preparo mínimo de 1m³ de
argamassa, considerando a densidade do cimento sendo 2,8 g/cm³ e da sendo cal hidratada 2,21
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g/cm³, faz-se necessário 5 sacos de cimento (50kg cada), 19 sacos de cal (20 kg cada) e 0,75 m³ de
areia. Deste modo, o valor investido seria de R$ 404,50.
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4. CONCLUSÕES
Após analisar os três tipos de argamassa de revestimento, conclui-se que a argamassa estabilizada
é a mais ecônomica, principalmente comparando-a com a argamassa industrializada, a qual o preço
é mais elevado. O fator negativo da argamassa estabilizada é que ela é voltada para obras de médio
a grande porte, uma vez que a entrega mínima é de 3m³. Nesse tipo de argamassa analisada, tem-
se menor desperidício de materiais, uma vez que ela já vem pronta para o uso.
Já a argamassa feita em canteiro de obra é mais acessível economicamente que a argamassa
industrializada, entretanto a sua produção possui um processo muito dependente dos servidores
locais, uma vez que cada um possui características físicas e técnicas diferentes e isto afeta a
qualidade final desta argamassa. E com base nisso, temos que a proporção de insumo pode ser
variável e, assim, não tem uma proporção certa como as argamassas feitas na indústria. E, assim, a
tendência é ter despedício na obra.
Dessa forma, se levar em consideração a qualidade, a argamassa industrializada é mais viável, pelo
fato de serem feitas com as proporções adequadas, porém é indicada pra reformas pequenas,
devido à sua praticidade e pelo fato de manter a obra limpa.
5. REFERÊNCIAS
1. PANARESE, W.C.; KOSMATKA, S.H.; RANDALL, F.A. Concrete Mansory Handbook for
architects, Engineers, Builders. Portland Cement Association, 5a ed. Estados Unidos da
América, 1991. 219 p.2.
2. GRUPO HOBI. Sistema Mormix: Argamassa Estabilizada. Disponível em:
<http://grupohobi.com.br/pdf/mormix.pdf>. Acesso em: 06 março /2010.
3. CARASEK, H. Argamassas Cap. 26. In: ISAIA, G.C. Materiais de Construção Civil e Princípios de
Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010.
4. MANN NETO, A.; ANDRADE, D.C.; SOTO, N.T.A. Avaliação das propriedades do estado fresco
e endurecido da argamassa estabilizada para revestimento. IX SBTA. Belo Horizonte, 2011.
5. Argamassas industrializadas, 2016. Disponível em:
<https://construfacilrj.com.br/argamassas-industrializadas/> . Acesso em: 12 de abr. de
2021.
6. MACCARI, Guilerme H.. Argamassa de assentamento com saibro: um estudo das práticas na região
de tubarão/SC. 2010. 57 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Engenharia Civil) -
Coordenação de Projetos e Novas Tecnologias de Edificações, Universidade do Extremo Sul
Catarinense, 2010.
7. CARVALHO JUNIOR, A.N. Avaliação da aderência dos revestimentos argamassados: Uma
contribuição á identificação do Sistema de Aderência Mecânico. 2005.Tese (Doutorado) –
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Universidade Federal de Minas Gerais,2005.
8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11172: Aglomerantes de origem
mineral – Terminologia. Rio de Janeiro, 1990.
9. YAZIGI, W. A técnica de edificar. 4.ed. São Paulo: Editora Pini/Sinduscon-SP, 2002. 669p.
10. Argamassas industrializadas, 2016. Disponível em:
<https://construfacilrj.com.br/argamassas-industrializadas/> . Acesso em: 12 de abr. de
2021.
11. Argamassa de revestimento é usada na maioria das construções brasileiras , sem data.
Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/revista/materias/argamassa-de-revestimento-
e-usada-na-maioria-das-construcoes-brasileiras/6209> . Acesso em: 12 de abr. de 2021.
12. FERREIRA, K. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS CONVENCIONAIS E
INDUSTRIALIZADAS. 2016.Tese (Trabalho de Conclusão de Curso) – UNIVERSIDADE
TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, 2016.